Tópicos | escritor

O escritor e comentarista Jeffrey Toobin, analista jurídico da CNN, foi suspenso pela revista New Yorker por se expor sexualmente durante uma reunião para cobertura das eleições presidenciais nos Estados Unidos. As informações são da revista Vice. 

A reunião aconteceu na plataforma Zoom e dois funcionários flagraram Toobin se masturbando em frente à câmera, dentro do cenário simulado criado para o período eleitoral, onde estavam alguns figurantes como republicanos, democratas, apoiadores e representantes de tribunais. 

##RECOMENDA##

Após o flagra, foi realizado uma pausa de 10 minutos na reunião e os funcionários constataram que Toobin, estava em uma outra chamada de vídeo, quando fez a exposição das partes íntimas. 

O escritor trabalha como principal analista jurídico da CNN e após o incidente pediu folga a emissora para “tratar de assuntos pessoais”. Ele é autor dos livros "True Crimes and Misdemeanors: The Investigation of Donald Trump", "American Crime Story: O Povo Contra O. J. Simpson" e "The Nine: Inside the Secret World".

Em esclarecimento à revista Vice, Toobin disse: "Cometi um erro embaraçosamente estúpido, acreditando que estava fora das câmeras. Achei que tinha silenciado e que ninguém podia me ver". O escritor foi suspenso até o final das investigações interna do caso.

[@#galeria#@]

O lançamento do livro "O Caso 33", do autor paraense Fábio de Andrade, marca seu primeiro lançamento físico. O livro foi pensado há três anos, e conta a história de uma Belém de 1966, batizada de Santa Acácia. O autor tem duas outras obras em formato digital, “Sob os Olhos do Delírio” e “Um Estudo em Violeta”.

##RECOMENDA##

A história se passa na recém-fundada cidade de Santa Acácia, que vive seus piores momentos quando um assassino em série começa a matar várias pessoas ao longo dos dias. E em todos os assassinatos há algo em comum: os corpos são encontrados cortados e faltando uma parte do corpo, e com o número "33" marcado na pele.

Segundo o autor, diferentemente de outros livros de investigação, "O Caso 33" tem investigadores não tão comuns, como um açougueiro e uma carteira. “Trabalhando em equipe com a investigadora Joana e o delegado Joaquim, os quatro correm contra o tempo para descobrir e impedir que o assassino derrame mais sangue pelas ruas”, explicou.

Para o autor, que está na área literária há seis anos, "O Caso 33" se diferencia de outros romances policiais porque se passa em Belém e retrata os personagens da cidade. O escritor explica que desenvolveu interesse em escrever principalmente pela sua paixão como leitor. "Além de ser uma paixão estar escrevendo literatura policial, 'O Caso 33' foi o livro que me fez evoluir e mudar como pessoa”, disse.

Além disso, Fábio diz sentir-se sortudo por ter uma proximidade com seus leitores, que ao longo do tempo se tornaram seus amigos íntimos. “Eu espero que eles tenham uma ótima leitura. É isso que eu prezo fazer. Dar uma ótima experiência para a pessoa.”

O escritor acredita que para quem gosta de livros com uma narrativa eletrizante, rápida, envolvente e cheia de reviravoltas, "O Caso 33" é o livro certo. “Eu sempre me propus a trazer uma experiência muito boa, principalmente relacionada à fluidez, para não trazer um livro difícil de se ler”, ressaltou.

A pré-venda de "O Caso 33" vai até o final do mês de setembro. O livro está sendo vendido com 2 kits: o 1º kit é o livro com frete grátis e um conto exclusivo, e o 2º kit é o livro com frete grátis, um caderno de detetive feito à mão e o conto. Também é possível encontrar as obras do autor em qualquer plataforma digital.

Por Quezia Dias e Thalia Araújo.

[@#video#@]

O Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura de São Paulo, mais conhecido como Casa das Rosas, está com inscrições abertas para o Curso Livre de Preparação do Escritor (Clipe). Aplicado pela primeira vez por meio de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), as aulas de qualificação, formação e aprimoramento de novos escritores são gratuitas. O valor de cada inscrição é de R$ 60.

As aulas, apresentadas pela internet a partir dia 8 de setembro, serão ministradas pelos escritores Veronica Stigger, Marcelino Freire e Tiago Novaes. De acordo com a organização do curso a abrangência, que era de apenas 70 pessoas no modelo presencial, passa a incluir escritores de todo o Brasil. No decorrer das 12 aulas do aprendizado, os novos autores poderão aprimorar técnicas de escrita criativa em categorias como conto, crônica e ensaio.

##RECOMENDA##

Os interessados devem fazer o cadastro até 7 de setembro. Não há limite de vagas, no entanto a exigência é que os inscritos sejam maiores de 18 anos. O curso ficará disponível aos alunos por 21 dias, a partir do primeiro ingresso no AVA.

O apresentador do SporTV Rodrigo Rodrigues morreu nesta terça-feira (28) aos 45 anos. Ele havia sido diagnosticado com Covid-19 no início deste mês e estava internado desde o sábado (25) na Unimed Rio, onde foi posto em coma devido complicações de uma cirurgia para tratar uma trombose venosa cerebral.

Jornalista, músico e escritor, RR, como era chamado, tem passagens pela TV Cultura, SBT, ESPN Brasil, Band, Gazeta e Esporte Interativo. No Grupo Globo, ele chegou a participar do Globo Esporte e comandou diversos programas do SporTV, sua última casa.

##RECOMENDA##

Envolvido com a música e a escrita, ele era guitarrista da banda The Soundtrackers e chegou a se apresentar no 'Ding Dong', do Domingão do Faustão. Rodrigo também escreveu os livros "As Aventuras da Blitz", que conta a trajetória do grupo carioca, e 'London London', um guia pelo metrô londrino.

O hospital particular emitiu nota sobre o falecimento, confira na íntegra:

Unimed-Rio informa, com pesar, que, após a realização de protocolo de avaliação na manhã desta terça-feira, foi atestada morte encefálica no paciente Rodrigo de Oliveira Rodrigues.

O paciente encontrava-se em estado grave e coma induzido, em unidade de terapia intensiva, desde o último domingo, 26/07, após ter sido submetido a procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Rodrigo havia dado entrada na emergência da nossa unidade no sábado, 25/07, com quadro grave e diagnóstico prévio de Covid-19.

Toda a equipe do Hospital Unimed-Rio se solidariza com familiares, amigos e admiradores do trabalho de Rodrigo Rodrigues.

Paulo Henrique Ribeiro Bloise

Diretor Médico

Após repercussão das críticas de Olavo de Carvalho a Jair Bolsonaro em vídeo,  o escritor usou sua conta no Facebook para dizer que continua apoiando o presidente da República. “Ainda estou do lado do Bolsonaro”, escreveu o guru bolsonarista.

“Lutarei por ele com todas as minhas armas. Mas ele que não espere mais de mim palavras doces que só podem ajudá-lo a errar”, completou Olavo de Carvalho.

##RECOMENDA##

No vídeo, Olavo de Carvalho diz que Bolsonaro não foi seu amigo por não defendê-lo de um "gabinete do ódio contra Olavo", que existe, segundo o guru, há décadas. O influenciador da ala ideológica do governo também disse que Bolsonaro não combate os crimes que presencia.

"Você não está agindo contra os bandidos. Eles cometem o crime, você presencia em flagrante e não faz nada contra eles. Isso se chama prevaricação. Quer levar um processo de prevaricação de minha parte? Esse pessoal não consegue derrubar o seu governo, eu derrubo. Continue inativo, continue covarde... Eu derrubo essa m* do seu governo. Quantos crimes contra o Olavo você investigou, Seu Bolsonaro?”, questionou o escritor.

A fala de Olavo de Carvalho na madrugada virou um dos assuntos mais comentados do Twitter. "Quanto mais frágil o governo ficar, mais Bolsonaro será chantageado pelos comparsas. A prova é Olavo com esse discurso", disse o senador Eliseu Neto (Cidadania) no Twitter. O deputado federal e ator Alexandre Frota (PSDB) também comentou o vídeo. "Olavo cobrando ação do Bolsonaro está querendo incendiar as manifestações de hoje. O mito se deixa influenciar muito fácil", disse.

[@#video#@]

Após uma semana internado com sintomas da Covid-19, o escritor Sérgio Sant'Anna morreu aos 78 anos, na madrugada deste domingo (10), no Rio de Janeiro. Consagrado contista e quatro vezes vencedor do prêmio Jabuti, Sant'Anna teve a morte confirmada pelo Hospital Quinta D'or e por postagens de familiares em redes sociais.

Irmã de Sérgio, a também escritora Sonia Sant'Anna já havia comunicado a seus seguidores no Facebook que o contista foi internado no último dia 3 com sintomas da covid-19. Sonia confirmou informações de que o escritor estava sedado e usava respirador.

##RECOMENDA##

Em uma postagem de ontem, ela havia agradecido o apoio de amigos e informado que a situação pulmonar dele era estável, apesar de os rins não estarem respondendo bem, o que determinou uma diálise. Na manhã deste domingo, Sonia voltou à rede social para comunicar que o irmão havia morrido.

Sérgio Sant'Anna teve sua obra traduzida para o alemão, italiano, francês e tcheco, além de ter sido adaptada para o cinema.

O escritor nasceu no Rio de Janeiro, em 1941, e estreou na literatura com o livro de contos "O Sobrevivente", publicado em 1969. 

Desde então, o autor se manteve em atividade, tendo publicado seu último livro - Anjo Noturno - em 2017. A obra foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). 

Per Olov Enquist, um dos escritores mais aclamados da Suécia, autor de "A Visita do Médico Real", morreu aos 85 anos, informou sua família à imprensa sueca neste domingo (26).

Patriarca da literatura escandinava do século XX, Enquist é conhecido por suas poderosas histórias, entre a sua própria vida melancólica até o lado sombrio da história.

##RECOMENDA##

Em seus romances, peças de teatro e ensaios, baseou-se em sua própria experiência como criança oprimida em um lar estritamente religioso, como atleta, jornalista e alcoólatra destrutivo.

Seus livros - incluindo "Kristallögat" (1961), "Liknelseboken" (2013), "Magnetisörens femte vinter" (1964) e "Musikanternas uttåg" (1978) - foram traduzidos para dezenas de idiomas.

O autor, nascido em 1934 em Hjoggbole, no norte da Suécia, recebeu em 2001 o August Prize, o maior reconhecimento literário da Suécia, por "A Visita do Médico Real", que lhe rendeu fama internacional e conta ao história de um romance entre o médico do louco rei dinamarquês Christian VII e a rainha.

Enquist, conhecido na Suécia por suas iniciais P.O., ganhou um segundo August com sua impactante autobiografia "Ett annat liv" (2008), cujo título é uma homenagem a "A life" de August Strindberg, pai da literatura sueca moderna.

"A importância de P.O. Enquist para a vida cultural sueca na década de 1960 não pode ser exagerada. Foi o modelo do poeta socialmente comprometido que influenciou gerações de jovens escritores. Deixa um vazio e é impensável que ele se vá", escreve Bjorn Wiman, editor das páginas de cultura do jornal Dagens Nyheter.

Conhecido na literatura por seus livros policiais, o professor e psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza faleceu nesta quinta-feira (16), aos 84 anos. Escritor romancista e contista, Luiz estava internado há um ano no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma doença neurológica. 

A informação do falecimento foi divulgada por sua esposa, também escritora, Lívia Garcia-Roza através de uma rede social. O sepultamento do escritor será exclusivo para familiares e além da esposa, Luiz deixa três filhos.  

##RECOMENDA##

Carioca, criado em Copacabana, Luiz nasceu em 1936 e prestou vestibular na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou em Filosofia e Psicologia e depois entrou para o corpo docente da Instituição.  

Na Literatura, estreou em 1996, aos 60 anos, com uma novela policial ‘O Silêncio da Chuva’ vencendo os prêmios Nestlé e Jabuti. Luiz se consolidou como um dos principais autores no gênero noir no Brasil. O livro foi transformado na série Romance Policial: Espinosa, para o canal GNT, e um projeto que ainda será lançado nos cinemas. 

Luiz escreveu ao todo 11 títulos, todos com o selo da Companhia das Letras. Entre os títulos mais conhecidos estão: Achados e Perdidos (1998), Uma Janela em Copacabana (2001), Espinosa sem saída (2006), Céu de Origames (2009) e Um lugar Perigoso (2014). Segundo o jornal O Globo, o escritor deixou pronto um romance intitulado A última mulher, com lançamento previsto para julho, pela Companhia das Letras.

O escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, deu informações falsas sobre o coronavírus durante transmissão ao vivo no YouTube, no domingo (22), para o canal Brasil Sem Medo. Durante a transmissão, ele diz que não há caso confirmado de morte por coronavírus no mundo, o que é uma mentira, e que a pandemia é "a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana."

O Brasil registra oficialmente, até o momento, 25 mortes pela Covid-19, sendo 1.546 casos confirmados da doença. Já foram contabilizadas mais de 15 mil mortes em decorrência da Covid-19.

##RECOMENDA##

"Você não tem um único caso confirmado de morte por coronavírus", mente no vídeo e acrescenta: "porque para confirmar você precisaria fazer o exame de cada órgão do falecido. Onde fizeram isso? Nunca fizeram nenhum."

Diz ainda o escritor: "O número de mortes dessa suposta epidemia não aumento em nem um único caso o número habitual de mortos por gripe no mundo. Nem um único caso, gente. Essa endemia simplesmente não existe."

O vídeo foi retirado do YouTube. "Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do Youtube", assinala a plataforma.

O escritor americano Clive Cussler faleceu aos 88 anos, anunciou a família na quarta-feira (27). Autor de mais de 80 livros, vários de suspense sobre o mar e navios, como "Resgatem o Titanic!" ou "Sahara", Clive Cussler vendeu milhões de exemplares em todo o mundo.

"Com grande pesar quero compartilhar a triste notícia de que meu marido, Clive, morreu na segunda-feira", escreveu sua esposa Janet Horvath no Facebook. "Quero agradecer a vocês, fãs e amigos, por todo apoio, os bons momentos e aventuras que compartilhamos com ele", completou. A causa da morte não foi revelada.

##RECOMENDA##

Muitos livros de Cussler apresentavam o aventureiro Dirk Pitt, que como seu criador colecionava carros esportivos e participava de aventuras marítimas. Clive Cussler era um apaixonado pela história marítima, em particular pelos naufrágios e tesouros submarinos.

Ele criou uma ONG especializada na busca de naufrágios, a NUMA (National Underwater and Marine Agency), mesmo nome que deu em seus livros à organização fictícia para a qual Dirk Pitt trabalhava.

O escritor franco-tcheco Milan Kundera recuperou a nacionalidade tcheca que havia perdido ao abandonar a Tchecoslováquia comunista para morar na França nos anos 70, informa a imprensa de Praga.

Milan Kundera e sua esposa Vera receberam seus documentos na embaixada da República Tcheca em Paris em 28 de novembro, informou o jornal tcheco Pravo.

##RECOMENDA##

"Estavam realmente felizes. São conscientes de que não é um momento que mudará sua vida, mas sentiram verdadeiramente o simbolismo, que é tão importante para eles", declarou o embaixador Petr Drulak ao jornal.

Kundera, 90 anos, abandonou seu país natal para morar na França em 1975 e perdeu a nacionalidade tchecoslovaca em 1981 ao virar cidadão francês.

A Tchecoslováquia se dividiu em 1993 entre República Tcheca e Eslováquia, quatro anos depois da queda do regime comunista.

O escritor viaja muito pouco à República Tcheca. Em 2008 uma revista do país publicou um "documento" da polícia comunista de Praga de 1950 que sugeria que ele havia denunciado um de seus compatriotas durante o sombrio período stalinista e Kundera, magoado com com as acusações, as chamou de "mentira pura".

O escritor é autor de livros como "A Brincadeira" (1967), "O Livro do Riso e do Esquecimento" (1979), "A Insustentável Leveza do Ser" (1984) e "A Festa da Insignificância" (2013).

Estudantes de 14 a 18 anos que gostam de escrever e que têm interesse em criação literária podem se inscrever no Curso Livre de Preparação do Escritor Jovem que a Casa das Rosas, na avenida Paulista, está oferecendo. Estão disponíveis 30 vagas para formar uma única turma. As aulas são gratuitas, as inscrições vão até o dia 31 de janeiro de 2020 e são realizadas pelo www.casadasrosas.org.br.

O curso é voltado para formação e aprimoramento de escritores. Por meio de técnicas, etapas e gênero da criação literária, os futuros autores também ficam por dentro das formas de publicações das próprias obras.

##RECOMENDA##

A lista com as pessoas selecionadas para o curso será divulgada até 11 de fevereiro de 2020, no site da Casas das Rosas. As aulas estão previstas para começar no dia 5 de março, as quintas-feiras, das 14h às 17h.

Um grupo de habitantes de Dublin faz campanha para repatriar os restos do famoso escritor James Joyce, cuja sepultura em Zurique, na Suíça, está longe da capital irlandesa tão mencionada em suas obras.

Na segunda-feira, um comitê do conselho de Dublin que cobre o bairro de Rathgar, onde o escritor e poeta nasceu em 1882, apoiou uma moção para que seu prefeito pedisse ao governo irlandês que repatriasse os restos mortais de Joyce na Suíça.

##RECOMENDA##

O objetivo é “dar reconhecimento oficial a alguém com quem não fomos muito agradecidos no passado”, contou à AFP o conselheiro Dermot Lacey, que apresentou a petição.

O governo irlandês, que na época do poeta estava sob a influência da Igreja católica, havia rejeitado o repatriamento do corpo de James Joyce após sua morte em janeiro de 1941, devido às violentas críticas que ele fez contra a instituição.

Lacey explica que tenta entrar em contato com os parentes do autor de “Ulisses” e que cumprirá sua vontade.

James Joyce morreu aos 58 anos. Está enterrado com sua esposa, Nora Barnacle, e outros membros de sua família, no cemitério Fluntern, em Zurique, muito visitado por turistas.

O escritor e dissidente anticomunista Gyorgy (George) Konrad faleceu nesta sexta-feira (13) aos 86 anos, informou sua família à agência estatal húngara MTI.

Considerado um dos grandes escritores húngaros, Konrad, cujos romances e ensaios foram traduzidos em todo o mundo, morreu em casa após enfrentar uma longa doença.

##RECOMENDA##

Nascido em 1933 em uma família judia na cidade de Debrecen (leste), cresceu em Berettyoujfalu, perto da fronteira romena.

Em junho de 1944, sobreviveu ao extermínio dos judeus, fugindo em um trem para Budapeste, um dia antes do início da deportação da população judaica para Auschwitz. Quase todos os seus colegas de escola morreram.

"Eu virei adulto aos 11 anos", escreveu em sua autobiografia, intitulada "Departure and Return" (Partida e retorno), de 2001.

Konrad participou da revolta antissoviética húngara em 1956, mas diferentemente de sua irmã e de várias centenas de refugiados, Konrad decidiu ficar no país.

O primeiro romance publicado em 1969, baseado em suas experiências como trabalhador social com crianças, foi traduzido para 13 línguas. O segundo, elogiado por sua linguagem experimental e sua forma, não foi publicado por razões políticas.

Entre 1973 e 1988, seus livros sempre foram proibidos, primeiro fora do país ou em forma de "samizdat" (publicações clandestinas).

Contemplado com muitos prêmios literários e condecorações em seu país e no exterior, tornou-se em 1997 o primeiro estrangeiro eleito presidente da Academia Alemã de Artes.

Konrad foi uma figura-chave do movimento dissidente que levou ao fim do comunismo na Hungria em 1989.

Foi cofundador do partido liberal SZDSZ em 1988, e décadas depois, tornou-se forte crítico do atual premiê húngaro, Viktor Orban.

Orban é "o político mais tóxico que a Hungria conheceu desde a queda do comunismo", disse depois que o governo lançou uma campanha midiática contra o investidor liberal húngaro-americano George Soros, em 2017.

[@#video#@]

O ativista ambiental, escritor e empreendedor social João Meirelles participará, nesta quinta-feira (12), do Café Literário, bate-papo sobre o tema “Amazônia Viajante, Ensaio ou Ficção?”, com moderação do jornalista e mestrando de literatura Iran de Souza. O encontro será na Casa do Fauno, às 19h30. A entrada é franca.

##RECOMENDA##

Administrador por formação, João Meirelles começou seu amor e seus estudos pela Amazônia quando ainda era jovem, durante as viagens dele com o pai. Para o escritor, as riquezas da região sempre foram encantadoras.

Nascido em São Paulo, Meirelles mudou-se em 2004 para Belém e fundou o Instituto Peabiru, que busca atuar em quatro áreas: conservação da biodiversidade, agroflorestal, proteção social e ação socioambiental corporativa. “Vamos falar sobre Amazônia, precisamos estar na Amazônia”, afirmou o ativista.

João Meirelles tem 18 livros publicados sobre a Amazônia. Um de seus maiores sucessos, premiado recentemente com o Prêmio Sesc de Literatura na categoria contos, “O Abridor de Letras” narra algumas histórias encontradas na Amazônia. “O poraquê conta a história de uma das espécies de peixes da região e poucos sabem que ele é um peixe condutor elétrico”, disse.

Segundo o escritor, a história que mais o impressionou foi a de uma senhora que era casada com um cangaceiro que vivia em expedições. Em um de seus trabalhos, o homem não voltou. “O interessante é que, após o sumiço do marido, a senhora decidiu participar das expedições, o que não era comum na época”, pontuou. O relato está em um de seus livros, “Grandes Expedições à Amazônia Brasileira, volume I – 1500 a 1930 – século XX”. 

Por Rodrigo Moraes  (com apoio de Ana Luiza Imbelloni). Imagens e vídeo: Thalía Araújo.

[@#galeria#@]

"Perdão, perdão mil vezes": o escritor brasileiro Paulo Coelho pediu desculpas após os insultos e as declarações polêmicas a respeito da França do presidente Jair Bolsonaro, em meio à crise pelos incêndios na Amazônia.

"Este é um vídeo um pouco triste para pedir perdão aos meus amigos franceses pela crise, eu diria que a histeria de Bolsonaro a respeito da França, do presidente da França, da esposa do presidente da França", afirmou em francês Paulo Coelho em um vídeo publicado no Twitter.

##RECOMENDA##

O escritor, nascido em 1947 no Rio de Janeiro, é um dos autores mais lidos do mundo.

"Enquanto a Amazônia está queimando, eles não têm nenhum argumento e apenas insultam, negam, dizem qualquer coisa para evitar assumir (sua) responsabilidade", acrescentou o escritor em referência às autoridades brasileiras.

A reunião do G7 de Biarritz deu origem a um confronto diplomático entre Bolsonaro e seu colega francês, Emmanuel Macron, a respeito dos incêndios devastadores na Amazônia.

As declarações ofensivas do presidente brasileiro a respeito da primeira-dama francesa Brigitte levaram Macron a desejar abertamente, diante das câmeras, que o "povo brasileiro tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura do cargo".

"Esse é um momento de escuridão no Brasil, vai passar como a noite passa (...) e peço desculpas", acrescentou o autor de "O Alquimista".

"Mensageiro da paz" da ONU, o escritor fundou no Rio de Janeiro o Instituto Paulo Coelho, que oferece oportunidades a pessoas em dificuldades, em particular idosos e crianças.

[@#galeria#@]

A editora Pará.grafo lança nesta terça-feira (27), às 17 horas, durante a programação da 23ª Feira-Panamazônica do Livro e das Multivozes, os livros "Chove nos campos de Cachoeira" e Chão dos lobos", do escritor paraense Dalcídio Jurandir. O lançamento contará com um bate-papo entre os estudiosos Paulo Nunes, Edilson Pantoja e Fernando Farias, estes dois últimos os prefaciadores das novas edições. Os livros estão disponíveis no estandes Escritores Paraenses, Solar do Leitor, Paka-Tatu, Sebo Sinhá Pureza, Fox e UFPA.

##RECOMENDA##

Desde 2017 a Pará.grafo Editora, de Bragança, município do interior do Estado, vem realizando campanhas de financiamento coletivo pela internet para arrecadar fundos a fim de reeditar as obras do romancista marajoara Dalcídio Jurandir, que tinha a maioria de seus livros esgotados. A editora realizou três campanhas e conseguiu reeditar cinco livros dos 11 que o autor escreveu: "Ponte do Galo" (2017), "Três casas e um rio" e "Os habitantes" (2018) e "Chove nos campos de Cachoeira" e "Chão dos lobos" (2019).

   Com o sucesso do projeto, a editora planeja para este semestre uma nova edição de "Ribanceira", último livro do escritor e que teve uma única edição, de 1978. A iniciativa é dos editores Dênis Girotto de Brito e André Fellipe Fernandes, e deve se estender a outros autores, como Jaques Flores, que já tem uma nova edição pronta para ser lançada pela Pará.grafo.

As edições têm sido elogiadas pelo apurado acabamento gráfico, ilustrações e fotografias de capa de novos artistas, além da versão em e-book, que tem o intuito de deixar os títulos sempre disponíveis ainda que as versões físicas sejam descontinuadas.

Dalcídio Jurandir (1909-1979) nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, e morreu no Rio de Janeiro. Escreveu onze romances, dos quais dez formam o chamado Ciclo do Extremo-Norte. Recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Teve edições em Portugal e na Rússia. Colaborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais. É considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX. 

Com informações da editora.

LeiaJá também

Feira do Livro, em Belém, celebra vozes da Amazônia

Um dos mais influentes escritores moçambicanos, o romancista Mia Couto está em viagem pelo Brasil para divulgação de sua nova obra, O Terrorista Elegante e Outras Histórias, escrito com o autor angolano José Eduardo Agualusa. No dia 17 de abril, Couto passará por Pernambuco para duas palestras. 

Às 9h, o escritor fará uma palestra na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), sob o tema "Ser da Linguagem em seus desdobramentos literários, ético-estéticos". As inscrições se esgotaram poucas horas depois da liberação no site, nesta segunda-feira (1°). 

##RECOMENDA##

No mesmo dia 17, Mia Couto conversa com o público no Teatro Silogeu, em Vitória de Santo Antão, com o tema Que eu sei do que serei, eu que não sei o que sou? - O Continente Africano numa Perspectiva Literária. São 250 vagas disponibilizadas; as inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail ihgvitoriasa@gmail.com ou pelos telefones (81) 98740-7941 e 99808-1635.

Durante sua visita ao Brasil, autor tem comentado sobre a tragédia causada pelo ciclone Idai no seu país. O escritor afirmou ter ficado surpreso pela forma como o Governo brasileiro respondeu às inundações, com uma ajuda monetária que "não corresponde à relação histórica e afetiva entre os dois países e ao desejo dos brasileiros de contribuir".

 

O escritor espanhol Rafael Sánchez Ferlosio, um dos principais nomes da literatura espanhola do século XX, conhecido pela obra "El Jarama", morreu nesta segunda-feira em Madri, anunciou sua editora.

"Lamentamos profundamente o falecimento de Rafael Sánchez Ferlosio (Roma, 4 de dezembro de 1927/Madri, 1 de abril de 2019), um dos grandes autores das letras espanholas", publicou no Twitter o grupo Penguin Random House.

##RECOMENDA##

Vencedor de muitos prêmios ao longo da carreira, incluindo o Prêmio Cervantes (2004) e o Prâmio Nacional das Letras Espanholas (2009), Sánchez Ferlosio era um dos máximos expoentes da literatura do pós-guerra na Espanha, com uma obra marcada pelo realismo social.

Em 1955 publicou seu romance mais conhecido, "El Jarama", considerado uma obra-prima da literatura espanhola do século XX, mas que ele renegou anos mais tarde.

"De toda minha obra, fico apenas com Alfanhul", afirmou em uma entrevista ao jornal El País em 2017.

Sánchez Ferlosio era filho de Rafael Sánchez Mazas, um dos fundadores do partido fascista Falange Espanhola e ministro do ditador Francisco Franco durante um ano após a Guerra Civil espanhola (1936-1939), cujo fim completa 80 anos nesta segunda-feira.

Seu pai esteve a ponto de morrer no conflito, mas conseguiu escapar do pelotão de fuzilamento, uma história que inspirou o escritor Javier Cercas a escrever o famoso livro "Soldados de Salamina".

"Nasci no dia 1º de abril. Não foi algo sem impacto no plano metafísico", recordou, com a ironia que o caracteriza, durante uma de suas raras entrevistas, o escritor Milan Kundera, que comemora na segunda-feira seu 90º aniversário.

Nascido tcheco, e francês desde 1981, o autor de "A Insustentável Leveza do Ser" (1984), pintor sarcástico da condição humana, não pertence à Academia Francesa, não recebeu o Nobel da Literatura - horarias amplamente merecidas -, mas é um dos maiores autores contemporâneos.

##RECOMENDA##

O escritor que foge da mídia, mas que pode ser visto passeando com sua esposa Vera perto da rua Cherche-Midi, no 6º distrito de Paris, não deve comemorar seu aniversário.

Em seu último romance, "A Festa da Insignificância" (2014), um de seus personagens confessa desconfiar dos números que nos remetem à "vergonha do envelhecimento".

Milan Kundera gosta que falem sobre seu trabalho antes de falar sobre ele. Sua última aparição na televisão remonta a 1984, e sua última entrevista com um jornalista foi em 1986.

Quase invisível, o autor de "A Imortalidade" e "A Vida Está em Outro Lugar" é regularmente vítima de boatos macabros nas redes sociais onde, por diversas vezes, sua morte foi anunciada.

- Não levar o mundo a sério -

Nascido em Brno, na atual República Tcheca, em 1º de abril de 1929, destinado (como seus pais) a uma carreira como músico, Milan Kundera foi, a princípio, um amante da música. Seus primeiros textos, poemas escritos em tcheco, foram compostos como sonatas.

Próximo do regime comunista, Kundera se afastou com rapidez sem, porém, se tornar um dissidente.

Em 2008, uma revista checa exumou um "documento" da polícia comunista de Praga de 1950, sugerindo que o escritor denunciou um de seus concidadãos durante o sombrio período stalinista. Ferido por essas acusações, Milan Kundera não revida.

"Dificilmente perdoamos um homem grande e ilustre. Mas ainda menos, se é silencioso", escreveu em um artigo publicado pelo Le Monde a dramaturga Yasmina Reza. Escritores como Gabriel Garcia Marquez e Philip Roth saíram em sua defesa.

Quando ainda era tcheco, Milan Kundera publicou dois romances, "A Brincadeira" (1965) e "Risíveis Amores" (1968), textos que fazem um balanço amargo das ilusões políticas da geração do golpe de Praga, que em 1948 permitiu que os comunistas chegassem ao poder.

Kundera, que foi colocado na lista negra em seu país após a Primavera de Praga, exilou-se na França com Vera em 1975. Naturalizado francês em 1981, escolheu o francês como sua língua de escrita para marcar sua ruptura com seu país natal, que em 1978 retirou sua nacionalidade (Praga propôs devolvê-la no ano passado).

Na França, publicou "A Valsa dos Adeuses", "O Livro do Riso e do Esquecimento" e, em 1984, aquele que alguns consideram sua obra-prima, "A Insustentável Leveza do Ser", um maravilhoso romance de amor e uma ode à liberdade, ao mesmo tempo grave e casual, cujo tema nada mais é do que a condição humana.

O livro foi adaptado ao cinema em 1988 pelo americano Philip Kaufman, com Juliette Binoche e Daniel Day Lewis.

Analista de seu próprio trabalho, ele assinou notavelmente em 1986 o ensaio "A Arte do Romance", onde explica que "ao entrar no corpo do romance, a meditação muda a essência. Fora do romance, nos encontramos no campo das afirmações, todo mundo tem certeza de sua palavra: um político, um filósofo, um porteiro... No território do romance, não nos afirmamos: é o território do jogo e das hipóteses".

Em "A Festa da Insignificância", o romancista, através da voz de um de seus personagens, continua sua reflexão sobre o padrão de seu trabalho: "Há muito tempo compreendemos que não é possível reverter este mundo, nem para reformular, nem para deter a sua infeliz corrida para a frente. Há apenas uma resistência possível: não levar a sério".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando