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Segundo o porta-voz da instituição especializada na conservação da vida marinha Surfers Against Sewage (SAS), Jack Middleton, em entrevista a BBC na última segunda-feira (31), a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) contribuiu para o aumento da poluição por plástico nas praias do Reino Unido.

De acordo com Middleton, desde o início do surto, as pessoas voltaram a utilizar em excesso embalagens descartáveis e o resultado foi uma grande quantidade de materiais acumulados nas praias e nos rios. A situação se agravou ainda mais após a flexibilização da quarentena, em que foram encontrados materiais como máscaras e luvas descartáveis.

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Outros fatores também contribuíram para a poluição, como o adiamento da lei que proíbe o uso de canudos e a retirada da cobrança no consumo de sacolas plásticas. Para Middleton, estes pontos retrocederam os avanços que haviam sido feitos no passado.

Embora o plástico contido nas máscaras sejam essenciais na prevenção da Covid-19, o SAS acredita que é necessário estudar novas maneiras de descartes destes materiais. Por conta disto, o grupo iniciará uma ação de limpeza em mais de 600 locais do Reino Unido a partir de 5 de setembro.

A instituição afirma que pretende divulgar em suas redes sociais os nomes das empresas contidas nos resíduos para que elas também possam tomar alguma atitude contra a poluição.

Durante coletiva online realizada nesta quinta-feira (27), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, apontou que o Estado vive uma queda no índice de transmissão da Covid-19 entre as pessoas, estando na média de 0.87 atualmente. 

"Quando vamos analisar essa taxa de forma regionalizada, já que temos uma situação não homogênea no Estado, todas as regiões estão com o R (número efetivo de reprodução) abaixo de 1, mas ainda encontramos as maiores taxas no Sertão, embora reforçamos que estão menores do que 1", explica Longo.

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A Secretaria de Saúde aponta que a décima Gerência Regional de Saúde (GERES), na região de Afogados da Ingazeira, o R está em 0.97, e na nona GERES do Sertão do Araripe, o índice de contágio está em 0.83.

Essa taxa de contaminação, para a Secretaria, é um sinal verde para que a Região Metropolitana do Recife avance para a etapa oito do Plano de Convivência com a Covid-19 em Pernambuco. Além disso, a segunda macrorregião, localizada no Agreste e que tem sede em Caruaru, avança para a etapa sete do Plano. Já a quinta GERES, que engloba o Agreste meridional, deve esperar mais um pouco para uma nova etapa da flexibilização permitida pelo Estado.

A pasta explica que a região "vem apresentando nos últimos 15 dias, que é quando fazemos as análises, ainda um crescimento nos números de casos graves, sem redução expressiva nos registros de óbitos, por isso vai permanecer na próxima semana ainda na fase que se encontra", salienta o secretário André Longo.

O que volta a funcionar?

A partir da próxima segunda-feira (31), a flexibilização do Governo de Pernambuco permitirá a volta do comércio de praia na Região Metropolitana do Recife, 100% do serviço de escritório, além da liberação das atividades dos museus e espaços de exposição. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, atenta que todas essas voltas devem seguir os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde. 

Agreste avança para a etapa sete

Com o avanço da segunda Macrorregião, com sede em Caruaru, para a etapa sete do Plano de Convivência com a Covid-19, fica permitido a ampliação do horário de funcionamento dos shoppings centers até às 22h, assim como os bares e restaurantes que poderão funcionar das 6h às 22h. 

Schwambach reforça que as demais regiões do Estado não apresentaram ainda uma queda consistente nos dados da Covid-19 e por isso vão permanecer nas etapas que se encontram. São elas as GERES com cidade sede em Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro e Petrolina - todas vão permanecer na etapa seis do Plano - a GERES de Ouricuri vai continuar na etapa quatro. 

"A gente só consegue avançar nas etapas se toda a sociedade contribuir nos protocolos de higiene pessoal, comunicação e monitoramento. O acompanhamento é feito semanal e apenas com dados consistentes a gente pode estar fazendo esses avanços", reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico.

Diversos estados apresentaram flexibilização de suas restrições sanitárias tomadas como forma de prevenção à disseminação da pandemia do novo coronavírus neste mês de agosto, mas a volta às aulas, anunciada em algumas unidades da Federação, foi adiada ou ainda segue em avaliação em vários locais. 

As decisões atendem a planos estaduais ou municipais que definiram a retomada gradual das atividades econômicas. A Agência Brasil vem acompanhando, quinzenalmente, a execução desses planos. No final de junho, foi publicado o primeiro levantamento, no início de julho, o segundo, na terceira semana de julho, o terceiro , e no dia 10 de agosto, o quarto.

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Na Bahia foram autorizados bares, restaurantes, academias e salões de beleza, entre outras atividades. Minas Gerais avançou na reabertura de comércios ao incorporar novas atividades, como academias, ao grupo de negócios permitidos.

No Maranhão, as apresentações musicais voltaram a ocorrer, embora com limite de integrantes para as bandas. O governo do Piauí permitiu atividades de organizações associativas. Em Sergipe, o governo liberou todos os setores do comércio, com limitação a 50% da capacidade.

Estados com programas baseados na classificação de estados em faixas tiveram atualizações. Em São Paulo, apenas seis regiões ficaram na fase 2, enquanto o restante foi enquadrada na fase 3. Em Mato Grosso do Sul, 31 cidades passaram para categorias de riscos menores, situação em que as atividades permitidas aumentam. Em Rondônia, 40 municípios. Em Alagoas, a capital Maceió avançou para a fase azul, última de transição.

Aulas

A volta às aulas é um dos temas mais polêmicos nos estados, com governos apontando neste caminho e outros atores, como sindicatos de trabalhadores e Ministério Público, apresentando questionamentos. Em meio a este embate, parte das unidades da Federação retrocederam em decisões ou ainda analisam o tema.

O Distrito Federal é um dos casos em que o retorno foi anunciado, mas depois houve recuo. Após a decisão do governo de começo das atividades escolares presenciais no início de agosto, a administração mudou de ideia e anunciou que a retomada está suspensa por tempo indeterminado.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Educação manteve a suspensão do calendário pelo menos até outubro. No Rio Grande do Sul, o processo também se encontra em debate.

O Rio de Janeiro fixou calendário, com o início das aulas presenciais marcado para setembro na rede privada e outubro, na pública. O Rio Grande do Norte estabeleceu o retorno das escolas públicas e privadas em setembro. A exceção é  Amazonas, onde as aulas retomaram neste mês.

Veja abaixo o levantamento completo:

NORTE

Acre

No dia 19 de agosto, o governo do Acre anunciou que todas as regiões do estado permanecem classificadas na bandeira amarela. A classificação foi definida no plano Pacto Acre sem Covid. O estado foi dividido em regiões de saúde. O enquadramento na bandeira amarela se deu no início do mês. Segundo o governo do estado, a decisão se deveu ao avanço da infraestrutura de atendimento, com 90 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 352 clínicos para covid-19. No caso dos leitos de UTI, a taxa de ocupação está em 44%, enquanto os outros estão em 42%.

Na bandeira amarela, fica autorizada a abertura de bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e sorveterias, com metade das mesas, além de teatros, cinemas e cultos religiosos, com 30% da capacidade. Foram fixadas obrigações específicas. Bares não podem ter música ao vivo. Além disso, ficam autorizados os serviços essenciais, como serviços médicos (mediante agendamento), indústria em geral, empresas em cadeias produtivas de gêneros de primeira necessidade (como alimentos, medicamentos, limpeza, água, gás e combustíveis), supermercados, transporte em rios, restaurantes e oficinas em rodovias, lavanderias, borracharias, call centers, bancos e lotéricas, construção civil, hotéis, motéis e serviços de telecomunicações.

Podem abrir também aqueles já autorizados na bandeira laranja, como oficinas, comércio varejista e lojas de móveis, eletrodomésticos, informática e materiais de construção, com restrição a 30% da capacidade, além de bares, distribuidoras e restaurantes no sistema delivery e drive thru. O plano foi apresentado em 12 de junho, criando diretrizes para a retomada a partir de indicadores que serão utilizados para definir os planos por município e setor, institucionalizado no Decreto nº 6.206, de 22 de junho. A autorização da volta de atividades não essenciais é baseada na redução do surgimento de novos casos, na quantidade de testagem, na disponibilidade de novos leitos e no número de internações e na quantidade de mortes em decorrência da pandemia.

Amazonas

No dia 10 de agosto tiveram início as aulas no estado, começando com alunos do ensino médio. O governo divulgou balanço segundo o qual 79% dos estudantes compareceram nas unidades da rede estadual na primeira semana de aula. Os alunos foram divididos em duas turmas, que assistem à aula em dias alternados. No dia em que não participar das atividades presenciais, é indicado ao estudante acompanhar os conteúdos por teleaulas.

Pelo calendário definido pelo governo do estado, os aluenos do ensino fundamental retomarão no dia 24 deste mês. No dia 20 de julho, o governo estabeleceu novos horários para diversas atividades por meio do Decreto Nº 42.526. A construção civil inicia às 6h30. No comércio de rua, foram estabelecidos horários distintos por área do centro da cidade.  

A prefeitura de Manaus prorrogou até o dia 31 de agosto o regime de teletrabalho dos servidores municipais. As atividades consideradas essenciais foram mantidas, com horário de funcionamento das 8h às 14h. Entre as diretrizes da administração municipal está também o regime de revezamento.

No início de julho, o governo deu início ao Quarto Ciclo do Plano de Retomada Gradual das Atividades Não Essenciais em Manaus. Nesta fase, fica liberado o funcionamento de bares, que podem receber clientes até a meia-noite. As apresentações ao vivo nesses estabelecimentos e em restaurantes foi contemplada, mas com grupos de até três pessoas. Também foi permitida a abertura de escolas, creches e universidades privadas. 

As academias, que já estavam funcionando desde o Terceiro Ciclo, tiveram seu horário de atividade ampliado. Os jogos de futebol foram retomados no dia 13 de julho. Já as pessoas do grupo de risco (que abrangem idosos e pacientes com doenças crônicas ou fatores de risco) ainda devem ficar em casa, segundo orientação da administração estadual.

Para as atividades liberadas, foram estabelecidas exigências como distanciamento mínimo de 1,5 metro, controle de aglomerações, uso obrigatório de máscara, promoção da higiene pessoal com disponibilização de álcool em gel e desinfecção dos locais. Os responsáveis pelos estabelecimentos devem empregar ações de orientação a funcionários e clientes, além de acompanhar a saúde dos trabalhadores. 

Amapá

No dia 14 de agosto, o governo publicou o Decreto Nº 2.720  prorrogando as medidas de distanciamento social até 29 de agosto, mas ampliando o escopo das atividades liberadas, como competições esportivas, clubes, salões de festa e eventos corporativos, técnicos, científicos, culturais e sociais.

O governo estabeleceu protocolos para essas atividades, como a taxa de uma pessoa a cada 4 metros quadrados, limites de 200 pessoas, shows com bandas de até cinco integrantes e funcionamento até as 23 h. Em agências de viagens, concessionárias, empresas de decoração, escritórios, imobiliárias, lavanderias e locadoras de veículos foi autorizado o atendimento sem agendamento.

No dia 17 de agosto, o governo do estado apresentou novo relatório epidemiológico. Diante do crescimento dos casos e dos níveis de ocupação de leitos hospitalares, o governador Waldez Goes afirmou que as medidas de flexibilização do distanciamento social poderiam ser revistas. 

No dia 1º de agosto, o governo publicou o Decreto Nº 2.418, que adiou o início das aulas presenciais até 31 de agosto. A norma determinou o retorno gradual do serviço público estadual a partir de 10 de agosto e a retomada dos concursos públicos em andamento. A volta ao trabalho presencial no Executivo estadual vai ocorrer em três fases, de 14 dias cada. Na primeira estão órgãos relacionados a serviços essenciais infraestrutura e desenvolvimento econômico. Na segunda, gestão, cultura e turismo. Na terceira fase, o governo avaliará o retorno às aulas presenciais.

Os serviços públicos essenciais – como saúde, segurança e atendimento integrado ao cidadão – permanecem autorizados a funcionar, mas devem ser adotadas medidas para prevenir e mitigar a transmissão do vírus entre servidores e usuários.

O estado criou um sistema de classificação de municípios que analisa indicadores da assistência à saúde e situação epidemiológica local. Do total, na atualização divulgada no dia 21 de julho, sete cidades estavam no nível de risco moderado. Mais nove estavam no nível baixo. 

Pará

O governo estadual anunciou nova atualização, em agosto, da classificação de risco do plano Retoma Pará. Pelo projeto, o estado foi dividido em regiões de acordo com indicadores como taxa de crescimento dos novos casos e de hospitalizações, leitos de UTI com ventiladores disponíveis, quantidade de equipamentos de proteção individual e índice de presença de equipes de saúde.

Foram inclusas no bandeiramento amarelo, de risco intermediário, Belém e a Região Metropolitana, Marajó Oriental e Baixo Tocantins. Já estavam na categoria as regiões Nordeste, Carajás e Marajó Ocidental. Nesse grupo, as prefeituras ficam autorizadas a avançar na abertura de atividades comerciais, desde que mantidos protocolos de saúde acordados entre estado e municípios. 

Fica autorizada a abertura dos setores já permitidos nas bandeiras Vermelha e Laranja. Além disso, há orientações específicas. Os ambientes de estabelecimentos, incluindo shoppings, podem funcionar com taxa de ocupação restrita a no máximo 60% da original. Instituições religiosas podem ter eventos com no máximo 30% da capacidade. Empregadores e responsáveis por locais devem garantir equipamentos de proteção individual, priorizar o teletrabalho ou fazer revezamento por turnos e afastar pessoas do grupo de risco. Continua a proibição de eventos em espaços públicos, academias, teatros, cinemas, aulas e atividades turísticas.

As demais regiões do estado (Tapajós, Araguaia, Xingu e Baixo Amazonas) estão na bandeira Laranja, quando o risco é médio. Os municípios ficam autorizados a definir as atividades não essenciais que podem ser abertas. É permitido, por exemplo, o funcionamento de concessionárias, indústrias, comércio de rua, shoppings, salão de beleza e construção civil, todas com metade da capacidade. Igrejas podem realizar atividades, mas com até 100 pessoas. Ainda não podem abrir escolas, academias, espaços públicos, atividades imobiliárias e clubes sociais. Não há mais regiões na Zona Vermelha, de risco alto, onde são permitidos apenas os serviços considerados essenciais.

A nova versão do decreto também permitiu que cursos de saúde de instituições públicas e privadas realizem aulas práticas, desde que fundamentais para a conclusão dos cursos e graduação dos estudantes.

Rondônia

No dia 13 de agosto foi publicado o Decreto Nº 25.291  com novos critérios para as medidas de distanciamento no estado. Foram inclusas nas segunda e terceira etapas do plano de abertura, respectivamente, práticas esportivas individuais e em academias (reservado o limite de uma pessoa por equipamento) e atividades esportivas coletivas profissionais ou amadoras (incluindo jogos entre equipes).

No fim de julho, havia sido publicado um o Decreto Nº 25.263, com novas regras para o funcionamento de atividades no estado. Foram autorizados comércios de cosméticos e produtos de higiene, bem como salões de beleza, além de eventos na modalidade drive-in. A norma também estendeu a suspensão das aulas das redes privada e pública até 1º de setembro. No caso de hotéis, o texto determinou que o café da manhã deve ser servido individualmente.

As fases foram disciplinadas no Decreto nº 25.138, de 15 de junho, alterado pelo Decreto nº 25.220 de 10 de julho. Essa divisão levou em consideração aspectos como o nível de ocupação de leitos e a taxa de crescimento da contaminação pelo vírus em cada região. Se a ocupação de leitos ficar acima de 80%, a cidade se enquadra na fase 1, de distanciamento social ampliado. Há sete cidades nessa categoria. Na Fase 2 ficam liberadas as atividades como cultos religiosos e shoppings (sem a liberação de praças de alimentação), concessionárias, academias, salões de belezas e lojas de roupas, informática, eletrodomésticos e sapatos, entre outros. Há cinco municípios nesta situação.

Na Fase 3 fica permitido o funcionamento de todo o comércio, à exceção de casas de shows, boates, bares e restaurantes e eventos com mais de 10 pessoas, mas seguem proibidos cursos para pessoas com menos de 18 anos, atividades de formação em instituições públicas e cursos com mais de 10 pessoas. Esses eventos serão autorizados apenas a cidades na Fase 4, de prevenção contínua. Na fase 3 está a maioria das cidades, 40, incluindo a capital Porto Velho.

Roraima

O governo estadual prorrogou por mais três meses o estado de calamidade pública no início de julho, com ações até setembro. Desde então não houve alteração nas estratégias relacionadas ao distanciamento social. Segundo a administração, a medida foi motivada pela necessidade de manter medidas de combate à pandemia. No dia 16 de junho, o governo publicou o Decreto nº 28.956-E, liberando viagens intermunicipais e interestaduais de transporte terrestre. As empresas que fornecem o serviço devem garantir exigências como fornecimento de álcool gel 70% aos passageiros, higienização dos veículos e lotação de até 75% da capacidade, além de reduzir o número de linhas e viagens em 50%.

No restante, segue em vigor o Decreto nº 28.662-E, de 22 de março, que definiu as medidas de isolamento social no estado. A norma autoriza o funcionamento de supermercados, açougues, bancos e lotéricas, hospitais e clínicas, farmácias, escritórios de advocacia, comércio de alimentos e medicamentos para animais, postos de combustíveis, oficinas, telecomunicações e internet, call centers e serviços de provimento de água, esgoto e energia elétrica, além de indústrias, serviços agropecuários e meios de comunicação. Os restaurantes e estabelecimentos que servem refeições foram autorizados a operar em sistema de entrega ou de busca no local.

Assim como em outros estados, aos setores permitidos foram estabelecidas obrigações, como disponibilização de álcool gel, fornecimento de máscaras, desinfecção frequente do ambiente e superfícies, controle das aglomerações nos locais, adoção de revezamento e escalas para os trabalhadores e distanciamento mínimo de 2 metros entre funcionários e clientes.

Tocantins

O governador Mauro Carlesse publicou o Decreto nº 6.12 prorrogando a suspensão das aulas e o regime especial de trabalho dos servidores até o dia 31 de agosto. Os trabalhadores do governo local estão operando na modalidade remota e cumprindo jornada de seis horas. As demais atividades ficam disciplinadas de acordo com o Decreto nº 6.083, de 13 de abril, e o Decreto nº 6.092, de 5 de maio, que trouxeram recomendações às prefeituras sobre as medidas de distanciamento. Entre elas está a proibição de serviços não essenciais a exemplo de shoppings, galerias, bares, restaurantes e feiras. Ficaram fora da recomendação farmácias, clínicas e locais de atendimento médico, entrega de refeições, supermercados, agências bancárias e postos de combustíveis.

Para os demais estabelecimentos comerciais, foram indicadas medidas de segurança como o distanciamento em filas e marcação para sinalizar o distanciamento mínimo entre os clientes, manutenção de ambientes arejados, disponibilização de álcool em gel e local para lavagem das mãos, sistema de escala e revezamento de jornada de funcionários, além de fixação de horários especiais para atendimento a idosos. 

O decreto também obrigou o uso de máscara no estado. Estão fechados parques e unidades de conservação e há restrição de visitas a prisões e unidades socioeducativas e a limitação de eventos de caráteres público ou privado que gerem aglomeração. O transporte público só pode funcionar com metade da capacidade de passageiros sentados. As aulas seguem suspensas no estado.

NORDESTE

Alagoas

Seguindo o protocolo do Plano de Distanciamento Social Controlado, definido em junho pelo governo do estado, a reabertura gradual de Alagoas está avançando para a Fase Azul na capital, Maceió, a última de transição para o “novo normal”.

A maior parte dos municípios está na Fase Amarela, mas as regiões do Médio e Alto Sertão Alagoano permanecem na Fase Laranja, a segunda mais rígida. A última classificação foi publicada no dia 11. Na classificação anterior, de 27 de julho, Maceió estava em Amarelo e todos os demais municípios em Laranja.

Com a cor laranja, estão liberados o comércio de ruas para lojas com menos de 400 metros quadrados (m²); os salões de beleza e barbearia com 50% da capacidade; e instituições religiosas com 30%. Na fase amarela as atividades religiosas podem ampliar o público para 60% da capacidade; ficam liberadas as lojas de rua com mais de 400 m², shoppings centers, galerias e centros comerciais; os bares e restaurantes, transporte intermunicipal, receptivo e turístico, além das academias podem atender com 50% da capacidade. 

Na Fase Azul, o decreto amplia o limite de capacidade para 75% em bares e restaurante e nas instituições religiosas. Os clubes podem reabrir com 50% do público. A Fase Verde é a última e ainda não foi atingida por nenhum município alagoano. Nela será permitida a volta das instituições de ensino em geral, das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino, o trabalho presencial no serviço público e as atividades de cinemas, teatro, museu e eventos sociais.

Bahia

No momento, a capital baiana está na Fase 2 do plano de abertura, em acordo da prefeitura e governo do estado. Os shopping centers reabriram há um mês, mas ainda em horário reduzido, das 12h às 20h. Entre outros protocolos específicos para cada setor, foi definido que as praças de alimentação podem abrir com até 50% da capacidade de ocupação. Com a redução do percentual de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para abaixo de 75%, também foram reabertos comércios de rua de até 200 m², igrejas e drive-ins. A partir da redução da ocupação dos leitos de UTI para abaixo de 70%, no dia 10 de agosto, reabriram restaurantes e lanchonetes, academias, salões de beleza e barbearias, entre outros negócios.  

Em todo o estado, o principal critério adotado no protocolo comum é a capacidade de o poder público ofertar leitos de UTI à população baiana, de forma a priorizar a preservação de vidas. As medidas sanitárias envolvem diversas ações, a exemplo de desinfecção de hospitais, unidades de saúde, e de locais de circulação de pessoas, como feiras, centros de abastecimento, prédios públicos, asilos, restaurantes populares, dentre outros. Além disso, envio sistemático de máscaras para a população.

No dia 10 de agosto, o Governo do Estado iniciou a flexibilização do sistema de transporte intermunicipal na Bahia. No sistema hidroviário (lanchinhas e ferry boat) continua valendo a ocupação máxima de 50% da capacidade. A novidade será o cumprimento do quadro de horário regular, incluindo sábados, domingos e feriados. Lanchinhas voltam a funcionar a partir das 5h até as 21h, e os ferries com saídas de hora em hora, de 5h às 23h30. A operação de Catamarãs para Cairu (Morro de São Paulo) será retomada, cumprindo o quadro de horário regular e também com restrição de embarque de 50% da capacidade das embarcações.

Desde o sábado (22), o transporte intermunicipal estará suspenso em 355 cidades. A medida, que tem o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus entre a população baiana, foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado da Bahia  de sexta-feira (21). Ainda não há previsão de volta às aulas na rede estadual de ensino. 

O governador Rui Costa tem reiterado que qualquer tipo de evento que promova aglomerações, como o Carnaval, só será viável depois da garantia de uma vacina para a covid-19 ou da definição de um medicamento específico para tratar pacientes com a doença.

Maranhão

Desde o dia 15 de agosto, o governo do Maranhão autorizou a retomada de apresentações musicais em bares, restaurantes e praças de alimentação, com até dois integrantes e equipe de apoio reduzida. A autorização consta na Portaria 54.

As aulas presenciais na rede privada retornaram no dia 3 e para o dia 28 está previsto o retorno de eventos com até 100 convidados, sem cobrança de ingresso e com fácil rastreabilidade pelo anfitrião, como festas de aniversários, batizados e casamentos, eventos científicos, inaugurações e lançamentos de produtos e serviços.

Continuam proibidos os grandes eventos, shows, congressos, seminários, sessões de cinema e eventos em casas noturnas, além das aulas presenciais na rede pública estadual. As medidas estão em avaliação permanente, mas segundo o governo do estado, a perspectiva é de ampliar a liberação de novas atividades, “tendo em vista a redução dos indicativos referentes ao quadro epidemiológico no Maranhão”.

Já foi autorizado o retorno do funcionamento de bancos e casas lotéricas; atividades da construção civil e lojas de materiais de construção; indústrias; clínicas médicas, odontológicas, de fisioterapia e de exames da rede privada; serviços de contabilidade e advocacia; concessionárias de veículos e oficinas mecânicas; comércio de móveis e variedades para o lar; livraria e papelaria; hotéis e similares; salões de beleza, cabeleireiro e barbearia; lojas de rua e shoppings centers; academias de ginástica; e bares, restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação em shoppings.

Pernambuco

Avançando no Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 em Pernambuco, que prevê 11 fases de retomada, as regiões Metropolitana do Recife e zonas da Mata Norte e Sul estão na Etapa 7, a mais avançada até o momento, na qual é permitida a ampliação do horário de funcionamento de shopping centers, bares e restaurantes até as 22h.

A flexibilização está ocorrendo de forma gradual, com recorte regional, e já abrangeu shoppings, comércio de rua, restaurantes e academias de ginástica. Na avaliação divulgada na última quinta-feira (20), o governo do estado informou que em breve o comércio de praia da Região Metropolitana do Recife será incluído na Etapa 8. A partir de hoje (24) fica liberado o treino de esportes coletivos para maiores de 12 anos.

As regiões de Caruaru e Garanhuns, no Agreste, e de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, no Sertão, permanecem na Etapa 6. Também no Sertão, as regiões de Petrolina e Salgueiro passaram da Etapa 5 para a 6. Com isso, restaurantes e demais serviços de alimentação podem funcionar das 6h às 20h. Já o Sertão do Araripe, nas regiões de Ouricuri e Araripina, que haviam retroagido para a Etapa 2, agora avançaram para a 4.

Permanecem proibido em todo o estado a abertura de cinemas, teatros, museus, clubes sociais, eventos gerais, serviço público, parques de diversão e zoológicos.

Piauí

Dando prosseguimento ao Pacto pela Retomada Organizada - PRO Piauí, o estado autorizou a retomada a partir de hoje (24) das atividades de organizações associativas patronais, empresariais e profissionais, sindicais, defesa, direitos sociais e outros.

Permanecem suspensas as atividades artísticas, criativas e de espetáculos em cinemas, teatros e casas de espetáculos; as ligadas ao patrimônio cultural e ambiental em parques, praias, balneários, museus, bibliotecas, zoológicos; esporte, recreação e lazer em academias, clubes, eventos esportivos, casas de show e escolas esportivas; e os serviços domésticos. Todas essas estão com o retorno previsto a partir de 8 de setembro.

Na última fase da reabertura, prevista para o dia 22 de setembro, devem ser retomadas as aulas em creches, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio, superior, técnico e tecnólogo e outras atividades de ensino, como autoescolas, cursos de idiomas e preparatórios para concursos.

A reabertura no Piauí começou no dia 27 de julho e já foram autorizados, de forma escalonada a cada semana, o retorno de fábricas e comércio, lavanderias e tinturarias, conserto e manutenção de equipamentos de informática e comunicação, atividades religiosas, atividades físicas individuais ao ar livre, atividades imobiliárias, shopping centers e centros comerciais, corretoras de seguro e previdência, a administração pública, serviços de seleção de mão de obra e fornecimento de recursos humanos, tecnologia da informação, atividades de rádio, televisão e gravação; e os serviços de cuidados pessoais como clínicas de estética e cabeleireiros, hotéis e similares, restaurantes e bares com consumo no estabelecimento, agências de viagens e eventos, exceto culturais e esportivos.

Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte prorrogou até o dia 18 de setembro a suspensão das aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, por meio do Decreto 29.928. Desde o dia 5, o estado entrou na terceira e última etapa do Plano de Retomada das Atividades Econômicas, com a autorização de funcionamento para todos os setores econômicos, cumprindo os protocolos sanitários estabelecidos.

Na semana passada, foi ampliada a jornada de trabalho presencial nos órgãos do Estado, para servidores com até 50 anos de idade. O grupo de 51 a 59 anos retornam no dia 31 de agosto. Continuam proibidos os shows, eventos artístico-culturais, cinemas e qualquer outro evento de massa.

As definições sobre avanço para novas fases ou retorno são feitas quinzenalmente, mas podem ocorrer em períodos menores, de acordo com as avaliações diárias da Vigilância Epidemiológica do Estado e semanais do Comitê Científico.

Sergipe

Em resolução publicada no dia 13 de agosto, o estado de Sergipe foi reclassificado na Bandeira Amarela de restrições por causa da pandemia de covid-19, que corresponde à segunda fase do Plano de Retomada e Abertura Gradual da Economia.

Com isso, está permitido o funcionamento de todos os setores de comércio; shoppings centers, galerias e centros empresariais, com 50% da capacidade; restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e afins, para consumo presencial também com 50% da capacidade; atividades religiosas com limitação de 30% de presença e apenas em quatro dias da semana.

O consumo presencial nas praças de alimentação dos shoppings foi liberado desde na última quarta-feira (19), mas permanecem proibidos os eventos sociais ou culturais e as áreas de lazer infantil, cinemas, academias e agências bancárias dentro desses estabelecimentos. Restaurantes não podem utilizar os sistemas de self service, buffet e rodízio, bem como estão proibidas as apresentações artísticas e eventos.

Na Bandeira Laranja já haviam sido liberados os escritórios de prestadores de serviços em geral; as clínicas e consultórios de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e podologia; alguns setores do comércio; operadores turísticos; treinamento esportivo profissional; salões de beleza e barbearias; e as atividades religiosas com limite de 30% da capacidade de público.

Para a Bandeira Verde, ainda sem previsão de início, poderão ser retomadas as academias de ginásticas, toda a Administração Pública; call-centers; clubes, praias, orlas, parques e praças públicas; restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e afins para consumo no local sem restrição de capacidade, assim como shoppings, galerias, centro comerciais e atividades religiosas.

São consideradas atividades especiais, sem previsão de retorno, os eventos culturais e esportivos coletivos, como ginásios, estádios, teatro, cinema e casas noturnas; e as atividades educacionais nas redes pública e privada em todos os níveis, das creches ao ensino superior.

CENTRO-OESTE

Distrito Federal

No Distrito Federal, o governo anunciou no dia 19 de agosto a suspensão por tempo indeterminado do início das aulas na rede pública. O Decreto n° 40.939  previu o retorno para a rede privada no dia 27 de julho e para a pública no início de agosto. Depois de questionamentos do Sindicato dos Professores (Sinpro), o governo distrital anunciou um cronograma e depois recuou. Enquanto isso, está sendo mantido ensino remoto.  

No caso da rede privada, o tema ensejou uma guerra de decisões judiciais. O Ministério Público do Trabalho entrou com ação. No dia 25 de julho, a dois dias do início previsto, um juiz concedeu liminar suspendendo o retorno. No dia 4 de agosto, outra juíza do trabalho autorizou a retomada imediata das aulas. Dois dias depois, um desembargador suspendeu novamente o início das aulas presenciais. Até o fechamento da matéria, não havia sido firmado acordo para o estabelecimento de um cronograma.

No processo de monitoramento da evolução da pandemia na capital, o governo distrital anunciou no dia 19 que mudará o método de apresentação das atualizações, parando de dar mortes registradas e mantendo apenas as ocorridas em um dia. Como muitos óbitos demoram para ter o diagnóstico (o que ocorre semanas ou até meses depois), isso significa que dados “desaparecerão” dos balanços diários, sendo considerados somente no total acumulado.  

O decreto que previu a volta às aulas também autorizou a reabertura de bares e restaurantes na capital, dando continuidade ao plano de reabertura do Distrito Federal. Os estabelecimentos não poderão ter música ao vivo, nem eventos em geral. Entre as obrigações fixadas estão a higienização de mesas, cadeiras e cardápios regularmente, disposição das mesas a pelo menos 2 metros umas das outras, limite de seis pessoas por mesa, disponibilização de talheres em embalagens individuais, além de funcionamento com 50% da capacidade e restrição ao serviço de autoatendimento ou self-service.

No dia 7 de julho, voltaram a funcionar salões, barbearias e academias. Os proprietários de salões de beleza devem higienizar as cadeiras de uso regular, distribuí-las de modo a garantir o espaçamento de 2 metros entre os clientes, esterilizar todos os equipamentos após cada atendimento, empregar toalhas e lençóis de uso exclusivo e privilegiar a ventilação natural. 

Para as academias, as obrigações incluem higienização dos aparelhos de uso coletivo, proibição do uso de bebedouros e chuveiros, delimitação do espaço onde cada pessoa pode se exercitar, respeito à distância mínima de 2 metros, proibição de aulas coletivas e fechamento de uma a duas vezes por dia, por 30 minutos, para limpeza geral.

Goiás

Em Goiás, segue vigente o Decreto Nº 9.700, publicado no dia 27 de julho, que suspendeu a quarentena intermitente (14 dias fechados e 14 dias abertos) e prorrogando a abertura por tempo indeterminado de todas as atividades econômicas cuja autorização havia sido fixada em decreto anterior e perderia a validade.

Bares e restaurantes podem funcionar, embora com limite de 50% da capacidade. Eventos esportivos, como jogos de futebol, também são permitidos, mas sem participação de torcedores. A norma manteve a proibição de eventos públicos ou privados com aglomerações, como cinema, teatro, boate, salões de festa, clubes recreativos e áreas comuns de condomínios. Seguem também sem funcionar presencialmente aulas das redes pública e privada.

Mas a norma prevê que as prefeituras podem definir medidas próprias de distanciamento social. Em outra decisão, o governo anunciou que os parques estaduais e unidades de conservação ambiental passaram a funcionar no dia 10 de agosto. Foram mantidas regras de prevenção, como obrigação do uso de máscaras e manutenção de distância mínima entre os visitantes para evitar aglomerações.

O governo de Goiás criou uma secretaria específica para as medidas de retomada, em lei assinada no dia 4 de agosto. O órgão vai coordenar as ações de fomento às atividades econômicas para mitigar os impactos negativos da pandemia.  

Mato Grosso

Em Mato Grosso continua em vigor o Decreto nº 573 editado pelo Governo do Estado no dia 23 de julho. O decreto mantém regras rígidas de contenção da propagação do novo coronavírus nos municípios, principalmente os que estão classificados como Risco Alto, ou Muito Alto de contágio. O decreto leva em consideração a queda da média móvel de casos confirmados da doença e de hospitalizações, além da abertura de novos leitos de UTI.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) divulgou na última quinta-feira (20) o Boletim Informativo n°165 com o panorama da situação epidemiológica da covid-19 em Mato Grosso. Segundo o boletim, nenhuma cidade de Mato Grosso foi classificada com risco Muito Alto, cor vermelha, que indica alerta máximo de contaminação.

O documento mostra que 18 municípios estão classificados com risco Moderado. São eles: Cuiabá, Sorriso, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Várzea Grande, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Paranatinga, Campo Novo do Parecis, Mirassol D’Oeste, Sapezal, Alta Floresta, Arenápolis, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia e Indiavaí. Outros 123 municípios estão na classificação de risco Baixo, indicado pela cor verde e não apresentam grandes riscos de contaminação.

Nas cidades com risco Alto de contágio fica proibido qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração, como shows, jogos de futebol, cinema, teatro, casa noturna e congêneres, festas e confraternizações familiares, ainda que realizadas em âmbito domiciliar.

Setores não essenciais podem funcionar desde que obedeçam às medidas de distanciamento no atendimento e higiene e funcionem com no máximo 70% da capacidade de atendimento.

Fica mantido ainda o comércio pela internet, com entregas por delivery. Permanece a suspensão, sem previsão de volta, de aulas em escolas e universidades.

Já nas cidades de risco Muito Alto, além de todas as medidas de segurança já adotadas nas classificações de risco mais baixas de contágio, é preciso obedecer às seguintes regras: serviços não essenciais devem funcionar com no máximo 50% da capacidade de atendimento.

Continua proibido o atendimento presencial em órgãos públicos e concessionárias de serviços públicos em cidades com a classificação de 'risco muito alto", e a adoção de canais de atendimento ao público não-presenciais.

Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o Programa de Segurança e Saúde na Economia (Prosseguir), divulgou seu terceiro relatório situacional dos 79 municípios do estado referente à 32ª Semana Epidemiológica, com indicação do grau de risco de cada município.

O mapa situacional das quatro macrorregiões de Saúde (Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas e Dourados), referente à 32ª Semana Epidemiológica (de 2 a 8 de agosto), apresenta 10 municípios na faixa de risco tolerável (Bandeira Amarela), 46 municípios no grau médio (Bandeira Laranja), 21 no grau de risco alto (Bandeira Vermelha) e duas cidades no grau extremo (Bandeira Preta). Com relação ao mapa anterior, 41 municípios mantiveram seu grau de risco, 31 melhoraram seu grau de risco e 7 pioraram.

Nos municípios que estão na Bandeira Amarela é permitido atividades essenciais e não essenciais de baixo, médio e alto risco, como academias, cabeleireiro, barbearia, salões de beleza e afins; nos municípios com Bandeira Laranja são permitidas atividades essenciais e não essenciais de baixo e médio risco, como comércio e bares; e com Bandeira Vermelha são permitidas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco como serviços de ambulantes e profissionais liberais. No grau extremo, Bandeira Preta, são permitidas apenas as atividades essenciais. As atividades que envolvem aglomeração de público continuam não recomendadas em todo o estado.

Os resultados da semana demonstram que os cumprimentos das recomendações do Prosseguir implicam diretamente na classificação dos municípios. O programa traz recomendações de medidas no âmbito da Saúde Pública, de Serviços Públicos e do Social a fim de nortear agentes da sociedade, principalmente entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19.

No estado também não há previsão para o retorno das aulas presenciais.

SUDESTE

Espírito Santo

De acordo com a última atualização do Mapa de Gestão de Risco da Covid-19 feita no dia 15, 16 municípios capixabas estão classificados em Risco Baixo, mais 53 estão em Risco Moderado e nove em Risco Alto. A capital Vitória está classificada como rico moderado. O mapa teve vigência até ontem (23).

Nos municípios classificados como Risco Alto, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10 h às 16 h. Já os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h. Já o funcionamento de restaurantes, inclusive os de shopping center, só está permitido de segunda a sábado até as 18h e a abertura de bares fica proibida.

Nos municípios classificados como Risco Moderado, como a capital Vitória, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10 horas às 16 horas e no sábado das 9h às 15h. Já os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h, de segunda a sábado. Restaurantes, inclusive os de shopping center, podem funcionar até as 18h e a abertura de bares continua proibida.

Nos municípios classificados como Risco Baixo podem funcionamento todos os estabelecimentos comerciais com medidas qualificadas de um cliente por 10 m², distanciamento social em filas, sem restrição de horário de funcionamento. Restaurantes e bares podem abrir sem restrições de horários e dias da semana.

O mapa classifica os municípios capixabas em riscos Alto, Moderado e Baixo, a partir da avaliação de fatores como interação social, avanço do contágio e ocupação de leitos no estado.

As praias capixabas não sofreram restrição. Segundo a assessoria de imprensa, “o governo não estabeleceu nenhuma medida que proibisse o acesso às praias, entretanto desde o início a orientação dada aos cidadãos é de que mantenham o isolamento social e evitem aglomeração”.

Quanto à volta das aulas presenciais, a Secretaria da Educação (Sedu) do Espírito Santo informou que o protocolo que determina as Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNP) segue até o dia 31 de agosto. Não há data definida para retorno das aulas presenciais. A Sedu continua com o diálogo e planejamento da retomada das aulas junto ao Grupo de Trabalho, formado por instituições como União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe), Ministério Público, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), dentre outras.

Seguindo o planejamento, o governo do estado publicou, recentemente, uma Portaria Conjunta, entre as secretarias de Educação e da Saúde, que estabelece as diretrizes para as medidas administrativas e de segurança sanitária a serem tomadas pelos gestores das instituições de ensino no retorno às aulas presenciais.

Minas Gerais

As academias de ginástica terão protocolos de reabertura na Onda Amarela do plano Minas Consciente, criado pelo governo estadual para garantir a retomada segura das atividades econômicas. Inicialmente, a previsão era que esses estabelecimentos só entrassem em funcionamento na Onda Verde, quando estão liberadas atividades não essenciais com alto risco de contágio.

A flexibilização foi deliberada na última terça-feira (18) pelo Comitê Executivo, que analisou o cenário atual da pandemia e identificou a possibilidade de antecipar a reabertura do setor. Mesmo assim, o funcionamento completo desses estabelecimentos só será permitido na Onda Verde e os protocolos da Onda Amarela serão mais restritivos.

Outra mudança foi a transferência também das agências de viagem da Onda Verde para a Onda Amarela do plano. O grupo considerou que a atividade não tem risco de grandes aglomerações, além de serem importantes para garantir viagens de negócios e o fortalecimento de outras cadeias produtivas, como aeroportos, hotéis e pousadas.

O Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu ainda sobre o avanço da macrorregião de Saúde Leste para a Onda Amarela do Minas Consciente. A decisão se deve à baixa ocupação de leitos e tendência nítida de melhora nos indicadores. As demais macrorregiões serão mantidas nas ondas definidas na última semana.

A abertura de novos leitos de UTI adulto possibilitou a divisão de cinco novas microrregiões em Minas Gerais. Agora, passarão a ser consideradas individualmente as regiões de Congonhas (16 novos leitos), Araçuaí (6), Itaobim (4), São Gotardo (10) e João Pinheiro (10). Além das macrorregiões, os dados das 67 microrregiões mineiras são considerados pelo Comitê Executivo Covid-19, permitindo que elas sejam divididas por ondas, conforme as realidades específicas. Caso as ondas indicadas para as macro e microrregiões sejam diferentes, caberá a cada prefeito optar por qual das duas recomendações seguir.

As ondas do plano são divididas da seguinte forma: Onda 1 – Vermelha, podem funcionar serviços essenciais: supermercados, padarias, farmácias, bancos, depósitos de material de construção, fábricas e indústrias, lojas de artigos de perfumaria e cosméticos, hotéis. Onda 2 – Amarela, podem funcionar serviços não essenciais como lojas de artigos esportivos, eletrônicos, floriculturas, autoescolas, livrarias, papelarias, salões de beleza. Onda 3 – Verde, podem funcionar serviços não essenciais com alto risco de contágio, como academias, teatros, cinemas, clubes. Além da mudança na divisão das ondas, o novo plano trará um protocolo único de higiene e distanciamento, a ser cumprido por todas as empresas.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais está elaborando um protocolo para o retorno às aulas presenciais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde. O material será finalizado após amplas discussões e estudos realizados pela secretaria com entidades educativas e será apresentado em breve.

São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (21) que nenhuma região do estado está na Fase 1 – Vermelha, onde seria preciso manter todos os serviços considerados não essenciais fechados.

De acordo com a nova atualização do Plano São Paulo, o governo manteve apenas seis regiões do estado na Fase 2 – Laranja. O restante das regiões, o que corresponde a 88,3% do território paulista, está na Fase 3 – Amarela, etapa de flexibilização.

Na Fase Amarela, as regiões podem reabrir bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas. Com esta mudança, estes estabelecimentos poderão reabrir por oito horas por dia, sem ultrapassar o horário das 22h.

As regiões de Franca e de Registro, que se mantinham na Fase 1 – Vermelha, passaram na última sexta-feira para a Fase 2 – Laranja. Também estão nessa fase as regiões de Presidente Prudente, Marília, São José do Rio Preto e São João da Boa Vista. A Fase Laranja permite o funcionamento com 20% da capacidade de público em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias, pelo período de quatro horas diárias, todos os dias; ou por seis horas, desde que abra apenas por quatro dias na semana.

Além de Franca e Registro, progrediram de fase no fima da semana passada outras três regiões do estado: Barretos e as sub-regiões oeste e norte da Grande São Paulo, que estavam na fase laranja e passaram para a amarela.

No estado, a volta às aulas está prevista para 7 de outubro. O retorno às aulas foi planejado com base no Plano São Paulo, de retomada econômica do estado. O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul).

Rio de Janeiro

Em decreto publicado na semana passada, o governo do Rio de Janeiro manteve a situação de emergência no estado em decorrência da pandemia de covid-19 e prorrogou até o dia 4 de setembro a suspensão de eventos com a presença de público, como shows, feiras, eventos científicos, comícios e passeatas, além da permanência nas praias, lagoas, rios e piscinas públicas. Também permanecem suspensas as visitas ao sistema prisional e a presença de público nos eventos esportivos.

O decreto autoriza o retorno das aulas na rede privada a partir do dia 14 de setembro e da rede pública em 5 de outubro, inclusive para o ensino superior. A medida vale nas regiões que permanecerem, por duas semanas seguidas, classificadas na Bandeira Amarela.

De acordo com a última atualização da nota técnica, divulgada na terça-feira (18), sete das nove regiões do estado estão classificadas na Bandeira Amarela: Metropolitanas I e II, Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste, Norte e Serrana. Houve avanço da Bandeira Laranja para a Amarela na Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste e Serrana. Permanece na Laranja o Médio Paraíba. O Centro-Sul Fluminense retrocedeu da Amarelo para a Laranja.

Com isso, foi autorizada a reabertura, desde o dia 20, de estabelecimentos culturais, como cinemas e teatros, nas regiões que estão com Bandeira Amarela, seguindo protocolos de restrição de ocupação e de segurança sanitária. Nessas regiões também podem funcionar os salões de cabeleireiros, barbearias e academias de ginástica com agendamento e capacidade restrita.

Para todo o estado, foi autorizada a prática desportiva ao ar livre, como ciclismo, caminhada e montanhismo, nos parques nacionais, estaduais e municipais; atividades culturais em sistema drive-in; a abertura de pontos turísticos com restrição de 50% da capacidade, assim como bares e restaurantes.

SUL

Paraná

O Governo do Paraná definiu em março por decreto, que ainda está em vigor, as atividades consideradas essenciais, mas não decretou quarentena geral. Em razão de decisão expedida pelo STF, os municípios paranaenses estão definindo o ritmo de abertura de atividades consideradas não essenciais. O boletim econômico conjuntural das secretarias de Fazenda e Planejamento indica que 97% das empresas formais já retomaram as atividades.

O mesmo boletim aponta indícios de retomada. As vendas no comércio varejista paranaense cresceram na primeira quinzena de agosto na maior parte dos segmentos, recuperando parte das perdas registradas no ano. Pela primeira vez desde o início da pandemia o número de segmentos com alta nas vendas (na comparação com o mesmo período do ano passado) supera o de grupos em baixa.

O estado mantém as orientações sobre a necessidade de isolamento e distanciamento social e ainda estuda formas de retomada de aulas presenciais nas redes pública e privada, suspensas desde março. Ainda não foi definida uma data, mas os protocolos já estão bem adiantados. Neste momento, a Secretaria da Educação do Paraná está fazendo uma consulta aos pais para colher opiniões sobre o retorno das aulas.

Até a última quarta-feira (19) o Paraná acumulava 108.659 casos confirmados e 2.778 mortes em consequência da Covid-19.

Na cidade turística de Foz do Iguaçu, no extremo oeste do estado, estão liberados desde a última quinta-feira  eventos com até 50 pessoas, seguindo protocolos sanitários. A medida, que segue um decreto municipal, pretende estimular o turismo na cidade. A previsão é que em 10 de setembro sejam liberados os eventos com 150 pessoas e a partir de 1º de outubro os encontros já serão liberados para ocorrer com 30% da capacidade total do local, seguindo os protocolos de segurança.

Rio Grande do Sul

O modelo de Distanciamento Controlado, adotado desde maio no estado, não estabelece "fases" com previsões de retomada das atividades econômicas. A partir do monitoramento de 11 indicadores, que medem o avanço da doença e a capacidade instalada de atendimento, o plano define classificações de risco (bandeiras) para cada uma das regiões, onde estão estabelecidos protocolos que definem o nível de funcionamento para cada atividade.

Desta maneira, conforme a cor da bandeira definida para cada região (amarela, laranja, vermelha e preta), o Distanciamento Controlado indica o nível de restrições para mais de cem atividades do serviço público, indústria, comércio e serviços. Com isso, mesmo as regiões com alto risco para a doença (vermelha), boa parte das atividades econômicas está com algum nível de atuação.

O Distanciamento Controlado recebe sugestões de modo contínuo para o seu aperfeiçoamento, o que inclui entidades representativas das diferentes atividades econômicas, especialistas e gestores públicos. A mais recente atualização do modelo é a possibilidade de cogestão com os municípios. Ou seja, uma região mesmo em bandeira vermelha, havendo concordância de dois terços dos prefeitos e com indicadores consistentes de controle sobre a pandemia, podem adotar através de planos próprios protocolos menos restritivos (laranja).

O valor médio diário de emissão de notas eletrônicas (NF-e e NFC-e) na última semana pesquisada, entre 8 e 14 de agosto, foi 4,8% maior que no período equivalente de 2019, informou a assessoria de imprensa do estado. Essa foi a quinta semana consecutiva de variações positivas no indicador, demonstrando tendência de retomada das atividades econômicas.

Entre o final de março e o início de abril, o resultado chegou a ser de -31,5%. No acumulado do período de análise, entre 16 de março e 14 de agosto, a redução é de -5,4%, representando que cerca de R$ 100 milhões deixaram de ser movimentados em operações registradas nas notas eletrônicas a cada dia.

A Secretaria Estadual da Educação informa que a proposta inicial sobre a retomada das aulas presenciais no estado traz a educação infantil como primeiro segmento a retornar. Esse cenário, que permanece em debate, vai ao encontro do contexto atual de retorno gradativo das atividades econômicas nos municípios, com a consequente necessidade de pais e responsáveis de contarem com o apoio dessas instituições para o acolhimento de seus filhos. Caberá aos pais ou responsáveis a escolha do retorno presencial dos alunos, não sendo uma obrigatoriedade. A Seduc reforça que as datas propostas são um ponto de partida na discussão sobre o retorno das aulas presenciais e não uma imposição de calendário por parte do governo.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, de acordo com dados da última quarta-feira (19), o estado acumula 126.850 casos de covid-19, dos quais 115.101 já estão recuperados e 9.831 continuam em acompanhamento. O total de óbitos é 1.918, com taxa de letalidade de 1,51%.

A Secretaria de Estado da Educação decidiu manter a suspensão de aulas presenciais pelo menos até 12 de outubro em Santa Catarina. A decisão vale para as redes pública e privada, municipal, estadual e federal, relacionadas à educação infantil, nível fundamental, médio, educação de jovens e adultos (EJA) e ensino técnico.

Na semana passada a Secretaria de Estado da Saúde emitiu a Portaria no 592/2020, atualizando as medidas de enfrentamento da covid-19 conforme a Avaliação de Risco Potencial nas Regiões de Saúde, classificadas como Gravíssimo, Grave, Alto e Moderado.

O estado mantém a regionalização, com autonomia dos municípios em ações específicas, desde que elas sejam mais rígidas que aquelas determinadas pelo Governo do Estado. Um município que esteja na situação Gravíssima, por exemplo, tem a autonomia de proibir o transporte público, tornando assim a regra mais rígida.

De qualquer forma, continuam suspensos em todo o Estado as aulas, reuniões públicas; cinemas; acesso de público a competições esportivas; as aulas presenciais; a permanência de pessoas em espaços públicos de uso comum, como parques, praças e praias, exceto para prática de esportes individuais; além da autorização de funcionamento do serviço público municipal, estadual e federal apenas de forma remota, excetuados os serviços essenciais.

A queda dos números da Covid-19 em Pernambuco afrouxou a prevenção de parte da população, que já dividia opiniões quanto a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 800 pessoas chegaram a ser conduzidas para delegacias em todo estado por descumprir as medidas sanitárias.

Além da falta do item de proteção, foram encaminhados infratores que provocaram aglomerações e proprietários de estabelecimentos irregulares. Todos foram autuados pelo art. 268 do Código Penal, que prevê prisão de até um ano e multa, por facilitar a disseminação do novo coronavírus. Parte deles ainda teve o caso agravado por desacato. Mesmo em desrespeito à lei federal, vão responder pelos crimes em liberdade.

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As etapas de flexibilização do comércio, proposta pelo Governo do Estado, repercutiu na fiscalização do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE), que precisou adaptar-se às atualizações. O órgão informa que visitou mais de 50 academias e cerca de 200 estabelecimentos dos mais variados setores para conscientizar os proprietários e verificar possíveis irregularidades como distanciamento social, utilização de máscaras, cumprimento de horários e desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Multas de até R$ 200 mil

Dois bares chegaram a ser notificados por descumprir o horário limite de 22h, mas não foram multados. O gerente de atendimento do Procon-PE, Pedro Cavalcanti, reforça a importância da advertência, mas alerta para as multas que podem variar entre R$ 1.000 e R$ 100 mil, a depender do porte financeiro da empresa. Caso haja reincidência, a multa pode dobrar.

No entanto, uma mudança no decreto estadual, publicada nesta quarta-feira (19), dá oportunidade aos donos de estabelecimentos acionarem a SDS para que as medidas cabíveis sejam adotadas contra o consumidor que descumpra as medidas. Desta forma, se resguardam da cobrança da multa.

Denúncias em um clique

O Procon disponibilizou o WhatsApp (81) 3181.7000 para manter uma linha direta de denúncias com a população. A expectativa é que o canal seja acionado neste fim de semana. "O consumidor que mora no entorno de um bar e tá funcionando além do horário permitido pelo protocolo. Esse cidadão pode fazer a filmagem e mandar", explica o gerente. A mensagem deve conter o nome do estabelecimento, a data e horário da infração, além do endereço completo. Registro em vídeo e fotos podem auxiliar as equipes de fiscalização, que vão solicitar respostas aos proprietários.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (18) a Medida Provisória (MP) 934, que desobriga as escolas de educação básica e as universidades do cumprimento da quantidade mínima de dias letivos neste ano em razão da pandemia de covid-19. A MP havia sido aprovada no Senado Federal no dia 23 de julho e aguardava a sanção presidencial.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que, "com vistas à adequação do projeto à constitucionalidade, bem como ao interesse público", e após manifestação técnica de outros ministérios, o presidente decidiu vetar seis dispositivos do texto da MP. Segundo a pasta, os vetos serão detalhados na publicação do ato no Diário Oficial da União, na edição de quarta-feira (19).

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De acordo com o texto aprovado pelo Congresso Nacional, a MP determina que os estabelecimentos de educação infantil serão dispensados de cumprir tanto os 200 dias obrigatórios do ano letivo quanto a carga mínima de 800 horas exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Já as escolas de ensino fundamental e médio terão de cumprir a carga horária exigida em lei, mas ficam dispensadas de cumprir o mínimo de 200 dias letivos. 

As instituições de ensino superior também não serão obrigadas a cumprir os 200 dias letivos, mas a carga horária prevista da grade curricular de cada curso deve ser cumprida. Pelo projeto, não deverá haver prejuízo aos conteúdos essenciais para o exercício da profissão e as atividades pedagógicas não presenciais também serão admitidas para completar a carga horária.

Formatura antecipada

A MP, agora convertida em lei, também autoriza a antecipação da conclusão de cursos específicos da área de saúde, desde que cumpridos alguns requisitos. No caso de medicina, o aluno precisa ter cumprido 75% da carga horária do internato. Nos cursos de enfermagem, farmácia, fisioterapia e odontologia, o mínimo corresponde a 75% da carga horária dos estágios curriculares obrigatórios.

A mesma regra será aplicada aos cursos de educação profissional técnica de nível médio caso tenham relação ao combate à pandemia. O estudante precisará ter cumprido pelo menos 75% da carga horária dos estágios curriculares obrigatórios.

A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou nesta terça-feira (18) a possibilidade de qualquer flexibilização das regras de saúde após o aumento do número de casos do novo coronavírus e fez um apelo para que a população respeite as normas.

"No meu ponto de vista não podem acontecer novas flexibilizações", afirmou a chanceler, no momento em que o país registra um forte aumento de contágios, de quase mil por dia.

Merkel fez um alerta ao destacar que a média de casos dobrou nas últimas três semanas.

"É uma evolução que não deve continuar, pelo contrário, devemos cortá-la", disse.

A chefe de Governo enfatizou a obrigação de usar máscara em alguns locais públicos e a necessidade de respeitar a quarentena imposta ao retornar de Dusseldorf, uma área considerada de risco pelo governo.

Usar máscara nos transportes públicos ou no momento de fazer compras, assim como respeitar o distanciamento social, "são coisas que podemos e devemos fazer", disse.

Apesar de anunciar que não iria avançar nesta semana com o Plano de Convivência da Covid-19 em nenhuma região do Estado, algumas atividades foram flexibilizadas, entre elas a autorização para que os mototaxistas retornem. Milhares de profissionais serão atingidos pela medida.

A afirmação foi feita pelo secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, durante a coletiva da atualização dos dados da Covid-19 que aconteceu nesta quinta-feira (12): "A partir de segunda-feira (17) o seguimento poderá a voltar a funcionar".

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O secretário do Trabalho, porém, ressalta que cuidados como higienização do capacete e da moto e o distanciamento antes do passageiro subir na motocicleta serão exigidas pelas autoridades sanitárias.

O governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (13), que prorrogou a suspensão das aulas presenciais, tanto na educação básica como no ensino superior, por meio do Comitê de enfrentamento a Covid-19. Agora, os estudantes ficarão sem aulas presenciais até o dia 30 de agosto. 

A afirmação feita pelo secretário de Educação e Esportes, Fred Amâncio, não é garantia de que aulas voltem após o dia 30. De acordo com Amâncio, "não tem nenhuma definição". 

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"Nós tínhamos estabelecido a suspensão das aulas presenciais nas escolas e atividades de educação do Estado até o dia 15 de agosto e a avaliação do comitê de enfrentamento a Covid-19 foi no sentido de que neste momento a decisão é pela prorrogação da suspensão das atividades.", pontuou. A decisão para o dia 30 será reavaliada na próxima semana.

O secretário Fred Amâncio também anunciou que as artes marciais podem ser liberadas e o retorno já pode ser realizado na próxima segunda-feira (17). Segundo ele a volta será feita mediante a um protocolo que divulgado nos próximos dias.

A China suavizou as condições de entrada para os cidadãos de 36 países europeus, facilitando o acesso ao visto para as pessoas que já têm permissão de residência mas que estão bloqueadas no exterior há quatro meses devido à pandemia de coronavírus.

A China, onde o novo coronavírus foi detectado no fim de 2019, fechou as fronteiras no fim de março, quando a epidemia se propagava por muitos países. Os estrangeiros que têm permissão de residência no país ficaram bloqueados no exterior, sem a possibilidade de retornar ao território chinês.

Várias embaixadas da China na Europa, no entanto, publicaram nesta quarta-feira um comunicado que estipula que as pessoas em posse de uma permissão de residência válida podem "solicitar um visto chinês de forma gratuita".

A lista de países inclui Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polônia, Reino Unido e Suíça.

Desde o fim de março, alguns estrangeiros conseguiram retornar à China, como os diplomatas e alguns empresários, técnicos ou docentes. Mas estes últimos precisavam de uma carta de convite das autoridades locais, algo que poderia ser difícil de obter, e precisavam pagar pelo visto.

O comunicado divulgado pela embaixada chinesa na Alemanha explica que a carta de convite não será mais exigida para a obtenção do visto.

Apesar da flexibilização na concessão do visto, qualquer pessoa procedente do exterior deve passar por uma quarentena de 14 dias na chegada ao país.

Enquanto a epidemia parece ressurgir em pontos da Europa, a China praticamente erradicou a doença em seu território. Nesta quinta-feira, o país anunciou apenas 25 novos casos de contágio, 16 deles em pessoas que chegaram do exterior.

A China não registra nenhuma morte provocada pela Covid-19 desde maio, de acordo com os números oficiais. Alguns focos de contágio, porém, foram registrados em diversas regiões, sobretudo em Pequim, no nordeste e noroeste do país.

O balanço da epidemia na China registra oficialmente quase 85.000 casos e 4.634 mortes.

O primeiro fim de semana com bares abertos no horário noturno teve 75 estabelecimentos interditados na capital paulista. O Plano São Paulo, que monitora a situação da pandemia no estado, flexibilizou algumas normas de isolamento social e permitiu que os proprietários escolhessem o horário para funcionar por até seis horas diárias. O regulamento que libera o local para abrir até às 22h, no entanto, foi descumprido por comerciantes e freqüentadores, que permaneceram em botequins mais tempo que o autorizado.

A maior quantidade de estabelecimentos foi fechada no sábado (8). De acordo com a fiscalização da Secretaria Municipal das Subprefeituras, 32 bares foram interditados no dia em que foi exibida a final do Campeonato Paulista 2020. A sexta-feira (7) e o domingo (9) tiveram, respectivamente, sete e 17 interdições.

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Segundo o Plano São Paulo, a permissão de reabertura dos estabelecimentos é para até 40% da capacidade de lotação. A fiscalização, que teve apoio da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar, não verifica aglomerações nas calçadas.

De acordo com prefeitura de São Paulo, 559 estabelecimentos, entre bares, restaurantes e lanchonetes, foram interditados em meio à pandemia. A multa para proprietários que descumprirem as normas impostas para este tipo de estabelecimento é de R$ 9.231,65 por cada 250m². Todos os locais interditados podem procurar a subprefeitura regional para solicitar a reabertura.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não vai pautar nenhuma proposta que flexibilize o teto de gastos – mecanismo fiscal aprovado em 2016 que estabelece um limite para os gastos federais para os próximos 20 anos, corrigindo-os pela inflação.

De acordo com o presidente, há uma brutal pressão para desfazer o teto, sobretudo no período da crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. Maia disse que as soluções emergenciais para o pós-pandemia pressionam por aumento do investimento público, pela busca por uma renda básica e pela discussão sobre desonerações, mas ressaltou que todas essas saídas para crise vão na linha contrária da defesa da organização da despesa pública e da melhoria da qualidade do gasto.

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Ele participou do debate “O impacto do custo Brasil na competitividade da indústria e do País” sobre reforma tributária, promovido pela Confederação Nacional da Indústria e pela Folha de S.Paulo.

Segundo Rodrigo Maia, a situação fiscal do País é complexa demais para aumentar receitas, por meio de novos impostos, para poder aumentar as despesas. Na avaliação de Maia, seria cometer o mesmo erro de governos anteriores.

“Nossa situação é muito complexa para aumentar receita e aumentar despesas. A Câmara não votará nenhuma flexibilização do teto de gastos até 1º de fevereiro”, disse o presidente (nesta data se encerra seu mandato na presidência da Câmara).

“Abandonamos a discussão sobre controle de gastos, sobre vinculação do Orçamento (por exemplo), mas temos muita coisa para fazer, e é onde deveríamos estar mais preocupados. Não vamos resolver o problema do pós-pandemia pelo aumento da arrecadação a partir do aumento da carga tributária”, reforçou.

Unificação de impostos

Segundo Maia, é preciso organizar o setor de bens e serviços para retomar o crescimento do País. Ele explicou que o setor está distorcido o que prejudica tanto o setor produtivo e quanto a sociedade. Na avaliação do presidente, é importante a unificação dos impostos estaduais, municipais e federais. Segundo ele, a proposta do governo de unificar os impostos federais vai na mesma linha das propostas que tramitam no Congresso.

“Precisamos garantir um sistema tributário mais simples, com segurança jurídica e eficiência na tributação, agora vamos dar mais um jeitinho criando mais imposto e vamos taxar mais sociedade?”, questionou o presidente.

Maia defendeu que a ampliação da receita ocorra por meio do crescimento econômico e afirmou que não vê espaço entre os deputados para aprovar uma proposta de aumento de impostos. Para ele, a solução é pelas reformas econômicas como as propostas de emenda à Constituição que tramitam no Senado, as reformas administrativa e tributária.

“A sociedade não quer mais impostos. Se você pegar o documento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre gasto público na América Latina, verá que todos os países cometeram o mesmo erro. Temos que cuidar da modernização, não é só cortar despesas, melhorando a eficiência do setor público e aumentando a arrecadação pelo crescimento econômico”, disse o presidente.

Prazo de votação

Em relação ao prazo de votação, Maia afirmou que está otimista com o calendário, mas ressaltou que é preciso organizar as narrativas para convencer empresários, prefeitos, governadores e a própria sociedade da importância da reforma. Segundo ele, muitos setores acreditam que serão prejudicados com a reforma.

Para o presidente, o prazo máximo para aprovar as mudanças no sistema tributário é de 12 meses, pois após esse período o debate vai estar contaminado pelas eleições de 2022.

“Esses debates precisam ser construídos para levar a sociedade o verdadeiro debate, não é simples, porque tem distorções. Se não resolver o ICMS, não vai resolver o principal problema que gera distorções, acho que dá para avançar na Câmara no prazo de 60, 90 dias, mas não dá para definir um prazo. Essa construção da maioria não é tão simples assim”, disse Rodrigo Maia.

*Da Agência Câmara de Notícias

O projeto que flexibiliza a validade de receitas médicas e odontológicas durante a pandemia foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A proposta do deputado Kim Kataguiri (DEM) foi para o Senado, onde foi aprovada em votação remota no último dia 7.

Com isso, receitas médicas de remédios sujeitos a prescrição e de uso contínuo estarão válidas até o final das medidas de isolamento. Bolsonaro vetou o dispositivo que autorizava a indicação de outras pessoas para retirada dos medicamentos por meio de qualquer declaração dos pacientes.

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"Segundo as razões de veto, o dispositivo cria uma exigência que poderá vir a ser estendida a todos os casos e, por consequência, burocratizar o atendimento das farmácias. Além disso, a medida se mostra desproporcional, uma vez que pode limitar o acesso da população aos medicamentos de uso contínuo que atualmente não há exigência de declaração nem sequer para a retirada de medicamentos que apresentam maior risco", informou a presidência em nota.

O texto também afirma que o dispositivo vetado poderia "inviabilizar o acesso nas situações em que o paciente não possa, por qualquer motivo, se manifestar".

O governo de São Paulo deverá anunciar nesta semana mudanças nas regras do plano de flexibilização da quarentena nos municípios paulistas. Uma das principais alterações será o afrouxamento do índice mínimo de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para que uma cidade passe da fase 3 (amarela) para a 4 (verde) da retomada.

Atualmente, para que uma cidade possa evoluir para a fase verde, em que mais setores econômicos são autorizados a reabrir, ela deve ter sua taxa de ocupação das UTIs abaixo dos 60%. A mudança foi revelada ontem em matéria do UOL e confirmada pelo Estadão.

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Segundo fontes da gestão João Doria (PSDB), esse porcentual deverá ser alterado para 70% ou mais por duas principais razões: primeiro, porque nas cidades em que a pandemia vive momento de estabilidade, a ocupação de 70% não é tão ameaçadora, pois o número de casos tem tendência de queda.

Segundo, porque, com tal flexibilização, seria possível deslocar alguns leitos de UTI exclusivos para covid que estão ociosos para atender pacientes com outras doenças.

Tal mudança era uma demanda de cidades como São Paulo, uma das que vivem queda no número de novas infecções. Como o Estadão mostrou em meados de julho, a gestão Bruno Covas (PSDB) pretende retomar procedimentos como cirurgias eletivas utilizando partes dos leitos abertos para covid que não estão sendo necessários por causa da queda de internações.

Na ocasião, o município tinha 1.047 leitos de UTI disponíveis para doentes com coronavírus, dos quais 478 estavam vazios, o que representava uma taxa de ocupação de 54%. Se cem desses leitos fossem dedicados a outras enfermidades, por exemplo, esse índice já subiria para 60% mesmo que o total de internados continuasse igual, impedindo, assim, a evolução da cidade de São Paulo no plano de flexibilização.

No boletim divulgado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde, o cenário era parecido. Dos 1.046 leitos de UTI disponíveis nos hospitais municipais da cidade, 558 (ou 53%) estavam ocupados.

As mudanças nas regras de flexibilização deverão ser anunciadas hoje e passariam a valer a partir do dia 31 de julho.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde para obter mais detalhes sobre as mudanças, mas a pasta informou que só deverá ter mais informações sobre o assunto hoje.

Plano

O plano de reabertura da economia do Estado de São Paulo é dividido em cinco fases, desde a 1 (vermelha), mais restrita, até a 5 (azul), que prevê retomada da normalidade.

Na fase 3 (amarela), na qual a capital paulista se encontra no momento, podem funcionar bares, restaurantes e salões de beleza, além de estabelecimentos já permitidos na fase 2 (laranja), como concessionárias, escritórios, comércios de rua e shoppings centers.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Empresas como as gigantes Google e Twitter e a brasileira XP Inc. deram aos funcionários o poder de decidir se voltam ao trabalho presencial ou não. No caso do Twitter, por exemplo, os colaboradores poderão ficar permanentemente em trabalho remoto, caso queiram.

A plataforma de gestão Omie realizou uma pesquisa com seus cerca de 300 funcionários para entender se eles estavam preparados para voltar. O resultado mostrou que a maioria prefere um modelo híbrido, que mescle o trabalho presencial com o home office. Por enquanto, a empresa, que está com os escritórios vazios desde março, tem o home office previsto, pelo menos, até setembro.

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O resultado também acompanha outros números do mercado. Uma pesquisa da GPTW no Linkedin perguntou a 1.550 pessoas, caso elas pudessem escolher, como prefeririam trabalhar no pós-pandemia. Entre os respondentes, 64% gostariam do modelo híbrido após a pandemia. Apenas 4% gostariam de trabalhar só na empresa.

No caso da SiMCo, grupo que presta serviços de saúde com cerca de 400 funcionários, a solução foi deixar os colaboradores que queiram voltar ao trabalho presencial retomarem as atividades.

"Em um primeiro momento, o administrativo estava 100% em home office, mas, com a flexibilização maior em Fortaleza, ouvimos as áreas e demos opção para os funcionários que por algum motivo não estavam bem com o home office. A orientação é a de usar o critério de só voltar se o fato de estar no escritório mudar a capacidade da área de entrega e a eficiência", explica a diretora de gente, gestão e performance da empresa Daniela Amendola.

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Esta segunda-feira (20), com a autorização do Governo de Pernambuco, foi o dia de voltar para as academias. No entanto, aparentemente as pessoas estão receosas para essa retomada, já que - nesta manhã - muitas academias não contavam com o número esperado de alunos, ou mesmo estavam vazias.

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Valter Leite Azevedo, 54 anos, gestor da academia Vip Fitness, acredita que alguns alunos estão com medo, mas devem ficar mais tranquilos quando observarem de perto a forma que as academias estão seguindo os protocolos exigidos. “A gente está contando que a retomada dos clientes seja gradual”, revelou. 

Para evitar aglomeração e controlar quem entra e sai, a academia criou um sistema de agendamento de horário. “Nós temos que ter uma quantidade de aluno por metro quadrado da academia, que tem mil metros de área para treino, o que permite que tenhamos 100 alunos por horário. Acredito que não vá chegar nesse número, mas mesmo assim estamos fazendo um agendamento para ter um melhor controle”, pontuou Azevedo.

Restaurantes

Os bares e restaurantes também foram liberados para receber os seus clientes de forma presencial. No entanto, a comodidade parece não ter atraído as pessoas que antes lotavam esses espaços, principalmente, na hora do almoço.

Nossa equipe de reportagem fez uma ronda por alguns estabelecimentos localizados na Zona Sul e no Centro do Recife, exatamente nesse horário de pico. Na maioria desses restaurantes havia mais funcionários circulando do que clientes.

Marcelo José do Nascimento, 38 anos, proprietário do restaurante Gregos e Troianos, disse que o movimento está sendo abaixo do esperado. ”Eu acho que o pessoal se acostumou a pedir pelo delivery. Mas nossa expectativa é que, com o passar dos dias, a gente consiga voltar com o movimento normal das pessoas e tentar recuperar um pouco desse prejuízo”.

O empresário reforça ainda que a pandemia trouxe a questão do isolamento, “mas o recifense gosta de sair para os restaurantes, bares, almoçar e ter um divertimento". Ele garante que está seguindo todas as orientações passadas pelas autoridades sanitárias de Pernambuco, disponibilizando álcool em gel na entrada do seu estabelecimento, além do distanciamento obrigatório e a higienização constante das mesas.

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A gerente do Bar e Restaurante União, Rosemira Maria de Carvalho, está mais confiante com essa retomada autorizada pelo Governo de Pernambuco. Para ela, mesmo com a movimentação não estando dentro do esperado, a felicidade é maior por poder voltar a trabalhar e, de certa forma, ter o contato com o público.

"Eu não acho que as pessoas estejam com medo, acho que elas não estão sabendo ainda que os restaurantes estão abertos. Eu acredito que nos próximos dias aumente a movimentação porque as pessoas gostam de comer e beber fora. Hoje mesmo, uma cliente veio comer pizza e ela disse que estava com saudade de comer uma pizza com os filhos dela na mesa de um restaurante”, contou Rosemira.

A gerente, que é acostumada com muita gente ao seu redor, devido o seu trabalho, se disse espantada com o que a pandemia de Covid-19 causou. "Eu tenho quase trinta anos trabalhando em restaurante. Não sei como passei esses dias sem trabalhar. Foi horrível. Eu acordei em um mundo sem ninguém".

Os bares e restaurantes devem seguir o protocolo sanitário específico, que limitou a capacidade de atendimento em 50% e o horário de funcionamento até às 20h.

A ventilação natural deve ser priorizada e cada mesa tem que estar a um metro e meio de distância, com no máximo 10 pessoas. No caso de mesas fixas, é preciso interditar algumas para garantir o distanciamento. Shows e apresentações ainda estão proibidos, mas os locais que tocam música ambiente devem manter o som em até 35 decibéis.

Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, 20, mostra que se consolidou a maioria da população que defende a flexibilização do isolamento social, como vem ocorrendo no País. Os que concordam com o relaxamento são 58%, número que era de 52% na pesquisa anterior. São contra essa medida 37% dos entrevistados, menos que os 44% da última pesquisa.

Apesar do apoio majoritário à flexibilização, também a maioria da população acredita que o pior da pandemia do novo coronavírus está por vir, mas este número vem caindo. Os que acham que a crise ainda vai piorar são 53% agora, mas eram 61% um mês atrás. Em maio e em abril, 68% entendiam que a crise ia piorar. Os que acham que o pior momento da pandemia já ficou para trás são hoje 39%, crescimento de 8 pontos porcentuais sobre a taxa do mês passado.

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De acordo com a XP/Ipespe, a atuação do presidente Jair Bolsonaro frente à pandemia é reprovada por 52% dos brasileiros, ante a taxa de 55% que classificavam, na pesquisa anterior, como "ruim" ou "péssima" a condução dele. A pior avaliação (58%) ocorreu na pesquisa divulgada em 27 de maio. Para 25%, a atuação do presidente no enfrentamento ao novo coronavírus é ótima ou boa, o que sugere recuperação, considerando que este número era de 23% em junho e 20% no fim de maio.

Os governadores, no entanto, viram piorar suas avaliações no enfrentamento ao coronavírus - 28% consideram ruins ou péssimas as atuações dos chefes dos executivos estaduais, oscilação de 3 pontos porcentuais ante a pesquisa anterior. A aprovação do trabalho destes governantes passou de 42% para 39%, mas a tendência de queda é ainda maior quando se considera a aprovação de 59% ao trabalho dos governadores na pesquisa de 15 de abril. Naquele mês, só 14% desaprovavam a condução da crise pelos governadores.

A pesquisa foi realizada com mil entrevistados entre os dias 13 e 15 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Em Fernando de Noronha, três dos seis moradores com Covid-19 conseguiram se recuperar e deixaram a quarentena. Os casos em investigação foram zerados, após exames descartarem a possibilidade de contaminação do único paciente com suspeita. De acordo com a administração, não houve óbitos em decorrência da doença no arquipélago e 79 casos foram notificados desde o início da pandemia.

Em continuidade às etapas de reabertura das atividades comerciais, Noronha acompanha o protocolo de convivência do Estado e reabre parcialmente as academias nesta segunda (20). Embora grupos com mais de 10 pessoas e o uso de guarda-sóis ainda estejam proibidos, desde a última sexta (17), o limite de horário no acesso às praias foi derrubado e, no sábado (18), os passeios de barco foram retomados.

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Nesta sexta-feira (17), o banho de mar foi liberado nas praias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. No entanto, a chuva que caiu pela manhã parece ter afastado a maior parte dos banhistas. Poucas pessoas não se acanharam com o tempo nublado. Sem máscara na faixa de areia, a preocupação delas com a covid-19 parecia nenhuma. 

Em uma hora em que nossa equipe de reportagem passou na orla, nenhuma equipe de fiscalização da Prefeitura foi avistada. Segundo oficiais do Corpo de Bombeiros que estavam no local, só no início da manhã guardas municipais e a Polícia Militar apareceram. Os bombeiros não são os responsáveis pela conscientização das pessoas que insistiam em ficar sem a máscara de proteção. 

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José Santiago, 71 anos, chegou no local por volta das 5h30 da manhã. Ele afirma que não tinha ninguém na praia nesse horário, nem mesmo os donos dos quiosques, que também foram autorizados a retomar as atividades comerciais, seguindo alguns protocolos determinados. "Só quando o sol ‘abriu’ que chegou algumas pessoas para jogar futevôlei. Mas elas não estão vindo com máscara, acho que 75% das pessoas que eu vi aqui estavam sem máscara. Eu mesmo tô com a minha no bolso, mas quando sair daqui eu boto", garantiu o aposentado.

Waldemar Severino da Silva, 76 anos, é uma das pessoas que comercializam na praia de Olinda. Nesta sexta-feira (17), com o sinal verde para a volta do seu quiosque, ele aproveitou para fazer a limpeza do espaço que o ajuda a levar o sustento. “São 46 anos de praia e 46 anos que eu não almoço em casa, mas por conta dessa pandemia eu tive que ficar parado durante quatro meses. Foi muito difícil, mas é pelo nosso bem”, revela.

Agora, ele revela que está confiante para a retomada e que, “se as pessoas ajudarem”, tudo deve voltar ao normal logo. “A Prefeitura demorou para liberar que a gente voltasse. Vamos ver daqui pra frente como vão ser as coisas. Eu fiquei muito contente em poder abrir o meu negócio novamente, porque foi muito doloroso ter que fechar. Teve uma hora que eu não tinha mais o que comer, as pessoas que me ajudavam. Mas agora eu acho que vai”, espera seu Severino.

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Em mais uma etapa de flexibilização do acesso às áreas públicas, a Prefeitura de Olinda liberou o banho de mar, os quiosques da orla e a atividade das tapioqueiras, a partir desta sexta-feira (17). O novo decreto, que também permite a reabertura de restaurantes, estipula uma série de limitações e recomendações a serem seguidas.

Após o trabalho de conscientização de fiscais da prefeitura, que retiraram surfistas e banhistas das praias do município durante a proibição, o banho de mar foi autorizado junto com a prática de esportes, até às 17h. No entanto, os banhistas não poderão levar guarda-sóis, toldos, cadeiras, barracas e caixas térmicas em geral. Os quiosques ao longo da orla também voltam a funcionar com atendimento restrito das 6h às 20h, e sob a proibição de vender bebidas alcoólicas e tiveram.

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Tapioqueiras e artesãos também volta às atividades, mas devem obedecer ao distanciamento de 1,5m entre as barracas, e sem permitir o consumo no local ou disponibilizar assentos, como bancos e cadeiras, aos clientes. Os restaurantes também precisam cumprir a distância mínima, reforçar a higienização de áreas comuns e deixar um recipiente com álcool gel 70% em cada mesa. 

A progressão na retomada também atende aos templos religiosos e locais de culto, que poderão aumentar a capacidade dos fiéis de 30% para 50%. O uso de máscaras segue obrigatório no município.

Em entrevista ao LeiaJá, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) mostrou-se otimista em relação a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia e acredita que as atividades produtivas devam retornar até setembro. Segundo boletim do Ministério da Saúde, mais 20.286 casos do coronavírus foram confirmados nessa segunda-feira (13), no entanto, o pernambucano acredita que o país esteja entrando em um "período de declínio do contágio".

"Acredito que estamos caminhando para um período de declínio do contágio do coronavírus, sobretudo nas regiões metropolitanas, muito embora os dados apontam para a disseminação do vírus pelo interior do País. Ainda assim, podemos vislumbrar, até setembro, a normalidade das atividades produtivas", afirmou o senador por meio de nota.

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Mesmo confiante, o líder do Governo no Senado prega cautela para a flexibilização do comércio. Ele ainda pontuou sobre a autonomia e responsabilidade de cada gestor, pois "a disseminação não se dá de forma igual". "Deve ser planejado pelos governadores em diálogo com os prefeitos de acordo com a realidade de cada município", explica.

A aposta de FBC é que o Brasil se recupere da recessão econômica com a geração de empregos. Na sua visão, os postos de trabalho seriam disponibilizados através do avanço da agenda de reformas e privatizações.

Ele também ressaltou o comprometimento do Governo Federal para atravessar a pandemia e informou que já foram repassados cerca de R$ 40 bilhões aos estados. Desse recurso, Pernambuco teria recebido R$ 447 milhões para abastecer a saúde com equipamentos e instalar UTIs. Contudo, o senador afirmou que uma "boa aplicação dos recursos pelos gestores públicos" é necessária para garantir o atendimento adequado à população.

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