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O número de pessoas desempregadas há mais de dois anos dobrou de 2015 para cá, com o prolongamento da crise econômica. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse grupo já soma quase 3 milhões de pessoas sem emprego fixo e com baixa perspectiva de se recolocar no mercado de trabalho. Para esses trabalhadores, a busca pelo emprego virou uma corrida contra o relógio, já que quanto mais tempo fora do mercado, maior a dificuldade para retornar.

A situação é mais complicada entre os profissionais com idade entre 18 e 24 anos e 30 e 39 anos. Só nessas duas faixas, o número de pessoas sem emprego há mais de dois anos soma 1,5 milhão. "Em geral, essas pessoas têm menos qualificação. Com o passar do tempo, não conseguem mais entrar no mercado de trabalho", afirma o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

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Segundo ele, esses profissionais vão começar a sentir ainda mais esse efeito quando a economia voltar a crescer e demandar mão de obra. Além de enfrentar o preconceito das empresas em relação ao tempo sem um emprego fixo, também podem sofrer com as mudanças tecnológicas. Para Barbosa, esse grupo vai merecer atenção especial, caso contrário a crise atual terá efeitos permanentes em sua empregabilidade.

Se para os jovens a situação é complicada, entre os mais velhos chega a ser dramática. Embora não represente o maior número de pessoas sem trabalho há mais de dois anos, a faixa etária que teve o maior avanço no índice de desemprego desde 2015 foi aquela entre 50 e 59 anos. Esse grupo cresceu 140% e passou a somar 248 mil pessoas. "Uma característica dessa crise é exatamente o fato de que vários chefes de família estão perdendo o emprego", afirma o economista Renan De Pieri, professor do Insper. "São pessoas mais experientes e que ganham mais."

Tecnologia

Segundo os economistas, alguns fatores explicam a dificuldade para se recolocar depois de um tempo longo sem emprego fixo. Uma delas é a rapidez das mudanças tecnológicas na economia. "Se um profissional que está na ativa já sente a mudança de tecnologia, imagine uma pessoa que fica dois, três ou quatro anos desempregado", alerta Barbosa. Isso sem contar que, nesse meio tempo, a própria função do trabalhador pode desaparecer. Em algumas áreas, como o setor bancário, por exemplo, a automatização está alterando muito a dinâmica do mercado de trabalho.

Flexibilidade

Segundo o diretor executivo da empresa de recrutamento Michael Page, Ricardo Basaglia, depois de uma crise os empregos não voltam com as mesmas características, o que exige dos candidatos maior flexibilidade para se adequar às novas funções. Num primeiro momento, diz ele, o trabalhador se mostra resistente a mudanças e à redução da remuneração. Mas com o passar do tempo e o afastamento do mercado, ele começa a ser mais flexível. "Nesse momento, ele terá de responder ao empregador por que está há tanto tempo fora do mercado de trabalho."

De Pieri, do Insper, diz que há preconceito por parte das empresas em relação aos trabalhadores que ficam muito tempo sem emprego fixo. "A justificativa é que esse profissional perde habilidade técnica e de liderança." Por isso, completa o professor, é importante manter contato com pessoas do mercado para não se distanciar muito da realidade. É o que tem feito o web designer Wado Cravo.

Sem emprego há mais de dois anos, ele busca os antigos contatos para se manter atualizado e fazer bicos. São os trabalhos esporádicos que têm garantido seu sustento durante esse tempo. Mas o dinheiro só dá para cobrir o básico, diz ele.

"Tive de cortar quase tudo. Hoje, moro de favor na casa da minha filha." Apesar de procurar emprego com frequência e mandar currículos para empresas, ele não tem tido sucesso para se recolocar. "Nunca tinha vivido algo nessa magnitude. A crise está matando muitos profissionais dessa área." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Luis Fernando Alves quase não se lembra de como é viver com um emprego fixo. Há cinco anos ele perdeu o emprego e desde então vive da renda de eventos. "Vou aonde me chamam. Faço festa infantil, de debutantes, chá de bebê e, acredite, até velório." Alves foi contratado para chorar durante duas horas e ganhou R$ 200.

Mas, mesmo nos meses mais cheios, ele não consegue ter a mesma renda que tinha quando trabalhava como designer gráfico. "Meus ganhos chegavam a R$ 5 mil. Agora não consigo mais esse valor."

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Casado e com a mulher também desempregada, ele perdeu o apartamento que o casal vinha pagando nos últimos anos. Com o desemprego, as parcelas foram se acumulando e ele perdeu o imóvel. "Hoje, moramos de favor na casa da minha sogra."

A queda na renda também fez o casal rever as prioridades e cortar "na carne" os gastos. Antes, os dois iam muito ao cinema, shows e faziam viagens. Além disso, compravam coisas por impulso, às vezes sem necessidade. Mas tudo mudou. Dependendo do mês, os dois precisam de ajuda da família para conseguir fechar no azul. "Mas ainda tenho o sonho de trabalhar com o que realmente gosto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise econômica pela qual o Brasil está passando causa um encolhimento do mercado de trabalho, que fecha postos de trabalho causando aumento do desemprego. Em períodos como esse, ter um bom currículo e ser um profissional qualificado são fatores importante na busca por trabalho. Apesar disso, algumas vezes, mesmo com uma boa bagagem de conhecimento e estudo, profissionais sentem dificuldades para se inserir no mercado da sua área de formação.

É o caso de Sílvia Santos, estudante de doutorado em Biologia Vegetal e técnica em Segurança do Trabalho. Após concluir o bacharelado em biologia, Sílvia passou um ano procurando emprego, sem sucesso, nas suas duas áreas de estudo, antes de partir para a carreira acadêmica, cursando o mestrado.

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“Eu me inscrevi em vários sites e entreguei alguns currículos para conhecidos, mas não cheguei nem a ser chamada. A necessidade de experiência prévia na área é uma dificuldade no caso da segurança do trabalho, já no caso da biologia é o campo limitado que empurra a gente para a academia. Por outro lado, a academia nos deixa muito qualificados para funções simples, ou as pessoas querem pagar menos oo que a gente ganha como bolsista e muitos não querem receber menos ou não podem por terem compromissos com as contas”, explica Sílvia.

A dificuldade de inserção no mercado de trabalho muitas vezes gera problemas para além da vida financeira, causando tristeza e frustração a quem busca ter uma boa formação e mesmo assim não consegue trabalhar. Sílvia conta que aos poucos a falta de motivação afeta seu desempenho no doutorado.

“Sempre me pergunto se esse caminho de estudar é realmente o melhor ou se não seria melhor eu trabalhar logo, já que minha alta qualificação não implica em um emprego e nem em um bom salário. Isso vem afetando meu desempenho no doutorado, aos poucos eu perco o ânimo de fazer as coisas”, conta Sílvia, que também reclama da dificuldade de conseguir emprego na área acadêmica quando se tem uma alta qualificação. “Para universidades públicas é preciso que seja aberto o concurso e muitas vezes algumas faculdades particulares não querem contratar doutores porque eles custam caro devido ao salário”, explica ela.

Às vezes a solução encontrada diante da dificuldade de encontrar emprego apesar do bom currículo leva profissionais a atuar em outras áreas diferentes do seu ramo de estudo e que não necessariamente exigem uma formação acadêmica elevada. Foi o que aconteceu com Rodolfo, namorado de Sílvia, que também é biólogo com mestrado em Biologia Animal, mas que atualmente trabalha como motorista do Uber por falta de emprego.

“A busca é uma coisa bem frustrante, você estar mais bem qualificado do que a maioria do mercado e mesmo assim não ter vaga deixa a dúvida se o mercado intelectual ainda vale a pena. A área não apresenta muitas opções de emprego e os concursos estão escassos. Continuo encantado pela biologia, mas hoje vejo a Uber como uma opção mais viável”, explica ele. Rodolfo procurou emprego durante cerca de seis meses quando terminou o mestrado. Como não conseguiu, chegou a investir no ramo de alimentação ano passado, mas sem sucesso.

O desemprego por um longo período pode causar diversos problemas emocionais nos trabalhadores, especialmente quando o profissional sabe que tem um bom currículo, segundo a psicóloga especializada em gestão, Tereza Nunes. “O desemprego prolongado fere autoestima e autoimagem, porque o profissional se sente à margem do sistema produtivo, a depender da capacidade de recuperação e resiliência da pessoa. É um processo muito doloroso. Saber que o currículo é bom frustra porque muitas vezes o mercado não está aberto a pessoas bem qualificadas por conta da crise que faz o mercado retrair e querer pagar salários baixos para pessoas com qualificação alta”, explica a psicóloga.

Como dica, Tereza lembra que o profissional deve persistir ou tentar trabalhar em outra área que também lhe satisfaça, lembrando sempre das conquistas que já alcançou e do que quer para si. “A pessoa tem que acreditar, saber onde quer chegar, elevar a autoestima para valorizar as conquistas que já conseguiu e não abrir mão dos seus valores mesmo com a disputa antiética do mercado que busca pessoa que cobrem pouco. Se você tem uma qualificação boa, leve seu valor, seu nome, não se submeta a qualquer coisa. Ou então busque outra área que também lhe inspire. Muitas vezes quando alguém bom passa muito tempo fora do mercado e consegue emprego, os empregadores perguntam como não acharam aquele profissional antes”, explica a psicóloga, que também ressalta a importância de aumentar o networking e se manter qualificado.

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Caiu o número de desempregados na comparação entre o trimestre encerrado em abril e o terminado em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação passou de 13,6% para 13,3% no período.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta sexta-feira (30). Na prática, esse resultado significa mais de 270 mil brasileiros que conseguiram uma recolocação profissional entre um período e outro.

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Para o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira, depois dos estragos trazidos pela recessão entre 2015 e 2016, o mercado de trabalho começa a se estabilizar.

Importância das reformas

“Esses dados já dão um ânimo, mas acredito que vamos ver números mais expressivos daqui a dois ou três trimestres”, argumentou o professor. “É importante que agora continuemos com as reformas, precisamos seguir com a reforma da Previdência, a trabalhista e seguir também para uma reforma tributária”, defendeu.

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De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada hoje (28), a região metropolitana de São Paulo atingiu entre abril e maio 2,2 milhões de desempregados. Este número representa um pequeno crescimento no percentual de pessoas sem trabalho: de 18,6% em abril para 18,8% em maio.

Em comparação com maio de 2016, o resultado mostra alta de 7,2% no número de desempregados – 142 mil pessoas. A cidade de São Paulo apresentou ligeira queda entre abril e maio, de 18,6% para 18,3%. Na sub-região leste, que inclui as cidades de Guarulhos e Mogi das Cruzes, houve crescimento de 19,9% para 21,8% no mesmo período de 2016.

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A área da construção civil registrou queda de -2,8% - 17 mil postos de trabalho fechadas entre abril e maio. No setor de serviços, os cortes foram de 39 mil vagas, retração de 0,7%.

No setor industrial houve a geração de 38 mil empregos – elevação de 2,9%. O comércio e o conserto de carros renderam 11 mil vagas: crescimento de 0,7%.

Quanto aos rendimentos médios dos trabalhadores, houve queda de -2,7% em abril de 2017 em comparação com o mesmo período de 2016, ficando em R$ 2.002. A indústria teve o maior recuo na média das remunerações (-7,5%), ficando em R$ 2.028.

Após o senador Armando Monteiro (PTB) cobrar, nesta segunda (22), esclarecimento do governador Paulo Câmara (PSB) sobre a delação da JBS, foi a vez do presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, criticar o petebista dizendo que ele é conhecido no estado como “o ministro do desemprego”. Sileno também disse que Armando só conseguiu vencer uma eleição majoritária com a ajuda do ex-governador Eduardo Campos. 

“O senador mente reiteradamente quando fala do PSB. Foi esse mesmo partido e o ex-governador Eduardo Campos que possibilitaram que ele se elegesse, apesar de ser um candidato pesado, como se diz. Era até então um inexpressivo deputado que, depois de circular por todos os campos políticos de Pernambuco, só venceu uma eleição majoritária tirando proveito da popularidade de Eduardo”, disparou. 

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O presidente estadual da sigla afirmou que o PSB defende qualquer investigação que visa combater a corrupção. “Em todos os episódios citados pelo senador do desemprego, o PSB jamais se esquivou de prestar os esclarecimentos necessários. É mentira que o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio sejam objetos de alguma ação judicial. Armando, mais uma vez, tenta surfar no noticiário. Tenta surfar na honra de homens públicos sérios, como o ex-governador Eduardo Campos - que nem está entre nós para se defender - o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio”, continuou defendendo. 

Ainda declarou que Armando Monteiro não está preocupado com os pernambucanos desempregados e só visa as eleições de 2018. “Sua trajetória comprova total incapacidade administrativa tanto no setor privado, quando quebrou de usina a banco e agora, mais recentemente, quando protagonizou como ministro uma das maiores crises econômicas da história do Brasil, sendo responsável direto pelo número recorde de desempregados no país entre 2015 e 2016”.

Guedes concluiu dizendo que o governador “é um líder que pensa na vida dos que mais precisam” e que “não é Armando e meia dúzia de bajuladores que o cercam que vão tirar Paulo e o PSB de Pernambuco do compromisso com os que mais precisam”.

A taxa de desemprego do Reino Unido caiu para 4,6% no trimestre até março, atingindo o menor nível desde meados de 1975, segundo dados publicados hoje pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês). O indicador surpreendeu, uma vez que analistas consultados pelo Wall Street Journal previam a taxa a 4,7%.

No período de janeiro a março, o número de desempregados no Reino Unido registrou queda de 53 mil.

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A pesquisa de hoje, porém, também mostrou que a aceleração recente da inflação continua afetando os salários, numa sinalização de que os consumidores poderão conter os gastos.

Com ajuste da inflação, os salários reais caíram 0,2% nos três meses até março, registrando a primeira queda desde 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje (16) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país apresentaram alta no número de contratações. Norte e Nordeste mantiveram resultados negativos.

O Brasil registrou saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal durante o mês passado, fato que significa o primeiro resultado positivo para um mês de abril nos últimos três anos. Com isso, o total de postos de trabalho aumentou 0,16% em comparação com março deste ano, passando de 38.256 milhões de vagas para 38.319 milhões.

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Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o resultado nacional é um sinal de que o nível de emprego tende a melhorar em breve. “Espero que em maio, comemoremos a retomada do emprego no Brasil. Continuo confiante”, diz. 

Entre os principais setores econômicos, apenas a construção civil não apresentou melhora no nível de emprego durante o mês de abril. O total de demissões no setor deixou um saldo negativo de 1.760 postos de trabalho, resultado maior do que em março. “Acreditamos que a construção civil também deve apresentar sinais de recuperação e números positivos a partir do segundo semestre do ano”, declarou o ministro.

O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação. Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. "O meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim você pode dizer que o governo não deu certo. Não é por causa da Previdência."

Em entrevista ao Estado na tarde de sexta-feira (12), poucas horas depois de reunir em cerimônia televisionada todo o seu Ministério para balanço de um ano de governo, Temer informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano.

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Temer está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. Disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas de um dos principais cardeais do partido e líder no Senado, Renan Calheiros (AL). "O Renan agora já está comigo."

O presidente voltou a defender seus ministros citados nas delações da Lava Jato, mesmo com prejuízo para a imagem do governo. "Aqui tem pessoas mencionadas que são da melhor qualificação administrativa, prestam um serviço extraordinário. É um custo-benefício que compensa."

Em relação ao seu papel na disputa presidencial em 2018, ele disse que vai depender do êxito do governo. "Se eu estiver bem, é claro que todos virão me procurar em busca de apoio. Se eu estiver mal, ninguém vai querer se aproximar." Depois de lamentar mais uma vez a disputa política agressiva atual no País, afirmou que já não se incomoda tanto com os movimentos que pedem a sua saída do governo. "Aliás, ficou simpático este ‘Fora, Temer’. Eu acho que vou sentir falta."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os jovens com idade entre 14 e 24 anos são os mais afetados pelo desemprego. O Boletim Mercado de Trabalho, divulgado pelo órgão hoje (5), aponta que a taxa de desemprego das pessoas nessa faixa etária aumentou de 20%, em 2015, para 27,2%, em 2016. Entre os adultos, considerada a faixa de idade que vai dos 25 aos 59 anos, o aumento foi de 9,1%, em relação ao mesmo período.

Na divisão por região, o nordeste aparece com o pior resultado, apresentando taxa de desemprego de 14,4% no último trimestre. No quesito escolaridade, as pessoas com formação inferior ao ensino médio completo foram as que mais perderam emprego, 16,9% no quarto trimestre de 2016 ante os 12,2% no mesmo período de 2015. A quantidade de trabalhadores autônomos cresceu 1,25% nesse intervalo de tempo.

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Outro dado analisado pelo levantamento foi o salário do trabalhador brasileiro. O rendimento real teve uma queda de 2,5%, em comparação com o ano passado. Em 2016, o salário atingiu a média de R$ 1.978, perda de 3,3% para os trabalhadores do sexo masculino e 1,1% para o sexo feminino. Os primeiros meses de 2017, de acordo com a análise, indicam reversão do cenário.

A taxa de desemprego ajustada da Alemanha ficou em 5,8% em abril, inalterada ante o mês anterior e permanecendo no menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 1992, segundo dados oficiais divulgados hoje. O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Os pedidos de auxílio-desemprego na maior economia da zona do euro caíram 15 mil em abril, após recuarem 29 mil em março. A projeção do mercado, porém, era de queda menor, de 10 mil.

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Em termos não ajustados, a taxa de desemprego alemã recuou para 5,8% em abril, de 6% em março, enquanto o número de desempregados no país diminuiu para 2,569 milhões, de 2,662 milhões um mês antes. Fonte: Dow Jones Newswires.

A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 9,5% em março, inalterado ante o mês anterior e no menor patamar desde maio de 2009, segundo a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal.

Em março, o número de desempregados do bloco teve leve queda de 5 mil, a menor desde abril de 2016. Ainda que pequeno, o recuo garantiu a manutenção da taxa de desemprego.

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Nos meses anteriores, o total de desempregados na zona do euro havia mostrado reduções mais significativas, de 123 mil em fevereiro e de 39 mil em janeiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil tem hoje mais de 13,5 milhões de desempregados e uma economia em recessão, que fez o Produto Interno Bruto (PIB) recuar 3,6% em 2016. Nesse cenário de crise econômica e política, mais de 100 mil empresas fecharam as portas no estado de São Paulo, sendo 4 mil indústrias. Em Guarulhos, a taxa de desemprego é superior a 20%, fazendo com que muitas pessoas recorram ao chamado emprego informal.

No final do ano passado, o “calçadão” da rua Dom Pedro II, mais importante polo de comércio da cidade, ficou tomado por ambulantes ilegais. Devido a reclamações dos lojistas, que se sentiram prejudicados pela concorrência, a polícia militar retirou todos os camelôs do local. Desde então, a fiscalização tem impedido a volta dos ambulantes, mas o problema do desemprego persiste.

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“A polícia nos tirou daqui no fim do ano. Estávamos trabalhando, isso não é roubar. Não entendemos por que a prefeitura não nos dá emprego, ela conseguiria dar emprego para todo mundo”, afirma Moacir Pereira, de 60 anos. Ele era legalizado, mas perdeu sua licença de ambulante durante a operação da polícia militar no final de 2016.

Os jovens também não escapam do desemprego. Matheus Oliveira dos Santos tem 19 anos de idade e é ambulante desde 2015. “Eu ainda procuro emprego, pois a vida de ambulante às vezes dá lucro e as vezes não. Por esse motivo não desisti ainda de encontrar um local fixo de trabalho que possa me dar lucro e estabilidade“, conta.

As vagas de emprego estão escassas. Segundo Érica Santos, analista de recrutamento e seleção em uma agência de empregos do Centro de Guarulhos, o número de vagas começou a diminuir no final de 2015. “Muitos clientes tinham projetos que aumentariam o quadro de funcionários, mas os projetos foram adiados e as vagas canceladas por retenção de custos”, conta.

Mesmo assim, os recrutadores enfrentam dificuldades para preencher as poucas vagas que aparecem, porque as empresas se tornaram mais exigentes.

“Então existem duas questões: nós temos um número de vagas muito menor, porque muitas empresas fecharam, e as que não fecharam reduziram muito o quadro, mas também temos empresas com vagas que demoram mais para serem preenchidas porque as empresas têm mais opções de pessoas, por isso elas exigem mais”, diz Érica.

Com pouca oferta de vagas e muita procura, muitos desempregados reduzem suas pretensões salariais e aceitam condições inferiores às de seu emprego anterior. “Quanto mais tempo a pessoa fica desempregada, ela se vê em uma situação mais complicada e, consequentemente, ela diminui seus requisitos, aceitando salário menor, trabalhar mais longe. Inclusive, é muito comum em nossa rotina de recrutamento ver pessoas que tinham cargo sênior serem contratadas com cargos júnior”, revela a analista.

Para pessoas com baixa qualificação profissional, a economia informal é a única saída para garantir o sustento. “Serei ambulante até morrer porque sei que não vou conseguir mais trabalho”, diz Peronildo Machado dos Santos, de 59 anos. Ex-metalúrgico, ele procurou emprego por três anos antes de desistir de uma vaga com carteira assinada por causa da sua idade.

 

 

Por Adalberto Silva de Jesus e Aline Caroline dos Santos Souza

O substitutivo à proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) incluiu a previsão de demissão em comum acordo. A alteração permite que empregador e empregado, em decisão consensual, possam extinguir o contrato de trabalho.

A medida gera a obrigação ao empregador de pagar metade do aviso prévio, quando indenizado, além de indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Neste caso, o trabalhador poderá movimentar 80% do FGTS depositado na sua conta e não terá direito ao Programa do Seguro-Desemprego.

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Atualmente, a CLT prevê o pedido de demissão pelo empregado, demissão por justa causa ou desligamento sem justa causa. Apenas nesta última forma, o trabalhador tem acesso aos recursos do FGTS, mais multa de 40% em seu saldo e direito ao seguro-desemprego, caso tenha tempo de trabalho suficiente para receber o benefício. Dessa forma, é comum o desligamento do trabalhador em um acordo informal com o empregador para acessar os benefícios concedidos a quem é demitido sem justa. 

Segundo o relator Rogério Marinho, autor da sugestão, “a medida visa a coibir o costumeiro acordo informal, pelo qual é feita a demissão sem justa causa para que o empregado possa receber o seguro-desemprego e o saldo depositado em sua conta no FGTS, com a posterior devolução do valor correspondente à multa do Fundo de Garantia ao empregador”.

Marinho apresentou parecer sobre a reforma trabalhista na última quarta-feira (12). O deputado consolidou em 132 páginas as sugestões e contribuições ao texto enviado pelo governo federal. O documento reúne parte das 842 emendas propostas pelos parlamentares. A medida vai modificar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em vigor desde 1943.

Ao todo, a proposta recebeu 850 sugestões dos deputados. Destas, oito foram retiradas pelos próprios autores. Um grupo de parlamentares do PT, PSOL e PCdoB decidiu não apresentar emendas ao PL por não concordar com praticamente a totalidade das novas regras.

Tramitação

O substitutivo do PL 6787/16 será apreciado pela comissão especial que analisa a matéria, na próxima terça-feira (18). A agenda de tramitação da proposta depende ainda de definição de pedido de urgência pelo plenário da Casa. Caso seja aprovado, a primeira reunião deliberativa sobre o relatório deve ocorrer ainda na terça-feira e o texto já poderia ser votado na comissão no mesmo dia ou na quarta-feira (19).

Sem a urgência, a comissão deve esperar o prazo de cinco sessões para se reunir, o que deve ocorrer em, pelo menos, duas semanas. O texto atualmente tramita em caráter conclusivo. Isso quer dizer que, caso aprovado na comissão, seguiria direto para o Senado Federal, sem necessidade de passar pelo plenário da Câmara. No entanto, acordo entre os parlamentares definiu que a medida será apreciada pelos parlamentares no plenário antes de seguir a tramitação.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT) declarou, nesta terça (4), que o texto apresentado pelo presidente Rodrigo Maia (DEM), sobre o projeto que regulamenta o Uber, não “vai a fundo” no assunto. Para ele, o documento propõe um “credenciamento”, autorizado pelos municípios, que poderá acarretar ainda mais na queda do rendimento dos motoristas do aplicativo. O petista, autor do texto original sobre a regulamentação, acredita que outros itens precisam ser acrescentados. 

“Isso permitirá [apenas o credenciamento] que essas empresas, que são multinacionais, que têm faturamento de milhões, que ficam com 25% dos rendimentos dos motoristas, possam aumentar enormemente o número de motoristas e, evidentemente, levar a uma queda de rendimento, o que vai levar a degradação do sistema, o que é muito ruim para o usuário”, explicou. Zarattini quer, entre outros pontos, a limitação do número de veículos para que não haja uma superoferta. 

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Zarattini tambén enfatizou que essas multinacionais se utilizam do desemprego. “Que nós estamos vivendo para cadastrar o maior número de pessoas, então, nós achamos que para preservar um bom sistema, que está sendo bem aceito, é importante regulamentar esse serviço e a maioria dos deputados estão entendendo dessa forma”. 

Ele acredita que os taxistas irão manter a sua “legislação”. Questionado se a regulamentação pode acabar com os táxis, ele disse que não porque é um tipo de transporte que possui a confiança da população. “Uma parte grande da população confia no serviço e tem desconfianças a outro tipo de transporte, no qual você não sabe exatamente quem está dirigindo. Todos os serviços têm seus adoradores e os que odeiam. Isso tem que ser avaliado por cada um”, concluiu o parlamentar. 

 

O Time do Emprego, programa administrado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho no Estado de São Paulo, oferece orientação profissional a trabalhadores desempregados e jovens maiores de 16 anos em busca do primeiro emprego. Os encontros são presenciais e ocorrem em todos os 645 municípios do Estado. No total, há 12 reuniões que participam cerca de 20 a 30 alunos.

Nas aulas, os professores auxiliam os interessados a reconhecer suas habilidades, elaborar um currículo e carta de apresentação, participar de entrevistas e dinâmicas, preencher formulários, conhecer o mercado de trabalho, pesquisar potenciais empregadores, contatá-los, além de ajudar a planejar o orçamento doméstico e noções de empreendedorismo.

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Para participar, o interessado deve levar RG, CPF e procurar em seu município o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Para mais informações, acesse o site: www.timedoemprego.sp.gov.br/.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) afirmou, nesta segunda-feira (3), que os novos cortes feitos pelo presidente Michel Temer (PMDB) devem “agravar ainda mais a crise no país”. Na semana passada, a gestão federal anunciou o corte de R$ 42,1 bilhões nas despesas previstas pelo orçamento e revogou a desoneração fiscal para 50 setores da indústria. 

“Num momento em que as empresas brasileiras precisam de incentivo e que o Brasil pede novos investimentos para que a roda da economia volte a girar, o governo Temer faz exatamente o contrário. O contingenciamento do orçamento e o fim dos incentivos na indústria devem gerar ainda mais recessão e desemprego”, disparou Humberto.

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As medidas foram anunciadas por conta da redução na arrecadação deste ano que ampliou o rombo das contas públicas em R$ 58,2 bilhões. Para Humberto, é a falta de estímulos à economia que vem ampliando a baixa na arrecadação. “É uma conta que não fecha. Não tem incentivo na economia, aumenta a recessão e cai a arrecadação. Vira um ciclo vicioso. É preciso provocar o estímulo para a economia voltar a aquecer. O que o governo Temer está fazendo é provocando mais recessão”, afirmou.

Apesar de concordar que a política de desoneração do governo Dilma foi excessiva, o líder da oposição também avalia que o fim dos incentivos pode gerar uma nova onda de demissões.  “Mais uma vez o trabalhador é vitimado com esses novos cortes. Quando Temer assumiu, ele prometeu fazer um governo de salvação nacional, mas parece que ele está apenas preocupado em salvar a própria pele em meio a tantos escândalos”, ironizou o senador.

A taxa de desemprego da zona do euro caiu para 9,5% em fevereiro, de 9,6% em janeiro, atingindo o menor nível desde maio de 2009, segundo a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. O dado de fevereiro veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal.

A queda da taxa veio após o número de desempregados no bloco recuar 140 mil em fevereiro.

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O resultado da zona do euro foi influenciado principalmente pelo bom desempenho dos mercados de trabalho na Itália e na Espanha, de acordo com a Eurostat. Fonte: Dow Jones Newswires.

A taxa de desemprego do Reino Unido caiu para 4,7% no trimestre até janeiro, de 4,8% nos três meses encerrados em dezembro, atingindo o menor nível desde meados de 1975, segundo dados publicados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês). Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam estabilidade na taxa.

O ONS detalhou que o número de desempregados no Reino Unido teve queda de 31 mil no período de novembro a janeiro, enquanto o total de empregados avançou 92 mil, atingindo nível recorde.

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A pesquisa de hoje, porém, também mostrou que a aceleração recente da inflação está afetando o avanço dos salários, numa sinalização de que os consumidores poderão conter os gastos.

Com ajuste da inflação, os salários excluindo-se pagamentos de bônus cresceram apenas 0,8% nos três meses até janeiro, registrando o menor aumento desde o fim de 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

Quem visitar uma das unidades do Centro Universitário da FG - Faculdade Guararapes, nos dias 14,15,21 e 22 de março, poderá receber algumas orientações gratuitas sobre o mercado de trabalho e esclarecer dúvidas a respeito de como montar um currículo, entre outras dicas. A iniciativa faz parte da Feira de Estágio e Empregabilidade da instituição, que é aberta ao público. O objetivo é ajudar candidatos na sua recolocação no mercado. 

O evento será realizado nos três campi da FG. No campus Piedade, a ação é amanhã (14) e quarta-feira (15), no período da manhã e à noite. No campus Boa Vista, a feira será realizada nos próximo dias 21 e 22, também nos turnos da manhã e noite. Já no campus Jaboatão, as atividades ocorrerão no dia 28, apenas no período da noite. Durante o evento, também haverá guichês do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco), com atendimento e oferta de vagas de estágios.

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Confira os endereços das unidades do Centro Universitário da FG:

Piedade - Rua Comendador José Didier, 27. Piedade - Jaboatão dos Guararapes.

Boa Vista – Avenida Governador Carlos de Lima Cavalcanti, 110. Derby, no Recife.

Jaboatão Centro - Avenida Barão de Lucena, 99, Centro. Jaboatão dos Guararapes.

Mais informações pelo telefone: (81) 4020.9085.

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