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Nesta quarta-feira (12), uma nota publicada pelo Correio Braziliense revelou que o atual ministro da Economia almeja entrar de vez no cenário político para tentar viabilizar suas ideias. Paulo Guedes teria confidenciado a amigos o desejo de filiar-se ao Partido Novo.

A intenção seria integrar a sigla quando deixar o Governo Federal. Além de encontrar resistência para tocar as pautas de reformas e privatizações, nessa terça-feira (11), a pasta do ministro sofreu a 'debandada' de dois secretários do primeiro escalão.

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Em busca do poder mínimo ao Estado e contrário aos benefícios dos servidores públicos, a relação entre Guedes e a sigla é coerente. O partido de direita se posiciona como liberal, corrente econômica que o ministro apoia.

Conhecida pelas suas posições de direita, a atriz Regina Duarte foi convidada pelo governo Bolsonaro para assumir a Secretaria Nacional de Cultura. Ela, no entanto, pediu um tempo para pensar e deve responder ao chamado até este sábado (18). 

Segundo a coluna de Mônica Bérgamo, essa não é a primeira vez que Duarte foi chamada para assumir a Secretaria de Cultura. Da primeira vez ela recusou, mas dessa vez - depois da demissão de Roberto Alvim - o assédio a Regina aumentou. 

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Em meio a um cenário polarizado, mais da metade dos partidos políticos brasileiros se diz de centro, enquanto apenas um - o PSL, até pouco tempo atrás a legenda do presidente Jair Bolsonaro - se considera de direita e sete se colocam como de esquerda. É o que aponta levantamento feito pelo Estado com os 33 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A reportagem questionou as siglas como elas se autodefinem em relação à orientação ideológica. "O PSL é um partido liberal, de direita", informou a legenda. Partido hegemônico na esquerda do País há pelo menos 30 anos, o PT saiu de sua última convenção nacional, realizada em novembro, como uma agremiação "de esquerda democrática e libertária".

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Já outros partidos deram respostas "curiosas" quando questionados sobre qual orientação ideológica seguem. O Solidariedade, por exemplo, se declara uma sigla que segue os preceitos do "humanismo sistêmico", enquanto a Rede se enxerga como um partido "sustentabilista progressista".

O levantamento mostra que, diante da narrativa de polarização que coloca, de um lado, parte da direita aglutinada em torno do bolsonarismo e, do outro lado, a esquerda tendo como núcleo o petismo representado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os partidos buscam se afastar dos extremos se colocando, de alguma forma, no centro do espectro político.

Dez partidos se declaram puramente como de centro: PMB, MDB, PL, PSD, PTC, DC, PROS, Avante, Patriota e Podemos. De centro-direita são PTB, Progressistas, PSC, PRTB e Republicanos. Já PDT, PSB, Cidadania, PV e PMN se encontram na centro-esquerda, segundo eles mesmos.

O centrismo traz variações de acordo com as classificações dadas pelos partidos que o representam. "Acreditamos que o centro seja o melhor ponto para que a gente possa aproveitar o que há de bom na esquerda, da extrema esquerda, da direita e da extrema direita", afirmou o Patriota. Já o Podemos afirma ter três pilares ideológicos: "Mais transparência, mais participação e mais democracia direta".

Para o cientista político da FGV, Cláudio Couto, a autodenominação de centro é uma tentativa retórica dos partidos se mostrarem mais moderados.

"Alguns que se definem como centro são claramente partidos de direita, o que não quer dizer que seja uma direita radical. Já o PSL a gente não sabe o que é, ainda mais depois dessas confusões que ele se meteu, mas se a gente for tomar pelo bolsonarismo ele seria uma extrema-direita, não um direita moderada", afirmou Couto.

Embora não caracterize necessariamente uma orientação ideológica, o termo liberal aparece com frequência nas definições dadas pelas siglas: nove partidos citam a palavra na hora de descrever seu posicionamento. O PSL se considera "liberal de direita"; o PRTB é "liberal-conservador", e "liberal de centro" é como se considera o PL. O PSDB afirma ser adepto do "liberalismo social" e o DEM, uma agremiação "democrata liberal". Três partidos se dizem "liberal na economia": PTB, PSC e Republicanos. A única legenda que se diz puramente liberal, sem maiores ponderações, é o Novo.

"(Ser liberal) É entender que o cidadão deve ser o protagonista, e não o Estado. O subproduto dessa crença é entender que a gente tem que ter um Estado mais enxuto, menos privilégios e mordomias na área pública", disse o presidente nacional do Novo, João Amoedo.

Ao todo, sete partidos se consideram de esquerda: PCdoB, PCB, PSOL, PCO, PSTU, PT e a recém-criada Unidade Popular (UP). Última sigla a conseguir o registro junto ao TSE, a UP se classifica como um partido que "deve ter no centro de suas ações as lutas populares e não a conciliação". "Somos um partido de esquerda. Que surgiu a partir do esgotamento de quase todos os partidos de esquerda e da direita também, que ficou bem nítido a partir das manifestações de junho de 2013", afirmou o presidente nacional da UP, Leonardo Péricles Roque.

Há diferenças entre as legendas que se dizem de esquerda: o PCdoB "orienta-se pela teoria marxista-leninista, a qual buscamos desenvolver e aplicar, de maneira original, na realidade brasileira"; o PCB se considera comunista; o PSOL, socialista. Outras siglas ligadas ao campo da esquerda preferem se colocar como "centro-esquerda", embora também marquem diferenças entre si. O PDT se apega à própria história e afirma ter "raízes no trabalhismo histórico de Vargas".

Ao menos duas classificações enviadas à reportagem fugiram das concepções mais usuais quando se discute orientação ideológica. O Solidariedade, cujo presidente nacional é o líder da Força Sindical e deputado federal, Paulinho da Força, afirmou ser adepto do "humanismo sistêmico". "O humanismo sistêmico nada mais é que a compreensão do Humanismo na contemporaneidade", informou o partido, citando três pilares que dizem sustentar conceitualmente sua agenda: a cooperação e a solidariedade como princípios básicos e estruturantes de todas as relações sociais; a valorização do trabalho humano, e o desenvolvimento econômico, humano e social sustentável.

A Rede usou uma concepção pós-moderna para conceituar seu "sustentabilismo progressista". "A visão binária de esquerda/direita, hermeneuticamente potente e importante para as sociedades ocidentais do século 18, não responde mais a todas as descobertas, transformações e metáforas políticas que presentemente fazem parte da nossa cultura social", disse o partido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O "novo" PSDB preconizado pelo governador de São Paulo, João Doria, vai formalizar hoje, durante seu congresso nacional em Brasília, uma mudança programática que afasta o partido da origem social-democrata e aproxima a legenda do eleitorado de direita e conservador que elegeu o presidente Jair Bolsonaro no ano passado.

Nas semanas que antecederam o evento, o partido promoveu uma consulta prévia pela internet para ouvir a militância tucana a respeito de temas sobre os quais a sigla vai se posicionar oficialmente. A ideia é que o resultado da enquete sirva de base para a votação dos 700 delegados esperados no evento.

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Depois de acolher dissidentes bolsonaristas como o deputado Alexandre Frota (SP), o empresário Paulo Marinho e o advogado e ex-ministro Gustavo Bebianno, o PSDB agora vai abraçar bandeiras que ajudaram a eleger o presidente, como a redução da maioridade penal para 16 anos em caso de crimes hediondos, o fim da estabilidade para servidores públicos e o pagamento de mensalidade em universidades públicas.

Embora busque se aproximar do eleitor que elegeu Bolsonaro, o partido vai marcar uma posição crítica e de afastamento do governo. Principal quadro do PSDB, Doria projeta uma disputa com o presidente pelo eleitor conservador na corrida presidencial de 2022.

"O PSDB terá mais a cara do Doria, das novas lideranças e da militância. É o momento de posicionamento e modernização", afirmou o presidente do diretório paulista do PSDB, Marco Vinholi, aliado do governador. O dirigente tucano ponderou, entretanto, que o partido vai defender temas que, de acordo com ele, estão distantes da agenda bolsonarista, como a defesa da democracia e das liberdades individuais.

No campo econômico, a sigla pretende encampar as reformas patrocinadas pela equipe econômica do governo federal e defender as privatizações e concessões, algo que destoa do ideário de fundação do PSDB.

Procurado pela reportagem, Doria respondeu apenas que o congresso estabelece "um novo posicionamento do PSDB" sobre temas brasileiros no plano social e econômico.

Oposição

A relação dos tucanos com o governo Bolsonaro provoca divergências no partido, especialmente na bancada de deputados federais. Enquanto uma ala da legenda prega uma proximidade estratégica e aceita a presença de tucanos na administração federal, um outro grupo defende o apoio às reformas, mas o distanciamento total no campo político.

"Nós somos oposição e isso é claríssimo. É óbvio que apoiamos as reformas, mas você acha que temos algo a ver com esse discurso do AI-5?", afirmou o ex-senador José Aníbal, que coordenou o grupo de trabalho sobre a relação com o governo.

Durante a preparação do encontro, houve um tensionamento nos bastidores entre os "doristas" e o grupo que tenta reduzir a força do governador na máquina partidária. Aliados de Doria temiam que diretórios estaduais mobilizassem militantes para vaiar o governador paulista e, em reação, ameaçaram levar uma claque para blindá-lo. O presidente do partido, Bruno Araújo, teve de intervir para apaziguar os ânimos.

Evento

Pelo programa do congresso, Doria será o principal orador do evento. Além dele estarão presentes os governadores Eduardo Leite (RS) e Reinaldo Azambuja (MS) e prefeitos tucanos e militantes de grupos temáticos como LGBT, negros e mulheres.

Fundado em 1988, o PSDB surgiu de uma dissidência do MDB como uma sigla social-democrata e liberal.

"Sou liberal e não sabia." É a esta conclusão que grupos que se definem como liberais no Brasil querem que seus interlocutores cheguem quando o assunto é política. A nova onda de liberalismo no País, formada por grupos como Livres, Movimento Brasil Livre (MBL) e Students for Liberty Brasil (SFLB), surge junto com o desgaste das esquerdas e busca marcar espaço na direita brasileira, tendo como estratégia principal se diferenciar do governo de Jair Bolsonaro.

A razão para isso é se afastar de qualquer associação a um radicalismo à direita, que é como esses grupos entendem o pensamento conservador nos costumes. Essa agenda é encampada pelo governo, seus aliados e apoiadores, que, depois da crise no PSL, agora apostam na criação do partido Aliança pelo Brasil, com a defesa de Deus e de armas, para sedimentar o bolsonarismo no País. A ressalva fica na área econômica, já que, em geral, os grupos concordam com pautas como as reformas da Previdência e a tributária.

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"Tem gente que é pró-mercado, a favor de um Estado que interfere menos na vida das pessoas, a favor do casamento gay e da descriminalização de drogas e que não sabia que isso tinha um nome. Defender a liberdade por completo é possível", afirmou o presidente do Livres, Paulo Gontijo.

Diretor executivo do Students for Liberty Brasil, André Freo vai na mesma linha. "Muitos associam o liberalismo exclusivamente à economia, mas vamos além. Defendemos a liberdade econômica com a liberdade individual."

Um exemplo de como esses liberais vêm tentando marcar posição para além das questões econômicas ocorreu no município de Juara, em Mato Grosso. Com o apoio do Livres, que faz campanha contra a obrigatoriedade do alistamento militar, o jovem Emerqui Aguiar, de 20 anos, foi dispensado em outubro após alegar "imperativo de consciência". A medida é prevista na Constituição e atribui "prestação de serviço alternativo" a alistados que alegarem política, crença religiosa ou que são filosoficamente contrários à atividade. Segundo Aguiar, no caso dele, foi necessário apresentar uma carta do Livres - inclusive para o serviço alternativo - e a liberação do alistamento saiu após cinco meses de trâmite. "Ninguém na Junta sabia desse direito constitucional", afirmou o jovem.

Já o MBL e o Students for Liberty Brasil apostaram recentemente em debates com a presença de liberais, de conservadores e até de pessoas da esquerda. Em seu 5º Congresso Nacional, o MBL, que tem líderes como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), fez duras críticas ao governo Jair Bolsonaro e falou da importância do debate para fortalecer o pensamento liberal.

O grupo também agrega conservadores e fez campanha contra o adversário de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, Fernando Haddad, para "não deixar o PT voltar".

O Students for Liberty Brasil promoveu a LibertyCon, que discutiu em painéis temas como os impasses do liberalismo no momento atual. Apesar de não se posicionar a respeito de governos, o grupo não se identifica com pautas conservadoras ligadas a costumes.

Gontijo, presidente do Livres, vê o atual momento como um desafio. "As diferenças no movimento liberal e na centro-direita estão aparecendo com mais clareza. A esquerda estava sempre dividida, mas, na hora da eleição, via qual era a melhor opção. Esse é um dos desafios dos diferentes movimentos liberais hoje", afirmou.

'Personalismo'

Para o cientista político Kleber Carrilho, da USP, a divisão da direita liberal hoje é similar ao que aconteceu com a esquerda nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele disse ver o atual cenário como uma consequência da polarização e do personalismo na política nacional - a direita associada a Bolsonaro e a esquerda, a Lula.

"Hoje no Brasil é muito mais fácil entender o que é bolsonarismo e lulismo do que conceitos como conservadorismo, liberalismo ou socialismo, que se perdem nesta colcha de retalhos ligadas mais a pessoas do que a ideias", afirmou Carrilho.

Críticas

Os movimentos liberais apostam na influência de representantes no Legislativo para marcar suas posições. Em quase um ano, o Livres, que integrava o PSL até a entrada do então presidenciável Jair Bolsonaro no partido, no início do ano passado, ampliou sua "bancada" no Congresso de três eleitos no ano passado (o senador Rodrigo Cunha, do PSDB-AL, e os deputados Marcelo Calero, do Cidadania-RJ, e Tiago Mitraud, do Novo-MG) para sete parlamentares. Agora, também são do Livres os deputados Daniel Coelho (Cidadania-PE), Franco Cartafina (PP-MG), Gilson Marques (Novo-SC) e Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).

Para o deputado do Cidadania Daniel Coelho, extremismos estão fazendo liberais e social-democratas se unirem em torno de um projeto que ele entende como liberal clássico. "É repensar o papel do Estado reconhecendo desigualdades", disse Coelho. "De um lado, uma esquerda que tem um 'terraplanismo econômico' e, do outro, uma direita de uma pauta conservadora. Isso fez unir os social-democratas e os liberais", afirmou o deputado.

Para Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos três deputados federais do Movimento Brasil Livre (MBL) eleitos em 2018 (além dele, foram eleitos Jerônimo Goergen, do PP-RS, e Paulo Eduardo Martins, do PSC-PR), marcar posição passa por promover o diálogo dentro da própria direita. "(Tentamos nos diferenciar) na promoção de um diálogo democrático dentro da direita, num momento em que o Palácio do Planalto tenta sufocar todas as lideranças e ter uma certa hegemonia dentro desse campo ideológico."

Procurado pela reportagem, o Planalto não quis se manifestar sobre o assunto.

Debate

Apesar das divisões, o momento é considerado por representantes desses grupos como oportuno para o debate sobre o que é ser liberal no País hoje. "O liberalismo está sendo discutido e isso é ótimo. E as pessoas estão atentas. Essa coisa de liberal conservador não existe", disse a economista Elena Landau, que é integrante do grupo Livres e também participou da LibertyCon.

"Os liberais não podem achar que estão cobertos de razão e que não precisam debater. Não adianta escrever em caps lock nas redes sociais e só responder para quem concorda com a gente. Vamos avançar nas pautas de liberdades individuais debatendo", afirmou o diretor executivo do Students for Liberty Brasil, André Freo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista dada nesta quarta-feira, 20, ao blog Nocaute, o ex-presidente Lula disse que o PT ainda tem que aprender a utilizar as redes sociais, e que o partido tem perdido esta disputa para a direita brasileira.

"O PT tem clareza de que a direita tem um papel e que aprendeu a utilizar as redes sociais melhor do que nós", disse Lula. O petista ainda disse que há necessidade de combate a "mentiras disseminadas nas redes".

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Segundo o ex-presidente, a direita teve nas eleições de 2018 "mais recursos" investidos em redes sociais, com "empresário financiando. E isso vai continuar", previu.

Segundo Lula, a ascensão de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos em 2016 foi um marco importante para o uso político da internet. "Eu jamais esperei que o Trump fosse eleito. Uma parte da humanidade foi transformada em algoritmo. Não é você que utiliza a internet, é ela quem te usa", disse.

Para Lula, o "PT ainda está engatinhando quando deveria ter redes imbatíveis", considerando que o partido tem mais de dois milhões de filiados. "Não temos nem o 'zap' dessa gente. Isso hoje é uma preocupação do partido", explicou.

Desde a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 8, a escancarada polarização política ganhou um novo fôlego no país. Ataques feitos pelo líder petista ao que classifica como 'lado podre', em frente a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, repeliram ainda mais as alas opostas e instigou manifestações de bolsonaristas pelo Brasil, no último fim de semana.

Ao passo que a esperança da esquerda foi renovada - percebida na multidão que esteve Festival Lula Livre, ocorrido no Recife, no último domingo (17) -, a liberdade do ex-presidente também efervesceu a insatisfação dos grupos antipetistas. "Você traz um cenário de turbilhão político que só aquece a polarização. O fato de Lula estar livre, traz esperança a uma série de lulistas, mas ao mesmo tempo traz o desgosto a uma série de antipetistas", destacou o cientista político Caio Souza.

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O estudioso classifica o bolsonarismo como "um movimento de oposição a esquerda que acaba sendo fragilizado pela própria figura do presidente", e acredita que a ala não sai derrotada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na soltura de Lula; visto que, o benefício da prisão após o esgotamento de todos os recursos estende-se a todos, inclusive, a aliados deles.

Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O mau do lulismo

Mesmo inelegível para 2022, sem dúvidas, o retorno de Lula fortalece as intenções da esquerda, à princípio para a retomada de prefeituras. Contudo, o destaque exacerbado da sua imagem atrapalha o processo de construção de novas lideranças. "A exaltação da figura dele, personificando a esquerda em uma pessoa é prejudicial para a própria concepção de esquerda", explicou o especialista; que continuou: "querendo ou não, o Lulismo tem esse mau. Ele causa a dependência de uma figura e uma orfandade de outros nomes que podiam se destacar na esquerda".  

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Possível êxito de Bolsonaro

Após o atrito com os 'amigos' do PSL, o presidente Jair Bolsonaro decidiu abandonar a sigla e estrear seu próprio partido, batizado de Aliança pelo Brasil. Tal movimentação poderia enfraquecer a força do Governo no Congresso, no entanto, ele foi eleito por ser considerado uma solução contra a corrupção do PT.

Na visão do cientista, mesmo com o microfone aberto para falar "atrocidades", Bolsonaro só será enfraquecido caso os indicadores da economia não avancem. "Assim como Lula tem uma série acusações nas costas e muitas pessoas ainda o aplaudem pelos êxitos sociais que teve. Bolsonaro, por mais que as pessoas não gostem, vão aplaudi-lo se ele tiver êxito econômico", ressaltou.

Agora, resta aguardar os próximos passos dos dois líderes, Jair Bolsonaro e Lula, para observar até que ponto esse aquecimento da polarização seguirá no país e como impactará a política.

"Estou de volta", anunciou, neste sábado (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, menos de 24 horas depois de sair da prisão. Lula criticou o governo de Jair Bolsonaro diante de milhares de apoiadores em São Bernardo do Campo.

Lula acusou a Bolsonaro de "governar para as milícias do Rio de Janeiro", chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de "destruidor de empregos" e de "canalha" o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, que o condenou por corrupção.

Sua aparição e seu discurso emocionaram a multidão vestida de vermelho reunida no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, seu berço político. O local foi onde Lula pronunciou seu último discurso antes de se entregar à justiça em 7 de abril de 2018.

Lula, que atualmente tem 74 anos, cumpria em Curitiba sua pena de oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas foi solto depois que a Suprema Corte votou na última quinta-feira (7) à noite contra a prisão em segunda instância.

"Foi lindo, muito emocionante, ouvi-lo depois que ele saiu da prisão", dissea jovem Mirela Ferrer, de 21 anos, em uma bandeira com o rosto do ex-presidente e a frase "Lula libre" estampados.

Este é o segundo encontro de Lula desde que ele deixou a prisão. No primeiro, ao deixar a sede da Polícia Federal de Curitiba, onde havia passado 580 dias, anunciou que em breve se lançará para "percorrer o país para discutir uma saída com nosso povo".

"Se a gente trabalhar direitinho, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tanto tem medo vai derrotar a ultradireita nesse país", declarou Lula, em um momento em que a esquerda brasileira se encontra enfraquecida e fragmentada.

Horizonte de 2022 

"Bolsonaro foi eleito democraticamente, aceitamos os resultados da eleição de 2018", disse. Mas, segundo Lula, ele "foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio de Janeiro", acrescentou antes de exigir o esclarecimento do assassinato em 2018 da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

Para demonstrar que sua idade não será problema em 2022, para quando estão previstas novas eleições presidenciais, Lula mencionou o romance com a socióloga Rosângela da Silva, de 52 anos, com quem deve se casar em breve.

Em um vídeo que publicou no Twitter pela manhã, o ex-presidente declarou: "Tenho 74 anos do ponto de vista biológico, mas 30 anos em energia e 20 anos em tesão".

Direita também se mobiliza

A organização Vem Pra Rua (VPR), muito ativa nos protestos que em 2016 levaram ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, organizou uma manifestação nesta tarde na Avenida Paulista para denunciar a decisão do STF que acabou resultando na libertação de Lula e que pode favorecer a saída de aproximadamente cinco mil detentos da prisão.

"Vim protestar contra todos esses roubos dos políticos, e principalmente Lula, que é o chefe de uma quadrilha. Ter soltado esse homem é uma aberração", afirmou o aposentado Edécio Antônio, de 77 ano, que se negou a revelar seu sobrenome.

Bolsonaro se manifestou pelo Twitter nesta manhã, pedindo à direita que não dê "munição a um canalha que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa".

O comentário presidencial é feito em meio a rachas entre seus aliados, muitas vezes por disputas lançadas pelas alas mais radicais do bolsonarismo contra ministros ou lideranças do governo no Congresso.

Lula foi condenado como beneficiário de um apartamento no Guarujá oferecido pela construtora OAS em troca de contratos na estatal Petrobras. O ex-presidente, que enfrenta pelo menos outros seis processos, nega as acusações e se considera vítima de uma manipulação judicial para impedir sua candidatura nas eleições de 2018.

Durante eleição presidencial de 2018, 42% das mensagens enviadas pela direita em grupos de WhatsApp eram falsas. Em contrapartida, 3% dos envios da esquerda foram verificados e apontados como fake news, afirma uma análise feita pelo jornal britânico The Guardian. A pesquisa ainda revela a maioria das farsas dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) focaram em espelhar suas teorias conspiratórias.

A pesquisa aponta que 48% das informações enganosas replicadas pela direita reafirmavam uma suposta manipulação do sistema eletrônico de votação e questionavam o processo democrático no Brasil. Já 19% mentiu sobre a facada contra o presidente, ocorrida em setembro de 2018. O ataque o retirou dos últimos debates e inviabilizou a continuidade da sua agenda eleitoral.

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O levantamento também mostra que 16% das mensagens reforçavam o conteúdo falso sobre o sistema político e os veículos de comunicação em massa, caracterizando-os como aliados na corrupção. Enquanto uma parcela de 14% atacou políticos e ativista da esquerda. Tais informações envolviam homofobia e insultos anti-feministas.

O governo Bolsonaro nega irregularidades, ainda assim, investigações correm no Congresso e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para revelar se a equipe do candidato do PSL está envolvida na manipulação. Caso confirmado, as eleições podem ser anuladas.

O levantamento feito pelo The Guardian checou 11.957 mensagens virais compartilhadas em 296 grupos durante a campanha de dois meses. Devido à proteção criptográfica, a coleta foi feita através do WhatsApp Monitor -banco de dados de conteúdo viral em grupos focados no debate político.

Os executivos do WhatsApp reconheceram que, antes das eleições, o público brasileiro foi alvo de disparos maciços de spam por agências de marketing digital. Tal movimentação viola os termos e condições da plataforma. Após sofrer pressão para combater a disseminação de fake news, os proprietários atualizaram a plataforma e reduziram para cinco o número de encaminhamentos em uma única mensagem.

A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) realizada nesta sexta-feira (11) e sábado (12) em São Paulo serviu de plataforma para a pavimentação da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição em 2022.

Um dos principais temas do evento - versão brasileira do maior encontro conservador dos Estados Unidos - foi a necessidade de unidade da direita, que vive hoje, um ano após a eleição de Bolsonaro, uma série de disputas nas redes sociais e riscos de cisão do PSL, partido do presidente. Palestrantes recorreram à "ameaça de volta da esquerda" ao poder como argumento em favor da unidade da direita.

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Coube à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fazer o discurso com o mais forte teor eleitoral. "Isso aqui vai dar tão certo que vamos ficar 4, 8, 12 anos", disse ela. "Estou falando de reeleição, sim. Quatro anos não bastam para mudar. Precisamos de 12 anos", completou a ministra.

Damares pediu que os participantes do evento começassem a organizar candidaturas a prefeito e chapas de vereadores em suas cidades com vistas às eleições do próximo ano. Segundo a ministra, se Bolsonaro não aceitar a tarefa de continuar no governo, a direita precisa encontrar outro nome como candidato para não deixar que os adversários, a quem ela comparou com o "cão", voltem ao poder.

A recomendação de Damares já vem sendo seguida pelos participantes da CPAC. "Vamos lançar candidaturas em umas 20 ou 30 cidades", disse o assessor parlamentar Nokolas Ferreira, 23 anos, coordenador do movimento Direita Minas.

A ameaça de a esquerda voltar ao governo foi usada também pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que chegou a chorar duas vezes durante sua fala ao fazer um apelo pela unidade da direita. "Temos de nos unir e superar divergências. Pelo amor de Deus, temos a chance de nossas vidas. Para nunca mais permitir que essa gente [A ESQUERDA] volte e faça o que eles fizeram."

Assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins afirmou que Bolsonaro representaria hoje "um símbolo aglutinador por tudo que lutamos". "Pensem só no que vai acontecer com cada um de nós quando - quando não, porque isso não vai acontecer -, mas caso o nosso presidente fosse tirado do poder?"

Disputa

O discurso de união da direita para enfrentar a esquerda tem como pano de fundo a disputa entre o grupo político de Bolsonaro e o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, pelo controle do partido. Segundo auxiliares, Bolsonaro avalia deixar a sigla e tenta encontrar uma brecha jurídica para evitar que os parlamentares que o acompanharem numa eventual saída não fiquem sem mandato. Nessa disputa, Bolsonaro já pediu a Bivar uma relação completa de fontes de receitas e despesas do PSL, com o objetivo de submeter o material a uma auditoria externa.

Na tentativa de evitar a consumação do racha, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, disse ontem que vai tentar marcar reunião entre Bolsonaro e a liderança do partido. Segundo ele, depois que a crise se tornou pública, ele e Bivar não conversaram com o presidente. "Não tivemos oportunidade de conversar. Possivelmente, conversaremos no início da semana, a partir de segunda-feira. Talvez a gente converse em São Paulo. Espero que avance positivamente", disse ele, que vê na crise a interferência do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) e do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filhos do presidente.

'Batalha'

Ainda na sexta-feira, na abertura da CPAC, Eduardo disse que o objetivo do encontro era construir uma organização conservadora para atuar no Brasil e na América Latina. "A eleição foi só a primeira batalha e, sem a ajuda de vocês, a gente vai perder essa guerra", afirmou. "A gente quer fazer da tsunami de 2018 uma onda conservadora permanente."

Durante os dois dias da conferência, os 1.200 participantes discutiram formas de difundir temas como a liberdade econômica e o combate ao "globalismo" e ao "climatismo". Em discurso feito ontem, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "o climatismo está para a mudança climática assim como o globalismo está para a globalização". Ele ainda criticou a ONU, a ativista sueca Greta Thunberg e até o filósofo iluminista francês Voltaire - que "começou a querer lacrar" quando teria desrespeitado "a fé e a monarquia francesa".

Ao contrário dos EUA, onde a CPAC reúne vários setores da direita, a versão brasileira ficou restrita à ala mais ideológica do bolsonarismo, representada pelos discípulos do escritor Olavo de Carvalho. O evento contou com a participação de algumas estrelas do conservadorismo dos EUA, como o senador Mike Lee, a ativista Katty Dillon e o presidente da American Conservative Union (ACU, entidade que criou a CPAC), Matt Schlapp, que também defendeu a necessidade de união da direita.

'Udenismo' em disputa

Um dos possíveis destinos da família Bolsonaro em caso de rompimento com o PSL, a UDN é alvo de uma disputa judicial pela marca da sigla de direita, criada em 1945 para se opor a Getúlio Vargas e extinta pelo Ato Institucional n.º 2, em 1965. Tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) duas tentativas de criação de partido com o mesmo nome: União Democrática Nacional (UDN).

Enquanto uma das iniciativas, do capixaba Marcus Alves de Souza, é feita pela via tradicional - coleta e homologação de assinaturas -, outra, do advogado Marco Antonio de Vicente Junior, visa desfazer a extinção da antiga UDN pelo AI-2, batizar a legenda de "Nova UDN" e convocar uma convenção para eleger seus diretores.

Vicente Junior entrou em maio desse ano com uma ação contra a extinção da antiga sigla. O processo foi distribuído para o ministro Edson Fachin, que pediu, em agosto, parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), que ainda não foi entregue. Diante da indefinição, interlocutores dos Bolsonaros abriram conversas nas duas frentes.

A articulação, porém, está mais avançada com a UDN de Alves, que diz já ter coletado as assinaturas necessárias e estar na fase final do rito. A disputa pela "marca" envolve acusações mútuas e foi alvo até de um boletim de ocorrência. "Ele (Vicente) começou a se passar por presidente da UDN nos Estados e deu até posse (em diretórios). Entramos com B.O. pelo uso do nome indevidamente", disse Alves ao Estado.

"Não tem possibilidade disso (a criação da UDN rival) acontecer. Em fevereiro, fiz a primeira conversa (com os Bolsonaros). O Marcos Alves me convidou para ir com ele, mas não tive interesse de prosseguir", rebate Vicente Júnior.

Para o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, a criação, refundação ou fusão de partidos seria uma justa causa para que deputados migrassem de outras legendas sem correr o risco de perder o mandato. "A refundação é uma desculpa para criar um partido sem passar pelas mesmas regras, mas existem precedentes. Foi o caso do PTB e MDB, por exemplo. São 11 ministros no STF e 7 no TSE. Eles podem aplicar a analogia dos partidos de antes de 1988", afirmou.

Leilão

Ao falar sobre seus planos, Marcus Alves afirma que entre 30 e 35 deputados e 8 a 10 senadores "estão certos" para migrar para UDN após a homologação. Mas não fala em nomes, segundo ele, para não prejudicar a estratégia. "A gente teria um generoso Fundo Eleitoral para 2020. Passa dos R$ 100 milhões", afirmou o dirigente.

Em fevereiro, o Estado revelou que os filhos do presidente Jair Bolsonaro negociavam migrar para a UDN, em fase de criação. Procurado, Eduardo Bolsonaro não se manifestou até a conclusão dessa edição.

Outro cenário ventilado pelo clã Bolsonaro é criar um novo partido, mas isso seria arriscado. "Não daria tempo até abril. Há um trâmite de registro, fazer edital, convocação, publicar no diário oficial. Tem cartório que está há 40 dias com as assinaturas", avalia Alves.

Já Vicente enviou uma "carta convite" para Bolsonaro, deixando claro que a sigla estaria disponível nas eleições municipais de 2020, que serão decisivas para capilarizar a força política da família nas cidades. "O que foi ventilado nas conversas foi eles tomarem a frente da sigla, principalmente na época das eleições. Seria pertinente o presidente indicar alguém de sua confiança", afirmou.

Questionado sobre a insegurança jurídica da sigla, o dirigente diz que a UDN preenche todos os requisitos constitucionais e administrativos para funcionar. "PSB e PTB voltaram a funcionar (depois do AI-2). A UDN foi a única sigla que permaneceu adormecida", argumentou.

Em comum, Alves e Vicente exaltam as lideranças históricas da antiga UDN, como Carlos Lacerda, Afonso Arinos, Oswaldo Aranha.

Criada para se opor a Getúlio

A União Democrática Nacional (UDN) foi fundada em 7 de abril de 1945 em oposição a Getúlio Vargas. De orientação conservadora, seu lema era uma frase apócrifa de Thomas Jefferson: "O preço da liberdade é a eterna vigilância". O símbolo era uma tocha acesa.

O udenismo defendia o liberalismo clássico, a moral conservadora e tinha um discurso contra a corrupção. A UDN tinha líderes como o brigadeiro Eduardo Gomes, que disputou (e perdeu) duas eleições presidenciais pela sigla, o jurista Afonso Arinos e os ex-governadores Carlos Lacerda (Guanabara), Juracy Magalhães (Bahia) e Magalhães Pinto (Minas).

Em 1960, o partido apoiou a eleição de Jânio Quadros, eleito presidente, e, em 1964, a deposição do governo de João Goulart. Após o golpe militar de 1964, muitos quadros da UDN migraram para a Aliança Renovadora Nacional (Arena). No entanto, sua principal liderança, o jornalista Carlos Lacerda, apesar de ter sido um dos líderes civis do golpe, voltou-se contra ele em 1966, com a prorrogação do mandato do presidente Castelo Branco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, participa nesta sexta-feira, 11, da edição brasileira da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em São Paulo. O CPAC é o maior evento conservador dos Estados Unidos, onde a primeira edição aconteceu em 1973, e ocorre pela primeira vez no Brasil.

Durante coletiva de imprensa na abertura do evento, Eduardo elogiou o discurso do pai na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, e disse que a ONU tem se afastado de seu propósito. "Tem se tornado praxe grupos minoritários que têm usado a ONU para, de cima para baixo, obrigar países a adotarem políticas como a ideologia de gênero, passando por cima dos Congressos Nacionais", afirmou o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro.

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O presidente da American Conservative Union (ACU, União Conservadora Americana em inglês), Matt Schlapp, que também participa do evento, endossou as críticas de Eduardo a organismos multilaterais.

"Organismos internacionais não podem dizer ao povo americano o que devem ou não fazer", disse Schlapp, acrescentando que veio ao Brasil para ver "o que está acontecendo" aqui. "Eu quero que os brasileiros tomem suas próprias decisões", afirmou.

Schlapp disse, ainda, que os conservadores não são "globalistas". "Essas políticas globais estão nos prejudicando, nossas crianças, nossas famílias. "A politização das nossas crianças é um problema", completou.

O Brasil entra no circuito mundial da direita com a realização da CPAC ("Conservative Political Action Conference"), o maior evento conservador dos EUA, pela primeira vez no País, nesta sexta-feira, 11, e sábado, 12, em São Paulo. Diferente da matriz norte-americana, que costuma abrir espaço para diversos setores da direita, a versão brasileira será circunscrita ao bolsonarismo com protagonismo da chamada "ala ideológica" ligada ao escritor Olavo de Carvalho.

Possíveis adversários do presidente Jair Bolsonaro no campo conservador, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não vão participar. A pessoas próximas, Doria chegou a demonstrar interesse, mas não foi convidado. Witzel, segundo a organização do evento, alegou dificuldades de agenda. Ambos são vistos pelo Planalto como possíveis adversários de Bolsonaro na eleição de 2022. O presidente é esperado na abertura do evento. Assessores dizem que ele deve usar a conferência para dialogar com seu eleitorado mais fiel e pode radicalizar o discurso. O presidente do PSL, Luciano Bivar, teve o nome excluído da lista de participantes na quarta-feira, 9, em meio à disputa com Bolsonaro pelo controle do partido.

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Dos quatro ministros que vão participar das mesas, apenas Onyx Lozenzoni (Casa Civil) não foi indicado por Olavo. Os outros são Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Abraham Weintraub (Educação).

A realização da conferência no Brasil é parte de uma tentativa de expansão global da ação política conservadora. Antes restrita aos EUA, onde é feita desde 1973, este ano a CPAC terá versões também na Austrália, Coreia do Sul, Japão e Irlanda.

Ao todo a conferência terá 27 palestrantes, nove deles estrangeiros. Os destaques são Matt Schalpp, presidente da American Conservative Union (ACU, União Conservadora Americana em inglês); e o senador republicano Mike Lee, que já foi chamado de "o senador mais conservador dos EUA".

Cofres públicos

A expectativa dos organizadores brasileiros, liderados por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é reunir cerca de 1.200 pessoas nos dois dias de evento. No Brasil a participação é gratuita, ao contrário dos EUA, onde os ingressos custam de US$ 55 (R$ 226) a US$ 5.750 (R$ 23,6 mil).

A organização é da ACU e da fundação Instituto de Inovação e Governança (Indigo). Vinculado ao PSL, o instituto vai arcar com todos os custos, sem patrocinadores. O Indigo é financiado com verbas do Fundo Partidário, ou seja, dos cofres públicos. No ano passado recebeu cerca de R$ 1,8 milhão. Este ano, com o crescimento do PSL, a expectativa é que o Indigo receba R$ 16 milhões. O presidente do instituto é Sergio Bivar, filho de Luciano. Segundo a assessoria da CPAC Brasil, ele não participa da organização. Sergio foi procurado mas não respondeu. A organização não divulgou o custo do evento mas informou que "haverá transparência total tão logo finalizadas todas as despesas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, tomou posse nesta quinta-feira (5) para seu segundo mandato como chefe de governo, agora liderando uma coalizão entre o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e o social-democrata Partido Democrático (PD).

A cerimônia de juramento ocorreu no Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, em Roma, quase um mês depois de o agora ex-ministro do Interior Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, ter tentado derrubar Conte para forçar a realização de eleições antecipadas.

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O premier liderará uma equipe de 21 ministros (três a mais que na gestão anterior), sendo 10 do M5S, nove do PD, um da aliança de esquerda Livres e Iguais (LeU) e uma "técnica", a advogada Luciana Lamorgese, escolhida para substituir Salvini no Ministério do Interior.

O voto de confiança a Conte na Câmara dos Deputados e no Senado está marcado para os dias 9 e 10 de setembro, respectivamente. O premier foi o primeiro a assinar o termo de posse e, assim como seus ministros, pronunciou o juramento, que diz: "Juro ser fiel à República, observar lealmente a Constituição e as leis e exercer minhas funções no interesse exclusivo da nação".

Em seguida, Conte se dirigiu ao Palácio Chigi, sede do governo, onde tocou o pequeno sino que precede a primeira reunião do Conselho dos Ministros. O novo gabinete terá temas importantes a tratar já em suas primeiras semanas, como a venda da Alitalia, a lei orçamentária para 2020 e a indicação do próximo representante italiano na Comissão Europeia, que deve ser o ex-premier Paolo Gentiloni (2016-2018).

O ministério mantém apenas três nomes da gestão anterior, incluindo o líder do M5S, Luigi Di Maio, que trocou a pasta do Desenvolvimento Econômico pela das Relações Exteriores.

Da direita à esquerda

Advogado e professor de direito, Conte não tem filiação partidária, mas é ligado ideologicamente ao M5S, que o alçou do anonimato ao cargo político mais cobiçado do país após as eleições do ano passado, quando a sigla obteve 32% dos votos.

Como o resultado foi insuficiente para garantir maioria no Parlamento, o M5S formou uma aliança com a ultranacionalista Liga, de Salvini. Os dois partidos se recusaram a ceder o cargo de premier a seus respectivos líderes, então a solução foi buscar um nome alternativo e sem trajetória política: Giuseppe Conte.

No entanto, após um ano e dois meses de um governo turbulento, Salvini decidiu romper a coalizão com o M5S, a quem acusava de bloquear projetos importantes para o país, como o trem de alta velocidade entre Turim e Lyon.

Seu objetivo era capitalizar a liderança da Liga nas pesquisas e chegar ao cargo de primeiro-ministro. O movimento antissistema, contudo, abriu negociações com seu maior adversário político, o centro-esquerdista PD, e frustrou, ao menos por enquanto, o desejo de Salvini de realizar novas eleições.

Da Ansa

Desde a época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, que os ânimos entre partidos de direita e esquerda passaram a ficar mais aflorado dentro do cenário político brasileiro. Nas eleições presidenciais de 2018 esses conflitos ficaram mais latentes. Com a vitória do atual presidente Jair Bolsonaro (PSL), a “guerra” praticamente foi declarada.

Desde o início do ano que os bastidores políticos são muito mais notícia por desentendimentos entre parlamentares do que por projetos, debates e intervenções políticas propriamente ditas. As manchetes políticas do país, por vezes, pareciam - e ainda parecem - informativos de cadernos de entretenimento. 

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Entretanto, os desentendimentos passaram a ganhar mais corpo e desbravar novos ares. Se lembrar um pouco mais pra trás, pode-se lembrar da falta de entendimento, por exemplo, entre os ex-candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Há quem acredite que se ambos tivessem se juntado em uma chapa única, as chances de derrotar Bolsonaro seriam maiores.

“A esquerda se mostrou um grupo desorganizado e desunido, o que deu mais palco para a direita que só ganhava mais forças a cada dia. Ao perder no primeiro turno, Ciro não fez questão de trabalhar em prol da vitória de Haddad, o que terminou impulsionando a vitória folgada de Bolsonaro. São exemplos como esse que mostram, no jogo político, como a falta de alianças e de um pensamento estratégico atrapalham um bom desempenho”, explica o cientista político Thales Fernandes.

Os desentendimentos da esquerda parecem ter ficado no passado e, atualmente, com Bolsonaro no poder, o grupo da oposição tenta se fortalecer a cada dia, seja na Câmara Federal, seja no Senado. Porém, os embates andam crescendo vertiginosamente no lado da direita. Constantemente passou a ser visto trocas de farpas entre parlamentares que, anteriormente, eram fiéis aliados uns dos outros.

Talvez o exemplo mais claro para estas situações estejam nos deputados federais Alexandre Frota (atual PSDB), Carla Zambelli e Joice Hasselmann - ambas do PSL. Virou um acontecimento recorrente alfinetadas e trocas de acusações entre entres e deles para outros parlamentares.

“Hasselmann e Zambelli trabalharam com afinco, juntas, desde a época do impeachment de Dilma. Na eleição de Bolsonaro, então, pode-se encontrar dezenas de imagem das duas trabalhando pelo atual presidente. Mas de um tempo para cá as coisas desandaram entre as duas. Política também é um jogo de ego e, talvez, o ego de Zambelli tenha ficado ferido após a notoriedade que Hasselmann tem dentro do PSL, visto que ela é líder governista no Congresso Nacional e braço direito de Bolsonaro há alguns anos”, pontua Thales Fernandes.

Carla Zambelli chegou a criticar a ausência de articulação de Joice Hasselmann nas mobilizações de rua em prol do trabalho realizado por Bolsonaro à frente do Palácio do Planalto. Hasselmann, por sua vez, rebateu a “amiga” com críticas nada amigáveis. Recentemente, inclusive, disse que sentia vergonha do fato de Zambelli ter matriculado seu filho no Colégio Militar, em Brasília, sem que o garoto prestasse concurso.

O polêmico - desde antes do seu ingresso na política - Alexandre Frota também é um desses parlamentares que “chutou o balde” e desfez alianças importantes que contribuíram para sua eleição. Menos de oito meses após o início do ano legislativo, o parlamentar já se declarou opositor a Bolsonaro, discutiu com congressistas como o senador Major Olímpio e foi expulso do PSL.

“Essa expulsão de Frota é uma chave interessante nos recentes acontecimentos políticos. Depois que isso aconteceu, o PSDB, de João Doria, logo estendeu a mão para Frota e o levou para o seu time. Aí também temos um exemplo, mesmo que sutil, de desavenças dentro da mesma direita. Tudo bem que a direita de Bolsonaro é algo muito mais radical, mas, de forma geral, eles estavam do mesmo lado. Pode perceber como a relação entre Bolsonaro e Doria já está bem mais fragilizada”, lembra o cientista político Thales Fernandes.

Doria e Bolsonaro nunca posaram como melhores amigos, mas não há dúvidas de que a relação de ambos não é mais a mesma. Um dos principais motivos para essas desavenças são as eleições de 2022, que possivelmente terá uma candidatura própria de Doria. Bolsonaro classificou a possibilidade como “ejaculação precoce” do líder do PSDB, que rebateu dizendo ao presidente que de política ele entendia.

Não há como prever os próximos encaminhamentos desse jogo político, mas o cenário real tem mostrado uma direita bem mais desestabilizada do que a esquerda, apesar de ter o poder atual bem mais favorável para o seu lado. Dias futuros dirão se outras alianças se fortalecerão ou se romperão. 

Um vídeo de uma entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PSL) circula no Twitter desde a tarde desta quarta-feira (28) em que o líder brasileiro afirma que Macron é de esquerda e, por isso, há conflitos de ideias entre os dois.

Em sua fala, Bolsonaro também se categoriza como “centro-direita” e, mais uma vez, gerou inúmeros comentários de usuários incrédulos com o que foi dito por Bolsonaro. Várias piadas foram feitas nas redes sociais.

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“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita também. Então deixo bem claro isso aí para vocês”, diz Bolsonaro no vídeo.

“Bolsonaro chamou Macron de esquerda e ele se centro direita. Alguém avisa a ele que Macron é banqueiro de direita e ele é EXTREMA, MAIS EXTREMA DIREITA!”, escreveu um usuário do Twitter.

“Macron de esquerda? É muita burrice para uma pessoa só. Lamentável que a maior autoridade de um país fale tanta asneira. Qualquer pessoa que tenha pelo menos 2 neurônios percebe que Bolsonaro é um homem de poucas palavras; mas cadê a assessoria dele? Não existe ninguém para orientá-lo?”, disparou outro seguidor.

“Bolsonaro disse hoje que ele é de centro-direita e Macron de esquerda. É o mundo paralelo e de mentiras do bolsonarismo. No mundo real, Bolsonaro é um fascista de extrema-direita e Macron de centro-direita”, avaliou mais um usuário do Twitter.

Direita e esquerda. Comunismo e socialismo. Esses são alguns termos históricos cujos conceitos podem ser cobrados em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para além do contexto educacional, o entendimento dessas definições é essencial para o nosso convívio em sociedade, evitando debates sem argumentos e com discursos distorcidos sobre cada significado.

Os conceitos históricos são os destaques do programa especial do Vai Cair No Enem desta terça-feira (27). A influenciadora digital Thaliane Pereira recebe a professora de história Paula Carvalho que, didaticamente, explica os principais conceitos. Veja o vídeo a seguir:

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O Vai Cair No Enem é um projeto multimídia que, em parceria com o LeiaJá, compartilha, de maneira gratuita, conteúdos educativos direcionados à prova do Exame Nacional do Ensino Médio. No nosso Instagram, os candidatos podem acompanhar dicas curtas, questões, desafios, aula exclusivas, notícias, entre outras informações.

Todas as terças-feiras, às 16h30, Thaliane Pereira recebe professores em entrevistas exclusivas sobre assuntos do Exame que se relacionam com o cotidiano. Confira, a seguir, os programas especiais já exibidos:

--> No ritmo do passinho, veja uma aula de física para o Enem

--> Vídeo: matemática para o Enem pode ser fácil, sim

Chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol usou o Twitter para afirmar que seu alinhamento é pela causa de anticorrupção e não de direita ou de esquerda. A ponderação do procurador foi em resposta as afirmativas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) e do filósofo Olavo de Carvalho, que apontaram, nesse domingo (25), que Deltan era de esquerda

Ao refutar o que foi dito pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, Dallagnol disse que a postura é sinal de que ele trabalhou sem viés político. 

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“Quando se é acusado ao mesmo tempo de ser de direita e de esquerda, isso só mostra uma coisa: que nosso trabalho foi feito com a isenção que era necessária e não tem - nem nunca teve - viés político-partidário. Minha identificação é com a causa anticorrupção, que é suprapartidária”, declarou o chefe da força-tarefa da Lava Jato.

Nesse domingo, Eduardo compartilhou um vídeo em que, segundo ele, ficam claras ligações do procurador com ONGs e grupos de esquerda. O vídeo tem Olavo de Carvalho endossando a afirmação. 

Centenas de manifestantes de extrema direita e, em posição oposta, grupos antifascistas, saíram às ruas de Portland, Estados Unidos, durante este sábado. A expectativa era de que as manifestações atraíssem simpatizantes de direita de todo o país. Os protestos de direita são organizados pelo "Garotos com orgulho", considerado um "grupo de ódio" pelo Centro de Direito sobre a Pobreza do Sul (SPLC, na sigla em inglês), organização que monitora "grupos de ódio" e outros extremistas nos Estados Unidos.

Durante o dia, oficiais informaram ter recolhido armas como bastões metálicos e de madeira, sprays e escudos de diversos grupos participantes. Há pouco, a polícia local divulgou ter prendido ao menos três pessoas, sem detalhar o que justificou a ação. Para tentar limitar o atuação dos dois grupos nos protestos, a polícia havia fechado ruas e instalado barreiras de concreto em determinados locais.

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Um dos grupos de extrema direita que acompanham as manifestações, o The Oath Keepers, divulgou comunicando informando que não participaria do ato porque os organizadores não teriam feito o suficiente para manter grupos de supremacia branca afastados da iniciativa. "Seria melhor para a causa patriótica/conservadora se a manifestação fosse simplesmente cancelada", escreveu o fundador do grupo, Stewart Rhodes.

Mais de dez agências locais, estaduais e federais dos EUA, incluindo o FBI, enviaram representantes a Portland para acompanhar as manifestações. Durante o dia, o presidente norte-americano, Donald Trump, postou em seu perfil no Twitter que Portland estava sendo "observada muito de perto" e que desejava que o prefeito de Portland, Ted Wheeler, "conseguisse fazer seu trabalho corretamente".

Em entrevista à emissora CNN neste sábado, Wheeler disse que a situação era "potencialmente perigosa e volátil", mas que no início da tarde a maior parte dos grupos de extrema direita já tinha deixado a área onde estavam concentrados. Wheeler tem dito que grupos que pregam o ódio em ou se envolvem em violência não são bem-vindos na cidade. Fonte: Associated Press.

Assim como a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), a também deputada federal e líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB), repercutiu nesta sexta-feira (31) a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a esquerda gostar de “pobres”.

 Feghali disse que o presidente cometeu um ato falho. “Bolsonaro em mais um ato falho ao dizer ‘eles gostam de pobre’. Quem tem olhar pro pobre, realmente, é a esquerda”, afirmou a parlamentar.

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 Ainda em sua publicação, a deputada aproveitou para alfinetar os parlamentares de direita. “A direita costuma olhar o lucro dos banqueiros”, disparou, complementando que “já Bolsonaro não olha para lugar nenhum mesmo”.

 

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (24) para endossar o discurso a favor das manifestações programadas para o próximo domingo (26) em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

 “Desde 2015, o que a Direita conseguiu indo às ruas? Tudo. Desde 2015, o que a Esquerda conseguiu indo às ruas? Nada. É por isso que estão com medo da gente voltar às ruas!”, opinou a parlamentar.

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A parlamentar ainda comentou o processo de vitória de Bolsonaro durante as campanhas presidenciais de 2018. “Jair Bolsonaro derrotou o PT sem tempo de TV, sem dinheiro, com o apoio de apenas dois partidos e enfrentando a mídia inteira, sendo que grandes partidos falharam nisso nas quatro eleições anteriores”, disse.

Por fim, a deputada enalteceu a sabedoria do presidente. “Se isso não é prova de Inteligência, eu não sei mais o que é”, finalizou Zambelli, que recebeu mensagens de apoio ao ato do domingo. No Recife, os manifestantes se concentrarão na Avenida Boa Viagem, a partir das 14h.

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