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Nesta quinta-feira (25), deputados do estado de Goiás aprovaram um projeto que veta o ensino de temas relacionados à ideologia de gênero nas escolas. A proposta pretende alterar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e, agora, será encaminhada para sanção do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

A medida foi apresentada pelo parlamentar Henrique César (PSC) em 2019 e prevê a proibição da abordarem temáticas voltadas à "orientação sexual de cunho ideológico e seus respectivos derivados".

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Com a provação do texto na Câmara dos Deputados, as escolas do Estado devem garantir e respeitar as "convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, tendo os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa".

Por meio de parecer, o Conselho Estadual de Educação se posicionou contrário ao projeto sob a justificativa de violação à legislação e liberdade de ensino. "Identidade de gênero não é a mesma coisa que sexo biológico e orientação sexual (...) a identidade de gênero é como a pessoa se reconhece, diferentemente de orientação sexual, que se refere a sexualidade da pessoa e a quem ela sente atração afetivossexual", defendeu o Conselho.

O que significa “ideologia de gênero” e por que é ruim ser acusado de propagá-la? Um país com mais de 80% de cristãos pode ser “cristfóbico”? E “politicamente correto” sempre foi uma acusação? Essas são algumas perguntas que a publicação “Termos ambíguos do debate político atual: pequeno dicionário que você não sabia que existia” pretende responder. A obra, lançada neste domingo (8) e antecipada pela Bori, foi produzida pelo Observatório de Sexualidade e Política (SPW, em inglês), em parceria com pesquisadores da área de linguística aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A publicação reúne alguns termos mais frequentes no debate político brasileiro, como “patriotismo”, “ideologia” e “racismo reverso”, detalhando os percursos que fizeram com que essas expressões virassem presença quase obrigatória no vocabulário político do Brasil na última década. Elaborado ao longo de 2021, o “Pequeno Dicionário” é apresentado em duas versões, com linguagem voltada, respectivamente, para leitores com nível de escolaridade de nível superior e de ensino médio. Na adaptação da obra para os mais jovens, os autores recorreram a uma ferramenta que calcula de forma automática o grau de facilidade de leitura de um texto. Com ela, foi possível avaliar se as traduções intralinguísticas eram mesmo adequadas para leitoras e leitores de ensino médio.

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O objetivo é confrontar a maneira reducionista e simplista com que esses termos foram disseminados e incorporados no vocabulário cotidiano. “Na edição jovem, todos os verbetes ficaram ainda mais curtos e descomplicados. Traduzimos o texto dentro da mesma língua, orientados por metas e públicos diferentes”, diz Janine Pimentel, líder do Núcleo de Estudos da Tradução da UFRJ e professora da Universidade.

De acordo com Sonia Corrêa, ativista e pesquisadora feminista e co-coordenadora do SPW, os termos tratados neste pequeno dicionário foram sendo sorrateiramente absorvidos pelo senso comum desde o final dos anos 1990 e hoje fazem parte do vocabulário político comum e corrente. “É como se esses bordões sempre tivessem existido. Ninguém se pergunta de onde vieram, como foram criados e a que se destinam.  Recuperar essas trajetórias foi uma de nossas motivações, porque isso é vital para saber como melhor contestá-los”, diz

Linguagem simples não significa superficialidade

A produção do “Pequeno Dicionário” envolveu resumir o conteúdo de verbetes que já eram uma síntese de muitas leituras e fontes de pesquisa e, por outro lado, aplicar os critérios de acessibilidade e adequação textual para se chegar a uma linguagem diferente da usual na academia. Independentemente disso, os autores ressaltam que linguagem simples e concisão não significam superficialidade. Segundo eles, os termos são trazidos com profundidade histórica e complexidade conceitual, porém, sem floreios e cacoetes acadêmicos que acabam deixando o texto difícil para não especialistas.

Os verbetes, afirma Sônia Corrêa, não pretendem exaurir os temas, mas oferecem uma discussão sólida, teoricamente embasada, fornecendo subsídios para seu aprofundamento. “Eles podem ser facilmente adaptados para atividades em sala de aula ou servir de roteiro inicial para podcasts, por exemplo. São verbetes que compõem um todo coeso, mas que também fazem sentido isoladamente, organizados em uma ordem que facilita o entendimento de suas conexões”, ressalta a pesquisadora

Os próximos passos do projeto são traduzir o conteúdo dos verbetes em outras linguagens e mobilizar debates populares em torno de seu conteúdo em produtos digitais, podcasts, conversas com influenciadoras e influenciadores, entre outros.

Fonte: Agência Bori

Em sessão virtual realizada na última sexta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional uma lei municipal da cidade de Nova Gama, em Goiás, que proibia a discussão de temas de gênero. A lei que estava sendo questionada na corte vetava “material com ideologia de gênero” nas escolas da cidade.

A expressão não é reconhecida pelo universo educacional e utilizada por grupos religiosos contrários a debates sobre identidade de gênero e diversidade sexual. O discurso pelo controle do que é passado nas escolas ganhou força com o movimento Escola Sem Partido, que já levou à criação de projetos de lei vetando a transmissão de “ideologias políticas” dos professores nas aulas e tem ampla difusão entre o meio político bolsonarista.

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A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) estava sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que deu parecer contrário à lei, e foi acompanhado 10 dos 11 ministros. Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes acompanharam o relator integralmente, enquanto o ministro Edson Fachin acompanhou com ressalvas.

Alexandre de Moraes, que já havia suspendido a lei em decisão temporária no mês de fevereiro, concordou com o entendimento da Procuradoria Geral da República (PGR), segundo quem o município goiano feriu direitos como a igualdade, a laicidade do Estado, a competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, à liberdade de aprender ensinar, pesquisar e divulgar e ao pensamento.

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De passagem por Pernambuco nesta sexta-feira (13), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou ao LeiaJá que a "ideologia de gênero" violenta as crianças comprovada por médicos. Após cumprir agenda em Jaboatão dos Guararapes, cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR), Damares reforçou ser contra a pauta.

Contudo, não há na medicina ou no mundo acadêmico qualquer referência ou conceituação sobre o que seria ideologia de gênero. 

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"A ideologia de gênero é uma violência contra a criança. Isso já está comprovado, os médicos estão dizendo, não somos mais nós que falamos", argumentou, ao ser indagada se poderia adotar como ação do ministério a propagação de cartilhas que combatam a ideologia de gênero como, por exemplo, prometeu fazer a deputada de Pernambuco, Clarissa Tércio (PSC), que anunciou a compra de 10 mil livros "Macho Nasce Macho, Fêmea Nasce Fêmea – Desmascarando a Falácia da Ideologia de Gênero", do filósofo Isaac Silva, em reação aos livros da Marvel vendidos na Bienal do Livro no Rio de Janeiro na última semana.

Além disso, a ministra falou sobre a ampliação das pautas conservadoras no país, com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e pontuou que conservadorismo "não é censura". 

"Tudo que é para proteger criança, mulher e idoso estamos defendendo. As pessoas acham que pauta conservadora é censura, mas não é. Pauta conservadora é dizer não a erotização das crianças, a ideologia de gênero, não à violência contra a mulher, dizer não ao mercado de corpo de mulheres. Isso é pauta conservadora. É proteção de família, de criança e de idosos", declarou. 

Na manhã desta sexta, Damares Alves esteve em Jaboatão dos Guararapes para firmar uma parceria com a prefeitura local. A cidade, de acordo com a ministra, será piloto do Nordeste na implantação dos programas “Qualifica”, para a capacitação de mulheres, e “Salve Uma Mulher”, voltado para profissionais da área da beleza. As iniciativas visam o combate à violência contra o gênero. 

A agenda dela no Estado segue até o fim da tarde. A auxiliar de Jair Bolsonaro visita também o Centro de Referência Clarice Lispector, no bairro de Santo Amaro, no Recife. Já às 14h, vai participar de um debate sobre boas práticas de prevenção à violência contra a mulher, no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, Zona Sul da capital pernambucana.

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) tomou uma atitude para enfrentar o discurso da "ideologia de gênero". Contrariando o que fez o youtuber Felipe Neto, que distribuiu livros com a temática LGBT, a parlamentar comprou livros contra a ideologia de gênero para distribuir no estado.

Conservadora assumida, Clarissa Tércio investiu na compra de 10 mil exemplares do livro chamado “Macho nasce macho, fêmea nasce fêmea - desmascarando a falaciosa ideologia de gênero”, de autoria do filósofo e pastor Isaac Silva.

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A parlamentar ainda não definiu como vai realizar a distribuição dos livros, mas através de seu perfil no Instagram garantiu que eles serão entregues às crianças pernambucanas e que, no momento, busca parcerias.

“Conteúdo esclarecedor, com o filósofo e Pastor Isaac Silva. Também queremos distribuir outros na mesma temática. Estamos buscando parceiras com autores e editoras”, escreveu a deputada.

Clarissa Tércio é integrante da bancada evangélica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e costuma se envolver em debates e defender ideias conservadoras. Inclusive, na última semana publicou um projeto que visa proibir o ‘passinho’ nas escolas do estado.

O Ministério Público em São Paulo (MP-SP) instaurou nesta quarta-feira, 4, um inquérito civil para apurar o recolhimento e a inutilização de material didático de ciências distribuído na rede de ensino paulista. O ato foi determinado na terça-feira, 3, pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que indicou, em postagem no Twitter, que o conteúdo fazia apologia à "ideologia de gênero".

A Promotoria vê "possível violação do direito à educação", "infração aos princípios constitucionais do ensino" e "eventual lesão ao erário" na decisão de recolher o material destinado para adolescentes do 8º ano do fundamental das escolas estaduais. O livro faz parte de uma coleção distribuída pela rede desde 2009, atualizada este ano e que chegou às escolas em agosto.

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A apostila apresenta um texto que trata da diversidade sexual abordando as diferenças entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual, e apresentando a definição de termos como "transgênero", "cisgênero", "homossexual" e "bissexual". Um trecho do texto registra: "podemos dizer que ninguém 'nasce homem ou mulher', mas que nos tornamos o que somos ao longo da vida, em razão da constante interação com o meio social."

Ao determinar a instauração do procedimento, o Núcleo da Capital do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público Estadual indicou que, segundo representações, a decisão se baseou na avaliação de que o conteúdo seria "impróprio para a respectiva idade e série" por tratar de "ideologia de gênero".

Segundo a Secretaria da Educação, o termo "identidade de gênero" está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, documento que define os objetivo de aprendizagem em cada etapa escolar, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação.

Na portaria que instaura o inquérito, o núcleo considera que entre os objetivos do Estado Brasileiro estão a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

No texto, o Ministério Público destaca ainda que o artigo 214 da Constituição prevê que "o planejamento das políticas públicas educacionais exige dos poderes públicos ações articuladas que conduzam a promoção humanística, científica e tecnológica do país".

Em ofício enviado à Unidade de Atendimento aos Órgãos de Controle Externo da Secretaria de Educação do Estado, a Promotoria pede esclarecimentos sobre os fundamentos jurídicos do ato administrativo que resultou no recolhimento das apostilas.

O Geduc também pergunta à pasta se houve eventual consulta aos docentes da rede e a órgãos colegiados de gestão democrática antes da adoção da medida e pede que sejam informados os valores pagos para edição, impressão, distribuição e armazenamento das apostilas, indicando as empresas que foram contratadas para os serviços ou os setores da administração pública que foram mobilizados para a realização de tais atividades.

O inquérito pede, caso o recolhimento seja mantido, que as cartilhas sejam preservadas para apuração dos fatos.

Consultada pela reportagem, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou "que está à disposição do Ministério Público Estadual para prestar todos os esclarecimentos necessários."

Bolsonaro

Cerca de 30 minutos após a publicação de Dória no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação destacando que a Advocacia-Geral da União se manifestou no sentido de que "legislar sobre ideologia de gênero" é uma competência federal.

No post, o presidente indicou ainda que determinou ao Ministério da Educação a preparação de um projeto de lei que proíba a "ideologia de gênero" no ensino fundamental. O MEC informou que ainda não vai se posicionar sobre o pedido para elaborar o projeto de lei.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira (3) que mandou recolher um livro distribuído entre os alunos da rede estadual com informações sobre identidade de gênero. 

De acordo com informações de veículos locais, o material define para os adolescentes do 8º ano do Ensino Fundamental o que são, por exemplo, pessoas homossexuais, heterossexuais e transgêneros. Além disso, explica sobre o uso correto de preservativos femininos e masculinos.

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Ao tratar do assunto, contudo, o governador não dá detalhes sobre o que se trata e salienta que pretende apurar quem foram os responsáveis pelo conteúdo.

“Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero”, ressalta João Doria, em publicação no Twitter. 

O comunicado do recolhimento imediato das cartilhas foi publicado no microblog pouco antes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) usar a mesma rede social para anunciar que tinha determinado que o Ministério da Educação elaborasse um projeto de lei proibindo ideologia de gênero da educação fundamental. Segundo o presidente, a legislação sobre o assunto é de competência federal.

Nos últimos dias, Doria e Bolsonaro trocaram críticas publicamente. O material distribuído no governo paulista deu munição ao presidente para tratar sobre o tema e alfinetar o potencial adversário eleitoral de 2022. 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, nesta terça-feira (3), que determinou que o Ministério da Educação (MEC) elaborasse um projeto de lei proibindo a ideologia de gênero na educação fundamental. Segundo Bolsonaro, a proposta deverá garantir a “proteção integral da criança”.

Em comunicado no Twitter, Bolsonaro salientou que a legislação sobre o assunto é de competência federal.

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“O AGU [Advogado-geral da União] se manifesta sobre quem compete legislar sobre IDEOLOGIA DE GÊNERO, sendo competência FEDERAL. Determinei ao Ministério da Educação, visando princípio da proteção integral da CRIANÇA, previsto na Constituição, preparar PL que proíba ideologia de gênero no ensino fundamental”, escreveu o presidente no microblog, dando ênfase as palavras com letras maiúsculas.

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Há quase um mês, ao participar da Marcha para Jesus em Brasília, Bolsonaro já dava sinais de que agiria sobre o assunto. Na ocasião ele afirmou: “o presidente vai respeitar a inocência das crianças em sala de aula. Não existe essa conversinha de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta”. 

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) saiu em defesa, neste sábado (31), de um discurso feito anteriormente pela ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, sobre a questão da ideologia de gênero.

Nesta semana, em Florianópolis, a ministra disse que “ideologia de gênero é violência contra a criança. Não é diversidade sexual, não são os homossexuais, as lésbicas e os travestis. É além disso”. 

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Através de seu perfil no Twitter, Carla Zambelli endossou o que foi dito por Damares. “Perfeito, Ministra!!! Antes que seja tarde demais, a sociedade brasileira precisa se levantar contra essa ideologia nefasta”, afirmou.

Além disso, a parlamentar lembrou do caso do menino Rhuan, assassinado de forma brutal no Distrito Federal, no último mês de junho, por sua mãe biológica e a companheira dela.

“A ideologia já está tirando e destruindo vidas no Brasil e no mundo, seja pelo suicídio, mutilação ou homicídio. O caso do menino Rhuan jamais será esquecido!”, concluiu Zambelli.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, participou nesta quinta-feira (29) de um evento no estado de Santa Catarina. Na ocasião, ela falou sobre suicídio, violência contra mulher e ideologia de gênero na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. 

Em sua fala, a ministra repercutiu a atitude do governador catarinense Carlos Moisés (PSL) de retirar o termo “identidade de gênero” dos currículos escolares do Estado. 

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“Ideologia de gênero é violência contra a criança. Não é diversidade sexual, não são os homossexuais, as lésbicas e os travestis. É além disso. Escolheram o Brasil como laboratório dessa teoria, mas estamos mandando um recado que acabou a brincadeira, nossas crianças não são cobaias”, argumentou.

A ideologia de gênero é uma pauta combatida com afinco também pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em Santa Catarina, o governador afirmou que vai pedir a retirada de expressões ligadas à identidade de gênero e diversidade do Currículo de Base da Educação Infantil e Fundamental do estado sulista. 

Após a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e a Associação Nacional de Juristas LGBT irem ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir autorização para continuar ensinando temas com relação à ideologia de gênero nas escolas brasileiras de ensino fundamental, a comunidade parlamentar se posicionou.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) reforçou a hashtag #IdeologiaDeGeneroMata no Twitter e contribuiu para elevar o assunto ao tópico de temas mais falados na rede social.

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“Esquerdistas vão ao STF para derrubar lei municipal que proíbe ideologia de gênero nas escolas. Pedem ainda que o mérito se estenda a nível nacional. No tapetão? De novo? Não esqueci o menino Rhuan! E não esquecerei o silêncio ‘ensurdecedor da imprensa’”, escreveu Zambelli.

O ‘menino Rhuan’ mencionado pela deputada foi assassinado e esquartejado por sua mãe e a companheira dela, no Distrito Federal, no último mês de junho. O caso virou um marco para parlamentares da Situação lutarem contra pautas relacionadas à comunidade LGBT.

O objetivo da ação em questão é derrubar uma lei municipal de Londrina, no Paraná, que proíbe este tipo de conteúdo nos colégios. 

O assassinato do garoto Rhuan, de 9 anos, no último dia 31 de maio no Distrito Federal continua sendo causa de repercussão de membros aliados ao governo. Desta vez, o deputado federal e vice-presidente do PSL, Julian Lemos, falou sobre o caso.

“E eu pensando que a ideologia de gênero era apenas uma ideologia lixo, mas não, ela é uma assassina, ela matou o menino Rhuan”, escreveu o parlamentar em seu perfil oficial no Twitter..

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A criança foi brutalmente assassinada e esquartejada pela mãe e a companheira na cidade de Samambaia, no DF. Rhuan teve o corpo esquartejado e partes escondidas em uma mala deixada em um bueiro.

Também em uma publicação no Twitter, Lemos disse que é preciso ensinar aos filhos a terem suas independências. “Ensine a sua filha independência econômica, para que um dia, busque  um companheiro e não um patrocinador. Ensine a seu filho independência doméstica para que um dia, busque uma companheira e não uma empregada”, comparou.

Depois de ser aprovada pela Câmara de Vereadores de Campina Grande, na Paraíba, o projeto de lei que veta a inclusão de disciplinas que tratem das “práticas de ensino da ideologia de gênero” nas escolas da cidade foi sancionada, nesta terça-feira (3), pelo prefeito Romero Rodrigues.

O projeto é de autoria do vereador Pimentel Filho (PMDB) e foi aprovada unanimemente, no último dia 19, durante sessão, por 16 parlamentares que estavam presentes na Câmara Municipal do município. Ao total, são 23 vereadores em Campina Grande.

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Em entrevista ao Jornal da Paraíba, o prefeito declara que sancionou o projeto "em respeito aos princípios cristãos e depois da manifestação da própria Câmara com a qual a gente tem procurado trabalhar com diálogo, atenção devida. Que Deus nos abençoe".

O Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública do Estado e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Campina Grande vão recorrer à Justiça solicitando o revogamento da decisão, logo após a publicação do texto no Semanário do Município.

Em plenário do Congresso Nacional nesta sexta-feira (11), o senador Magno Malta (PR-ES) defendeu a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Presidência da República. O parlamentar disse não ter dúvida que Bolsonaro será eleito nos próximos pleitos eleitorais.

Malta declarou total apoio ao deputado e enfatizou que é “cabo eleitoral” do pré-candidato. O senador afrontou àqueles que discordam das idéias de Bolsonaro. “O meu candidato à Presidência da República é Jair Messias Bolsonaro. Sou cabo eleitoral dele. Como eu estou falando para o Brasil agora, quem gosta de ideologia de gênero, vote contra ele. Quem gosta de aborto, vote contra ele. Quem acredita em legalização das drogas, quer drogas para a sociedade, pode votar contra ele. Quem não acredita e quer o fim da polícia, quer as ruas sem a presença da polícia, também vote. (...) quem não acredita na redução da maioridade penal, pode tomar seu rumo”, destacou.

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O parlamentar afirmou que Bolsonaro atuará fortemente na segurança pública do país. No seu discurso, o congressista ressaltou que o deputado carioca não está envolvido na Operação Lava Jato. “Quem está amedrontado e sabe que a violência que está nesse país, que a todos aterroriza e atemoriza, que deixa todos nós em pânico de noite, de tarde e de dia e que esse país precisa de um presidente de mãos limpas, que não está envolvido em corrupção nem envolvido na Lava Jato, que precisa de um presidente, que tem sangue no olho, disposição para emparedar ‘vagabundo’ e que ama o Brasil, que ama a fé, crê em Deus, professa uma fé, ama as cores verde e amarelo, (...) se você acredita no que eu acabei de falar, você precisa votar em Jair Messias Bolsonaro”.

Magno Malta afirmou não ter dúvidas que Bolsonaro ganhará as eleições e disse que no governo do ex-militar as fronteiras do Brasil serão fechadas. “Eu não tenho dúvida que no dia primeiro de janeiro ele vai tomará posse como presidente do Brasil, e aí nós vamos fechar as fronteiras desse país. Esse déficit de segurança pública é porque passaram a mão na cabeça de vagabundo”, finalizou o senador.

Por Fabio Filho  

A vereadora do Recife Aimée Carvalho (PSB) apresentou um projeto que proíbe as escolas e bibliotecas municipais de oferecer qualquer tipo de “orientação político-pedagógica relacionada à ideologia de gênero e à educação sexual”. A proposta foi apresentada nessa segunda (18), penúltima sessão deliberativa do ano.

O texto do projeto trata de ideologia de gênero enquanto a concepção de que "os dois sexos, masculino e feminino, são considerados construções culturais e sociais e educação sexual como o incentivo a prática sexual por menores de idade, bem como qualquer assunto ligado à atividade sexual".

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Se aprovado, o projeto proíbe as escolas de inserir na grade curricular conteúdos relacionados à ideologia de gênero e à educação sexual, bem como de fazer uso, divulgar, expor ou distribuir quaisquer livros que tratem dessas temáticas. E as bibliotecas não vão poder distribuir materiais sobre o assunto, salvo em casos que os menores estiverem acompanhados dos pais ou responsável e mediante autorização escrita.

"Em 2018 teremos um forte trabalho em defesa dos valores da família", garante a parlamentar, que deve promover uma audiência pública na volta do recesso para discutir o projeto. Segundo ela, os assuntos devem ser abordados apenas pelos pais com os menores de 18 anos. O texto da vereadora agora segue para as comissões antes de ser apreciado pelo Plenário da Casa José Mariano. 

Ícone da década de 90, Paulo Cintura não é apenas conhecido por seu bordão 'Saúde é o que interessa e o resto não tem pressa', mas também, por suas postagens que criticam a ideologia de gênero, em apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e à intervenção militar.

Esta semana, em entrevista ao site NaTelinha, o ator, de 67 anos, criticou o personagem Ivan, da novela 'A Força do Querer. "Eu acho que isso não poderia ter colocado num canal aberto, criança vê, ela é sugestionada e fica em dúvida: 'O que é que eu sou? Sou menino ou menina?", disse.

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Ele continuou: "A mulher quer virar homem e o homem quer virar mulher, isso é problema de cada um. O que eu não admito e nem o Bolsonaro é a ideologia de gênero. O cara querer colocar isso goela abaixo das pessoas eu não acho certo. Acho que a ideologia de gênero é a coisa mais absurda do mundo. Eu chamo os caras de excrementos, de lixos, essa é a minha opinião", disparou.

Em outro momento, Cintura declarou que a ditadura militar foi "a melhor época da vida do povo brasileiro". Neste momento, o ator entrou em contradição: "Nunca houve ditadura militar, nunca houve regime militar, se tivesse ditadura não teria eleições para prefeito e governador como tinha antigamente. Ditadura é o que vivemos agora", comentou.

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As páginas que possam ser interpretadas como “ideologia de gênero” serão arrancadas dos livros didáticos do ensino fundamental, da rede pública do município rondoniense de Ariquemes. De acordo com prefeito da cidade, Thiago Flores, a medida foi uma alternativa encontrada para evitar uma situação ainda pior. Ano passado, os livros foram simplesmente retirados das escolas pelo mesmo motivo e os estudantes ficaram sem material didático.

Entre as páginas que devem ser suprimidas está a de um capítulo de um dos livros com o título “As Famílias. Entre as questões o material pergunta: como são as famílias que você conhece?". A folha traz quatro fotos: a de uma família formada por mãe, pai e filhos, outra por uma mãe e um filho, outra com dois pais e um filho e outra com duas mães e dois filhos.

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Segundo a prefeitura, a Bancada Evangélica na Câmara Municipal solicitou a suspensão e recolhimento dos materiais didáticos de 2017 enviados pelo Ministério da Educação, que contenham o que eles consideram como “Ideologia de Gênero”. Os livros distribuídos pelo MEC são escolhidos pelas escolas e aprovados em avaliações pedagógicas, hoje realizadas em parceria com universidades públicas em todo o país.

Os vereadores afirmam que o material está em desacordo com o Plano Municipal de Educação, aprovado em 2015. Segundo eles, por apresentar arranjos familiares de gays, lésbicas, com adoção de filhos e doenças sexualmente transmissíveis para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino fundamental, que têm entre seis e dez anos de idade.

Para a professora de psicologia da Universidade Federal de Rondônia, Juliana Nóbrega, é ilusão acreditar que as crianças vão ficar alheias ao mundo onde tem diversidade apenas porque o livro didático não vai tratar do assunto.

Contrários a medida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia entregou ofício ao prefeito solicitando que a petição dos vereadores não fosse atendida. Para a categoria, a retirada dos materiais ignora a avaliação dos professores que escolheram os livros para usarem em sala, após rigorosa seleção de uma equipe técnica composta por doutores do Ministério da Educação.

A prefeitura chegou a fazer uma enquete no site do município sobre a adoção dos livros. 57% dos participantes foram contra a utilização dos materiais. A decisão foi tomada pelo prefeito nessa segunda-feira com apoio de 11 dos 13 vereadores do município.

A prefeitura da Ariquemes não informou quem fará a seleção das páginas que devem ser arrancada dos livros. O MEC não se posicionou sobre a questão.

Uma cartilha que começou a ser distribuída nas escolas de Uberaba, na região do Triângulo Mineiro, vem causando revolta e acusações de homofobia e machismo. Ela visa a orientar pais e estudantes sobre a proibição das discussões de ideologias de gênero nas escolas, aprovada por emenda à Lei Orgânica do Município.

Com o título Ideologia de Gênero - Entenda o risco que você e seus filhos estavam correndo, o material começou a ser distribuído há poucos dias. Um trecho diz que "como não estão conseguindo mudar a cabeça da população, inventaram novos recursos para nos sabotarem". E completa: "o mais disfarçado e perigoso é a ideologia de gênero".

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Em outro ponto o material orienta a população. "Pai e mãe, existem organizações muito ocupadas em destruir nossa família. Dizem que o povo é muito fora de moda e precisamos deixar os ensinamentos dos antigos e nos abrirmos às novidades." Outra página mostra a foto de uma mulher e a frase: "Isso é um absurdo!", referindo-se à ideia de que ninguém nasce homem ou mulher, como sugeriria a ideologia de gênero.

Para a educadora e mestre em Educação Larissa Martins, uma das primeiras a denunciar o caso na internet, o material vai "contra os direitos humanos e a diversidade de sexo e gênero".

A cartilha foi elaborada pelo vereador Samuel Pereira (PR), que é evangélico. À imprensa local, ele disse ter distribuído "cartilhas em locais onde identificou ideologia de gênero".

A lei foi aprovada em novembro, mesmo com parecer contrário da Comissão de Justiça da Câmara. Na ocasião, religiosos comemoraram a proposta. Para o presidente do Conselho de Pastores de Uberaba, Carlos Wilton, foi uma "vitória da família". A Igreja Católica também apoiou a iniciativa. Já entidades ligadas aos trabalhadores da educação se colocaram contra.

Em nota, o Legislativo alega que "a discussão foi democrática, com espaço aberto para exposição de pensamentos de todos os segmentos" e não vê preconceito ou intolerância.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Famosa no segmento gospel, a cantora Ana Paula Valadão usou o Facebook nesta sexta-feira (20) para criticar a nova propaganda da C&A e instigou muita polêmica. Através da sua página oficial, a artista afirmou estar indignada, usando a #‎SantaIndignação, porque a loja de moda defende a ideologia de gênero através do comercial. A opinião da evangélica resultou em várias críticas de usuários da rede social, que também aproveitaram para parabenizar a campanha da C&A.

“Hoje decidi manifestar minha ‪#‎SantaIndignação‬ porque acredito que estão provocando para ver até onde a sociedade aceita passivamente a imposição da ideologia de gênero. Fiquei chocada com a ousadia da nova propaganda da loja C&A. Chama-se misture, ouse e divirta-se. São casais de namorados saindo e quando eles se beijam a roupa do homem passa pra mulher e a da mulher pro homem”, escreveu Ana Paula Valadão no Facebook. “Os homens saem de salto e tudo. E aí fala. Ouse, misture. Em outra propaganda da mesma campanha eles fizeram todos nus como se fossemos criados iguais e temos o poder de escolha. Então chegam em um campo cheio de roupas e as mulheres começam a vestir as roupas dos homens e os homens as das mulheres. Que absurdo!”, completou.

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Argumentando que a “palavra de Deus” não compactua com questões de ideologia de gênero, a cantora gospel continuou sua crítica à C&A. “Nós que conhecemos a Verdade imutável da Palavra de Deus não podemos ficar calados. Temos que ‪#‎boicotar‬ essa loja e mostrar nosso repúdio. Nos EUA a loja Target já teve prejuízo porque mais de 1 milhão de pessoas pararam de comprar (inclusive eu) desde que determinou que os banheiros feminino e masculino podem ser usados por quaisquer pessoas que se sintam homem ou mulher naquele dia, aumentando os riscos de abusos (que já aconteceram em outros lugares que apoiam a ideologia de gênero)”.

Para aumentar ainda mais a polêmica, a cantora criou várias hastags: “‪#‎HomemVesteComoHomem‬‪#‎UnisexNãoExiste‬ ‪#‎NãoÀIdeologiaDoGênero‬ ‪#‎DeusFezHomemEMulher‬‪#‎FamíliaÉHomemEMulher‬ ‪#‎HeteroSexualidade‬‪#‎MonogamiaHeterosexualÉSexoSeguro‬ ‪#‎Cristianismo‬‪#‎AmizadeDoMundoInimizadeDeDeus‬‪#‎NaoEstouEmBuscaDeFasMasDeCristo‬ ‪#‎AgradarADeusNaoAHomens‬‪#‎GalatasUmDez‬”.

Revoltados com a artista, muitos usuários criticaram o texto de Ana Paula Valadão e até combateram a sugestão de boicote à C&A. “Sou Homossexual, amo os seus louvores e acredito que realmente eles vem de Diante do Trono. Mas fico muito triste em saber que você, uma pessoa que admiro tanto, que ouço todos os dias. Seja preconceituosa”, escreveu um internauta. Outro usuário do Facebook escreveu o seguinte: “Não concordar com a publicidade ok, acho válido! Mas pedir o boicote da loja? Pelo amor de Deus! Você não pensa nas pessoas que dependem das vendas para garantir os seus respectivos empregos? É fácil líderes evangélicos pedir o boicote quando estes ganham fortunas do seu trabalho cristão ou vivem num país que não está em crise, como o Brasil. Se não gostou da propaganda, desligue a tv. Se os banheiros são compartilhados, não use! Simples assim”.

O usuário ainda completou: “As pessoas que não são cristãs e não conhecem essa Verdade têm os mesmos direitos que você Ana Paula Valadão Oficial inclusive de defender as questões que são pertinentes a cada ser. Vamos amar mais e ser menos intolerantes com pessoas que são diferentes ou que não professam a mesma fé. Não é com atitudes ou posts como esses que iremos mudar a vida das pessoas. Tenho certeza que Jesus jamais iria pedir o boicote sabendo da necessidade específica de cada indivíduo”. 

Mas também teve internauta que exaltou a posição da cantora e ainda afirmou que não vai mais comprar na C&A. “Parabéns Ana Paula Valadão Oficial por ser um instrumento de Deus para nossa nação, nossas vidas e as demais nações do mundo, temos que boicotar mesmo! C&A não compro nunca mais! #Repúdio”, declarou o usuário.

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A Câmara Municipal do Recife discute, na próxima terça-feira (17), a partir das 9h, questões sobre pedofilia e erotização infantil. O evento, encabeçado pela vereadora Michele Collins (PP), deve contar com a presença do procurador da República, Guilherme Schelb, de juízes, professores, conselheiros tutelares, promotores, psicólogos, entre outros componentes da sociedade civil.

Contrária a abordagem da ideologia de gênero nas escolas, a discussão é baseada na tese defendida pela parlamentar de que “a educação sexual nas escolas é facultativa e cabe à família decidir se os filhos devem ou não ter esse aprendizado”. Para a parlamentar, a educação sexual nas instituições de ensino podem estimular as crianças a não denunciarem possíveis atos de pedofilia e a erotização infantil.

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“Muitas crianças estão sendo submetidas ao ensino e doutrinação da sexualidade mesmo sem ter idade para decidir ou se posicionar sobre temas sérios como este. Diversos materiais, como livros paradidáticos, cartilhas, músicas e filmes, tentam passar para elas que é normal se tocar, conhecer o próprio corpo ainda pequenas. E se um  pedófilo for bulinar uma criança, ela internalizou que aquilo é normal”, pontua.

De acordo com Michele Collins, muitos pais estão denunciando o que ela chama de “doutrinação de sexo nas escolas”. “A família se preocupa também porque ações assim acabam estimulando a gravidez na adolescência. Para auxiliar os pais a defenderem seus direitos, o procurador Guilherme Schelb desenvolveu um modelo de ‘notificação extrajudicial’. Com este documento, escolas e professores serão notificados pelas famílias, que pode processá-los caso eles ensinem a sexualidade aos seus filhos sem que haja consentimento da família”, informou.

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