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Após passar um período no Brasil, Antony chegou à Inglaterra nesta quarta-feira (27) para se apresentar à polícia de Manchester e depor no caso de agressão à sua ex-namorada, a DJ e influenciadora Gabriela Cavallin. Ele também foi acusado por outras duas mulheres, a bancária Ingrid Lana e a estudante Rayssa de Freitas, pelo mesmo motivo. O jogador estaria disposto a entregar seu celular à polícia para ajudar as investigações.

As informações são dos jornais britânicos The Times e The Telegraph. Antony estava no Brasil desde o início de setembro, quando chegou a ser convocado pelo técnico Fernando Diniz para os primeiros jogos da seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, contra Bolívia e Peru. No entanto, o atacante foi cortado da lista após as novas acusações - inicialmente, apenas Gabriela havia levado o caso à Justiça. O Manchester United, clube que defende desde a temporada 2022/2023, o afastou temporariamente.

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Na Inglaterra, Antony responderá ao caso de agressão contra sua ex-namorada. O United ainda não definiu o que fará com o atacante após afastá-lo do grupo e aguarda novas atualizações do caso e o desenrolar da investigação. A denúncia de Gabriela veio à tona em junho, após a influenciadora registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, em São Paulo. Ela decidiu levar o caso para a Inglaterra.

Desde então, Antony utilizou de todos os meios para negar as acusações. Em junho, prestou depoimento em São Paulo sobre o caso. A defesa do jogador chegou a citar que seu relacionamento com Gabriela era "conturbado". Ele também expôs conversas íntimas com a ex-namorada em suas redes sociais. Segundo ele, "estaria sendo obrigado a publicar as mensagens" e que teria ocorrido um encontro "íntimo e consensual" entre os dois. "Esse assunto com essa farsante vai ser resolvido na Justiça", publicou o jogador em suas redes sociais.

"Antony está convencido de que não fez nada de errado e quer sentar-se com os policiais e deixá-los fazer as perguntas. Ele não tem nada a esconder e entregará tudo o que quiserem ver, incluindo seu telefone celular. Ele quer ser inocentado o mais rápido possível para poder retomar sua carreira no futebol sem distrações", afirmou uma fonte próxima ao atleta ao The Sun.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) pelo crime de injúria por ter chamado o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), de "gay com homofobia". O caso está na 2ª Vara Criminal de Porto Alegre. Wyllys não foi ouvido na fase de investigação e disse nas redes sociais que o processo é uma "cortina de fumaça".

A Promotoria atendeu a uma representação do governador, que pediu que o caso fosse investigado criminalmente. A pena do crime de injúria é de um a seis meses de detenção, mais multa. O fato de Jean Wyllys ter feito as declarações nas redes sociais e do alvo ser um governador podem ser agravantes caso ele seja condenado.

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"Ao dirigir sua crítica a atributos pessoais da vítima, relacionados à sua orientação sexual, quando poderia limitar-se a crítica do fato, objeto da inconformidade, o denunciado extrapolou a liberdade de expressão e atingiu deliberadamente e com animus injuriandi (intenção de injuriar), a honra subjetiva da vítima", disse a promotora do caso, Claudia Lenz Rosa, na nota divulgada pelo MP-RS.

Em regra, para os crimes de ação penal privada, como é o caso da injúria, a pessoa precisa entrar com a ação por conta própria. De acordo com a assessoria do Ministério Público, o caso foi abraçado pelo órgão pela vítima (Leite) ser um funcionário público no exercício das funções.

Durante a fase de investigação, o Ministério Público não localizou Wyllys para que ele pudesse dar sua versão sobre os fatos.

Relembre o caso

No dia 14 de julho, pouco tempo depois de voltar ao Brasil e ser acolhido pelo governo Lula, no qual teria um cargo na Secretaria de Comunicação (Secom), Jean Wyllys usou as redes sociais para criticar a decisão de Eduardo Leite de manter as escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul.

"Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, 'bee' (gíria para homem homossexual)", escreveu o ex-deputado.

Leite respondeu, chamando a declaração de "deprimente". "Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… E que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância", escreveu o governador.

A publicação de Jean Wyllys foi retirada do ar por ordem da Justiça do Rio Grande do Sul, que atendeu a um pedido feito também pelo Ministério Público do Estado.

'Cortina de fumaça'

Wyllys compartilhou nas suas redes sociais a resposta que deu a um jornalista que lhe questionou sobre a denúncia criminal. O ex-deputado disse que não tem interesse em se manifestar e que Leite está usando "essa litigância de má-fé para levantar cortina de fumaça, junto com o MP, para esconder sua incompetência no que diz respeito à proteção dos gaúchos em relação à crise climática".

Ele fala do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul e deixou 46 mortos e mais de 10 mil pessoas desabrigadas.

"Sem tempo para mau-caratismo! Preocupa-me a desoladora situação dos gaúchos afetados pelo ciclone, cujos assustadores impactos poderiam ter sido mitigados se eles contassem com um governo que se importasse de verdade com os alertas emitidos por cientistas. Toda solidariedade!", disse Wyllys.

Nomeação congelada

O ex-deputado estava fora do Brasil por causa das ameaças de morte que vinha sofrendo de opositores políticos. Ele voltou ao País e foi abraçado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva. Jornalista de formação, Wyllys chegou a ser confirmado pelo Planalto como contratado da Secom, para atuar direto com a Presidência.

Dias depois, a polêmica com o governador Eduardo Leite congelaram a nomeação de Wyllys, que já era dada como certa. Como mostrou a Coluna do Estadão, o ex-deputado continua com um bom trânsito no governo.

A seleção da Croácia corre o risco de sofrer uma dura punição da Uefa nos próximos dias. Nesta quarta-feira, a entidade denunciou a Federação Croata de Futebol porque torcedores exibiram uma bandeira fascista na arquibancada durante jogo das Eliminatórias da Eurocopa de 2024.

A bandeira faz referência ao regime da Ustase, partido da direita radical da Croácia entre as décadas de 20 e de 40 do século passado. O partido tinha ligação com uma organização paramilitar terrorista croata nazista, acusada de assassinar milhares de sérvios, judeus, além de dissidentes políticos durante a Segunda Guerra Mundial.

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Os torcedores exibiram a bandeira durante a goleada de 5 a 0 sobre a Letônia, na sexta-feira, na cidade croata de Rijeka. A denúncia pode fazer a seleção croata jogar sua próxima partida nas Eliminatórias sem a presença de torcedores no estádio, contra a Turquia, no dia 12 de outubro, em Osijek.

O risco é grande porque a federação croata já estava em processo condicional por "comportamento discriminatório", devido a outras denúncias do tipo. Uma delas havia acontecido em jogo da Liga das Nações da Uefa, em partida contra a Holanda, em junho. Por causa do comportamento inadequado de torcedores, a Croácia não pôde vender ingressos para sua torcida na partida de segunda-feira, contra a Armênia - venceu por 1 a 0.

A seleção croata lidera o Grupo D das Eliminatórias, com três vitórias em quatro jogos. Soma 10 pontos.

O Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) realizou, na última segunda-feira (04), uma operação de fiscalização no município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do estado, em parceria com a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária da cidade. O foco da ação investigava um homem suspeito de atuar ilegalmente como cirurgião-dentista. Ele foi levado à 17ª Delegacia Seccional de Polícia (DESC) para depor, e a clínica clandestina foi interditada. 

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Reprodução/CRO-PE  

Segundo as investigações, o homem realizava procedimentos odontológicos invasivos sem o devido registro profissional e sem a supervisão de um profissional qualificado da área. A Vigilância Sanitária já havia feito uma interdição do consultório odontológico e do laboratório de prótese onde o falso dentista atendia, por não haver licença nem responsável técnico. 

Reprodução/CRO-PE 

Ainda foram encontrados no local instrumentos enferrujados, insumos vencidos e falta de esterilização, configurando um ambiente insalubre para procedimentos cirúrgicos. 

Reprodução/CRO-PE 

O professor de uma escola de educação infantil da cidade de Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, em Alagoas, foi denunciado por duas mães de alunas, de 9 anos de idade, de ter abusado sexualmente das crianças em sala de aula. O crime teria acontecido no último dia 31, mas elas só foram à delegacia na terça-feira (5). A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, que configuraria estupro de vulnerável devido à faixa etária das vítimas. 

As alunas, matriculadas na Escola Municipal Governador Luiz Cavalcante, relataram a suas mães que o homem tocou seus seios e genitálias dentro da sala de aula. Os casos foram levados ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), onde foi registrado um boletim de ocorrência. As crianças foram encaminhadas ao Hospital da Mulher, em Maceió, onde receberam, atendimento na Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS). 

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A delegada à frente do caso afirmou que o acusado será intimado e deverá ser ouvido em breve acerca das acusações. A Secretaria Municipal de Educação informou, por meio de nota, que o professor foi afastado do cargo preventivamente, e que abriu um processo administrativo para apurar mais detalhes. O Conselho Tutelar do município também acompanha o caso. 

 

Um empresário e uma advogada foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) pelo crime de transfobia enquadrado na Lei do Racismo, no último dia 1º de setembro. O homem é o dono de uma academia em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e onde uma aluna foi vítima de perseguição e ataques transfóbicos por mais de um ano. Paola Bandeira, de 27 anos, formalizou a denúncia em março do ano passado, mas os episódios aconteceram entre 2021 e 2022. 

A  advogada do empresário teria feito parte de uma conversa que intimou a vítima sobre sua identidade de gênero, cirurgias de redesignação sexual e direito ao uso do banheiro feminino. Os denunciados, caso condenados, poderão ter que pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil. A decisão favorável a Paola foi assinalada pelo promotor Danilo Keiti Goto.  

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Segundo os autos, em janeiro de 2022 os denunciados convocaram a aluna para uma reunião, ocasião em que classificaram seu comportamento e suas roupas como "inadequados". Na mesma oportunidade, a advogada questionou se a mulher havia mudado de nome em cartório. Ela quis saber também se a mulher tinha feito cirurgia de redesignação sexual. Diante da resposta negativa da vítima, a advogada afirmou que ela não poderia utilizar o banheiro feminino. 

Segundo Goto, o dolo do empresário e da advogada na prática da transfobia fica evidente porque eles buscaram impedir a vítima de utilizar o banheiro feminino em razão de esta não ter feito a cirurgia e demonstraram preconceito com seu modo de ser e de se vestir. Além disso, o proprietário da academia deixou claro que estava sendo forçado a "suportá-la em sua academia".  

Na mesma data da denúncia, o promotor requereu que a autoridade policial retire do boletim de ocorrência referente ao caso o nome de batismo da vítima. Para Goto, "não há justificativa para utilização do antigo nome da vítima nos autos do inquérito policial, porquanto potencializa a sua revitimização, especialmente por envolver registro policial que trata justamente de transfobia". 

A Justiça do Rio de Janeiro incluiu os irmãos Ramiro e Augusto Soares Madureira, fundadores da 123 Milhas, agência online de passagens aéreas e pacotes de turismo, como réus em uma ação de danos morais contra a empresa.

Com a decisão, os sócios podem ser condenados a indenizar, em nome da empresa, o advogado Gabriel de Britto Silva, que comprou uma passagem do Rio para Porto Alegre, mas teve o bilhete cancelado sem direito a reembolso.

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A decisão da juíza Sônia Maria Monteiro, 27.º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital, pode abrir caminho para outros consumidores lesados buscarem reparação solidária dos empresários em ações movidas contra a 123 Milhas. A alternativa pode acelerar processos que foram suspensos durante a recuperação judicial da agência.

Os irmãos Madureira vão responder ao processo porque o advogado Gabriel de Britto Silva pediu a chamada desconsideração da personalidade jurídica da 123 Milhas, o que na prática abre caminho para tentar chegar ao patrimônio pessoal dos empresários.

O CÓdigo de Defesa do Consumidor prevê que a personalidade jurídica de uma empresa pode ser considerada 'sempre que for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores'.

"O estado recuperacional, em si mesmo, é hábil para demonstrar a inidoneidade financeira", explica Silva. "Os consumidores, em suas respectivas ações judiciais, poderão pleitear a desconsideração da personalidade jurídica para terem a garantia de receber os valores devidos a eles via atingimento do patrimônio pessoal dos sócios das recuperandas".

A vereadora do Recife Liana Cirne (PT) publicou, nesta segunda-feira (04), uma nota de repúdio contra a pré-candidatura da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, município da Região metropolitana do Recife. Ela é autora de uma notícia crime, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), após a parlamentar incentivar nas redes os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. 

“A deputada bolsonarista Clarissa Tércio se lançou como pré-candidata à prefeita de Jaboatão dos Guararapes. Tramita no STF uma ação de minha autoria pela cassação da deputada pelo incentivo ao golpe do 8 de janeiro, em Brasília, suficiente para ter o mandato cassado. Naquele dia, radicais destruíram as sedes dos três poderes, em um ataque sem precedentes na história do Brasil”, apontou Cirne.  

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A vereadora chegou a ser processada pela deputada devido à denúncia no STF. “Pasmem que ela teve a audácia de me processar criminalmente por defender a democracia e a paz social, após os ataques realizados pelos vândalos e criminosos”, comentou. 

 

O Instituto de Defesa dos direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e a Associação Nacional de Juristas Islâmicos (Anaji) fizeram uma representação criminal contra o pastor Jack da igreja evangélica Vintage. O líder religioso é acusado de fazer declarações demonizando religiões não cristãs.

"Religiões afro são satânicas. Budismo, demoníaco. Islamismo, demoníaco. Entenda você que os demônios sempre farão promessas para você. Os demônios fazem promessas — e, primeiro, promessas de poder. 'Ah, se eu fizer tal coisa, se eu fizer tal trabalho'. Umbanda, batuque é demônio. 'Ai, mas isso é por questão racial'. Não. Religiões afro são satânicas. Budismo: demoníaco. Islamismo: demoníaco. Adoram um demônio. Allah é um demônio. Oxum, Ogum é um demônio", afirmou o pastor.

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A Idafro e a Anaji, através da notificação, pediram que os vídeos com os insultos as religiões, assim como outras versões dele, sejam excluídos das redes sociais. Além disso, solicitaram a Meta, empresa responsável pelo Instagram, que a publicação fosse removida do perfil oficial do pastor. Atualmente, Jack acumula mais de 134 mil seguidores no Instagram.

O líder religioso, fundador da igreja localizada em Porto Alegre, é conhecido por apoiar pautas da extrema direita brasileira e a fazer críticas a religiosos que não concordam com os discursos de parlamentares conservadores. Ele já afirmou que “não existem cristãos de esquerda”.

A Igreja Vintage também é conhecida entre alguns religiosos, principalmente por ela ter uma estética parecida com a de barbearias e utilizar bacon e cerveja para atrair homens para um discurso evangélico de resgate da "beleza da masculinidade".

Punições

Através da representação criminal aberta no Ministério Público Federal (MPF), a expectativa das instituições é de que o líder religioso seja indiciado pelos ataques e preso. Devido as declarações, o pastor pode ser enquadrado na lei federal nº 7.716, de 1989, que dispõe sobre os crimes resultantes de raça, cor, etnia e religião. A pena prevista é de um a três anos de reclusão e multa.

Em maio deste ano, o pastor Aijalon Berto, da Igreja Dunamis, foi preso em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Ele foi acusado de ofender a "dignidade da coletividade" por associar pinturas alusivas às religiões afro-brasileiras com "feitiçaria e "entidades satânicas".

Já em fevereiro de 2022, o líder da igreja pentecostal Geração Jesus Cristo, o pastor Tupirani da Hora Lores, foi detido no Rio de Janeiro por promover discursos de ódio contra a população judaica. Ele foi condenado a 18 anos e 6 meses de prisão.

 

Uma representação criminal feita pela vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitação ao terrorismo será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento será feito pelo plenário de modo virtual entre os dias 1º e 11 de setembro.

Liana acionou o STF em julho de 2022, acusando Bolsonaro de incitar a violência generalizada entre seus apoiadores e colocar em risco a “paz social”, no período pré-eleitoral e eleitoral, fomentando a fake news de que as urnas não seriam confiáveis e que sua vitória somente seria garantida pela ação dos seus eleitores: “vocês sabem o que tem que fazer”.

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“No ano passado, após a live de 7 de julho, em que Bolsonaro disse aos apoiadores que eles 'sabiam o que deveriam fazer', uma onda de ataques terroristas assolou o país. Um deles culminou na morte de Marcelo Arruda, em sua própria festa de aniversário, três dias depois. O assassino sequer conhecia a vítima e o matou apenas porque o tema de sua festa era sobre Lula”, afirma Liana Cirne.

De acordo com a vereadora jurista, o fato se enquadra nas previsões da Lei n. 13.260/2016 e no art. 287 do Código Penal, que trata do crime de incitação e prática de atos preparatórios ao terrorismo e de apologia ao crime.

*Da assessoria de imprensa

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um casal por manter uma mulher em condições análogas à escravidão durante 33 anos em São Paulo (SP).

A trabalhadora prestava serviços domésticos à família no Brás, centro da capital paulista, e em uma loja do casal no mesmo bairro.

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Sem receber salários nem usufruir de outros direitos trabalhistas, a vítima cumpria jornadas exaustivas, vivia em condições precárias na residência dos empregadores e chegou a sofrer agressões físicas e constrangimentos morais.

O casal aproveitou-se da vulnerabilidade da mulher quando a recrutou em um albergue em 1989 para realizar os serviços domésticos. Até então, ela vivia em situação de rua, sem qualquer perspectiva de vida digna. Levada para a casa da família, a vítima passou as três décadas seguintes trabalhando sem remuneração, descanso semanal, férias, registro em carteira nem recolhimento de parcelas previdenciárias.

As jornadas frequentemente começavam às 7h e se estendiam até as 22h ou mais tarde. Sua rotina era alvo de vigilância, inclusive com monitoramento por câmeras, uma delas instalada na porta da edícula onde vivia.

Acordo há nove anos

A situação da trabalhadora já havia sido objeto de um acordo que os patrões firmaram em 2014, mediado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Na ocasião, eles assumiram o compromisso de efetuar o registro em carteira da empregada, pagar salários mensais e saldar outras obrigações trabalhistas.

Porém, nenhum dos deveres foi cumprido. A mulher chegou a ganhar um salário, mas, nos meses seguintes, responsabilizada pela quebra de uma máquina de lavar roupas, deixou de receber as remunerações.

Ela só conseguiu se desvencilhar do casal em julho do ano passado, após procurar vaga de acolhimento em um centro de assistência social do município.

Em depoimento às autoridades, o casal procurou eximir-se de responsabilidade afirmando que consideravam a mulher uma pessoa “da família”. Alegações desse tipo são frequentemente rejeitadas em processos judiciais contra empregadores domésticos por não constituírem justificativa para o descumprimento de direitos trabalhistas.

Da assessoria do MPF

Réu em dois casos de estupro e outros crimes sexuais contra fiéis, o padre Airton Freire, ex-presidente da Fundação Terra, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, recebeu o benefício da prisão domiciliar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na manhã dessa quinta (24). 

Preso preventivamente no dia 14 de julho, o religioso de 67 anos ficou apenas 8 dias custodiado. Após sofrer um pico de hipertensão dentro da cela, padre Airton foi socorrido para o Hospital Memorial Arcoverde e depois foi transferido ao Hospital Real Português, onde segue internado depois de realizar duas cirurgias: uma de troca da válvula aórtica e outra para implementar um marca-passo. 

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Na decisão da Justiça, dois dos três desembargadores de Caruaru acataram o pedido de habeas corpus da defesa, que alegou os riscos à saúde do acusado dentro do sistema prisional. 

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), instaurou um  Procedimento Administrativo que visa apurar o impacto do reajuste salarial para a maioria dos trabalhadores da educação, inclusive aposentados. O reajuste estaria em desacordo com o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Educação em Pernambuco. 

A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), em 3 de agosto ao MPPE. O Sintepe comprovou através de análise técnica do DIEESE, que a Lei Complementar 519/2023 igualou os vencimentos de professores da rede estadual com diversos níveis de formação e tempo de serviço público, causando uma grande distorção na categoria. 

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O MPPE vai ouvir a Secretaria de Educação e Esportes sobre os argumentos citados pelo Sintepe.  

Moradores da comunidade João de Barros, em Santo Amaro, no Recife, têm relatado  uma rotina de conflitos e hostilidade com a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na localidade. Um novo episódio envolvendo uma ação policial terminou com uma mulher agredida e duas pessoas presas, na quarta-feira (23), após o que seria uma abordagem de rotina. A ação foi o que motivou um protesto na Avenida Agamenon Magalhães nesta quinta-feira (24).

De acordo com a PMPE, o caso se tratou de uma denúncia de tráfico local e, à ocasião, três pessoas foram presas. Uma delas foi um homem não identificado, de 19 anos, por posse e/ou uso de entorpecentes. Ele foi liberado. Já os outros dois presos, um homem e uma mulher, são irmãos, de 19 e 21 anos, e foram autuados por tráfico de drogas e resistência à prisão. Após audiência de custódia nesta quinta-feira (24), a Justiça determinou a prisão preventivamente dos irmãos.

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Iris Pereira de Lima, de 31 anos, tia dos irmãos, foi espancada durante o episódio e acusa um grupo de policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM/Frei Caneca), que atua na região, pelas agressões. A versão da familiar e de outros moradores da comunidade difere da oferecida pelas autoridades.

Sobre as prisões da quarta-feira (23), testemunhas dizem que o jovem preso não é traficante e nem portava pedras de crack, conforme foi dito, supostamente, pelos militares durante o tumulto. A irmã, apesar de autuada por tráfico e resistência, teria se envolvido na situação para tentar proteger o irmão, de acordo com a versão dos moradores. Nos vídeos recebidos pela equipe do LeiaJá, é possível ver um grupo de pelo menos cinco policiais cercando os jovens, que estavam sentados no meio de uma via pública.

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Os moradores apontam também que há abordagens recorrentes no local, que a PM invade as casas de forma discriminatória e sem denúncias formais, e que até crianças e animais são desrespeitados durante as abordagens. Durante o protesto desta quinta-feira (24), os manifestantes ergueram faixas questionando a conduta da PM e acusando os militares de serem pagos por traficantes para oprimir a comunidade. 

Abordagem da PMPE durante ação na comunidade João de Barros, em Santo Amaro. Imagens: Reprodução/WhatsApp

A agressão

A agressão contra Iris Pereira de Lima foi formalizada, ainda na quarta-feira (23), na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE). A vítima passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e os resultados foram anexados ao processo. Em fotos encaminhadas pela vítima à reportagem, é possível ver hematomas e feridas no ombro e cotovelo.

“Nós da comunidade já não aguentamos mais isso que a polícia está fazendo. Na comunidade eles chegam nas casas já arrombando tudo, desmoralizando os moradores. Eles batem nas pessoas na frente das crianças. No momento que chegaram aqui, foi a presença do meu filho e eles me jogaram no chão, como se a pessoa tivesse feito algo, mas eles que trabalham errado”, relatou Iris. 

A denúncia apresentada à Corregedoria dá o nome de alguns militares do 16º BPM. Segundo outros moradores ouvidos, e que não quiseram se identificar, o "sargento Silva" é conhecido por uma abordagem truculenta na comunidade João de Barros. "Silva" é o sobrenome do 3º Sargento da PM Fausto Augusto da Silva. Ele foi citado como o agressor, enquanto os outros militares da equipe teriam acompanhado a ação. 

Outros policiais mencionados no processo aberto na Corregedoria (todos do 16º BPM) são o 2º Sargento da PM Oziel Oliveira da Silva; o soldado Paulo André Souza de Aquino; além de Jessica Mayara, Tarcio e Wilian. 

O que diz o TJPE

Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que os irmãos Adriano da Silva Moraes, de 19 anos, e Adriele Maria da Silva, de 21 anos, tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após audiência de custódia no Recife, nesta quinta-feira (24). "Adriano da Silva Moraes será encaminhado ao Cotel. Já Adriele Maria da Silva será encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor”, informou o Tribunal. 

O que diz a Civil

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou, por meio da Central de Plantões da Capital (Ceplanc), a ocorrência e a prisão de Adriano e Adriele: "O homem e a mulher foram encaminhados para audiência de custódia e o segundo homem foi liberado. O caso segue em investigação pela Delegacia da Boa Vista".

Nota da PMPE, na íntegra

"Sobre a ocorrência envolvendo militares do 16º BPM da Polícia Militar, na tarde de ontem (23/08), no bairro de Santo Amaro, a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social informa que foi procurada e instaurou uma investigação preliminar para identificação do efetivo e coleta de mais detalhes do fato. 

A medida objetiva apurar se houve conduta irregular por parte dos policiais envolvidos no fato e adoção de medidas legais cabíveis. 

OCORRÊNCIA - De acordo com a Polícia Militar, por ter havido resistência e agressão ao efetivo, foi necessário o uso progressivo da força para conter a população no local. Houve ainda reação para resgatar a dupla acusada de crime, forçando a atuação do efetivo. 

Contida a situação, os suspeitos foram apresentados na Central de Plantões da Capital, para os procedimentos legais."

Um líder religioso de 73 anos, de identidade não revelada, é acusado de ter abusado sexualmente de duas mulheres e duas adolescentes na cidade de Santos Dumont, na Zona da Mata de Minas Gerais. O indiciamento aconteceu nesta última quarta-feira (23).

Segundo as investigações, o idoso aproveitou a condição de liderança religiosa para tocar no corpo das vítimas durante sessões espirituais. O suspeito informou a Polícia Civil que não cometeu os crimes.

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Com base nas provas recolhidas durante a apuração do caso, a instituição indiciou o líder religioso com base no artigo 215 do Código Penal: "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima."

 

No último sábado (19), a Associação de Resgate e Proteção aos Animais de Lajedo (Arpal), município próximo a Garanhuns, no Agreste do estado, denunciou a morte de cerca de 15 animais em situação de rua, que teriam sido vítimas de envenenamento. No relato nas redes sociais, os corpos de cães e gatos foram encontrados em uma área central da cidade e outros estavam em uma parte mais afastada do centro. 

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A TV Asa Branca informou ainda que moradores formalizaram a denúncia na delegacia da cidade, e os casos deverão ser investigados. Entre as vítimas, foram indicados ao menos dois animais domésticos. 

O LeiaJá procurou a Polícia Civil e a Prefeitura de Lajedo, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para esclarecimentos. 

 

A 4ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra dez pessoas pelo desvio de R$ 6,03 milhões. As investigações – iniciadas a partir de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) – investigaram fraudes em licitações e contratos para desvio de recursos do Sistema S. Um dos alvos é o ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, que exerce cargo no governo Lula desde julho.

A quantia foi liberada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi/PE) para a realização dos projetos Relix Pernambuco 2014 e 2017, sem que fossem realizados avaliação financeira, pesquisa de mercado ou acompanhamento da execução financeiro-orçamentária do projeto, possibilitando o desvio dos recursos por meio da utilização de empresas de “fachada”.

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De acordo com as apurações, as irregularidades ocorreram em seleções e contratos envolvendo o grupo empresarial da Aliança Comunicação e Cultura. O grupo foi contratado, inicialmente, por inexigibilidade de licitação de forma indevida e, posteriormente, por meio da contratação indireta de seus projetos mediante a cooptação de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).

Quem são os alvos?

São acusados de furto qualificado de mais de R$ 2,5 milhões, destinados à realização do projeto Relix Pernambuco 2014, o diretor Regional do Sesi/PE, Ricardo Essinger; o superintendente do Departamento Nacional do Sesi/PE à época, Ernane de Aguiar Gomes; os diretores do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho; os sócios da Aliança Comunicação e Cultura, Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva; o sócio da Alto Impacto Entretenimento, Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva; o sócio da Idea locação de Estruturas e Iluminação, Júlio Ricardo Rodrigues Neves; e o ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, atual coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), cargo do Ministério do Meio Ambiente do Governo Lula.

Em relação ao Relix Pernambuco 2017, foram denunciados por furtar o montante de R$ 3,5 milhões Ricardo Essinger, Nilo Augusto Câmara Simões (então superintendente do Departamento Nacional do Sesi/PE), Hebron Costa Cruz de Oliveira, Romero Neves Silveira Souza Filho, Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva e Sérgio Luís de Carvalho Xavier.

Pedidos

Além da condenação pelo furto qualificado, o MPF requereu que seja decretada a perda do cargo ou função pública que os denunciados estejam eventualmente ocupando, a perda de bens que sejam incompatíveis com seus rendimentos lícitos e que seja fixada indenização com valor mínimo igual ao montante furtado como reparação ao erário.

Esquema

O MPF reforça que os denunciados Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, respectivamente presidente e diretor sociocultural do Instituto Origami, uma das Oscips cooptadas no esquema, utilizaram empresas de “fachada” e realizaram pagamentos por serviços não prestados na execução do Relix. As investigações ainda apontaram que a Aliança Comunicação e Cultura Ltda., cujos sócios são os irmãos Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, também alvos da denúncia do MPF, foi a principal destinatária dos recursos alocados no projeto, repassados mediante a emissão de notas fiscais faturadas pela Aliança em favor do Instituto Origami.

Também consta na ação que uma parcela dos serviços referentes ao contrato de patrocínio firmado entre o Sesi e o Instituto Origami foi viabilizada mediante contratações por intermédio da empresa Alto Impacto Entretenimento Ltda, sob a gestão do também denunciado Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva, irmão de Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e de Lina Rosa Gomes Vieira da Silva. Nessa contratação, foi detectado sobrepreço e consequente superfaturamento referente ao valor contratado pelo Sesi.

O MPF destaca ainda que, segundo as apurações, os irmãos Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva utilizaram, de forma deliberada, empresas para fins de difusão e consequente desvio dos recursos destinados à execução do Relix Pernambuco 2014, sob a forma de “taxa de administração” que seria cobrada por essas empresas – é o caso da Idea Locação de Estruturas e Iluminação, que, à época, estava sob o comando do denunciado Júlio Ricardo Rodrigues Neves.

O então secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, é apontado como articulador para a implantação do Relix em Pernambuco, tendo sido o responsável por apresentar o projeto ao Sesi. Segundo o MPF, foi constatado que pessoa jurídica controlada pelo ex-secretário – SX Brasil Comunicação Digital Ltda. - foi subcontratada pela Aliança Comunicação e Cultura para o desenvolvimento de aplicativo do Relix, que as apurações indicaram ter sido realizado por outra empresa.

STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia trancado as quatro denúncias oferecidas pelo MPF anteriormente no âmbito da Operação Fantoche, após pedido de habeas corpus feito pela defesa dos acusados. A denúncia recebida pela Justiça Federal em Pernambuco, por sua vez, trata dos mesmos fatos narrados em ação anterior (realização do Relix Pernambuco), mas que foi reapresentada pelo MPF com outra tipificação legal – furto qualificado – após o entendimento e decisão favorável do STJ nesse sentido. Com o recebimento, os acusados tornam-se réus no processo.

Réus se defendem

Por meio de sua assessoria, Sérgio Xavier, frisou ao LeiaJá que a "denúncia é absurda, sem qualquer fundamento, e já foi julgada improcedente e arquivada pelo STJ, como reconhece o próprio MPF.  Portanto é inacreditável o assunto estar sendo requentado, numa tentativa clara de burlar a decisão unânime do STJ".

Em nota, a assessoria de Luiz Otávio Vieira, Lina Rosa e Luiz Antônio Vieira afirmou que "o MPF não trouxe um único elemento novo de prova ou interpretação diversa dos fatos já apurados em investigação anterior, cujas acusações foram desconsideradas por falta de provas e, consequentemente, todas as ações penais que envolviam contratos pactuados junto ao SESI foram trancadas por atipicidade (não cometimento de crimes) conforme determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)".

Com informações da assessoria do MPF

Escolas públicas da rede municipal de São Paulo receberam kits de ciências infantis com embalagem que ilustra um homem empunhando um fuzil. Cerca de 3.400 kits foram comprados e distribuídos pela Prefeitura, na gestão de Ricardo Nunes (MDB). O caso foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Os kits contam com materiais diversos, como lanternas, lunetas, lupas, composteiras e jogos didáticos para serem trabalhados em sala de aula. Segundo o jornal, a prefeitura gastou R$ 33 milhões em contratos assinados com duas fornecedoras, Legend Comércio e CSL Educacional para os conjuntos de ciências, em março deste ano. Foram 1.719 kits adquiridos de cada fornecedora.

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Diretores e professores das escolas ficaram assustados ao perceberem a imagem que estava presente na caixa da lanterna presente nos kits dos alunos.

A gestão declarou que as caixas com a figura do fuzil não fazem parte dos materiais adquiridos e direcionados para os professores das escolas municipais. A pasta ainda afirmou que orientou os docentes a descartar adequadamente o produto.

Em nota, a prefeitura também disse que estas caixas foram enviadas por conta das próprias fornecedoras.

Confira a nota na íntegra:

"A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), informa que as caixas não fazem parte dos materiais adquiridos para kits de experiências pedagógicas direcionados aos professores das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs). A pasta orientou as unidades para que não utilizem as caixas e façam o descarte adequado.

Os kits compõem diversos materiais, desde lanternas, até lupas, lunetas, composteiras e jogos para que os docentes possam trabalhar as atividades pedagógicas diversificadas.

A compra desses kits nunca incluiu caixas para armazenamento de lanternas led, elas foram enviadas por contas das próprias fornecedoras, que foram notificadas sobre a embalagem cuja imagem não é condizente com o ambiente escolar. Vale destacar que não houve e nem haverá custo à administração pública."

O Supremo Tribunal Federal já tem maioria para colocar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) no banco dos réus por perseguir, de arma em punho, um homem negro - Luan Araújo, jornalista - pelas ruas de São Paulo na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Cinco ministros acompanharam o relator, Gilmar Mendes, no entendimento de que há evidências para a abertura de uma ação penal contra a bolsonarista por supostos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Ao final do julgamento sobre a procedência da acusação da Procuradoria-Geral da República, a deputada será instada a apresentar sua defesa. Em seguida, terá início a instrução do processo, com a oitiva de testemunhas e produção de outras provas. Ao fim, será marcado o julgamento em que o STF decidirá se condena ou não Zambelli. Não há data para que isso ocorra.

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Agora ré, Zambelli ainda é alvo de outras investigações no Supremo Tribunal Federal. No início de agosto ela teve a casa vasculhada pela Polícia Federal no bojo do inquérito sobre a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça com a inserção de uma ordem de prisão falsa contra o ministro Alexandre de Moraes.

No campo da política, como mostrou o Estadão, a parlamentar está isolada no PL. O partido considera como certa a cassação da bolsonarista.

A Corte máxima analisa a validade das imputações da PGR em sessão virtual que tem previsão de terminar na segunda, 21. Também já votaram pela abertura da ação penal os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.

O ministro André Mendonça abriu divergência. Alegou que o caso não tem relação 'verdadeira e direta com o desempenho da atividade funcional da parlamentar' e por isso não seria abarcado pelo foro por prerrogativa de função da deputada. O ministro defendeu que o processo não fique sob a alçada do STF e sim seja remetido para uma das Varas Criminais de São Paulo.

A denúncia atribui a Zambelli crimes nos Jardins, em São Paulo, na tarde de 29 de outubro do ano passado, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. Na ocasião, ela sacou uma arma durante uma discussão e correu atrás do jornalista Luan Araújo pelas ruas. Um guarda-costa de Zambelli também sacou uma arma para intimidar o jornalista e disparou um tiro 'por acidente'.

Segundo a PGR, Zambelli 'de forma livre, consciente e voluntária, constrangeu' o jornalista 'mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo, a fazer o que a lei não manda, consistente em permanecer no mencionado estabelecimento comercial e a deitar no chão'.

Em seu voto, Gilmar apontou que as evidências colhidas ao longo da investigação são suficientes para o recebimento da denúncia, abrindo-se espaço para a instrução do processo e para o julgamento do caso.

O decano destacou que, ainda que Zambelli tenha porte de arma, 'o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal'.

"No caso concreto, desde a comunicação do fato à autoridade policial, com a aquisição dos vídeos da conduta, depoimentos, busca e apreensão das armas, para fins de admissão da acusação, verifica-se a materialidade em relação à existência do evento, da arma [apreendida], com indicadores de realidade quanto ao porte ostensivo de arma de fogo às vésperas das eleições, em situação vedada e de risco, com a perseguição e submissão da vítima à restrição espacial, isto é, do ponto de vista abstrato, os elementos angariados são suficientes ao exercício da ação penal, sem prejuízo da apuração das circunstâncias do evento durante a instrução processual", anotou Gilmar.

Acusada de improbidade administrativa, uma gestora de uma escola estadual localizada no município de Caibaté, no Rio Grande do Sul, foi afastada liminarmente do cargo por 90 dias pela Justiça do estado, após pedido do Ministério Público (MP-RS).

De acordo com o MP, a servidora, de nome não revelado, trabalhava na Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo de Paula e foi denunciada por supostamente realizar "manobras ilícitas por meio de registros falsos nos sistemas informatizados e falsificação de prestações de contas".

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Foi determinada a indisponibilidade dos bens da servidora e de seu companheiro, no valor de aproximadamente R$ 87 mil, que foi supostamente desviado.

Segundo o promotor de Justiça Sandro Loureiro Marones, a diretora teria feito diversas compras para si em nome da instituição de ensino. Além disso, ela é acusada de vender bens do estado, também em benefício próprio.

“Temos cópias de notas fiscais de compras de materiais de construção e serviços, no valor de mais de R$ 13 mil, emitidas em nome da escola, mas para serem entregues no endereço da ré. Em outro fato, a denunciada colocou à venda em uma rede social o jogo de buffet que pertencia à escola”, afirma o promotor.

Ela também é acusada de participar de um suposto desvio de verba, no qual teria sacado valores das contas bancárias da escola estadual, emitindo cheques nominais destinados a ela e ao companheiro dela.

A juíza Cristina Lohmann, em sua decisão, decidiu pelo afastamento da diretora. A magistrada informa que os supostos atos ilícitos ocorreram em razão do cargo que a acusada ocupava.

"É prudente o seu afastamento do cargo, no intuito de evitar prática de novos ilícitos e também porque a sua permanência pode implicar em prejuízo para a instrução processual, até porque há informação de que a ré teria realizado ameaças contra membros da comissão sindicante e contra as testemunhas dos fatos em apuração”, diz o texto, divulgado pelo MPRS.

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul comunicou que não irá se manifestar sobre o caso.

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