Tópicos | Copa de 2018

O atacante Dybala vai ser o substituto de Messi na seleção da Argentina contra o Peru, nesta quinta-feira (6), às 23h15 (de Brasília), pela nona rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Apesar de a partida ser realizada em Lima, os argentinos são favoritos. O craque do Barcelona não joga por estar contundido, assim como o volante Biglia, que dará lugar a Kranevitter.

O técnico Edgardo Bauza já dava sinais que o jogador da Juventus iria ser escalado na vaga de Messi. Nesta quarta-feira (5), confirmou a opção, apesar de considerar um desafio para o time não poder contar com o "jogador que mais desequilibra no mundo". Sobre Kranevitter, disse que foi escolhido por ter bom passe e pelo poder de marcação.

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A Argentina começa a rodada na terceira colocação com 15 pontos (com saldo de gols inferior ao do Brasil). O Peru está na nona e penúltima posição com sete pontos, mas o atacante Guerrero pediu aos torcedores que confiem na equipe. "Estou grato ao público que assistiu à vitória sobre o Equador (2 a 1, na rodada anterior). Nós jogávamos com muita pressão, diziam que estaríamos entre a vida e a morte caso não ganhássemos. Agora temos a Argentina. É uma nova possibilidade para nos recuperarmos. Espero que o peruano volte a confiar na seleção".

O líder Uruguai (16 pontos) recebe a lanterna Venezuela (apenas dois), às 20 horas, em Montevidéu, mas o respeito pelo adversário é grande. Motivos para isso os uruguaios têm: na Copa América Centenário, em junho, perderam para os adversários desta quinta-feira por 1 a 0. "Aquele encontro mostrou que eles farão um jogo difícil, mas temos muita clareza do que isso significa. O objetivo é ganhar a partida e vamos tentar, com mentalidade, atitude, ter um bom desempenho para conseguir o que queremos", disse o técnico Óscar Tabárez, que confirmou a dupla de ataque com Suárez e Cavani.

O Equador (13 pontos) joga em Quito contra o Chile (11), às 18 horas, mas o assunto no treino desta quarta-feira foi um mandato de prisão contra o atacante Enner Valencia por não pagar a pensão de sua filha de cinco anos. Ele deve cerca de R$ 55 mil. Oficiais estiveram no treinamento, mas não conseguiram cumprir a ordem - segundo um advogado da mãe da menina por falta de colaboração dos policiais.

No complemento da rodada, Paraguai e Colômbia se enfrentam às 20h30 (de Brasília), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

A seleção brasileira é mesmo uma equipe renovada sob o comando do técnico Tite. Nesta terça-feira, sofreu, viveu momentos de tensão, ansiedade, mas soube superar as dificuldades e bateu a Colômbia por 2 a 1, na Arena Amazônia, em Manaus. Foi a segunda vitória do Brasil sob nova direção e também a primeira vez que ganha duas partidas seguidas nas Eliminatórias, em sua oitava rodada. E obteve o objetivo de entrar no G4.

Com 15 pontos, a seleção brasileira está na zona de classificação à Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. Está atrás do Uruguai (16), mas passou a Argentina no saldo de gols e dependia do resultado entre Peru e Equador, em Lima, para definir se terminaria a oitava rodada em segundo ou terceiro lugar.

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Há dois aspectos principais a se considerar no primeiro tempo da seleção brasileira. De certo modo, o time conseguiu a evolução pedida por Tite. Tocou bem a bola, foi objetivo, buscou tabelas constantemente, criou algumas boas chances de gol, marcou muito bem e, sob pressão, esforçou-se para, ao perder a bola, retomá-la rapidamente.

Fez isso até com intensidade maior do que no jogo contra o Equador. E dominou a etapa diante de um adversário que de fato não é bobo. A Colômbia é time bem montado, entrosado, experiente. Nesta terça-feira, tentou até ser agressiva. Mas acabou neutralizada pela boa marcação brasileira.

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No entanto, a seleção também cometeu suas falhas. A mais irritante delas foram erros de passe da saída de bola, poucos é verdade, cometidos por algum preciosismo. O outro foi fazer algumas faltas desnecessárias, como a que resultaria no gol colombiano, naquela que a rigor foi a única chance real dos adversários.

A Colômbia deu um toque na bola antes do Brasil fazer 1 a 0. Foi do volante Barrios. Na tentativa de desarmar Neymar, ele cedeu escanteio. O próprio Neymar cobrou, a zaga não marcou e Miranda fez de cabeça, a 1 minutos e 19 segundos. Foi o primeiro gol do zagueiro pela seleção brasileira.

Um gol logo de cara, claro, facilita a vida de qualquer time. Ainda mais quando esse time está confiante, motivado e tem o apoio da torcida. Deu até para jogar bonito em alguns momentos, como da troca de bola entre Marcelo e Neymar, permeada por alguns toques de efeito na bola.

O bom futebol, embalado nas arquibancadas por um animado batuque, levou a torcida a cantar, a sambar e a esperar mais gols. Mas ele não veio, de certa forma porque Ospina fez boas defesas em conclusões de Renato Augusto e Neymar.

E porque Paulinho, ao receber na frente do goleiro lançamento de Neymar, perdeu o tempo da bola e tentou enganar o árbitro, tocando a bola com o braço. Além de o gol ter sido corretamente anulado, o volante levou cartão amarelo, seu segundo em dois jogos e que o deixa de fora do jogo contra a Bolívia, em outubro.

Pouco depois, veio uma falta em James Rodríguez na intermediária, que poderia ter sido evitada. Não foi e na cobrança do meia, bola bem batida, Marquinhos, ao tentar desviar para escanteio acabou marcando contra.

O Brasil não sentiu tanto o gol. Manteve o controle. Descontrole veio no final da etapa e teve Neymar como um dos protagonistas. Após um encontrão de Barrios em Gabriel Jesus, que o árbitro argentino Patricio Lousteau considerou lance normal, o atacante se irritou e entrou duro em Jeison Murillo. Acabou levando cartão amarelo.

Foi a única confusão da etapa. Ressalte-se que, apesar de algumas faltas mais duras, a Colômbia bateu pouco na primeira etapa. O fato é que a seleção brasileira poderia ter construído boa vantagem no primeiro tempo, não o fez e ainda levou o empate. E isso teve reflexos na etapa final.

O Brasil voltou um time mais ansioso. Com isso, ficou um pouco desorganizado. Criou chances, mas não conseguia concluir. Neymar passou a busca mais o meio, a prender mais a bola. O time não estava mal, mas sofria. O técnico argentino José Pekerman ainda conseguiu anular uma boa opção brasileira ao colocar Cuadrado nas costas de Marcelo. A Colômbia também assustou.

Então, Tite mudou o time. Voltou a colocar Phillipe Coutinho no lugar de Willian. A seleção cresceu de novo, com o meia do Liverpool fazendo boas arrancadas. Em uma delas, Coutinho percebeu Neymar entrando pela esquerda e tocou. Ele dominou e bateu cruzado, rasteiro: Brasil 2 a 1 e 48.º gol de Neymar pela seleção.

O atacante do Barcelona comemorou bastante. Abraçou os titulares, os reservas que se aqueciam e depois deu longo abraço em Tite, que vibrava aliviado. A Colômbia, então, se lançou. Criou novas dificuldades. Mas o Brasil de Tite tem personalidade, confiança e alma. E soube administrar a vitória.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 x 1 COLÔMBIA

BRASIL - Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Renato Augusto, Paulinho (Giuliano), Willian (Phillipe Coutinho) e Neymar; Gabriel Jesus (Tayson). Técnico: Tite.

COLÔMBIA - Ospina; Medina, Oscar Murillo, Jeison Murillo e Díaz; Carlos Sánchez, Barrios, James Rodríguez e Macnelly Torres (Cuadrado); Muriel (Marlos Moreno) e Bacca (Martínez). Técnico: José Pekerman.

GOLS - Miranda, a 1, e Marquinhos (contra), aos 36 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 29 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Paulinho, Neymar e Marcelo (Brasil); Medina (Colômbia).

ÁRBITRO - Patricio Lousteau (Fifa/Argentina).

RENDA - R$ 5.840.500,50.

PÚBLICO - 36.609 pagantes.

LOCAL - Arena Amazônia, em Manaus (AM).

Com os pés no chão, mas confiante, a seleção brasileira enfrenta a Colômbia nesta terça-feira, às 21h45 (de Brasília), na Arena Amazônia, em Manaus, com o objetivo principal de entrar na zona de classificação direta à Copa do Mundo da Rússia. Quinta colocada nas Eliminatórias com 12 pontos - os adversários têm 13 e estão em terceiro -, basta à equipe vencer para atingir a meta. No entanto, o jogo pela oitava rodada está sendo encarado como um dos mais difíceis de toda a caminhada.

O técnico Tite comanda a seleção pela segunda vez e repete o time inicial da vitória em sua estreia por 3 a 0 sobre o Equador, em Quito. Repete, também, o esquema tático 4-1-4-1, visando uma adaptação cada vez maior dos jogadores e, consequentemente, uma evolução no rendimento do time. "A gente quer repetir uma partida igual ou melhor do que contra o Equador", disse. "Falamos em desempenho, jogar bem, repetir padrão. Resultado mais desempenho gera confiança". Ele destacou a qualidade do time colombiano. "Mas a gente vai procurar neutralizar essas qualidades".

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Até agora, a seleção não conseguiu duas vitórias seguidas nas Eliminatórias. Se fizer isso nesta terça-feira, subirá bastante na tabela de classificação. Apesar de ser essa a meta, não é uma obsessão. "Somos consciente da oportunidade que temos. Isso nos motiva, poder somar seis pontos. Mas a classificação agora não é tão importante quanto no final", ponderou o lateral-direito Daniel Alves. "Agora é importante ter uma equipe sólida, organizada".

Tanto Tite como os jogadores, de maneira geral, esperam um jogo de alto nível, até pela qualidade técnica das duas equipes. Mas reservadamente temem que os colombianos possam apelar para provocações e mesmo para a violência, como ocorreu nas últimas vezes em que jogaram, quando Neymar foi a maior vítima.

Na memória dos atletas, por mais que disfarcem, ainda está vivo o lance da Copa do Mundo de 2014, quando uma joelhada de Zuñiga quebrou uma vértebra de Neymar e o tirou do Mundial no Brasil. Desta vez, Zuñiga nem sequer foi convocado por José Pekerman, o argentino que treina a Colômbia.

Existe preocupação sobre como Neymar vai reagir caso volte a ser caçado pelos colombianos - ele não costuma resistir às provocações. Por isso e apesar das negativas, Tite e alguns jogadores conversarão com o craque, para "acalmá-lo".

Neymar parece tranquilo. Tem sido um dos mais brincalhões do grupo e em Manaus tem atendido pacientemente os fãs. Nesta segunda-feira, por exemplo, após o almoço, passou cerca de 15 minutos dando autógrafos e fazendo selfies com os torcedores que esperavam por ele no saguão do hotel que hospeda a delegação. Atendeu a todos, embora quase não tenha dado sorrisos.

FREGUÊS - A rivalidade recente entre Brasil e Colômbia está mais ligada à virilidade em campo do que à história. Os brasileiros têm ampla vantagem sobre os adversários, com 18 vitórias em 29 jogos. Foram oito empates e apenas três derrotas (em 1985, 1991 e no último confronto, na Copa América de 2015 no Chile, por 1 a 0, jogo em que Neymar se envolveu em confusão com os rivais depois do apito final do árbitro).

Mas nas três últimas vezes que as seleções se encontraram em Eliminatórias, duas delas no Brasil, ocorreram três empates por 0 a 0.

Líder isolada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, a seleção da Argentina tem tudo nesta terça-feira para se manter na primeira colocação. Pela oitava rodada da competição, às 20h30 (de Brasília), enfrentará a lanterna Venezuela, fora de casa, na cidade de Mérida. Mas terá um desfalque e tanto: o craque Lionel Messi.

Autor do gol da vitória no clássico contra o Uruguai, na última quinta-feira, na cidade argentina de Mendoza, Messi voltou a sentir dores no púbis, que o incomodavam há algum tempo, e os médicos da seleção preferiram não levá-lo à Venezuela.

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Com 14 pontos, a Argentina está na liderança isolada, mas vê seus concorrentes muito perto. Na sequência estão Uruguai, Colômbia e Equador - todos com 13 -, que completam o grupo da classificação direta ao Mundial da Rússia. Brasil, em quinto lugar, e Paraguai, em sexto, estão com 12 pontos cada. Hoje, a seleção brasileira treinada pelo técnico Tite, que encara os colombianos em Manaus, teriam que jogar uma repescagem contra um representante da Oceania.

Sonhando em retomar a primeira colocação, o Uruguai tem um duro desafio pela frente. No estádio Centenário, em Montevidéu, às 20 horas, encara o Paraguai. O mesmo sonho tem o Equador, que joga no estádio Monumental, em Lima, contra o Peru, às 23h15. Os peruanos estão na nona e penúltima colocação, com quatro pontos, e jogam a sua sobrevivência nesta terça-feira.

Por fim, o Chile buscará a reabilitação contra a Bolívia, às 20h30, no estádio Nacional, em Santiago. Atual campeão da Copa América e da Copa América Centenário, os chilenos perderam para o Paraguai na última rodada e caíram da quarta para a sétima colocação das Eliminatórias, fora da zona de classificação ao Mundial.

Tite, evidentemente, ficou satisfeito com o desempenho da seleção brasileira nos 3 a 0 sobre o Equador, na última quinta-feira, em Quito, e a princípio não vai alterar a equipe para a partida contra a Colômbia, nesta terça, em Manaus, pela oitava rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Apesar de Willian ter jogado mal e Phillipe Coutinho ter entrado muito bem, o treinador dá indícios de que não vai mexer, embora possa mudar de ideia até a hora do jogo. E isso também não significa que ele não estimule briga por posição.

Ao contrário, Tite quer todo mundo buscando incessantemente um espaço no time, de forma sadia. Ele usou o exemplo do meia do Liverpool para explicar o comportamento ideal dos jogadores. "A boa atuação do Coutinho abre uma disputa na posição e nas outras também. A competição com lealdade eleva o nível dos atletas e quanto mais alto o nível, melhor", entendeu o treinador.

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Mas apesar do estímulo à disputa, ele não vai ignorar o esforço e a dedicação. Não vai "limar" um jogador por uma partida infeliz. Tite reconheceu que Willian não fez bom jogo contra os equatorianos, mas pondera que é nessas horas que o treinador tem de saber atuar. "Tem de ter coragem de chegar no jogador e dizer a ele que não é todo dia que se está bem que se consegue fazer o melhor, mas mesmo assim se é importante", disse.

No caso do meia do Chelsea, apesar da partida ruim, Tite viu aspectos positivos. "É preciso ver a coisa por inteiro. Pegamos a flutuação do Coutinho quando o Willian já tinha feito muita jogada de velocidade em cima do Ayoví (lateral-esquerdo equatoriano) deixando ele com a perna cansada. Aí entra o jogador descansado. Vamos ver o contexto, por isso há o trabalho de equipe".

FOLGA - Os jogadores da seleção deixaram Quito pouco depois da vitória sobre o Equador, chegaram em Manaus, no Amazonas, na madrugada desta sexta-feira e ganharam o dia de folga. Foi uma recompensa pela excelente atuação contra a seleção equatoriana.

Alguns jogadores decidiram passear em um shopping da cidade. Marcelo, Casemiro, Willian e Renato Augusto foram bastante assediados. A reapresentação aconteceu à noite. Na tarde deste sábado ocorre na Arena Amazônia o primeiro treinamento visando a partida contra a Colômbia.

A seleção brasileira finalmente está voltando a ter um camisa 9 confiável. A atuação de Gabriel Jesus na última quinta-feira (31) contra o Equador, no jogo em que estreou na equipe principal participando dos três gols na vitória por 3 a 0 (fez dois), deixou empolgada gente que entende do ofício de fazer gols: Careca, Roberto Dinamite e Jairzinho acreditam que o garoto de 19 anos tem tudo para se tornar um dos grandes da posição.

Camisa 9 do Brasil nas Copas do Mundo de 1986 e 1990, Careca considera que Gabriel Jesus representa o resgate da época em que os centroavantes faziam a diferença a favor da seleção. "É só o início. Mas o menino é bom. Eu sempre achei ele, de todos, o mais diferenciado, com característica de centroavante, número 9", disse ao jornal O Estado de S.Paulo.

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Sem a intenção de fazer comparações, Careca, autor de 29 gols em 63 jogos pela seleção brasileira, percebe em Gabriel Jesus traços de um outro atacante que marcou época com a camisa do Brasil. "Eu arriscaria dizer que ele tem uns passos do Ronaldo Fenômeno, a explosão, aquele jeito dele de quem não quer nada, mas na hora que precisa é bastante explosivo".

Roberto Dinamite jogou por nove anos na seleção (de 1975 a 1984) e fez 20 gols. Centroavante tradicional, vê no atual artilheiro do Campeonato Brasileiro um jogador de características diferente da sua - tinha grande presença de área. Mas também aposta em Gabriel Jesus. "É por aí. Ele já mostrou um potencial muito grande e que pode evoluir".

Roberto Dinamite pondera, no entanto, que apesar de Gabriel Jesus ter atuado como homem de referência no ataque contra o Equador, o sentido coletivo da seleção contribuiu para seu sucesso. "Foi importante para que o Brasil chegasse à vitória e que ele fizesse os gols", observou.

"Furacão" da Copa do Mundo de 1970, quando fez gols em todas as seis partidas, Jairzinho (vestiu a 7) vê em Gabriel Jesus o fim da carência do homem-gol na seleção brasileira. "O Gabriel sem dúvida já é um ponto positivo. Ele não se intimidou e deu a clareza de que de fato temos um homem de gol. Isso é muito bom, já que estamos com essa deficiência".

Após anunciar a sua aposentadoria da seleção da Argentina, no dia 26 de julho, no calor da perda da Copa América Centenário para o Chile, nos Estados Unidos, o craque entra em campo nesta quinta-feira (1°), às 20h30 (de Brasília), para defender o seu país contra o Uruguai, em Mendoza, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Messi não ficou de fora da seleção sequer uma partida oficial.

A desistência de abrir mão de atuar pela Argentina foi oficializada em 12 de agosto, quando Messi apareceu na lista do técnico Edgardo Bauza. O ex-treinador do São Paulo, que faz sua estreia no lugar de Gerardo Martino, se encontrou com o jogador em Barcelona e o demoveu da decisão de não jogar mais pela seleção de seu país.

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O estreante aposta no craque para começar com o pé direito contra o líder das Eliminatórias. A escolha de Edgardo Bauza para comandar a Argentina não foi uma unanimidade, principalmente por ele ser considerado um treinador defensivo.

Para o primeiro jogo, porém, ele aposta em uma formação ofensiva para encarar o Uruguai, com uma linha de três meias (Messi, Dybala e Di María) e um atacante (Lucas Pratto). O meio de campo ainda terá Mascherano e Biglia, responsáveis pela proteção da defesa. "A princípio, gostaria de jogar assim", comentou Edgardo Bauza. "Podemos começar assim e depois passar para o 4-4-2. Se há algo que me agrada nas minhas equipes é que tenham dois ou três sistemas", completou.

A participação de Messi chegou a ficar ameaçada. O jogador sofreu uma contusão no músculo adutor da coxa esquerda pelo Barcelona e, segundo o treinador, se apresentou à seleção, mesmo com o pedido do clube para não fazê-lo. Os médicos do time catalão, no entanto, negaram que tenham feito o veto, informando apenas que pediram para o argentino ter cuidado.

A presença do craque fez os cambistas lucrarem bastante, já que o preço para revenda subiu assim que Messi foi convocado. O estádio de Mendoza tem capacidade para 40 mil pessoas.

Completam a rodada, nesta quinta-feira, mais três partidas, além da do Brasil contra o Equador, em Quito, na estreia do técnico Tite na seleção. Às 17 horas (de Brasília), em La Paz, a Bolívia tem o retorno do centroavante Marcelo Moreno ao time, após dois anos de ausência, contra o Peru. Em Barranquilla, às 17h30, a Colômbia recebe a Venezuela. Por fim, às 21 horas, Paraguai e Chile se enfrentam no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. Os paraguaios terão a reestreia do técnico, e ex-lateral-direito de Palmeiras e Grêmio, Francisco Arce no comando da seleção.

Setenta e quatro dias depois de ser apresentado como técnico da seleção brasileira, Tite estreia efetivamente nesta quinta-feira (1º) e de cara já enfrenta pressão e desafios. Em situação difícil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, a equipe se vê obrigada a conseguir um bom resultado na partida contra o Equador, às 18 horas (de Brasília), no estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito. Isso passa por já começar a mostrar que os tempos de incerteza e falta de confiança da época de Dunga serão superados rapidamente.

Tite admite estar ansioso para a estreia, mas aliviado. "Estou muito mais em paz, mais tranquilo, pois todo o processo de preparação já se conduziu. Ainda estou ansioso, mas mais tranquilo", disse o treinador, nesta quarta-feira, sobre a sua expectativa.

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O Brasil é o sexto colocado na competição, com nove pontos após seis rodadas. Com 13, o Equador é segundo por ter saldo inferior ao Uruguai. Tite assumiu deixando claro que o objetivo é garantir vaga na Copa da Rússia, o que não ocorre atualmente. Por isso, até um empate faz parte das contas da comissão técnica. Mas é claro que isso obrigará a seleção a fazer o dever de casa na sequência, vencendo a Colômbia em Manaus.

No entanto, alguns aspectos ficarão em segundo plano nesta quinta-feira se as circunstâncias exigirem. "O momento não é para espetáculo, é para jogar e vencer", deu o tom o volante Casemiro. Para Tite, porém, vitória é consequência de o time jogar bem, o que não significa necessariamente jogar bonito. "Precisamos entrar na zona de classificação, ter resultado. Mas antes do resultado vem o desempenho", disse.

Com tempo escasso de preparação, Tite não arriscou muito para a estreia. Optou por um time experiente e respeitou as características e preferências dos jogadores, convocados após a comissão técnica estudar minuciosamente em que estágio técnico e principalmente físico se encontravam. O treinador confirmou Miranda como capitão da equipe e escalou Marquinhos ao lado dele na zaga.

No ataque, acabou optando por Gabriel Jesus no lugar de Gabriel Barbosa e explicou. "O que o treinador procurou fazer: ver os atletas onde jogam em suas equipes, que sistema e que função exercem. Com exceção do Gabigol, pelo fato de ser o nove. O Jesus é goleador do Brasileiro. Minha ideia é ter sempre seis numa formação ofensiva".

Na prática, foram apenas três treinos - e somente dois com os 23 jogadores reunidos. Tite, no entanto, acredita que as conversas constantes sobre tática que a comissão teve com os atletas desde o dia da convocação, os vídeos enviados a eles e o exibido in loco na última terça-feira, além do trabalho efetivo em campo, conseguiram ajudá-lo a montar uma equipe competitiva já para a estreia.

No ideário de Tite, a seleção será equilibrada e consistente. Ele quer intensidade, bastante aproximação, triangulações, muita atenção na marcação, retomada de bola rápida e muito toque de bola. Os obstáculos, porém, não são poucos. Há a altitude de Quito (2.850 metros acima do nível do mar), que pode afetar o organismo dos jogadores - cilindros com oxigênio serão levados ao estádio para socorrer quem eventualmente sentir falta de ar - e muda a dinâmica do jogo, pois torna a bola mais veloz. O Brasil espera um Equador explorando as bolas altas e os chutes de longa distância.

Há também o fato de o adversário vir bem na corrida por vaga na Copa da Rússia e estar em invicto em casa, onde venceu dois dos últimos confrontos contra o Brasil por Eliminatórias - ocorreu um empate. E a seleção brasileira ainda não ganhou fora nesta competição.

Uma equipe que mantenha a intensidade, seja agressiva, valorize a posse de bola, atenta às bolas altas do adversário. É assim que Tite quer a seleção brasileira na sua estreia, nesta quinta-feira (1°), contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O técnico tem a equipe quase definida - vai optar por uma formação com jogadores experientes.

Tite mantém em segredo os titulares. Nesta terça-feira, fechou a maior parte do treinamento, sob o argumento de que não queria revelar a escalação para os equatorianos. Mas não fará muitas alterações em relação à equipe que vinha sendo escalada por Dunga, o seu antecessor.

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O treinador se mantém fiel à intenção de escalar os jogadores no posicionamento em que mais se sentem à vontade. A tendência é que a defesa seja quase toda a mesma que iniciou a partida em que o Brasil foi derrotado pelo Peru por 1 a 0 em junho, na Copa América Centenário, e que determinou a eliminação na primeira fase e a demissão de Dunga.

Assim, Alisson, Daniel Alves, Gil e Miranda estariam garantidos. Na lateral esquerda, Marcelo, que Tite resgatou para a seleção brasileira, está bem cotado. Mas Filipe Luis (que jogou na derrota para os peruanos) tem chances de ser mantido.

Casemiro será o único volante no esquema 4-1-4-1 que Tite pretende implantar. O treinador deve completar o setor com Willian, Renato Augusto, Paulinho e Neymar. Como atacante isolado, apesar de gostar muito de Taison, a tendência é que Gabriel Barbosa ocupe o setor.

Tite está trabalhando nesta fase inicial na seleção com três fatores que visam compensar o pouco tempo de treinos: conversas, vídeos e atividade de campo. Ele já passou para os convocados a sua visão tática por meio de vários bate-papos, coletivos e individuais. "Conversamos no sentido de potencializar individualidades e coletivo. Os dois precisam estar presentes (em uma equipe)", disse o treinador.

Nesta terça-feira, antes do treino realizado no estádio Casa Blanca, da LDU, Tite exibiu um vídeo sobre tática para os atletas. E também exercitou conceitos no campo. O técnico percebeu, ao longo da carreira, que jogadores têm maneiras diferentes de compreender melhor as propostas dos técnicos, por isso a adoção das três formas de didática.

Na primeira convocação da seleção brasileira feita pelo técnico Tite, chamou a atenção a presença de sete jogadores campeões olímpicos - quantidade reduzida com o corte do zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo. Há, no entanto, outro aspecto revelado pela lista: a manutenção da base de seu antecessor Dunga.

Do elenco da fracassada participação na Copa América Centenário, que resultou na demissão de Dunga, Tite chamou 13 jogadores para a partida desta quinta-feira (1°) contra o Equador, em Quito, e na semana que vem contra a Colômbia, em Manaus, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Sem contar Neymar, que só não fez parte daquele elenco em razão de um acordo com o Barcelona que permitiu que jogasse a Olimpíada do Rio.

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O fato de ter mantido a base de Dunga, porém, não significa que a seleção de Tite será igual. A começar pelo esquema tático. O comandante atual é adepto do 4-1-4-1 e é assim que a equipe deverá jogar. O antigo treinador preferia o 4-4-2.

Tite gosta de treinos intensos, em que trabalha variações de jogadas. Já Dunga optava por treinos de dois toques, em campo reduzido, visando ter um time mais compacto.

Nesta segunda-feira, no primeiro dos três treinos que Tite tem para montar a equipe para o jogo de quinta contra o Equador, ele conversou rapidamente com os jogadores. Depois, já com Miranda, Alisson e Marquinhos - que chegaram ao Equador um pouco mais tarde -, fez um trabalho em campo reduzido para aprimorar toques rápidos.

O treinamento teve o objetivo de adaptar os jogadores à velocidade da bola, maior em Quito por causa da altitude (2.850 metros acima do nível do mar) e também aclimatar os atletas para reduzir sintomas como falta de ar, dor de cabeça e enjoo.

Com pouco tempo para treinar, Tite vai levar em conta o que ouviu dos jogadores sobre as suas preferências de posicionamento e movimentação. "Vou buscar o maior número de informações possível e usar de feeling para deixar os atletas confortáveis", disse.

Para os jogadores, a adaptação aos conceitos de Tite precisa ser rápida. "Ele tem de encher nossas ideias com a filosofia dele porque não temos tempo suficiente para trabalhar. Assim assimilamos o que preciso", disse o lateral-direito Daniel Alves.

Os ingressos para a ver os jogos na Copa de 2018 na Rússia custarão dez vezes mais caro que a entrada mais barata oferecida para o Mundial de 2014 no Brasil. Nesta terça-feira, os russos e a Fifa anunciaram os preços das entradas que começarão a ser vendidas em 2017, depois da realização da Copa das Confederações.

Os preços, em comparação com os que foram praticados no Brasil, representam um salto importante. Em 2014, o ingresso mais barato foi vendido a R$ 30. Agora, o mais barato para partidas da primeira fase estarão em US$ 105, cerca de R$ 345 pela cotação desta terça.

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Para a grande final, em Moscou, os russos estipulam valores de US$ 1,1 mil para o ingresso mais caro no estádio, cerca de R$ 3,6 mil. No Brasil, a entrada com o preço mais elevado havia sido vendida por R$ 1.980.

No Brasil, a Fifa obteve uma receita de mais de US$ 550 milhões apenas com a venda oficial de entradas para os 64 jogos. Isso permitiu que a entidade terminasse o Mundial com uma receita recorde, de mais de US$ 5 bilhões.

No ano seguinte, porém, a entidade registrou seu primeiro déficit em mais de uma década diante dos custos com advogados por conta dos escândalos de corrupção.

Para 2018, a primeira leva de ingressos será destinado ao público local. Um lote de 350 mil entradas começará a ser vendida no ano que vem. A nova secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, garantiu que a entidade fez uma análise de mercado e concluiu que esses preços são "justos".

COPA DAS CONFEDERAÇÕES - A Fifa também divulgou nesta terça-feira os preços dos ingressos para a Copa das Confederações de 2017, que também será realizada na Rússia. Para esta competição, o bilhete mais barato sairá por US$ 70, preço estipulado para jogos da primeira fase e até para a decisão do terceiro lugar.

Já a entrada mais cara sairá por US$ 245, valor máximo que será praticado apenas na comercialização dos ingressos para a decisão da competição, que já tem confirmadas as participações de seis seleções: Rússia, como país-sede, Alemanha (atual campeã mundial), Austrália (campeã asiática), Chile (vencedor da Copa América), México (ganhador da Copa Ouro da Concacaf) e Nova Zelândia (campeã da Oceania). Os outros representantes serão o vencedor desta Eurocopa (ou o vice-campeão se a Alemanha levar o título) e a seleção que faturar a Copa Africana de Nações de 2017.

Gianni Infantino iniciou nesta terça-feira a sua primeira visita à Rússia desde que foi eleito presidente da Fifa, em fevereiro. O dirigente começou a sua passagem pelo país conhecendo o estádio Luzhniki, em Moscou, principal palco da Copa do Mundo de 2018, que está passando por uma grande reforma para estar apto para o evento máximo do futebol.

Usando o tradicional capacete de obra, Infantino passeou pela construção do local, que terá capacidade para abrigar 81 mil torcedores, acompanhado do prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, e chegou a gesticular exibindo o sinal de positivo com os dois polegares para expressar satisfação com as obras em andamento.

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E o dirigente afirmou ter ficado "impressionado" com as mudança no estádio, no qual já esteve presente anteriormente, mas antes das reformas para a Copa do Mundo. "Tem um aspecto impressionante. Este é o lugar ideal para celebrar o Mundial. Um lugar magnífico para os jogadores e os torcedores. Quando você entra no estádio o coração começa a bater mais rápido", ressaltou Infantino, em entrevista a jornalistas russos no local.

O presidente da Fifa ainda enfatizou a importância de o estádio Luzhniki ter conservado a sua "histórica fachada", que é considerada um ícone da arquitetura soviética, sendo que o local foi um dos palcos dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980. Ele elogiou Sobyanin por ter apoiado esta iniciativa.

Durante a visita, o prefeito de Moscou também mostrou a Infantino uma grande maquete do estádio em um quadro, no qual estavam também fotos de locais que circundam o complexo do grande palco da Copa de 2018. A arena, além de receber o jogo inaugural e a decisão do Mundial, abrigará quatro partidas da fase de grupos, uma das oitavas de final e uma das semifinais. A previsão é de que as obras no estádio sejam concluídas no final deste ano.

Também nesta terça-feira, Infantino esteve presente na tradicional Praça Vermelha, onde posou para fotos à frente do relógio que marca a contagem regressiva para o início da Copa de 2018. No local, ele teve a companhia do presidente do Comitê Organizador Local (COL), Alexey Sorokin, e do ex-jogador croata Zvonimir Boban, que ajudou o seu país a ser terceiro colocado na Copa do Mundo de 1998, na França.

Depois de sua passagem pela Rússia, Infantino seguirá rumo ao Catar, palco do Mundial de 2022, também em sua primeira visita ao país como novo presidente da Fifa. Antes desta ida aos países de disputa dos dois próximos Mundiais, onde fará também reuniões com membros do Comitê Organizador Local das Copas, o suíço esteve na América do Sul, no final do mês passado, quando visitou a sede da Conmebol, em Luque, e se reuniu com o presidente da entidade sul-americana, Alejandro Dominguez.

O continente foi um dos mais atingidos pelo grande escândalo de corrupção que assombra o futebol desde o ano passado. Na ocasião, Infantino ressaltou a importância de a Conmebol e a Fifa buscarem recuperar suas imagens durante a sua visita.

Atual campeão da Copa América, o Chile se recuperou bem nesta terça-feira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. Depois da derrota em casa para a Argentina, os chilenos golearam de virada a Venezuela por 4 a 1, no estádio Agustín Tovar, na cidade venezuelana de Barinas, pela sexta rodada da competição qualificatória.

O resultado fez o Chile chegar a 10 pontos e subir na tabela de classificação, bem vivo na luta por uma vaga no próximo Mundial. Já a Venezuela mostra ser mesmo o saco de pancadas do torneio. Tem apenas um ponto após seis partidas e está na lanterna.

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Mesmo com a volta de seu melhor jogador, o meia Arturo Vidal, o Chile foi surpreendido nos primeiros minutos. Em uma falta cobrada com perfeição e força pelo meia Otero da intermediária, a bola entrou como um foguete no gol de Johnny Herrera e a festa foi enorme em Barinas. Mas antes do intervalo o ímpeto dos venezuelanos foi diminuído com o empate chileno. Aos 32 minutos, após escanteio cobrado pelo lado esquerdo, o centroavante Pinilla cabeceou no canto direito dos mandantes.

No segundo tempo, o Chile foi o dono do jogo e conseguiu a virada logo aos seis minutos. Seijas tocou errado para Beausejour, que cruzou para Pinilla completar de primeira e virar para os visitantes. Aos 27, o balde de água fria nos venezuelanos com o gol de Vidal, que recebeu livre na área e só tocou na saída do goleiro.

Já nos acréscimos, aos 46 minutos, Alexis Sánchez fez boa jogada e tocou para Vidal marcar o seu segundo gols na partida e decretar a goleada chilena sobre a Venezuela.

Com a disputa da Copa América Centenário em junho, nos Estados Unidos, as Eliminatórias da Copa só voltarão a ser jogadas em setembro. Pela sétima rodada, no dia 2, o Chile jogará contra o Paraguai, em Assunção e a Venezuela terá pela frente a Colômbia, também fora de casa.

Depois de cinco rodadas com o Equador na ponta, as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, tem um novo líder. Pela sexta rodada da competição qualificatória, a seleção do Uruguai derrotou o Peru por 1 a 0 - gol do centroavante Edinson Cavani -, nesta terça-feira, no estádio Centenário, em Montevidéu, e se aproveitou da derrota equatoriana para a Colômbia para assumir a primeira colocação.

Após seis partidas, Uruguai e Equador somam 13 pontos cada, mas os uruguaios levam vantagem no saldo de gols - 8 a 5. Na América do Sul, avançam direito à Copa do Mundo os quatro primeiros colocados e o quinto terá de jogar uma repescagem contra um representante da Oceania. Cada vez mais distante da zona de classificação, o Peru permanece na oitava e antepenúltima colocação, com quatro pontos.

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Assim como aconteceu na última sexta-feira contra o Brasil - empate por 2 a 2, no Recife -, o Uruguai fez um péssimo primeiro tempo e melhorou após o intervalo. Nos primeiros 45 minutos, o time da casa teve enormes dificuldades para superar a zaga peruana, mesmo contando com a dupla Cavani e Luis Suárez. A melhor chance foi uma cabeçada de Alvaro Pereira, aos 34 minutos, que bateu no travessão após desvio do zagueiro Cristian Ramos.

Antes disso, os uruguaios ainda sofreram com dois bons ataques do Peru. Em ambos, o centroavante Guerrero (ex-Corinthians e hoje no Flamengo) chutou - o primeiro foi travado pela defesa e o segundo defendido de forma milagrosa pelo goleiro Muslera.

Após o intervalo, o Uruguai jogou melhor e passou a dominar as ações no meio de campo. Assim, chances foram criadas e em uma delas a recompensa veio aos 7 minutos. Em jogada pelo lado esquerdo, Suárez recebeu na intermediária e colocou Cavani livre na área. Com um forte chute no ângulo, o centroavante do Paris Saint-Germain marcou o gol salvador para os donos da casa.

Com a disputa da Copa América Centenário em junho, nos Estados Unidos, as Eliminatórias da Copa só voltarão a ser jogadas em setembro. Pela sétima rodada, no dia 2, o Uruguai terá o clássico contra a Argentina, fora de casa. O Peru enfrentará a Bolívia, em La Paz.

Marcado para o dia 25 de março no Recife, o clássico sul-americano entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 é motivo de preocupação fora do campo por causa do surto de zika em Pernambuco. A CBF está tratando a questão diretamente com o governo pernambucano e ações extras para proteger as duas delegações podem ser definidas em uma reunião que será realizada nesta sexta-feira (12).

Os dois jornais esportivos de Barcelona - Sport e Mundo Deportivo - deram matérias nessa quinta-feira (11) falando do risco que os astros Neymar e Suárez correrão "ao jogar no epicentro do zika vírus" - o centroavante voltará a jogar pela seleção uruguaia depois de ter cumprido a suspensão de nove jogos que pegou por ter mordido o italiano Chiellini em jogo da Copa do Mundo de 2014. Ambos destacam que Pernambuco está em estado de emergência por causa do vírus. E a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) também mostra preocupação com a situação.

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O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, tem mantido contato com o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), para tratar do tema. A entidade pediu ao governo para estudar a possibilidade de adoção de medidas extras de prevenção na semana do jogo. Membros do governo estadual deverão se reunir nesta sexta-feira para discutir o assunto - a CBF não terá representante no encontro.

A secretaria estadual de Saúde de Pernambuco informou que as medidas, por ora, serão as mesmas que já vêm sendo adotadas desde agosto. "Temos feito monitoramento constante em todas as cidades e indicado o uso de repelentes para a população", informou a assessoria de imprensa da pasta.

A CBF, porém, pediu "atenção especial" para o jogo que será realizado na Arena Pernambuco, nos arredores do Recife. A entidade preferiu não se manifestar antes de uma definição do governo sobre as medidas que serão adotadas para aumentar a proteção às duas delegações.

A AUF está preparando um protocolo de ações a ser utilizado durante a estada da seleção uruguaia no Brasil. As medidas sugeridas incluem a aplicação de repelente por parte dos jogadores, o uso de roupas compridas e até mesmo a realização de treinos durante os horários em que o Aedes aegypti é menos ativo - o mosquito é mais ativo durante o dia. A Associação Uruguaia não cogita pedir a mudança de local do jogo.

CALOR - Quem faz pouco caso sobre o local da partida é o técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez. "O assunto dos mosquitos se resolve com repelente", declarou, em entrevista a uma rádio local. Ele só se mostrou incomodado com a mudança do horário do jogo, que originalmente seria à noite, mas foi antecipado para o meio da tarde - a partida será no feriado de Sexta-Feira Santa.

"Não é a mesma coisa jogar no Recife às 16 horas ou às 18 horas. Às 16 horas faz um calor muito diferente do que faz à noite. Vamos nos preparar para jogar onde for, mas deveriam respeitar a regulamentação", afirmou, alegando que a mudança foi determinada apenas na semana passada, sem respeitar o prazo de 60 dias de antecedência que prega a Fifa.

A Fifa acumula um prejuízo milionário de US$ 103 milhões diante do pior escândalo de corrupção na entidade e, para a Copa de 2018, o buraco no orçamento chega a US$ 1 bilhão (R$ 3,8 bilhões). Fontes em Zurique confirmaram que o escândalo de corrupção que assolou a entidade máxima do futebol está tendo uma forte repercussão nas contas da Fifa.

A reportagem do Estado já havia antecipado com exclusividade a crise financeira da entidade, a primeira em 14 anos e que marca uma reviravolta na situação da Fifa. Com a Copa de 2014 no Brasil, o organismo máximo do futebol havia atingido seu auge financeiro, com lucros e uma renda recorde de US$ 5,7 bilhões.

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Mas a prisão de cartolas em maio deste ano mudou tudo. Nesta quarta-feira (2), ao apresentar os números aos executivos, o departamento financeiro da Fifa indicou que a queda da renda ocorreu por causa da fuga de patrocinadores, que hesitam em assinar qualquer tipo de acordo comercial com a entidade. Mas os problemas financeiros também vêm dos custos legais diante da contratação de advogados para defender alguns dos principais cartolas, entre eles Joseph Blatter, que cumpre suspensão de 90 dias por um pagamento suspeito de US$ 2 milhões feito a Michel Platini, em 2011. Platini, presidente da Uefa, também cumpre o mesmo período de suspensão por seu envolvimento neste caso que está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa.

Até mesmo a Copa de 2018 acabou afetada. Para o orçamento em prol do evento, que se estima em US$ 5 bilhões, cerca de 20% não conseguiram ser arrecadados. O valor do prejuízo chega a ser de US$ 1 bilhão em receitas. Para fontes em Zurique, a Fifa deu sinais de que esse valor pode ainda ser recuperado nos próximos três anos. Pelo menos três multinacionais estariam dispostas a assinar um acordo com a entidade. Mas querem garantias de que as reformas vão ocorrer.

Em uma carta, os patrocinadores voltaram a alertar que a reforma precisa ocorrer e que as mudanças precisam ser monitoradas de forma independente. "A crise é muito profunda e precisamos tratar dela com humildade", disse Michel D'Hooghe, um dos membros do Comitê Executivo da Fifa. Para reverter a crise financeira, os executivos sabem que precisam aprovar uma reforma da entidade ainda nesta semana, dando novas regras, limites de mandatos e transparência.

BRILHANTES - A Fifa ainda aprovou a entrada do novo representante do Brasil na entidade, Fernando Sarney. Ao assumir o cargo que era de Marco Polo Del Nero, Sarney ganhou um broche de ouro, incrustado com brilhantes. Parte de seu dia ainda inclui tirar as medidas para que os alfaiates da Fifa possam produzir ternos "oficiais" da entidade ao brasileiro. Por ser o primeiro membro do Brasil na Fifa a falar inglês nos últimos 15 anos, Sarney gerou comentários positivos dos demais membros da entidade.

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Neymar, mais uma vez, não foi bem e o Brasil esteve longe de ser brilhante. Mas, com grande atuação de Douglas Costa e bom jogo coletivo, a seleção soube se impor diante da frágil equipe do Peru, nesta terça-feira (17), em Salvador. Com a vitória por 3 a 0 na Arena Fonte Nova, a equipe chegou aos sete pontos e fecha o ano na terceira colocação das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. O time agora só volta a se reunir em março, quando enfrentará Uruguai e Paraguai.

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A seleção entrou em campo pressionada depois da fraca atuação que teve no empate por 1 a 1 com a Argentina na semana passada. O técnico Dunga, então, resolveu fazer três alterações em relação ao time que começou jogando em Buenos Aires: Gil entrou no lugar de David Luiz (suspenso), Renato Augusto substituiu Lucas Lima e Douglas Costa ficou com a vaga de Ricardo Oliveira. O treinador não mudou apenas peças. Ele trocou o sistema tático da equipe.

O Brasil jogou no 4-1-4-1. O "1" da defesa era Luiz Gustavo e o "1" do ataque era Neymar. O esquema é o mesmo que o técnico Tite utilizou para levar o Corinthians à liderança do Campeonato Brasileiro. Dunga também apostou no entrosamento de três jogadores do time corintiano: Gil, Elias e Renato Augusto.

As mudanças deixaram o time mais solto. Elias, por exemplo, que na seleção costuma não ter o mesmo rendimento do Corinthians porque mal consegue mal passar do meio de campo, nesta terça-feira apareceu com frequência no ataque.

Willian aberto pela direita e Douglas Costa na esquerda deram mais profundidade ao jogo da seleção. E foi justamente em um jogada da dupla que o Brasil abriu o placar. Aos 21 minutos, Willian fez boa jogada e cruzou para o meio da área, onde estava Douglas Costa para completar para o fundo da rede. Por muito pouco o jogador do Bayern de Munique não fez o segundo aos 38. Mesmo sem ângulo, ele cobrou falta com efeito pela direita e carimbou a trave.

Jogando centralizado, como um "falso 9", Neymar tinha liberdade e circulava por todos os setores do ataque. O problema é que, sempre acompanhado de perto por um ou dois marcadores, o craque tinha dificuldade para criar lances de perigo. Somente aos 44 minutos é que o atacante fez a sua primeira jogada de efeito, quando dominou no peito e deu uma bicicleta por cima do gol. Neymar, no entanto, estava impedido e a arbitragem anulou a jogada.

No segundo tempo, o panorama do jogo permaneceu inalterado. O Peru era praticamente inofensivo. Isolado, Guerrero era vigiado por Gil e Miranda. Quando a bola chegava a ele, rapidamente era desarmado. No Brasil, Dunga inverteu as posições de Douglas Costa e Willian. O time continuou dono do jogo e não demorou para ampliar a vantagem. Aos 12 minutos, Douglas Costa disparou pela direita e tocou para Renato Augusto, que vinha de trás, bater de primeira no canto.

A seleção puxou o freio de mão e, mesmo assim ainda fez o terceiro gol. Aos 32 minutos, Douglas Costas soltou a bomba pela esquerda. O goleiro espalmou e, no rebote, Filipe Luís fechou o placar.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3 x 0 PERU

BRASIL - Alisson; Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Fernandinho), Elias, Willian (Oscar) e Renato Augusto; Douglas Costa (Lucas Lima) e Neymar. Técnico: Dunga.

PERU - Penny; Advíncula, Zambrano, Ascues e Yotún; Tapia (Ballón), Cueca, Lobatón (Gonzáles) e Farfán; Guerrero e Hurtado (Reyna). Técnico: Ricardo Gareca.

GOLS - Douglas Costa, aos 21 minutos do primeiro tempo; Renato Augusto, aos 12, e Filipe Luís, aos 31 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Neymar (Brasil); Ascues e Advíncula (Peru).

ÁRBITRO - José Buitrago (Fifa/Colômbia).

RENDA - R$ 4.186.790,00.

PÚBLICO - 45.558 pagantes.

LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

Em um jogo com três gols em um intervalo de apenas quatro minutos, o Paraguai derrotou de virada a Bolívia por 2 a 1, nesta terça-feira, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. O autor do gol salvador dos paraguaios foi do atacante Lucas Barrios, do Palmeiras.

Com sete pontos, o Paraguai encerra 2015 dentro da zona de classificação ao Mundial - os quatro primeiros colocados avançam direto e o quinto jogará uma repescagem contra um representante da Oceania. Já a Bolívia, que vinha de uma boa vitória sobre a lanterna Venezuela, fica com três pontos, mais distante dos países que hoje teriam vaga na Copa.

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Em março de 2016, quando as Eliminatórias serão retomadas, o Paraguai terá um grande desafio pela frente. Em Quito, jogará contra o Equador, que lidera a competição com 100% de aproveitamento. A Bolívia tentará a reabilitação em casa, na capital La Paz, contra a Colômbia.

Em campo, o primeiro tempo foi de poucas emoções. A Bolívia começou com três zagueiros e dois volantes que mal saíam jogando e o Paraguai teve dificuldades para vencer esta barreira. O resultado foi apenas uma chance de gol criada, já aos 37 minutos, quando o meia Derliz González caiu pela direita e chutou uma bola na trave da meta defendida por Vaca.

Na segunda etapa, tudo mudou graças a um contra-ataque mortal da Bolívia aos 15 minutos. Com velocidade, a bola saiu da defesa para o ataque boliviano em poucos toques e o atacante Duk teve a felicidade de acertar um forte chute da entrada da área que ainda bateu na trave esquerda de Silva antes de entrar.

A reação do Paraguai foi rápida e mortal para a Bolívia. Aos 18 minutos, após cobrança de escanteio da direita, o goleiro Vaca saiu mal, deu rebote e após bate-rebate no qual Paulo da Silva e Valdez tentaram o chute, Lezcano deu o toquinho final para o gol. No minuto seguinte, Lucas Barrios recebeu um passe em profundidade, como um pivô ajeitou a bola para Derliz Gonzalez e este foi ao fundo, cruzando para Barrios cabecear com categoria, sem sair do chão, no canto esquerdo de Vaca.

Com a vantagem, o Paraguai procurou se precaver e passou a jogar nos contra-ataques. Teve algumas oportunidades, mas se fechou de vez com a expulsão no final do zagueiro Aguilar. Isso criou espaços na defesa e a Bolívia quase empatou no último lance, aos 48 minutos, quando um chute de Flores de fora da área foi espalmado pelo goleiro Silva.

A Argentina, enfim, conseguiu um respiro nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. Mais uma vez cheia de desfalques, mas com um futebol sóbrio, sem muito brilho, bem compactado e com jogadores determinados a cumprir suas tarefas, foi até a cidade de Barranquilla e conquistou uma importantíssima vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, pela quarta rodada - última antes do final do ano.

Assim, com o primeiro triunfo na competição, os argentinos viram o ano com 5 pontos e os colombianos, com 4. Em março, quando as Eliminatórias serão retomadas, a Argentina jogará mais uma vez como visitante - desta vez contra o Chile, em Santiago, em uma reedição da final da última Copa América, em julho, vencida pelos chilenos. A Colômbia também viaja para encarar a Bolívia, em La Paz.

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O técnico Tata Martino mais uma vez não pôde contar com alguns de seus principais jogadores. Machucados, Lionel Messi, Sérgio Agüero, Carlitos Tevez, Zabaleta e Garay não puderam entrar em campo. No primeiro tempo, a seleção colombiana começou o jogo em ritmo forte e partiu para o ataque com tudo. Logo no primeiro minuto, o time tentou fazer uma blitz na área argentina e Palácios foi à linha de fundo e cruzou com muito perigo ao gol defendido por Sergio Romero.

Depois disso, aos poucos, o melhor toque de bola da Argentina foi prevalecendo. Mesmo com seus desfalques, o time tentou colocar a bola no chão e conseguiu ditar o ritmo do jogo. Com calma, e usando muito bem as jogadas pelas laterais do campo, conseguiu criar uma série de chances e poderia ter saído para o intervalo com um placar ainda mais favorável.

O primeiro lance de perigo da Argentina surgiu aos 12 minutos da primeira etapa. O atacante Di María, um dos astros do Paris Saint-Germain, foi até a linha de fundo pela esquerda do campo e cruzou rasteiro, nos pés do companheiro de ataque Gonzalo Higuaín. O atacante do Napoli pegou de primeira, mas mandou a bola por cima da meta do goleiro Ospina.

O gol do primeiro tempo saiu logo depois. Aos 19 minutos, o volante Biglia puxou rápido contra-ataque pela intermediária, passou pela marcação e tocou para Banega, que deu ótimo passe para Lavezzi. Ele cruzou rasteiro para a área, a zaga da Colômbia deixou a bola passar e Biglia, que começou a jogada, só teve o trabalho de empurrar a bola para dentro do gol.

Atrás do placar, a Colômbia tentava se articular, mas o meia James Rodríguez, seu principal jogador, não fazia uma boa partida. Os donos da casa chegaram com perigo aos 33 minutos, quando o lateral Funes Mori se atrapalhou ao recuar a bola para Romero. Bacca partiu com a bola e tentou cavar um pênalti ao invés de chutar para o gol.

Aos 39 minutos, a Argentina perdeu chance clara de marcar o segundo gol. Em rápida trama, Higuaín deixou Di María livre, de frente para o gol de Ospina. Ele caminhou com a bola e bateu de esquerda da entrada da área, tirando do goleiro. A bola passou raspando na trave esquerda da meta colombiana.

A Colômbia voltou melhor na segunda etapa. Aos cinco minutos, a Colômbia teve boa chance com Frank Fabra, que balançou na frente da marcação e arriscou de fora da área. A bola passou com perigo, à esquerda. Os colombianos perderam outro oportunidade aos 19, quando Muriel recebeu dentro da área e bateu firme. A bola passou com perigo sobre a meta de Romero.

Depois disso, a Argentina travou o jogo e esperou o tempo passar. Aos 45 minutos, ainda perdeu boa chance de ampliar com Dybala, que ficou na trave. A última chance da Colômbia surgiu aos 47, quando a defesa argentina se atrapalhou, Romero saiu mal do gol e Murillo, com o gol livre, mandou para fora.

Não será possível fechar o ano na liderança das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, como Dunga desejava no melhor dos seus sonhos, mas uma vitória nesta terça-feira (17), às 22 horas (de Brasília), diante do Peru, na Arena Fonte Nova, em Salvador, ajudará o treinador a ganhar fôlego no cargo pelo menos até março, quando a seleção voltará a se reunir para mais uma sequência de dois jogos pela competição.

O Brasil é amplo favorito, mas Dunga não quer correr riscos. A vitória na Arena Fonte Nova é obrigação para aliviar a pressão que o treinador passou a sofrer desde o fracasso na última Copa América. "Temos de somar pontos o mais rápido possível", disse o treinador nesta segunda-feira.

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Dunga tenta demonstrar confiança à torcida e não vê motivos para se sentir ameaçado no cargo em caso de tropeço diante do Peru. O Brasil está na quarta colocação das Eliminatórias, com quatro pontos, e se não derrotar os peruanos pode virar o ano fora da zona de classificação para o Mundial. "Ameaçado? Não sei por quê. É o futebol, é normal a cobrança que se tem em todas as profissões. É resultado. Acho ameaçado é uma palavra um pouco forte", disse.

O treinador escondeu os treinos e a escalação, mas tudo indica que ele vai abandonar o esquema com um centroavante que utilizou nas partidas contra Venezuela e Argentina para que Neymar jogue mais solto. Com a provável saída de Ricardo Oliveira e o retorno de Douglas Costa ao time titular, o treinador optará por uma formação mais leve e rápida para desarticular a defesa adversária. "Temos de jogar com as características dos nossos jogadores e tentar surpreender o adversário", limitou-se a dizer Dunga quando questionado sobre o seu plano de jogo para superar o Peru.

Nesta segunda-feira, quando os jornalistas tiveram acesso ao treino que a equipe realizou no estádio de Pituaçu, os atletas já disputavam um rachão em campo reduzido. Até o ex-jogador Careca, auxiliar pontual da seleção, participou da brincadeira.

Por causa da falta de tempo para treinar e, consequentemente, de entrosamento, Dunga admite que será difícil fazer com que Neymar tenha na seleção o mesmo desempenho brilhante que passou a ter no Barcelona nos últimos jogos, desde a lesão de Messi. Mas, para o Brasil ter sucesso, o treinador sabe que o mais famoso jogador do País não pode repetir atuação tão discreta como teve semana passada no empate por 1 a 1 com a Argentina.

Principalmente no primeiro tempo, o craque ficou "escondido" no lado esquerdo do ataque e pouco participou do jogo. Somente depois da saída de Ricardo Olivera, na etapa final, é que Neymar conseguiu encaixar algumas boas jogadas.

O craque deixou a concentração da seleção em Salvador duas vezes (no domingo e nesta segunda-feira) para passar por consulta com um dentista. Mas, segundo Dunga, o problema dentário não afetará o rendimento do jogador. "Neymar está tranquilo. Nenhum problema", disse.

É grande em Salvador a expectativa em torno do jogo entre Brasil e Peru. A Arena Fonte Nova estará lotada. Os 45 mil ingressos colocados à venda estão esgotados desde a semana passada. A boa relação da seleção brasileira com o torcedores nordestinos é histórica. Em momentos de crise, a equipe costuma ser "abraçada" pelo torcedor local. Não à toa, a CBF marcou os dois primeiros jogos em casa da equipe nas Eliminatórias para a região. No mês passado, o Brasil venceu a Venezuela por 3 a 1, na Arena Castelão, em Fortaleza.

REENCONTRO - Se no Brasil todo o protagonismo está com Neymar, no Peru o dono da bola é Guerrero. O atacante do Flamengo é o principal jogador da seleção peruana. No esquema montado pelo técnico argentino Ricardo Gareca a referência é Guerrero. É o ex-corintiano que os demais jogadores procuram quando estão com a bola.

O atacante foi artilheiro das últimas duas Copas Américas. Há 91 anos um mesmo jogador não era o goleador máximo da competição em duas edições consecutivas. Nesta terça-feira, ele será marcado de perto por um ex-companheiro de equipe: o zagueiro corintiano Gil, novo titular da seleção após a expulsão de David Luiz. Também vai rever o volante Elias. No banco do Brasil ainda estarão o goleiro Cássio e o meia Renato Augusto.

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