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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara ouve, nesta quinta-feira (21), o presidente estadual do PCdoB, Alanir Cardoso. A oitiva do comunista faz parte das apurações sobre as circunstâncias do desaparecimento do estudante de engenharia pela UFPE, Ruy Frazão. A sessão será às 9h, no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco (SINDSEP-PE), no bairro da Boa Vista. 

Alanir Cardoso militou junto com Ruy Frazão no Partido Comunista à época da ditadura militar. Apontado por agentes da repressão como agitador da ordem estudantil em 1966, Frazão passou a viver na clandestinidade sob o codinome Luís Antônio Silva Soares, em Juazeiro/BA. Abordado e espancado publicamente, na Feira de Petrolina, por três policiais em maio de 1974, depois disso desapareceu. 

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Também vítima da repressão, Alanir Cardoso foi sequestrado e preso junto em 30 de setembro de 1974. “Fomos encapuzados e colocados dentro de uma veraneio por homens fortemente armados com metralhadoras”, lembra Cardoso. A conjuntura do sequestro é alvo das investigações da CEMVDHC, inseridas na relatoria das “Violações de Direitos Humanos nos Meios Religiosos”. Durante a sessão serão colhidos também relatos que subsidiarão as investigações em curso acerca da chacina da Granja de São Bento e da Ação Popular Marxista-Leninista (APML). 

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) e a Prefeitura do Recife prestam uma homenagem, nesta segunda-feira (4), ao militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Cândido Pinto. Às 9h, membros da CEMVDHC, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), e familiares de Cândido instalam um placa rememorando as lutas do militante durante à época da Ditadura Militar, na Ponte da Torre, no bairro das Graças, zona norte do Recife.

O local foi escolhido porque nele Cândido Pinto sofreu um atentado no dia 28 de março de 1969, que o deixou paraplégico aos 22 anos. Durante o período ditatorial, o militante teve forte atuação em movimentos estudantis no Recife, motivo pelo qual sofreu represálias. Foi eleito presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) em 1968, meses antes da instituição do AI-5. Cândido morreu em agosto de 2002.

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Três ex-vereadores olindenses, cassados nos primeiros anos da ditadura militar no Brasil, terão os seus mandatos devolvidos simbolicamente durante solenidade que será realizada nesta terça-feira (31), às 10h, na Câmara Municipal de Olinda. A data foi escolhida porque hoje se rememora os 51 anos do golpe militar, que aconteceu entre 31 de março e 1° de abril de 1964.

>>Especial: Recortes da Repressão em PE

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Antônio Bezerra Gomes, Antônio Marques Dourado e Roberval de Souza Lopes são os três políticos que terão o mandato restituído. Durante a solenidade, requerida pelo vereador Marcelo Santa Cruz (PT), também serão fixadas, nas dependências da Câmara, placas alusivas às cassações dos parlamentares. Já na sede da Prefeitura de Olinda será fixada uma placa homenageando o ex-prefeito Eufrásio Barbosa.

Além deles, também serão homenageados os vereadores que se posicionaram contra as cassações na Casa: Luiz Paiva, Severino Arruda, Élcio Siqueira, pai do vereador Arlindo Siqueira; e Luciano Soares, pai do atual presidente da Câmara, Marcelo Soares; os dois últimos já falecidos. O ex-senador Marcos Freire também será rememorado em nome de todos que lutaram contra o golpe e a ditadura militar.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara recebeu, nesta quarta-feira (24), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, os processos de anistiados indenizados pelo EstadoO acervo será analisado pela comissão e reúne a documentação de 472 pessoas. Os processos de indenização, de acordo com a gestão estadual, resultaram no repasse, ao longe desses anos, de R$ 11,1 milhões. 

“Precisamos apresentar a memória política do Estado de Pernambuco à sociedade e esse material será de grande valor para a conclusão do trabalho da Comissão”, analisou o secretário-geral da Comissão da Verdade, Henrique Mariano

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Corroborando com Mariano, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (PSDB), a importância de repassar o acervo à comissão. “É com grande honra e um gesto de reconhecimento que passo toda a documentação aos detentores de nossa memória”, afirmou. Participaram do encontro representantes da SJDH, Comissão da Verdade e do Arquivo Público, além de anistiados indenizados. 

 

O poeta e escritor pernambucano Yuri Pires lança seu livro O homem e seu tempo, neste sábado (21), na Galeria Café Castro. A publicação foi produzida pela editora luso-brasileiro Chiado em dezembro de 2014 e chegou às livrarias no início deste ano.

O homem e seu tempo é um romance que se passa entre Brasil e Portugal e conta a história de Eduardo, filho e neto de militantes políticos que nasceu numa prisão e ainda criança foi exilado com seu avô em Portugal. A relação entre as ditaduras destes países e as relações humanas de uma família perseguida mostram uma luta pela memória e justiça e reforçam a necessidade de punição aos torturadores e envolvidos nos crimes políticos da época.

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Yuri Pires reside atualmente em São Paulo. O escritor foi estudante de história da UFRPE, coordenador geral do DCE-UFRPE e vice-presidente da UNE. Além do Recife, haverá eventos de lançamento do livro em Belo Horizonete e em São Paulo, no mês de março.

Serviço

Lançamento do livro O homem e seu tempo

Sábado (21) | 19h

Galeria Café Castro Alves (Rua Capitão Lima, 280 - Santo Amaro)

Gratuito

 

O Ministério da Justiça divulgou dois editais de projeto para seleção pública de consultores. São quatro vagas divididas em duas funções. Na primeira, o candidato deve ser um técnico especializado para sistematizar resultados, gerar subsídios e insumos para novas reflexões sobre as importâncias dos seminários “50 anos do golpe militar e a nova agenda da Justiça de Transição do Brasil” e “Memória: Alicerce da Justiça de Transição e dos Direitos Humanos”, realizados pela Comissão Nacional da Anistia em 2014. O contrato, de março a junho deste ano, é no valor de R$ 28.816,00. 

As outras três vagas são destinadas a consultores especializados para realizar pesquisar no acervo da Comissão da Anistia sobre as graves violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura civil-militar no Brasil, Argentina e Chile. O valor do contrato, também equivalente aos meses de março a junho deste ano, é de R$ 35.072,00. 

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Os candidatos devem enviar o currículo até o próximo dia 12 de março para os e-mails que constam no edital de lançamento do projeto.

A Comissão Estadual da Verdade da Bahia entregou nesta segunda-feira (29) ao governador Jaques Wagner um relatório parcial sobre as violações a direitos humanos ocorridas no período de 1964 a 1985 no estado. São cerca de 300 páginas, indicando 538 pessoas vítimas da repressão política na Bahia. Dos 426 mortos ou desaparecidos, diz o relatório, 32 são baianos. Desses, dez foram mortos na Guerrilha do Araguaia.

No relatório, a comissão faz algumas sugestões. Dentre elas está a alteração da Lei de Anistia, para que não se considerem criminosos aqueles que reagiram à repressão dos militares. “Quem cometeu o crime foram as Forças Armadas, que derrubaram um governo constituído e endureceram o regime com a reação das pessoas que discordavam da ditadura”, disse o coordenador da Comissão Estadual da Verdade, Carlos Navarro, à Agência Brasil. “As pessoas que pegaram em armas para reagir à ditadura eram criminosas? Qual foi o crime do outro lado?”

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Navarro explicou ainda que o relatório sugere um projeto de lei “que previna e combata a tortura que ainda existe nos meios policiais” e pede a revisão do conceito do período entre 1964 e 1985 nas escolas de formação de praças. “O conceito nessas escolas é de exaltação à ditadura. Estamos sugerindo que se reavalie esses conceitos. Não é possível que essa exaltação à ditadura civil-militar continue”.

Navarro destacou também que sugeriu ao governador da Bahia que seja incluído na grade curricular das escolas do estado matérias sobre a memória desse período. “É uma forma de fazer chegar aos estudantes a ditadura. Hoje, o que eles têm é a informação oficial, dos militares”.

Jaques Wagner recebeu o documento e disse que as questões relativas ao relatório final da Comissão Nacional da Verdade, entregue este mês, estão sendo discutidas no Ministério da Defesa, pasta que ele vai assumir a partir de janeiro. “Vários temas já foram tratados pelo ministro Celso Amorim e, sem dúvida, essa parte terá uma continuidade, as consequências do relatório da Comissão Nacional da Verdade”.

A Comissão Estadual da Verdade da Bahia continuará seus trabalhos até a entrega do seu relatório final, em agosto de 2015. A comissão tentará esclarecer as mortes de dois jovens baianos, João Leonardo da Silva Rocha e Uirassu de Assis Batista, que foram enterrados sem que houvesse informações oficiais sobre eles.

Até o momento, foram feitas pesquisas em cerca de 700 documentos, além de 69 depoimentos, obtidos em audiências públicas ou individualmente. Segundo o coordenador da comissão, as Forças Armadas não colaboraram e alegaram que não se submetem a órgãos estaduais. A comissão, no entanto, vai continuar tentando um diálogo com os militares.

A Comissão Estadual da Memória de Verdade Dom Helder (CEMVDHC) promove, na próxima terça-feira (16) e quarta (17), audiências públicas para ouvir depoimentos de sete jornalistas pernambucanos que vivenciaram o período da ditadura no Brasil. O encontro tem como objetivo debater os fatos importantes ocorridos que mostrem a atuação de cada profissional à época da repressão de 1964 a 1985.

A programação conta com a participação do chargista Antônio Clériston de Andrade, além dos jornalistas Jodeval Duarte, Ricardo Leitão e Ricardo Noblat. Já no segundo dia de audiência serão ouvidos os relatos de Helena Beltrão, Ivan Maurício Monteiro e Laílson de Holanda Cavalcanti. Cada jornalista terá a oportunidade de falar durante a sessão pública e, no momento seguinte, responder aos questionamentos dos membros da CEMVDHC.

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Um dia depois da entrega do relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), senadores e deputados organizaram um protesto na Câmara dos Deputados. Com o tema AI-5 Nunca Mais: Ato Político de Encerramento do Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade, o evento marcou a celebração da conquista da democracia e críticas aos movimentos favoráveis ao retorno da ditadura.

O escritor e jornalista Paulo Markun, que lançou dois volumes da obra Brado Retumbante, durante o protesto, lembrou que enquanto na ditadura um grupo escolhia quem governaria o país, “a essência da democracia é oposta”. Ele lembrou que o processo de construção democrática levou anos para se concretizar. Markun mandou um recado para os jovens que defendem o retorno do regime militar: “a diferença é que na democracia você pode pedir a volta da ditadura e não é preso. Na ditadura, se você pedir a volta da democracia você é preso e torturado”.

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Deputados e senadores lembraram o Ato Institucional nº 5 (AI-5), assinado em 13 de dezembro de 1968, no governo do general Arthur da Costa e Silva. Pelo ato, os governantes passaram a ter poder absoluto para punir “subversivos” do regime militar e o Congresso Nacional foi fechado. “O Congresso foi ferido pela ditadura. A Casa permaneceu fechada por nove meses”, lembrou o deputado Assis do Couto (PT-PR), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara.

Assim como Couto, a senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da CDH do Senado, destacou que as recomendações feitas no relatório da CNV precisam ser seguidas para que o país não viva um retrocesso da democracia. Uma das recomendações é a desmilitarização da polícia. “Não podemos mais conviver com uma polícia que pratica atos de violência”, disse. “Parte da polícia ainda pratica atos, como torturas, que têm tirado a vida de muitos brasileiros e brasileiras, de muitos jovens”.

 

A senadora ainda defendeu o fim dos autos de resistência e lembrou que o reconhecimento, no relatório, dos crimes praticados, abre a oportunidade para que as famílias de milhares de desaparecidos tenham uma resposta. Ela alertou que ainda existem resquícios da ditadura nos dias de hoje.

Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão ressaltou que o reconhecimento, pelo Estado, das 370 pessoas responsáveis por crimes contra os direitos humanos obriga os poderes públicos a adotarem uma atitude. “Quando o Estado faz isso, o Poder Legislativo, [o Poder] Judiciário e [o Poder] Executivo têm, por imperativo moral, que dar uma resposta”, disse.

Na próxima quarta-feira (16) e quinta (17), a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) promove audiências públicas para ouvir depoimentos de sete jornalistas pernambucanos que vivenciaram o período da ditadura no Brasil. A proposta é discutir os fatos importantes ocorridos que mostrem a atuação de cada profissional à época da repressão de 1964 a 1985.

No primeiro dia serão ouvidos o chargista Antônio Clériston de Andrade, além dos jornalistas Jodeval Duarte, Ricardo Leitão e Ricardo Noblat. No segundo dia de audiência serão colhidos os relatos de Helena Beltrão, Ivan Maurício Monteiro e Laílson de Holanda Cavalcanti. Cada jornalista terá a oportunidade de falar durante a sessão pública e, no momento seguinte, responder aos questionamentos dos membros da CEMVDHC.

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Quarta-feira (16) e terça-feira (17) | 9h

Comissões da Memória e Verdade dos estados que compõem o Norte e o Nordeste se reúnem neste fim de semana, no Recife. O evento acontece no Recife Plaza, na Rua da Aurora, durante todo o dia deste sábado (22) e do domingo (23). De acordo com a organização, a intenção do II Encontro do Movimento Memória, Verdade e Justiça é trocar experiências entre os Comitês e as Comissões da Verdade dos estados, o coroamento das atividades de repúdio aos 50 anos da ditadura militar fascista e as perspectivas do movimento em 2015.

Uma homenagem aos 45 anos de morte de Carlos Marighella marcará a manhã deste sábado já à noite acontecerá uma visita aos monumentos do sítio de memória construído na rua da Aurora. Além disso, durante o encontro estão previstos lançamentos de livros e a abertura de uma exposição com painéis fotográficos alusivos à época, no Memorial da Democracia, localizado na antiga sede do DENARC, na Rua da União. 

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Palestras também estão programadas para os dois dias, entre elas as do presidente da Comissão da Verdade de São Paulo, Adriano Diogo, e do ex-diretor da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Perly Cipriano, ambos ex-presos políticos.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) condenou, nesta terça-feira (11), em discurso na tribuna do Senado, as pessoas que têm ido às ruas para defender a volta do Brasil à ditadura militar, por causa da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Mas o peemedebista aproveitou para também questionar "iniciativas autoritárias do PT". “Apesar de ter votado contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, nos dois turnos, quero aqui deixar meu claro repúdio às manifestações de meia dúzia de equivocados que defendem a implantação de um regime autoritário no Brasil por conta dos erros, corrupção e desmandos cometidos pelo PT em doze anos à frente dos destinos do Brasil”.

Para Jarbas, mesmo sabendo que esses “grupelhos” pró-ditadura são insignificantes, na avaliação do senador, eles podem causar perturbação na vida política do País. “São segmentos que não têm representatividade para falar em nome do sentimento da população brasileira. Fazem barulho por causa das redes sociais e da dimensão exagerada dada a eles pelo próprio PT, que tenta vinculá-los, deliberadamente, à oposição”.

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O senador do PMDB lembrou sua trajetória política de combate ao regime militar instalado no Brasil em 1964. “Combati aquele sistema de exceção como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco e depois como deputado federal no Congresso Nacional. Vivenciamos, nos vinte anos desse regime autoritário, um dos momentos mais sinistros e aterrorizantes da História do nosso País. Nada, nada mesmo justifica qualquer movimento que defenda uma volta à ditadura, seja ela civil ou militar; de esquerda ou de direita. Não existe tirania em defesa do povo. Essa é uma ilusão que nunca me seduziu; nem quando jovem e nem agora, após 40 anos de vida pública”.

Vasconcelos também criticou setores do Governo que defendem suas próprias soluções antidemocráticas, “seguindo cartilha já utilizada tanto pelos regimes autoritários do passado da nossa história quanto pelos ditadores atuais que assolam a política latino americana com propostas como o controle da mídia, a estatização da participação popular ou ideias tipo 'cavalo de Troia' como plebiscito ou a Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política”. Para o senador, o sentimento que tem é que a radicalização interessa ao PT e ao Governo, que insiste na ideia retrógada do “nós” contra “eles”. 

“Para manter a minha coerência, da mesma forma que condeno os arroubos bolivarianos de parte dos integrantes do PT, não poderia adotar comportamento diferente nessa situação. Ao contrário de alguns ‘progressistas’ entre aspas que fazem parte da base de apoio do Governo Dilma, não enxergo diferença alguma entre um ditador que prega uma agenda pretensamente ‘liberal’ de outro que fala uma fajuta linguagem de ‘esquerda’”, argumentou Jarbas.

Papel da Oposição

O senador pernambucano disse que fará uma oposição baseada em princípios democráticos. “O que nós, da oposição, continuaremos a fazer é mostrar a imensa diferença que existe entre o Brasil do marketing da presidente Dilma Rousseff do Brasil real. Enquanto a fantasia governamental mostra um País sem crise, no Brasil do povo brasileiro, a miséria volta a crescer, os juros aumentam, os supermercados remarcam os preços nas prateleiras, os combustíveis são majorados, a cotação do dólar dispara e as ações da Petrobras e do Banco do Brasil despencam por causa da gestão inábil e temerária do Governo”.

De acordo com Jarbas Vasconcelos, a presidente da República acusou os adversários de estarem mancomunados com os bancos, mas, contraditoriamente, procura um banqueiro para ser ministro da Fazenda. “A presidente que acusava os concorrentes de ameaçar as conquistas sociais dos trabalhadores brasileiros ameaça cortar as despesas com seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. “Essas e outras medidas revelam que a então candidata Dilma Rousseff enganou, deliberadamente, o povo brasileiro com o único intuito de conseguir se reeleger para se manter no poder”. “O que estamos vendo é um Governo que cheira a coisa velha antes mesmo de tomar posse”.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Um relatório com a análise dos casos de violação dos direitos humanos em Pernambuco na época da ditadura militar foi entregue, nesta terça-feira (11), pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça à Comissão Estadual da Verdade Dom Helder Câmara (CMVDHC). O texto é composto por uma série de documentos organizados a partir de um estudo mais detalhado sobre os perfis dos anistiados, os locais e circunstâncias das perseguições realizadas durante o regime. De Pernambuco constam 11 dos 51 casos acompanhados pela CMVDHC. 

Segundo a conselheira da Comissão de Anistia, Rita Sipahi, esse é um documento que “revela a verdade hoje”. “Esses relatórios, além de depoimentos possuem documentos anexados, comprovando os atos cometidos contra as vítimas. Aqui dados importantes são revelados. Se trata de uma memória antes esquecida. É um levantamento de um legado de violações e abusos contra os direitos humanos", destrinchou. 

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O relatório vai servir, a partir de agora, como subsídio para a conclusão dos casos já averiguados pelo colegiado em pernambucano. “Estamos tratando de afinar através deste diagnóstico o acesso aos documentos desses processos que foram anistiados os presos políticos ou pessoas vítimas de grave violação. Permite-nos fazer um diagnostico mais sistemático”, detalhou o membro da CMVDHC e conselheiro da Comissão de Anistia, Manoel Moraes.

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Entre os 11 citados pelo documento estão Fernando Santa Cruz, David Capistrano e Ruy Frazão, todos integrantes de movimentos estudantis e militantes políticos da época da repressão. Para Rita Sipahi o número de vítimas em Pernambuco é ainda maior do que já foi constatado pelos colegiados, mas é preciso que elas ou as famílias façam o requerimento. 

"A repressão em Pernambuco foi muito truculenta. Ela desbaratou o movimento camponês e até hoje não se sabe o número de vítimas. Costumo dizer que não havia em Pernambuco uma família que não houvesse alguém preso e isto não está suficientemente identificado", registrou Sipahi. A conselheira morava em Pernambuco em abril de 1964, quando foi instalado o golpe. 

O relatório é fruto de um termo de cooperação entre a Comissão de Anistia, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). 

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara participa, na próxima terça-feira (11), de cerimônia para recebimento de relatórios, resultado de pesquisas realizadas por iniciativa da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. A solenidade será na sede da  Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB/PE), a partir das 9h. 

Os documentos são fruto de termo de cooperação entre a Comissão de Anistia, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A parceria subsidia os trabalhos de investigação da Comissão da Verdade de Pernambuco, responsável pela apuração de 51 casos de violação aos direitos humanos a pernambucanos durante a ditadura militar (1964-1985).

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De acordo com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, os estudos são realizados a partir do acervo de mais de 74 mil requerimentos de anistia política – ainda pouco explorado pela historiografia sobre o período de repressão política no Brasil. No início de outubro, a Comissão de Anistia entregou relatórios às Comissões da Verdade da Universidade Federal do Espírito Santo e da Escola de Magistratura do estado capixaba. Na sequência, foram contempladas as Comissões da Verdade do Rio de Janeiro e mais recentemente a Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas de Santa Catarina.

As análises realizadas até agora permitiram estabelecer um mapeamento do perfil de anistiados, os locais e circunstâncias das perseguições e os nomes de agentes do Estado que promoveram violações, além de centros de detenções. No relatório apresentado à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro foi possível demonstrar 25 tipos de violações distintas. Foram vítimas de retaliações na forma de perseguições, tortura e violação de domicílios os metalúrgicos, bancários, petroleiros, professores, trabalhadores rurais, servidores dos Correios e de estatais. Segundo Rodrigo Lentz, coordenador do estudo, “estas pessoas tinham vínculos trabalhistas, mas também faziam militância política, por isso foram perseguidos". Os estudos apontam ainda indicativos de gênero, idade, ocupação, data, local e tipo de ato de exceção cometido.

 

A Comissão da Memória e Verdade Dom Helder Câmara vai ouvir, nesta quinta-feira (30), o advogado mineiro e ex-deputado federal pelo MDB, Antônio Modesto da Silveira, que atuou em defesa de presos políticos durante a Ditadura Militar. A sessão pública para a oitiva acontecerá no auditório da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB/PE), às 9h.  De acordo com o colegiado, Modesto pode contribuir com esclarecimentos sobre as mortes de João Lucas Alves e Severino Viana Colon.

Os dois estão na lista dos 51 casos investigados pela comissão, eles eram militantes do Comando de Libertação Nacional (Colina) e segundo registros da época teriam cometido suicídio. 

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O depoimento de Antonio Modesto também pode auxiliar a CEMVDHC na apuração das violações dos direitos humanos ocorridas contra advogados no exercício da profissão durante o regime. Ele foi vítima de um sequestro efetuado por militares no Rio de Janeiro em 1970 após uma sessão de cinema com a esposa.

Um coronel aposentado que foi ministro durante o governo de Augusto Pinochet no Chile foi preso nesta segunda-feira por ligações diretas com o desaparecimento e o assassinato de 13 pessoas entre 1973 e 1990, período da ditadura militar chilena.

Cristian Labbe, de 66 anos, foi detido em Santiago. A sentença da sua condenação dizia que havia evidências de que Labbe fazia parte de uma "organização hierárquica" que mais tarde se transformou em uma temida polícia secreta do Chile, com operação no centro de torturas Tejas Verdes. Ele nega todas as acusações.

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Durante o regime de Pinochet, Labbe chegou a atuar como porta-voz do gabinete. As estimativas oficiais dão conta de que pelo menos 3.095 pessoas foram assassinadas a mando do governo. Destas, cerca de 1.200 desapareceram de maneira forçada. Fonte: Associated Press.

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) e a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) vão comandar atividades conjuntas no Recife, nesta segunda (13) e terça-feira (14). Na primeira atividade, as Comissões vão ouvir agentes de repressão, durante uma audiência pública, para esclarecer episódios ocorridos durante o regime militar. A oitiva acontecerá hoje a partir das 15h, no Centro de Convenções, em Olinda. Cinco integrantes do grupo nacional participam da audiência. 

Já nesta terça, os grupos vão visitar às antigas instalações do Dops e do DOI-CODI, onde hoje funcionam o Hospital Militar de Área do Recife e a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, respectivamente. Esta é a primeira vez que o colegiado federal realiza a visitação em unidade das Forças Armadas utilizadas como centros de tortura no estado. Ex-presos políticos também devem participar do evento no local para ajudar na identificação das instalações. 

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Tropas da polícia egípcia apoiadas por veículos blindados invadiram duas das mais importantes universidades do país para reprimir protestos dos estudantes contra o governo do marechal-de-campo Abdul Fatah al-Sisi. Os protestos aconteceram na Universidade do Cairo e na Universidade Al-Azhar, onde os estudantes destruíram os detectores de metais instalados recentemente nas entradas.

Antes do início do ano letivo, nesse sábado (11), o governo instalado após o golpe militar de julho do ano passado intensificou as medidas de controle nas universidades na tentativa de evitar o ressurgimento de protestos por democracia organizados sobretudo por defensores de Mohammed Morsi, o presidente que havia sido eleito em junho de 2012 e acabou sendo derrubado. No ano passado, pelo menos 16 estudantes foram mortos por soldados ao participar dos protestos.

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O porta-voz dos manifestantes, Youssef Salhen, disse que houve confronto com policiais neste domingo (12) do lado de fora do campus da Universidade Al Azhar. Segundo ele, os estudantes destruíram detectores de metais, descritos como "medidas repressivas", e que as restrições impostas pelo regime militar não deverão impedir novas manifestações.

"O movimento de protesto dos estudantes não vai parar. Queremos que nossa voz seja ouvida, que todos saibam que os estudantes do Egito não aceitam o golpe e o governo militar. Se não protestamos, parece que tudo está OK", afirmou Salhen. Ele informou que pelo menos 40 estudantes foram presos em suas casas nos dias anteriores aos protestos deste domingo, que foram convocados com antecedência.

Um oficial das forças de segurança disse que pelo menos seis manifestantes foram presos na Universidade Al-Azhar, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para reprimir os estudantes. Outros sete estudantes foram presos na Universidade do Cairo. Segundo o oficial, os estudantes usaram fogos de artifício e destruíram pelo menos seis detectores de metais nas duas universidades.Fonte: Associated Press.

Preparar-se para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não é tarefa fácil. Além de entender as disciplinas que estão contextualizadas em 180 questões, o aluno precisa treinar a resistência e o dinamismo. Para auxiliar os feras, o Portal LeiaJá inicia, nesta sexta-feira (3), uma nova série de reportagens: "Aprendendo na Rua". 

Até o final deste ano, os estudantes podem assistir aulas realizadas em espaços públicos, o que vem a enaltecer o fato de que os processos seletivos trabalham o cotidiano das pessoas. Nesta semana, a equipe de reportagem do LeiaJá traz a disciplina de história, com o professor Albino Dantas, do Colégio BJ e Curso. O educador aborda a Era Vargas e a Ditadura Militar, dois fatos históricos importantes. Assista ao vídeo abaixo:

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"Aprendendo na Rua" vai ao ar todas as sextas-feiras. Fique bem preparado para o vestibular assistindo também ao Vai Cair no Enem, todas as quintas, e à série de dicas sobre as principais disciplinas abordadas no Enem, às quartas-feiras. Tudo isso o fera pode encontrar no caderno do Vestibular.

 

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O candidato à presidência da República, Levy Fidelix (PRTB), afirmou, neste sábado (20), que vai criar aerotrens para desafogar o trânsito em Pernambuco. De passagem pelo Recife, ele avaliou que a proposta é a melhor opção para reorganizar o transporte público e modernizar o país. Em conversa com o Portal LeiaJá, antes de se reunir com militares, no Circulo Militar do Recife, na Boa Vista, o candidato não poupou críticas a atual gestão, ao sistema bancário e se colocou a favor da Ditadura Militar. 

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“As pessoas são carregadas como boi nos ônibus. Aqui não se pode fazer metrô, por conta do subsolo. Vamos criar um aerotrem de Olinda para Jaboatão. Um aerotrem elimina 100 ônibus. Tem que ter tecnologia, tem que conhecer o que fala. É necessário modernizar”, observou. Segundo ele, a proposta é também interligar estados. Fidelix disse que pretende criar uma linha para passar pelos estados de Salvador, Sergipe, Aracaju, Maceió e Natal. 

Denominando-se como a "solução dos problemas do país", o presidenciável pontuou que os brasileiros ainda não o escolheram por falta de oportunidade para ouvir o seu discurso. “A sinergia com o povo é importante. Os brasileiros querem civismo, patriotismo”, frisou.  De acordo com ele, a população começou a conhecê-lo agora, apesar de ser esta a terceira vez que disputa o Palácio do Planalto, e após 5 de outubro já iniciará a campanha para 2018. “Já estou trabalhando para 2018. Ninguém vai segurar Levy Fidelix, o povo está me aguardando na presidência”, vaticinou. 

Crítico ávido da atual gestão do Governo Federal e reunido com militares do estado, Fidélix se mostrou a favor da Ditadura Militar e chamou as denúncias de repressão de “falácia”. “Os militares fizeram a libertação do Brasil em 64, não foi nada de Ditadura. O nosso país é o que é hoje graças aos militares, que não permitiram o comunismo entrar aqui. No Brasil não teve este negócio de Ditadura, é uma falácia. Os militares querem participar da democracia brasileira. Não teve este negócio de torturado não, eles que torturaram muita gente, mataram e assassinaram”, afirmou. “Dilma Vana Rousseff metralhou até grávida, assaltou bancos. Esse pessoal não é exemplo para ninguém não”, acusou completando. 

Fidelix está em Pernambuco cumprindo agenda de campanha desde essa sexta-feira (19). Ele já cumpriu agenda em Jaboatão dos Guararapes e no início da manhã de hoje fez panfletagens no Mercado de São José, no bairro homônimo. À noite ele se reúne com os partidos do G6 e janta com filiados ao PRTB. Neste domingo (21), o postulante segue com agendas pelo Nordeste, primeiro em Salvador e depois em Aracaju. 

Veja outros posicionamentos do candidato:

Pesquisas

“É um absurdo essas pesquisas apontarem Dilma com 40%, o Ibope e o Datafolha, com todo respeito, está sendo manipulado. Estas pesquisas são fajutas, estão apontando tudo errado para talvez calibrarem com estas urnas, que eu não acredito nelas”. 

Bancos Privados 

“Temos que mudar está ótica perversa que temos hoje no Brasil dos bancos mandando em tudo. Tem alta inflação, alta estagnação, porque não tem emprego, e está todo mundo endividado. Hoje tenho o maior inimigo, que são os bancos. Eles depredam a sociedade e o governo é conveniente. Sabe por quê? Na campanha a dona Dilma recebe dinheiro do Itaú, a dona Marina também. Deportava este grupo de salafrários que rodam por aqui. É preciso resolver com urgência esta questão bancária”.  

Impostos e Salário Família

“Vamos tirar os impostos de todos os remédios, é algo necessário e popular. Depois a Cesta Básica, do arroz, feijão, açúcar. Ele deve cobrar do que come filé, do rico. Isso é social. Social não é ficar fazendo Bolsa Família para fidelizar o voto e a pessoa ficar em casa recebendo o dinheiro. Isto gera indignação do ser humano. O ser humano quer trabalhar e eu quero transformar o Bolsa Família em Salário Família. A pessoa vai ser uma empregada pelo governo federal, são R$25 bilhões por ano que indiretamente vão para elas”. 

Contra os Mais Médicos

“Eles estão trazendo 13 mil médicos para cá? Não. São é guerrilheiros. Deveriam usar os daqui, pagando, é claro, o salário que eles merecem. É questão de administração. Sou contra o Mais Médicos. Quero o Só Médicos Brasileiros. Vou colocar esses 300 mil jovens que se formam em medicina para trabalhar”. 

Banco da Juventude Brasileira

“Vamos financiar o jovem que se forma em dentista, médico, engenheiro, pois quando ele se forma é largado as traças, vai para as ruas ou para ser subempregado ou vai viver no lombo do pai ou de estagiário. Agora se você der R$100 mil para ele viver e dizer tome aqui, monte seu consultório, ele será produtivo”. 

Saúde

“A saúde está sucateada em qualquer cidade brasileira. Vou criar o Plano Nacional de Saúde Brasileira para acabar com o SUS que temos aí hoje. As pessoas vão ter um cartão próprio, com o seu prontuário, para ser atendido em qualquer lugar. Não apenas nos hospitais públicos e Casas de Saúde, mas nos hospitais privados também”. 

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