Tópicos | Ditadura Militar

Um dos fatos mais polêmicos da história brasileira, o regime militar é a pauta desta semana do programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJá. Nesta edição, você confere dicas essenciais para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio.

Convidamos o professor de história Marlyo Alex, além do docente de atualidades Benedito Serafim. Lembrando que os feras também podem seguir o Instagram @vaicairnoenem, onde há dicas, questões, notícias, aulas exclusivas e muitos outros conteúdos. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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"Ustra Vive! Fleury Vive!" A saudação a dois dos símbolos da repressão e tortura durante a ditadura militar foi seguida de aplausos e risos no plenário Paulo Kobayashi, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Ali, o que era uma sessão para a exibição do filme 1964, o Brasil Entre Armas e Livros transformou-se em desagravo à memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do Destacamento de Operações de Informações (DOI), do 2.º Exército, e ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, do antigo Departamento de Ordem Política e Social da Polícia Civil de São Paulo, o Dops.

O filme exibido na noite de segunda-feira, 8, justifica o golpe de 31 de março de 1964 como necessário para "deter o comunismo" e defende a tese de que, por falha dos militares, o "marxismo cultural" dominou a imprensa, as universidades e a cultura no País, impregnando a Constituição de 1988. Terminada a exibição, foi formada uma mesa de debate com os parlamentares do PSL, o advogado Renor Oliver - colaborador do site bolsonarista Terça Livre -, o ex-marinheiro José Anselmo dos Santos, o cabo Anselmo, e o ex-delegado Paulo Oppido Fleury, filho de Sérgio Paranhos Fleury.

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Ao Estado, o deputado Douglas Garcia (PSL), proponente da sessão, disse que as homenagens a Ustra e a Fleury não estavam previstas - afirmou que eles foram convidados para dar testemunhos históricos. "As pessoas têm direito à liberdade de expressão", disse.

"Se a esquerda pode enaltecer seus heróis, a direita tem o mesmo direito", completou o deputado Castello Branco, que elogiou o filme e fez um relato sobre seu tio-avô, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que presidiu o País de 1964 a 1967.

Em seguida, falou o Cabo Anselmo, mais famoso agente infiltrado da ditadura. "Gostaria que houvesse um choque para tratar com firmeza isso (o domínio da esquerda nas universidades)." Paulo Fleury pegou o microfone e soltou: "Ustra vive! Fleury vive!". Foi aplaudido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vocalista do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, se envolveu em uma polêmica e discutiu com seguidores no Twitter, nesta terça (2). Ao replicar uma matéria sobre um livro que fala de crianças que foram torturadas durante a ditadura militar, ele afirmou que a culpa do ocorrido havia sido dos pais delas. O comentário causou reações fortes entre alguns.

Na postagem, Roger escreveu: "Livro reúne histórias de crianças presas, torturadas ou exiladas durante a ditadura no Brasil. A culpa é dos pais dessas crianças. Foram presos por conspirarem contra o Brasil. Pensaram nas crianças ao se envolverem?"

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Prontamente, os seguidores repreenderam o cantor. "Não sei se vc tem filhos, mas se tiver eu espero que eles nunca paguem pelo fato de ter um pai tão imbecil quanto você"; "Justificar a tortura de crianças é o fim da linha heim Roger? O abismo civilizatório começa aí, triste ver alguém com QI tão alto defender um absurdo desse"; "Quer dizer que você acha justificável o sofrimento imposto a essas crianças ? Não acha que está te faltando humanidade, companheiro?"; "De todas as bobagens que tu ja escreveu, essa é de longe a mais nojenta".

Em seguida, ele tentou justificar suas colocações ao responder a um seguidor: "Você leu a matéria? Não. Ou teria lido que não houve a tortura e a manchete é sensacionalista e deturpada. As crianças foram separadas de seus pais que foram presos. E essa manchete quer que acreditemos que torturaram crianças. São VOCÊS que estão usando crianças para seus fins espúrios".

Mas continuou sendo criticado pelo público: "Eu li. Há relatos de agressões, ali. Pra mim, isso é tortura"; "Mano do céu, você é doente"; "Roger, você não é burro, te falta é caráter mesmo".

Os generais da reserva com assento no governo de Jair Bolsonaro ocuparam funções de oficiais na estrutura das Forças Armadas e dos governos do regime militar. Conselheiro do presidente, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro, de 71 anos, tinha quase 17 no dia 31 de março de 1964.

"Era aluno do segundo ano Científico do Colégio Militar do Rio. Vibrei com a queda de João Goulart, um cancro na política brasileira", disse ao Estado. A exemplo de Bolsonaro, Heleno não chama o golpe de golpe. Na sua definição, houve um movimento para conter o avanço do comunismo no País.

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No começo da década de 1970, Heleno foi instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio, onde se formaram o atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz (turma de 1974), o vice-presidente Hamilton Mourão (1975) e o próprio Bolsonaro (1977).

No ano da formatura de Bolsonaro, Heleno, capitão recém-promovido, assumiu o cargo de ajudante de ordens do então ministro do Exército, Sylvio Frota - que tentou se impor como sucessor do presidente Ernesto Geisel e foi demitido. O grupo do entorno dele ensaiou um levante. Questionado, Heleno disse que sua participação foi "irrelevante". "Tinha apenas 30 anos."

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, de 65 anos, tinha 10 quando o Exército derrubou Goulart. Ele relatou que, durante o regime, se dedicou à Brigada Paraquedista, no Rio. Sua atuação, disse, foi "exclusivamente" voltada à profissão militar.

Já Santos Cruz, que tem gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto, completava 12. O Exército tinha acabado de exterminar as guerrilhas na Amazônia quando, entre 1975 e 1977, ele concluiu os cursos de comando e guerra na selva. À pergunta sobre sua experiência na ditadura, disse que não foi "frotista" nem "castelista". "Não faço parte de grupos estereotipados. Fui ser militar porque tinha atração pela atividade militar e era uma opção profissional que eu tinha possibilidade de acessar."

Em 1973, no auge da repressão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Floriano Peixoto, de 64 anos, se formava pela Academia Militar das Agulhas Negras. Naquele ano, outro ministro, o almirante Bento Albuquerque, de Minas e Energia, entrava para a Marinha. Nos dois últimos governos militares ele se dedicou ao programa de submarinos.

O titular da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de 56 anos, tinha um ano quando ocorreu o golpe e no último ano do regime, 1984, formou-se em Tecnologia Aeronáutica na Academia da Força Aérea. Militares mais novos, como o ministro Tarcísio Gomes (Infraestrutura), de 43 anos, não era nascido em 1964.

A cada quatro pronunciamentos feitos por Jair Bolsonaro durante sua passagem pela Câmara, pelo menos um mencionou o regime militar. O Estado compilou e analisou todos os discursos do atual presidente em plenário entre 2001 e 2018 - período em que ele ocupou uma cadeira de deputado. Das 901 falas catalogadas, 252 mencionam esse período histórico (28%).

Geralmente em tom nostálgico, os discursos dão crédito aos militares por reprimir a oposição de esquerda e negam que tenham sido cometidas violações de direitos humanos - o que está em desacordo com o consenso historiográfico atual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 150 alunos participaram, neste sábado (30), de um aulão sobre milícias, promovido pelo preparatório Os Caras de Pau do Vestibular, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O encontro contou com a atuação de professores sobre a atuação e diversas instâncias sociais, como polícia e políticos. O evento contou com open café para os estudantes.

Segundo o professor de geografia e atualidades Benedito Serafim, o aulão é uma oportunidade de fazer os estudantes pensarem criticamente. “Acreditamos que esse assunto não vai ser cobrado no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), é um aulão extracurricular que vai promover o pensamento crítico a eles”, destaca.

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O professor de história Marlyo Alex também salienta acreditar que o tema sobre milícias não será alvo de questão no Enem, mas que o aulão sobre o assunto pode ser forma de colaborar a prova. “A ideia é tentar fazer uma transversalidade de assuntos para os alunos, de forma com que ele saiba associar a outros conteúdos, fazer referências histórias e ter uma boa argumentação na redação, por exemplo”, explica.

De acordo com a prefessora de filosofia Cristiane Pantoja, o encontro traz um papel cidadão importante. "Pensando sempre na construção e prática da cidadania, saber sobre atuações políticas, independente do governo, faz-se dever e necessário", comenta. "Diante atualizações do Inep, aguardo uma prova mais conteudista e diante alunato, como educadora, espero sempre mais leituras e reconhecimento da realidade que os cercam", acrescenta a professora.

Para a alunos Sara Oliveira, o aulão é uma maneira de ter bons resultados no Enem. “Eu sei que esse tipo de assunto não deve cair, mas creio também que ter consciência do que realmente acontece no mundo é uma forma de me fazer ter boas argumentações e embalsamentos teóricos”, salienta a estudante.

Ao final do aulão, os professores fizeram uma homenagem aos mortos na ditadura militar, como forma de marcar o dia 31 de março, dia em que um golpe derrubou o então presidente João Goulart, em 1964. Questionamentos sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o projeto Novo Recife também foram feitos na ocasião. Confira o vídeo abaixo com mais detalhes do aulão:

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu, neste sábado (30), a decisão da 6ª Vara Federal do Distrito Federal que impedia órgãos federais de comemorar o golpe militar, que aconteceu no dia 31 de março de 1964 e completa 55 anos neste domingo. A decisão foi conquistada a partir de uma petição impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Na liminar, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, aceitou os argumentos da AGU de que as ações contra a recomendação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não preenchem os requisitos necessários para que a Justiça concedesse uma medida liminar. Na ótica da AGU, a competência administrativa do Poder Executivo ficaria comprometida, caso a suspensão das comemorações fosse mantida.

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A decisão dessa sexta-feira (29) da juíza da 6ª Vara Federal de Brasília, Ivani Silva da Luz, atendeu a uma ação civil pública proposta pela Defensoria Pública da União (DPU), que observava que qualquer evento em alusão a data feria a memória histórica. O argumento foi refutado pela desembargadora. 

"O Estado Democrática de Direito pressupõe o pluralismo de ideias e projetos", disse na sentença, acrescentando que "o dia 31 de março de 1964 sempre foi objeto de lembrança pelas Forças Armadas.

Às vésperas do aniversário de 55 anos do golpe militar, um projeto de lei protocolado na Câmara dos Deputados pretende criminalizar 'apologias ao retorno da ditadura militar' e a 'pregação de novas rupturas institucionais no país'.

Apresentado pelo vice-líder do PC do B, deputado pelo Maranhão, Márcio Jerry, o PL nº 1.798/2019 propõe a alteração do artigo 287 do Código Penal Brasileiro, dando a ele uma nova redação, 'para punir, com multa ou detenção, de três a seis meses, autores de declarações ou conclamações públicas que remetem a fatos criminosos, tortura ou que incentivam algum tipo golpe ou quebra do sistema político vigente'.

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O projeto de Jerry foi apresentado em meio à polêmica criada pela ordem do presidente Bolsonaro para que os quartéis comemorem o 31 de março.

Nesta sexta (29), a juíza Ivani Silva da Luz, da 6.ª Vara Federal de Brasília, acolheu pedido da Defensoria Pública da União e determinou que as unidades militares se abstenham das festividades em alusão a 1964.

Para embasar seu projeto, o deputado maranhense menciona o artigo 5.º da Constituição, que 'estabelece como crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, que vão contra a ordem constitucional e o Estado Democrático no país'.

Márcio Jerry explica que 'a matéria vem suprir a necessidade de se coibir reações extremas em um grave momento da história brasileira, que vive um patente momento de ameaça à democracia'.

O parlamentar afirma que o projeto pretende 'colocar luz sobre um trágico recorte da memória nacional'.

"É preciso que a gente reflita sobre isso para que o Brasil não faça do próximo dia 31 um momento de revirar feridas, porque a democracia cuida disso, e não é cabível e não é aceitável que um Presidente da República faça uma conclamação tão estapafúrdia, tão acintosa à democracia e tão agressiva à memória daqueles que padeceram sob a ditadura", afirmou.

O projeto será distribuído às comissões temáticas a serem designadas pelo deputado Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Casa. Depois, segue para deliberação do Plenário.

O cantor e compositor Lobão, que é assumidamente apoiador de causas mais voltadas à direita e um crítico ferrenho dos governos de esquerda, gravou um vídeo com sua opinião sobre a ditadura militar e deu o que falar nas redes sociais.

Em seu vídeo, o artista critica o processo que se iniciou em 1964 e durou 21 anos no Brasil, além de repudiar a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de comemorar a data em que o golpe militar completa 55 anos, no próximo dia 31 de março.

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Lobão afirmou que o período ditatorial foi “muito escroto” e “uma merda”, além de dizer que ter saudade do regime militar é uma “estupidez”. O vídeo divulgado por ele mesmo foi parar nos tópicos de assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira (27).

“Eu acho que temos que perceber que o regime de 64 era autoritário e isso já é uma ‘merda’. Nós tivemos 23 anos de uma censura estúpida, que não deixava vazar maior parte das informações que eles não queriam. Eu tive uma música que era sobre um triângulo amoroso e foi censurada por atentado violento ao pudor”, lembrou. A OAB condenou, inclusive, essa comemoração proposta por Bolsonaro.

Militantes da direita e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acusaram o cantor de ter “mudado de lado” após dar essas opiniões. O senador Humberto compartilhou o vídeo e disse que “ídolo da direita e eleitor de Bolsonaro, Lobão mandou a real sobre a ditadura”.

“Eu era parado na rua, em blitz, o tempo todo. Eu nunca fui comunista, eu era simplesmente um rockeiro. Então nós vivemos um período muito escroto e se não tivéssemos esse período escroto, nós não estaríamos agora sofrendo todas essas mazelas”, continuou Lobão.

O artista ainda falou que “ter saudades de um regime desses é de uma estupidez que revela exatamente aquilo que tenho falado sobre a direita. A gente não pode glorificar expedientes sombrios. Ficar glorificando esse período é contra gente. Não estamos olhando para frente. Isso é de uma imbecilidade muito grande”, garantiu.

Porém, sem perder suas raízes conservadoras, Lobão disse que “não podemos demonizar de maneira nenhuma os militares porque eles salvaram a gente do ‘Cubão’, isso é verdade”.

“Mas também não podemos glorificar e torná-los heróis porque foi um regime tacanha, imbecil, ingênuo porque a direita em essa ingenuidade que a esquerda vai lá e prevarica-se”, completou.

Após o anúncio que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no Brasil, em 1964, o assunto deu o que falar entre apoiadores e contrários ao governo.

Durante esta terça-feira (26), a hashtag #64NãoFoiGolpe esteve entre os assuntos mais comentados durante todo o dia.  O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart aconteceu em 31 de março daquele ano.

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Por isso, Bolsonaro sugeriu comemorações para lembrar a data no próximo domingo (31). A data marca o início de 21 anos em que o Brasil viveu em ditadura. Neste período, não houve eleição direta para presidente, o Congresso Nacional chegou a ser fechado e houve censura à imprensa.

“1964 foi a salvação do Brasil de virar uma ditadura comunista como Cuba”, escreveu uma seguidora do atual presidente. “O regime militar teve tantos processos levaram o Brasil as 10 maiores economias do mundo, nunca colocaram bomba em metro as pessoas de bem viveram normalmente, eu sei meu pai viveu esta época em SP e nunca teve problemas pq ele trabalhava e não assaltava bancos”, opinou outro internauta.

Já os contrários ao posicionamento de Bolsonaro levaram a hashtag #DitaduraNuncaMais também ao topo de assuntos mais comentados no Twitter. Lá, as mensagens são de repugnação aos acontecimentos oriundos do Governo Federal.

“Eu profetizo: chegará o dia em que Bolsonaro será preso, julgado e condenado, entre outras coisas, por negar a Ditadura e seus horrores”, afirmou um usuário da rede. Outro internauta afirmou que é contra a ditadura “por Fernando Santa Cruz, por Soledad, por Marighella, por Carlos Lamarca, por todas as pessoas torturadas, mortas e desaparecidas; por suas famílias, por nós, por amor”.

Na manhã desta terça-feira (26), usuários do Twitter levantaram a hashtag #DitaduraNuncaMais após o presidente Jair Bolsonaro determinar que o Ministério da Defesa faça as comemorações devidas ao aniversário de 31 de março de 1964, data em que foi instaurado o golpe militar no Brasil. Na mesma rede social, a cantora Maria Rita repudiou a decisão de Bolsonaro.

"Não tá suave. Querer comemorar um período sombrio, de medo, dúvidas, insegurança constante, desaparecimentos, dor — pra quê? Pra quem? É uma afronta. E a assinatura no atestado de profunda ignorância", comentou a artista.

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Internautas concordaram com Maria Rita e opinaram sobre o assunto. "Vejo jovens que não viveram a ditadura com discurso a favor desse escroto! Precisamos lembrar o povo o que foi esse período e gritar para esses jovens o que foi a ditadura!", escreveu uma pessoa.

"É uma mistura de desonestidade com ignorância por parte dessas pessoas", comentou outra. Na década de 1970, Elis Regina, cantora e mãe de Maria Rita, lançou a música "O Bêbado e a Equilibrista", sendo essa considerada o hino da anistia no período final da ditadura militar iniciada no golpe de 1964.

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A líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), tem dado o que falar nas redes sociais. Desta vez, em publicação no Twitter, a parlamentar celebrou o fato de as Forças Armadas passarem a comemorar oficialmente, a partir deste ano, o aniversário do início do regime militar no Brasil.

Na ótica de Hasselmann, a comemoração vai retomar a verdadeira história do país. “A partir deste ano, o Brasil irá comemorar o aniversário do 31 de março de 1964. A data foi incluída na ordem do dia das FFAA e cada comandante decidirá como deve ser feita. É a retomada da narrativa verdadeira de nossa história. Orgulho”, escreveu, acompanhando o texto por um emoji com a bandeira do país e uma foto dela ao lado de comandantes militares, considerada pela rede social como um “conteúdo sensível”.

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A publicação tem mais de 5 mil comentários, entre adeptos e críticos, de parlamentares, jornalistas e populares. "Tu conseguistes o bicampeonato. Faz vergonha tanto como jornalista quanto como parlamentar", observou o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), ao rebater a deputada.

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O dia 31 de março de 1964 marcou o começo da ditadura brasileira. Apesar da celebração para alguns, principalmente militares e adeptos ao regime - incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PSL) que já chegou a afirmar que não houve ditadura no país, centenas de pessoas foram mortas e torturadas na época, de acordo com dados já expostos por Comissões da Verdade instaladas pelo país. Além dos que precisaram deixar o país com suas famílias, tornando-se exilados políticos.

Em 2019, a data completa 55 anos. Ainda no Twitter, nesta terça-feira (26), o assunto está entre os mais comentados, depois que Bolsonaro autorizou a “comemoração”. A hashtag #DitaduraNuncaMais é a mais citada no Brasil hoje.

Até a próxima sexta-feira (25), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) estará à frente da Presidência da República. O vice-presidente assumiu o exercício do mandato na madrugada desta segunda (21), pouco antes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) embarcar para Davos, na Suíça. Esta é a primeira vez, desde o fim do regime militar em 1985, que um general fica no cargo.  

O último militar desta patente a estar como presidente foi João Figueiredo, de 15 de março de 1979 a 15 de março de 1985, quando entregou o cargo a José Sarney, encerrando o período da ditadura.

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Agora em outro cenário, com a democracia em evidência, a ascensão do general à Presidência será mais frequente. Uma vez que ele é o primeiro na linha sucessória e, sempre que Jair Bolsonaro se ausentar do país, terá a responsabilidade de guiar a administração federal.

Apesar de ser dono de declarações e posturas polêmicas, nesta segunda, Mourão já avisou que "por aqui, manteremos a posição" com a ausência de Bolsonaro. No próximo dia 28, quando está marcada a cirurgia do presidente para a retirada da bolsa de colostomia, o general deve voltar ao exercício do mandato. 

Escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Educação, o filósofo Ricardo Vélez Rodriguez já defendeu que o dia 31 de março de 1964 - que marca o golpe militar no Brasil - é uma “data para lembrar e comemorar”.

Para Rodriguez, a instalação da ditadura brasileira não pode ter a memória desmoralizada. “Nos treze anos de desgoverno lulopetista os militantes e líderes do PT e coligados tentaram, por todos os meios, desmoralizar a memória dos nossos militares e do governo por eles instaurado em 64”, escreveu o futuro ministro, em um blog pessoal, de acordo com a Coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

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“A malfadada ‘Comissão da Verdade’ que, a meu ver, consistiu mais numa encenação para ‘omissão da verdade’, foi a iniciativa mais absurda que os petralhas tentaram impor”, emenda o colombiano no mesmo texto, escrito em 2017. A Comissão da Verdade é o órgão que investigou os crimes cometidos pela repressão imposta na época, como torturas e assassinatos.

Vélez também usou o blog para enaltecer o “patriótico papel” dos militares no período e discretamente pontuar que “houve excessos no que tange à repressão”.

A postura do próximo responsável pelo MEC comunga com a do próprio Bolsonaro, que já chegou a dizer que “o erro da ditadura foi torturar e não matar”.

Cangas colorindo a grama, música aos acordes de um violão. Cidadãos de diversas faixas etárias, ciclistas atentos à explanação. Esses e outros elementos abrilhantaram a tarde deste domingo (2) na Rua da Aurora, um dos principais pontos do Centro do Recife. Ao lado do representativo monumento ‘Tortura Nunca Mais’, o projeto ‘História ao Ar Livre’ chegou à décima edição com uma aula que destrinchou a temática “Histórias que não devem ser esquecidas: 1964 a 1985”.

O evento, aberto ao público, reuniu cerca de 500 pessoas. Muitas delas jovens estudantes, que em novembro deste ano vão encarar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em pauta, uma séria discussão acerca da Ditadura Militar no Brasil, que foi de um resgate dos capítulos do passado aos atuais debates de defende a volta do regime ditador. 

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Um dos idealizadores do projeto, o professor de história Rodrigo Bione ressaltou que, em primeiro lugar, a ação valoriza os espaços públicos do Recife. Outro objetivo é ensinar história de maneira gratuita e reflexiva, não com intuito único de preparar os participantes para provas educacionais, mas possibilitar uma análise sobre os fatos históricos que marcam a sociedade brasileira.

“O projeto busca valorizar os espaços públicos do Recife. A gente acredita que cidade viva é a que tem as pessoas na rua. Se divertir é também ocupar, conversar. Escolhemos a Rua da Aurora porque, como o tema tem a ver com o período ditatorial militar, esse é um local simbólico, tem o monumento Tortura Nunca Mais, entre outras coisas”, explica Bione.

“Temos um problema histórico que as pessoas esquecem muito fácil as coisas. E a gente vê a ascensão de movimentos que pedem a volta da Ditadura Militar e até mesmo da tortura. A ideia é a gente evitar erros do passado. É fundamental entendermos que a nossa democracia tem suas falhas, mas mesmo com a democracia falha, é melhor corrigir essas falhas e não destruir essa democracia”, acrescentou o professor de história.

A estudante Beatriz Percílio, 16 anos, natural de Olinda, aproveitou o domingo durante a aula ao ar livre. “É bom falar sobre a Ditadura para informar a quem não sabe. O governo teria sim que investir nisso, mas pelo visto não quer, porque informação é poder. Nas escolas, muitas vezes, a gente não tem aula sobre o assunto com frequência e quando tem, é algo muito superficial. Uma aula como esta ajuda muita a entender”, opina a jovem.

Moradora da cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, Beatriz Santiago (à esquerda da foto, e sua amiga Beatriz Percílio de amarelo), 16, foi à Rua da Aurora acompanhar o aulão. Para ela, a ação é bastante positiva. “Achei maravilhoso, principalmente para quem está precisando de umas aulas e não tem condições de pagar por isso. É muito importante para a educação”, disse a estudante.

Convidado especial para conduzir a aula deste domingo, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo César Gomes ressaltou a aula como ação urbana, além do seu cunho histórico, político e social.  “Há a ocupação do espaço público e ao mesmo tempo é possível falar sobre o tema que tem se tornado cada vez mais recente, não só pela Ditadura Militar, mas pela permanência autoritária no momento presente e de que maneira essas pessoas podem ser vinculadas e como a história pode nos ajudar a compreender como chegamos até aqui. Tudo isso neste momento em que a gente observa o crescimento de movimentos autoritários e até mesmo fascistas”, declarou Paulo César.

As próximas edições do projeto ‘História ao Ar Livre’ podem ser vistas na página oficial da iniciativa. Confira no vídeo a seguir alguns momentos do evento:

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Tida como um dos momentos mais obscuros da história política brasileira, a Ditadura Militar merece a atenção do fera que vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro. Por se tratar de um período marcado por grande repressão às liberdades individuais, o Enem costuma abordar o período por meio de questões relacionadas aos direitos humanos e civis.

De acordo com o historiador Luiz Neto, as questões são abordadas com sátiras e críticas da época ao governo. “Normalmente as questões vêm com textos grandes, acompanhadas por charge da época, que eram usadas para satirizar e criticar o governo. Também são utilizados trechos de jornais que foram censurados. Tortura e censura é uma temática que sempre é abordada quando se trata de ditadura. Porém, é importante que o fera se atenha e saiba interpretar as charges, que sem dúvidas, é o que mais cai na prova”, destacou.  Ainda segundo Luiz, para responder as questões acertadamente, o estudante deve saber quais mudanças foram estabelecidas no Estado Brasileiro.

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O regime militar se instaura em um contexto de bastante instabilidade política no país. Com a renúncia do presidente à época, Jânio Quadros, o sucessor, João Goulart, que era visto por setores e instituições da sociedade civil, a exemplo da igreja católica, ruralistas e outros, como uma ameaça à ordem democrática vigente, foi deposto pelos militares no dia 31 de março de 1964, e em 1º de abril do mesmo ano, a junta militar assume o comando do país. Com os militares no poder, iniciou-se uma jornada de ataque e repressão à oposicionistas, que teve 22 anos de duração.

O vestibulando deve ter em mente os Atos Institucionais que foram promulgados no período militar, que na prática, atribuíam ao Executivo, controle absoluto sobre os poderes e instituições da República. São eles:

Ato Institucional 1 (AI-1)

Promulgado em abril de 1964, o AI-1 estabeleceu o voto indireto para presidente e permitia que o chefe do Executivo cassasse os mandatos parlamentares com aprovação do Congresso.

Ato Institucional 2 (AI-2)

Foi decretado em 1965 pelo marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente militar, e implantou o bipartidarismo, que estabeleceu a existência de apenas dois partidos, Aliança Renovadora Nacional (Arena), como partido governista e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ficou conhecido por fazer a chamada “oposição responsável”.

Ato Institucional 3 (AI -3)

Baixado em 1966 ainda pelo comando de Castelo Branco, o AI-3 estabeleceu o voto indireto para governadores dos estados e prefeitos dos municípios.

Ato Institucional 4 (AI-4)

No final de 1966, o AI-4 convocou dos parlamentares para aprovação de uma nova constituição, chamada “Constituição de 1967”, que incorporava os Atos Institucionais anteriores.

Ato Institucional 5 (AI-5)

Considerado o mais cruel de todos os Atos Institucionais, o AI -5 foi promulgado em 1968, pelo presidente Costa e Silva, que fazia parte do grupo considerado linha dura. Entre os seus decretos, o Ato permitia que o presidente cassasse os mandatos parlamentares sem precisar de aprovação do Congresso; revogava o habeas corpus; permitia prisão arbitrária por parte do governo, além de admitir que presos políticos tivessem seus bens confiscados pelo Estado.

Em 1969 assume o general Emílio Garrastazu Médici, um dos principais nomes do regime militar. Considerado por muitos professores como um dos presidentes mais repressivos do período, Médici se utiliza abusivamente do AI-5 para atacar opositores. É nesse período que são criados os DOI-CODI, delegacias onde aconteciam torturas e até mortes à presos políticos, sem que fossem noticiados por nenhum órgão governamental ou imprensa. Por conta da repressão, muitos oposicionistas fugiam do país.

O governo ganhou apelo popular pelo chamado “Milagre Econômico”, que fez o país crescer consideravelmente do ponto de vista econômico. Também foi sob o comando de Médici que obras de grande porte foram realizadas em todo país, como a Usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói.   

Processo de abertura

Com o slogan “Abertura lenta, gradual e segura”, o general Ernesto Geisel dá início ao rompimento da ditadura e chega à Presidência em 1974 com forte pressão popular sobre o governo militar por conta de uma crise petrolífera que culminou no aumento do desemprego e índice inflacionário no país, ampliando assim, a impopularidade do regime.

O processo de abertura tem continuidade pelo governo de João Baptista Figueredo, último presidente do período militar, que assume em 1979 e assina a lei da anistia, que perdoa presos políticos e permite o retorno de exilados. A reação de militares contrários à abertura ficou conhecido como o ataque ao Rio Centro, onde bombas explodiram antecipadamente matando os responsáveis pelo atentado, ocasionando ainda mais o enfraquecimento do governo.

Com isso, a oposição, por meio do deputado federal Dante de Oliveira (MDB), propôs uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em 1983, a popularmente conhecida como “PEC das Diretas Já”, que mobilizou toda sociedade, porém, foi recusada pelo Congresso Nacional.

Pressionado e dissipado, o governo lança a candidatura de Paulo Maluf, enquanto a oposição crava Tancredo Neves como candidato à Presidência, tendo José Sarney como vice. Os oposicionistas vencem a disputa no colégio eleitoral, Tancredo Neves morre às vésperas de assumir o novo mandato, e em 1985, Sarney se torna o primeiro civil a comandar o Brasil, após a ditadura militar.

Resumo em vídeos

O LeiaJá também entrevistou o proferssor de história Salviano Feitosa. Ele explicou, em detalhes, o contexto histórico da Ditadura Militar no Brasil. Confira o primeiro vídeo:

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Na continuação da explicação, Salviano Feitosa também toca em um ponto bastante discutido no Brasil: corrupção. Veja, a seguir, o segundo e último vídeo da explanação do professor: 

Estão abertas as inscrições para o aulão temático sobre a Ditadura Militar no Brasil promovido pelo curso de História Everaldo Chaves. O evento será realizado no próximo dia 11 de agosto, das 8h às 12h30, no auditório Roque de Brito da Uninassau, localizado na rua Guilherme Pinto, bairro do Derby.

Não será cobrada taxa para os alunos regulares do curso, mas interessados em assistir a aula deverão pagar o valor de R$ 10. As vagas são limitadas e o pagamento só poderá ser realizado no dia do evento.

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A Ditadura Militar do Brasil foi o período compreendido entre os anos de 1964, com a deposição do presidente João Goulart através de um golpe articulado entre as forças armadas e outros setores conservadores da sociedade, e 1985, com a eleição indireta do presidente Tancredo Neves. Foi um período histórico marcado por perseguições, censura, tortura e morte de opositores, cerceamento de direitos políticos, falta de democracia, exílio, guerrilhas e desaparecimentos.

O médico general reformado do Exército Ricardo Agnese Fayad, 77 anos, responderá na Justiça pelos crimes de tortura cometidos no período da ditadura militar no Brasil. A 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia em que o ex-oficial é acusado de participar de sessões de tortura contra o militante político Espedito de Freitas, entre os dias 10 e 22 de novembro de 1970.

De acordo com o Ministério Público Federal, o médico terá de responder por lesão corporal grave, por ofender a integridade corporal e a saúde da vítima, dentro do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Exército. O general também teve o registro de exercício profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro.

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O MPF informou que o militante político sobreviveu as sessões de tortura, mesmo com lesões causadas pela introdução de objetos em órgãos genitais e após desenvolver sequelas como sangramento intestinal, inchaço na região escrotal e problemas de coluna.

Segundo as denúncias que estão na Comissão Nacional da Verdade, os crimes contra Espedito de Freitas não foram os únicos que Fayad teria participado. Para os procuradores do MPF, como se trata de crime contra a humanidade, apesar de ter sido cometido há 47 anos, não é passível de anistia.

 

 

Um elenco formado alunos-atores entre 59 e 92 anos levará aos palcos do Recife o espetáculo ‘Retratos de uma Lembrança Interrompida’, que narra a ditadura militar a partir das memórias dos integrantes do grupo ‘Bela Idade’. A direção fica por conta de Anderson Damião e Marcos Medeiros, e os oito atores se revezam no palco durante 50 minutos de espetáculo para reviver lembranças de um período marcado pela repressão política e perda de liberdade.

“Foi um exercício até doloroso para eles. Queremos dar voz a esses personagens que são reais e, por isso, trazem emoções ainda mais verdadeiras”, conta a professora de Artes do Sesc Santa Rita e orientadora pedagógica do projeto, Emanuella de Jesus. A peça contará com duas apresentações, sendo uma no dia 31 de outubro e a outra no dia 14 de novembro. A primeira será realizada no Teatro Marco Camarotti, às 10h, e a segunda será no Teatro Santa Isabel, às 16h, ambas com entradas gratuitas. 

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Serviço

Retratos de uma Lembrança Interrompida’

31 de outubro | 10h

Teatro Marco Camarotti (Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro)

14 de novembro | 16h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)

Gratuito

 



Ícone da década de 90, Paulo Cintura não é apenas conhecido por seu bordão 'Saúde é o que interessa e o resto não tem pressa', mas também, por suas postagens que criticam a ideologia de gênero, em apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e à intervenção militar.

Esta semana, em entrevista ao site NaTelinha, o ator, de 67 anos, criticou o personagem Ivan, da novela 'A Força do Querer. "Eu acho que isso não poderia ter colocado num canal aberto, criança vê, ela é sugestionada e fica em dúvida: 'O que é que eu sou? Sou menino ou menina?", disse.

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Ele continuou: "A mulher quer virar homem e o homem quer virar mulher, isso é problema de cada um. O que eu não admito e nem o Bolsonaro é a ideologia de gênero. O cara querer colocar isso goela abaixo das pessoas eu não acho certo. Acho que a ideologia de gênero é a coisa mais absurda do mundo. Eu chamo os caras de excrementos, de lixos, essa é a minha opinião", disparou.

Em outro momento, Cintura declarou que a ditadura militar foi "a melhor época da vida do povo brasileiro". Neste momento, o ator entrou em contradição: "Nunca houve ditadura militar, nunca houve regime militar, se tivesse ditadura não teria eleições para prefeito e governador como tinha antigamente. Ditadura é o que vivemos agora", comentou.

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A Ditadura Militar do Brasil foi o período compreendido entre os anos de 1964, com a deposição do presidente João Goulart através de um golpe articulado entre as forças armadas e outros setores conservadores da sociedade, e 1985, com a eleição indireta do presidente Tancredo Neves. Foi um período histórico marcado por perseguições, censura, tortura e morte de opositores, cerceamento de direitos políticos, falta de democracia, exílio, guerrilhas e desaparecimentos. 

No último sábado (23), foi realizada a quarta edição do aulão Grito dos Excluídos, promovido pelo curso 'Os Caras de Pau do Vestibular', sobre o período de Ditadura Militar no Brasil. Com uma proposta teatral e sensorial, a aula utilizou várias salas do espaço físico do curso para criar ambientes que levem à imersão dos estudantes na atmosfera da época através da participação na encenação. O nome do aulão, de acordo com o professor de história Marlyo Alex, se deve à tentativa de trazer para os alunos o conhecimento sobre pessoas e elementos que normalmente não estão presentes e não têm voz nos livros de história. Manolo, como é mais conhecido o professor, aposta no modelo diferente de aula como maneira de tentar criar uma memória do período ditatorial nos alunos que se preparam para ingressar no ensino superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

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“A gente teve, durante muito tempo após a redemocratização, um esquecimento sobre esse período, o Brasil nunca se preocupou em fazer uma rememoração da sua ditadura, que para muitos foi uma intervenção democrática ou uma revolução militar. O aulão é uma tentativa de trazer essa memória e inserir nossa juventude em uma perspectiva que muitas vezes não está nos livros”, explica o professor. 

O LeiaJá acompanhou a montagem e execução do aulão Grito dos Excluídos, realizado na sede do curso, no bairro da Boa Vista, no Recife. Registramos detalhes sobre a encenação, sua recepção pelos alunos e a maneira como o aprendizado foi construído com a participação do público e dos educadores. Confira o vídeo:

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