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Os alunos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (4) puderam conferir uma prova de geografia mais fácil em termos gerais, segundo o professor Thiago Félix.

Embora o docente tenha creditado facilidade, algumas questões vieram mais trabalhadas. "Achei a prova de [geografia] física um pouco mais difícil porque trabalhou nomes técnicos", explica Thiago. Além disso, a matéria fugiu da tendência dos exames realizados nos anos anteriores e não abordou questões energéticas como usinas hidrelétricas e combustíveis fósseis.

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Outros assuntos como agricultura orgânica estiveram presentes no Exame, o que, segundo o professor, é um ganho. "É bem pertinente pensar nisso, já que se trata do país que mais utiliza agrotóxico no mundo", opinou Thiago Félix. Por outro lado, um dos geógrafos mais conceituados no Brasil, Milton Santos, não esteve inserido nos textos de apoio da prova.

E para quem buscava uma prova de interpretação de mapas e gráficos, teve uma supresa: este ano o Enem não trouxe muitos materiais visuais nesse estilo. "De uma maneira geral, a prova foi mais tranquila do que no ano passado e menor, com menos textos", apontou o professor Félix.

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Na porta dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de muitos candidatos circulando, ambulantes aproveitavam para faturar. Água, caneta, brownie e coxinha eram alguns dos produtos vendidos na manhã deste domingo (4), primeiro dia de prova, nos arredores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife.

Moradores de Santo Amaro, Elvison Vitor, de 28 anos, e Stacy Santos, de 25, cobravam R$ 3 pelo brownie. “Compramos de uma amiga que produz e estamos revendendo aqui. Até agora, vendemos 10, mas esperamos vender mais”, conta Stacy, que é advogada. Além de complementar a renda, as vendas podem ajudar na realização do casamento do casal, que está noivo. “Só hoje, pretendemos lucrar trezentos reais e no próximo domingo estamos aqui de novo. De certa forma, esse dinheiro pode ajudar no nosso casamento também”, revela Elvison.

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Há mais de 10 anos vendendo produtos no Enem, a comerciante Alessandra de Souza, 29 anos, chegou cedinho na Unicap para garantir um lugar em frente ao portão A. Com uma barraquinha cheia de variedades, ela vendia água, caneta, chocolate, pirulitos e bombom. Os valores variavam de 1 a 4 reais. “Cheguei às 7 horas e vendi até agora 48 águas e 50 canetas. Devo conseguir lucrar pelo menos uns 200 reais hoje”, afirma.

Já as comerciantes Edclécia Martins, de 25 anos, e Sarah Sâmara, de 22 anos, estão vendendo pela primeira vez no Enem. Coxinha, empada e café estavam no menu, que tem preços entre 1 e 3 reais. “O movimento não está muito bom, a gente pretendia vender uns trezentos reais só de coxinha e, pelo visto, não vamos atingir a meta”, conta Sarah que veio do bairro de Nova Descoberta. “Mas vamos ficar até o fim das provas de hoje e domingo que vem estamos aqui de novo”, afirma Edclécia.

Mais de 5,5 milhões de estudantes começam as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (4). De acordo com o horário de Brasília, os alunos iniciaram as questões às 13h30. Com 5h30 de duração, os estudantes terão até às 19h para encerrar a primeira parte da avaliação.

Neste domingo, os feras respondem as 90 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além da redação. Para fazer o Enem, basta  que os alunos estejam portando documento oficial com foto e caneta de tinta preta e material transparente.

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No próximo domingo (11), os candidatos irão fazer mais 90 questões de Matemática, Código e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Assim como neste domingo (4), os feras poderão entrar nos locais de prova do meio-dia às 13h. A avaliação também será iniciada às 13h30, mas terá apenas cinco horas de duração, terminando às 18h30, de acordo com o horário oficial de Brasília.

Junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Ministério da Educação apresentou, na manhã desta quarta-feira (31) os últimos detalhes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, mais de 80% dos 5,5 milhões de participantes já conferiram os cartões de inscrição e sabem seus locais de prova.

Segundo a organização, cerca de 600 mil pessoas estão envolvidas no sistema de transporte, segurança, confecção e aplicação das provas. Entre elas estão fiscais de banheiro, coordenadores de locais de prova, mais de 15 mil aplicadores, chefes de sala e assistentes.

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O ministro da Educação, Rossieli Soares, garantiu que qualquer possibilidade de fraude será combatida. Ele também agradeceu às Forças Armadas e à Polícia Federal pelo apoio tático na organização classificada por ele como uma “logística de guerra”. “Nem o MEC nem o INEP teriam condições de fazer isso sem o apoio de todos”, afirmou o representante da pasta.

Ainda na sexta-feira (2) o Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Federal, voltado exclusivamente para as provas, deve ser apresentado oficialmente ao público. “Isso zela um caráter de compromisso da Polícia Federal com o exame”, pontuou Maria Inês Fini, presidente do Inep.

Recursos 

O número de inscritos confirmados pelo Inep aumentou em 71 pessoas desde a última coletiva de imprensa divulgada pelo órgão. Isso foi resultado dos recursos pedidos pelos alunos desde o dia em que os cartões de prova foram liberados. O ministro da Educação não detalhou, porém, quais foram os recursos atendidos. 

A presidente do Inep afirmou que a organização articula um espaço dentro da página do participante para registro de ocorrências verificadas por eles nos locais de prova. “Esse é um canal que antes era feito de forma informal. Tentamos dar um tratamento menor e diminuir o fluxo do 0800”, contou Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento da prova. Maria Inês garantiu que a disponibilização desse espaço será feita até o dia 11, segundo domingo de provas. 

Horário de verão

A polêmica com o horário de verão, que será iniciado em todo o país no primeiro dia de prova, foi um dos pontos analisados durante a coletiva. “Nós fizemos todo o esforço possível para adiar isso, mas nao foi possivel então vamos enfrentar o problema”, afirmou Maria Inês.

Ela lembrou que o Inep disponibilizou um mapa apontando para qual o horário local que deverá ser seguido por cada região do país de acordo com a mudança no horário de Brasília. Você pode conferir o horário das provas por região clicando aqui

Transporte 

Como as provas serão realizadas em dois domingos, dias nos quais as frotas de ônibus das cidades são reduzidas, o MEC e Inep pediram aos governadores dos estados que trabalhassem em regime especial. Eles afirmaram, porém, que acatar ou não a esse pedido cabe apenas às unidades federativas e municípios. 

“Pedimos aos governadores que pudessem apoiar os jovens, para que eles os apoiem e deixem nos domingos um número maior de ônibus, ou seja, igual ao número de dias regulares na semana”, afirmou Maria Inês. 

Essa parceria também foi pedida em relação às questões de abastecimento nas redes de água e luz dos locais de prova. “Existem alguns municípios que terão energia do local de prova abastecida por gerador. A gente pede para que eles mantenham equipes de plantão no fim de semana”, disse o ministro.

Documentação

A organização da prova foi categórica ao afirmar que só serão aceitos documentos originais com foto. O aluno que esquecer o documento poderá aguardar do lado de dentro do local de prova até que alguém que traga identificação. Ela destacou, ainda, que a identidade digital ainda não será aceita nos locais de aplicação.

O motivo da recusa é a proibição de celulares ligados dentro das salas de prova, local no qual uma das checagens de identidade é feita. “Ainda que você passe nos portões com ela, dentro da sala ela não poderá ser utilizada”, afirmou a representante do Inep. Ela garantiu que os organizadores se preparam para poder receber esse tipo de documentação no futuro. Aqueles que tiverem sido assaltados, poderão apresentar Boletim de Ocorrência que tenha sido emitido até 30 dias antes da prova.

Fake News

Ao longo da semana, o Inep precisou desmentir fake news que afirmavam o cancelamento das provas. Maria Inês lembrou que nenhuma informação que não tenha sido transmitida pelos dois principais órgãos que encabeçam as provas é confiável.

“Isso é um desrespeito em um momento de muita ansiedade dos nossos jovens. Devemos reafirmar que as únicas fontes de notícia nesse momento são o ministério de educação e o Inep”, disse. Ela lembrou que aqueles alunos que se depararem com fake news podem denunciar no número gratuito 0800-616161 .

Valores

Apenas 1,9 milhões dos 5,5 milhões de inscritos do Enem 2018 são pagantes. A estimativa da organização é de que cada prova custe, em média, R$ 84 por pessoa, mas o valor oficial só deve ser definido após as correções da prova. “Nós só pagamos pelas redações corrigidas, então esse é um valor estimado. Esse valor será aperfeiçoado até o final e provavelmente irá cair”, disse a representante do Inep.

Solicitações para pessoas com deficiência

Apenas 696 pessoas solicitaram a realização da prova em braile; 10,3 mil pediram a prova ampliada ou superampliada e 2,2 mil a prova no formato “ledor”, quando uma pessoa lê as questões ao participante. A vídeo prova em libras, voltada para pessoas com deficiência auditiva, foi solicitada por 2,7 mil pessoas.

Solicitações de nome social

Pelo terceiro ano seguido, o número de solicitações para utilização de nome social de pessoas trans caiu na prova. Foram 408 pessoas em 2016, 303 em 2017 e 251 em 2018.

Datas

As provas do Enem serão realizadas nos dias 4 e 11 de novembro. Os gabaritos devem ser divulgados no dia 14 de novembro e o resultado geral das provas será disponibilizado aos alunos no dia 18 de janeiro de 2019. A partir daí, os estudantes iniciarão o processo seletivo no SISU em busca de uma vaga em universidades de todo o país.

Os discursos se repetem. Os sentimentos, entre a esmagadora maioria, são ansiedade e nervosismo. Toda pressão é oriunda de um ano intenso dedicado aos livros, professores e salas de aula, sem contar, muitas vezes, a expectativa familiar que deixa nas mãos de jovens estudantes a responsabilidade pela aprovação. Esse é o clima que permeia inúmeros candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); no próximo domingo (4), eles darão o pontapé em uma das provas educacionais mais importantes do Brasil.

Residente em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, Rita de Cássia Santana (de preto), 17, dedicou sua rotina à preparação para o Enem. Estamos a menos de uma semana para o Exame e todo esforço da candidata será colocado em prova. “Fiz o Enem desde o primeiro ano, então é a terceira vez que venho me preparando para isso. Tive ensino integral há muito tempo; passo mais tempo na escola do que em casa. Eu, por exemplo, estou muito cansada”, revela.

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“Agora é tentar relaxar, saber que você fez tudo que pôde e Deus vai te ajudar. Tudo que você conseguir daqui para frente será resultado do que você fez ao longo do ano”, acrescenta a candidata. Aos 17 anos, Amanda Lima (de azul na foto), também moradora de Camaragibe, possui estratégias para controlar a ansiedade e valorizar o aprendizado obtido durante o ano de preparação. “O mais importante em qualquer momento da sua vida é não se preocupar tanto com as outras pessoas. Venho tentando me acalmar. Há toda uma preparação não só em relação ao conteúdo da prova, mas sim como a minha mente estará na hora do Enem”, conta. A estudante pretende cursar ciências biológicas.

Agora é hora de desacelerar

“O fera tem que desacelerar. Não pode colocar o conteúdo de uma vida em uma semana. Precisa ser muito pontual; deve dormir bem e comer bem para chegar tranquilo à prova”, alerta o professor de matemática Marconi Sousa.

Com quase 20 anos de experiência em sala de aula, Sousa ressalta que, faltando menos de uma semana para o Enem, o controle da mente é fundamental. “Fera, a única que coisa que eu digo é ‘vai dar certo’. Você fará o seu destino”, diz o professor, em tom de incentivo aos candidatos.

De acordo com o professor de matemática Ricardo Berardo, “o mais indicado também é tentar relaxar, dando uma desacelerada”. Além disso, ele acredita na possibilidade de revisão. “Como sempre dizemos, o emocional é tão importante quanto a parte do conhecimento. Ainda dá tempo de ver conteúdo, mas é melhor revisar o que já estudou. Não é indicado ver novos assuntos”, orienta o educador.

Mitchel Estevão, professor de história, acredita que a desaceleração é importante, porém, ele confessa que é comum ver estudantes que preferem continuar com aulas nesta etapa final. “Muitos estudantes que estão conosco desde o início do ano, eles querem ficar com a gente no final, recebendo as últimas dicas. Eles se sentem seguros. Agora, cabe a cada professor da nossa equipe reduzir o horário de aula, diminuir a quantidade de questões e conversar com estudantes na hora da aula”, comenta o professor de história.

Segundo o professor de sociologia Salviano Feitoza, apesar do pouco tempo até o início do Enem, os candidatos ainda podem adotar uma estratégia que permeia conteúdos, mas sem novas temáticas. “No meu caso, sugiro que neste momento eles façam o levantamento dos conteúdos que mais apareceram no Enem e que deem uma revisada, resolvendo questões e tirando dúvidas. Não vai adiantar muita coisa tentar dar conta de conteúdos que não viu”, aconselha Feitoza.

Provas

O Enem será realizado no próximo domingo (4) e em 11 de novembro. No primeiro dia de provas, os candidatos responderão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no último dia do processo seletivo, os conteúdos serão das áreas de Ciências da Natureza e matemática.

Os portões dos locais de prova serão abertos ao meio dia e fechados às 13h. O início do Exame será às 13h30. Os candidatos devem respeitar o horário de Brasília.

No caso de Pernambuco, que não adota o horário de verão, os portões abrirão às 11h e fecharão ao meio dia. O começo da prova será às 12h30.

Mais de 5 milhões de inscrições foram confirmadas para o Enem 2018. As notas dos candidatos servem para ingresso em universidades públicas e privadas.

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Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio, alunos de todo o Brasil poderão acompanhar mais de três horas voltadas para assuntos de ciências da natureza e exatas no segundo aulão do Vai Cair no Enem, realizado na tarde deste sábado (29). A transmissão será feita pelo Instagram, Facebook e YouTube a partir das 14h. 

As aulas, transmitidas diretamente do auditório do Overdrives, no Centro do Recife, estarão sob comando de alguns dos professores que contribuíram com a plataforma Vai Cair no Enem ao longo de 2018. Para lecionar química, os professores Berg Figueiredo e Francisco Coutinho foram convidados; em física, Rodrigo Rathunde e Hugo Souza; em matemática, Yago Henrique, Alberto César e Ricardo Rocha. Biologia está sob comando dos professores André Luiz e Tayrine Rocha.

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Este é o segundo aulão transmitido em três plataformas diferentes pelo Vai Cair No Enem. No último sábado (22), milhares de alunos de todo o país tiveram oportunidade de acompanhar aulas de ciências humanas, linguagens e redação. 

O Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista, recebe no dia 30 de outubro o maior festival de educação já realizado no Brasil e que, entre suas atrações, buscará bater, oficialmente, o recorde mundial de maior aula de matemática do mundo, com a participação de mais de 5 mil estudantes.

O evento deve reunir os principais assuntos relacionados à metodologia e tecnologia, além de dinâmicas focadas na reta final da preparação dos estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os demais vestibulares de universidades brasileiras.

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O festival contará com recursos inovadores para percorrer temas como astronomia, empreendedorismo, inteligência artificial, robótica, além de áreas mais tradicionais, como biologia, física, redação e química. Também haverá um raio-x do Enem e dos principais vestibulares do país.

A apresentação ficará por conta de professores conhecidos nas redes sociais e convidados especiais, entre youtubers e influenciadores digitais, que terão os nomes confirmados até a data do evento. O público ainda poderá visitar stands informativos, realizar atividades de descompressão e provar os alimentos vendidos em mais de 20 food trucks.

O evento é promovido pelo Santander Universidades em parceria com a plataforma online Universia. Até o próximo domingo (30) o ingresso para estudantes custará R$ 60. Para mais informações acesse o site do festival.

Ao contrário de outros vestibulares aplicados em universidades brasileiras, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não apresenta uma lista obrigatória de livros para os candidatos que vão realizar a prova, mas os enunciados das questões geralmente possuem referências de obras literárias abordadas no decorrer da escolarização.

As questões exigem que o inscrito tenha bagagem intelectual e, por isso, é importante conhecer e fazer a leitura dessas obras para aumentar as chances de alcançar bons resultados no exame.

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 No Google Livros é possível encontrar a versão online de diversas obras, gratuitas e pagas, que integram a literatura brasileira e que, inclusive, podem ser cobradas no Enem, como “A Causa Secreta” e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo e “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.

No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não costuma cair pegadinhas no enunciado das questões, mas é importante que o candidato leia com atenção. Diferente de muitos vestibulares aplicados em universidades do Brasil, o Enem cobra menos conteúdo e mais reflexão, já que o objetivo principal é medir o conhecimento acumulado pelo estudante no decorrer do ensino médio, além de avaliar a capacidade dos inscritos de relacionarem os conteúdos entre si e com o mundo.

Por isso, concentre suas energias para ler as questões que geralmente possuem textos introdutórios. Caso não entenda o que a questão sugere na primeira leitura, para evitar ter que reler outras vezes, grife as palavras-chave que levem à compreensão da linha de raciocínio e do ponto de vista expresso.

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Outra dica essencial é não realizar a leitura em “modo automático”, algo que as pessoas têm o hábito de fazer quando estão com pressa, e ter em mente os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Se a dificuldade estiver em compreender a essência do texto, preste atenção nos pontos que são referenciados mais vezes. As provas do Enem não induzem ao erro, mas devido à grande quantidade de questões (cada disciplina tem 45) exigem que o inscrito tenha um bom domínio de interpretação e que ele não se deixe vencer pelo cansaço.

A última dica para estar preparado para o Exame é treinar realizando a leitura e respondendo as questões dos exames anteriores, disponíveis para consulta no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

 

As inscrições para estudantes que pretendem realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que estão privados de liberdade começam na próxima segunda-feira (24) e vão até 5 de outubro. As provas para esse público serão aplicadas nos dias 18 e 19 de dezembro. Pouco mais de um mês após a aplicação para os demais inscritos, marcada para ocorrer nos dias 4 e 11 de novembro.

O responsável pedagógico de cada unidade prisional deve inscrever os participantes exclusivamente pela internet no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para isso, é necessário ter em mãos apenas o número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) de cada candidato.

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Esse profissional também deverá assinar um termo de adesão, responsabilidades e compromissos entre hoje e o dia 28 de setembro, além de acessar os resultados obtidos pelos participantes, pleitear sua participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e em outros programas de acesso ao ensino superior.

O Enem para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua encarceramento possui edital próprio e, assim como o exame regular, tem cinco provas, sendo uma redação e quatro objetivas (matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas), cada uma com 45 questões.

Os participantes com idade a partir de 18 anos poderão utilizar o desempenho no exame como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior. Já os participantes menores de 18 anos, considerados “treineiros”, só poderão utilizar os seus resultados individuais do Exame para a autoavaliação de conhecimentos.

A menos de dois meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 4 e 11 de novembro, é hora de o candidato revisar os principais conteúdos para alcançar boas notas. Física e Geografia são duas das áreas do conhecimento cobradas na avaliação, a primeira integra a prova de ciências da natureza e a segunda faz parte da prova de ciências humanas. Confira os assuntos mais recorrentes nessas disciplinas, com base nos exames aplicados entre 2009 e 2017:

Física

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Em mecânica, nos últimos nove anos, caíram 19 questões de dinâmica (27%), 16 de cinemática (23%), 16 de hidrostática (23%) e nove de energia mecânica (13%). Além da incidência de temas como gravitação (6%), quantidade de movimento (6%) e movimento circular (3%). Já eletrodinâmica está em segundo lugar no nível de exigência, no mesmo período foram registradas 53 questões no Enem, a maioria sobre corrente, tensão e potência.

Geografia

Temas ambientais como energia, aquecimento global e urbanização estão entre os mais cobrados no exame. Quanto à globalização, costumam cair questões sobre cadeias produtivas mundiais e seus impactos econômicos, sociais e no mundo do trabalho. Nesse tema, é importante estudar também as perspectivas de comércio global em blocos econômicos como o Mercosul, Nafta e União Europeia.

Nas provas de ciências humanas de 2012 à 2017, os dez conteúdos mais recorrentes foram questões ambientais, globalização e blocos econômicos (15% cada), setor agrícola e agrário (12%), geopolítica (11%), geografia física (10%), urbanização (9%), questões demográficas, indústrias e transportes (8%), fontes de energia (7%) e cartografia (5%).

Confira também os assuntos para revisar em filosofia e sociologia.

Filosofia e sociologia são duas das áreas do conhecimento cobradas na prova de ciências humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para ocorrer no dia 4 de novembro. A menos de dois meses para a prova, é hora de o candidato revisar os principais conteúdos para alcançar boas notas.

A SAS, plataforma nacional de educação, realizou um levantamento com os assuntos que mais caíram no Enem desde 2009 As temáticas que mais foram cobradas em filosofia e sociologia são as seguintes:

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Filosofia

A temática de ética e justiça teve destaque nos últimos anos do exame. A recomendação é que o candidato revise o pensamento filosófico de pensadores como Aristóteles, Baruch Espinoza, Platão e Agostinho de Hipona (conhecido como Santo Agostinho).

O estudo da natureza do conhecimento, também chamado de epistemologia ou gnosiologia, aparece em 2º lugar nos assuntos mais recorrentes do exame. Por isso, é importante que o inscrito foque seus estudos em escolas de pensamento que buscam explicar a origem do conhecimento humano.

No que tange a democracia e cidadania, estudante deve rever os conceitos de liberdade e autoritarismo. Já em filosofia contemporânea é imprescindível o estudo sobre o niilismo do filósofo alemão Nietschzie além de que para dominar a filosofia moderna, é preciso que o candidato conheça o trabalho e a importância de pensadores como Immanuel Kant e René Descartes.

Sociologia

A temática do mundo do trabalho cobra assuntos como a precarização do trabalho, os conceitos de capitalismo, fordismo, taylorismo, globalização, escravidão contemporânea, flexibilização das leis trabalhistas e a relação entre trabalho e cidadania.

Quando se trata de ideologia, nas questões do exame costumam cair correntes teóricas, econômicas e políticas a partir do trabalho de autores que são referência do pensamento social, como Karl Marx e Max Weber. É importante que o inscrito também domine a relação entre ideologia e direitos humanos, além de processos históricos que envolvem essa temática.

Em cidadania, o exame enfatiza os direitos civis, políticos e sociais, assim como violência e discriminação e a relação entre democracia e movimentos sociais.

Um dos assuntos que diz respeito ao nosso momento atual e que tem sido cobrado nas questões do Enem é a reflexão sobre o impacto da tecnologia na socialização e nos hábitos de consumo, além da relação entre publicidade e violência simbólica.

Por fim, as definições antropológicas sobre a teoria crítica e o mercado de bens culturais, bem como identidade e o patrimônio cultural são os principais assuntos que permeiam a temática da cultura e da indústria cultural.

O “Pega-varetas”, antigo jogo que possui diversas varetas coloridas no qual os participantes devem pegar o maior número possível sem que nenhuma se mova, pode ser um bom método para o estudante utilizar nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Assim como na brincadeira, no exame é interessante iniciar as provas pelas questões mais fáceis, uma vez que existem questões que podem ser consideradas mais difíceis e que o candidato precise de mais tempo para resolvê-las. Com isso em mente, caso o inscrito esteja diante de uma disciplina que tem mais dificuldade como matemática, por exemplo, o ideal é começar por outra em que tenha mais habilidade.

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O primeiro dia de provas, marcado para 4 de novembro, reunirá a redação (texto dissertativo-argumentativo) e 45 questões de linguagens e ciências humanas que deverão ser resolvidas pelo candidato em até cinco horas e meia. Já o segundo, marcado para 11 de novembro, terá mais 45 questões de ciências da natureza e matemática que devem ser solucionadas em até cinco horas. Por isso, iniciar as provas pelas questões que possui mais facilidade é essencial para otimizar o tempo e diminuir a ansiedade para concluir o exame.

Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano será realizado nos dias 4 e 11 de novembro, biologia chega a ocupar boa parte das questões. No entanto, muitos são os assuntos estudados pelos alunos que almejam a aprovação, mas nem todos são os que definitivamente caem na prova.

Saber a maior incidência desses conteúdos garante otimização dos estudos, consequentemente uma boa forma de reforçar assuntos e, assim, aprendê-los melhor. Dessa forma, é possível ter uma garantia de maiores pontuações no Exame. Para ajudar o feras nessa missão, o LeiaJá traz dicas de dois professores de biologia sobre as maiores incidências de conteúdos no Enem. 

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 Ecologia

Esse é o assunto que os feras devem melhor dominar, segundo o professor Leandro Galindo. O docente de biologia explica que a frequência desse conteúdo na prova de Ciências da Natureza chegou a 44% nos últimos anos. A principal abordagem é para a temática ambiental, considerando os problemas naturais ocasionados pelo desenvolvimento humano. “São incluídas questões que abordam poluição da água, poluição do solo e, principalmente, poluição do ar. Então, temáticas como o agravamento do efeito estufa, aquecimento global, inversão térmica e chuvas ácidas são assuntos bastante constantes nas provas”, explica. Além disso, temáticas sobre atitudes sustentáveis, como reciclagem e energias solar e eólica, estão sempre presentes no Exame.

 Citologia

Com 17% de incidência nas provas de 2009 a 2017, segundo o professor Leandro Galindo, citologia está dentro dos assuntos que mais caem no Enem. “Podemos incluir questões que abordem organelas, principalmente Complexo de Golgi, retículo endoplasmático e ribossomos, bem como perguntas sobre organelas que são portadoras de material genético, como cloroplastos e mitocôndria, pois elas trazem a temática de engenharia genética”, explica o professor. Núcleo celular também está presente dentro do conteúdo programático de citologia dentro do Enem. “Ou seja, informações relativas a cromossomos e expressão dos genes são uma temática bem importante dentro de citologia”, aponta Leandro.

 Fisiologia

Com 10% de ocorrência dentro do caderno de Ciências da Natureza, fisiologia também é um ponto levantado pelo professor Leandro Galindo. “Questões relativas a uma alimentação saudável, vinculadas a uma questão de saúde pública, como pressão alta, diabetes e doenças crônicas. Então não são abordadas questões ‘decorebas’ sobre anatomia humana”. Também estão inseridas na prova as temáticas sobre sistemas circulatório, digestório e nervoso, em paralelo à questão da alimentação saudável e qualidade de vida.

 Microbiologia

Aspectos relativos a programas de saúde, no assunto de microbiologia, estão na lista de conteúdos com grandes possibilidades de cair no Enem. Com 9% de incidências anteriores, microbiologia reserva assuntos estratégicos na área de saúde pública. “Tanto as doenças endêmicas - que têm uma frequência conhecida pelo poder público, como verminoses, esquistossomoses, doença de chagas, teníase, ascaridíase - quanto as doenças emergentes, o aluno tem que ter atenção especial”, conta Leandro. Além disso, algumas doenças têm causado alerta ao poder público e podem ser tema de questão. “Do ano passado para cá, algumas doenças eram controladas, mas vêm causando alerta em virtude delas voltarem, como paralisia infantil, sarampo e sífilis, além de febre amarela, dengue e demais casos de hepatite”, explica.

 Genética

Com 6% de incidência nas questões de biologia, estão presentes genética e biotecnologia. Aspectos relativos à hereditariedade, temáticas relacionadas à primeira e segunda leis de Mendel, grupos sanguíneos e genética molecular estão presentes em biologia. “Dentro dos grupos sanguíneos, caem as possibilidades de transfusões. Em genética molecular, estão presentes transgenia, clonagem, vacinas gênicas, organismos geneticamente modificados, terapias gênicas e genética forense, com uso de DNA para identificar pessoas”, exemplifica do professor Leandro Galindo.

 Outros assuntos

Por outro lado, segundo a professora de biologia Juliana Duarte, antigamente o assunto que mais se fez presente no Enem foi ecologia, com incidência entre 70% e 80%. “Os alunos, inclusive, reclamavam porque eles estudavam tanto para cair quase que praticamente apenas um assunto”, conta a docente. Mas as coisas mudaram há cerca de quatro edições do Exame, de acordo com a professora. “Hoje, a prova está mais distribuída, com mais assuntos, porém não está difícil”, aponta.

 Segundo Juliana, os assuntos agora estão mais ligados ao dia a dia do estudante. “Em genética, é possível observar coisas mais presentes no dia a dia, como células tronco e teste de paternidade”, explica. Já em fisiologia, os assuntos mais recorrentes, segundo a docente, são os que abordam sistemas digestório e circulatório. “Além disso, também podemos citar como assuntos que vêm caindo com bastante frequência os temas de evolução e citologia, porque prova de biologia sem citologia não é prova de biologia”, brinca Duarte.

 Interpretação é tudo

A professora Juliana Duarte ainda salienta que é importante que os estudantes saibam fazer a interpretação da questão. “Mesmo com uma quantidade grande de assuntos, a prova não está difícil. Os alunos têm que melhorar na interpretação de texto, pois muitas vezes as informações vêm em gráficos e tabelas e os estudantes não sabem ler o que está no gráfico e acabam errando a questão. Por isso, eu aconselho que eles treinem mais fazendo questões que contenham textos grandes e tabelas”, alerta.

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Faltam menos de dois meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e uma das provas que mais preocupa os candidatos é a redação. Além do fato de os estudantes não saberem com antecedência o tema que será proposto, a estrutura dissertativo-argumentativa do texto também desperta insegurança, principalmente em relação à proposta de intervenção exigida na conclusão.

Assim como uma introdução bem escrita e um desenvolvimento que mostre que o candidato possui domínio sobre o tema, a conclusão é o momento em que o inscrito deve em um único parágrafo provar que os argumentos apresentados ao longo do texto são pertinentes. Isso significa que o estudante deve finalizar a redação com um resumo de suas ideias, propondo uma reflexão e apontando quem deve executar a ação interventiva sugerida, quais meios devem ser utilizados e com quais objetivos.

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Para conseguir fazer tudo isso em apenas um parágrafo, o estudante deve colocar em prática três estratégias: de dedução, síntese e intervenção. A dedução consiste em começar o parágrafo com uma frase que tenha conexão com todos os argumentos utilizados anteriormente. Uma boa forma de iniciá-lo é trocando expressões como “resumindo” ou “concluindo” por “com base nos argumentos expostos”, “levando em consideração todos esses aspectos” ou “pela observação dos fatos mencionados”.

Já a síntese tem como objetivo relembrar a tese central da redação e resumir as ideias abordadas sem repeti-las, porque isso pode enfraquecer o texto. A tese pode ser retomada com o uso de pronomes demonstrativos como “esse/este” ou “essa/esta” ou com conjunções coordenativas conclusivas como “logo”, “portanto” ou “dessa forma”. 

Para finalizar, a intervenção é o momento de detalhar a proposta sugerida, expondo quem serão os responsáveis pela sua execução, como a sociedade ou o governo federal e os meios para que as sugestões sejam colocadas em prática, que podem ser ações culturais, políticas públicas, implementação de reformas, entre outros com o intuito de promover conscientização da sociedade ou melhorias na educação, por exemplo. Mas lembre-se de que do início ao fim da redação é importante estar atento para não ferir os direitos humanos, pois isso resulta em perda de pontos na média final do exame.

Faltam menos de dois meses para a edição de 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estudantes de todo o Brasil que realizarão a prova já começaram a dar seus palpites sobre os possíveis temas a serem abordados na redação. O exame é conhecido por propor a reflexão de assuntos de relevância social, assim como o da última edição, de 2017, em que os candidatos tiveram que redigir um texto sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

No entanto, para a coordenadora do curso de Letras do Centro Universitário Internacional Uninter e orientadora do Pré-Enem da instituição, Paula Reis, apesar da importância de abordar a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, o tema surpreendeu os candidatos devido o despreparo para pensar em soluções.

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Segundo a especialista, os estudantes podem ficar despreocupados quanto ao assunto a ser cobrado no exame. O importante é focar os estudos em como redigir um texto com bons argumentos, além de demonstrar domínio da língua portuguesa.

“Há uma infinidade de possíveis temas e que jamais serão esgotados. Além disso, ninguém oferecerá uma ideia brilhante capaz de sanar todos os problemas do mundo e os corretores sabem. Foque em oferecer soluções possíveis, pequenas mudanças com teor cidadão, mas efetivas. Já valem o ponto”, esclarece.

Paula acrescenta que para os avaliadores do Enem o que mais conta é o fato do candidato conseguir por meio das palavras e posicionamentos demonstrar noções claras de cidadania. “O efeito surpresa do tema é justamente para detectar quem tem esse perfil”, ressalta.

Uma das principais características do exame é a exigência de propor soluções a problemas da sociedade de forma argumentativa. Por isso, segundo a coordenadora, o foco dos candidatos deve ser trabalhar o potencial de criar conclusões diante das dificuldades sociais. “Nós vivemos em um país de desigualdades. O mais importante não é descobrir qual desigualdade será colocada em discussão, mas saber que existem e querer resolvê-las”, sugere.

A redação do Enem possui cinco critérios de avaliação, cada um com valor máximo de 200 pontos. Ao praticar a escrita, os estudantes devem pensar em detalhes fundamentais como a construção do texto. “Preocupem-se em saber como fazer rascunho sem rasurar o documento da prova, construir um texto com começo, meio e fim, a ser pontual e não se desesperar”, orienta.

Mas também é imprescindível que os estudantes estejam atentos para não ferir a Constituição Brasileira no texto, pois isso pode acarretar em perda de pontos. “É um concurso como qualquer outro de nível federal e que não permite expressão de ofensa, injúria ou calúnia no texto. Precisamos conscientizar os estudantes que preconceito não é opinião e jamais será um argumento válido”, conclui.

Matemática é uma disciplina que não costuma agradar os estudantes brasileiros, mas é inevitável ter que lidar com os cálculos durante o período escolar e nas provas que dão acesso ao ensino superior, como é o caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ainda que o candidato não pretenda seguir uma carreira que exija dominar o universo dos números.

Um levantamento realizado pela plataforma de educação SAS mostra quais foram os temas mais cobrados nas provas do Enem dos últimos anos. O estudo analisou 3.076 questões aplicadas entre 2009 e 2016 e os cálculos que mais caíram no exame foram os seguintes:

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- Geometria (26,3%)   

- Aritmética (12,8%)   

- Escala, razão e proporção (12,1%)   

- Funções (9%)   

- Porcentagem (8,3%)   

- Gráficos e tabelas (8,3%)   

- Estatística (6,8%)   

- Probabilidade (5,9%)   

- Equações elementares (2,6%)   

- Sequências (2,5%)   

- Análise combinatória (2,2%)   

- Números inteiros e reais (1,7%)   

- Trigonometria (1,1%)   

- Notação científica (0,3%)   

- Matriz (0,1%)

Agora você pode incluir os assuntos acima em sua rotina de estudos e se preparar para o exame que ocorre em novembro.

Escolher a carreira profissional a seguir é um dos desafios que os estudantes cada vez mais têm enfrentado, especialmente com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se aproximando e em seguida os vestibulares em universidades públicas e privadas.

Somente em 2015, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 2,2 milhões de adolescentes concluintes do ensino médio tiveram que optar por um dos 324 cursos de graduação oferecidos no Brasil. Além disso, nos últimos 15 anos quase 11 milhões de brasileiros se formaram na universidade. Desses, mais de 5,3 milhões seguiram uma das dez seguintes carreiras: administração, ciências biológicas, ciências contábeis, direito, educação física, enfermagem, engenharia civil, medicina, pedagogia e psicologia.

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Ainda segundo o Inep, as profissões acima foram as mais procuradas entre os candidatos da edição do primeiro semestre de 2016 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no qual um dos requisitos para concorrer as vagas é ter participado do Enem. E, entre 2001 e 2015, essas carreiras correspondem a 48,7% do total de formados no Brasil.

A que lidera é a carreira de administração, com 1.319.804 concluintes no período. Em segundo lugar está a graduação em direito (1.217.632), seguida por pedagogia (861.420), ciências contábeis (451.739), enfermagem (430.325), educação física (396.204), psicologia (247.888), medicina (181.254), engenharia civil (126,702) e ciências biológicas (108.179).

Medicina. Oito letras formadoras de uma palavra que significa uma das carreiras mais almejadas do Brasil. Porém, muito além disso, é mais do que uma profissão, é um sonho e um planejamento de vida. E por esse sonho muitos estudantes dedicam horas, dias, meses e até mesmo anos de estudo e empenho para ingressar na graduação.

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 Carla Vasconcelos conseguiu ser aprovada. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Por ser um curso caro, cuja média das mensalidades das instituições de ensino superior é de R$ 6.203,57, muitos candidatos buscam oportunidade em uma universidade pública. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) tem o curso mais concorrido do Brasil, com um total de 266,2 candidatos por vaga. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que utiliza o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em 2017 houve 1.720 inscritos para 120 vagas. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Alencar, o curso de medicina vai continuar sendo um dos mais buscados porque os que almejam fazê-lo também buscam uma realização pessoal. “Quem quer medicina está almejando ajudar ao próximo, ter contato com as pessoas, curar ou aliviar o sofrimento delas. Ao contrário do que muitos pensam que é sobre questão financeira”, explica. 

Amor que não se apaga

Formada em fisioterapia, Carolina Rodrigues, 29, sempre quis ser médica. “Mas a gente tem mania de se auto sabotar, não é? Achei que não passaria e fui para algo que chegasse perto, fui pra fisioterapia. Mas sempre senti que faltava algo”, conta Carolina. Ao terminar o curso, ela fez uma pós-graduação em UTI, área em que mais de identificava, e resolveu tentar medicina quando sua mãe a apoiou. “‘Aproveite enquanto eu posso te ajudar, um dia você vai estar sozinha’”, relembra as falas da mãe. 

Quando decidiu que iria voltar a fazer vestibular, dessa vez para algo que realmente ama, Carolina largou o emprego e se dedicou apenas aos conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Estava fazendo cursinho e estudando mais quatro horas além das aulas. Mas aí as coisas apertaram e eu voltei a trabalhar, então estou só estudando em casa”, conta Carolina. Com essa mudança, a vestibulanda agora passou a estudar de acordo com suas escalas de plantão. “Eu estou me readaptando, coloquei a previsão de dois anos para passar em medicina. Seria um ano me readaptando e um ano, realmente, me dedicando”, explica Carolina. 

Insistência é o caminho 

Tentando há quatro anos ingressar em uma instituição de ensino superior de medicina, Louise Azevedo, 22 anos, tem uma rotina de estudos bem focada no seu objetivo. Chegando às 6h30 e saindo às 21h de um cursinho localizado no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, a jovem dedica seu tempo aos estudos. “Eu almoço uns 15 minutos e o resto do tempo que passo aqui é para estudar e tirar dúvida com os professores”, conta a jovem. 

Os quatro anos tentando medicina também foram momentos de maturidade e autoconhecimento, em relação aos estudos, para Louise. “A grande diferença nesses quatro anos é que agora eu sei as minhas dificuldades e antes não. São coisas específicas, por exemplo, em física é termodinâmica”, explica a vestibulanda. E mesmo com tantas tentativas, ela afirma que sua motivação vai muito além do curso em si. “Eu me mantenho motivada por acreditar em um futuro melhor, principalmente da classe social mais pobre”, aponta Louise.  

Primeira - e confiante - tentativa 

Aos 18 anos, Kercia Sampaio vai em busca de uma aprovação no curso de medicina. Estudante de um cursinho pré-vestibular localizado na Zona Oeste do Recife, a adolescente tem uma rotina bem dedicada aos estudos, mas sem esquecer do descanso. “Eu chego aqui umas sete horas da manhã e saio umas nove horas da noite, e para mim não é tão cansativo porque eu aprendi a gostar de estudar. Aos domingo eu não pego muito em livro. Eu fico mais na minha, saio com minha irmã, vou à praia, faço alguma coisa”, conta Kercia. 

O dia de descanso é fundamental para a jovem recuperar as energias gastas durante os dias de semana. “Aqui eu só faço praticamente estudar. Como nas sextas-feiras aqui é avaliação, eu faço a prova e, como chego mais cedo em casa, vou estudar. Então eu estudo mais às sextas e aos sábados”, detalha a jovem. 

Quem respira aliviada 

Médica. Essa é a profissão de Carla Vasconcelos, 28 anos, que tentou cinco anos para conseguir ingressar no curso de medicina, no campus Garanhuns da Universidade de Pernambuco (UPE). A jovem “decidiu” a profissão aos cinco anos de idade. “Minha mãe conta que foi a primeira coisa que eu disse que queria ser”, relembra. 

A aprovação chegou após muito esforço, dias e noites em regime rigoroso de estudo. “Eu estudava de manhã, de tarde e de noite. Fiz cursinho, mas no último ano eu já estava saturada e fiquei estudando em casa. Passava, no mínimo, oito horas de dedicação aos estudos. Aos sábados e domingos, esse tempo aumentava para 12 horas”, detalha Carla. 

Após quatro anos de dedicação, Carla foi incentivada a fazer outro curso em uma faculdade privada. “Eu passei em primeiro lugar em fisioterapia, mas só fiz uma semana”, relata. A tentativa de ser uma universitária foi fruto das outras tentativas frustradas de entrar em medicina, mas nada apagou sua força e vontade de fazer o que amava. “Quando eu não passava, ficava triste, uma semana jogada no sofá mesmo, mas havia alguma coisa em mim que me dava força de vontade para continuar”, explica.

O nome no listão veio em 2012 - e no momento certo. “Eu fui selecionada no remanejamento para o campus de Garanhuns. Ligaram para minha mãe e disseram que eu tinha sido aprovada, só que ela achou que era trote. Depois ligaram para minha avó e aí a história se confirmou. Naquele ano, eu já tinha decidido que se eu não passasse iria fazer qualquer outra coisa” relembra Carla.

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Dedicação tem que começar de agora

“Estude por aquilo que for básico, pelo menos aquilo que for mais fácil, aquilo que você já domina um pouco. O que você não deve é dizer ‘vou tomar remédio para não dormir, vou tomar café, vou tomar energético para virar a noite’. Virar a noite não dá certo, pois você só vai se desgastar”, aconselha o médico e professor de biologia de um cursinho pré-vestibular Fernando Beltrão. 

Professor Fernandinho Beltrão recomenda que alunos estudem pelos conteúdos que eles já dominam. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Mesmo que o estudante queira uma vaga numa instituição privada sem arcar com os custos, é preciso, muitas vezes, que ele faça - bem - o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para garantir as oportunidades de bolsas como as do Programa Universidade para Todos (ProUni), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), entre outras. “A lógica do Enem é não errar besteira. Aluno que erra três ou quatro bobagens, a nota dele não sobe mais”, afirma o professor. Esse alerta do professor é em relação à Teoria de Resposta ao Item (TRI), aplicada no Enem. Confira abaixo algumas dicas de Fernandinho. 

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É comum o estudante acertar um número considerável de questões no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas não obter médias finais satisfatórias. Isso acontece porque o exame utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI) para calcular a nota final dos candidatos, método que além de avaliar a quantidade de respostas corretas, leva em consideração o grau de dificuldade da questão e a coerência de respostas do participante em diferentes áreas do conhecimento.

No Brasil, esse modelo de cálculo é aplicado desde 1995 em provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), responsável por medir o desempenho de alunos do ensino fundamental e médio.

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O método foi adotado pelo Enem em 2009, ano em que a média de pontuação dos concluintes do ensino médio ficou em torno de 500 e o valor passou a ser considerado um referencial na escala construída para o exame. Com isso, quanto mais elevada a nota do candidato for, maior será o desempenho obtido em relação à média dos participantes, diante disso é importante que o estudante conheça essas peculiaridades para aumentar as chances de conseguir médias finais boas.

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