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Em 17 de maio comemora-se o Dia Mundial da Internet, data que foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, com o critério de conscientizar a população sobre as possibilidades, mudanças e impactos que a tecnologia oferece à sociedade.  

A internet é um sistema de comunicação que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), para fins militares. Após o fim do conflito armado, a rede digital foi incorporada em grandes empresas e, com o passar do tempo, chegou aos lares e se tornou uma ferramenta presente no cotidiano das pessoas. 

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Segundo a pesquisadora em comunicação digital da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Issaaf Karhawi, a internet possibilitou que outras pessoas distribuíssem conteúdo e informação, função que, antes, era possível apenas pela mídia tradicional. “Outro ponto importante é o caráter revolucionário da internet. O digital é responsável por alterar nossas relações com o tempo e o espaço. Na pandemia do Covid-19, isso ficou evidente! A internet encurta distâncias e muda nossa relação com o tempo. Pessoas distantes podem se aproximar, mesmo em lugares e horários diferentes”, explica. 

Issaaf observa que devido à internet, a sociedade também mudou suas tendências de organização, já que antes as comunidades estabeleciam vínculo apenas com pessoas próximas, como colegas de trabalho, familiares ou vizinhos. “Mas, a internet permite a construção de comunidades de interesse. Isso significa que não precisamos mais nos restringir ao que está à nossa volta, mas encontrar pessoas que compartilham conosco os nossos interesses, ideias, objetivos. Saímos da localidade para a afinidade”, comenta a pesquisadora.

Por outro lado, a interferência das redes sociais na vida das pessoas (polarizadas basircamente entre duas grandes empresas, Google e Facebook)  segundo Issaaf, é o principal aspecto negativo da internet. A pesquisadora destaca o algoritmo das plataformas, que mantém os usuários dentro de bolhas ideológicas e impossibilita o debate de ideias. 

Além disso, a pesquisadora lembra que a privacidade também é comprometida, pois as plataformas costumam comercializar os dados pessoais de seus usuários com os anunciantes. “Outro aspecto é a facilidade que o digital trouxe para a disseminação de desinformação. Desde a produção de uma informação falsa até o compartilhamento em massa, todo o processo é facilitado justamente por conta das ferramentas que eram o símbolo da democracia anos atrás”, aponta Issaaf.

Cuidados na internet 

Para utilizar a internet de maneira mais segura, a CEO da Digitalents Treinamento e Negócios, Sandra Turchi, recomenda revisar qualquer conteúdo, antes de postá-lo nas redes sociais. “Só com isso, provavelmente, você já vai refazer alguns textos ou mesmo apagar certas postagens”, salienta. “Evite postagens com dados pessoais, de bancos, de telefone, com sua localização e outros”, complementa. 

Sandra também orienta a ler todos os contratos digitais de empresas, que solicitam diversas autorizações para uso daquele produto ou serviço. “Por mais enfadonho que seja essa leitura, ela pode te proteger e muito”, aconselha. 

Outro perigo que circula nos ambientes digitais são as notícias falsas, também conhecidas pelo termo popular Fake News. De acordo com Sandra, é importante analisar os grupos de redes sociais e, caso informações enganosas sejam identificadas em mais de três situações, o recomendável é sair ou bloquear o grupo. “Se não puder fazer isso, não propague o que recebe”, alerta. “Evite grupos extremistas daqueles temas que naturalmente são polêmicos como: política (de qualquer vertente), futebol ou religião. Busque diversificar sua visão de mundo sobre diversos assuntos, para avaliar melhor os conteúdos que você recebe”, complementa.

Apenas 40% da RMR conta com cobertura da Compesa. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Com a aprovação da PL 4162/2019, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento Básico, por 65 votos favoráveis a 13 contrários no Senado no dia 26 de junho, em plena pandemia da Covid-19, falta apenas a sanção do presidente Jair Bolsonaro para que o caminho da privatização das estatais responsáveis pelo abastecimento de água seja aberto. Em dezembro de 2019, o Governo de Pernambuco revelou que estuda abrir o capital da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), negando, contudo, que pretende privatizar a empresa. Com a intensificação dos debates legislativos na instância nacional, porém, moradores de comunidades pobres do Recife temem a privatização do abastecimento de água, mesmo considerando o serviço público pouco eficiente.

“O governo não dá acesso à água e a esgoto a todos, com certeza, mas não é por acaso. É um projeto para que não tenha pessoas como a gente em áreas centrais e importantes da cidade, mesmo a gente ocupando esses locais com nossas formas e fontes de vida. Mas se o governo não faz, imagine o poder privado, que só pensa no lucro? A renda aqui é baixa”, frisa Sarah Marques, membra do coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste e moradora da comunidade, localizada no centro do Recife. 

Contra a privatização do saneamento básico, Levi Costa critica atendimento da Compesa. (Tales Pedrosa)

De acordo com levantamento realizado pela Empresa de Urbanização do Recife (URB), no ano 2000, das 895 residências existentes em Caranguejo Tabaiares, 385 (43%) possuíam água encanada em casa, 588 (66%) delas despejavam seus dejetos em vala a céu aberto e 799 (88%) não estavam ligadas à rede de esgotos. Apesar disso, Sarah cita ainda os serviços de companhias de telefonia e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) como exemplos de que a terceirização não é garantia da resolução do problemas da comunidade. “A gente precisa ficar atento, estamos tentando conversar com a população. Uma hora dessas, de pandemia, e o governo pensando em privatizar saneamento básico e esgotamento sanitário. Nossa água é nosso bem maior, que pode salvar nossas vidas, quando a gente lava as mãos. Então isso é muito sério e, de novo, atinge diretamente nosso povo, o povo preto e pobre desse país”, destaca.

Sociedade anônima de economia mista, a Compesa é uma personalidade jurídica de direito privado, mas tem o Estado como seu maior acionista. Desde 2013, a instituição atua nos 15 municípios da Região Metropolitana do Recife com o programa Cidade Saneada, uma parceria público privada. Sua atual taxa de cobertura na RMR é de apenas 40%.

Por meio de nota, a empresa informou que possui cinco sistemas de esgotamento implantados (São Lourenço da Mata, Imbiribeira, Janga, Gaibu e Nossa Senhora do Ó) e mais 11 obras em curso, com o objetivo de bater a meta de chegar a 57% em 2025, 75% em 2030 e a 90% em 2037. “Até 2022, todos as cidades contempladas pelo Cidade Saneada estarão com obras em andamento. Ao final do programa, terão sido investidos R$ 6,7 bilhões e beneficiadas mais de seis milhões de pessoas”, comunica a empresa.

Acontece que, mesmo nas áreas em que os serviços são previstos, tem gente ficando sem água por até seis meses, a exemplo dos moradores da Rua 30, localizada no Bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife. “A gente fez uma denúncia na Compesa e o que eles falam para o morador é que é preciso primeiro fazer um protocolo. A gente liga, não é atendido e não consegue gerar o protocolo. A associação teve que comprar um chip da Claro, porque o órgão não atende ligação da Oi, o pessoal massacra”, queixa-se Levi Costa, membro da Associação de Moradores de Três Carneiros. Apesar de considerar a Compesa burocrática, Levi é descrente quanto à possibilidade de melhora do serviço com a atuação de empresas privadas na execução do serviço. “Falta água, saneamento básico, há uma estrutura que precisa de investimento, que nunca vai ocorrer, porque é caro fazer. Sou contra a privatização”, coloca.

Novo Marco Legal do Saneamento torna obrigatória a licitação para os contratos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

No Córrego do Euclides, na Zona Norte recifense, nem a sede do Grupo de Mulheres Cidadania Feminina, uma das principais organizações sociais do Alto José Bonifácio, escapa da falta de abastecimento. “Nem relógio de água tem. Nós sobrevivemos com a ajuda de mulheres vizinhas, que doam água para a gente. Apesar disso, não acredito na privatização do saneamento, que é um serviço básico e deve ser público”, pontua Liliana Barros, membra do Cidadania Feminina e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco. Para Liliana, a terceirização do serviço deve subir a tarifa e prejudica, especialmente, a subsistência das mulheres negras. “Somos nós que vamos buscar água na cacimba, ficamos responsáveis pela limpeza da casa e, em tempos de pandemia, pela higiene da família”, ressalta.

O Novo Marco

Proposto pelo governo com base na Medida Provisória (MP) 868/2018, que perdeu a validade sem ter sido completamente apreciada no Congresso Nacional, o Novo Marco Legal do Saneamento torna obrigatória a licitação para os contratos e acaba com os convênios realizados pelos entes estaduais com empresas públicas, que, por sua vez, após os vencimentos dos contratos, terão que competir com empresas privadas pela prestação do serviço. A matéria também prorroga o fim dos lixões e facilita privatizações de estatais do setor. Parlamentares da situação defendem que a medida busca universalizar o acesso ao saneamento básico no Brasil, até 31 de dezembro de 2033.

Tarso Jereissati (PSDB-CE) foi relator do projeto no Senado. (Waldemir Barreto/Agência Senado)

De acordo com o senador Jayme Campos (DEM-MT), a participação de empresas privadas no saneamento provocará um montante de investimentos de mais de R$ 700 bilhões até 2033. “O avanço na área vai ajudar a reduzir a pressão no Sistema Único de Saúde (SUS) e será crucial para a retomada do crescimento econômico após a crise. O investimento em saneamento vai propiciar um salto notável para o Brasil na questão de geração de emprego”, comenta.

O projeto, contudo, está longe de ser um consenso. A oposição, por sua vez, acredita que a aprovação da matéria aumentaria o preço da conta de água para as comunidades mais pobres, em decorrência do fim do subsídio cruzado, isto é, do instituto legal que garante abastecimento para os municípios mais pobres. “Sabemos que, infelizmente, quanto às cidades pequenas, principalmente do Norte e do Nordeste, esses investimentos não vão chegar, como foi aqui falado. É um projeto que vai beneficiar os grandes centros, claro, onde as grandes empresas têm interesse de investir, mas no entorno nós vamos continuar ainda à margem, ainda na dificuldade e, quem sabe, não sabemos ainda nem mensurar o prejuízo que vamos ter quanto à questão da tentativa de levar a política de saneamento de água para essas cidades menores e menos assistidas no país”, argumentou o senador Weverton (MA), líder do PDT no senado, após a votação.

Minoria dos municípios é superavitária

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABMES) se posiciona em contrariedade à aprovação do novo marco do saneamento. De acordo com a instituição, dos mais de 5.500 municípios brasileiros, apenas cerca de 500 apresentam condições de superávit nas operações de saneamento. Além disso, no ranking ABMES da Universalização do Saneamento 2018, apenas 80 cidades brasileiras receberam pontuação máxima, ao passo que outras 1.613 sofrem com falta de saneamento.

A ABMES critica a aprovação do governo federal, à medida provisória que revisa o Marco Legal do Saneamento, a Lei 11.445 de 5 de janeiro de 2007, e pede a retirada do artigo 10-A da matéria, que trata sobre o chamamento público de antes do contrato.

“Esse artigo aumenta ainda mais a seleção adversa ao interesse público, ou seja, induz as operadoras públicas e privadas a competir apenas por municípios superavitários, deixando os deficitários ao encargo dos municípios e estados. Dessa maneira, dificulta a prestação do serviço de forma regionalizada e, ao dificultar a prática de subsídios cruzados, agrava as diferenças na qualidade e na cobertura dos serviços, com prejuízo para a população mais carente”, diz nota da ABMES.

"Os mais prejudicados serão os brasileiros mais pobres", diz presidente da ABMES. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A entidade coloca ainda que, para as cidades superavitárias, após chamamento público, sempre haverá interessados. “Todo o superávit que seria gerado na hipótese de contrato de programa tende a ser consumido pelo processo concorrencial da licitação, e desta maneira não subsidiarão os municípios deficitários. Com a aplicação desse processo nos municípios que atualmente são doadores, extingue-se todo o subsídios entre os municípios”, argumenta o posicionamento. No caso dos municípios deficitários, contudo, não haveria interesse dos prestadores ou até mesmo disposição por contrato programa. “O sonho da universalização do saneamento no Brasil poderá ficar cada vez mais distante. E novamente os mais prejudicados serão os brasileiros mais pobres, que vivem sem acesso à água potável e esgoto tratado e sujeitos a contrair todo tipo de doenças”, comenta o presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza.

O assessor de saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e secretário executivo do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), Edson Aparecido da Silva, coloca que existem alternativas de melhoria do saneamento básico que não demandam a privatização dos serviços do setor. “Instrumentos de participação e controle social. O Brasil poderia criar um fundo nacional para a universalização do acesso aos serviços”, afirma. O entendimento do ONDAS é o de que a PL 4162/2019 promoveria  a “desestruturação do setor de saneamento no Brasil”. “Atingindo o mecanismo de subsídio cruzado, que faz com que as cidades maiores ajudem a levar saneamento pros municípios mais pobres. Se eu tivesse que cobrar a tarifa certa para garantir o serviço em pequenos municípios, talvez fosse preciso aumentar muito a tarifa neles”, acrescenta.

Em nota pública assinada por quase 100 entidades, o ONDAS argumenta que grupos empresariais privados voltados para o saneamento básico controlados por fundos especulativos, a exemplo de BRK Ambiental, Iguá e Aegea, estão por detrás dos projetos de lei dedicados à terceirização dos serviços do setor. “De 2000 a 2019, um total de 1408 municípios de 58 países nos cinco continentes reestatizaram seus serviços. Nos serviços de água, 312 municípios em 36 países, o que se deu principalmente pela ausência de controle e fiscalização por parte do poder público, aumento significativo da tarifa, queda do nível de investimento e não cumprimento dos contratos. O Brasil vai na contramão do mundo”, afirma Edson Silva.

Privatizações no Brasil

Há cerca de 20 anos, a cidade de Manaus (AM) e o estado do Tocantins convivem com a privatização do saneamento básico. Apesar disso, a capital amazonense possui cobertura de coleta de esgoto de apenas 12,5% - dos quais só 30% são tratados - e mais de 600 mil pessoas não têm acesso à água, estando seu sistema de saneamento elencado como o 5ª pior do país, pelo ranking de 2018 do Trata Brasil.

No Tocantins, a Saneatins foi privatizada em 1998 para a Odebrecht, que repassou seus ativos para a BRK Ambiental. Em 2010, a empresa buscou um acordo com o governo para operar em apenas em 47 municípios rentáveis, desobrigando-se de atuar em outras 78 cidades, alegando que os lucros não superavam as despesas operacionais. Para atender os municípios desassistidos, o governo estadual precisou criar uma autarquia, a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS).

O governo de Pernambuco, visando atingir as pessoas de baixa renda selou um acordo com a Central Única das Favelas (CUFA), nesta sexta-feira (17), que pretende levar informações de combate ao Covid-19 para 500 comunidades. 

Espalhados em pontos estratégicos, cartazes de "linguagem simples" serão distribuídos nas comunidades. Carros de som, rádios comunitárias e influenciadores digitais também ajudarão na disseminação de informação. 

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A ação conjunta com a CUFA vai levar de forma clara e objetiva detalhes dos cuidados a serem tomados através mobilizadores sociais. Serão mil colaboradores inseridos no projeto.

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O governo federal prepara uma estratégia de combate ao novo coronavírus nas favelas brasileiras que buscará amparo de lideranças ligadas ao crime organizado. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a pasta está disposta a dialogar com chefes do tráfico e de milícias para conseguir apoio às medidas de isolamento.

"A saúde dialoga, sim, com o tráfico, com a milícia, porque também são seres humanos e precisam colaborar, ajudar, participar. Então, neste momento, quando a gente faz esse tipo de colocação, a gente deixa claro que todo mundo vai colaborar (no combate à covid-19)", disse o ministro durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 8, no Palácio do Planalto.

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Mandetta reconheceu que há dificuldade para implementar o plano de manejo das favelas e comunidades com exclusão, porque são regiões marcadas pela ausência do Estado. Outra preocupação das autoridades brasileiras é com as moradias, que muitas vezes enfrentam problemas como a falta de saneamento básico.

"Temos dificuldade, sim, em apresentar o plano de manejo das favelas ou das comunidades com exclusão. Hoje nós começamos o primeiro plano de manejo, não vou falar em qual comunidade será, para fazer um teste piloto porque ali você tem que entender a cultura, a dinâmica, ali a gente tem que entender que são áreas que muitas vezes o Estado está ausente, que quem manda é o tráfico", afirmou.

O circuito brasileiro do Favela Open de Tênis desembarca em Recife a partir desta quinta-feira (5) e permanece até o próximo sábado (7). O evento, que iniciou no estado de São Paulo, tem como objetivo levar o tênis a crianças das comunidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), além de uma seletiva para inserção em programas sociais e para as finais em São Paulo em 2020. O evento acontece no Squash Tennis Center e as inscrições são gratuitas.

As competições, dividas por gêneros e idade, vão homenagear tenistas e personalidades de Pernambuco. O evento acontece desde 1992 em São Paulo e foi idealizado por Jorge Nascimento, professor e técnico de tênis. Nesses 28 anos o projeto já alcançou 150 mil participantes e revelou nomes como de Leandro Oliveira Cruz, que venceu o torneio em 2002 e hoje dá aula em uma das mais renomadas escolas de tênis do Estado de São Paulo.

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Com objetivo de tirar jovens de uma realidade de pobreza e criminalidade, o Favela Open chega a Recife em parceria com o Projeto Social Tênis para a Vida que atua nas comunidades da Beira Rio, Curral, Fazendinha e Pocotó.  Os vencedores das competições terão vagas garantidas nos projetos sociais do Squash Tennis Center e no Compaz do Cordeiro, além receber de uma vaga para disputar as finais em São Paulo, em 2020.

Cerca de 4.700 militares das Forças Armadas fazem operações em 13 comunidades do Rio de Janeiro. As ações envolvem cerco, patrulhamento, remoção de barricadas, revistas de pessoas e de veículos e checagem de antecedentes criminais.

Os militares atuam em comunidades de Bangu, Anchieta, Guadalupe, Colégio, Honório Gurgel, Vicente de Carvalho e Deodoro. Eles contam com o apoio de 60 policiais militares e 120 policiais civis, que poderão cumprir mandados de segurança.

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As operações de hoje são parte das medidas implementadas pelo Gabinete de Intervenção Federal na Segurança Pública.

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Quanto vale fazer o bem? Em 2014, jovens se reuniram com um propósito: arrecadar material escolar e doar às crianças da comunidade Cruzeirinho, no Baixo Acará, interior do Pará, para combater a evasão escolar. Com o nome “Futuro brilhante”, o projeto atende as crianças que, por dificuldades financeiras dos pais, não estavam conseguindo ter acesso a cadernos, lápis, canetas e por isso estavam abandonando as escolas.

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“A gente continuou fazendo isso em 2014, 2015, 2016, 2017 e vamos fazer também em dezembro deste ano”, disse Diego Martins (29), assessor da 4ª Vara da Infância e Juventude de Belém, idealizador do projeto. Diego conta que após a identificação dessa necessidade, e a partir da doação dos materiais, a escola passou de 20 alunos que concluíram o ano letivo em 2014, para 55 alunos que concluíram em 2017. “O requisito para recebimento do material escolar é ter cursado todo o ano letivo na escola municipal da comunidade Cruzeirinho”, disse Diego.

Segundo o assessor, a mobilização das pessoas que apoiam o projeto foi tão grande que a arrecadação deste ano superou. Com isso, o grupo ajudou outras escolas, como a Escola Estadual Professora Esther Bandeira Gomes, no bairro da Sacramenta, em Belém. “A gente conseguiu superar a meta de arrecadação dos cadernos e foi possível atender a outras escolas. Hoje fizemos o atendimento de 100 alunos na escola Ester Bandeira”, afirmou Diego.

Para os apoiadores, ajudar o projeto não tem preço. “O sentimento é maravilhoso. Poder ajudar essas crianças e ver os olhinhos delas brilhando de felicidade. Vi muitos desses olhos hoje, muitos sorrisos e abraços que não têm preço. Coisas simples que vou carregar comigo pelo resto da minha vida e continuar ajudando mais e mais para receber um abraço, um sorriso e um 'obrigado, tio'. Isso não tem preço. Sinto-me feliz em ter ajudado essas crianças”, destacou Diego Melo (31), analista de sistemas, apoiador do projeto.

Até para quem já trabalha com ações sociais, participar do projeto é mudar a perspectiva de vida. “A gente pensava que elas iriam preferir um brinquedo, mas esse é o melhor presente que o projeto poderia oferecer, incentivo à educação, sem fazê-las se sentirem vítimas, porque o projeto leva esperança e incentivo emocional também. Ver o quanto essas crianças são tocadas, ao ganharem esse kit de material escolar, muda a nossa perspectiva de vida”, disse Monique Loma (31), assistente social da Marinha, que faz parte do projeto desde 2015.

Os organizadores do projeto ainda estão recebendo doações de cadernos com capa dura, grande, com 96 folhas. Para ajudar  basta entrar em contato pelo telefone (91) 98212-6067 ou nas redes sociais pelo perfil @direitosemformalismo.

 Por Rosiane Rodrigues.

 

Cerca de 4 mil homens das Forças Armadas e das polícias Civil e Militar fazem nesta quarta-feira (11) uma operação em comunidades das zonas norte e sul do Rio de Janeiro. Segundo nota divulgada pelo Comando Conjunto, que reúne o Exército, a Marinha e Aeronáutica, os militares estão nas comunidades do Complexo do Lins, na zona norte, e nas comunidades do Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul.

Ainda de acordo com o Comando Conjunto, a operação é uma das medidas implementadas pela intervenção federal na segurança do Rio, iniciada em fevereiro deste ano, e envolve ações de cerco, patrulhamento, remoção de barricadas, revistas de pessoas e de veículos e checagem de antecedentes criminais. Mandados judiciais estão sendo cumpridos pela Polícia Civil.

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Participam dos trabalhos 3.700 militares das Forças Armadas, 200 policiais militares e 90 policiais civis, que são apoiados por veículos blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia. A auto-estrada Grajaú-Jacarepaguá está interditada por causa da operação, segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio.

Policiais militares continuam hoje (20) com as operações em busca dos responsáveis pelos confrontos armados de domingo (17) na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Nesse terceiro dia de operações, a Polícia Militar (PM) faz ações de busca de suspeitos, armas e drogas na Rocinha, Chácara do Céu (no Leblon, na zona sul), em São Carlos (no Estácio, na região central) e na Vila Vintém (na zona oeste).

Grupos criminosos rivais se enfrentaram no domingo, em uma disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas ilícitas. Nesses confrontos, pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas com tiros.

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Na segunda-feira (18), mais três mortes foram confirmadas na Rocinha. Um homem morreu supostamente em confronto com a PM e dois corpos foram encontrados carbonizados dentro da comunidade.

As ações na Chácara do Céu, em São Carlos e na Vila Vintém estão relacionadas à operação na Rocinha. A polícia acredita que os criminosos partiram dessas favelas para tentar invadir a comunidade da zona sul.

Forças Armadas e polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e Força Nacional, além de membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), fazem operação integrada nesta segunda-feira (21) em seis comunidades do Rio de Janeiro. As ações visam cumprir mandados judiciais de pessoas suspeitas de tráfico de drogas e roubos.

De acordo com a Secretaria de Segurança (Seseg), as operações ocorrem nas comunidades do Jacarezinho, Alemão, Manguinhos, Mandela, Bandeira Dois e Parque Arará, além do Condomínio Morar Carioca, na zona norte.

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Equipes das Forças Armadas são responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e elas estão baseadas em pontos estratégicos para garantia da ordem no entorno das comunidades. Várias ruas estão interditadas e os espaços aéreos controlados com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, representantes de todas as instituições envolvidas na operação estão acompanhando e orientando, em tempo integral, os desdobramentos, desde às 5h da manhã. Ainda não há informações sobre suspeitos presos.

O Mark Zuckerberg que criou o Facebook em fevereiro de 2004 é muito diferente do bilionário que comanda um império hoje. A diferença vai além do bolso: o universitário que largou Harvard é hoje pai de família, filantropo e tenta mostrar que está preocupado com o futuro do mundo. Isso ficou claro recentemente, quando ele anunciou a nova missão do Facebook. Agora, a empresa quer "dar poder para as pessoas construírem comunidades". E, com a mudança, a ferramenta de grupos, que estava meio de lado, ganhou protagonismo na estratégia da maior rede social do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários.

"O Facebook foi construído em torno dos perfis dos usuários, das páginas e do que aparecia no feed de notícias de cada pessoa", diz James Grimmelmann, professor da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. "Mas a rede social é como um parque de diversões: precisa sempre de atrações novas."

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Apesar de a rede social ter lançado os grupos em 2010, números da própria empresa mostram que apenas 100 milhões de pessoas participam do que Zuckerberg chama de "comunidades significativas" - aquelas que são a principal atividade do usuário na rede social e são capazes de transformar seu dia a dia, como comunidades de igrejas, associações de bairro, mas também grupos que discutem maternidade, alimentação saudável, oportunidades de emprego e empreendedorismo.

Com a mudança de foco, o Facebook pretende atrair pelo menos 1 bilhão de pessoas para esse tipo de grupo. Mais do que a preocupação com o mundo, a iniciativa mostra atenção para o futuro da própria companhia.

Saída

Com 3,4 bilhões de pessoas conectadas no planeta, o Facebook vai ter dificuldades em breve para ampliar seu total de usuários - e ampliar receita com publicidade. A rede social até investe em programas para conectar mais pessoas à internet, mas o resultados só vai aparecer no longo prazo. Apostar nos grupos é uma alternativa mais barata: em vez de crescer sua base, a rede tenta manter as pessoas mais tempo no site.

Os grupos de humor são exemplo de como a estratégia pode trazer resultados rápidos. Em abril, por exemplo, a página Site dos Menes ganhou um grupo dedicado a criar piadas e imagens engraçadas. Nele, os 190 mil membros publicam uma média de 1,1 mil postagens por dia. As melhores são selecionadas para a página principal.

Lá, elas recebem entre 10 mil e 40 mil curtidas e milhares de compartilhamentos. "Na página, se o cara não gosta da piada, ele ignora. No grupo, ele escreve 50 comentários dizendo que a piada é ruim", diz Felippe Agner, administrador do site.

Intimidade

Outro grande grupo brasileiro é o LDRV, que mistura comportamento, humor e discussões LGBT. "É uma válvula de escape para descontrair", diz o criador do grupo, o estudante Kaerre Neto, de 22 anos. Com mais de 600 mil membros, o grupo somou mais de 90 milhões de interações (entre curtidas, comentários e publicações) no último mês. Um de seus destaques são publicações sobre a vida íntima dos membros do grupo.

Essa exposição da intimidade nos grupos, segundo Amy Bruckman, professora do Georgia Institute of Technology (Georgia Tech), também pode ajudar os algoritmos da rede social a compreender melhor a personalidade dos usuários. "É uma troca: eles sabem mais de você, mas, ao mesmo tempo, você ganha interações mais relevantes", diz Amy.

Para José Calazans, analista da consultoria Nielsen, a interação nas comunidades faz o Facebook recuperar uma característica de outras redes sociais, como o Orkut, que havia se perdido: a formação de novas amizades pela internet. "Normalmente, quem você aceita como amigo no Facebook é uma pessoa que você já conhece na vida real. Com os grupos, isso pode mudar", avalia Calazans.

Questionado pelo Estado sobre o assunto, o Facebook diz que não usa dados pessoais específicos para exibir anúncios aos usuários, mas que aproveita o que é discutido nas comunidades para tais ações. "Entregar anúncios baseados nos interesses das pessoas cria experiências relevantes para a comunidade", disse o diretor responsável pela ferramenta de grupos do Facebook, Alex Deve. O Facebook ainda não exibe publicidade nos grupos da rede social.

Futuro

A crise recente do Facebook com notícias falsas - em que a rede é acusada de ter contribuído para a eleição de Donald Trump - também pode ser parcialmente solucionada pelo foco nos grupos. "Remover ou filtrar conteúdo ‘ruim’ custa dinheiro, seja por software ou com moderadores humanos", diz Amy. Com os grupos, parte dessa responsabilidade é transferida aos moderadores.

Os grupos também devem ser a base para a adoção de novas tecnologias no Facebook, como a realidade virtual. A empresa tem testado uma nova ferramenta, chamada Live from Spaces, que permite às pessoas interagirem em uma sala virtual usando óculos especiais. "Pode ser uma ferramenta poderosa para a construção de comunidades", disse Zuckerberg na divulgação do último balanço da rede.

Há quem acredite, porém, que transferir para o Facebook o espaço de discussões públicas relevantes seja arriscado. "No espaço público, há leis que garantem a liberdade de expressão aos cidadãos", diz Amy. "Na plataforma de uma única empresa, não. E as implicações disso podem ser perversas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, neste ano (2017) foram apreendidas cerca de 4 toneladas de drogas com o auxílio dos cachorros do Batalhão de Ações com Cães (BAC).

Conforme dados da corporação, os cães ajudaram a encontrar 9 toneladas de drogas desde 2011, quando o batalhão foi criado. “Este número é resultado do treinamento feito no BAC, como preparação de novos cães e capacitação dos policiais que atuam com eles. Infelizmente, as drogas estão presentes nas diversas comunidades cariocas, na maioria das vezes provenientes de outros estados e até países”, disse o primeiro-tenente do BAC, Felipe da Silva Rodrigues.

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Nos dias atuais, o BAC é composto por 219 policiais e 70 cães das raças pastor alemão e holandês, belga de malinois, rotwtweiler e labrador. O treinamento dos animais é feito em quatro etapas: adestramento, treino físico, memorização e busca de odores.

Segundo o primeiro-tenente, a corporação tem atuado contra as drogas, com auxilio dos animais,  e espera o apoio da comunidade com denúncias. “Contamos com a ajuda dos outros órgãos e também com a população, que pode nos auxiliar denunciando os esconderijos de criminosos, bem como o local onde essas drogas são armazenadas.”

 

Uma operação integrada entre a Polícia Civil e a Polícia Militar acontece em vários pontos da capital fluminense, principalmente em comunidades da Tijuca, na zona norte, e Santa Teresa, na região central, desde o início da manhã desta sexta-feira (9). De acordo com as corporações, o objetivo das ações é o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro do tráfico.

Segundo a PM, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) atuam no interior dos Morros do São Carlos, Fallet, Coroa e Fogueteiro.

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As muçulmanas que não aprenderem inglês de maneira suficiente podem ser deportadas do Reino Unido, advertiu o primeiro-ministro britânico, David Cameron. O chefe de Governo também sugeriu um nível pobre de inglês deixa as pessoas "mais suscetíveis" a mensagens de grupos como a organização jihadista Estado Islâmico.

As declarações do primeiro-ministro britânico coincidem com a criação de um fundo de 20 milhões de libras (28,5 milhões de dólares) para que as mulheres em comunidades isoladas aprendam inglês, de maneira a facilitar sua integração. As leis migratórias já obrigam os cônjuges estrangeiros a falar inglês antes de viajar ao país para encontrar seus companheiros.

Mas Cameron anunciou que também terão que passar por novos exames após dois anos e meio no país para confirmar um avanço no nível de inglês. "Você não pode ter certeza de que terá condições de ficar se você não melhorar a sua linguagem", disse à rádio BBC.

"As pessoas que vêm ao nosso país devem ter responsabilidades também", completou. O governo calcula que 190.000 muçulmanas residentes na Inglaterra - 22% - não sabem falar inglês sabem muito pouco.

Os cálculos são de que a Inglaterra tem 2,7 milhões de muçulmanos, de uma população total de 53 milhões. "Não estou dizendo que existe algum tipo de relação causal entre não falar inglês e virar um extremista, claro que não", explicou o premier.

"Mas se você não sabe falar inglês, se não tem a capacidade de integrar-se, pode ter dificuldades em entender qual é a sua identidade e, em consequência, você pode estar mais suscetível à mensagem extremista", completou. Os comentários foram criticados por associações muçulmanas e políticos da oposição.

Mohammed Shafiq, diretor da Fundação Ramadã, que trabalha pelas boas relações intercomunitárias, disse que eram "estereótipos vergonhosos". Andy Burnham, porta-voz do Partido Trabalhista, acusou Cameron de "estigmatizar injustamente toda una comunidade".

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, iniciou neste domingo (23) uma estadia de uma semana com comunidades aborígenes no norte do país, em uma tentativa de impulsionar o desenvolvimento e o emprego nesta região pouco povoada. Quando chegou ao poder em 2013, Abbott se comprometeu a governar uma semana ao ano a partir de comunidades aborígenes remotas.

Estará na Ilha de Quinta-feira - que tem uma população de 2.600 pessoas - no estreito de Torres (nordeste) e se dirigirá posteriormente ao continente, perto do Cabo York, no fim de semana. O líder australiano disse esperar que esta estadia o ajude a se familiarizar com os verdadeiros problemas destas comunidades. "Passar uma semana de 52 centrado nas questões indígenas não é muito", disse Abbott à imprensa antes de iniciar sua viagem ao estreito de Torres. "Realmente não é muito, sobretudo levando-se em conta que em grande medida esta população foi descuidada nos dois últimos séculos", completou.

Estima-se em cerca de um milhão o número de aborígenes na Austrália no momento da colonização britânica, em 1788. Atualmente há apenas 470.000, de uma população total de 23 milhões.

A Secretaria de Defesa Civil realiza mais uma Operação Inverno, das 8h às 12h, contemplando mais cinco comunidades. Durante a ação serão realizados serviços de limpeza, colocação de lonas plásticas, remoção de entulhos, ações de monitoramento, capinação e roçagem. 

O período de chuvas já chegou ao Recife e com isso, a Sedec dá continuidade à operação em mais localidades. As localidades que receberão o mutirão neste sábado são: Lagoa Encantada, na Cohab; Vila dos Milagres, no Barro; Mangabeira, na Mangabeira; Córrego do Inácio, em Nova Descoberta; e Alto do Maracanã, em Dois Unidos. 

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Ao todo 51 localidades já foram contempladas com o trabalho de prevenção para o período chuvoso, diminuindo a vulnerabilidade a acidentes durante o inverno no município. Ao todo, em 2015, mais de 9.095 pontos de risco já foram cobertos com lonas plásticas, cerca de 190 palestras educativas em escolas municipais foram realizadas e em média 12 mil residências foram visitadas com a finalidade de transmitir para a população práticas seguras que podem evitar acidentes durante o período de chuvas. 

Mais da metade (55,6%) dos adultos quilombolas estão em situação de insegurança alimentar no Brasil. Os dados estão no estudo Quilombos do Brasil: Segurança Alimentar e Nutricional em Territórios Titulados, lançado nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A publicação apresenta a pesquisa sobre a situação alimentar e nutricional em comunidades quilombolas e o acesso delas a serviços e programas governamentais, além do perfil socioeconômico das famílias e comunidades.

Entre crianças e adolescentes, 41,1% da população estudada estão na mesma situação de insegurança alimentar. Quando analisada por regiões, a maior taxa é encontrada no Baixo Amazonas (79,1%), e a menor em comunidades do Semiárido (15,9%). O estudo também engloba o nordeste paraense, com 43% das crianças vulneráveis, o norte maranhense (45,7%), o norte Semiárido (31,7%) e o Centro-Sul (18%).

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“O quadro vivenciado pelo Baixo Amazonas é gravíssimo quando se constata que a cada cinco residências, quatro têm crianças com carência alimentar – fome. As regiões nordeste paraense, norte maranhense e norte Semiárido têm frequências elevadas, e no Semiárido e Centro-Sul os valores são expressivamente mais baixos, porém observa-se a existência dessa situação”, diz o estudo.

A coleta em campo foi realizada em 2011, em 55 municípios de 14 estados. Foram visitados 97 territórios quilombolas, nos quais vivem 40.555 pessoas, em 9.191 domicílios distribuídos em 169 comunidades. O levantamento leva em conta as comunidades que receberam o título de posse coletiva da terra, entre 1995 e 2009, e também apresenta dados sobre o estado nutricional das crianças menores de 5 anos.

O estado nutricional de uma pessoa é o reflexo da ingestão, absorção e utilização dos nutrientes dos alimentos, e a população quilombola estudada apresentou maior déficit de estatura em crianças. “O déficit de estatura reflete a desnutrição crônica em crianças. Para o conjunto das regiões estudadas, 2,4% das crianças investigadas apresentaram este diagnóstico, sendo que o Semiárido apresentou déficit nutricional ainda maior, com frequência de 5,9%”, diz o estudo.

O risco de sobrepeso e obesidade também é evidenciado nas comunidades. Para o total de crianças avaliadas, uma em cada cinco apresenta sobrepeso, apesar da grande vulnerabilidade econômica e social destas populações. “Os quilombos do Centro-Sul, situados perto de muitos centros urbanos e com alta densidade populacional, têm 32,7% de suas crianças em situação de excesso de peso. Este diagnóstico pode estar refletido na má qualidade da dieta que as crianças têm acesso”.

O sumário executivo da pesquisa está disponível na página da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS.

“Os resultados encontrados sinalizam para uma situação de grande vulnerabilidade vivenciada pelos quilombolas. Como fator condicionante, poderiam ser mencionados o isolamento geográfico e social, bem como a baixa integração dos territórios quilombolas com outros espaços geopolíticos dos municípios em que a oferta de bens e serviços públicos é maior. Uma vez que a relação com o território é tão particular para este segmento, a violência decorrente dos conflitos persistentes e dos problemas não resolvidos, em termos de ocupação territorial, agrava este quadro”, de acordo com o sumário.

Segundo a secretária da Seppir, Silvanir Euclênio Silva, os dados do estudo já estão servindo de instrumental para elaborar políticas públicas que resolvam a situação de vulnerabilidade em que os quilombolas se encontram, como a potencialização da capacidade de produção das comunidades.

Ela destaca ainda a importância da apresentação do estudo no Dia Nacional da Consciência Negra, que, segundo ela, é o símbolo da capacidade de superação e da resiliência e insurgência da população negra. “Um povo que foi capaz de construir um herói [Zumbi dos Palmares] e uma data, celebrada de Norte a Sul do país, independente[mente] das instituições, este dia representa a capacidade de resgatar a humanidade que nos foi negada”, disse.

Como prometido, o Google encerou as atividades do Orkut às 10h desta terça-feira (30). No entanto, as comunidades, grande atrativo da rede social, continuam online em uma espécie de museu mantido no ar pela gigante das buscas. A partir de agora, quem acessar o Orkut.com poderá navegar pelo acervo.

De janeiro de 2004 a setembro de 2014, milhões de pessoas, espalhadas pelo mundo todo, se reuniram para discutir interesses comuns em uma vasta coleção de comunidades do Orkut. Com o objetivo de preservar a história de conexões e conversas do Orkut, este arquivo traz todo o conteúdo público dessas comunidades”, diz o site.

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O arquivo reúne 51 milhões de comunidades, com 120 milhões de tópicos que geraram mais de 1 bilhão de interações. No entanto, apesar de ter sido criado pelo Google, o gigante das buscas, o acervo não possui uma ferramenta de pesquisa. Só é possível procurar comunidades por nome através de um menu em ordem alfabética. 

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Em espaços improváveis, sobre o mato que cresce nos lugares esquecidos, famílias inteiras, crianças, cachorros. Nos barracos de madeira e lona, onde se é íntimo da miséria e da dureza da existência, vivem inúmeras pessoas nas invasões do Recife. Invasões, ocupações que crescem e se tornam comunidades. São várias na capital pernambucana, a mesma que se orgulha pelos novos empreendimentos, pelo alto padrão de vida. 

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Vizinhos ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, de onde chegam e saem tanta gente, eles permanecem. Uma comunidade nascida ao lado dos trilhos, num terreno da União, espremida entre a Avenida Recife e a pista do Aeroporto. De um lado, carros; do outro, aviões que embarcam e desembarcam. Na última sexta-feira (5), um incêndio acabou com dois barracos, inclusive o de Antônio Francisco Ferreira. 

“Destruiu tudo, era fogo demais. Vi minha máquina de solda, minha TV, bicicleta, liquidificador, tudo perdido. Trabalhei para ter tudo o que eu tinha aqui, mas Deus não deixa cair uma folha sem sua permissão”, dizia resignado o morador que há um ano e dois meses se mudou para a comunidade. Vivia de aluguel em uma casa ali mesmo no Ipsep. Separado da mulher, tem um filho e contato quase zero com o resto da família. “As pessoas me ajudaram, deram roupa, porque perdi tudo. Mas é difícil, porque sentimos falta das nossas coisas”, lamentava Antônio Ferreira. 

A comunidade, apesar de existente há quase dois anos, ainda não tem nome. Os moradores ainda lutam pelo cadastro na Prefeitura. Não é do desconhecimento de ninguém: têm pessoas que “não precisam” e mesmo assim vão para dar o nome no cadastro e conseguir um apartamento em algum dos conjuntos habitacionais da gestão pública. Mas esses não representam a maioria dos moradores, segundo eles. A maioria que está ali precisa. 

“Só saio com as casas. Não dá pra viver de aluguel”, garantiu Maria de Fátima do Carmo, com uma das netas nos braços. No barraco, mora ela, a filha e dois netos. Sobre o barulho emitido pelos aviões, ali tão próximos, a necessidade parece falar mais alto. “Esse barulho é que faz a gente dormir mesmo (risos). A gente já se acostumou. Só tem um que é o maior e faz uma zoada danada, mas quase não passa”, explica a mulher. 

Também considerada em local de risco, as comunidades Vila Sul 1 e 2 rapidamente foram erguidas em outro terreno da União, pertencente atualmente à Ferrovia Transnordestina Logística. Também ao lado dos antigos trilhos do trem, embaixo dos pontilhões do Metrô do Recife, várias famílias se alojaram no espaço localizado na Avenida Sul. Lá, todos já estão cadastrados, mas o sentimento de insegurança tem crescido. Pequenos incêndios atingiram o lugar e muitos moradores têm certeza de terem sido práticas criminosas, feitas de propósito. 

Os fatos se tornaram casos de Polícia. “Não queríamos envolver a Polícia, mas não tem jeito. Entramos em contato com o pessoal da Delegacia da Rio Branco, porque isso não pode ficar assim. São, claramente, incêndios criminosos que podem tirar vidas de pessoas daqui”, afirmou uma das lideranças do local, Bernadete Oliveira. Em outras comunidades do Recife, que nasceram de invasões semelhantes à do Aeroporto e à Vila Sul, hoje existem casas de alvenaria, mas o risco permanece. 

No dia 31 de Agosto, seis casas foram atingidas por um incêndio na Comunidade Vila Miguel Arraes, em Cajueiro. Muito próximas umas das outras, todas ficaram destruídas. Apesar das várias crianças residentes no local, ninguém se feriu. Muitos dias após o incidente, os moradores ainda retiram os entulhos e tentam encontrar objetos sob as cinzas. “Era uma e pouca da manhã. Só deu tempo de tirar as crianças. Até hoje ninguém sabe o motivo. Demos os nomes à Codecir (Coordenadoria de Defesa Civil do Recife), eles mandaram uns colchões. Estamos na casa de amigos, parentes”, disse uma das moradoras atingidas, Wilma Santos. 

Nova cidade, cenários antigos

No bairro do Pina, há alguns anos, às margens do Rio Capibaribe não havia shopping, grandes empresariais; não existia a Via Mangue e, mesmo assim, elas já estavam lá. As palafitas são um dos elementos mais degradantes do urbanismo em algumas das grandes cidades do país. No Recife, mesmo com o “desenvolvimento”, de um lado, do outro os barracos levantados sobre o mangue resistem ao tempo. 

Para a construção da Via Mangue, diversas famílias precisaram sair dos barracos e foram direcionadas aos habitacionais Via Mangue 1, 2 e 3. Houve quem só recebeu as indenizações, de acordo com Empresa de Urbanização do Recife (URB). Aproximadamente mil pessoas, diz o órgão. Os trabalhos no local foram concluídos, mas ainda há pessoas que sobrevivem nas palafitas, há bastante tempo. 

Catador de latinhas, Fábio José do Monte já perdeu a conta de quanto tempo vive nas palafitas. “A minha sobrinha já nasceu aqui e hoje tem 22 anos. Faz tempo. É complicado, quando chega a eleição sempre vem algum candidato, mas nunca faz nada. Quando começaram a construir a Via Mangue, teve um barraco ali que rachou. Além dos bichos, ratos, que passam sempre aqui. Se eu tirasse um salário mínimo, com certeza não viveria aqui”, afirmou o catador que diz conseguir cerca de R$ 120 por mês com o trabalho.

Eles garantem que as palafitas são as únicas opções de moradia da família. Parentes de Fábio, Milene Celestino e Ebert Liberato moram juntos no barraco ao lado. “O sentimento é de que somos excluídos. As pessoas se esqueceram daqui. Ninguém veio para cadastrar ninguém”, mencionou Ebert. Todo ano eles precisam trocar as tábuas de madeira – o chão – do local. O banheiro improvisado leva os dejetos diretamente na maré. “A presidente (na inauguração da Via Mangue) passou aí e viu a gente. Não fez nada, né?”, se questiona Milene. 

Prefeitura garante apoio às ocupações

O Secretário de Habitação do Recife, Romero Jatobá, conversou com a reportagem do Portal LeiaJá e disse que a Prefeitura trabalha incansavelmente para encontrar soluções a estas pessoas. Sobre a comunidade do Aeroporto, Jatobá explicou que “está em total apoio com as lideranças e está visualizando um conjunto habitacional para os moradores”. Segundo o secretário, o prazo para a solução das famílias é ainda para esta segunda quinzena de setembro. 

Já cadastrados, os moradores da Vila Sul 1 e 2 estão em maior contato com a Prefeitura e o terreno está em vias de negociação com a comunidade. Questionado sobre a prática de algumas pessoas levantarem barracos apenas para “ganhar apartamentos” nos habitacionais da Prefeitura, Romero Jatobá garantiu que há uma fiscalização sobre isso. “Infelizmente, ainda encontramos tais pessoas. Eles fazem com que outros, que precisam, percam vagas. Mas a Prefeitura tem seus critérios, na hora de analisar os cadastros, como renda, família, e fiscalizamos com um cruzamento de dados, para saber se a pessoa já foi contemplada ou indenizada em alguma ocupação”, disse Jatobá. 

O caso mais difícil são o dos moradores das palafitas. A Secretaria de Habitação argumentou que o caso é de responsabilidade da URB, mas a Empresa de Urbanização explicou que ficou incumbida de resolver os casos das palafitas no perímetro da Via Mangue. Os demais barracos, como os de Fábio, Milene e Ebert, mais afastados da nova opção de mobilidade à Zona Sul, parecem ser de ninguém. E lá continuarão, até algum novo empreendimento que impeça sua permanência. 

Até 2050 a população britânica será composta por quase um terço de minorias étnicas caso se mantenha a atual tendência de crescimento, revela um estudo publicado nesta terça-feira (6) pelo centro de pesquisas Policy Exchange.

As comunidades negras e outras minorias étnicas se desenvolvem em um ritmo muito mais acelerado que a população branca e estão mudando radicalmente o rosto da Grã-Bretanha, destaca o estudo.

As cinco mais importantes destas comunidades - indiana, paquistanesa, bengalesa, negra africana e do Caribe - representam atualmente cerca de oito milhões de habitantes ou 14% da população total, segundo Policy Exchange.

A população com estas origens duplicou durante a última década, enquanto a branca se manteve estável. Se esta tendência persistir, a primeira representará entre 20% e 30% da população total em 2050.

A metade da população destas comunidades mora nas cidades de Londres, Manchester e Birmingham, segundo números oficiais citados no estudo. Entre estas comunidades, a taxa de desemprego é duas vezes superior à media do país, exceto pela minoria indiana, cujos membros tendem a ser melhor qualificados para o mercado de trabalho.

Os autores do estudo estimam que há "diferenças claras e importantes" entre as distintas comunidades, que deveriam ser levadas em conta pelo mundo político britânico.

O documento revela ainda que tais minorias têm a tendência de apoiar o Partido Trabalhista em detrimento dos Conservadores, do atual premier, David Cameron, independentemente da idade ou camada social de seus membros.

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