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Além da crise sanitária mundial, a pandemia do novo Coronavírus (SARS-CoV-2) pode trazer prejuízo para 14,6 mil brasileiros que estudam nos Estados Unidos (EUA). A Casa Branca pretende suspender os vistos de permanência dos alunos nascidos no Brasil.

Se aprovada, a proposta deve barrar a entrada dos estudantes brasileiros no país enquanto o decreto de pandemia estiver em vigor. As aulas das instituições de ensino estadunidenses começam em agosto. 

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Nos últimos dias de julho, o Serviço de Imigração e Controle Aduaneiro (ICE) dos EUA chegou a anunciar o cancelamento dos vistos de estrangeiros que participam de aulas ministradas 100% no esquema Ensino a Distância (EaD). A medida impunha aos responsáveis a matrícula dos alunos no ensino presencial para não serem obrigados a deixar o país. No entanto, com a pressão das mais importantes instituições de ensino estadunidenses, o governo recuou. 

Os Estados Unidos são o país com mais casos de infectados e mortos pelo vírus causador da Covid-19. Em todo território estadunidense, são quase 5,5 milhões de contaminados e 172 mil mortes.

O cumprimento das metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) pode ajudar o Brasil a concluir, em 2024, 70% das metas previstas para 2030, pelo quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS4). A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), obtida a partir de um levantamento que retrata a implementação do ODS4 no país, tendo por base indicadores de 2016 e 2017.

Assinada por 193 países, a Agenda 2030 aponta 10 metas visando à educação inclusiva, equitativa e de qualidade e à promoção de oportunidades de aprendizagem para os estudantes brasileiros. No caso do ODS4, foram estabelecidas metas para sua implementação tanto para a educação infantil como para os ensinos fundamental, médio, profissionalizante e superior.

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Há também metas para a disseminação de conteúdos relacionados à sustentabilidade, à infraestrutura das escolas, ao apoio a países menos desenvolvidos e à criação de garantias para melhores condições de trabalho para os professores.

No Brasil, o ODS4 conta com um relevante aliado: o PNE (2014-2024), que fixa 20 metas a serem cumpridas até 2024. Entre as metas, estão a universalização da educação, o ensino em tempo integral na educação básica, a ampliação do ensino técnico e superior e a valorização dos professores.

Educação infantil e pré-escolar

De acordo com o levantamento do Ipea, não deverá haver problemas mais complicados para que o país atinja a meta de prevista para o acesso à educação infantil, uma vez que 93,7% das crianças com idade entre 4 e 5 anos já estão matriculadas na pré-escola. A meta é de chegar à marca de 100% até 2030.

No caso de crianças com idade até 3 anos, o estudo revela que pouco mais de um terço frequenta creche. Esse dado, especificamente, é considerado “sério” pelos pesquisadores pelo fato de implicar também dificuldades para o acesso das mães ao mercado de trabalho.

Ensino fundamental e médio

Segundo o Ipea, 98% das crianças de 6 a 14 anos estavam matriculadas no ensino fundamental no ano de 2016. Ese percentual, no entanto, cai para 70% quando o recorte abrange jovens de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio.

“O acesso ao ensino fundamental e médio não é um problema no Brasil, pois 98% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade estão matriculadas na escola”, diz o estudo. “O desafio brasileiro para cumprir a meta 4.1 do ODS4 é a qualidade e a equidade no sistema escolar”, acrescenta.

Na avaliação do Ipea, o percentual de alunos que não concluíram o ensino fundamental e médio na idade adequada é alto. “Apesar da universalização do acesso ao ensino fundamental, é preocupante que, em 2017, um quarto dos jovens não concluiu o ensino fundamental na idade esperada”, conclui o estudo desenvolvido pelos pesquisadores Milko Matijascic e Carolina Rolon.

Tempo integral e infraestrutura

Para cumprir essa meta, o Ipea sugere a oferta de ensino em tempo integral, “pois uma maior permanência dos alunos na escola permite atingir um patamar maior de aprendizagem, sobretudo para as crianças e os jovens que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem e menores recursos materiais”.

O Ipea alerta que é preciso melhorar a infraestrutura escolar, para o cumprimento do ODS4, tema que demanda ações específicas, mas "não está focado de forma adequada” no Plano Nacional de Educação. O acesso à internet banda larga e a salas de informática, exemplifica a pesquisa, “são recursos didáticos presentes apenas em cerca da metade das escolas brasileiras”. 

Equidade

No caso do ensino superior, o Ipea destaca o benefício proporcionado por iniciativas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Na avaliação do Ipea, esses planos “contribuem para que o país atinja a meta de assegurar a equidade de acesso e permanência à educação profissional e à educação superior de qualidade, de forma gratuita ou a preços acessíveis”.

Os resultados, no entanto, ainda mostram que o acesso ao ensino superior continua “desigual e restrito”, uma vez que apenas um quarto dos jovens de 18 a 24 anos cursava ou já tinha completado o ensino superior. 

Negros e mulheres

Entre os que cursam o ensino superior, a desigualdade mais evidente está relacionada à cor da pele. “Apesar dos programas federais, as desigualdades de acesso ao ensino superior são significativas. As cotas aumentaram o número de negros cursando o ensino superior, mas, em 2017, a proporção de jovens negros que cursam este nível de ensino é pouco mais da metade da proporção de jovens não negros no ensino superior”, diz o estudo.

As mulheres são mais escolarizadas que os homens. Em 2017, havia 57% de mulheres matriculadas no ensino superio; e 55,7% na educação profissional e técnica. No caso dos homens, os percentuais estavam em 43% e 44,3%, respectivamente.

Como opção de estudos para quem deseja fazer um curso superior nos Estados Unidos (EUA), as Community Colleges, que na tradução literal significa “faculdade comunitária”, são instituições públicas que podem ser portas de entrada para uma boa universidade da América. Elas caracterizam por oferecerem cursos de dois anos, com foco na transferência do estudante à uma universidade após esse período.

Mesmo denominada de instituição pública, a Community College não é gratuita, funcionando nesse sentido, da mesma forma que todo o sistema de educação superior no país. De acordo com Carlos Eduardo, manager do STB/Universidades, essas instituições têm cursos subsidiados conforme a residências dos alunos. O estudante que mora na Califórnia e vai para uma Community College localizada no mesmo estado, tem um curso com valor diferente de um brasileiro que não é residente ou de um novaiorquino que não mora na Califórnia. O custo de um curso varia de 11 a 13 mil dólares por ano.

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A STB- Student Travel Bureau é uma das agências brasileiras que enviam brasileiros às Community Colleges. Carlos Eduardo explica que a escolha de um curso na instituição comunitária é feita por meio de uma consultoria realizada pela agência junto ao intercambista.

“Quando o aluno procura a ajuda do STB, nós pedimos o histórico escolar e o nível de inglês também. Por quê? Às vezes os alunos já querem entrar na graduação e muitos desconhecem essa modalidade do Community College. Mas, olhando as notas do nível de inglês, nós indicamos o Community College como uma opção mais viável para aquele aluno. Para o ingresso direto em uma universidade, geralmente as notas devem ser um pouco mais altas, o inglês mais avançado e no Community College ele tem a oportunidade de aumentar a média dele ao longo destes dois anos, para quando ele aplicar para universidade, tenha média maior do que quando ele tinha no ensino médio”, detalha.

A transferência da Community College para uma universidade se dá por meio do Associate Degrees, que são diplomas recebidos na instituição que equivalem aos dois anos do curso. É através desse certificado que o estudante consegue dar entrada na continuidade ao bacharelado.

A estudante Ingrid Maciel, de 21 anos de idade, está estudando em uma Community College no curso AA-T Antropologia. A principal vantagem vista pela brasileira é o fato de que esse modelo de instituição acadêmica é mais em conta financeiramente do que uma universidade normal. “Até agora, minha experiência está sendo maravilhosa. Realmente superou minhas expectativas. Você recebe ajuda o tempo todo de conselheiros que te ajudam a escolher suas aulas no college e o que você precisa fazer para alcançar o seu objetivo”, conta a jovem.

Ingrid está estudando na Santa Monica Community College, localizada na Califórnia. Essa é uma das instituições oferecidas aos estudantes aqui do Brasil pela STB .“É uma opção ótima oportunidade para quem quer também se transferir para alguma universidade particular lá dentro, especialmente as da ‘Ivy League”, reforça a estudante.

Para poder estudar nos Estados Unidos dentro da modalidade de Communitty Colleges, o candidato deve portar o visto de estudante na categoria F1, que segundo informações da Embaixa dos Estados Unidos no Brasil, destina-se ao estrangeiro que pretende matricular-se em uma instituição acadêmica. O documento tem validade de um ano e pode ser renovado na própria instituição de ensino no qual o aluno está vinculado.

Uma pesquisa realizada por cinco estudantes brasileiros foi enviada à Estação Espacial Internacional (ISS) e apresentada nesta segunda-feira (1º), em um evento Aeroespacial do Smithsonian, localizado em Chantilly, no Estado da Virginia.

A equipe formada por Laura D’Amaro, Otto Gerbakka, Guilherme Funck e Sofia Avila, são alunos do nono ano de uma escola de São Paulo. Juntos, eles criaram um experimento chamado de Cimento Espacial que tem como objetivo descobrir como o cimento reagiria no espaço e que efeito teria a radiação no material. Em junho do ano passado, o projeto foi lançado ao espaço pela Nasa, em um foguete da SpaceX. 

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Durante a elaboração, os alunos identificaram que o processo de cristalização era maior na Terra do que no espaço. Para ser adotato à Nasa, o experimento consistiu na mistura do cimento, água e plástico reciclado. O plástico era verde e foi fabricado no Brasil com cana-de-açucar, que dimunui a passagem de radiação, que poderia causar câncer nos astronautas. 

Os resultados desse teste feito pela Nasa, também foram analisados pelos estudantes paulistanos, em parceria com o acelerador de partículas da Unicamp e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP (IPT).

O projeto dos brasileiros integra uma série de experimentos que vêm sendo realizados ao longo dos anos para saber como determinados materiais comportam-se fora da Terra. A experiência do Cimento Espacial deve servir de referência para futuros projetos espaciais.

Estudantes brasileiros que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm uma grande chance de estudar na Europa. Em Portugal, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) está com inscrições abertas, até 29 de abril, para os candidatos que almejam estudar em solo português.

É exigido que os participantes da seleção tenham feito o Enem pelo menos em uma das seguintes edições: 2013, 2014 e 2015. A instituição portuguesa também pede que os estudantes tenham diploma de conclusão do ensino médio e a nota mínima no Enem exigida para os candidatos é de 475 pontos.

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No total, 102 vagas são oferecidas para estudantes brasileiros e de outros países. O investimento é de 1,1 mil euros e ainda há a possibilidade de desconto na hospedagem residencial do campus. De acordo com o Ministério da Educação (MEC) do Brasil, o resultado da seleção será divulgado no dia 13 de maio e as matrículas dos aprovados deverão ser feitas de 16 a 20 do mesmo mês.

Agronomia, ciência e tecnologia dos alimentos, engenharia do ambiente, artes plásticas e multimédia, desporto, educação básica, educação e comunicação multimédia, serviço social, enfermagem, terapia ocupacional, engenharia informática, gestão de empresas, gestão de empresas (pós-laboral), solicitadoria, solicitadoria (ensino a distância) e turismo são os cursos oferecidos no IPBeja. Mais informações sobre o intercâmbio podem ser obtidas no edital do processo seletivo.

Brasileiros interessados em estudar na Europa agora podem ingressar no Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Portugal, utilizando nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O convênio neste sentido foi firmado nessa semana, em Brasília, entre a instituição portuguesa e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Segundo informações do Ministério da Educação (MEC) brasileiro, a seleção de ingresso iniciará já em setembro. Para estudarem no IPP, os brasileiros deverão pagar taxa anual que varia de 1,5 mil euros a 2,25 mil euros, a depender do curso. 

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Atualmente, cerca de 300 estudantes brasileiros estão matriculados no IPP. A instituição conta com unidades nas cidades de Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Felgueiras, chegando a uma comunidade total de mais de 18 mil alunos.

Engenharia, contabilidade e administração, gerenciamento, turismo e hospedagem, estudos industriais, tecnologia, educação, música e artes performáticas e ciências da saúde são os cursos oferecidos no instituto português. As inscrições para o ingresso podem ser feitas pelo site do IPP. Pelo mesmo endereço eletrônico podem ser obtidas mais informações sobre a instituição portuguesa.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se, na noite de terça-feira (25), em Havana, com um grupo de jovens brasileiros que foram para Cuba estudar medicina gratuitamente. De acordo com informações do Instituto Lula, parte desses estudantes convidou o ex-presidente a retornar à ilha em julho, para que ele possa participar da formatura.

A previsão neste ano é de que cerca de 350 jovens brasileiros se formem em medicina no país caribenho. Durante o encontro com Lula, os estudantes abordaram a necessidade de mudanças no processo de validação do diploma de brasileiros que estudam medicina no exterior. Além disso, Lula e os brasileiros falaram sobre o programa Mais Médicos. Os estudantes disseram querer retornar ao Brasil para participar do programa.

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Lula afirmou que estudará a possibilidade de participar da formatura em julho e elogiou os brasileiros. "Parabéns, vocês são motivo de orgulho para nós. Eu espero que quando retornarem ao Brasil, voltem com muita vontade de trabalhar", afirmou, durante o encontro. "Nem sempre vai ser fácil, mas quando vocês vieram para cá, vieram com esse objetivo, de serem médicos, de sobreviver da medicina, mas sem transformar a medicina em mercantilismo", discursou Lula.

Antes da participação do evento com estudantes, Lula se encontrou com o presidente cubano Raúl Castro. Eles compartilharam experiências sobre energia e agricultura. Eles conversaram a respeito da ampliação do uso de biomassa na matriz energética cubana, aproveitando a vocação do país para a produção de cana-de-açúcar.

Lula também visitou, ao lado de Castro, o porto de Mariel, construído com financiamento de US$ 682 milhões via Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff esteve em Cuba para inaugurar a primeira etapa do porto e para anunciar um financiamento de US$ 290 milhões para a implantação de uma Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel.

Acompanhante - O senador e ex-governador Blairo Maggi (PR-MT), que é um dos maiores produtores de soja do país, está na comitiva do ex-presidente em Cuba. Segundo o Instituto Lula, ele foi compartilhar com os cubanos a experiência brasileira de produção de soja para melhorar a produtividade do cultivo na ilha. Estava prevista para esta quarta-feira, 26, uma visita de Lula e Maggi a uma plantação de soja no interior de Cuba. De acordo com a assessoria de Lula, o ex-presidente deve retornar ao Brasil nesta quinta-feira, 27, e ainda não há agenda prevista.

Brasília – Instituições de ensino e pesquisadores brasileiros qualificados nas áreas de educação e de língua inglesa podem pleitear financiamento para pesquisas relacionadas a exames de proficiência da Cambridge English Language Assessment. O departamento da universidade inglesa oferece bolsas de até 15 mil libras – o equivalente a R$ 54 mil. As inscrições vão até o dia 1º de outubro.

Os trabalhos dos selecionados servirão de subsídio para uma equipe de especialistas que trabalha no aprimoramento e atualização dos métodos de ensino e avaliações em língua inglesa. As áreas que a pesquisa poderá abranger são: validação de testes, contextos de uso de testes, impacto dos testes e avaliação centrada no aprendizado.

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Os certificados Cambridge English são reconhecidos internacionalmente por mais de 13,5 mil instituições, empresas e órgãos governamentais. No Brasil, os certificados são aceitos, por exemplo, em editais do Programa Ciência sem Fronteiras.

Mais informações no site do departamento.

Estudantes brasileiros de engenharia civil do Programa Ciências sem Fronteiras, do Governo Federal, ficaram na terceira colocação da competição regional Canoa de Concreto. Eles integram a equipe da Catholic University of America (CAU), e, durante seis meses, participaram do planejamento, confecção, pintura e documentação do projeto da canoa.

Felipe Costa, Monique Wesz e Marilia Teixeira trabalharam junto com outros 15 estudantes na fabricação do meio de locomoção construído sem auxílio de qualquer metal ou madeira. A ideia foi fazer uma canoa com mistura de concreto que fosse mais leve do que a água, e, mesmo assim, contendo resistência para uma competição a remo.

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De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os juízes avaliaram, além do desempenho na água, a estrutura, o conhecimento do time e a aparência da canoa. A primeira colocação ficou com a universidade Fairmont State, e a universidade West Virginia terminou na segunda posição.



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