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O município de Sumaré, no Interior de São Paulo, sofre uma onda de intolerância religiosa contra terreiros de Umbanda. Três casas foram vandalizadas desde setembro e fieis estão apreensivos pela falta de uma atuação mais contundente do Poder Público.

Imagens quebradas e roupas de santo rasgadas junto com peles de tambores utilizados nas giras (cultos) descrevem o rastro de destruição deixado nas casas pelos criminosos. As informações são da Folha de S. Paulo.

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"Sumaré está esperando um corpo de um pai ou uma mãe de santo estendido no meio do terreiro, com um tiro no peito, para selar a intolerância religiosa e o racismo religioso", afirmou Fabiana Cavalcanti, dirigente da Casa de Caridade Pai João de Oyó, que fala pela maioria dos pais e mães de santo da cidade. 

Em um intervalo de 90 dias, o primeiro ataque ocorreu na madrugada de 11 de setembro, no Terreiro Oxalá e Iemanjá, no Jardim Bela Vista, onde até o relógio de energia foi arrancado do poste. Menos de um mês depois, na manhã do dia 7 de outubro, o alvo foi a casa espiritual Pai João da Guiné, no Jardim Picerno. O terceiro local foi depredado no início de novembro, mas não chegou a ser invadido. Teve a fachada vandalizada e o toldo removido.

Os relatos convergem sobre a presença de um Chevrolet Corsa, que costuma rondar os terreiros antes dos ataques. A placa foi levantada e consta como um modelo Meriva. "Vários pais e mães reclamaram sobre isso. Disseram que ele passa bem devagar, tira várias fotografias e sai cantando pneu. Estamos bem apreensivos", comentou Fabiana.

Devido ao medo de novos ataques, religiosos começaram a vigiar as casas na tentativa de identificar os criminosos. "Cada casa coloca um dos filhos para vigiar a entrada. É perigoso, mas orientamos para apenas tentar tirar fotos e filmar", apontou a representante.

Os pais e mães de santo destacam que procuraram políticos locais desde a primeira invasão e acionaram o Ministério Público, mas nenhuma ação foi percebida na prática e eles ainda teme pela insegurança.

"É dever do Estado proteger o cidadão e a casa de oração, seja ela católica, evangélica, budista, kardecista, seja de matriz africana. Sentir esse racismo religioso, essa intolerância religiosa comendo a gente vivo, deixa a gente bastante chateado", critica Fabiana.

O Ministério Público comunicou que um inquérito foi instaurado, mas não sabe a quantidade de boletins relacionados à intolerância religiosa que foram registrados desde o ano passado. A justificativa é que o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo ainda não repassou as informações.

Na quinta (25), o presidente da Câmara Municipal, o vereador William Souza (PT), encaminhou ofícios à Secretaria Municipal de Segurança Pública, ao comandante do 48º Batalhão da Polícia Militar do Interior e ao delegado de Sumaré.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado confirmou a investigação no 2º Departamento de Polícia de Sumaré do caso ocorrido em outubro. "A unidade também investiga um fruto de fios em um centro espírita ocorrido em 11 de setembro. Diligência prosseguem visando a identificação dos autores de ambos os delitos. Quanto ao B.O registrado pela Delegacia Eletrônica, o mesmo foi indeferido por divergências nos dados", complementou.

Na noite desta última sexta-feira (8), o Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar um incêndio que aconteceu nos barracos do bairro do Barro, na comunidade Carolina de Jesus, na Zona Oeste do Recife. 

As chamas atingiram de 15 a 20 barracos e a perda pode ter sido total, segundo informações dos bombeiros, que evitaram que o incêndio tomasse uma maior proporção devido ao material de fácil queima presente no local. 

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O Corpo de Bombeiros enviou ao local quatro viaturas, sendo duas de combate a incêndio, uma viatura de resgate e uma viatura de comandamento operacional. Não houve vítimas.

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Os talibãs anunciaram, nesta segunda-feira (4), que destruíram uma célula do Estado Islâmico (EI) na capital afegã, Cabul, horas depois de um suposto ataque da organização jihadista contra uma mesquita que deixou cinco mortos.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que os combatentes fizeram a operação no norte de Cabul na noite de domingo (3).

"Como resultado da operação, que foi muito decisiva e bem-sucedida, o centro do EI foi completamente destruído, e os membros do EI em seu interior morreram", tuitou Mujahid.

Testemunhas e jornalistas da AFP ouviram explosões e disparos na capital no momento do assalto, enquanto imagens publicadas nas redes sociais mostravam uma grande explosão e fogo no local.

Abdul Rahaman, um funcionário do governo em Cabul, disse à AFP que um "grande número" de membros das forças especiais dos talibãs atacou pelo menos três casas em seu bairro.

"Os confrontos continuaram por várias horas", disse ele, acrescentando que não conseguiu dormir pelo som dos tiros.

"Não sei quantos morreram, ou foram presos, mas o combate foi intenso", completou.

A operação foi lançada horas depois de um ataque mortal a um lugar de oração na mesquita de Eid Gah, em memória da mãe de Mujahid, o porta-voz talibã. Ela faleu na semana passada.

Um funcionário da comissão cultural do governo, que pediu para não ser identificado, disse à AFP que cinco pessoas foram mortas, e 11 ficaram feridas. As baixas incluem civis e talibãs.

"Também prendemos três pessoas ligadas à explosão", acrescentou.

Segundo a mesma fonte, o artefato foi colocado na entrada da mesquita. Explodiu no momento em que as pessoas saíam, depois de apresentarem suas condolências a Mujahid e sua família.

Nesta segunda-feira, Mujahid disse à AFP que uma investigação está em andamento, mas que "a informação inicial sugere que grupos ligados ao EI cometeram o ataque".

Tanto os talibãs quanto o braço afegão do EI, conhecido como Estado Islâmico-província de Khorasan, são islâmicos sunitas de linha-dura. Divergem, porém, em temas como religião e estratégia, o que já provocou sangrentos confrontos entre eles.

Nesta sexta-feira (1º), uma estrutura montada no Aeroporto de Maringá, Paraná, para receber o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desabou antes da chegada do chefe do Executivo. Os responsáveis pelo desabamento foram os ventos com mais de 98 quilômetros por hora registrados na cidade. 

O presidente chegou em Maringá por volta das 15h30 desta sexta, para inaugurar as obras de ampliação do aeroporto onde a estrutura estava montada para receber a comitiva de Bolsonaro. 

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O monstruoso incêndio Dixie, no norte da Califórnia, cresceu ainda mais durante a noite e se tornou o segundo maior incêndio florestal na história do estado, enquanto milhares de pessoas fugiam do avanço das chamas, disseram as autoridades neste domingo (8).

No início da manhã, o fogo havia destruído 187.562 hectares, um aumento em relação ao dia anterior, em que 181.187 hectares haviam sido devastados. O fogo agora cobre uma área maior do que Los Angeles e aproximadamente do tamanho da ilha havaiana de Maui.

O Dixie é o maior incêndio florestal ativo nos Estados Unidos, mas também um dos 11 grandes incêndios florestais na Califórnia. No fim de semana, superou o Mendocino Complex, de 2018, e se tornou o segundo pior da história do estado, de acordo com as autoridades.

O incêndio, que deixou três bombeiros feridos no sábado, permanecia 21% contido neste domingo, sem mudanças em relação ao dia anterior, informou o site CalFire. As equipes estimam que o fogo, iniciado em 13 de julho, não será extinto antes de 20 de agosto.

Os ventos fracos e o aumento da umidade ajudaram os bombeiros, que ainda assim se preparam para as altas temperaturas, que devem ultrapassar os 38 graus Celsius no meio da semana.

Milhares de residentes fugiram da área e muitos encontraram acomodações temporárias - vivendo até em barracas - na região, muitas vezes sem saber se suas casas se salvaram.

No sábado, o gabinete do xerife do condado de Plumas disse ter recebido relatos de cinco pessoas consideradas desaparecidas em Greenville e que estavam realizando buscas. Mais tarde, foi confirmada a descoberta de outros cinco desaparecidos.

O incêndio Dixie já destruiu 404 estruturas e devastou a histórica cidade de Greenville.

A CalFire afirmou que enviou equipes em um esforço para salvar casas nas cidades de Crescent Mills e Hunt Valley. Mais de 5 mil pessoas lutam contra o Dixie.

No fim de julho, o número de hectares queimados na Califórnia aumentou mais de 250% desde 2020, que já havia sido o pior ano de incêndios florestais na história moderna do estado.

Os oito maiores incêndios florestais da Califórnia ocorreram desde dezembro de 2017. Uma seca prolongada que, segundo os cientistas, é causada pela mudança climática, deixou grande parte do oeste dos Estados Unidos ressecado e vulnerável a incêndios altamente destrutivos.

Sem lamentar oficialmente a destruição do galpão da Cinemateca Brasileira na noite da última quinta-feira (29), na Zona Oeste de São Paulo, o secretário Especial de Cultura, Mario Frias, colocou a culpa do incêndio no PT. O representante do Governo Federal indicou que já solicitou investigação à Polícia Federal para apurar as causas das chamas.

Em seu perfil no Twitter, o ex-protagonista de Malhação levantou suspeitas sobre uma possível ação criminosa e acusou o PT de abandonar o acervo nas gestões passadas.

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"O estado que recebemos a Cinemateca é uma das heranças malditas do governo apocalíptico do petismo, que destruiu todo o estado para rapinar o dinheiro público e sustentar uma imensa quadrilha de corrupção e sujeira criminosa", disse Frias para rebater críticas do ex-líder da bancada petista na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Ao descrever sua percepção sobre o que considera negligência do "Bolsonarismo", o parlamentar da oposição apontou que o arquivo da sétima Arte nacional na Vila Leopoldina estava sendo destruído enquanto o secretário está na Itália, em Roma.

Em junho, o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) advertiu o Governo Federal sobre o risco de incêndio, principalmente, pelo armazenamento de filmes de nitrato no acervo de aproximadamente quatro toneladas da história do Cinema brasileiro.

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A estratégia de culpabilizar gestões anteriores foi endossada pelo ministro do Turismo, Gilson Machado. Em sua conta, ele também descreveu sua percepção do "Petismo" e afirmou que a ala culpa quem tenta resolver problemas deixados pela sigla.

O sanfoneiro reiterou as acusações de corrupção contra o partido para justificar a destruição da Cinemateca. "Quantas Cinematecas seriam criadas com os bilhões que foram judicialmente DEVOLVIDOS no Mensalão e na Lava Jato? Afinal, no Bolsonarismo não temos presidente ex-presidiário", sugeriu.

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Frias informou que já solicitou investigação e se mostrou preocupado com o prejuízo à Cultura. No entanto, realinhou sua preocupação ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB), para criticar a intenção do gestor em derrubar o decreto que altera o texto da Lei Rouanet por 'irregularidades e ilegalidades'.

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O presidente Vladimir Putin afirmou, neste domingo (25), que a frota russa é capaz de detectar e destruir "qualquer alvo", durante um grande desfile naval em São Petersburgo que ele compareceu.

"Hoje, a frota russa tem tudo para defender a pátria e nossos interesses nacionais de forma infalível. Somos capazes de detectar qualquer alvo inimigo debaixo d'água, na superfície ou no ar e desferir um golpe letal, se necessário", declarou Putin em um discurso televisionado.

Ele afirmou que a Rússia conquistou seu lugar entre as "principais potências marítimas do mundo" ao desenvolver "uma aviação naval eficaz de curto e longo alcance, sistemas de defesa costeira confiáveis e armas hipersônicas de última geração e alta precisão, que são incomparáveis no mundo e continuam a melhorar constantemente e com sucesso".

O discurso foi pronunciado à margem do desfile anual da frota russa no rio Neva, em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país.

Em um contexto de fortes tensões com o Ocidente, Putin elogiou em várias ocasiões nos últimos anos as novas armas de seu país, que ele diz serem "invencíveis".

Entre elas, o míssil hipersônico de nova geração Avangard, capaz de atingir velocidade de Mach 27 e mudar de curso e altitude, que entrará em serviço no exército russo em dezembro de 2019, e o Zircon que voa em Mach 7 e foi testado com sucesso em julho.

Outras armas também estão em desenvolvimento, como o míssil hipersônico Kinjal para a Força Aérea e o míssil Burevestnik com propulsão nuclear.

Os mais recentes sistemas de defesa aérea S-500, descritos como "incomparáveis no mundo", também foram testados com sucesso em 20 de julho.

Os Estados Unidos não têm planos de destruir um foguete chinês fora de controle em direção à Terra, disse o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, nesta quinta-feira (6).

"Temos a capacidade de fazer muitas coisas, mas não temos um plano para derrubá-lo agora", revelou Austin aos repórteres.

Especialistas do Pentágono esperam que o foguete Longa Marcha 5B, que saiu de órbita após se separar da estação espacial de Pequim, atinja a superfície em algum momento entre sábado e domingo.

Mas é difícil prever quando e onde cairá.

"Temos esperança de que ele caia em um lugar onde não prejudique ninguém. Torcemos para que seja no oceano ou em algum lugar assim", explicou Austin, que insinuou negligência por parte da China em deixar o corpo do foguete sair da órbita.

“Eu acho que isso mostra o fato de que, para aqueles de nós que operam no domínio espacial, existem requisitos (de segurança), ou deveria haver um requisito para operar com segurança e consideração,” criticou Austin.

Precisamos "ter certeza de levar esse tipo de coisa em consideração quando planejamos e conduzimos operações" no espaço, acrescentou.

Nesta segunda-feira (3), a Escola Municipal John Kennedy, localizada na cidade de Colombo, no Paraná, amanheceu marcada pela destruição. Além de uma tentativa de incêndio no local, livros foram depredados, equipamentos eletrônicos quebrados e os espaços comuns da escola, a exemplo de salas de aula, pátio e sala dos professores, foram pichados. De acordo com imagens de segurança, os principais suspeitos são crianças.

Em nota, o vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Alcione Giaretton, relatou tristeza pelo ocorrido.

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“Estamos perplexos com essa situação. Já atravessamos um momento delicado pela perda de vidas para a Covid-19 e chegar aqui e ver tudo isso é muito triste. Tomaremos as medidas para solucionar essa situação e com as imagens das câmeras de segurança vamos tentar identificar quem cometeu esse crime. Contamos também com apoio da população para informações que levem até os culpados”, disse.

Segundo Luciana Dala Valle, diretora da SEMED (Secretaria Municipal de Educação), as causas da ação ainda são desconhecidas.

“Não sabemos o motivo, a escola é bem cuidada, as famílias são bem atendidas e os estudantes também”, afirmou.

A Polícia Civil investiga o caso e intimará os responsáveis legais das crianças suspeitas de vandalizarem a instituição de ensino.

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Uma área verde de 63,6 mil m² com resquícios de Mata Atlântica, o equivalente ao tamanho do Pacaembu, está prestes a se transformar em condomínio de luxo no Alto da Boa Vista, na zona sul da capital paulista. Após aval da Justiça de São Paulo, mas ainda sem julgamento de recurso em instância superior, a construtora deu início à derrubada de árvores na semana passada, segundo relatam moradores do bairro.

Chamado de Chácara Alfomares, o espaço abriga espelhos d’água e jardins projetados por Burle Marx, além de árvores nativas, algumas delas sob proteção ambiental, espécies frutíferas e eucaliptos. Os bosques servem de moradia a saguis, saruês e uma série de aves, como tucanos, pica-paus e gaviões - até uma araponga, que aparece na lista vermelha de animais em extinção, teria sido avistada por lá recentemente.

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Proprietária do terreno, a construtora Viver, a antiga InPar, pretende erguer um condomínio horizontal sobre a área. Segundo ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MPE-SP), que contesta a regularidade das obras e alerta sobre prejuízos ambientais, o projeto prevê 50 edificações, ao todo, além de um parque com acesso ao público no meio do empreendimento.

A disputa judicial pela construção do condomínio já se arrasta há mais de uma década e, hoje, conta com decisão favorável à empresa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Em 2004, a incorporadora conseguir autorização da Prefeitura, à época sob a gestão Marta Suplicy (então no PT), para fazer o manejo das árvores e iniciar a construção das casas. As obras, no entanto, acabaram embargadas quatro anos depois, a pedido da promotoria do Meio Ambiente. A empresa também foi autuada por remover a boa parte da vegetação.

Para o MPE-SP, a obtenção das licenças municipais teria sido fraudulenta, uma vez que a Viver dividiu o terreno em quatro lotes inferiores a 15 mil m², supostamente para escapar de exigências ambientais. Na visão da promotoria, o empreendimento implicaria em "irrecuperável dano a bem comum de todos e ainda maior degradação da qualidade ambiental desta capital".

Inicialmente, o TJ-SP deu razão à denúncia, mas a Viver conseguiu reverter a sentença na segunda instância no fim de 2017. Para os desembargadores, "não ficou demonstrada irregularidade no procedimento administrativo" ou "caracterizada a hipótese de efetivo dano ao meio ambiente", já que mais de 15% da área seria preservada.

Na decisão, os magistrados destacam, ainda, que a construtora doou 20,1 mil m² do terreno, incluindo áreas protegidas, para a Prefeitura e assinou de quatro termos de compensação ambiental (TCAs). Pelos acordos, a empresa se compromete a reformar equipamento público e entregar ou plantar 17 mil novas mudas para a cidade.

Moradores da região também se mobilizaram contra a derrubada de árvores e chegaram a realizar protestos na frente do local. Um abaixo-assinado, contrário ao que o grupo chama de "devastação" de mais de 2 mil árvores de Mata Atlântica e "calamidade" na Chácara Alfomares, reuniu mais de 24 mil assinaturas em uma semana. Eles alegam, ainda, que a vegetação que havia sido destruída conseguiu se recuperar de 2008 para cá.

"Há muitos impactos locais. É a real perda desse ecossistema, seja por beleza, fauna ou flora. Vamos tirar o que está filtrando o ar, reduzindo a temperatura e drenando o aquífero Guarani. Precisamos de água e de verde", afirma Guilherme Alves, presidente da Associação dos Amigos do Bairro Alto da Boa Vista (Sababv). "A área doada está no meio do empreendimento: é literalmente um bolsão verde com todos os condomínios virados para ele."

Impasse

Após a derrota em segundo instância, o MPE-SP apelou para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o recurso ainda não foi julgado em Brasília. Com a notícia de que a retirada da vegetação teria começado, a promotoria expediu ofício à Prefeitura e a à Secretaria do Meio Ambiente, solicitando informações na semana passada.

"Não há decisão definitiva no caso, então o poder público, por todos os seus órgãos, deve atender aos princípios da prevenção e da precaução", diz o promotor Luís Roberto Proença. "Deve-se ter em conta que será de pouca valia um julgamento favorável do STJ no futuro, sob o aspecto ambiental, se as centenas de árvores atualmente existentes na gleba já tiverem sido suprimidas e substituídas por ruas e edificações."

Em janeiro, o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP, determinou que a sentença da Justiça estadual fosse cumprida. Ele reforça no documento que, pelo acórdão, as autorizações recebidas pela empresa na década passada continuam em vigor.

"São válidos e vigentes todos os atos administrativos autorizadores da implementação do empreendimento, tal como vigiam no momento em que foi decretada a primeira suspensão de suas execuções", escreveu. "As regenerações ocorridas na vegetação existente no local decorreram unicamente da inércia que foi imposta aos exequentes. (...) Se a vegetação ressurgiu, deve ser novamente retirada, sem necessidade de novas autorizações, pois ali não deveria estar."

No dia 23 de outubro, a gestão Bruno Covas (PSDB) publicou a revalidação dos TCAs no Diário Oficial - o que, na prática, permite que a Viver remova novamente as árvores. Em nota, a Prefeitura afirma que o ato se deu em função da decisão judicial. "O Tribunal de Justiça rejeitou os pedidos do Ministério Público, considerando válidos todos os atos municipais questionados", diz. "Os recursos não suspendem os efeitos da decisão, não havendo, portanto, óbice judicial."

A Viver afirma que "forneceu aos órgãos responsáveis toda a documentação aprovada relativa ao processo de supressão na região de Santo Amaro, em São Paulo". "Vale frisar que a atividade foi previamente aprovada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo", diz comunicado da construtora. "Todo o projeto vem sendo conduzido respeitando as legislações ambientais e com a consultoria de especialistas competentes."

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta quarta-feira (28), para criticar o decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que permite a inclusão das 39 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) espalhadas pelo país no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Na avaliação da petista, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, cometem um "atentado" contra a população e a saúde pública ao autorizar o processo. 

"Como se não bastasse todo o descaso mostrado até aqui, Bolsonaro decide, em plena pandemia, abrir caminho para a privatização do SUS. Isto significará a extinção da saúde pública e a entrega do setor aos planos privados de saúde", avaliou a ex-presidente. "Com este decreto, Bolsonaro e Guedes cometem um atentado contra a população e contra a Constituição, que diz que 'saúde é direito de todos e dever do Estado'", emendou Dilma. 

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Para a ex-presidente, "o Congresso não pode aceitar esta violação constitucional e ameaça a vida de milhões de brasileiras e brasileiros".

Dilma acredita também que o decreto "é um passo decisivo para a destruição do SUS". "Mais de 150 milhões de brasileiros têm apenas o SUS como forma de acesso a atendimento médico. As 45 mil UBSs ofereciam primeiro atendimento, além de vacinação, a centenas de milhões de pessoas. Sem repor os médicos cubanos, expulsos por Bolsonaro por preconceito ideológico, o Mais Médicos deixou de atender 63 milhões que tinham nas UBSs o único acesso à saúde", observou.

Apenas nos primeiros 14 dias de outubro o Pantanal registrou 2.536 focos de incêndio no bioma, segundo pior número para o mês desde 1998, quando dados passaram a ser contabilizados.

As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A tendência é de que outubro de 2020 supere a pior marca já registrada para o mês, que ocorreu em 2002, com 2.761 focos de incêndios no Pantanal.

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Em apenas duas semanas o registro de incêndios no bioma superou o total contabilizado em todo o mês de outubro de 2019, que teve 2.430 focos. O ano de 2020 acumula o maior número de queimadas na região.

Em setembro, o Pantanal teve o maior número de incêndios para um mês na história. Além disso, a região teve em 2020 o pior julho e o segundo pior agosto em relação à quantidade de queimadas.

As queimadas no bioma, agravadas pela maior seca em 47 anos, estão causando grande devastação e ameaçam santuários de animais como a onça pintada. Na Amazônia, também tem sido registrados recordes de incêndios e desmatamento.

Teoria do 'boi bombeiro'

A questão, além de prejuízo em si para os biomas, tem causado problemas internacionais para o Brasil, como ameaças para a concretização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Em audiência pública no Senado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que as queimadas no Pantanal seriam menos intensas caso houvesse mais gado no bioma, pois os animais comeriam o capim seco e inflamável. A teoria também foi defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Da Sputnik Brasil

Eraida Rodas sobreviveu ao incêndio em sua casa de madeira, na qual viveu durante 12 anos com seu marido e quatro filhos.

Tudo o que resta do que foi seu lar é a estrutura metálica do piso, o quadro de uma bicicleta de criança e pequenas estátuas de cervos. Uma bandeira dos Estados Unidos que balançava na entrada está queimada em três quartos.

O restante de Talent Mobile Estates - um parque em Talent, Oregon, com cerca de 100 casas móveis de madeira - foi devorado pelo chamado Almeda Fire, que destruiu tudo em seu caminho por quase uma semana e deixou três mortos.

Apenas algumas casas, situadas ao longo da estrada, ficaram milagrosamente ilesas. "Sinto que perdi todos os esforços da minha família", disse entre soluços Eraida Rodas, uma professora de jardim de infância de 37 anos, acrescentando que se sente "vazia".

Os incêndios ao longo da costa oeste dos Estados Unidos queimaram mais de dois milhões de hectares, uma área aproximadamente do tamanho do estado de Nova Jersey.

Em Oregon, o Almeda Fire começou na manhã de 8 de setembro em Ashland, ao sul de Talent. Alimentado por ventos fortes, o fogo se espalhou cerca de 20 km ao norte, ao longo da rota N5. Quando souberam do incêndio em Ashland, Rodas e a família abandonaram sua casa.

"Quando fomos embora do parque, lembro que olhei para trás e não tive esperanças. Porque pude ver que as chamas já estavam nas colinas", relata, apontando para o local.

Várias centenas de bombeiros foram enviados para proteger a cidade próxima de Medford, mas o fogo de qualquer modo destruiu parte dessa cidade de Phoenix, assim como Talent.

As chamas deixaram apenas alguns prédios e duas igrejas. No total, o Almeda Fire arrasou aproximadamente 1.200 hectares e também destruiu as casas dos irmãos de Rodas, que agora se aloja em um hotel com sua família, assim como muitos dos evacuados.

"Quero retornar a este lugar porque é onde morei durante muito tempo. E realmente gosto da área. Mas nada será igual depois de um desastre como esse", disse.

Sua família sofre também com a incerteza financeira, já que sua casa não tinha seguro e não sabem se têm direito a receber ajuda do estado ou do governo federal.

O porta-voz dos bombeiros, Rich Tyler, disse que cerca de 42.000 pessoas foram afetadas de uma forma ou outra pelo incêndio, desde os que sofreram danos em suas casas até aqueles que foram evacuados ou ficaram sem energia elétrica.

Dezenas de funcionários públicos foram enviados para restaurar os serviços de água e eletricidade.

A Casa Branca declarou o incêndio Almeda Fire um "grande desastre", autorizando que fundos federais sejam destinados à reconstrução, escreveu no Twitter o congressista local Peter DeFazio.

Até o momento, as causas deste incêndio são desconhecidas e estão sendo investigadas, disse o xerife.

O governo federal reconheceu a situação de emergência no Estado do Mato Grosso do Sul em decorrência dos incêndios florestais que assolam a região. Uma mancha de cinza e lama escura se estende pela vasta área de incidência de onças-pintadas do Pantanal em Mato Grosso. Desde a semana passada, o Estadão mostra in loco a devastação na área. O fogo que destrói desde meados de julho o bioma mais úmido do planeta engoliu até agora 64,8% dos 108 mil hectares do Parque Estadual Encontro das Águas, nos municípios de Poconé e Barão de Melgaço.

Na tarde do último domingo, 13, a equipe de reportagem do Estadão navegou pelos Rios Cuiabá, São Lourenço e Dois Irmãos, que cortam a reserva, para registrar as condições do parque, uma área de preservação criada em 2004 pelo governo mato-grossense que ainda hoje está na mira de grileiros.

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Quem caminha pelo parque se depara com uma fumaça que turva a paisagem e torna difícil manter os olhos sempre abertos. Num extenso trecho percorrido pela reportagem, o cenário era de terra arrasada. As raízes e a galharia da mata da várzea dos rios viraram carvão retorcido. Pântanos e pequenos lagos evaporaram.

Do alto, o impacto do fogo prolongado surge em toda sua dimensão. A reportagem sobrevoou com drone três pontos distintos do parque. Mesmo com baixa visibilidade pela fumaça, as imagens capturadas mostram ilhas de vegetação numa extensa faixa queimada.

Pelas estimativas de biólogos, aproximadamente 80 onças viviam no parque até o início das queimadas - a esperança é que a maioria delas continue lá. Até o momento, os biólogos registraram três onças da região do parque com ferimentos. Dessas, uma foi resgatada em agosto e outra na última sexta-feira - o Estadão acompanhou o momento em que um felino de cerca 2 anos apareceu com as patas feridas na beira do Rio Corixo Negro, na área do parque. Uma terceira escapou antes que pudesse ser capturada e levada para tratamento.

Os pesquisadores esperam que, pela capacidade física das onças, boa parte das espécies possa se salvar. "É difícil estimar o impacto de um fenômeno que ainda está acontecendo", afirma o biólogo e doutor em conservação ambiental Fernando Tortato, trabalha na proteção dos felinos em Porto Jofre, localidade de Poconé.

Pesquisador da ONG Panthera, ele ressalta que o tamanho da área do parque destruída pode aumentar. "A gente ainda está tentando entender os efeitos das queimadas", afirma. Ele observa que, nos incêndios dos anos anteriores, os animais podiam percorrer de cinco a dez quilômetros até encontrar água e proteção do fogo. Desta vez, não há refúgios para as espécies, especialmente roedores, cobras e lagartos, de menor porte. O fogo atingiu área vasta.

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e voluntários delimitaram mil hectares de vegetação bem preservada dentro do parque para as espécies se abrigarem caso o fogo consuma o que sobrou da reserva. Em volta, os agentes e biólogos abriram valas com intuito de impedir a chegada de possíveis focos.

Pelo Pantanal, não faltam bandos de bichos tentando escapar do incêndio e encontrar água e comida. Voluntários espalham frutas em trechos ainda verdes da Transpantaneira, principal acesso terrestre da região. Na manhã de ontem, revoadas de garças, veados e capivaras estavam nas margens cinzentas da estrada.

Crime

Focos de incêndio não param de surgir ao longo da Transpantaneira. Ao Estadão, o coronel Paulo Barroso, do Corpo de Bombeiros, disse que a estrada poderá ser fechada nos próximos dias. O bloqueio deve acontecer em frente ao posto rodoviário no km 17, exatamente onde está o simbólico portal que dá as boas-vindas a quem chega ao Pantanal. Só agentes públicos, brigadistas e voluntários que atuam no salvamento dos animais deverão ter acesso.

Secretário executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo do governo de Mato Grosso, Barroso diz que nas margens da rodovia as queimadas são "propositais". Um dos objetivos da medida de restringir a circulação de pessoas é justamente prevenir novos incêndios. "Infelizmente não tivemos a oportunidade de fazer o flagrante, mas percebemos que, pelas condições que ocorrem os incêndios, algumas pessoas entram nesse ambiente e fazem fogo de forma criminosa. E esse também é um dos motivos que iremos fechar a Transpantaneira tão logo seja decretado o estado de calamidade para Mato Grosso", afirmou o militar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na fornalha em chamas de uma fábrica de vidro no Líbano, um trabalhador recolhe grandes pás de vidro quebrado. Toneladas de vidro pulverizado pela explosão no porto de Beirute serão recicladas para a produção de jarras e garrafas.

Uma vez derretido nesta fábrica na cidade de Trípoli, o vidro será transformado nesses utensílios, graças a uma iniciativa lançada por associações e voluntários encarregados de limpar os entulhos após a explosão de 4 de agosto, que devastou bairros inteiros na capital do Líbano. Naquele dia, janelas e vitrines explodiram em milhares de pedaços por toda a cidade.

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“Decidimos que uma parte de todo esse vidro pulverizado (...) vai para as indústrias locais para servir de matéria-prima”, explica Ziad Abi Chaker, um ativista ambiental que dirige a empresa de reciclagem Cedar Environmental e se mobilizou junto com outros voluntários da sociedade civil libanesa.

Um mês após a tragédia que causou mais de 190 mortos e 6.500 feridos, caminhões carregados com cacos de vidro coletados nos bairros devastados continuam fornecendo material para empresas familiares em Trípoli.

Reciclar 24 horas por dia

"Trabalhamos 24 horas por dia", disse à AFP Wissam Hammoud, vice-presidente da United Glass Production Company (Uniglass), uma empresa de vidro fundada por seu avô em Trípoli. “Aqui temos os vidros da explosão de Beirute”, continua o jovem, enquanto aponta para os altos montes que se acumulam no pátio e são selecionados pelos trabalhadores.

Com as mãos protegidas por luvas de borracha, os funcionários separam o vidro das pedras e da areia, antes de levá-lo ao forno. A pasta elástica resultante é então usada por um soprador de vidro para dar forma a jarras ou garrafas de gargalo comprido e estreito, típicas do artesanato libanês.

No total, as duas fábricas de Trípoli já receberam cerca de 58 toneladas de vidro, segundo Abi Chaker, que, com recursos adequados, espera poder enviar até 250 toneladas. De acordo com suas estimativas, a explosão teria estilhaçado mais de 5 mil toneladas de vidro.

O objetivo é que todo esse material não acabe nos aterros sanitários do país. Por décadas, as autoridades libanesas falharam em adotar políticas eficazes de gestão de resíduos. Apesar de várias tentativas população, a reciclagem só é aplicada a 10% do tratamento de resíduos, segundo estatísticas oficiais.

Escombros

Nos bairros destruídos Mar Mikhael, Gemmayzeh ou Karantina, os voluntários continuam a limpar os escombros e varrer pequenos pedaços de vidro do chão de cozinhas e quartos abandonados, onde fazem uma primeira seleção para isolar o vidro.

“Temos montanhas de entulho acumulados em Beirute”, alerta Anthony Abdel Karim, um dos voluntários encarregados de coordenar a coleta dos vidros. “Tem vidro, entulho e metal, que se misturam ao lixo orgânico. Não é algo saudável”, acrescenta. “No Líbano, não há reciclagem digna dessa designação”.

Há algumas semanas, ele lançou sua própria iniciativa de reciclagem, chamada Annine Fadye (garrafa vazia, em árabe). Abdel Karim, profissional do setor de serviços em uma cidade conhecida por sua vida noturna, se envolveu com a difícil questão da reciclagem ao ver a grande quantidade de garrafas vazias geradas nas noites de festa.

O vidro enviado a Trípoli "é apenas a parte visível do iceberg", diz Abdel Karim. Também existem fragmentos que não podem ser reciclados. Para eles, talvez seja necessário encontrar outra fórmula, talvez triturá-los com cimento ou outros materiais. “Precisamos de tempo, isso é algo que sabemos”, reconhece o jovem voluntário.

Um confronto entre membros de torcidas organizadas do Sport e Náutico, nesta segunda-feira (24), criou um cenário de guerra e fechou temporariamente o comércio na avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. O caso foi registrado por volta das 13h30.

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Armados com barrotes de madeira, fogos de artifício e pedaços de ferro, os criminosos não se importaram com a grande movimentação de populares que passavam no local. Eles quebraram paradas de ônibus recém implantadas pela Prefeitura do Recife e obrigaram comerciantes a fechar as portas temporariamente.

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A Polícia Militar agiu rapidamente e conseguiu apreender pelo menos 12 envolvidos. Todos seriam membros da TO do Sport. O clima de guerra, no entanto, permaneceu na região e outra confusão foi registrada poucos minutos depois pelo efetivo, que se deslocou às pressas para conter o foco e conseguiu capturar mais cinco envolvidos. Os militares realizaram buscas em imóveis do entorno.

Ao que tudo indica, a briga generalizada desta tarde foi um desdobramento da confusão entre as torcidas, ocorrida no último sábado (23), no Estádio dos Aflitos. Na ocasião, instalações do clube alvirrubro foram depredadas, contudo não houveram prisões.

Os incêndios florestais que vem devastando parte do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, já queimaram cerca de 400 mil hectares de vegetação, confirmou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) neste domingo (23).

Nos últimos sete dias, também centenas de casas foram queimadas pelas chamas, especialmente, na região próxima à baía de São Francisco. O chefe dos bombeiros da Califórnia, Thom Porter, usou sua conta no Twitter para alertar a população que o "pior ainda não passou" e que os moradores devem "dobrar seus esforços" para cuidar de todos.

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As autoridades locais já consideram essa um dos piores incêndios registrados na área, tendo quase 600 focos de incêndio em diversos pontos. No sábado (22), o governador do estado, Gavin Newson, postou uma frase irônica em seu Twitter, dizendo para quem "não acredita nas mudanças climáticas" ir para a Califórnia ver o que estava acontecendo.

Os focos são tão intensos que foram fotografados do Espaço pela Nasa. Há quase 14 mil bombeiros atuando para tentar extinguir as chamas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, firmou neste domingo um decreto de desastre natural para o estado, em uma área que contempla sete condados - incluindo onde ficam os famosos vinhedos do Napa Valley.

Da Ansa

Pelo menos uma pessoa morreu e duas estão internadas em estado grave, após a passagem de dois tornados por Santa Catarina na tarde de sexta-feira, 14, e madrugada de sábado, 15. As tempestades com ventos fortes e granizo deixaram um rastro de destruição. Os estragos foram registrados em 26 cidades catarinenses e os prejuízos ainda são contabilizados.

O Laboratório de Clima da Defesa Civil do Estado informou que o primeiro tornado fez um traçado nos municípios de Água Doce, Ibicaré e Tangará, no Oeste catarinense. Já o segundo afetou o município de Irineópolis, no Planalto Norte. Houve, ainda, micro explosões e chuva de granizo intensa. Em Vargem Bonita, com 4,7 mil habitantes, 80% das residências foram danificadas.

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Um dos municípios mais atingidos foi Água Doce, onde 11 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave; 700 casas foram danificadas, sendo 25 completamente destruídas. O prefeito Antônio José Bissani (PP) decretou situação de calamidade. Em Ibicaré, duas igrejas e dois pavilhões foram destruídos. E em Tangará ocorreram destelhamentos em todos os bairros. Estima-se que 90% das casas e empresas foram atingidas. Cinco pessoas ficaram feridas na cidade.

A morte registrada até a tarde deste domingo, 16, ocorreu no mar, na região do Litoral Norte. Um pescador de 22 anos foi surpreendido pela tempestade e não conseguiu retornar. O corpo foi encontrado na tarde de sábado.

Até o momento são 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados. A Defesa Civil ainda faz levantamento dos estragos. O chefe do órgão, João Batista Cordeiro Jr, viajou para o Oeste, onde mantém diálogo direto com as prefeituras atingidas. O principal foco, neste momento, é a entrega de itens de assistência humanitária, como lonas, colchões e alimentos.

A Metsul, que monitora fenômenos no Sul do País, informou que, pelos danos observados, os tornados que atingiram Santa Catarina são compatíveis com tornados variando de F1 a F2 na escala de Fujita, logo, em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h. A escala vai de F0 (tornados menos destrutivos) a F5 (arrasador).

Em 30 de junho e 1º de julho, o estado de Santa Catarina já tinha sido atingido por um ciclone bomba, que deixou nove mortos em SC e um no Rio Grande do Sul.

Na sexta-feira, 14, até as 20h, foram divulgados 16 alertas de curtíssimo prazo pela Defesa Civil do Estado, elaborados com base nas imagens de radar e de satélite. Foram emitidos oito observações, sete atenções e um alerta. Alertas de instabilidade também haviam sido disparados ao longo da semana passada.

A biomédica Mariana Denk registrou o fenômeno em Irineópolis pela janela de casa, e disse que foi "uma cena de filme". "O tornado estava começando e eu saí para chamar minha família, que estava ali [fora] lidando com as vacas. Deu tempo de só de entrarmos, quando vimos o redemoinho se dividindo em dois. Ele se deslocou em direção à serra e, lá do outro lado, destruiu casas, garagens, estufas, o que tinha pela frente", lembra. "Uma cena que eu nunca imaginava ver na minha vida, cena de filme, um horror", conta.

Fábio Bispo, especial para o Estado, O Estado de S.Paulo

16 de agosto de 2020 | 18h36

FLORIANÓPOLIS - Pelo menos uma pessoa morreu e duas estão internadas em estado grave após a passagem de dois tornados por Santa Catarina na tarde de sexta-feira, 14, e madrugada de sábado, 15. As tempestades com ventos fortes e granizo deixaram um rastro de destruição. Os estragos foram registrados em 26 cidades catarinenses e os prejuízos ainda são contabilizados.

Até o momento são 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados

Até o momento são 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados Foto: Flávio Jr./Defesa Civil de Santa Catarina

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O Laboratório de Clima da Defesa Civil do Estado informou que o primeiro tornado fez um traçado nos municípios de Água Doce, Ibicaré e Tangará, no Oeste catarinense. Já o segundo afetou o município de Irineópolis, no Planalto Norte. Houve, ainda, micro explosões e chuva de granizo intensa. Em Vargem Bonita, com 4,7 mil habitantes, 80% das residências foram danificadas.

Um dos municípios mais atingidos foi Água Doce, onde 11 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave; 700 casas foram danificadas, sendo 25 completamente destruídas. O prefeito Antônio José Bissani (PP) decretou situação de calamidade. Em Ibicaré, duas igrejas e dois pavilhões foram destruídos. E em Tangará ocorreram destelhamentos em todos os bairros. Estima-se que 90% das casas e empresas foram atingidas. Cinco pessoas ficaram feridas na cidade.

A morte registrada até a tarde deste domingo, 16, ocorreu no mar, na região do Litoral Norte. Um pescador de 22 anos foi surpreendido pela tempestade e não conseguiu retornar. O corpo foi encontrado na tarde de sábado.

Até o momento são 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados. A Defesa Civil ainda faz levantamento dos estragos. O chefe do órgão, João Batista Cordeiro Jr, viajou para o Oeste, onde mantém diálogo direto com as prefeituras atingidas. O principal foco, neste momento, é a entrega de itens de assistência humanitária, como lonas, colchões e alimentos.

Em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h

Em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h Foto: Flávio Jr./Defesa Civil de Santa Catarina

A Metsul, que monitora fenômenos no Sul do País, informou que, pelos danos observados, os tornados que atingiram Santa Catarina são compatíveis com tornados variando de F1 a F2 na escala de Fujita, logo, em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h. A escala vai de F0 (tornados menos destrutivos) a F5 (arrasador).

Em 30 de junho e 1º de julho, o estado de Santa Catarina já tinha sido atingido por um ciclone bomba, que deixou nove mortos em SC e um no Rio Grande do Sul.

Na sexta-feira, 14, até as 20h, foram divulgados 16 alertas de curtíssimo prazo pela Defesa Civil do Estado, elaborados com base nas imagens de radar e de satélite. Foram emitidos oito observações, sete atenções e um alerta. Alertas de instabilidade também haviam sido disparados ao longo da semana passada.

A biomédica Mariana Denk registrou o fenômeno em Irineópolis pela janela de casa, e disse que foi "uma cena de filme". "O tornado estava começando e eu saí para chamar minha família, que estava ali [fora] lidando com as vacas. Deu tempo de só de entrarmos, quando vimos o redemoinho se dividindo em dois. Ele se deslocou em direção à serra e, lá do outro lado, destruiu casas, garagens, estufas, o que tinha pela frente", lembra. "Uma cena que eu nunca imaginava ver na minha vida, cena de filme, um horror", conta.

Segundo ela, o fenômeno destruiu uma casa na região e carregou a família que estava imóvel. Mariana conta que as pessoas rolaram por cerca de 40 metros com a força do vento. "Muita destruição", emendou..

Nessa sexta-feira (14), a passagem de dois tornados preocupou moradores de Irineópolis e municípios vizinhos, em Santa Catarina. Um dos registros mostra quando a coluna de ar toca o chão. A Defesa Civil do Estado ainda aponta que o forte temporal castigou outras regiões e deixou um rastro de destruição. Como consequência, o fenômeno natural feriu 16 pessoas e deixou cerca de 945 desabrigados ou desalojados.

A passagem de outro espiral de ar fez o dia virar noite em Água Doce, que ficou em escuridão ainda durante a tarde. Mais de 700 casas ficaram destelhadas e 25 foram destruídas na cidade. Ao todo, cerca de 700 pessoas foram desalojadas ou desabrigadas, e 11 sofreram ferimentos, sendo duas de forma grave. Em Tangará, a estimativa é que 90% dos imóveis tenham sido afetados.

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O levantamento da Defesa Civil informa ainda que não há registro de mortes, porém 16 pessoas ficaram feridas. Outras 945 estão sem lugar para ficar e cerca de 4.200 imóveis foram diretamente afetados pelo mau tempo. Ao menos 40 prédios públicos também foram danificados.

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Cabo Daciolo ressurgiu no Twitter nesta terça-feira (31), após a destruição de uma das estátuas da Havan, na filial de São Carlos, no interior de São Paulo. O nome do postulante à presidência na eleição de 2018 veio à tona devido um vídeo no qual 'profetiza' a destruição das imagens da rede lojista.

"Começaram a botar isso aqui no nosso país", fala o ex-deputado federal pelo Patriotas ao apontar para a estátua no registro feito antes da eleição. "Vai sair uma por uma. Se quiser colocar, no máximo, de dois metros", determina.

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As estátuas que ficam em frente às lojas da Havan são réplicas da famosa Estátua da Liberdade de Nova York. O político carioca propõe que para "cada uma que tiver na nação brasileira vai tá lá nos Estados Unidos".

"Tá repreendido. Tirem da nação [...] vocês já estão em todos os estados da federação", alerta o militar. Daciolo se apoia no cristianismo para conquistar eleitores e é uma das figuras apontada como concorrente à prefeitura do Rio de Janeiro em 2020.

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