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O mundo continua "perigosamente mal preparado" para a próxima pandemia – alertou a Cruz Vermelha nesta segunda-feira (30), acrescentando que futuras crises de saúde ocorrerão, provavelmente, ao mesmo tempo que desastres naturais relacionados com as mudanças climáticas.

Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), existe uma "grave falta" de sistemas fortes de prevenção e de preparação, apesar das deficiências que se tornaram evidentes nos três anos de pandemia da Covid-19.

A maior rede humanitária do mundo acredita que confiança, igualdade e ação local devem ser a base para se preparar para a próxima crise.

Para a FICV, os governos não estão mais preparados agora do que estavam em 2019, quando o vírus da Covid-19 foi descoberto na China.

Por isso, pede aos países que se preparem para "vários riscos, não apenas um", já que duas crises podem ocorrer simultaneamente, como um desastre natural relacionado com o clima e com uma epidemia.

"A pandemia da Covid-19 deve ser um alerta para a comunidade mundial se preparar agora para a próxima crise de saúde", disse o secretário-geral da FICV, Jagan Chapagain.

"A próxima pandemia pode ser iminente e, se a experiência da covid-19 não acelerar os preparativos, o que vai acelerar?", questionou.

O FICV também pede o desenvolvimento de produtos mais baratos, mais fáceis de armazenar e administrar para enfrentar a pandemia. Segundo suas estimativas, os países devem aumentar o financiamento nacional da saúde em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025.

Após a Flórida, nos Estados Unidos, ser atingida pelos furacões Ian e Nicole, o Aerosmith decidiu ajudar o estado doando dois veículos comunitários de emergência para a Cruz Vermelha enquanto a organização trabalha para fornecer socorro. Segundo informações da revista People, os caminhões estão em produção e serão entregues quando concluídos. Além disso, apresentarão o logotipo Walk This Way da banda.

Em um comunicado de imprensa, Joe Perry disse que ele e seus companheiros de banda ficaram devastados com o impacto desastroso do furacão Ian.

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"Muitas vezes vemos esses desastres aumentarem em frequência e intensidade devido às mudanças climáticas, ter uma Cruz Vermelha forte é mais crítico do que nunca. Estamos orgulhosos de apoiar a Cruz Vermelha e sabemos que esses veículos serão uma ferramenta importante para ajudar as pessoas necessitadas nos próximos anos."

Tom Hamilton relatou que seus entes queridos foram diretamente afetados.

"Minha família tem um pequeno lugar na área que foi mais atingida por Ian. Nós vamos lá todos os anos há quase 30 anos. Nossa casa foi severamente danificada e nossos corações também."

O Aerosmith ainda declarou:

"Sabemos que outras pessoas foram afetadas ainda mais, então estou muito grato por poder contribuir para ajudar as pessoas a terem suas vidas de volta ao normal. Conseguimos passar por Charlie, vamos superar este!"

 

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O Projeto Círio da Cruz Vermelha Brasileira é realizado desde 1981 e envolve mil voluntários efetivos e temporários (aqueles que desejam apenas ajudar nas procissões) no apoio aos fiéis que acompanham as romarias em louvor à Nossa Senhora, no mês de outubro, em Belém. As equipes trabalham no transporte e atendimento de primeiros socorros, além de auxiliar distribuindo água no percurso do Círio de Nazaré.

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A conselheira da instituição Maíra Matthews destaca que o Projeto Círio é fundamental para o crescimento do número de voluntários efetivos. “Muitas pessoas entram pelo Projeto Círio para conhecer a instituição e o nosso propósito. Participando, elas vão conhecendo nossos objetivos e se apaixonam, eu fui uma dessas pessoas”, relatou Maíra.

O treinamento teórico se constitui em ensinar o trabalho em equipe, o que não fazer nos procedimentos, transporte correto de vítimas e primeiros socorros, além dos valores da instituição.

O treinamento prático para os voluntários temporários é básico, apenas com instruções de transporte. “Para os temporários é mais simples, por eles não terem as técnicas de primeiros socorros. São ensinadas apenas as técnicas de transporte e primeiros cuidados com a vítima”, explica Adriano Quaresma, do Departamento de Gestão de Risco e Desastre, conselheiro estadual e instrutor da Cruz Vermelha Brasileira.

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O treinamento teórico e prático para a estudante de Direito Ana Beatriz Danin foi completo e objetivo. A estudante participou do projeto em edições anteriores e esse ano voltou a atuar como temporária, Ela planeja ser voluntária efetiva da Cruz Vermelha Basileira.

Para o estudante Caio Bezerra, participar como voluntário do Projeto Círio é uma demonstração de amor ao próximo. “Já participei de edições anteriores da Cruz Vermelha e sempre que posso sou voluntário. Não sou católico, mas esse projeto é mais do que a religião, é sobre ajudar e socorrer as pessoas que precisam, é sobre ter amor ao próximo”, relatou o estudante.

A Cruz Vermelha, nascida da preocupação de prestar socorro, indistintamente, aos feridos nos campos de batalha, esforça-se, no âmbito internacional e nacional, em evitar e aliviar o sofrimento humano sob qualquer circunstância. Procura não só proteger a vida e a saúde, como também fazer respeitar o ser humano. Promove a compreensão mútua, a amizade, a cooperação e a paz duradoura entre todos os povos.

Por Alessandra Vinagre (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

O Líbano convive com uma enorme quantidade de refugiados. As explosões da semana passada terão um impacto forte sobre eles, explica a porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no Líbano, Rona al-Halabi.

Como está a situação dos refugiados que vivem no Líbano?

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O Líbano acolhe a maior proporção de refugiados por número de habitantes e eles vivem em condições terríveis. As explosões afetaram todos que vivem aqui, especialmente porque o país enfrenta uma crise econômica e a luta para combater o coronavírus. A destruição do porto pode ter um impacto devastador na população refugiada por causa da capacidade de importar itens de primeira necessidade, como comida. Terá também um impacto grande na distribuição de ajuda humanitária, incluindo nosso trabalho aqui e na Síria.

Como estão as pessoas que chegam até vocês?

Cerca de 250 mil pessoas perderam tudo e estão sem onde morar. As casas agora são abrigos e, com a economia prejudicada, as famílias terão dificuldade para reconstruir seus lares e alimentar seus parentes. Nossa equipe realizou algumas viagens por Beirute para encontrar esses deslocados e entender suas necessidades.

Como foi o trabalho do CICV?

Logo após as explosões, entramos em contato com os hospitais e centros de atendimento para fornecer materiais. Levamos suprimentos médicos, cadeiras de rodas e muletas a 12 hospitais em Beirute e nos arredores. Alguns pacientes foram levados para o Hospital Rafic Hariri, do qual somos parceiros desde 2016 e atende pessoas mais vulneráveis.

Onde a senhora estava no momento da explosão?

Eu estava dirigindo, a caminho de casa. Havia passado pelo local das explosões 15 minutos antes, mas graças a Deus nem eu e nem minha família ficamos feridos. Mas o país ficou em chamas.

Qual é a maior dificuldade neste momento?

Ver as famílias que não sabem o que ocorreu com os parentes desaparecidos. Infelizmente, há centenas de pessoas desaparecidas. Socorristas trabalham dia e noite, incluindo integrantes da Cruz Vermelha do Líbano, com o apoio do CICV. Mas, infelizmente, conforme o tempo vai passando, as chances de encontrar sobreviventes diminuem bastante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O devastador balanço econômico da pandemia de Covid-19 no mundo corre o risco de desencadear novas ondas migratórias quando as fronteiras forem reabertas - alerta a Cruz Vermelha.

"Em muitos países, observamos cada vez mais os efeitos colaterais da pandemia nos meios de subsistência e na situação alimentar", explica o secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), Jagan Chapagain, em entrevista à AFP.

As medidas de confinamento e o fechamento das fronteiras para conter o vírus destruíram os meios de subsistência da população em muitos países e podem levar mais milhões de pessoas à pobreza.

"Ouvimos algumas pessoas dizerem que têm que escolher entre o vírus e a fome", comenta Jagan Chapagain.

"Muitas pessoas que perdem seus meios de subsistência podem se sentir obrigadas a se mudar, quando as fronteiras começarem a abrir", acrescenta.

"Portanto, não será uma suspresa ver um aumento em massa da migração nos próximos meses e anos", enfatiza.

Ao pedir um apoio internacional urgente para "aliviar esse desespero", ele destaca que, "além do imperativo moral, os argumentos econômicos também entram em jogo".

"O custo de cuidar dos migrantes durante o trânsito e quando chegam ao país de destino é muito maior do que apoiar as pessoas em seus meios de subsistência, educação e necessidades de saúde em seu próprio país", afirma.

- Migrar pela vacina -

Jagan Chapagain, chefe da FICR desde fevereiro, também teme que as desigualdades na saúde diante da pandemia obriguem mais pessoas a emigrar.

"As pessoas podem sentir que têm mais chances de sobreviver do outro lado do oceano", diz, acrescentando que outro fator importante nesses deslocamentos seria "a disponibilidade das vacinas".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha para alcançar um "acesso universal, rápido e igualitário" das futuras vacinas contra o coronavírus.

Alguns países embarcaram, porém, em uma verdadeira disputa pelas vacinas, como os Estados Unidos, cujo governo pediu milhões de doses com antecedência.

"Se as pessoas virem que a vacina, por exemplo, está disponível na Europa, mas não na África, o que vai acontecer? Vão querer ir para o lugar onde as vacinas estejam disponíveis", explica o nepalês.

A pesquisa avança, com aproximadamente 200 projetos de vacinas em desenvolvimento, dos quais cerca de 20 estão na fase clínica, ou seja, são testados em humanos.

Mas, enquanto alguns esperam que uma vacina segura e eficaz possa ser encontrada este ano, será preciso muito mais tempo para produzir doses suficientes para toda humanidade.

Chapagain condenou recentemente os esforços de alguns países para garantir que sua população seja a primeira vacinada.

Ressaltou ainda que "o vírus atravessa fronteiras" e que vacinar apenas a população de um país sem vacinar a dos demais ao mesmo tempo "não faz qualquer sentido".

O Brasil é uma das principais preocupações da Cruz Vermelha, uma vez que, devido à pandemia, "muita gente está morrendo e nada indica que a curva irá se achatar", alertou o presidente da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), Francesco Roca.

Com mais de 1,3 mil mortos nas últimas 24 horas, 32.500 mortes somadas e mais de meio milhão de infectados, o Brasil "é uma das nossas maiores preocupações" em relação à Covid-19, assinalou Roca à AFP. Nenhuma política em nível nacional foi aplicada no país e as medidas de contenção da pandemia foram menos estritas do que na maioria dos países europeus.

Roca também considerou que os países ocidentais parecem mais afetados por problemas de saúde mental relacionados à pandemia. Em poucas semanas, muitas pessoas ficaram na pobreza, obrigadas a pedir ajuda para sobreviver. "Isso tem um forte impacto", assinalou.

Em outra ordem, o presidente da FICR pediu às autoridades americanas e aos líderes dos protestos contra o racismo que façam o possível para que os manifestantes se reúnam sem propagar o vírus. Ele criticou que as imagens das manifestações mostrem pessoas sem máscara ou outros equipamentos de proteção, como luvas, além de muito próximas umas das outras. "É um mau sinal, certamente. E é ainda muito preocupante em um país onde o vírus tem tamanho impacto", lamentou.

Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de mortos pelo novo coronavírus, com mais de 107 mil.

Quase uma pessoa por dia foi vítima de bombas ou minas terrestres na Colômbia no ano passado, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Ao todo, foram registradas 352 ocorrências - incluindo 19 menores de idade -, um aumento de 59% com relação a 2018. Conforme o órgão, 42 pessoas morreram.

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As bombas e minas ainda são uma herança do conflito interno entre o governo e as Farc.

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A Cruz Vermelha montou uma estrutura organizada para atender às pessoas durante as 12 romarias nos três dias de programação do Círio 2019. Somente na Trasladação e na grande procissão de domingo, havia 37 postos da Cruz Vermelha e dois corredores de emergência espalhados pelos quase 3,5 quilômetros de percurso.

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De acordo com o balanço da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), 1.257 pessoas atuaram nas procissões, entre efetivos e voluntários da Cruz Vermelha Brasileira–Pará. Os atendimentos mais recorrentes eram de pessoas que relatavam falta de ar, desmaios e fraturas.

“A gente sempre espera pelos atendimentos de pacientes que têm hipoglicemia, os pacientes que sentem falta de ar, as coisas mais básicas. Mas a gente conseguiu até atender pessoas que sofreram deslocamento do osso do quadril, pessoas que sofreram descarga elétrica, pacientes que entraram com muita dor e tiveram que sere imediatamente medicados e referenciados”, destacou a enfermeira Bruna Oliveira. 

Segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), entre as ocorrências houve casos graves: luxação de joelho, luxação de ombro, a queda de um idoso durante a procissão, fratura de tornozelo e até uma suspeita de infarto. “Nesses casos, a gente só pode estabilizar o paciente e remover. O único suporte que a gente tem é a atenção pré-hospitalar”, disse Bruna.

Todos os anos, a Cruz Vermelha abre inscrições para quem quer atuar no Círio. É o chamado Projeto Círio, que visa treinar o voluntário para o socorro de pessoas durante as procissões.

Ana Luíza Rocha participou pela primeira vez como voluntária na Cruz Vermelha. Ela estava responsável pela contabilização e anotações de informações de pacientes que eram socorridos e levados até o posto da Cruz Vermelha na sede social do Paysandu. “Esse é o meu primeiro Círio, e eu estou participando, porque sempre foi meu sonho. E eu fiz uma promessa: se eu passasse no vestibular, eu me tornaria voluntária. Como eu passei, esse ano eu vim aqui cumprir minha promessa. Minha experiência é gratificante. Depois desse Círio, eu tenho o objetivo de me tornar efetiva”, destacou.

Com reportagem de Cristian Corrêa.

Os talibãs "autorizaram" neste domingo (15) o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) a trabalhar no Afeganistão, pondo fim a uma "proibição" decretada em abril passado.

O "emirado islâmico restaura as garantias de segurança acordadas ao CICR e ordena a todos os mujahedine" que fiquem atentos "à segurança dos funcionários e do equipamento do comitê", anunciaram os talibãs em um comunicado.

As discussões de Doha, onde os talibãs se fazem presentes, "permitiram restabelecer uma compreensão mútua sobre a situação humanitária no Afeganistão e as atividades do CICR e continuar nosso trabalho humanitário e imparcial no país", afirmou o chefe da delegação do CICR, Juan-Pedro Schaerer.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) teme que mais de 100 pessoas tenham morrido num ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra um centro de detenção no sul de Sana, capital do Iêmen, controlado pelos rebeldes.

A coalizão anunciou que havia realizado bombardeios aéreos contra uma "posição militar onde drones e mísseis são armazenados" na cidade de Dhamar, no oeste do país, segundo comunicado divulgado pela rede de televisão saudita Al Ekhbariya.

"Estimamos que mais de cem pessoas morreram" naquele ataque, disse Franz Rauchenstein, que administra a sede do CICV no Iêmen.

Pelo menos 40 feridos foram enviados para vários hospitais em Dhamar, informou.

As equipes de socorro seguem trabalhando duro, mas as chances de encontrar sobreviventes sob os escombros são "muito baixas", acrescentou.

Pouco antes de ter indicado que o prédio atacado era "um local de detenção" que o CICV havia visitado várias vezes.

Através do Twitter, o CICR no Iêmen comunicou que estava transportando 200 mortalhas para o local do bombardeio.

Através do seu canal de televisão Al Masirah, os rebeldes hutis afirmaram que "dezenas de pessoas foram mortas ou feridas" em sete ataques, acrescentando que um prédio usado como prisão foi atingido.

Na manhã deste domingo, a coalizão alegou "tomar todas as medidas preventivas necessárias para proteger os civis".

A coalizão atua no Iêmen desde 2015, em apoio às forças pró-governo contra os rebeldes, que controlam vastas áreas do oeste e norte do país, incluindo a capital Sana desde 2014.

Na manhã desta quarta-feira, 16 de maio, alunos dos cursos de Comunicação Social e Fotografia da Universidade Guarulhos (UNG), entregaram 150 litros de leite à Cruz Vermelha da cidade de São Paulo. Os donativos foram arrecadados durante a Jornada de Comunicação, evento acadêmico realizado pela universidade entre os dias 5, 6 e 7 de maio.

Kaique Santos Soares, ex-aluno da universidade, se sensibilizou com a campanha e se ofereceu para levar as doações de carro até a Cruz Vermelha. Alunos e ex-aluno foram até Indianópolis, onde fica a sede da Cruz Vermelha na capital paulista, e deixaram as doações que serão entregues aos sobreviventes do incêndio e desabamento de um prédio no Largo do Paissandu, região central de São Paulo.

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O estudante Daniel Fernandes, aluno do curso de Fotografia, destacou a importância do trabalho voluntário. “Incentiva os alunos a serem solidários e não custa nada”. 

“Foi muito importante participar dessa ação. Os alunos cursos de Comunicação Social ajudaram bastante, foram muitos litros de leite”, declarou Tayná, que está cursando o sétimo semestre do curso de Publicidade.

 

 

 

 

 

Após o escândalo envolvendo a ONG Oxfam e seus funcionários no Haiti, a Cruz Vermelha informou que 21 membros de seu staff também pagaram por relações sexuais com prostitutas e foram afastados de seus cargos nos últimos três anos.

"Desde 2015, identificamos 21 membros do staff pagaram por serviços sexuais. Eles foram afastados ou demitidos durante uma investigação interna", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CIRC), Yves Daccord, ressaltando estar "profundamente entristecido ao reportar estes números".

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"Toda a equipe é contratualmente ligada ao Código de Conduta da CIRC, que proíbe explicitamente a aquisição de serviços sexuais.

Essa proibição, em vigor desde 2006, é aplicada no mundo todo, inclusive nos países onde a prostituição é legal, pois acreditamos que, quem paga por sexo, é incompatível com os valores e a missão da organização", afirmou o diretor da organização, que conta com 17 mil membros.

Da Ansa

O papa Francisco recebeu neste sábado (27), para uma sessão privada no Vaticano, representantes da Cruz Vermelha Italiana e teceu elogios às ações da organização mundial.

"A missão do voluntário, chamado a ir para onde há necessidade de ajuda e a prestar socorro de maneira amável e desinteressada, nos lembra da figura evangélica do Bom Samaritano. O primeiro dos princípios fundamentais do seu Estatuto é a humanidade, que leva a 'prevenir e aliviar qualquer sofrimento humano'. A 'humanidade' é a mesma que faz com que o Bom Samaritano receba o homem ferido e o ajuda", disse o Pontífice.

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Segundo o líder católico, a Cruz Vermelha desenvolve "na Itália e no mundo um serviço insubstituível, precioso seja pela obra que materialmente realiza, seja pelo espírito com a qual a cumpre, que contribui para difundir uma mentalidade nova, mais aberta, mais solidária".

Ao falar sobre o mundo atual, e a necessidade da atuação de ONGs como a Cruz Vermelha, Jorge Mario Bergoglio voltou a condenar a "cultura do descarte" que atinge tantas pessoas pelo mundo.

"Afirmar o princípio da humanidade significa, então, fazer-se promotores de uma mentalidade com raízes no valor de cada ser humano, e de uma prática que coloque no centro da vida social não os interesses econômicos, mas o cuidado com as pessoas. Não o dinheiro no centro, não! As pessoas", disse sob aplausos.

A África se tornou um centro neurálgico para os traficantes de medicamentos, de vacinas a antirretrovirais, um negócio muito lucrativo mas que provoca centenas de milhares de vítimas. O volume de negócios gerado por produtos médicos falsos é estimado em ao menos 10% ou 15% do mercado farmacêutico mundial.

Um valor que poderia chegar a 200 bilhões de dólares, segundo dados do Fórum Econômico Mundial (WEF), um número que quase triplicou nos últimos cinco anos. "Para vender medicamentos falsos é preciso ter clientela. E no continente africano há muito mais doentes pobres que no resto do mundo", explica à AFP o professor francês Marc Gentilini, especialista em doenças infecciosas e tropicais e ex-presidente da Cruz Vermelha francesa.

Segundo ele, as vacinas que há alguns anos foram distribuídas no Níger para frear uma epidemia de meningite — uma doença que a cada ano mata milhares de pessoas neste país pobre da região do Sahel — eram falsas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que um de cada dez medicamentos no mundo é falso, um número que pode alcançar sete em cada dez em alguns países, em particular africanos.

O tráfico está às vezes nas mãos de autoridades corruptas da saúde pública, que compram produtos falsos a bons preços na China e Índia, os principais fabricantes, e depois os revendem. Ao menos 100.000 pessoas morrem a cada ano na África por utilizar medicamentos falsos, segundo a OMS.

Só em 2013, 122.000 crianças de menos de cinco anos morreram nos países da África subsaariana por tomarem medicamentos falsos contra a malária, segundo o American Journal of Tropical Medecine and Hygiene. "É um crime duplo, de saúde e social, porque matam doentes e doentes pobres", afirma Gentilini.

Mais rentáveis que a droga

Em agosto de 2017, a Interpol anunciou o confisco de 420 toneladas de produtos médicos de contrabando em uma macro-operação em sete países (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Nigéria e Togo).

"O negócio da falsificação de medicamentos é o primeiro na lista dos tráficos ilícitos", explica Geoffroy Bessaud, diretor da coordenação antifalsificação do grupo farmacêutico francês Sanofi. Segundo o WEF, este negócio gera mais lucros que o tráfico de maconha.

"Um investimento de mil dólares pode gerar até 500.000 dólares, enquanto o mesmo investimento no tráfico de heroína ou de moedas falsas gera 20.000 dólares", acrescenta.

"Temos de tudo!"

Em maio de 2017, as autoridades da Costa de Marfim incineraram 40 toneladas de medicamentos falsos confiscados em um bairro de Abidjan, onde está instalado o maior mercado de medicamentos ao ar livre do oeste da África, que representa 30% das vendas de medicamentos no país.

Ao entrar no "Roxy", o apelido deste mercado clandestino, a primeira coisa que se ouve são as vendedoras assegurando que têm "de tudo". "Muitas pessoas vêm com suas receitas médicas para comprar aqui, e também os proprietários de clínicas privadas", explica Fatim, uma vendedora, sentada em frente a uma enorme bacia cheia de produtos farmacêuticos.

Embora se negue a dizer de onde procedem, assegura que as vendedoras têm um "sindicato" e que se reúnem para "regular" o mercado. "Os policiais nos incomodam, mas eles mesmos vêm comprar medicamentos", explica Mariam, outra vendedora.

Na Costa do Marfim, a primeira economia da África francófona, o setor farmacêutico legal sofre a cada ano perdas de entre 40 e 50 bilhões de francos CFA (entre 60 e 76 milhões de euros), segundo dados do Colégio de farmacêuticos do país. Diferentemente do tráfico de estupefacientes, a falsificação de medicamentos só é considerada um delito contra a propriedade intelectual, de modo que atrai muitos traficantes.

Enquanto grandes grupos, como o Sanofi, lutam contra o fenômeno - 27 laboratórios clandestinos foram desmantelados em 2016 -, os países pobres não têm meios suficientes para isso. Os governos africanos têm outras muitas preocupações e "não podem pôr agentes alfandegários e policiais para lançar um contra-ataque eficaz", ressalta Gentilini, chefe de serviço no hospital Pitié Salpêtrière de Paris.

O número de casos de suspeita de cólera no Iêmen chegou a um milhão, anunciou nesta quinta-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em um momento em que a coalizão liderada pela Arábia Saudita segue atacando os rebeldes huthis.

"Os casos de suspeita de cólera atingiram a marca de um milhão, o que amplifica os sofrimentos do país, mergulhado em uma guerra brutal", tuitou a organização. Entre 27 de abril e 8 de novembro de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 913.741 casos de suspeita de cólera, o que representa um em cada 30 habitantes, e 2.196 mortes vinculadas a esta doença.

A Arábia Saudita dirige desde 2015 uma coalizão militar que intervém contra os rebeldes huthis no Iêmen, sobretudo através de ataques aéreos. Os huthis ocupam amplos territórios do país, incluindo a capital, Sanaa, desde que expulsaram as forças pró-governo.

Riade impõe um bloqueio ao país e só autoriza a entrada de envios humanitários e comerciais com inspeção prévia, o que gera críticas de ONGs e organizações internacionais. A OMS advertiu em 10 de novembro, durante um ato com a imprensa em Genebra, que a luta contra a cólera no Iêmen poderia sofrer um "duro revés" se o bloqueio do país continuasse.

O coordenador de emergência do Médicos Sem Fronteiras (MSF) para o Iêmen, Marc Poncin, declarou à AFP que as taxas de mortalidade por cólera haviam diminuído nos últimos meses, mas que a epidemia está longe de terminar, especialmente agora que se aproxima a temporada de chuvas.

Chegada de ajuda humanitária

No início de novembro, a coalizão liderada pelos sauditas reforçou o bloqueio no Iêmen em resposta ao lançamento de um míssil pelos huthis xiitas, interceptado perto do aeroporto de Riade.

Depois, o bloqueio foi parcialmente retirado devido à pressão internacional, e a coalizão assegurou na quarta-feira que o porto de Hodeida, no mar Vermelho, permaneceria aberto "por um período de 30 dias" para a ajuda humanitária e os barcos comerciais que transportam alimentos e combustível.

Ao mesmo tempo, aumentou a pressão sobre os rebeldes ao sul de Hodeida, multiplicando os ataques aéreos contra suas posições. Ao menos 43 huthis morreram nesses ataques em 24 horas, afirmaram nesta quinta-feira fontes médicas e militares.

Os ataques da coalizão em vários pontos do país também mataram civis, 11 deles em Saada (norte), segundo um chefe tribal e a televisão Al Masirah, controlada pelos huthis. A Arábia Saudita acusa seu grande rival regional, Irã, de apoiar militarmente os huthis, o que Teerã nega.

O conflito no Iêmen teve início há mais de 1.000 dias e, desde que começou a intervenção da coalizão, foram registrados ao menos 8.750 mortos, entre eles muitos civis. A coalizão afirma ter matado 11.000 rebeldes huthis desde março de 2015.

Por outro lado, o chefe de propaganda da Al-Qaeda na Península Arábica, o saudita Abu Hayer al Mekki, e outros cinco membros da rede jihadista, morreram na noite de quarta-feira em ataques de drones americanos contra seus veículos em Wadi Obeida, na província de Marib, afirmaram nesta quinta-feira fontes tribais.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), entidade sem fins lucrativos que atua para levar assistência humanitária às pessoas afetadas por conflitos, violência armada e para promover leis de proteção às vítimas de guerras, está com cinco vagas de emprego abertas no Brasil, com lotação em São Paulo ou Brasília. 

Os cargos disponíveis são: responsável pelo programa de pessoas desaparecidas e suas famílias, coordenador de base de dados de doadores, coordenador de retenção e relacionamento com o doador, analista de marketing digital e assessor(a) de comunicação digital. Todas as vagas se destinam a pessoas com diploma de nível superior, experiência comprovada e conhecimento de outros idiomas.

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A descrição completa das atividades, instruções para formalização da candidatura à vaga e requisitos dos cargos podem ser conferidos no site de empregos para o Brasil do CICV. A data limite para o registro das candidaturas são 13, 20 e 22 de outubro, a depender do cargo pretendido.

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A presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Rosely Pimentel Sampaio, e o presidente da filial fluminense da entidade, Luiz Alberto Lemos Sampaio, foram alvos de condução coercitiva nesta quarta-feira, 23. O Ministério Público do Distrito Federal investiga fraudes ocorridas em 2010 na Cruz Vermelha de Petrópolis (RJ) e apura se a sede nacional da entidade sabia das irregularidades.

Os mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão contra Rosely e Luiz Alberto - que são casados - foram cumpridos na residência do casal, no Rio, e nas sedes nacional e estadual da Cruz Vermelha, que também ficam na capital fluminense.

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Foram apreendidos telefones celulares, computadores, pendrives e documentos. Um revólver calibre 32 foi encontrado na casa de Rosely, que foi autuada em flagrante.

Em nota, a Cruz Vermelha Brasileira informou que Rosely foi eleita em 2013, três anos após a constatação de irregularidades. "Assim que identificou essa fraude, Rosely e o grupo atual de diretores tomaram todas as medidas para identificar e punir os responsáveis."

O comunicado diz ainda que "100% dos valores desviados na fraude impetrada pela Unidade de Petrópolis da Cruz Vermelha estão identificados com seus respectivos CPF e CNPJ nas mais de 70 operações bancárias rastreadas. Isso já está em posse do Ministério Público e da Polícia Civil, e só foi possível devido a fundamental ação e empenho da atual diretoria".

Em relação à arma encontrada na casa de Rosely, a entidade afirmou que se trata de "um objeto muito antigo, sem nenhuma manutenção, sem munição, que pertenceu ao pai da presidente e é era guardada como um item de valor sentimental".

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) realizará em julho um curso para profissionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro sobre como lidar nas escolas em situações de violência. O ensinamento será depois repassado a professores que ensinam em localidades em áreas de risco do Estado.

A princípio o curso será apenas teórico com duração de 5 dias, totalizando uma carga horária de 36 a 40 horas e será dividido em vários módulos temáticos como gestão de crise, situações de violência armada no município e os impactos dela sobre as unidades de órgãos públicos. Já para os professores que serão treinados posteriormente por esses profissionais da secretaria, há a necessidade de aplicar exercícios de simulação dessas situações de violência.

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Segundo a chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Talma Suane, a ideia do curso surgiu após uma situação ocorrida no Complexo da Maré, na zona norte, antes do carnaval desse ano, cujas imagens comoveram a secretaria, que começou a busca por uma solução.

Uma briga entre facções rivais pelo domínio dos pontos de venda de drogas na comunidade resultou em troca de tiros, o que impediu o funcionamento das escolas públicas da região por três dias seguidos. De acordo com Talma, após esse episódio, foi formado um grupo com integrantes da Secretaria de Educação, da região administrativa, além de 6 diretores de unidades escolares. Foram diversas reuniões até que foi pedida a ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que já tinha experiência com treinamentos anteriores. O treinamento não será obrigatório para todos os profissionais. No entanto, a escola terá um gestor responsável e um plano de ação previamente traçado para as situações de violência.

Talma Suane disse que a secretaria dará prioridade a áreas com mais incidência de violência, como o Complexo da Maré e do Alemão e a Cidade de Deus. Ela deixou claro que o curso não é um treinamento de guerra e sim de proteção às vidas. “Não queremos que as pessoas digam que as escolas estão começando um treinamento de guerra, pelo contrário, nossa intenção é a proteção do ser, a proteção da vida. O curso é para que professores e gestores saibam lidar com situações de risco que são frequentes nessas regiões. Quando não se tem o conhecimento, gera-se pânico. Logo nosso objetivo é justamente ensinar esses profissionais a bolarem um plano de ação para essas situações”, explicou Talma Suane.

De acordo com a coordenadora de comunicação e porta-voz da delegação regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Sandra Lefcovich, o comitê acredita que o treinamento ajudará a Secretaria de Educação a ter mais controle sobre as situações de violência que ocorrem em regiões conflagradas da cidade.

“O CICV acredita que o prévio conhecimento de como se comportar em uma situação de emergência contribui para que as pessoas mantenham a calma e estejam preparadas para agir, diminuindo as chances de se tornarem vítimas”, disse a coordenadora.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha já havia realizado um projeto anterior entre 2009 e 2013, atuando em parceria com autoridades locais e comunidades nas áreas da saúde e educação para limitar e aliviar as consequências resultantes da violência armada em 7 favelas.

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O ex-presidente português Mario Soares, 92 anos, hospitalizado desde a terça-feira "em estado crítico", recuperou a consciência, mas sua situação permanece muito grave, informou nesta sexta-feira o porta-voz do hospital da Cruz Vermelha em Lisboa.

"Seu estado de saúde registrou uma evolução clínica favorável, em particular em termos de níveis de consciência", o que permite um "contato verbal direto" com respostas "compreensíveis", disse à imprensa o porta-voz José Barata.

Soares, que contribuiu para a instauração da democracia em 1974 e para a integração europeia de seu país, esteve ativo na política portuguesa por quarenta anos.

Fundador do Partido Socialista português, foi ministro das Relações Exteriores, duas vezes chefe de governo, presidente da República de 1986 a 1996 e deputado europeu.

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A grande procissão do Círio de Nazaré, realizada neste domingo (9), contou com o apoio da Cruz Vermelha do Estado do Pará. A equipe levou primeiros socorros para centenas de fiéis que precisaram de ajuda durante a caminhada até a Basílica Santuário de Nazaré.

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Em entrevista ao LeiaJá, Jair Bezerra, diretor do Departamento de Socorro da Cruz Vermelha Brasileira, falou sobre a participação da equipe na operação Círio. "Há 35 anos a Cruz Vermelha participa da operação Círio integrado com Sespa e com outros movimentos da área da saúde. Todos os anos estamos juntos nessa corrente de fé para que tudo ocorra bem", contou.

De acordo com o diretor, o que move a Cruz Vermelha é a solidariedade. "Nós da Cruz Vermelha temos um papel vital que é levar solidariedade ao próximo. Participando da procissão do Círio de Nazaré, que é considerada a maior do mundo, acreditamos que estamos cumprindo com nosso papel sendo uma mão amiga", informou.

Tendo como referência a juventude, a Cruz Vermelha tem tido cada vez mais a participação de jovens que trabalham durante a operação Círio. Para Alessandra Almeida, que faz parte da equipe e participa da Cruz Vermelha há oito anos, o Círio vai muito além da religiosidade. "Quando você começa a participar do círio pela cruz vermelha você tem uma visão diferente do que realmente é o Círio. Não só pelo fato da questão religiosa, mas pela questão da humanidade, do voluntariado. Você passa a enxergar o seu próximo de uma outra maneira fazendo nosso trabalho como mais amor a cada dia", disse.

Jane Hassegawa, presidente da Cruz Vermelha do Estado do Pará, falou da importância do trabalho que a equipe desenvolve. "O trabalho da Cruz Vermelha é interminável. É um trabalho cansativo sem ser cansativo porque é feito com amor. Quando você consegue congregar mais de cinco mil voluntários e todos com amor ajudando o próximo não deixa de ser um trabalho belíssimo. O mais importante é que todos se doam. Então é um trabalho realmente humanitário", destacou.

Com apoio de Letícia Aleixo.

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