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A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) sediou nessa terça-feira (22), o ‘Diálogo Municipalista’ promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O evento contou com a participação de gestores públicos e teve como objetivo discutir os principais problemas que atingem os municípios na atualidade e reflete nas contas públicas.

De acordo com consultor da CNM, Eduardo Stranz, a saída é pressionar os congressistas para que votem de acordo com o interesse dos municípios. A primeira grande reivindicação é a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional número 39/2013 que aumenta em 2% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Atualmente, ela encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, e propõe o aumento dos atuais 23,5% para 25,5%. Isso representa um recurso adicional de R$ 6,4 bilhões aos cofres municipais.

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Como a maioria dos municípios depende dos recursos do Fundo de Participação, a recomendação da CNM é que os gestores economizem os gastos. “O FPM é um recurso de volume sazonal, ele depende da composição do IPI mais Imposto de Renda. Há meses que o volume aumenta e outros que a queda é drástica. O que recomendamos sempre é que o prefeito faça planejamento dos seus gastos, guardando um pouco dos meses em que o valor é mais alto, mas sabemos que é difícil porque o recurso quando chega já existem tantas obrigações”, reconhece Stranz.

Outra preocupação são os pisos que estão em tramitação e terão um forte impacto nas finanças municipais. O primeiro é o projeto de lei 7.495/2006 que regulamenta a emenda constitucional número 63 do Piso Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias. O projeto determina um piso de R$ 1.064,99 em 2013, crescendo gradativamente até R$ 1.558,43 em 2015. O impacto nos cofres municipais será de R$ 2,4 bilhões.

Já a mudança do índice de correção do Piso Nacional do Magistério terá um aumento de 19,2% em janeiro de 2014, mas o crescimento do Fundo não acompanhará essse índice. “A média de gastos de pessoal dos recursos do Fundeb já está numa média de 73%. Em 2012, cerca de 600 municípios já estavam gastando mais de 100% e neste ano de 2013 estima-se que passe dos 1.000 municípios”, explicou Stranz.

No seminário ainda foi visto a importância da implantação dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente, tanto para resolver os assuntos urgentes  - como a questão do lixo -, como também para viabilizar o recebimento de recursos para a área.

*Com informações da assessoria

Na discussão sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Recife para 2014, a vereadora Priscila Krause (DEM) propôs a garantia de recursos para obras como a restauração do Teatro do Parque e a implantação do Parque da Tamarineira, em detrimento de ações como gastos com shows e publicidade institucional. Terminado o prazo para a apresentação de emendas nessa segunda-feira (21), a democrata protocolou 13 propostas de modificações.

Segundo a vereadora, esse é um momento crucial para a construção das políticas públicas que serão efetivadas no ano que vem. “Algumas prioridades da administração são questionáveis e vamos tentar modificar isso garantindo verbas para ações que beneficiam diretamente o cidadão como a implantação do Parque da Tamarineira”, explicou.  Para tanto, Priscila propõe a transferência de R$ 15 milhões, antes destinados à “requalificação de espaços de interesse público”, no âmbito da URB, para a ação “Executar obras do Parque da Tamarineira”. Já para o Teatro do Parque, a democrata quer reduzir o gasto com festividades da Fundação de Cultura (FCCR) em R$ 8 milhões, em troca de dar início à restauração do equipamento.

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Também destacam-se as emendas que propõem investimentos na requalificação da rede de saúde municipal existente e na educação infantil, com ênfase nas creches. No primeiro caso, a vereadora aponta um equívoco da administração Geraldo Julio na distribuição de despesas entre a construção de novas unidades de saúde (previsão de investimento de R$ 64 milhões) em comparação com a atenção à reforma da equipagem existe (R$ 4 milhões). 

“Um governo que se propõe moderno e em consonância com os anseios da população precisa esquecer um pouco de ações de marketing, da construção sem limites de novas unidades de saúde, em busca de cortes de fitas de inauguração, enquanto a rede existente está sucateada. Precisa gastar menos com a política do pão e circo, através de shows, e resolver definitivamente problemas estruturais como o do Teatro do Parque. Até a sanção do orçamento, essas serão nossas lutas”, conclui.

Todas as emendas protocoladas pelos vereadores do Recife seguem agora para a Comissão de Finanças e Orçamento da Casa José Mariano, que elaborará os pareceres a respeito das ideias. Até o dia 30 de novembro, a LOA precisa ser aprovada no Legislativo e sancionada pelo prefeito.

O governo aceitou elevar em mais de R$ 1 bilhão as verbas que o Executivo será obrigado a pagar aos parlamentares por meio do orçamento impositivo. O acordo é destinar 1,2% ao invés de 1% da receita corrente líquida para emendas. A proposta será votada no plenário do Senado semana que vem, depois de vencidas as cinco sessões de discussão. Nesta quarta-feira, 23, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai apreciar as emendas recebidas, entre elas, a que altera o porcentual vinculado.

Com o acordo, a União vai passar a destinar R$ 8,1 bilhões, segundo os parâmetros de 2013 - cerca de R$ 1,3 bilhão a mais do que a proposta inicial de vincular 1% da receita. Dessa forma, cada parlamentar terá direito a aproximadamente R$ 12,8 milhões e não R$ 10,8 milhões em emendas. A cota de emenda individual para esse ano era de R$ 15 milhões, mas o governo já fez um acordo para liberar a metade disso, em torno de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões por parlamentar.

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Nesta terça-feira, 22, em reunião com a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, os líderes da Câmara e do Senado concordaram com a destinação de 50% do valor recebido para saúde. Para a ministra, essa vinculação é uma forma de, tanto Executivo quanto Legislativo, darem uma resposta aos pedidos das ruas nas manifestações de junho. "Esse acordo acaba equacionando duas questões extremamente relevantes. A primeira é a reivindicação dos parlamentares com uma questão do orçamento impositivo para emendas, onde se construiu uma alternativa de que, já que vai ser obrigatório, que pelo menos metade vá para a saúde."

Outro ponto da emenda obriga o investimento de 15% da receita corrente líquida para a saúde, porcentual que será atingido em 2018 - uma verba de R$ 147,8 bilhões, contra os R$ 125 bilhões de hoje.

Além do acordo sobre os porcentuais e valores, os líderes do Senado pediram que o relator da proposta no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), fizesse uma alteração de redação para proteger o Ministério do Planejamento pelo não cumprimento de prazos por erros alheios. "Se colocarmos na Constituição que existe um prazo e esse prazo é rígido, e há um erro, seja de um município, hipoteticamente, amanhã, não podemos deixar o Ministério do Planejamento ser responsabilizado por uma falha que não é dele."

Os vereadores do Recife têm até o dia 21 de outubro para elaborarem emendas aos projetos de lei que dispõem sobre o Plano Plurianual (PPA) para o período 2014 – 2017 e o que contém a Proposta do Orçamento Anual do Município do Recife (LOA) para o exercício de 2014. Os projetos são de autoria do Poder Executivo e funcionam como instrumentos de planejamento orçamentário e declaração oficial das necessidades gerais da população do Recife. 

As duas iniciativas já estão tramitando na Casa José Mariano, foram apresentadas em reunião plenária e enviadas para a Comissão de Finanças e Orçamento para análise e emissão do parecer. Depois de análise e de recebimento de ementas, se for o caso, os parlamentares têm até o dia 30 de novembro para enviar os projetos ao executivo.

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PPA - O Plano Plurianual para o quadriênio 2014-2017 é o projeto de lei do Executivo número 40/2013 e estabelece de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, além daquelas relativas aos programas de duração continuada da gestão Geraldo Julio (PSB).

LOA - Já a proposta orçamentária para o próximo exercício, está contida no projeto de lei número 40/2013, e enfoca as prioridades e metas de governo que estão dentro do Plano Plurianual. A proposta orçamentária estima uma arrecadação de R$ 5 bilhões, 314 milhões. Desses, 4 bilhões 463 milhões e 862 mil são recursos do tesouro e R$ 850 milhões 138 mil são recursos de outras fontes dos órgãos e entidades da administração indireta, inclusive dos fundos instituídos pelo poder público municipal. 

Ambos os valores dos projetos utilizam como referências a receita efetivamente arrecadada no período de janeiro a junho de 2013, os índices de inflação e de crescimento da economia utilizados pela União na elaboração da sua Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014. Também levam em consideração as negociações e perspectivas relacionadas à entrada de recursos de convênios, operações de crédito e similares.

Dando continuidade à iniciativa da Comissão de Finanças de realizar as reuniões do grupo com técnicos do Governo, o colegiado recebeu, nesta quarta-feira (11), a gerente de Obras Especiais da Secretaria de Transportes, Ana Belliato. Ela tirou dúvidas dos parlamentares sobre as exigências na apresentação de emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA). A gerente relatou a dificuldade dos municípios em enviar projetos e assim poderem aproveitar as emendas que os deputados destinam às cidades.

Ana Belliato explicou que a secretaria informa que o município foi contemplado e já envia a lista de documentos necessários para a execução do projeto com os recursos das emendas. No entanto, ela alertou que a proposta elaborada pelo município geralmente vem com muitas pendências de ordem técnica. Neste caso, o projeto é devolvido para a prefeitura com cópia para o parlamentar que destinou os recursos, numa tentativa de ajudar a cidade escolhida pelo deputado. 

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Presidente da Comissão de Finanças, o deputado Clodoaldo Magalhães (PTB) ressaltou que a grande dificuldade é a lentidão e a inoperância da equipe de engenharia da maioria dos municípios. Ele ponderou que, na maioria das vezes, há um engenheiro só para fazer todos os projetos que a cidade tem, ou atendendo a cinco ou seis municípios.

A próxima reunião do grupo contará com representante de mais uma secretaria. Segundo o petebista, o secretário de Agricultura, Aldo dos Santos, virá pessoalmente. Ainda de acordo com o parlamentar, a Secretaria de Planejamento e Gestão também vai mandar representante, no próximo dia 25, caso o secretário Frederico Amâncio não possa vir apresentar novo sistema, informatizado, de monitoramento da execução das emendas.

O senador Humberto Costa (PT) apresentou nesta quarta-feira (4), três emendas ao projeto da minirreforma eleitoral aprovados em primeiro turno na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado Federal. Entre os temas levantados pelo petista estão o da proibição de cavaletes em campanhas e o uso de pessoal durante o processo eleitoral. A CCJ ainda terá de votar a matéria em turno suplementar, o que deve acontecer na próxima terça-feira (10), a partir das 14h.

Durante o discurso, o senador reconheceu que a proposta não atende todas as necessidades de mudança na legislação eleitoral, mas apontou alguns avanços na proposta aprovada. “Há um enorme avanço, por exemplo, em proibir a fixação de cartazes e outras. Nós sabemos que já se criou uma indústria de venda de muros, de espaços pra fixação de placas. Não é incomum ouvir relatos de alguém que chegou numa casa pintada com o nome de um fulano e que ouviu: vou votar no senhor, mas outro fulano me pagou o muro, por isso que está pintado com o nome dele”, exemplificou.

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Humberto Costa também defendeu a proibição de divulgação de qualquer material de campanha fixado em local público. “Não adianta trocar os cavaletes por pessoas segurando bandeira. Tem que ser proibido colocar, afixar o que for: cartaz, cavalete, em bem público. Isso já vai criar uma condição de igualdade enorme pra todos os candidatos”, defendeu, acrescentando: “campanha, no meu ponto de vista, tem que ser feito no corpo a corpo, na televisão e no rádio. Essas outras ações geram distorções de condições”, disparou. 

Outro assunto criticado pelo petista foi o uso excessivo de mão de obra em campanhas. “Essa questão de pagamento de inscrição de carteira assinada, na verdade, é um disfarce pra compra de votos. Às vezes, um vereador, que precisa de mil votos pra se eleger, ele contrata mil e quinhentas pessoas. Isso não pode ocorrer”, soltou.

Com informações da assessoria

Relatórios e ementas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado pelo governo estadual à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) devem ser apresentados na próxima quarta-feira (28), na Casa Joaquim Nabuco. Apreciada pela Comissão de Finanças desde o início do segundo semestre, os setes capítulos do projeto devem entrar em votação plenária na terça-feira (3) da próxima semana.

De acordo com o presidente da comissão, deputado Clodoaldo Magalhães (PTB), os capítulos foram distribuídos para os relatores e será exposto um parecer final ainda esta semana. “A gente apreciou os pareceres dos relatores e eu como presidente estou preparando um relatório final para apresentar na próxima quarta-feira. Será um resumo de todos os relatórios parcias e alguma outra alteração ou ementa que eu possa decidir ou acrescentar até lá”, contou o parlamentar.

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O petebista antecipou a inserção de duas emendas do deputado Sérgio Leite (PT), referente a um privilégio para a categoria das corporações de segurança da Secretaria de Defesa Social, no que tange ao benefício de remuneração e gratificação. “Essa emenda foi rejeitada pela relatora Raquel Lyra (PSB), por entender inconstitucionalidade, porque pelo princípio de impessoalidade ela não poderia ser beneficiada”, explicou, afirmando não haver geralmente, muitas emendas na LDO.

A outra emenda também sobre os salários das corporações de segurança foi solicitada por Sérgio Leite apenas para modificar uma palavra. “Era trocando a palavra ‘poderá’ por ‘deverá’. Ele queria que fosse impositivo”, esclareceu o presidente da Comissão de Finanças. 

Depois de apresentar o relatório na Casa Joaquim Nabuco, Magalhães prevê que a LDO seja votada na Alepe na próxima segunda (2) ou terça-feira (3), da semana que vem.

 

 

 

Elas são aprovadas muitas vezes durante um ano, passam por votações, análises, até chegar a serem sancionadas. Essas são as leis federais. No vaivém do Senado ou da Câmara Federal os projetos são avaliados, às vezes são criadas emendas e daí até serem válidas, passam por alguns trâmites burocráticos e análises parlamentares. Conheça agora o passo a passo desse caminho até a lei ser atuante perante a sociedade.

A elaboração de uma lei significa a criação de um ato normativo que gera direitos e deveres, o que caracteriza a função do Poder Legislativo. Para que um  projeto de lei se torne de fato lei, ele deve cumprir um conjunto de atos chamado de Processo Legislativo.

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Para iniciar a etapa é necessário que alguém ou algum ente tome a iniciativa de propor uma nova lei. “Pode partir do Executivo ou do Judiciário, por exemplo”, explica o doutor em direito constitucional e mestre em política, Álvaro Azevedo.

Posteriormente a criação do projeto inicia o debate no Congresso Nacional. “A proposta de lei passa pelas Comissões Especiais, aguarda um parecer, depois é agendada na Casa até passar por votação”, explica Azevedo.

O especialista acrescentou ainda o processo de aprovação. A proposta é apreciada pela a maioria absoluta da Câmara dos Deputados e do Senado, caso seja lei completar. Sendo lei ordinária precisa apenas ter votação da maioria relativa. Depois da votação das duas Casas a lei segue para sanção presidencial, com ou sem emendas, para que a sancione ou a vete. Caso opte por sancionar, a proposta será ainda promulgada e depois entrará em vigor.

*Foto de Dilma: José Cruz/ABr

 

A comissão mista que analisará a Medida Provisória 621/13, que cria o Programa Mais Médicos, ainda nem foi instalada e o número de emendas ao texto enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional já chegou a 567.

O objetivo do programa é melhorar o atendimento nas unidades básicas de saúde, com a contratação de mais médicos, e ampliar o número de vagas em curso de medicina em instituições públicas de ensino superior no país, alterando inclusive o tempo de formação ao sugerir que os estudantes passem mais dois anos trabalhando remuneradamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

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É exatamente esta prática obrigatória após os seis anos de curso que está causando polêmica entre os parlamentares. "Em vez de exigir do estudante o estágio de dois anos em uma cidade, ele poderia melhorar a tabela do SUS e exigir que o médico que está lá na cidade atendesse", considerou o líder da Minoria, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), sobre a posição do governo.

A possibilidade de contratação de médicos estrangeiros, sem a necessidade de revalidação do diploma, também é alvo de críticas. Para o deputado Mandetta (DEM-MS), o número de emendas aponta para a má qualidade da medida. "Quando se apresentam muitas emendas é porque o texto precisa ser radicalmente mudado. O correto seria o governo retirar essa medida provisória, que não cumpre os critérios de urgência, porque este é um problema complexo”, defendeu.

Na última terça-feira (23), a Associação Médica Brasileira (AMB) entrou com um pedido de anulação do programa Mais Médicos na Justiça federal. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) também recorreram à Justiça para impedir a implementação do Mais Médicos.

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) também impetrou um mandando de segurança, que será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender a eficácia da medida provisória. Para o parlamentar, a MP não cumpre os critérios de relevância e urgência exigidos pela Constituição para a apresentação de MPs.

A comissão mista deverá ser instalada no dia 7 de agosto. Após as discussões e aprovação do relatório, a matéria seguirá para análise da Câmara e do Senado.

Com informações da Agência Câmara.

O deputado federal Mendonça Filho (DEM) apresentou, nesta quarta-feira (17), 22 emendas que alteram o texto original da Medida Provisória 621, que cria o programa Mais Médicos lançado pelo Governo Federal para facilitar a vinda de médicos estrangeiros ao País e ampliar em dois anos os cursos de medicina. 

Entre as emendas de sua autoria, Mendonça Filho, propõe a instituição do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicas expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida) e retira da MP 621 a proposta de ampliação do curso de medicina em dois anos, remetendo a proposta para um projeto de lei a ser discutido no Congresso.

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Confira as principais propostas das emendas apresentadas pelo deputado Mendonça Filho: 

Emenda 74 – Estabelece que os valores de bolsa de estudo e ajuda de custo serão definidas por Lei. Hoje quem define são os ministros da Educação e da Saúde;

Emenda 75 – suprime a expressão “exclusivamente na atenção básica à saúde no âmbito do SUS”. Visa impedir que o Governo possa arbitrar unilateralmente onde o médico ou qualquer profissional deva prestar serviço. A proposta da MP fere preceito constitucional;

Emenda 76 – Assegura aos profissionais - no segundo ciclo - que optarem pela prestação de serviço no SUS uma bolsa custeada pelo Ministério da Saúde, em valor nunca inferior ao piso da categoria;

Emenda 77 – Assegura ao estudante que optar por receber uma bolsa paga pelo Ministério da Saúde ou pela remissão da dívida com o FIES ao final da realização do segundo ciclo.

Emenda 322 – institui o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicas expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida).

Emenda 325 – As ações de aperfeiçoamento na área de atenção básica em regiões prioritárias para o SUS, voltadas para os médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado, serão desenvolvidas por meio de projetos e programas dos ministérios da saúde e educação. Visa evitar a diferenciação das ações entre médicos brasileiros e estrangeiros.

Emenda 326 – Médicos intercambistas responderão eticamente perante os Conselhos de Medicina, bem como seus tutores de forma solidária.

Emenda 327 – Dá garantia trabalhistas e sociais aos médicos estrangeiros. Estabelece três modalidades de remuneração: contrato de trabalho, bolsa supervisão e bolsa tutorial.

Emenda 328 – Estabelece exigência de registro junto aos Conselhos de medicina para médicos estrangeiros passarem a exercer a medicina

Emenda 329 – Estabelece a responsabilidade solidária do tutor e exige o domínio da língua portuguesa feito pelo Celpe-Bras, instrumento legal que auferi a proficiência de estrangeiros na língua portuguesa.

Emenda 330 – Estabelece que a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil deve atender ao principio da reciprocidade, assim como, que o País de origem não tenha quantitativo de médicos/habitantes inferior ao Brasil. Reforça o Revalida.

Emenda 332 – Garante igualdade de condições no processo licitatório de autorização para funcionamento de cursos de medicina no País. Visa tornar mais rígida autorização para funcionamento de novos cursos.

Emenda 334 – Estabelece que os médicos intercambistas do Programa Mais Médicos terão visto de temporário de aperfeiçoamento médicos por três anos. Visa não tornar permanente uma ação emergencial.

Emenda 336 – Retira a ampliação de 2 anos para os cursos de medicina da MP 621 e propõe que o assunto seja discutido em projeto de Lei.  Visa aprofundar o debate sobre a necessidade ou não do aumento do tempo de formação do profissional médico.

Emenda 337 – Proíbe a autorização para a abertura de novas escolas de medicina sem infraestrutura para o treinamento prático dos estudantes na rede pública.

Emenda 338 – Estabelece a inclusão dos pedidos em tramitação para novos cursos nas novas regras de autorização de novos cursos de medicina.

Emenda 339 – Impõe exigências para criação de novos cursos estabelecendo critérios de qualidade como infraestrutura adequada com laboratório, bibliotecas, ambulatórios, salas de aula dotadas de recursos didático pedagógicos; acesso a serviços de saúde, clínicas ou hospitais, com especialidades básicas indispensáveis à formação médica; necessidade social do cursos para a cidade e para a região; um quinto do corpo docente em regime integral e um terço com pelo menos uma titulação de mestrado ou doutorado.







As 44 emendas dos vereadores a proposta que dispõe sobre as diretrizes para elaboração da Lei Orçamentária (LDO) de 2014, foram analisadas na manhã desta sexta-feira (31). A avaliação do Projeto de Lei (PL) ocorreu durante audiência pública na Câmara de Vereadores e contou com a presença do secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura do Recife, Alexandre Rebelo, além de representantes da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa José Mariano.

O PL de número 14/2013, de autoria do Poder Executivo, é um conjunto de normas cuja função é orientar a confecção do orçamento da administração pública para o próximo ano. 

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De todas as 44 emendas, 30 diziam respeito ao artigo 3º do projeto de lei e referem-se às prioridades e metas da administração municipal. Para Rebelo, as emendas propostas por diversos vereadores detalham as ações, mas devem estar inseridas em outras leis. “São emendas que não devem estar na LDO e sim na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Plano Plurianual (PPA)”.

Outro grupo de nove emendas diz respeito principalmente ao funcionalismo e à administração interna dos órgãos. “Mais uma vez, ressaltamos que a LDO é para orientar o orçamento e algumas dessas propostas deveriam estar em leis específicas ou, por serem detalhadas, devem estar na LOA e no PPA”, ressaltou o secretário de Planejamento e Gestão.

Além das 39 retificações, outras cinco emendas restantes, que completam as 44 apresentadas pelos vereadores, diziam respeito ao funcionamento à Câmara Municipal do Recife. Sobre elas, o secretário afirmou que “o Poder Executivo não tem nada a se opor. É preciso ressaltar, apenas, que elas precisam estar dentro dos valores determinados para o duodécimo”, afirmou.

O vice-líder do governo na Casa Municipal, vereador Carlos Gueiros (PTB),  considerou relevante e elogiou a explanação do secretário Alexandre Rebelo. “As colocações do secretário Alexandre Rebelo foram bastante pertinentes e levaram em conta a independência dos Poderes. O Executivo não adentrou nas questões do Legislativo e acho que o mesmo deve ocorrer no sentido contrário”, enalteceu. 

Já o vereador Eurico Freire (PV), também presente à reunião, achou que a audiência foi a oportunidade de todos os vereadores participarem, discutirem e defenderem suas emendas. “Foi um processo muito democrático”, observou.  

Outro vereador que participou dos debates foi Almir Fernando (PCdoB) que prometeu realizar um relatório sobre o PL. “Entendo que a audiência pública foi bastante proveitosa porque deu para os vereadores esclarecerem suas dúvidas. As emendas apresentadas foram discutidas uma a uma. Agora, vamos discutir o projeto e fazer o relatório como o parecer da Comissão”, disse Jairo Brito, presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. 

A Câmara do Recife tem até o final da primeira quinzena de junho para votar o projeto e reenviá-lo ao Poder Executivo.

*Com informações da assessoria

Ao contrário da Câmara, a base aliada do governo, unida, decidiu nesta quinta-feira impor a ampla maioria no Senado. O plenário da Casa rejeitou, em votação simbólica, a apreciação separada das nove emendas que tinham sido apresentadas pela oposição. Elas tinham por objetivo adiar o quanto fosse possível a votação da MP a fim de levá-la até depois das 23h59, quando perderá a validade. Com isso, a MP está na eminência de ser votada. Apenas três senadores estão inscritos para discursar antes da votação do mérito propriamente dito.

O pedido de votação em bloco foi apresentado pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e contou com o apoio do líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI). A situação da MP no Senado é bem diferente da Câmara, quando os deputados demoraram mais de 40 horas para apreciar a matéria. Lá, várias manobras regimentais foram realizadas para atrasar a aprovação da MP.

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O plenário da Câmara rejeitou no final da noite de ontem emenda proposta pelo PP que determinava mais uma alteração ao relatório da Medida Provisória dos Portos (MP 595). O partido pedia a exclusão do artigo 59 do relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que previa que os terminais de uso privado e os terminais-indústria teriam a continuidade de suas atividades assegurada, desde que os contratos fossem adaptados à MP 595. A exclusão do termo foi rejeitada, de forma que o teor do relatório foi mantido. Ainda faltam sete destaques a serem analisados pelos deputados. (AE)

A oposição conseguiu nesta quarta-feira (15) uma vitória na tentativa de inviabilizar a aprovação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acatou novas quatro emendas apresentadas nesta tarde pela Democratas e pelo PSDB, o que, na prática, vai atrasar ainda mais a conclusão da votação da matéria. As emendas devem ser apreciadas ao final da conclusão dos 11 destaques.

A primeira delas determina a prorrogação dos contratos de arrendamento firmados após 1993. Ela ocorreria por uma vez, e pelo prazo máximo previsto em contrato, desde que o arrendatário realize investimentos. Além disso, a emenda pede que o Executivo encaminhe ao Congresso Nacional até o último dia útil de março relatório dos contratos firmados com base na lei.

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A segunda, a terceira e a quarta emendas são praticamente iguais à primeira, mas com diferenças de maior ou menor conteúdo e detalhes envolvendo as propostas. Todas pedem a incorporação das emendas 231 e 344 ao texto da MP. Há cerca de três horas, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), havia rejeitado incluir para votação outras oito emendas apresentadas pelos dois partidos.

Em minoria, a oposição tenta desde ontem se valer da obstrução - uso de manobras regimentais protelatórias - para derrubar a MP, como verificação de quorum e apresentação de destaques e emendas. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) criticou logo após a decisão do presidente da Câmara a apresentação das novas emendas pela oposição. "Se isto hoje assiste à oposição, amanhã pode se voltar contra a oposição", disse.

As emendas ao Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado pelo Executivo (PLE nº 14/ 2013) devem ser encaminhadas pelos vereadores do Recife até 15 de maio. O projeto dispõe sobre as linhas para a elaboração da lei orçamentária da administração municipal do exercício financeiro de 2014 e foi lido em plenário no último dia 30 de abril.

A medida compreende as prioridades e metas da administração pública municipal, a estrutura, organização, elaboração e execução do orçamento da cidade; bem como disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais, entre outros.  

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No artigo 3º, a administração municipal estabelece para o ano que vem prioridades e metas, divididas por áreas fundamentadas em cinco eixos: “Organizando a Cidade”, que abrange o planejamento e ordenamento urbano, transporte e mobilidade, iluminação, saneamento, drenagem e áreas de risco, meio ambiente e gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana. Outro eixo é “Qualificando os Serviços”, que faz referência à educação, saúde, segurança, assistência social, esporte e lazer, proteção e defesa animal.

A Lei das Diretrizes Orçamentárias também contempla prioridades e metas do Poder Legislativo (artigo 2º), traçando pontos que dispõem sobre o desenvolvimento do processo legislativo ordinário; da fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo. Prevê ainda a consolidação e a edição da legislação vigente, bem como a edição em versão popular, da história da Câmara Municipal do Recife e o apoio à organização de comissão especial para resgatar e legitimar as origens e as denominações dos logradouros públicos da cidade do Recife.

Outra proposta da LDO é a implementação do programa “Câmara nos bairros”, bem como a consolidação dos instrumentos de participação popular no legislativo, através dos conselhos cidadãos, da tribuna popular e da ouvidoria, entre outras ações. 

No dia 31 de maio está marcada audiência pública na Câmara Municipal do Recife, para discutir a LDO.

 

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta segunda-feira, 22, que é contra a validade do projeto de lei que barra a transferência do tempo de televisão e dos recursos do fundo partidário aos novos partidos já para as eleições de 2014. O senador petista Jorge Viana (AC) também anunciou que apresentará emenda para a nova regra valer apenas para a próxima legislatura.

A proposta, aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada, inviabiliza o funcionamento de legendas em gestação, como a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, a fusão entre PPS e PMN, que decidiu criar o Mobilização Democrática, e o Partido Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.

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"Há uma tendência de se realizar mudanças no projeto para que ele entre em vigor após o calendário da próxima eleição", afirmou o líder petista, ao ressaltar que, para ele, há uma "tendência de alteração" em relação à proposta aprovada na Câmara.

Antes de chegar ao Senado, ainda falta a votação pelos deputados de destaques ao projeto. O principal deles é quanto ao início da vigência da proposta. Uma emenda do PSDB quer que a regra entre em vigor a partir de outubro de 2013, enquanto o PPS pretende estipular o início em fevereiro de 2015.

Amigo pessoal da ex-ministra Marina Silva, Jorge Viana afirmou, em discurso da tribuna do Senado, que apresentará uma emenda assim que o projeto chegar à Casa para garantir a validade da nova regra somente a partir de 2015. "Temos de ser justos, mexer nas regras do jogo com o jogo em andamento não vale", criticou ele.

O líder do PT ressaltou que a regra atual é que o partido, para ser criado, precisa ter obtido votos de eleitores para ter direito aos benefícios da lei, como tempo de TV e acesso ao fundo partidário. Segundo ele, a exceção foi o PSD, que conseguiu por decisão do Tribunal Superior Eleitoral acesso às benesses da legislação eleitoral.

A emenda da Medida Provisória 595 acatada nessa quarta-feira (17) pelo relator da comissão mista que analisou a matéria, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), foi comemorada pela deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB-PE). A tucana se manifestou sobre o assunto na sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta quinta-feira (18).

No plenário, ela destacou a importância de preservar a autonomia de que o Porto de Suape dispõe hoje para realizar suas licitações e processos. “Nós sabemos que a batalha ainda não está vencida, mas só a apresentação dessa emenda é um sinal positivo de que há chances de Pernambuco não perder a sua independência”, festejou.

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A tucana também disse que foi a primeira parlamentar a falar sobre o tema na Alepe, defendendo a autonomia do Porto. E lembrou também, que propôs uma audiência pública para debater os impactos da medida provisória no Estado, realizada no dia 11 de março.

Relatório final: Na análise final sobre a chamada MP dos Portos, o senador Eduardo Braga acolheu 137 das 645 emendas. Entre as retificações a bancada de Pernambuco conseguiu que gestores estaduais que detêm portos delegados pela União, como é o caso de Suape, continuem a controlar a elaboração de editais nos processos licitatórios, mediante autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). 

A MP dos Portos será colocada em votação na próxima semana e por isso, Terezinha disse que estará junto ao governo, lutando pelas decisões de interesse do Estado. “Nesse momento, nós da oposição estamos reunidos com governo para defender os interesses de Pernambuco.” A deputada também ressaltou que o Complexo Portuário de Suape foi construído com recursos pernambucanos e que a perda do empreendimento poderá trazer prejuízos para o Estado.

 

 

 

 

 

Por Hana Dourado

 A governadora Rosalba Ciarlini vetou, na última segunda-feira (21), 13 emendas coletivas ao projeto de Orçamento Geral do Rio Grande do Norte aprovadas pelos deputados estaduais, para este ano. Entre elas, consta a ampliação dos recursos do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

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Os vetos atingem também a previsão de recursos para a vice-governadoria, a Defensoria Pública do Rio Grande do Norte e a própria Assembleia Legislativa. No total, as emendas vetadas envolvem recursos em torno de R$ 70 milhões.  

Em decreto publicado em edição extraordinária, no Diário Oficial do Estado, Rosalba justifica os vetos afirmando que os projetos aprovados pela Assembleia Legislativa "padecem de inconstitucionalidade e contrariedades ao interesse público que obstam a respectiva conversão legal”.   

De acordo com a proposta inicial de orçamento apresentada pelo Judiciário e pelo Ministério Público Estadual, o Executivo deveria destinar aos órgãos R$ 85,5 milhões e R$ 39,6 milhões, respectivamente. A decisão da governadora levou o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador, Aderson Silvino, a agendar uma conversa com o presidente do Legislativo Estadual, o deputado, Ricardo Mota.  

Segundo Silvino, o TJ necessita de recursos extras para viabilizar projetos importantes, como a implantação do Processo Judicial Eletrônico e ainda o funcionamento da Defensoria Pública do Rio Grande do Norte.



Para aprovar a proposta orçamentária de 2013 antes do recesso parlamentar, o governo se comprometeu a liberar R$ 3,4 bilhões em emendas de parlamentares nos próximos dez dias. Pelo acordo fechado com a oposição, cada um dos cerca de 100 deputados e senadores do DEM, do PSDB e do PPS vai ter empenhada R$ 5 milhões de suas emendas ao Orçamento deste ano até o dia 20 de dezembro, data prevista para a votação no plenário do Congresso da proposta orçamentária para o ano que vem. Para os quase 500 parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto vai empenhar R$ 6 milhões em emendas orçamentárias.

"O acordo é esse: se o governo empenhar tudo, os R$ 5 milhões de cada parlamentar, até o dia 20, nós votamos o Orçamento de 2013. Se o governo descumprir o acordo, não temos nenhum compromisso de votar a proposta no plenário do Congresso", afirmou nesta sexta-feira (7) o deputado Felipe Maia (DEM-RN), um dos responsáveis pelo acordo fechado entre o governo e a oposição. "Espero que o governo cumpra o acordo. Mas confesso que tenho dúvidas", emendou. O ceticismo de Maia tem motivos: o governo fez a mesma promessa de liberação de recursos de emendas de parlamentares no meio do ano para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas acabou não cumprindo o acordo.

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O acordo para o empenho de emendas parlamentares foi fechado com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Paulo Pimenta (PT-RS), e os representantes dos partidos de oposição ao longo desta semana. "Acho que esse entendimento é fruto de uma relação de confiança que se estabeleceu na Comissão durante todo este ano", disse Pimenta. "É legitimo os parlamentares cobrarem o empenho das emendas", observou o relator do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Ao fechar acordo com a oposição para aprovar o Orçamento do ano que vem, o governo tenta evitar que os deputados e senadores do DEM, do PSDB e do PPS impeçam a votação da proposta orçamentária. Como a maioria dos deputados e dos senadores apenas registra a presença nas sessões do Congresso, abandonando o plenário, um único parlamentar da oposição pode obstruir a votação pedindo verificação de quorum. Ou seja, na prática, a sessão cai, inviabilizando a aprovação do Orçamento.

Pelo cronograma traçado, a proposta orçamentária de 2013 será votada na Comissão Mista de Orçamento na semana que vem. Segundo Jucá, a ideia é votar os dez relatórios setoriais na próxima semana na Comissão Mista. O projeto final deverá ser votado no dia 19 ou 20, depois que forem definidas as emendas das bancadas estaduais à proposta Orçamentária. "O ideal é votar o relatório final numa quarta-feira", afirmou Jucá.

Os R$ 5 milhões que o governo prometeu empenhar em emendas de parlamentares de oposição representam apenas um terço do que os deputados e senadores tiveram direito de apresentar à proposta Orçamentária de 2012. Inicialmente, o governo havia oferecido a liberação de R$ 4 milhões em emendas, mas a proposta foi rechaçada pela oposição. Os municípios tinham até esta sexta para cadastrar os projetos que serão beneficiados com os recursos das emendas de parlamentares. Na proposta orçamentária de 2013, cada um dos 513 deputados e 81 senadores terá direito a apresentar R$ 15 milhões em emendas individuais. Por sugestão do relator Jucá, parte desses recursos - R$ 2 milhões - será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Deputados e senadores apresentaram 89 emendas à Medida Provisória 591, que estabeleceu uma indenização para as empresas do setor elétrico por linhas de transmissão e subestações feitas antes do ano 2000. O prazo para inclusão de emendas se encerrou nesta quinta-feira (6), às 20h.

Foram menos emendas que as 431 apresentadas à Medida Provisória 579, que prorroga as concessões do setor elétrico, mas boa parte delas tiveram o mesmo conteúdo. No caso da MP 591, os parlamentares voltaram a defender a Cemig. A estatal mineira possui três usinas - São Simão, Jaguara e Miranda - que nunca tiveram os contratos prorrogados, ao contrário da maioria das empresas do setor.

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Emendas apresentadas pelos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Domingos Sávio (PSDB-MG) e Marcos Montes (PSD-MG), entre outros, limitam a abrangência da MP 579 apenas àquelas usinas que já tiveram a concessão renovada ao menos uma vez. Essa alteração beneficiaria a Cemig, permitindo mais 20 anos para explorar esses empreendimentos sem redução das tarifas, conforme a empresa pleiteia.

Os parlamentares pediram ainda que a energia mais barata gerada pelas usinas que tiverem a concessão renovada seja direcionada também ao mercado livre, e não apenas às distribuidoras, que atendem os consumidores cativos. Os deputados Nilton Leitão (PSDB-MT), Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA) e a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) defendem que boa parte das indústrias é consumidora do mercado livre e não seria beneficiada pelo pacote do governo.

O deputado Jeronimo Goergen (PP-RS) pede a criação de uma taxa de administração para remunerar o concessionário que operar os ativos de geração e transmissão. Segundo o deputado, essa atividade embute riscos que não podem ser assumidos pelas empresas.

O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) cobra que as indenizações a serem pagas às concessionárias sejam livres da incidência de impostos. Já o deputado Vicentinho (PT-SP) pede o fim do emprego de terceirizados nas atividades das concessionárias de energia.

Contrabando

Embora a Medida Provisória trate apenas do setor elétrico, o deputado Eduardo Cunha aproveitou para incluir uma emenda para acabar com o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele estima que a entidade receba R$ 75 milhões por ano com o pagamento dos estudantes que se formam em Direito para fazer a prova. Ele alega que a Constituição garante o livre exercício da profissão.

Já o deputado Jeronimo Goergen (PP-RS) pede que os limites para excesso de carga de caminhões sejam elevados. Em sua proposta, ele afirma que os caminhoneiros recebem multas que, muitas vezes, são auferidas por problemas e diferenças entre balanças fixas e móveis. O deputado pede para que seja tolerado um excesso de peso entre 5% e 10%, dependendo do critério usado.

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