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A Caixa Econômica Federal anunciou neste domingo (12) medidas adicionais para atender às cidades do Norte de Minas Gerais e do Sul da Bahia afetadas por inundações. Além da liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), anunciada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, os moradores das regiões também poderão pausar por até 90 dias os contratos de financiamento habitacional.

As regras são válidas para cidades ou Estados em que tenha sido decretada situação de emergência ou calamidade pública, com portaria de reconhecimento publicada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Além disso, a defesa civil do município ou do Estado deve entregar à CEF a declaração de áreas afetadas e um Formulário de Informação do Desastre (FIDE).

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A pausa dos contratos de financiamento habitacional será feita mediante solicitação dos titulares. Além disso, a Caixa afirma que será permitida a incorporação das prestações no saldo devedor de clientes inadimplentes das regiões atingidas, independente dos requisitos atuais, mediante solicitação.

O saque dos recursos do FGTS, por sua vez, poderá ser solicitado através do aplicativo do Fundo, sem a necessidade de que o interessado vá até uma agência do banco público. Neste caso, as próximas etapas ainda serão informadas pela Caixa. Segundo Bolsonaro, serão liberados até R$ 6.200 para quem tiver saldo no FGTS, em até cinco dias.

A Caixa informa ainda que enviou equipes de especialistas em habitação, governo e FGTS para as regiões a fim de prestar apoio técnico às prefeituras. O banco também vai identificar empreendimentos e obras públicas em situação crítica. Adicionalmente, deve enviar equipes de engenharia à região para prestar o apoio a moradias sociais atingidas.

O banco acrescenta que suas equipes de arquitetos e engenheiros e a operacionalização de repasses de recursos e trabalho técnico social terão os municípios atingidos como prioridade. Por fim, as prefeituras terão suporte técnico da instituição para levantar danos e estimar custos de recuperação de obras e edificações atingidas pelas chuvas, e que tenham grande impacto para a população, como pontes, escolas, postos de saúde e equipamentos de abastecimento de água.

Um novo rascunho publicado neste sábado (13) na COP26, que atenua ainda mais os termos da versão anterior em busca de um acordo difícil, pede aos países que acelerem os esforços para eliminar progressivamente o uso do carvão e os subsídios "ineficazes" aos combustíveis fósseis.

A terceira tentativa de resolução, que foi divulgada após duas semanas de negociações intensas entre quase 200 países na cidade escocesa de Glasgow, não contém, no entanto, nenhuma referência ao financiamento específico das "perdas e danos", ou seja, os efeitos negativos já registrados pela mudança climática.

Esta é uma reivindicação crucial dos países em desenvolvimento e, segundo analistas, pode ser o ponto de bloqueio ou avanço de qualquer negociação.

Apesar das consequências que as nações pobres já enfrentam em consequência do aumento da temperatura global, este tema é especialmente controverso porque os governos de alguns países desenvolvidos, responsáveis pela grande maioria dos gases poluentes emitidos até o momento, temem que resultem em processos bilionários.

"O governo dos Estados Unidos tem que apoiar os mais vulneráveis na questão das perdas e danos. Não pode continuar evitando a questão. A União Europeia também não pode evitar. É razoável que estes países demandem mais apoio e financiamento quando os impactos climáticos os afetam tanto", declarou à AFP a diretora executiva do Greenpeace, Jennifer Morgan.

- Plenária atrasada -

Ao mesmo tempo, a menção no rascunho divulgado neste sábado aos combustíveis fósseis é ainda mais frágil que na versão anterior, que pedia aos países para "acelerar a eliminação progressiva do carvão" e não "acelerar os esforços para" a supressão, a menção atual.

O texto agora deve ser debatido pelos delegados, cansados após um longa noite de negociação, em uma sessão plenária que foi adiada em algumas horas, com a promessa de um final tardio para uma conferência que oficialmente deveria ter acabado na sexta-feira.

O rascunho, que pode ser alterado novamente, também pede o "reconhecimento da necessidade de apoio para uma transição justa", ou seja, como ajudar os países mais pobres que ainda dependem dos combustíveis fósseis para a descarbonização de suas economias.

Sem mudança na comparação com as versões anteriores, o texto pede mais velocidade nos planos nacionais de redução de emissões e a apresentação de novas metas no fim de 2022, três anos antes do previsto.

Desde o Acordo de Paris de 2015, o alarmismo cresceu e o mundo segue rumo a uma situação "catastrófica" caso não sejam adotadas medidas drásticas, insistem os cientistas.

O objetivo fixado em Paris há seis anos era que o aumento da temperatura média global não superasse +2 ºC, e de maneira ideal 1,5 ºC.

Para alcançar a meta é necessário elevar o nível de ambição, impor cortes mais intensos de gases do efeito estufa e planejar uma mudança radical do modelo energético.

- Combustíveis fósseis -

A forma como o documento final da COP26 mencionará os combustíveis de origem fóssil (petróleo, gás e carvão) será um indicador do nível de ambição da comunidade internacional.

Também estão sobre a mesa de negociações a maneira de contabilizar as emissões, as normas de transparência e de controle mútuo.

Além disso, a comunidade internacional deve dar um passo adiante nos chamados mercados de carbono, ou seja, a forma de negociar permissões de poluição, uma fórmula que provoca muitas críticas de ONGs e comunidades indígenas.

Mas é sobretudo o financiamento desta longa e incerta batalha que provoca mais discussões.

Os participantes nem sequer conseguiram regularizar os 100 bilhões de dólares por ano que supostamente deveriam ser recebidos pelos países vulneráveis desde 2020. E este valor era apenas uma base.

As nações em desenvolvimento desejam que o dinheiro que vão receber a partir de agora seja, em linhas gerais, distribuído em partes iguais para mitigar a mudança climática (reduzir as emissões de gases do efeito estufa) e adaptar-se aos efeitos (por exemplo com barragens, diques nas costas, etc).

A busca por financiamento no Brasil subiu pelo quinto mês seguido em setembro, porém em menor intensidade em relação a agosto. O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações no varejo, bancos e serviços, subiu 3% no nono mês de 2021, depois de avançar 11% no mês anterior.

O único segmento a apresentar resultado negativo foi o do varejo, com declínio de 4% no volume de pedidos. "É preciso lembrar que setembro tem menos dias úteis que agosto", pondera o diretor executivo da Neurotech, Breno Costa.

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Enquanto isso, o destaque positivo ficou por conta dos serviços, com acréscimo de 25% e o segmento de bancos e financeiras ficou praticamente estável (alta de 2%).

Apesar de manter o interesse por crédito em alta, o consumidor brasileiro dá sinais de que irá privilegiar gastos em áreas essenciais enquanto espera que as recentes incertezas em relação à economia e a questões sanitárias sejam resolvidas, segundo a Neurotech.

Destaques

O estudo mostra que, ao analisar individualmente as subcategorias do setor varejista, a escolha das pessoas por gastos em áreas consideradas essenciais fica evidente. A busca por crédito nas categorias de móveis e de eletrodomésticos apresentaram queda de 70% e 32%, respectivamente.

Na direção contrária, os pedidos de empréstimos para compras em supermercados somaram o maior crescimento do ano, com expansão de 119% acima do acumulado até agosto.

O executivo da Neurotech não vê atipicidade no desempenho do indicador. Segundo Costa, nos meses anteriores o INDC registrou a recuperação do ritmo natural de demanda por crédito que havia antes da pandemia de covid-19. Em sua avaliação, como as necessidades "mais urgentes" represadas durante o período de confinamento foram sanadas, é natural que haja um movimento na direção da neutralidade. Neste sentido, entende que os investimentos serão direcionados a apenas em itens essenciais, "enquanto as pessoas esperam sinais mais claros sobre os rumos da economia nos próximos meses."

Acumulado

Em análise anual, setembro de 2021 acumulou um volume 8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Neste sentido, o setor de serviços aparece como o mais importante motivador de pedidos, tendo sido responsável por 42% a mais neste ano contra 2020. O segundo melhor desempenho foi o do varejo (11%), enquanto os empréstimos pedidos em bancos ou financeiras ficaram apenas 2% acima do montante acumulado 12 meses atrás.

A decisão do presidente Jair Bolsonaro e das lideranças do Centrão de fazer o novo programa social com valor de R$ 400 despertou ameaça ao teto de gastos, debandada na equipe econômica e abalo no mercado financeiro. O Estadão perguntou a especialistas e observadores desse processo com diferentes posicionamentos qual seria a saída.

"Vivemos uma brutalidade voraz no orçamento secreto e agora também na erosão das regras fiscais", disse a procuradora de Contas de São Paulo, Élida Graziane. Os economistas Felipe Salto, Daniel Couri e Vilma Pinto, diretores da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, apontaram dados que mostram que esse caminho de fazer o Auxílio Brasil dentro das regras era possível se não fosse o populismo.

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O economista Guilherme Tinoco alerta que o caminho supostamente mais fácil não vem sem consequências. Com a visão do lado social, o presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, Leandro Ferreira, diz que proteção social não combina com a improvisação.

O que dizem os especialistas

Felipe Salto, Daniel Couri e Vilma Pinto, diretores da IFI

A IFI mostrou que é possível aumentar os gastos sociais sem irresponsabilidade fiscal. Mas falta disposição para tomar as medidas corretas. O governo pretende mudar o teto de gastos. Mas, se o Bolsa Família passar dos atuais R$ 190 ao mês para R$ 250, com 16,3 milhões de famílias, o gasto ficaria em R$ 46 bilhões em 2022. O Orçamento prevê R$ 34,7 bilhões. Portanto, o teto seria cumprido com redução das despesas discricionárias em cerca de R$ 10 bilhões.

Não haveria espaço para emendas de relator-geral, daí a proposta de waiver, nome bonito para furo no teto.

É consistente ampliar o Bolsa Família sob o teto. Cortes em gastos menos urgentes fechariam a equação. A contabilização correta dos precatórios do Fundef entraria com mais R$ 16 bilhões.

Governos preferem gastar hoje e ajustar depois. Nada novo aqui. As regras fiscais existem justamente para proteger o futuro do vício imediatista.

Quando responsabilidade fiscal e social não andam de mãos dadas, há risco de populismo. Quem paga a conta é o pobre e o desempregado, porque não há crescimento sem estabilidade política e respeito às regras do jogo.

Guilherme Tinoco, especialista em contas públicas

Se confirmadas essas alterações, poderemos afirmar, infelizmente, que o teto terá acabado. Os artifícios que estão sendo anunciados (gasto por fora do teto, "waivers", calote nos precatórios) são muito graves e minarão para sempre a credibilidade da regra. Depois disso, qual o incentivo do próximo presidente para voltar a cumprir a regra original em 2023? Nenhum.

O governo poderia, sim, ter criado condições para viabilizar o necessário reforço dos programas sociais: na verdade, teve até bastante tempo pra isso. Essa discussão dura há meses e, neste período, poderíamos ter feito a revisão de gastos obrigatórios, de subsídios, das emendas de relator. Não fizemos. Contudo, este caminho supostamente mais fácil não vem sem consequências, que serão muito negativas em todos os prazos.

No curto, teremos aumento no risco país e nos juros, desvalorização do câmbio, maior inflação e gasto com juros. No médio e no longo, teremos um país mais pobre, mais desorganizado institucionalmente e que, na melhor das hipóteses, passará anos tentando reconstruir a sua credibilidade perdida.

Élida Graziane Pinto, professora da FGV-SP e procuradora de contas de São Paulo

 

Não é justo atribuir ao programa Auxílio Brasil a responsabilidade pela perda de credibilidade do teto global de despesas primárias. O teto vintenário chega a cinco anos de vigência em 2021, com impasses que foram se acumulando desde sua criação.

Enquanto foram congelados os pisos em saúde e educação, houve a controversa capitalização de empresas militares, a persistência da cessão de margem fiscal do Executivo para os outros poderes e órgãos para além do prazo definido inicialmente e o uso de créditos extraordinários para pagar despesas previsíveis no segundo ano da pandemia. O teto constrangeu o custeio de políticas públicas amplas, mas não conseguiu conter o trato balcanizado das emendas do Orçamento Secreto, tampouco enfrentou as renúncias fiscais.

Nesse sentido, não devemos temer a revisão do teto, até porque ele já foi excetuado em relação à repartição federativa dos recursos da cessão onerosa do pré-sal e à ampliação da complementação federal ao Fundeb (Emendas 102/2019 e 108/2020), assim como foi alterado o critério de acionamento dos gatilhos pela EC 109/2021.

Leandro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica

 

Para funcionar bem, os mercados requerem estabilidade. Regras claras, previsibilidade e transparência são bem-vindas e ajudam no desenvolvimento. Para os mais pobres, isso também é verdade, mas assistimos atônitos ao espetáculo da pobreza a cada episódio comovente de fome. Proteção social não combina com improvisação.

A necessidade de termos ampliações dos programas de garantia de renda está colocada desde o início da pandemia. O teto de gastos, as isenções tributárias regressivas e mesmo o escândalo das emendas parlamentares não servirão a ninguém, se deixarmos para trás milhões de famílias destituídas de renda.

Mais que possível, é preciso chegar a níveis de cobertura e valores de benefícios mais próximos do auxílio emergencial que do Bolsa Família, sem deixar de lado os aspectos positivos que este último comprovadamente tem. Faltam planejamento e compromisso político para que as regras fiscais e tributárias funcionem tendo a dignidade humana como prioridade. Está na hora de revê-las com este foco.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plano do governo Bolsonaro de renovar o parque de usinas térmicas a carvão mineral, uma das fontes mais poluentes da matriz energética, prevê a injeção de R$ 20 bilhões nessas operações nos próximos dez anos. A questão é saber de onde sairá o dinheiro para financiar um negócio que encolhe em todo o mundo devido à urgência na redução de emissões de gases de efeito estufa. O BNDES, principal banco estatal de financiamento do setor, está fora dessa aposta, diz que só apoia energia limpa e que, até segunda ordem, não pretende colocar nenhum centavo naquele que é um dos principais programas energéticos do governo federal.

O Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que a decisão do banco a respeito dos planos de renovação do parque de usinas térmicas a carvão, que anunciou em agosto, teria relação com a definição de "prioridades" de investimento, devido à "restrição de recursos" financeiros do banco. O Estadão questionou o banco sobre os planos do MME. O BNDES deixa claro que não se trata de falta de recursos, e sim da forma como encara o assunto.

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O BNDES rechaçou qualquer possibilidade de financiar as operações, sob o argumento de que "tem uma visão estratégica que leva em consideração o desenvolvimento sustentável e de longo prazo do País e do mundo". No setor de energia, disse o banco, "tal visão está necessariamente alinhada com os esforços para construir uma matriz energética diversificada e limpa".

A última usina a carvão mineral financiada pelo BNDES recebeu recursos em 2015. No ano seguinte, o banco resolveu vetar repasses para esse tipo de projeto. Neste ano, o posicionamento foi formalmente definido pela diretoria do banco, para apostar em projetos menos poluentes. Nos últimos cinco anos, o BNDES firmou contratos de R$ 27 bilhões em financiamentos a projetos com fontes hídricas, solares, eólicas e de biomassa. Outros 12 projetos de térmicas a gás receberam R$ 7,7 bilhões no período.

Sem o repasse do BNDES, a renovação ou a ampliação do parque de usinas a carvão ficará mais difícil. Hoje, 100% dessa estrutura está limitada a sete usinas (uma no Paraná, duas no Rio Grande do Sul e quatro em Santa Catarina). Juntas, somam uma capacidade instalada de 1.572 megawatts médios, energia que abastece boa parte do consumo da região Sudeste.

A concentração dos projetos na região não é casual: 99,97% do carvão mineral do Brasil está no Sul, sendo 89,27% no Rio Grande do Sul, 10,38% em Santa Catarina e 0,32% no Paraná. O desafio é saber como o Brasil cumprirá suas metas de redução do aquecimento global - causado pelas emissões de gases de efeito estufa - se pretende renovar e investir no parque atual. Por outro lado, impõem-se medidas sociais e econômicas para amparar milhares de famílias que vivem da cadeia do carvão mineral, que movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano.

"O que deve ser feito, no caso dos trabalhadores do Sul, é uma transição justa, atendendo à demanda de energia e substituindo os empregos perdidos", diz Ricardo Baitelo, coordenador de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). "Um exemplo de fonte capaz de apoiar o desenvolvimento econômico e social é a energia solar. Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina são, respectivamente, o terceiro, o quinto e o nono no ranking de geração distribuída no Brasil, e essa atividade pode ser amplificada com políticas públicas e linhas de financiamento."

Poluição em dobro

O setor mineral e as usinas térmicas sustentam a tese de que têm investido em novas tecnologias nos últimos anos, o que ajudou a reduzir o impacto ambiental desses projetos. Os dados, porém, quando comparados aos de demais fontes, dão uma ideia mais clara do que está em jogo.

Considere-se um volume de energia necessário para abastecer uma cidade do Sudeste com 1 milhão de habitantes. Se toda essa energia fosse gerada por uma usina a gás natural, seriam lançados no ar 1,3 milhão de toneladas de CO2 por ano. Se essa mesma energia saísse de uma térmica a carvão, seria o dobro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a unificação de 8 partidos da oposição na Câmara que repercutiu no anúncio de atos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos próximos dias 2 de outubro e 15 de novembro, Guilherme Boulos (PSOL) disse que as mobilizações da esquerda não possuem grandes financiamentos, como os atos favoráveis ao Executivo.

"Uma coisa é usar dinheiro público, ter grandes entidades patronais, outra coisa é você alugar um caminhão de som", comparou o ex-presidenciável e pré-candidato ao Governo de São Paulo em entrevista ao Uol.

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“Não tem essa estrutura faraônica das manifestações do Bolsonaro. O que você tem para financiar uma manifestação? Eventualmente, um caminhão de som que precisa ser alugado e uma estrutura de deslocamento de pessoas que vem de uma região mais distante. Isso é financiado desde vaquinhas organizadas pelos próprios membros e entidades que organizam o ato até com apoio das centrais sindicais", descreveu Boulos.

Ao comentar sobre os protestos do último dia 12, convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), ele definiu que o movimento tem pouca expressão diante da baixa adesão de manifestantes.

 "O MBL teve seu papel naquela onda de impeachment da Dilma, mas hoje está na inanição. É um movimento com pouca expressão social. A esquerda precisa se focar numa ampliação que seja capaz de derrotar Bolsonaro", criticou.

O representante do PSOL acrescentou que, assim como o MBL, o movimento Vem Pra Rua também tem pouca autoridade na luta pela destituição do presidente, pois "aplicaram as mesmas táticas bolsonaristas, de fake News, de tentativas de desmoralização, de ataques rasteiros à esquerda".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga a possibilidade de financiamento dos atos antidemocráticos realizados no dia 7 de setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A apuração também envolve suspeitas de campanha eleitoral antecipada e abuso de poder político e econômico.

O despacho, assinado pelo ministro Luis Felipe Salomão, corregedor-geral da Corte, menciona ainda um vídeo que circulou nas redes sociais mostrando um grupo de manifestantes recebendo dinheiro no interior de um ônibus, supostamente oriundo de Pompeia, no interior Paulista. O documento da Justiça pontua que, nas imagens, “uma pessoa trajando camiseta com dizeres de apoio ao voto impresso distribui valores em espécie – nota de R$ 100 (cem reais) –, para os ocupantes do veículo, enquanto um deles narra cada um ter recebido uma camiseta idêntica e a relatada importância em dinheiro, para efeito de participação nas manifestações do dia 07 de setembro de 2021”.

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O ministro determina que o vídeo seja encaminhado à Polícia Federal, para que seja realizada sua transcrição e o aprofundamento da investigação. Salomão estabeleceu o prazo de 20 dias para que ambas as deliberações sejam postas em prática.

Fábio Porchat decidiu apoiar o teatro brasileiro investindo dinheiro do próprio bolso. O humorista abriu um edital com o valor de R$ 240 mil, para financiar projetos de grupos nacionais. As inscrições já estão abertas e seguem até o final do mês de agosto.

Serão selecionados três projetos, que receberão R$ 80 mil cada. Os textos passarão por um corpo de jurados que vão analisar quesitos como criatividade, roteiro inédito e a equipe da futura montagem. Outro ponto, também, a ser considerado é que, no mínimo, 50% da produção e do elenco deve ser composta por profissionais pretos. O resultado deve ser divulgado em dezembro de 2021. 

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Em entrevista ao jornal Extra, Porchat falou sobre a iniciativa. “Fui eu quem resolvi patrocinar o projeto mesmo. É uma iniciativa privada e nem procurei patrocínio. Acho importante a iniciativa privada apoiar a cultura. Eu sei que o brasileiro costuma falar que algumas tarefas cabem ao governo porque pagamos muitos impostos, mas acho que nós também temos que contribuir com nossa comunidade. Ainda mais neste momento em que ela está implorando por ajuda". As inscrições podem ser feitas no site do Prêmio do Humor.

Em artigo publicado pelo Poder 360 na manhã desta segunda-feira (2), o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ) defendeu que empresas financiem campanhas eleitorais como opção contra o aumento do Fundo Eleitoral. Inelegível após ser indiciado duas vezes pela Lava Jato, ele concordou com a redução de partidos por meio do Distritão e atacou a Operação, ao deduzir que ela repercutiu no índice de desemprego no Brasil.

Ainda em formato de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), quando foi aprovado no último dia 15, o encarecimento do Fundo Eleitoral precisa ser aprovado em votação da Lei Orçamentária e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que os cofres públicos sejam – ainda mais - abertos.

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Porém, Cunha aponta que "se o presidente vetar isso ou parte disso por pressão da mídia ou da sociedade, os valores vão continuar nas emendas de bancadas. O veto não vai economizar um centavo do Orçamento".  

Na sua visão, independentemente de onde vir o dinheiro, as chances de caixa 2 - quando há doação ilegal a candidaturas - continuam grandes e a ‘hipocrisia’ paira sobre o assunto. "Se quisermos manter o financiamento público, que ao menos seja somente para a campanha presidencial. Isso já economizaria bilhões de cofres públicos", sugere.

Ele classifica como "Fundão do poço eleitoral" e que é melhor um alto gasto do que "fingir que a eleição vai custar menos e que vamos ter mais dinheiro do Orçamento na Saúde e na Educação. Enquanto isso, o financiamento ilegal vai suprir as necessidades".

"Para o pagador de impostos, as suas necessidades não são atendidas pelo Orçamento e ele ainda tem de pagar a conta da eleição", criticou o ex-deputado, que reiterou o investimento do setor privado em campanhas. "O financiamento público não é uma boa ideia, seja de R $ 2 bilhões, de R $ 4 bilhões ou de R $ 5,7 bilhões. Tanto faz o tamanho. A indignação será a mesma", emendou. Em 2015, a proposta foi rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que a definiu como inconstitucional.

O ex-gestor da Câmara, preso por corrupção, diz que já havia alertado que as eleições de 2022 seriam as mais caras da história também por conta do atual voto proporcional no Congresso. "A adoção do Distritão é que poderia diminuir o número de partidos. É só colocar a condição de que só seriam eleitos os candidatos de partidos que atingissem o coeficiente eleitoral. Isso manteria a necessidade de candidatos buscarem partidos mais relevantes, sob pena de não se elegerem mesmo com votos para isso", defendeu, visto que "o fim das coligações proporcionais obriga os partidos a montar chapas completas, induzindo a um aumento de candidaturas".

"Nas eleições municipais de 2020, as primeiras realizadas sem as coligações proporcionais, já houve uma pulverização dos eleitos em um número maior de partidos. Isso vai se repetir em 2022, se o modelo for mantido", prevê. Logo, o Distritão diminuiria a necessidade de recursos dos partidos diante da redução de candidatos.

"O financiamento público sempre existiu para o funcionamento partidário, não para financiar as eleições", destacou.

Lava Jato aumentou o desemprego no país

No texto, Cunha culpa a Operação Lava Jato por inviabilizar o financiamento privado. Pois “buscou criminalizar a política e as doações eleitorais de empresas. Criou fatos e semeou a percepção de que toda doação eleitoral privada é uma retribuição de favores criminosos".

Eduardo pontuou que a Lava Jato vem sendo desmascarada desde os vazamentos de conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o grupo de procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Para ele, a Operação "visava deixar a política apenas para eles, sem contar com o estrago que fizeram na economia do país, criando desemprego Brasil afora".

"Qual é a razão de uma empresa querer voluntariamente contribuir com doações para o processo eleitoral, se não tem interesse direto nas benesses da máquina pública? A resposta é simples: grandes empresas precisam de estabilidade política, de melhoria do ambiente de negócios, de um maior controle dos gastos públicos, para que o país possa crescer", elencou.

Apesar de reduzir a iminência de um possível favorecimento, ele lembra que as empresas também dependem do resultado de reformas como a previdenciária, administrativa, tributária, bem como a simplificação de regras de funcionamento e de privatizações para reduzir o poder do Estado.

"É um conjunto de fatores que não beneficia a uma empresa diretamente, mas sim ao conjunto da economia", descreveu. "Se alguém acha que isso não é um bom motivo, podemos ficar com o financiamento público - a influência de setores organizados de corporações, sindicatos, movimentos sociais e outros, que buscam exatamente o contrário daqueles que defendem a economia privada no país", ratificou.

Mesmo com a boa intenção de um eventual veto presidencial, Cunha mencionou que as cifras seriam as mesmas tendo em vista o remanejamento dos gastos com as eleições. "Se esse aumento não foi aprovado, não se terá um centavo a menos de despesa do Orçamento. Esses recursos continuarão nas emendas parlamentares".

O ex-parlamentar concluiu que haveria uma troca e não uma economia real com as eleições. "Os próprios congressistas estão abrindo mão de parte (25%) das suas emendas de bancadas estaduais e direcionando esses recursos para o Fundão Eleitoral", complementou.

Termina, nesta sexta-feira (30), o período de inscrições para o segundo semestre de 2021 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para participar do programa que financia o ingresso de estudantes em universidades privadas do Brasil, os interessados devem se candidatar por meio do endereço eletrônico.

O programa de financiamento exige que os candidatos tenham realizado uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010, assim como tenham obtido uma média nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

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A seleção classificará os candidatos de acordo com as notas obtidas no Enem. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 3 de agosto e os pré-selecionados deverão complementar sua inscrição no período de 4 a 6 do mesmo mês.

Quem não for aprovado ainda pode manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 4 a 31 de agosto. Os pré-selecionados deverão complementar sua inscrição no prazo de três dias úteis, contados do dia subsequente ao da divulgação de sua pré-seleção. Outros detalhes podem ser obtidos no site de seleção do Fies.

A busca por financiamento no Brasil voltou a cair em fevereiro em relação a janeiro, aponta o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). O indicador mensurado pela Neurotech teve contração de 9% no mês passado na comparação com o anterior. Contudo, no confronto com fevereiro de 2020, houve crescimento de 21%.

De acordo com o INDC, que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços, mais uma vez o destaque foi essa última categoria na comparação anual. Houve alta de 58% na demanda por crédito no setor de serviços em fevereiro ante igual mês de 2020, mas recuo de 14% no confronto mensal.

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Já a busca por financiamento nos segmentos de bancos e financeiras subiu 19%, enquanto no varejo esse crescimento atingiu 16% no segundo mês deste ano em relação a fevereiro de 2020.

A despeito das altas registradas, o momento ainda é de muita incerteza devido ao agravamento da pandemia de covid-19, avalia Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech.. Segundo o executivo, esse cenário deverá influenciar mais a concessão do que a demanda por crédito.

"O brasileiro tem apetite por financiamento, porém as instituições financeiras estão reticentes quanto ao impacto da duração da pandemia nas operações das empresas e no mercado de trabalho, o que impacta diretamente nas percepções de risco", analisa.

Contudo, ele pondera que neste momento os responsáveis por ofertar crédito estão mais preparados para lidar com o cenário do que há um ano, quando a crise sanitária começou, levando ao fechamento de várias atividades no País.

"Houve um período grande de aprendizado, em que as instituições passaram a usar novas tecnologias e conceder crédito de forma online, por aplicativos ou pelo próprio site. A transformação digital foi acelerada pela pandemia", diz.

Em meio ao avanço da disseminação do novo coronavírus no Brasil, a tendência é de continuidade de desaceleração da concessão de crédito na comparação mensal, mas ainda um crescimento forte anual. "Os meses de março a maio de 2020 foram bastante afetados pela pandemia de covid-19."

Setores

A demanda por crédito no setor financeiro caiu 9% em fevereiro em relação a janeiro, mas mostrou alta de 19% no confronto com o segundo mês de 2020. Da mesma forma, houve recuo no varejo na comparação mensal, de 5%, e alta de 16% no confronto interanual.

No segmento varejista, o INDC apresentou expansão de 56% em supermercados e de 51% em móveis em fevereiro ante igual mês do ano passado, apesar de os dois primeiros meses do ano serem tradicionalmente conhecido por um período de vendas baixas.

No entanto, diz Costa, a demanda por crédito tem mantido desempenho positivo nos últimos oito meses, apesar das oscilações do mercado provocadas pela crise sanitária e pela conjuntura econômica, como a queda histórica do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1%, em 2020, o pior declínio em 24 anos.

O INDC abrange um universo de 94 empresas instituições financeiras e varejistas e mensura o apetite do brasileiro ao crédito.

O Ministério da Educação (MEC) resolveu prorrogar, até 14 de abril, o prazo para convocação, por meio da lista de espera, da seleção do primeiro semestre de 2021 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O procedimento seria encerrado nesta quinta-feira (18).

Segundo o MEC, são incluídos na lista de espera todos os estudantes “inscritos nesta edição do Fies e que não foram pré-selecionados na chamada única”. A relação conta com vagas não ocupadas. Ainda de acordo com a pasta, nesta sexta-feira (19) deverá ser publicado o edital com os detalhes da prorrogação.

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“Quem é convocado tem até três dias úteis, a contar a partir da data de divulgação de sua pré-seleção, para complementar sua inscrição para contratação do financiamento. Esse procedimento também é feito, exclusivamente, na página do Fies, na aba “Complementar minha inscrição”. Após complementar a inscrição na página do Fies, o pré-selecionado terá até cinco dias, a contar do dia seguinte à data da complementação da inscrição, para apresentar na instituição para a qual foi pré-selecionado a documentação para validação”, informou o MEC por meio do seu site oficial.

Neste ano, o Fies oferece 93 mil vagas, sendo 40 mil para o primeiro semestre distribuídas em mais de 24 mil cursos. Foram registradas, ao todo, 128.839 inscrições. Mais informações podem ser obtidas no site do Fundo.

Após fingir ter um câncer no ovário e arrecadar R$ 388 mil em doações, uma britânica, de 42 anos, foi presa no condado de Kent, na Inglaterra. Nicole Elkabbass torrou todo o dinheiro do seu falso tratamento em viagens de luxo, jogos de futebol, restaurantes conceituados e apostas.

Ela fingiu ser a própria mãe e criou uma 'vaquinha' no GoFundMe para financiar o "tratamento que salvaria a vida da linha filha", aponta do The Sun. O pedido de ajuda, publicado em 2018, acompanhava uma foto em que Nicole aparece fragilizada em uma cama de hospital.

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No entanto, o tribunal britânico verificou que a foto foi feita após uma cirurgia para remover a vesícula. "Bem, membros do júri, era tudo mentira. Ela não usou esse dinheiro para tratamento de câncer. O dinheiro que ela recebeu foi, na verdade, para uma variedade de coisas - muito foi gasto em jogos de azar, muito foi para viagens, muito foi para ingressos do Tottenham Hotspur", afirmou o promotor Ben Irwin.

A investigação indica que apenas de um doador chegou a repassar cerca de R$ 50 mil. Ela já foi capturada pela fraude e já cumpre pena de 2 anos e 9 meses de reclusão.

Quase metade das vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não foi preenchida em 2020, de acordo com relatório publicado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela execução de políticas educacionais. O percentual é o mais baixo desde que passou a vigorar o Novo Fies, em 2018.

De acordo com o FNDE, a meta para o preenchimento das vagas no ano era 78%, mas apenas 53,77% foram preenchidas no ano passado. Os anos anteriores tinham a mesma meta. No entanto, em 2018, foram preenchidas 82% das vagas ofertadas e, em 2019, 85%. Foram ofertadas, a cada ano, 100 mil vagas.

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Na avaliação de entidades que representam as instituições privadas de ensino superior,  a baixa ocupação deve-se principalmente à pandemia do novo coronavírus. “Tivemos um problema muito forte, a pandemia. Com isso, muitas pessoas tiveram prejudicadas as suas rendas. Muitos perderam emprego e tiveram carga horária reduzida e, consequentemente, a redução do salário.

O prejuízo econômico que a pandemia trouxe ao país atingiu os alunos que, por sua vez, não tiveram condições ou não quiseram contrair um financiamento com a incerteza do momento”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas.

Além da perda de renda dos estudantes e de suas famílias, o gerente de Programas de Financiamento do Semesp, entidade que também representa mantenedoras de ensino superior de todo o Brasil, Alexandre Mori, aponta a suspensão do ensino presencial, com a migração das aulas para o modelo remoto, e dificuldades para acessar as agências bancárias também como fatores para a queda no financiamento.

“Os alunos tiveram muita dificuldade, em princípio na adequação do atendimento das faculdade, porque elas foram pegas desprevenidas. Em um segundo momento, quando as faculdades se adequaram, eles tiveram que comparecer ao banco. A admissão dos alunos e o começo da pandemia coincidiram. O atendimento do Fies não era prioritário. Os bancos não estavam atendendo os alunos que compareciam às agências”, diz.

Regras do programa

De acordo com Caldas, as diversas reformas pela qual o Fies passou desde 2015 já haviam levado ao enxugamento do programa. A pandemia evidenciou a dificuldade na ocupação das vagas ofertadas. “Lá em 2010, quando foi reestruturado, o Fies tinha um cunho bastante social, foi pensado para dar possibilidade de que os alunos tivessem condições econômicas para acesso à educação. A partir de 2015, deixou de ser um programa social e passou a ser um programa financeiro”, diz e acrescenta: “O governo precisa pensar uma política pública que vá ao encontro das necessidades do aluno e deixar de pensar o financiamento estudantil como uma despesa, um gasto, como rombo fiscal”.

O Fies oferece financiamento estudantil a preços mais vantajosos que os ofertados no mercado. Com o empréstimo, os estudantes pagam as mensalidades da faculdade. A partir de 2010, quando o Fies, que existe desde 1999, passou por grande reformulação e começou a ser mais atrativo aos estudantes, houve uma explosão de oferta de financiamento. Em 2014, o programa chegou ao auge, firmando 732 mil novos contratos. Para 2021, a previsão é a oferta de 93 mil vagas.

Essa ampla oferta, no entanto, teve um custo para os cofres públicos, já que muitos estudantes se formavam e não quitavam as suas dívidas. A partir de 2015, as regras para obter o financiamento passaram a ser mais rígidas. Segundo o ex-ministro da Educação Mendonça Filho, até 2016, o Fies acumulava dívidas de R$ 32 bilhões e inadimplência de 46%.

Em 2017, houve mais uma reformulação e o programa passou a ser chamado de Novo Fies. As regras começaram a valer em 2018. Atualmente, a seleção para o Fies é feita com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). É preciso obter média acima de 450 nas provas e não zerar a redação. O programa é ofertado em duas modalidades: o Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, com juros zero, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. O percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies tem regras específicas e funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

Mori explica que o enxugamento fez com que o Fies perdesse espaço nas instituições de ensino. “Até 2014, era a principal ou única opção que a faculdade tinha além do ProUni [Programa Universidade para Todos]. Em 2015, as faculdades tiveram que se adaptar. Hoje, oferecem um leque de opções para manter os alunos que, vão desde ProUni, Fies, financiamento privado, financiamento próprio a até algum tipo de desconto ou bolsa por certo tempo para o aluno ficar na faculdade caso tenha perdido o emprego ou tenha tido redução de salário. A importância do Fies foi caindo conforme as vagas foram diminuindo”, diz.

Retomada

Procurado pela Agência Brasil, o FNDE diz, em nota, que a queda no número de contratos formalizados em 2020 em relação aos anos anteriores deve-se, principalmente, "à grave crise econômica ocasionada pela situação de calamidade pública decretada em decorrência da pandemia de covid-19 no país". Além disso, segundo a autarquia, a suspensão das aulas presenciais pode ter feito com que entrar agora em uma faculdade não fosse tão atraente, até mesmo porque nem todos possuem computadores e internet de qualidade para assistir às aulas de forma remota.

Outro fator é o "aumento do desemprego no país e, consequentemente, menor propensão dos estudantes em se comprometer com financiamento e dificuldades para encontrar e/ou até manter o fiador no programa do Fies", diz o FNDE.

Para a autarquia, a expectativa é que, à medida que esses fatores forem “retornando a patamares considerados normais, o volume de contratação do Fies se eleve”.

A Abmes e a o Semesp esperam um ano de 2021, ainda por conta da pandemia, semelhante a 2020. De acordo com Caldas, a ocupação das vagas do Fies deve ficar novamente em torno da metade ofertada.

Renegociação

Mori ressalta que muito já foi aprendido em 2020 e que as instituições estão mais preparadas este ano. Ele recomenda que quem tiver dificuldade de pagar a mensalidade, que negocie com a faculdade. “Tem aluno que não precisa de desconto porque não sofreu nada com a pandemia. Tem outro que precisa de um desconto a mais do que se desse horizontalmente um desconto para todo mundo. As faculdades estão agindo pontualmente, caso a caso para cada aluno que vem conversar com ela. É um momento difícil para todo mundo e a gente tem que se adaptar. O ano passado foi atípico e este ano será atípico também”.

As instituições privadas concentram cerca de 76% de todas as matrículas no ensino superior do país. De acordo com Ministério da Educação, bolsistas e alunos que contratam financiamentos tendem a concluir os estudos mais cedo do que os demais. Em 2016, 53,3% dos alunos da rede privada com Fies e 56% dos estudantes com ProUni concluíram a graduação. Entre aqueles sem os benefícios, cerca de 35% concluíram os estudos.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quarta-feira (3), o resultado do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2021. A listagem de aprovados na seleção que, segundo os estudantes, deveria ter sido publicado nessa terça-feira (2), pode ser conferido no site do programa.

O LeiaJá entrou em contato com o MEC para entender o que proporcionou o atraso no resultado, mas até o prezado momento da publicação desta matéria, não obtivemos a resposta.

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Conforme o cronograma do Fies, os pré-selecionados devem, a partir desta quinta-feira (4) até a próxima segunda-feira (8), complementar as informações prestadas no ato da inscrição. Após a complementação, os selecionados precisam procurar a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino para análise da documentação.

Os candidatos que não foram pré-selecionados já estão automaticamente na lista de espera. A convocação será feita a partir desta quinta-feira (4) até o dia 18 de março pelo site do programa. Os estudantes que forem selecionados na lista de espera deverão seguir o mesmo processo de validação. Confira mais detalhes sobre a seleção na página do Fies.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e a Fundação de Amparo à Ciência e à Tecnologia (Facepe) divulgaram o resultado final do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS). Ao todo, 30 projetos científicos foram aprovados para financiamento. A lista dos selecionados pode ser conferida através do edital.

Os projetos científicos aprovados no programa têm como foco as questões prioritárias da saúde dos pernambucanos. Dos 30 trabalhos qualificados, 12 abordam o enfrentamento à Covid-19 no Estado. Outros três projetos ficarão em lista de espera para apoio em caso de recursos adicionais.

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Este ano, estão sendo investidos R$ 3 milhões para a sétima edição do PPSUS, sendo R$ 2 milhões do Ministério da Saúde e R$ 1 milhão do Governo de Pernambuco. Para participar, os candidatos precisavam seguir um dos cinco eixos temáticos propostos: ações estratégicas de vigilância em saúde; organização das redes de atenção à saúde (RAS); gestão do trabalho e educação em saúde; atenção à saúde da mulher e materno-infantil; planejamento, economia e gestão em saúde.

A secretaria informa que no primeiro eixo, os candidatos poderiam propor estudos relacionados à Covid-19, como estratégias de prevenção e combate à doença, perfil epidemiológico da pandemia e análise do impacto social do novo coronavírus em Pernambuco.

Os projetos voltados para este cenário pandêmico abordaram diversas temáticas, como a análise de materiais para produção de imunoreagentes e avaliação de anticorpos, dispositivos para diagnóstico e manejo clínico, análise das vacinas candidatas, investigações sobre a síndrome pós-covid e os sintomas depressivos em idosos como efeitos do isolamento social causado pela pandemia. “No eixo que prioriza a atenção à saúde da mulher e materno-infantil, os candidatos aprovados propuseram projetos que abordam mortalidade materna, fetal e infantil por Covid-19 e a evolução da infecção em gestantes e recém-nascidos”, informou o órgão.

O programa proporcionou aos candidatos três faixas de financiamento A, B e C, com recursos máximos de até R$ 200 mil. Na faixa A, foram aceitas propostas de até R$ 30 mil; na faixa B, propostas de R$ 30 mil até R$ 100 mil; já na faixa C, foram aceitas propostas entre R$ 100 mil e R$ 200 mil.

Os projetos submetidos à seleção passaram por banca examinadora que pontuou os candidatos de acordo com diversos critérios, como expansibilidade da pesquisa, cooperação científica, aplicabilidade dos resultados e contribuição para o aprimoramento e consolidação do SUS no Estado. Quem desejar contestar o resultado do julgamento das propostas, poderá apresentar recurso por meio do sistema AgilFAP.

Começam hoje (26) e vão até o dia 29 de janeiro as inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2021. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), este ano o Fies vai oferecer 93 mil vagas 

As inscrições podem ser feitas no portal do Fies. O resultado da seleção será divulgado no dia 2 de fevereiro.

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Em caso de pré-seleção para uma vaga na chamada única do Fies, o candidato terá o período de 3 a 5 de fevereiro de 2021 para complementar sua inscrição.

Quem não for pré-selecionado vai automaticamente para a lista de espera. A convocação por meio da lista de espera ocorrerá de 3 de fevereiro até 18 de março de 2021.

Pelo regulamento do programa, os candidatos pré-selecionados na lista de espera deverão complementar a inscrição no prazo de três dias úteis, contados do dia subsequente ao da divulgação de sua pré-seleção no FiesSeleção.

Criado em 1999, o Fies tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Pode se inscrever no processo seletivo do Fies o candidato que participou do Enem, a partir da edição de 2010, e tenha obtido média aritmética nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a 0 na redação.

Também é necessário ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

O programa é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, sem incidência de juros, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies tem regras específicas e funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

Fies segundo semestre

Ontem (25), o MEC publicou, no Diário Oficial da União, as regras para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao segundo semestre de 2021. O cronograma de seleção, entretanto, ainda será publicado em edital específico.

A portaria dessa segunda-feira trata dos procedimentos e regras de oferta de vagas pelas instituições de educação superior, seleção das vagas a serem ofertadas, inscrição dos candidatos, classificação e pré-seleção dos candidatos, complementação da inscrição pelos candidatos pré-selecionados e redistribuição das vagas entre os grupos de preferência.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou o prazo para realização dos aditamentos de renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta quinta-feira (3), pelo Ministério da Educação (MEC).

Os estudantes financiados pelo programa terão até o dia 31 de dezembro de 2020 para realizar os aditamentos de renovação semestral dos contratos do Fies, simplificados e não simplificados, do 2º semestre deste ano. 

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“Os Documentos de Regularidade de Matrícula (DRM) que tiveram os seus prazos de validade expirados deverão ser acatados pelos agentes financeiros do Fies, para fins da contratação do aditamento, até a data de que trata o caput”, diz portaria. 

Já os Documentos de Regularidade de Inscrição (DRI) referente ao processo de ocupação de vagas remanescentes do 2º semestre de 2020 que tiveram os seus prazos de validade expirados deverão ser acatados pelos agentes financeiros do Fies, para fins da contratação do financiamento, até o dia 18 de dezembro deste ano, de acordo com o documento publicado.

Com recorrentes casos de corrupção, que permeia entre partidos, há eleitores que não votam como protesto contra o sistema político brasileiro. No entanto, é difícil compreender quando o próprio candidato, que teoricamente investiu e brigou por votos durante a campanha, deixa de votar em si próprio. Em Pernambuco, o resultado das eleições indicou que as mulheres são maioria nesses casos e reforçou a desconfiança à prática de candidaturas ‘laranja’.

Compra de votos, derramamento de santinhos e campanha no dia do pleito são algumas infrações eleitorais que, infelizmente, fazem parte da tradição nas urnas. Os candidatos com zero votos também já são conhecidos dos eleitores e deixam uma pulga atrás da orelha quanto ao financiamento de campanhas falsas. Em Recife e mais seis cidades da Região Metropolitana, 52 concorrentes não obtiveram votos, com destaque para Paulista.

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Independente de ideologia progressista ou conservadora, o fenômeno foi percebido com mais incidência em partidos de centro-direita. As mulheres comandam as candidaturas “zeradas” no Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, que registraram apenas 13 candidatos homens sem voto.

Confira a lista dos candidatos zerados nos municípios da RMR:

Recife (4)

Fátima Pragana (PTC)

Marta Motoqueira (DC)

Maria Imaculada (PTB)

Inês Medeiros (PTB)

 

Olinda (7)

Irmã Conceição (PTC)

Ninah (DC)

Cláudia Alves (Avante)

Leide da Base Rural (Podemos)

Drulianne Santana (Avante)

Joana da Tabajara (Podemos)

Luanna Gregorio (Avante)

 

Paulista (16)

Di do Parque (PTC)

Zeza Rocha (PSOL)

Adriana Rodrigues (PP)

Almir Promete e Faz (PSL)

Ednildo Marcos (Podemos)

Eliude (PMB)

Geraldine Barros (DEM)

Zenilza Pereira (Podemos)

Débora Silva (PMB)

Michelle Vasconcelos (DEM)

Neidson Oliveira (Podemos)

Roseane (PMB)

Jonas Pereira (Podemos)

Lucimare Silva (Podemos)

Marlene Pereira (Podemos)

Rebeka Azevedo (Podemos)

 

Jaboatão dos Guararapes (8)

Maria Lucia (PRTB)

Madalena (Avante)

Sergio Araújo (DC)

Josiane Silva (PRTB)

Cláudia Viana (DC)

Rico de Santo Antônio (Avante)

Virginia Ferreira (DC)

Leda Barros (DC)

 

Camaragibe (5)

Careca Filho de Café (PSC)

Deyvison de Lima (Rede)

Ana Karolyne (PMB)

Juliana Lapenda (Rede)

Talita Guedes (PMB)

 

São Lourenço da Mata (2)

Lane (Cidadania)

Rodolfo da Balança (Cidadania)

 

Cabo de Santo Agostinho (10)

Silvio de Andrade (PCdoB)

Irmã Lúcia (Cidadania)

Abimael do Armazém (Solidariedade)

Miriam da Silva (Patriota)

Carlos Candeias (PSL)

Professora Lidia (Rede)

Angela Maria (PSOL)

Geynn Heyrr (Republicanos)

Rosilene (PSOL)

Tamires Barbosa (Republicanos)

Termina nesta terça-feira (3) o prazo de inscrições para candidatos não matriculados em instituição de ensino superior no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ao total, são quase 50 mil vagas remanescentes distribuídas entre 4.213 cursos em 881 instituições privadas de educação superior do país.

Após essa primeira etapa concluída, os candidatos terão até dois dias para validar a inscrição junto a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição escolhida, na forma digital caso a instituição faça o atendimento nesta modalidade.

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Posteriormente, após análise das informações e emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), o candidato terá até dez dias para entregar a documentação exigida para finalizar a contratação do benefício.

Para concorrer a uma das vagas remanescentes, os interessados devem se inscrever no site do Fies.

Já matriculados - De acordo com o Ministério da Educação (MEC), para os candidatos que já estão matriculados o prazo para inscrições é até o dia 27 de novembro. O mesmo prazo é destinado aos estudantes que possui bolsa parcial de 50% pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e que desejam financiar a outra metade da mensalidade, ou para aqueles que desejam financiar integralmente o valor da mensalidade.

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