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O presidente da República voltou a descumprir o que pede a OMS e incentivou aglomerações, participando de atos neste domingo (19). Os manifestantes pró AI-5 gritavam a cada frase proferida por Bolsonaro no QG do Exercito em Brasilia.

"Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada, nós queremos é ação para o Brasil. O que tinha de velho ficou para trás", começou afirmando o líder do executivo. 

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Em outra fala o presidente disse que fará tudo que puder para manter a democracia: "Contem com seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter nossa democracia e aquilo de mais sagrado que temos, a nossa liberdade". 

O que chamou atenção além do descumprimento do que pede a OMS e de participar em novo ato contra o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, e a favor do AI-5 que cerceou opositores durante a ditadura, foi a dificuldade de Bolsonaro em concluir algumas frases e tossindo repetida vezes. 

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Sempre em defesa da ditadura militar no Brasil (1964-1985), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) daclarou na manhã desta sexta-feira (14), no Twitter, que "sem as obras do regime militar, o Brasil não teria nada".

Segundo ele, o período militar serviu para "ajeitar" o Brasil, mas a esquerda "saqueou tudo". Ele afirma que o país poderia ser ainda a 48º economia do mundo, caso não tivesse acontecido o governo militar. 

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Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) decidiram anular o decreto de tombamento da Casa da Morte, em Petrópolis, na região serrana do Estado. Segundo o Ministério Público, o imóvel foi usado pelo Centro de Informação do Exército como "aparelho de tortura" durante a ditadura militar (1964-1985) e localizado por Inês Etienne Romeu, única prisioneira política a sair viva do local.

Na ocasião, os magistrados analisaram um mandado de segurança interposto pelos atuais proprietários do imóvel contra o decreto municipal nº 610/2018 que determinou o tombamento da casa situada à Rua Arthur Barbosa, 50 (antigo 668-A), em Caxambu.

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Os donos da casa alegaram ao juízo que a decisão do Conselho Municipal de Tombamento Histórico Cultural e Artístico que levou à publicação do decreto não se deu por maioria absoluta, violando lei municipal.

Em seu voto, a relatora do processo no TJ do Rio, desembargadora Maria da Glória Oliveira Bandeira de Mello indicou que o conselho aprovou o tombamento por 4 votos a 3, sendo que dois integrantes do grupo estavam ausentes.

"Forçoso, pois, concluir que não foi observada a maioria absoluta a qual demandava 5 votos a favor do tombamento uma vez que o número de cargos ocupados na ocasião era de 9", anotou a desembargadora.

A desembargadora Mônica Sardas votou em sentido contrário, opinando pela denegação da ordem de segurança, mas ficou vencida.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) já foi defensor dos direitos humanos, reconheceu que houve uma ditadura militar no Brasil e se mostrou contra o encarceramento. Todas as opiniões do parlamentar estão descritas na monografia de conclusão do curso de Direito, no qual se formou no ano de 2008, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A informação é do jornal O Globo.

Muito diferente do que pensa e declara hoje em dia, o terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro, que escreveu o trabalho intitulado “Reflexões sobre a transação penal no âmbito da ação penal pública incondicionada”, onde baseou-se na Lei 9.099/1995, propõe no texto a ressocialização do condenado como forma de pena, para que ele possa integrar-se novamente à sociedade “em condições de ter uma vida digna”. 

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Em outro trecho da pesquisa, o político recomenda limites ao Ministério Público, bem como critica o clamor popular por “vingança”, alertando para um risco de barbárie, como nos tempos da inquisição. “Estaríamos retrocedendo aos tempos da inquisição, onde julgamentos feitos em praças públicas condenavam pessoas à morte sem direito de recurso?”, pontua o então bacharel em Direito. 

Sobre o período do regime militar no país, em uma nota de rodapé redigida pelo deputado, é visto que ele se opunha as práticas de tortura e de ataques às liberdades individuais que marcaram a ditadura. "Atinente ao princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no artigo 1º, inciso III, CF/1988, no Brasil é constitucionalmente vedada pena degradante, desumana ou de tortura".

Os posicionamentos de Eduardo Bolsonaro mudaram ao longo do tempo. Recentemente, o parlamentar se colocou favorável a um "novo AI-5" como resposta à radicalização da esquerda. A postura a favor da tortura foi defendida por ele também em votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Em discurso, o deputado votou a favor do impedimento em memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que foi DOI-CODI e torturador da ex-presidente.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, rebateu, nesta terça-feira (26), a possibilidade defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes de um retorno do Ato Institucional nº 05. De acordo com Toffoli, “o AI-5 é incompatível com a democracia. Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado".

A afirmativa do presidente da Corte foi dita durante a sua participação no segundo dia do Encontro Nacional do Poder Judiciário em Maceió, capital de Alagoas, que está reunindo presidentes dos 91 tribunais brasileiros.

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A declaração de Guedes causou reações em personalidades políticas após ele ter dito, em coletiva de imprensa realizada em evento nos Estados Unidos, que não seria uma surpresa caso pedissem uma reedição do AI-5 diante de manifestações radicais. No mesmo momento, Paulo Guedes também tentou justificar a fala dita pelo deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também saiu em defesa do ato que marcou o período da Ditadura Militar, pelas torturas e repressões.

Questionado sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro, que em outras ocasiões já se mostrou a favor do regime militar, desconversou da pergunta."Eu falo de AI-38, quer falar do AI-38, eu falo agora contigo aqui. Quer o AI-38, eu falo agora. 38 é meu número. Outra pergunta aí", retrucou fazendo menção ao número da nova sigla do presidente, o Aliança pelo Brasil.

Ministrado inteiramente por professoras, o último aulão da série de aulões do Vai Cair no Enem, realizado neste sábado (26), na UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife, aborda disciplinas que compõem a área do conhecimento das Ciências Humanas. Para revisar conteúdos de história, a professora Thaís Almeida destrinchou temas que têm grandes chances de aparecerem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. Além disso, ela também opinou sobre assuntos considerados polêmicos e que são uma incógnita nessa reta final.

A princípio, Thaís Almeida tranquilizou os alunos que vão fazer o Enem e disse que o mais importante, no momento da prova, é atentar-se à narrativa histórica que as questões vão trazer e assim conseguir identificar os elementos que a proposição vai pedir. O primeiro assunto trazido pela docente foi o Brasil republicano, que inclusive, é recorrente no Exame. “O período do Brasil republicano é muito longo. Ele vai de 1889, quando a gente tem a derrubada do regime monárquico e a proclamada república por Deodoro da Fonseca”, explicou a docente.

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 Com a instauração da República no Brasil, vários outros acontecimentos históricos vieram depois, como as revoltas. Os principais exemplos contextualizados pela educadora foram A guerra de Canudos, A Revolta das Chibatas, A Revolta das Vacinas, Coluna Prestes e a Greve de 1917. Uma dica dada por Thaís Almeida para os estudantes sobre esses conflitos é que não é preciso decorar cada detalhes dos movimentos sociais do período republicano. “O Enem vai querer que você entenda como esses movimentos que estão vinculados as novas instituições republicanas e os limites que eles apresentavam”.

Era Vargas, um dos assuntos que mais caem no Enem também foi trazido pela professora, que apresentou exercícios sobre o período e respondeu uma pergunta de um internauta sobre se o ex-presidente Getúlio Vargas foi um ditador. Segundo a docente, o Governo Vargas foi ditatorial durante o Estado Novo. “O governo de Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, se caracteriza como um governo ditatorial. Durante os período do governo provisório e do governo constitucional, entretanto, podemos falar de um governo com características autoritárias, mas não de uma Ditadura. Nem todo governo autoritário é um governo ditador”, respondeu a docente.

E ainda sobre ditadores e autoritarismo, um assunto que já foi muito cobrado na prova, mas que agora divide opiniões sobre a presença no Enem deste ano, é a ditadura militar no Brasil (1964-1985). O apresentador do aulão e editor do LeiaJá, Nathan Santos, questionou a Thaís Alemeida, se será possível aparecer assuntos ligados ao regime militar na prova de história. “Eu acho que provavelmente o conteúdo será evitado, mas ainda há possibilidade de cair. Acredito que caso caia, vai vir dentro da perspectiva da construção da narrativa". Sobre a presença ou a falta de ideologias no exame, Thaís Almeida disse que o Enem não está livre de ideologias, principalmente no campo das Ciências Humanas. Confira a explicação completa da professora:

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Uma discussão no Twitter incentivando a volta da ditadura militar, por parte do filósofo Olavo de Carvalho, e a criação de um novo AI-5, que foi o quinto Ato Institucional considerado o mais rígido da ditadura militar, incentivada pelo blogueiro Allan Santos, que é simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem gerado críticas e reações contrárias de diversos parlamentares. 

na madrugada desta quarta-feira (16), Olavo de Carvalho chegou a escrever no microblog: "Só uma coisa pode salvar o Brasil: a união indissolúvel de povo, presidente e Forças Armadas". E, poucas horas antes, Allan defendeu: "O establishment quer ver Bolsonaro repetindo o AI-5, mas o que vejo é o povo querendo um novo AI-5 e ai de Bolsonaro caso tente parar o povo. Será varrido junto. Não há UM brasileiro que aceitará, caso a decisão do STF seja soltar os CRIMINOSOS EM MASSA [sic]. Lava Jato regnat."

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A fala de Allan levou o termo "AI-5" a ocupar o segundo lugar dos assuntos mais comentados do Twitter. A defesa também foi alvo de reação de deputados e senadores. 

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) escreveu no microblog que "o governo está desmoronando graças à própria incompetência". "E o que fazem os Bolsonaristas? Atacam a democracia, defendem novo AI-5 e sonham com tempos de censura, assassinatos e torturas. A defesa da ditadura e do golpe são crimes contra o Brasil e Bolsonaro tem que responder", disse.

A líder da minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB) também argumentou contra as posturas dos aliados do presidente. "A tentativa dos blogueiros palacianos e do astrólogo em criar um balão de ensaio sobre um regime Bolsonaro é a coisa mais patética já vista. Eles vivem no conto de fadas da extrema direita que acha que governa sozinha. Não há espaço para AI-5. Só no lixo da História", alfinetou.

Ex-candidato do PSOL a presidente, Guilherme Boulos convocou um movimento de rua amplo para derrubar as ideias de bolsonaristas e o próprio gestor brasileiro. "A milícia virtual bolsonarista conclama um ‘novo AI-5’. O diversionismo desses canalhas precisa ser barrado antes que se torne perigoso. O Ministério Público tem o dever de fazê-los responder nos tribunais. A nós cabe fortalecer a reação nas ruas, num movimento amplo para derrotar Bolsonaro", convocou.

O assunto também foi comentado pela deputada federal Maria do Rosário (PT). "Só uma coisa pode salvar o Brasil. O fim deste (des)governo que se valendo da premissa de um suposto "golpe comunista", tenta novamente impor o autoritarismo e outro AI-5 no Brasil. Como é possível que estes canalhas ameacem a democracia em plena luz do dia?", indagou.

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), afirmou que a transformação que o Brasil deseja não será rápida por vias democráticas. Na noite dessa segunda-feira (9), o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) escreveu sobre o assunto no Twitter e gerou reações críticas. 

“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”, disse na publicação.

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Carlos, os irmãos e o pai são notoriamente conhecidos por enaltecer o período em que o Brasil viveu a ditadura militar. 

A publicação gerou imediatas críticas contra Carlos Bolsonaro e fez com que o nome dele estivesse entre os assuntos mais citados no Twitter ainda na manhã desta terça-feira (10). Ao ver a repercussão, o filho de Jair Bolsonaro ironizou: "Agora virei ditador? Pqp [sic]!"

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A afirmativa do vereador insinuando a necessidade de atitudes ditatoriais se deu pouco depois dele comentar sobre o que chamou de esforço do governo do pai para desfazer “absurdos” de gestões anteriores e ponderar que isso não é reconhecido. 

“O governo Bolsonaro vem desfazendo absurdos que nos meteram no limbo e tenta nos recolocar nos eixos. O enredo contado por grupelhos e os motivos cada vez mais claros lamentavelmente são rapidamente absorvidos por inocentes. Os avanços ignorados e os malfeitores esquecidos”, observou Carlos, que ainda salientou estar tranquilo e disse que “o poder jamais” o seduziu.

Críticas

Em reação, diversos políticos e partidos condenaram a postura do vereador. O PSDB usou o Twitter para disparar contra o argumento e dizer que "a democracia é a única opção possível” para o país. 

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) aproveitou o ensejo para questionar: “O que falta para se entender que Bolsonaro prepara um golpe fascista contra a democracia e a sociedade brasileira? Carlos Bolsonaro, seu filho preferido, acaba de assumir isso explicitamente no Twitter. É hora de darmos um basta!”

Ela não foi a única, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, reagiu dizendo que “não há como aceitar uma família de ditadores”. “É hora dos democratas do Brasil darem um basta. Chega”, cravou o dirigente, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 

Ainda na linha crítica, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) argumentou que pela censura e repressão não há avanços. “Para Carlos Bolsonaro, vias democráticas não trarão a transformação que o país precisa. O que ele sugere? A tirania? A democracia é o único caminho a se seguir para termos uma sociedade justa, livre e inclusiva. O nosso avanço será pela pluralidade e não pela censura e repressão”, disse em publicação no microblog.

A Câmara Federal promoverá em breve, mas ainda sem data definida, uma audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura militar, à tortura e às comemorações ao golpe de 1964.

O projeto foi aprovado pela Comissão de Cultura da Casa e é de autoria do deputado federal pernambucano Túlio Gadelha (PDT). O texto passou dias depois do presidente Jair Bolsonaro (PSL) dizer que o período foi uma referência “do amor ao próximo”.

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"Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, que disse que o presidente vem reafirmando declarações distorcidas sobre fatos históricos.

O pernambucano também destacou que Bolsonaro “ignora as perseguições e torturas ocorridas no período de 1964 a 1985”. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para pôr fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", complementou o pedetista.

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), uma requerimento para realização de audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura, à tortura e às comemorações ao golpe militar de 1964. A solicitação foi feita pelo deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).

A iniciativa do pedetista foi aprovada um dia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a ditadura foi referência "no amor ao próximo". "Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, destacando que o presidente ignora as perseguições e torturas ocorridas no período de 1964 a 1985.

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O presidente vem fazendo reiteradas declarações distorcida sobre os fatos históricos e enaltecendo a ditadura militar. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para por fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", explicou o pedetista.

No requerimento são sugeridos entre outros nomes, os da antropóloga Lilian Schwarcz e do procurador-geral da República, Sérgio Suiama, ambos a confirmar. Assim como aguarda-se as indicações de estudiosos pró-ditadura. A data da audiência ainda será definida.

*Da assessoria de imprensa

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a chamar, nesta quinta-feira (8), o Coronel Brilhante Ustra, condenado por crime de tortura na época do regime militar, de “herói nacional”. Bolsonaro se reúne, nesta tarde, com a viúva do militar, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra.

Ao explicar o motivo do encontro para jornalistas na manhã de hoje, Bolsonaro enalteceu o "coração enorme" dela e disse que Maria Joseíta estava cheia de histórias para contar. 

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"Tudo o que ela fez no tocante ao bom tratamento a elas [mulheres presas na ditadura], no tocante a enxoval, dignidade, parto. E ela conta uma história bem diferente daquela que a esquerda contou para vocês. Tem um coração enorme. Eu sou apaixonado por ela. Não tive muito contato, mas tive alguns contatos com o marido dela enquanto estava vivo. Um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer", afirmou, de acordo com o jornal Folha de São Paulo. 

A primeira vez que Bolsonaro chamou Ustra publicamente de “herói nacional” foi no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele respondia a um processo contra a postura dele durante a votação da admissibilidade de processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, na Câmara dos Deputados quando, no seu discurso, o então parlamentar disse que votava a favor do pedido em memória do militar - apontado como um dos carrascos de Dilma na época da ditadura.

Para se defender no Conselho de Ética, Bolsonaro afirmou: "Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. (...) o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro". Ustra chegou a comandar o Destacamento de Operações de Informações (Doi-Codi) em São Paulo, de 1970 a 1974.

Em uma reportagem publicada pela revista Veja, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, negou um total de 166 pedidos de anistia recebidos desde que ela assumiu a pasta.

Além disso, nestes sete meses no cargo, Damares já indeferiu outros mais de 1.300 requerimentos semelhantes. As solicitações são referentes ao pedido de benefícios a pessoas que se disseram perseguidas ou prejudicadas durante a Ditadura Militar.

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A anistia, em definição, é o perdão concedido em caráter oficial. É um ato do legislativo em que ficam extintas as consequências de um fato punível e qualquer processo sobre ele.

A Lei da Anistia no Brasil perdoa os crimes políticos cometidos de 1961 a 1979, à exceção dos que foram condenados por terrorismo, sequestro, assalto e atentado pessoal.

Novas análises sobre esses pedidos podem ser divulgadas pelo Ministério comandado por Damares nos próximos dias. Criada em 2002, a Comissão da Anistia historicamente esteve ligada ao Ministério da Justiça, mas, desde o início do governo Bolsonaro, foi transferida para a nova pasta de responsabilidade de Damares.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), endossou o ato desta sexta-feira (2) em memória do pernambucano Fernando Santa Cruz e em repúdio do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O encontro, que acontece no monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, e reúne familiares, amigos, advogados, políticos e militantes políticos.

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De acordo com Luciana, é importante marcar presença em movimentos como este. “Apesar do debate parecer óbvio, nós estamos diante de um presidente que trata as questões humanas de maneira repugnante e não considera aspectos que são tão caros a qualquer pessoa, que são o direito à vida e o direito à lutar pela liberdade”, pontua a vice-governadora.

Luciana Santos também critica a maneira como Bolsonaro lida como assunto. “Ele trata isso com desdém, com ironia. Tudo isso é como se você torturasse novamente tudo o que a família sofreu. É gravíssimo o que o presidente fez e precisamos reagir ao que ele está fazendo”, diz Luciana.

A vice-governadora disse que o que Bolsonaro faz cabe afastamento do cargo. “Ele não pode cometer decoro. Esse comportamento dele cabe um processo de afastamento do presidente da República. Ele age como se fosse acima da lei, acima das constituições. Os partidos políticos vão se reunir na próxima semana e vão fazer uma representação à Comissão de Ética para que ele pague por isso”, assegura.

 

Durante coletiva de imprensa no Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), na Zona Norte do Recife, o irmão do militante Fernando Santa Cruz, Marcelo Santa Cruz, afirmou que a próxima sexta-feira (2) será marcada pode um ato no Recife pela memória do seu irmão.

A partir das 15h o ato se concentrará em frente o monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, e sairá em repúdio ao que foi dito pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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“A declaração de Bolsonaro é como se meu irmão morresse duas vezes. Vamos juntar forças para mostrar que esse presidente não pode ir até onde ele quiser. Não deixaremos a memória de Fernando morrer”, pontua Marcelo.

A co-deputada do mandato coletivo Juntas, Jô Cavalcanti (PSOL), afirma que a comissão de direitos humanos da Alepe também se posicionará sobre o caso. “Vamos tomar iniciativas, participar dos atos e, mais importante de tudo, não vamos deixar essa história passar batida e nem ser esquecida”, pontua.

 

O Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), reuniu na tarde desta terça-feira (30) representantes de entidades de direitos humanos de Pernambuco e de movimentos sociais para um pronunciamento a respeito das afirmações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Nesta segunda-feira (29), Bolsonaro disse que, caso Felipe quisesse saber do desaparecimento do seu pai, Fernando Santa Cruz, na época da ditadora militar, ele o contaria.

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Na ocasião, o irmão de Fernando Santa Cruz e vice-presidente da comissão de direitos humanos do Cendhec, Marcelo Santa Cruz, esteve presente para mostrar seu posicionamento diante do que foi dito por Bolsonaro.

“Fernando tinha vida legal, não estava clandestino em lugar algum. Marcou presença no trabalho até um dia antes do seu desaparecimento. A nossa família sempre foi marcada pela repressão militar. E hoje Felipe Santa Cruz foi agredido por um presidente ditador”, comentou Marcelo Santa Cruz.

De acordo com Marcelo, documentos mostram que seu irmão e sua família estavam sendo monitorados já há meses antes do seu desaparecimento.

“Depois do seu desaparecimento, nunca obtivemos uma informação precisa sobre o desaparecimento de Fernando. As primeiras informações começaram a surgir depois da instalação da Comissão da Verdade”, lembrou Marcelo.

Marcelo Santa Cruz também rechaçou no que foi dito por Bolsonaro. “O que o presidente disse é de uma crueldade sem limites, por isso teve essa repercussão nacional e internacional. Vamos entregar atestados de óbitos provando que a morte de Fernando não foi por causas naturais, mas sim pela repressão militar. A certidão já foi emitida e vai ser entregue em breve. Vamos entregar em eventos em locais como Recife, Rio de Janeiro e Brasília”, afirmou.

“Essa declaração de Bolsonaro pra nossa família é muito grave. Acho que quando ele fez essa agressão e tentou dirigir a Felipe, foi como uma forma de tentar desestabilizar ele, que tem incomodado muito o governo federal. Felipe tem questionado muito a reforma da previdência, tem questionado a causa indígena, a causa LGBT. Tudo isso incomoda o presidente.

Essa agressão direta a Felipe tem por trás muitas questões sérias. Bolsonaro está desrespeitando de forma cruel o nosso direito à memória dos nossos mortos. É como se Fernando tivesse sendo morto mais uma vez. Apesar de fazer muito tempo, a questão do desaparecido é muito forte porque nós não encerramos um ciclo. Não vimos o corpo. Nos não choramos o corpo do meu irmão”.

Figuras do meio político pernambucano também compareceram ao encontro. O deputado estadual e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB); o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); a vó-deputada do mandato coletivo Juntas, Jo Cavalcanti (PSOL); e a candidata ao governo de Pernambuco, Dani Portela (PSOL), estiveram presentes no auditório do Cendhec.

 

Presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos disse, nesta segunda-feira (29), que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o desaparecido político Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira eram de um “desrespeito criminoso”. Fernando é pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 

Em fala nesta segunda, o presidente afirmou que se Felipe quisesse, ele lhe contaria a verdade sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz. O pai do presidente da OAB sumiu após ser preso em fevereiro de 1974 por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.

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Luciana Santos considerou a postura de Bolsonaro “repugnante” e lembrou da luta da avó do presidente da OAB, Elzita Santa Cruz, que dedicou a vida para esclarecer o desaparecimento do filho, mas morreu em junho deste ano sem respostas do Estado. Na época da prisão, ela chegou a percorrer os quartéis militares para tentar encontrar Fernando Santa Cruz.

“D. Elzita morreu aos 105 anos sem ter o direito de enterrar seu filho. Sua dor é a de centenas de pessoas que não puderam saber o paradeiro de suas pessoas queridas. A fala do presidente Jair Bolsonaro é de um desrespeito criminoso. É repugnante seu comportamento”, argumentou Luciana. 

“Toda solidariedade ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ao amigo Marcelo Santa Cruz e a todos os parentes de desaparecidos na ditadura do Brasil, cujo sentimento a mesquinhez e irresponsabilidade do presidente avilta e desrespeita”, acrescentou a vice-governadora.

Bolsonaro atacou o presidente da OAB ao reclamar, em Brasília, da postura da instituição diante da investigação contra Adélio Bispo, autor da facada que sofreu em setembro do ano passado.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) afirmou, nesta segunda-feira (29), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é “um desequilibrado” e saiu em defesa da memória do pai do presidente da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 

Em provocação ao dirigente, nesta segunda Bolsonaro disse que se Felipe quisesse, ele lhe contaria a verdade sobre o desaparecimento de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira. O pai do presidente da OAB sumiu após ser preso em fevereiro de 1974 por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.

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Ao compartilhar a notícia no Twitter, Humberto disse que Bolsonaro precisa ser punido por “menoscabo à história”.

“Bolsonaro é um desequilibrado. Sua devoção a torturadores, sua defesa de assassinatos, seu desrespeito à vida são conhecidos. Mas, como chefe de Estado, o menoscabo à História e aos dramas das vítimas é um crime que precisa ser punido”, escreveu o senador.

“Quero externar minha solidariedade por esse ataque brutal a Felipe Santa Cruz e à sua família, especialmente à memória de D. Elzita, sua avó, que morreu em junho, aos 105 anos, sem que o Estado brasileiro lhe tenha dado o direito de saber o que ocorreu com o filho desaparecido”, acrescentou.

Bolsonaro atacou o presidente da OAB ao reclamar, em Brasília, da postura da instituição diante da investigação contra Adélio Bispo, autor da facada que sofreu em setembro do ano passado.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta segunda-feira (29), pode contar “um dia” ao presidente da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como o pai dele, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desapareceu no período da ditadura militar. 

Bolsonaro fez a ponderação ao reclamar da postura da OAB diante da investigação contra Adélio Bispo, autor da facada que sofreu em setembro do ano passado. O presidente ressaltou que Felipe Santa Cruz "não vai querer ouvir a verdade" sobre o pai.  

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“Um dia se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, afirmou o Bolsonaro, de acordo com o site G1.

“Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”, acrescentou o presidente.

Fernando Santa Cruz de Oliveira desapareceu em fevereiro de 1974 depois de ter sido preso por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro. Ele foi preso junto com o amigo, Eduardo Collier, e participou de movimentos estudantis e integrou a Ação Popular (AP). No relatório da Comissão da Verdade, contudo, não há registro de que Fernando tenha participada de luta armada.

Felipe tinha dois anos quando o pai desapareceu. Avó do presidente da OAB, Elzita Santa Cruz, dedicou a vida para esclarecer os desaparecimentos dos presos pelo DOI-CODI e chegou a ir de quartel em quartel para tentar encontrar o filho na época da ditadura. A pernambucana morreu em junho deste ano.

Adélio Bispo

Antes de mencionar o pai do presidente da OAB, Bolsonaro perguntou qual era a intenção da entidade ao impedir que a Polícia Federal tivesse acesso ao telefone de um dos advogados de Adélio Bispo.

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”, questionou o presidente.

Em março, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Néviton Guedes, atendeu a um pedido Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) e da OAB de Minas Gerais e mandou suspender a investigação sobre a participação do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu o autor da facada.

Sobre o fato de Adélio ter sido considerado inimputável, o presidente afirmou que ainda espera novas revelações por parte do acusado. “Como não recorri, agora ele é maluco até morrer. Vai ficar em um manicômio judicial, uma prisão perpétua. Estou sabendo que ele está aloprando lá. Abre a boca, pô. Ah, não tem valor porque é maluco, abre a boca, pô! Quem sabe dê o fio da meada”, frisou.

O café da manhã do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com jornalistas nesta sexta-feira (19) rendeu uma série de informações polêmicas vindas do líder. Após dizer que no Brasil não havia problema da fome e ter atacado, sem perceber que estava sendo ouvido, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), Bolsonaro também falou sobre a jornalista Miriam Leitão.

Miriam, que faz parte do grupo Globo, é conhecida não somente por suas análises econômicas do país, mas também por seu ativismo durante a ditadura militar no Brasil. Bolsonaro, entretanto, afirmou que a jornalista mente ao dizer que foi torturada nos anos 1970.

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“Ela estava indo para a guerrilha do Araguaia quando foi presa em Vitória. E depois Miriam conta um drama todo, mentiroso, que teria sido torturada, sofreu abuso, etc. Mentira. Mentira”, afirmou Bolsonaro aos jornalistas.

Miriam, entretanto,  nunca teve participação na luta armada. Ela atuava na distribuição de panfletos e pichação de muros com críticas à ditadura. “Não estava indo para a guerrilha do Araguaia. Nunca fiz qualquer ação armada”, declarou a jornalista em resposta ao presidente.

Miriam Leitão foi presa em 1972, aos 19 anos. Na época ela era estudante universitária e filiada ao PCdoB. Após ser presa, mesmo estando grávida, foi submetida a várias formas de tortura por um período de três meses.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta quinta-feira (2) para criticar o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com relação à morte da sambista Beth Carvalho.

Considerada a madrinha do samba, Beth morreu na última terça-feira (30) em decorrência de uma infecção generalizada. A artista já estava internada no Rio de Janeiro desde o último mês de janeiro.

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“Bolsonaro é incapaz até de emitir palavras de luto quando uma das maiores cantoras brasileiras falece”, lamentou o psolista. “Mas o legado e a grandeza de Beth Carvalho estão muito acima de sua mediocridade”, pontuou.

Além de ter a voz conhecida através de inúmeros sambas de sucesso, Beth Carvalho também era figurinha marcada quando o assunto era política. Apoiadora do ex-presidente Lula, Beth Carvalho foi uma das artistas que militou a favor das Diretas Já, na época da ditadura militar.

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