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O cenário econômico segue impactando fortemente a vida dos brasileiros. De acordo com um estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) junto ao Instituto Ipsos Public Affairs, que ouviu 1200 pessoas, 72% dos brasileiros afirmou conhecer alguém que perdeu o emprego no último ano, o que representa 14 pontos porcentuais a mais que em 2016. Houve aumento também no número brasileiros que conhecem pessoas que perderam o emprego e ainda não conseguiram voltar ao mercado de trabalho, que passou de 21% para 31%.

Sobre a situação de emprego, 57% dos entrevistados permaneceram no emprego em que estavam no ano passado, enquanto 12% permanece sem emprego. Entre os desempregados, há ainda 1% que pediu demissão e ainda não conseguiu se recolocar.

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No grupo de entrevistados que têm medo de perder o emprego, cresceu o percentual dos que estão evitando contrair novas dívidas ou buscam reduzir o endividamento: eram 44% no ano passado e agora são 61%. Paralelamente, caiu o número de pessoas que conseguiram mudar seus hábitos de consumo em favor da poupança, saindo de 25% para 13%. 

“Essa mudança de hábito de consumo das famílias é natural, apesar de ser ruim para a demanda. É um comportamento visto principalmente por quem passou por dificuldades. O consumidor está arredio a voltar a hábitos anteriores. É uma sociedade que está atemorizada quanto à ocupação”, analisa Paulo Francini, diretor do Depecon. Confira a pesquisa na íntegra.

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O presidente da Federação das Indústrias do Estadão de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou neste sábado (4) que é possível apostar em crescimento da economia nacional em 2017, mas que ainda há dúvidas sobre se o Produto Interno Bruto (PIB) será positivo já no primeiro trimestre, como espera o governo federal.

Em visita a uma escola do Senai no bairro Santo Amaro, na capital paulista, Skaf disse que o primeiro trimestre vai apresentar um resultado positivo na indústria, mas que a economia como um todo ainda é uma dúvida. "A indústria, no mês de janeiro, teve saldo de empregos positivo e o primeiro trimestre vai dar resultado positivo. A economia como um todo, eu diria que é melhor fazer uma análise. Há sinais de recuperação", afirmou.

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Pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria gerou 17,5 mil postos de trabalho no País em janeiro. "Saldo positivo de emprego é sinal consistente, eu quero crer que o pior já passou e vamos ter uma recuperação econômica este ano", disse Skaf.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, não quis comentar a citação de seu nome no depoimento de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana. Em visita a uma unidade do Senai no bairro Santo Amaro, na capital Paulista, Skaf disse neste sábado (4) a jornalistas que os impactos políticos causados pelas delações e denúncias de irregularidades em campanhas de 2014 não devem superar a busca pelo crescimento econômico.

"Problema do governo é do governo, cada um com seus problemas. A minha preocupação é ajudar para que o País retome o crescimento econômico", disse Skaf, quando perguntado sobre os fatos divulgados nesta semana com os depoimentos de delatores à Justiça Eleitoral no processo que julga a chapa Dilma-Temer.

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Filiado ao PMDB e candidato ao governo do Estado em 2014, Skaf teria pedido R$ 6 milhões em doação da Odebrecht para a campanha, segundo Marcelo Odebrecht falou ao TSE. O dinheiro teria sido acertado como parte da doação de R$ 10 milhões acordada entre a empresa e o PMDB, presidido na época pelo então candidato a vice-presidente Michel Temer.

Durante a semana, Skaf divulgou uma nota dizendo que todas as doações recebidas pela campanha ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral e que nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas.

Skaf, que se encontra constantemente com Temer quando o presidente está em São Paulo, afirmou hoje (4) que não conversou com o presidente sobre os fatos divulgados nesta semana. "Não conversei sobre os fatos desta semana. Aliás, todas as semanas têm fatos, então na verdade não vejo assim grandes novidades", disse.

Os fatos narrados por Odebrecht complementam informações de delações premiadas de executivos e ex-executivas da empresa no âmbito da Operação Lava Jato. "Esperamos que a Lava Jato ou qualquer outra operação cumpra seu papel principal, que é punir aqueles que merecem, que deram motivo, que são criminosos, sejam corruptos ou corruptores", disse Skaf.

O presidente da Fiesp afirmou que espera que o mundo político encontre seu "caminho" no desenrolar deste ano, permitindo a retomada do crescimento na economia. "Não devemos ficar por conta só de assistir questões políticas e esquecer da economia e do emprego."

Sobre uma eventual candidatura em 2018, o peemedebista se reservou a falar que não está pensando nisso agora e que vai deixar essa discussão para o próximo ano.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta sexta-feira, 4, que o governo prepara uma solução, a ser apresentada "rapidamente", para tornar viável a produção nacional de penicilina no combate à epidemia de sífilis.

"O governo prepara solução para o abastecimento de medicamentos que são fundamentais. Temos uma epidemia de sífilis por falta de penicilina. Precisamos dar solução, viabilizar economicamente a produção desse medicamento", afirmou, após participar de encontro com empresários do setor na sede da Fiesp, na capital paulista.

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Ricardo Barros acrescentou que o ministério conta com uma deliberação sobre a fixação de preços a novos medicamentos, para fazer o reajuste de remédios não produzidos no País, por ter valores que não justificam economicamente sua fabricação pelos laboratórios. A solução, segundo o titular da pasta de saúde do governo Temer, será implementada "rápido".

O ministro disse ainda que vem cobrando à Anvisa agilidade na aprovação de novos medicamentos, "sem prejuízo da segurança e defesa do consumidor". "Esperamos que novas tecnologias sejam aprovadas e colocadas à disposição da população", comentou.

A economia brasileira viveu de 2013 a 2015 o pior triênio de sua história, disse nesta segunda-feira (19) o diretor do Departamento de Competividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Roriz Coelho. A declaração foi dada durante palestra de abertura do seminário "Perspectivas para a Economia Brasileira nos Próximos Anos", realizado na sede da entidade.

De acordo com ele, a crise do período é decorrente do descontrole fiscal, que levou ao aumento da taxa de juros, escalada da dívida, inflação elevada e desemprego. "De 2001 a 2015, as despesas do governo cresceram três vezes mais que o PIB. A carga tributária chegou a seu limite e não há mais como aumentar impostos", comentou o executivo da Fiesp.

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Para ele, o que se espera para os próximos dez anos é que não haja alteração na estrutura do gasto. "Mesmo com aumento da carga tributária, para 44,5% do PIB, o resultado primário seria negativo em 0,1%, o juro real subiria a10% e a dívida pública chegaria em 167%. Se isso acontecesse entraríamos em recuperação judicial", disse Roriz.

Quanto movimenta a comercialização de mercadorias ilícitas, como produtos roubados, furtados, contrabandeados e pirateados? Só nos municípios paulistas, R$ 13,26 bilhões, segundo um estudo inédito apresentado hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que mapeou o impacto do comércio ilegal em nove setores durante o ano passado.

Não fosse essa concorrência, que chega a morder quase 12% do consumo de produtos como eletrônicos, toda a indústria paulista poderia criar 111,6 mil empregos formais, o que significaria uma geração de renda, entre salários e lucro, de R$ 3,02 bilhões, conforme estimativa da entidade patronal. Para os governos, a perda na arrecadação é de R$ 2,81 bilhões em impostos federais - o suficiente para construir 1,5 mil escolas de ensino básico ou 1,2 mil hospitais - e de R$ 2,54 bilhões em impostos estaduais.

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Embora tenha, no ano passado, ficado praticamente estagnado em relação a 2014, quando movimentou R$ 13,24 bilhões, o mercado ilícito quase dobrou de tamanho desde 2010, ano em que girava R$ 6,71 bilhões.

Os maiores rombos se dão nas indústrias de tabaco e de automóveis/autopeças, onde as vendas da concorrência ilegal somaram, respectivamente, R$ 4,25 bilhões e R$ 3,49 bilhões no ano passado. Como porcentual de mercado, porém, os maiores estragos foram identificados no setor de eletrônicos, no qual os produtos ilícitos representam 11,9% de tudo o que é consumido, e de brinquedos (11,1%).

No caso do comércio ilegal de tabaco, como cigarros, quase a totalidade (99,5%) são produtos contrabandeados. Diretor do Sindifumo, sindicato da indústria do fumo de São Paulo, Fernando Bomfiglio diz que cerca de 30 bilhões de cigarros - ou 30% do consumo total - entram a cada ano no País como contrabando e toda essa carga vem do Paraguai.

A assimetria tributária está, segundo ele, na origem do problema. Enquanto os produtos contrabandeados causam uma evasão fiscal de quase R$ 5 bilhões, os impostos respondem por pelo menos 70% do valor do cigarro produzido de forma regular no Brasil, diz Bomfiglio.

Com isso, mesmo cobrando valores até três vezes acima do que pagam pelo produto, os contrabandistas conseguem vender cigarros pela metade do preço cobrado pela indústria nacional. "A atratividade se dá pela combinação de alto lucro e baixa punição do contrabando", afirma o diretor do Sindifumo.

Com preços baixos e a percepção, de parte da população, de que esse tipo de comércio representa uma oportunidade de trabalho num período de desemprego crescente, os produtos do contrabando ou pirateados ganharam um respaldo popular que a indústria nacional reconhece ter dificuldade em rebater.

"É um marketing imbatível. Como dizer para a dona Maria que ela está comprando um produto ilegal? A polícia e o Judiciário não vão resolver isso. Se o contrabando é inevitável, o que estamos tentando fazer é ganhar escala para reduzir preços e oferecer produtos licenciados", conta Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, associação da indústria de brinquedos, onde o comércio ilegal movimentou R$ 258,5 milhões em 2015. "Se a carga tributária fosse menor, por que a dona Maria colocaria o filho dela em risco?", questiona Costa.

Outra pesquisa da Fiesp, feita com 345 empresas de todos os portes, revela o impacto do mercado ilícito quando a indústria é vítima dos crimes, seja, diretamente, por cargas roubadas no transporte de mercadorias ou desvios cometidos em suas próprias sedes, seja, indiretamente, por conta de crimes sofridos por fornecedores, clientes e funcionários. Segundo estimativa do estudo, a perda de caixa causada por crimes contra as empresas é estimada em R$ 5,13 bilhões.

Além do efeito econômico, o levantamento da Fiesp aponta que esses crimes jogam contra planos de investimento e trazem custo adicional de ações para reduzir riscos ou proteger atividades e patrimônio. Entre as companhias que participaram da pesquisa, 28,3% desistiram de realizar alguma ação empreendedora em virtude da violência criminal, 77,4% pagam por seguro e 44,1% utilizam segurança privada terceirizada. Quase metade das empresas (46,7%) diz que foi vítima de algum crime, principalmente durante o transporte de carga.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota nesta segunda-feira (18) afirmando que não tem "qualquer vínculo ou responsabilidade sobre questões pessoais, profissionais ou empresariais de seus diretores e conselheiros".

A nota se refere à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem que mostrou que um dos diretores da Fiesp, o empresário Laodse de Abreu Duarte, é o maior devedor da União entre pessoas físicas, com dívida de R$ 6,9 bilhões. Laodse é acusado de sonegação fiscal pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O empresário nega ter cometido irregularidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O empresário Laodse de Abreu Duarte, um dos diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o maior devedor da União entre as pessoas físicas. Sua dívida é maior do que a dos governos da Bahia, de Pernambuco e de outros 16 Estados individualmente: R$ 6,9 bilhões. Laodse - que já foi condenado à prisão por crime contra a ordem tributária, mas recorreu - é um dos milhares de integrantes do cadastro da dívida ativa da União, que concentra débitos de difícil recuperação.

Além de Laodse, aparecem no topo do ranking dos devedores pessoas físicas dois de seus irmãos: Luiz Lian e Luce Cleo, com dívidas superiores a R$ 6,6 bilhões. No caso desses três irmãos, quase a totalidade do valor atribuído a cada um diz respeito a uma mesma dívida, já que eles eram gestores de um mesmo grupo empresarial familiar que está sendo cobrado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

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A soma dos valores devidos por empresas e pessoas para o governo federal ultrapassou recentemente R$ 1 trilhão. São milhões de devedores, mas uma pequena elite domina o topo desse indesejável ranking: os 13,5 mil que devem mais de R$ 15 milhões são responsáveis, juntos, por uma dívida de R$ 812 bilhões aos cofres federais - mais de três quartos do total devido à União.

O débito desses maiores devedores representa cinco vezes o buraco total no Orçamento federal previsto para 2016. Nesse grupo - que exclui dívidas do estoque previdenciário, do FGTS e dos casos em que há suspensão da cobrança por determinação judicial - estão desde empresas quebradas, como a Varig e a Vasp, mas também motores do PIB nacional, como a Vale, a Carital Brasil (antiga Parmalat) e até a estatal Petrobras.

Mas como pessoas físicas chegam a dever tanto ao Fisco? A explicação é que os integrantes da família Abreu Duarte foram incluídos como corresponsáveis em um processo tributário que envolveu uma de suas empresas, a Duagro - que deve, no total, R$ 6,84 bilhões ao governo.

Segundo a Fazenda, a empresa realizou supostas operações de compra e venda de títulos da Argentina e dos Estados Unidos sem pagar os devidos tributos entre 1999 e 2002. Denúncia do Ministério Público apontou que a Duagro "fraudou a fiscalização tributária." Para o MP, há dúvida sobre a real existência dos títulos negociados, já que alguns não foram lançados nas datas registradas na contabilidade.

A Procuradoria suspeita que a empresa tenha servido como "laranja" em "um esquema de sonegação ainda maior, envolvendo dezenas de outras renomadas e grandes empresas, cujo valor somente poderá vir a ser recuperado, em tese, se houver um grande estudo do núcleo central do esquema".

Segundo o site da Fiesp, Laodse é um dos atuais 86 diretores da entidade, sem especificação. Ele também integra o Conselho Superior do Agronegócio da federação e preside o Sindicato da Indústria de Óleos Vegetais e seus derivados em São Paulo.

Offshore

Um quarto irmão de Laodse aparece na lista de devedores da União com débitos de R$ 3 milhões e também é dono de offshore em paraíso fiscal, segundo os Panamá Papers. Lívio Canuto de Abreu Duarte foi sócio da Oil Midwest LTD, empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas pela firma panamenha Mossack Fonseca.

Banestado

Além do título da pessoa física com mais débitos com a União, o empresário Laodse de Abreu Duarte aparece em escândalos de repercussão nacional. Um dos inquéritos sobre o esquema do mensalão indica que o esquema montado pelo empresário Marcos Valério de Souza fez sete pagamentos a uma empresa de comércio e exportação de grãos ligada a Abreu Duarte.

Em 2003, o empresário foi condenado a cinco anos de prisão - pena que foi posteriormente convertida a prisão domiciliar - após ser acusado pelo Ministério Público de participar de suposto esquema de falsificação de operações de exportação de soja, com valor superior a US$ 60 milhões. Laodse também foi indiciado pela CPI do Banestado, em 2004.

Em 2006, o Ministério da Justiça pediu aos Estados Unidos colaboração para investigar a suspeita de lavagem de dinheiro e crimes financeiros envolvendo o empresário, João Francisco Daniel (irmão do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel) e Geraldo Rondon da Rocha Azevedo. O inquérito foi arquivado em 2010.

Defesa

Procurado pela reportagem, o empresário Laodse de Abreu Duarte informou, por e-mail, que sua condenação por crime contra a ordem tributária ainda não foi julgada em segunda instância, "o que torna precipitado qualquer conclusão ou juízo". Ele disse ainda que a Duagro "nunca se prestou" ao suposto esquema de sonegação fiscal descrito pela Procuradoria.

O empresário afirmou também não ter nenhum tipo de ligação com os casos do mensalão e do Banestado. "Não mantive relação comercial ou pessoal com os mencionados e não respondo a processo ou procedimentos que tenham ligações ou relacionados a estes", escreveu. Ele negou ainda ter "relação de qualquer espécie" com João Francisco Daniel e Geraldo Rondon da Rocha Azevedo e disse que o Judiciário ainda analisa recurso à sua condenação pelas operações de exportação de soja.

O advogado Fabrício Henrique de Souza, que representa a família, informou que as dívidas que aparecem no nome dos três irmãos resultam de "questionamentos da Receita Federal por operações mercantis realizadas" e que elas ainda estão sendo questionadas judicialmente.

Já o advogado de Lívio Canuto de Abreu Duarte, Ademir Sica, disse que as cobranças da União são indevidas, já que Lívio saiu da direção das empresas familiares em 1997. Ele não quis comentar sobre a existência da offshore e desconhecia se ela foi declarada às autoridades brasileiras. Procurada, a Fiesp não se pronunciou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A indústria paulista eliminou 7,5 mil vagas em maio para um patamar 0,33% menor do que em abril de 2016, em cálculos sem ajuste sazonal, e 0,57% mais baixo, com ajuste sazonal. No ano, a diminuição foi de 1,79%, com um total de 41 mil empregos fechados. Frente a maio de 2015, o recuo foi de 9,73%, marcando a 56ª queda consecutiva mensal nessa base de comparação. Os dados são do Indicador de Nível de Emprego da Indústria Paulista, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Conforme a Fiesp, em nota, não há nenhum sinal de uma retomada de emprego no Estado. O gerente do Depecon, Guilherme Moreira, informou que a perda de vagas em maio foi ruim, no entanto, não é o pior maio da série e está abaixo das demissões registradas no início do ano no setor. "Janeiro, que é um mês em que normalmente se contrata, tivemos 14,5 mil demissões e em fevereiro, 13 mil", explicou. A projeção deste ano, de eliminação de 165 mil vagas de trabalho, foi mantida. Em 2015, as demissões totalizaram 235,5 mil vagas.

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Ainda de acordo com Moreira, apesar da esperança de que o ritmo das demissões perca força, ainda não será suficiente para que se parem as demissões este ano. "O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro retoma a produção, o investimento, e por último será o emprego", disse.

Dos 22 setores pesquisados, 16 registraram queda no índice de emprego em maio, enquanto cinco tiveram alta e um ficou estável. Dos setores que mais registraram queda nos postos de trabalho estão Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1,519 mil postos); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1,330 mil postos) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-1,043 mil postos). O destaque das contratações ficou para os setores Produtos Alimentícios (852 postos de trabalho), Produtos Diversos (243 postos) e Coque, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (180 postos).

Na análise por regiões, 12 tiveram crescimento do nível de emprego, dentre elas Matão (3,20%); São Carlos (1,36%) e Jaú (0,92%). Os destaques para as demissões, por sua vez, foram as regiões de Araraquara (-1,60%), Araçatuba (-1,36%) e Bauru (-1,20%). Neste caso, as perdas foram influenciadas pelo setor de Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios.

O empresário Mario Amato, ex-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), morreu na quinta-feira, 26, na capital paulista, aos 97 anos. A missa de sétimo dia será realizada nesta quinta-feira, 2, na Paróquia São José, na Rua Dinamarca, no Jardim Europa, em São Paulo.

Em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que "Mario Amato foi um líder empresarial que deu uma importante contribuição para a história do Brasil". A entidade também prestou uma homenagem ao empresário com uma publicação em jornais de grande circulação no País. A Associação das Indústrias de São Roque, Araçariguama, Alumínio e Mairinque também prestou condolências à família pela morte do empresário.

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Acionista majoritário da holding Springer, Amato foi um executivo de grande importância no mercado brasileiro. À frente da Fiesp/Ciesp, entre 1986 e 1992, Amato defendeu a diminuição da participação do Estado na economia, com liberdade total de preços. Vivenciou a ascensão e queda de Fernando Collor de Melo e se tornou um grande desafeto de Luiz Inácio Lula da Silva. Nas eleições de 1989, Amato afirmou que, se Lula fosse eleito, "800 mil empresários deixariam o País".

A frase teve grande repercussão na mídia e em toda a classe empresarial. Mais tarde, em 1994, disse que o petista caminhava para a direita. Coincidentemente, os dois tinham a mesma data de aniversário. "A única coisa que nos une é o dia do aniversário: 27 de outubro", costumava dizer. Em 2002, no entanto, treze anos depois da famosa frase conclamando os empresários a saírem do País, o empresário disse que não a repetiria. Na época, disse que, se fosse convocado, até daria uma força ao governo petista. "Sou Brasil Futebol Clube."

Além da Fiesp, o empresário também presidiu a Confederação Nacional das Indústrias, foi conselheiro da Fundação Padre Anchieta e do Teatro Municipal de São Paulo. Desportista desde a juventude, passou pelo conselho de vários clubes de futebol. Foi diretor da Federação Paulista de Futebol, presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo e presidente do Clube Atlético Paulistano.

Carreira

Amato começou sua carreira cedo, aos 14 anos, numa papelaria. Filho do descendente de imigrantes italianos José Amato e da italiana Olga Amato, ele nasceu em São Paulo em 1918. Seu pai era dono de uma alfaiataria e de uma loja de tecido na rua São Bento, no centro de São Paulo.

Estudou no Colégio Anglo-Latino até os 14 anos, quando foi obrigado a parar por causa da crise de 1929, que levou os negócios do pai à falência.

A partir daí, passou a trabalhar na Companhia Oscar Rudge de Papéis. Em 1948, saiu da empresa para abrir o próprio negócio. Durante esse período, voltou à escola e concluiu o ginásio, fez o curso de contabilidade e chegou a ingressar no curso de economia da Faculdade Armando Álvares Penteado. Também nessa época ficou noivo de Rogéria Pinto Coelho e propôs sociedade ao futuro sogro, proprietário da Amorim e Coelho Cortiças.

Com essa associação, recebeu espaço na fábrica para montar sua seção de papel e, em troca, passou a ajudar o sogro na administração. Pouco tempo depois, casou-se com Rogéria e passou a dividir a direção da papelaria com a loja de cortiças.

A indústria paulista eliminou quatro mil vagas em abril, o que representa uma queda de 0,17% ante março de 2016, sem ajuste sazonal, e recuo de 1,02% com ajuste sazonal. É a primeira vez na série histórica, que começou em 2006, que abril ficou com saldo negativo em empregos. Os dados são do Indicador de Nível de Emprego da Indústria Paulista, divulgado nesta terça-feira (17) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

No ano até abril, a indústria de São Paulo demitiu 34,5 mil trabalhadores, queda de 1,50% ante o mesmo período de 2015 e de abril do ano passado até abril de 2016, 253,5 mil postos foram fechados na indústria do Estado (-10,06%).

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Conforme a Fiesp, apesar do saldo negativo, o ritmo de demissões diminuirá. "Com o forte ajuste que a indústria tem feito desde o ano passado e as expectativas de mudanças da condução da política econômica do país, nossa esperança é que as demissões comecem a perder ritmo", declarou, em nota. A expectativa para o fechamento do ano é de cerca de 165 mil vagas a menos. Em 2015, esse número ficou em 235 mil.

Dos 22 setores pesquisados pela entidade, 16 tiveram saldo negativo de vagas, dois ficaram estáveis e quatro contrataram. O setor sucroalcooleiro foi novamente destaque de geração de empregos, com alta de 7.073 postos de trabalho em abril, influenciando positivamente os setores de Produtos Alimentícios (que registrou saldo de 6.642 contratações) e de Coque, Derivado de Petróleo e Biocombustíveis (cujo saldo foi de 1.129 empregos a mais).

Por outro lado, o pior desempenho continua sendo o do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, com saldo de 2.309 demissões no mês. Na análise por regiões, das 36 diretorias regionais, 20 sofreram variação negativa no nível de emprego em abril e 16 contrataram mais do que demitiram.

Conforme a Fiesp, o destaque positivo ficou para as cidades de Sertãozinho, com 10,04%; Jaú, 4,35%; e Santa Bárbara D'Oeste, 3,29%, enquanto o negativo ficou para São Caetano do Sul, com queda de 2,35% das vagas de trabalho; Guarulhos, 2,11% a menos, e Bauru, queda de 1,80%.

Apenas quatro dias após terem tomado posse, o presidente da República em exercício, Michel Temer, e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, iniciam a semana sob pressão das centrais sindicais e também dos empresários em relação ao pacote de medidas que a equipe econômica planeja colocar em prática nos próximos dias.

A pressão parte, principalmente, de personagens importantes que estiveram ao lado de Temer na batalha do impeachment: o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), da Força Sindical.

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Em reunião agendada para as 15 horas no Palácio do Planalto, ao menos quatro das maiores centrais do País - Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros e Nova Central Sindical de Trabalhadores - pressionarão Temer, Meirelles, Eliseu Padilha (Casa Civil) e o novo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a rever alguns pontos anunciados por Meirelles em entrevista coletiva na última sexta-feira, 13.

Do lado dos empresários, o presidente da Fiesp se reuniu na noite deste domingo, 15, com Temer, em São Paulo. A pauta foi a proposta de recriação da CPMF ou de outro imposto transitório, ideia que não é descartada por Henrique Meirelles. "O pato está a postos e tem como prioridade dizer não ao aumento", afirmou Skaf no sábado em entrevista à Rádio Gaúcha, numa referência ao pato inflável da campanha da entidade contra impostos.

O primeiro grupo rejeita fortemente a recriação da CPMF, ainda que temporária, e o segundo teme os rumos da reforma da Previdência. Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, se diz, pessoalmente, contra a recriação da CPMF.

"Sou pessoalmente contra a criação da CPMF, mas vou adotar a postura do governo", disse Geddel em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Meirelles disse que o ideal é que se consiga equilibrar o orçamento apenas com o corte de despesas e, assim, não seja necessária a volta do imposto.

Sindicatos

As centrais são contra a reforma da Previdência, em especial em relação à idade mínima e ao aumento do tempo de contribuição. Outro ponto que elas querem discutir hoje com o novo governo é a revisão da legislação trabalhista.

Na sexta, Meirelles disse que a proposta de reforma da Previdência deve respeitar os direitos adquiridos. Mas ressaltou que esse conceito é "impreciso". Afirmou ainda que sua equipe trabalha em cima de revisão da legislação trabalhista. Também para o Fantástico, ele afirmou que o assunto tem de ser debatido com a opinião pública e o Congresso.

Temer quer convencer as centrais de que algumas medidas são necessárias, apesar de duras. Dirá que a proposta de reforma da Previdência tem por objetivo conter os gastos públicos e que as leis trabalhistas precisam ser modernizadas.

Conforme antecipou neste domingo, 15, no estadão.com a Coluna do Estadão, na reunião desta segunda com as centrais sindicais, Michel Temer e Henrique Meirelles serão claros na conversa. Ambos dirão aos representantes dos sindicalistas que o governo vai apresentar uma proposta de reforma da Previdência Social para o Congresso como forma de conter os gastos enormes que o setor hoje representa.

Projeções feitas por técnicos do governo indicam que o sistema previdenciário poderá entrar em crise a partir de 2020, se os gastos não forem contidos por algum tipo de reforma.

Reações

Além de conseguir apoio, o encontro visa debelar uma possível rebelião das centrais sindicais. As entidades ainda não falam em ações práticas, mas informaram que, quando as negociações começarem efetivamente, vão levar as propostas para os trabalhadores para estudar a reação mais adequada, caso medidas mais duras prosperem.

Para o presidente em exercício, esse cenário é ruim, pois ele já não detém o apoio das centrais ligadas ao PT, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior do País, e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ambas foram convidadas para a reunião, mas, até o início da noite de domingo, nenhuma havia confirmado presença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Estado de São Paulo registrou déficit comercial de US$ 75,310 milhões no primeiro trimestre deste ano, número abaixo do saldo negativo de US$ 5,652 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. O resultado dos três primeiros meses do ano decorre de exportações 1,5% maiores (US$ 12,1 bilhões) e de queda de 30,8% das importações (US$ 12,2 bilhões) na mesma base de comparação.

O desempenho de São Paulo, porém, foi pior do que o nacional, que no mesmo período apresentou superávit comercial de US$ 8,4 bilhões. Os números são da Fiesp e Ciesp, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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Conforme as entidades paulistas, as diretorias distritais da cidade de São Paulo ficaram em primeiro lugar do Estado no volume de exportações entre as 39 diretorias regionais analisadas, atingindo receita de US$ 2 bilhões entre janeiro e março de 2016, alta de 15,5%. Os pesos principais ficaram por conta das exportações de açúcares e produtos de confeitaria (22,4% da pauta) e de sementes e frutos oleaginosos, grãos, sementes e frutos diversos, plantas industriais ou medicinais, palhas e forragens (16,7%).

A região também ficou na liderança das importações, com um total de US$ 2,239 bilhões. Os reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes aparecem como destaque, com fatia de 12,7%, seguido por máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes, aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios (12%). Com esses resultados, o saldo da balança comercial da diretoria regional de São Paulo foi o 6º maior déficit entre as diretorias, com saldo negativo de US$ 222,5 milhões.

Em segundo lugar no ranking de exportações ficou a diretoria regional de São José dos Campos, com US$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre, receita 8,7% superior ao mesmo período de 2015. Os principais responsáveis foram as aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes, com 65,1% de participação, na cidade onde está sediada a Embraer.

Em importações, o município ficou em terceiro lugar, com US$ 1,1 bilhão, queda de 47,7%. Os combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação, matérias betuminosas, ceras minerais foram os principais responsáveis pelos desembarques do período (28,6% da pauta).

O saldo da balança comercial da diretoria regional de São José dos Campos foi o sexto mais positivo dentre as diretorias, com superávit de US$ 246,5 milhões, ante déficit de US$ 828,6 milhões no acumulado de janeiro a março de 2015.

O vice-presidente Michel Temer descarta aumentar impostos em vigor e também rejeita criar um tributo nos mesmos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), se assumir a Presidência da República. Em conversas com alguns de seus principais conselheiros, o vice avaliou que, com a economia em recessão, o País não tem como suportar essa carga agora.

A estratégia para fechar as contas públicas numa eventual gestão de Temer passa pelo corte de gastos públicos e reformas estruturais, a exemplo das mudanças sugeridas para a Previdência. A solução tem o apoio do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, com quem Temer conversou no sábado (23) e do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que se reuniu com ele na semana passada.

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No domingo (24), foi a vez do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se encontrar com Temer, no Palácio do Jaburu, para entregar uma proposta de ajuste fiscal sem aumento de impostos, com enfoque no corte de gastos públicos e na melhoria da gestão. A reunião durou seis horas. Na saída, Skaf afirmou que, embora o objetivo da visita não fosse "colher compromissos", Temer concordou com a visão de que o aumento da carga tributária acabaria agravando a crise econômica.

"Numa situação como essa, em que os serviços públicos são de má qualidade, de escândalos de corrupção, o governo não deveria ter essa moral de pedir à sociedade mais impostos", afirmou Skaf. "Tem que mostrar serviço primeiro. Tem que dar o exemplo, cortar desperdício, cortar gastos, acertar as contas dentro do orçamento. A partir daí, com a retomada do crescimento, a arrecadação de impostos aumentará naturalmente."

A Fiesp é responsável pela campanha "Não vou pagar o pato", contra o aumento de tributos, e esteve presente no apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A campanha nasceu em setembro de 2015, contra a reedição da CPMF. A entidade não revela o valor da campanha, financiada em parte com recursos públicos.

Arrecadação

Filiado ao PMDB, Skaf agora desponta como conselheiro de Temer e disse no domingo que não apoiará, "em hipótese nenhuma", a volta do tributo ou a criação de outro imposto. "Há, sim, formas de se ajustar as contas, sem aumento de impostos, sem prejuízo dos programas sociais. Há muito desperdício, muito gasto que pode ser evitado", afirmou.

Estudos da Fiesp mostram que, a cada um ponto porcentual de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), a arrecadação aumenta 1,5 ponto.

Skaf disse que não conversou com o vice sobre a formação do Ministério, caso o impeachment da presidente seja aprovado no Senado. Meirelles foi sondado no sábado por Temer para comandar a Fazenda. Embora oficialmente negue a sondagem, Meirelles disse a Temer que pode aceitar a tarefa, desde que tenha carta branca para comandar a área econômica, sem ingerências políticas.

A exigência prevê que a escolha de nomes para o Ministério do Planejamento, Banco Central, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e até Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passe pelo seu crivo.

Temer e Meirelles combinaram de voltar a conversar em meados de maio, após o julgamento do processo de impeachment no plenário do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou neste domingo, 24, que o vice-presidente Michel Temer concorda com ele na visão de que não é preciso aumentar impostos, seja a CPMF ou qualquer outro, para fechar as contas públicas. Skaf se reuniu com vice no Palácio do Jaburu por quase seis horas e meia e saiu afirmando que "em hipótese alguma" apoiará em um eventual governo Temer o aumento da carga tributária. "Acreditamos e sabemos que é possível acertar as contas do governo pelo lado das despesas, reduzindo o desperdício e melhorando a gestão", afirmou.

Skaf disse ter apresentado ao vice a situação grave pela qual passa a economia brasileira, com o fechamento das indústrias e do comércio e o aumento do desemprego. Para ele, o aumento da arrecadação se dará "naturalmente" com a retomada do crescimento. "Não é possível sacrificar as empresas e as famílias neste momento", destacou.

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O presidente da Fiesp afirmou não ter discutido com Temer sobre nomes de um eventual governo caso o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aprovado pelo Senado. Skaf é cotado para assumir um dos ministérios em uma gestão Temer.

Skaf disse não ter discutido o enxugamento da máquina pública com a redução do número de ministérios.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebe na manhã deste domingo (23) o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

A Fiesp promoveu a campanha "Chega de pagar o pato", símbolo do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A federação não revela o valor da campanha, financiada em parte com recursos públicos.

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Temer tem realizado reuniões com aliados para definir a equipe que assumirá o governo caso o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff (PT) seja aprovado pelo Senado. A votação está prevista para o dia 12 de maio.

Ontem, em meio a protestos em frente ao Palácio do Jaburu, Temer recebeu o ex-ministro das Cidades e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, além do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para assumir o Ministério da Fazenda. O encontro de ontem também teve a presença do presidente do PMDB, senador Romero Jucá.

Um grupo de cerca de 150 pessoas fez um protesto em frente à residência oficial do vice-presidente da República. O movimento, intitulado "Escracho contra Temer", teve o objetivo, segundo os organizadores, de denunciar o "golpe" que vem sendo articulado pelo vice-presidente e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidente Dilma Rousseff. Na entrada do Jaburu, eles escreveram "QG do Golpe".

O Vem pra Rua, um dos principais grupos que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff, instalou na Avenida Paulista dois painéis com os nomes dos deputados que estão indecisos e que são contra o impedimento na Câmara. Para ser aprovado, o documento elaborado pelos juristas Miguel Reale Jr, Helio Bicudo e Janaina Paschoal precisa de 342 votos de um total de 513.

Para arquivar o processo, o governo precisa do apoio de 171 deputados, entre votos a favor, faltas e abstenções.

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Nos dois painéis, que foram instalados em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), entre a Rua Pamplona e a Avenida Paulista, foram divulgados os nomes as fotos de 22 deputados paulistas: 14 contrários e 8 favoráveis ao impeachment.

No placar-geral do VPR, são 119 os deputados que se dizem contrários, 266 favoráveis e 128 indecisos. Para chegar a esses números, o grupo reuniu um 70 pessoas no Congresso Nacional para fazer o levantamento."Nesse momento estar indeciso é indício de estar fazendo barganha política", afima Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.

A instalação dos paineis acabou se transformando em um ato político que reuiniu milhares de pessoas. A Subprefeitura da Sé notificou a Fiesp de que a iniciativa fere a Lei Cidade Limpa.

"Após constatar irregularidades cometidas na ocupação da via carroçável de uma das pistas da Avenida Paulista, a entidade será notificada com base na Lei Cidade Limpa, a 14.223, que estabelece que anúncios indicativos, bem como nomes, símbolos, logotipos, banners, faixas e placas incorporados à fachada deverão seguir um padrão de tamanho proporcional à testada do imóvel, e também com base na Lei 14.072, que diz respeito a solicitação e autorização prévia para que seja realizado qualquer tipo de evento em espaço público." A Fiesp não se manifestou até o momento.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) disparou críticas, nesta sexta-feira (1º), contra o presidente da Federal das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff (PMDB). Segundo o pernambucano, o empresário é “um político frustrado” e já anuncia que será ministro em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB).

A crítica é uma reação a atitude da Fiesp de colocar um pato de 20 metros de altura e outros 5 mil patos infláveis em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, contra a volta da CPMF.  Os bonecos infláveis da Fiesp tinham a frase “chega de pagar o pato”. Silvio Costa sugeriu que Skaff colocasse outdoors, comerciais e anúncios em Pernambuco e no Brasil com a frase “o deputado federal Sílvio Costa é contra o impeachment”.

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“Paulo Skaff é um político frustrado. Nunca se elegeu, em São Paulo, para qualquer mandato que disputou, exatamente porque o povo de São Paulo o conhece”, alfinetou. “Ele já divulga em São Paulo que será ministro de um eventual governo Michel Temer. Na verdade, mais uma vez ele vai perder. Ele será ex-futuro ministro do ex-futuro presidente Michel Temer. Não vai ter golpe”, complementou.

Analisando o histórico de Skaff, Costa pontuou que ele “se diz empresário, mas não tem empresa, não gera um emprego no Brasil” e está há 12 anos no comando da entidade paulista. “[Isto] mostra a sua pouca aptidão pela oxigenação do poder e sua vocação pela ditadura. Ele precisa explicar como é que conseguiu se reeleger por tanto tempo na Fiesp. Tenho certeza que não foi pela capacidade de gestão, o que os verdadeiros empresários do Brasil reconhecem ser sofrível”, argumentou.

O vice-líder do governo registrou ainda que ano passado foi convidado para ser membro titular do Conselho de Relações do Trabalho da Fiesp, mas ao perceber a “a instrumentalização política realizada por esse tal de Paulo Skaff” decidiu não participar de nenhuma reunião. 

A indústria paulista eliminou 12 mil vagas em fevereiro de 2016, o que representa uma queda de 0,53% no nível de emprego na comparação com janeiro, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na série livre de efeitos sazonais, o recuo foi de 1,0%.

Já em relação a fevereiro de 2015, foram eliminados 257,5 mil postos de trabalho, dos quais 27 mil apenas no primeiro bimestre deste ano. Nesta base comparativa, o nível de emprego despencou 10,18%, a 53ª retração consecutiva, sendo a mais intensa da série histórica.

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Dos 22 setores pesquisados, em 17 houve eliminação de vagas. Em apenas três deles houve mais contratações que demissões, e dois registraram estabilidade. O destaque negativo foi o segmento de metalurgia, com 4,5 mil empregos eliminados em fevereiro, representando 37,5% das demissões na indústria paulista no segundo mês do ano.

Do lado positivo, o melhor desempenho ficou com o setor de produtos alimentícios, com a criação de 4,2 mil vagas. Segundo a Fiesp, pesou para este resultado as 3,5 mil contratações no segmento de açúcar e álcool em fevereiro, revertendo a tendência de demissões que teve início em junho de 2015. As vagas estão ligadas ao início da safra da cana-de-açúcar.

Pelo segundo mês consecutivo, outro setor que admitiu mais que demitiu foi o de couro e calçados, com mil empregos a mais em fevereiro. O desempenho reflete o processo de substituição de importações viabilizado pela desvalorização do real ante o dólar nos últimos meses.

Dentre as 36 regiões do Estado analisadas pela Fiesp, 26 tiveram variação negativa no índice de emprego em fevereiro, três ficaram estáveis e sete contrataram mais do que demitiram.

Entidades empresariais e profissionais estão convocando associados para a manifestação de amanhã contra o governo Dilma Rousseff, na Avenida Paulista. A Associação Comercial de São Paulo marcou uma concentração nas dependências de um restaurante no Clube Homs, na própria avenida, a partir de meio-dia. A entidade vai distribuir 300 camisetas amarelas com a frase "Empresário, apareça antes que você desapareça".

Alencar Burti, presidente da ACSP, reclama que "assiste-se apenas a disputas de poder e de posições, como se fosse irrelevante manter a paralisia geral das decisões que afetam as atividades econômicas e a vida dos cidadãos". Para ele, "não se pode mais esperar que os interesses pessoais, partidários ou de grupos mantenham a Nação em suspense."

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, enviou vídeo a vários associados chamando para o ato. Na gravação, ele diz que comparecerá junto com a família, e cita slogan que vem sendo adotado pela entidade: "Chega de pagar o pato". A Fiesp manteve para amanhã um show de grupo cover dos Beatles, às 14h. Segundo a entidade, o evento faz parte da programação "Domingo na Paulista" e já estava agendado há várias semanas.

O Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) fez uma convocação para "mudar o Brasil". "A crise econômica não pode continuar. A classe empresarial não pode se omitir. Precisa posicionar-se firmemente pelo fim do impasse político. Nas manifestações de 13 de março, vamos mudar o Brasil!"

Embora não tenha convocado associados para o protesto, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) divulgou nota em que defende a transparência de ações e o estado democrático de direito. "O sentimento de indefinição política está prejudicando o Brasil e travando os investimentos e a economia. É preciso que essa situação chegue rapidamente a um desfecho dentro da ordem democrática rumo à retomada do desenvolvimento sustentado do País".

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) também não fez convocações, mas o presidente executivo da entidade, Fernando Figueiredo, defende uma solução rápida para a crise política, que, segundo ele, está paralisando a economia. Já a Sociedade Rural Brasileira (SRB) defende o impeachment de Dilma. "A nossa visão é de que o modelo de desenvolvimento econômico e social do Brasil chegou a um desgaste final", afirma o presidente da entidade Gustavo Junqueira. "O Brasil está sem liderança".

Redes

Também há ações do comércio, como as das redes de alimentação Habib's e Ragazzo (do mesmo grupo) que lançaram a campanha "Fome de mudança" e convocam seus clientes a participar da manifestação. O grupo afirma que as redes "vão engrossar o coro de milhões de brasileiros e sair às ruas pedindo um Brasil mais honesto e mais justo".

Lojas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba estão sendo decoradas de verde e amarelo, onde haverá distribuição de 150 mil cartazes com frases como "Quero meu País de volta".

Embora convoque os clientes às ruas, o grupo afirma que não defende o impedimento da presidente Dilma. "O impeachment pode ser a veia da manifestação, mas a veia do apoio do Habib's é em prol do Brasil. A gente quer um Brasil melhor, seja com Dilma ou sem a Dilma", afirma André Marques, diretor de marketing da empresa. "A gente quer que essa situação de crise não perdure por muito tempo e que possamos progredir e voltar a ser o país que a gente já foi, inclusive na época do PT."

A Associação Médica Brasileira chamou para o ato todos os médicos para que "demonstrem seu repúdio e indignação contra a corrupção que nos adoece". Em nota, a entidade afirma apoiar o projeto "10 medidas contra a Corrupção", organizado pelo Ministério Público Federal, e presta solidariedade aos membros do órgão e ao juiz Sérgio Moro da Operação Lava Jato.

Outras entidades ouvidas pelo Estado afirmaram que não vão se manifestar sobre o ato, entre as quais a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sindipeças (representa a indústria de autopeças), Abimaq (fabricantes de máquinas), Abiplast (indústrias de plásticos), Abinee (eletroeletrônicos) e Fecomércio.

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