[@#galeria#@]
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), desde o ano de 2015 cresceu o número de crianças matriculadas na rede pública e municipal de ensino. Em 2019 foram registrados 167,8 mil crianças a mais do que em 2018, de acordo com informações divulgadas anualmente pelo Censo Escolar.
##RECOMENDA##
Com o crescimento da educação infantil aumentou o números de creches que disponibilizam vagas para crianças de 0 a 3 anos, em período integral ou parcial. O ensino regular aceita crianças a partir de 4 anos completos.
Na educação infantil, são exercitadas as capacidades emocional, social, motora, cognitiva e é despertado o potencial para experimentações educacionais. Crianças que começam a estudar mais cedo tendem a desenvolver mais habilidades.
De acordo com a psicóloga comportamental e cognitiva Priscila Franco, 25 anos, crianças de 2 a 7 anos desenvolvem atividades que estimulam a aprendizagem da linguagem, o aperfeiçoamento da coordenação motora e aprimoramento da escrita. “A escola, por sua vez, contribui enquanto instituição, e é o segundo grupo social desta criança. A família é o primeiro grupo de contato. A escola serve como introdução para o terceiro grupo: a sociedade”, informou.
"A educação abre portas para o conhecimento e o desenvolvimento pessoal. A educação pode ser a saída para as crianças se tornarem adultos bem-sucedidos, pois através do autoconhecimento e do desenvolvimento de habilidades poderão colocar em prática na comunidade”, continuou a psicóloga.
Para Priscila, a escola oferece ferramentas de integração e inclusão social com atividades extracurriculares como esporte, danças, cultura, religião e lazer. "Quanto mais crianças nas escolas envolvidas na sociedade como um todo, tendo acesso a conhecimento e preparação para a vida, menor será o envolvimento com drogas, violência, entre outros”, destacou a psicóloga.
Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é oferecer mais educação em tempo integral para alunos da rede pública até o ano de 2024. A lei estabelece uma melhora na qualidade de ensino na educação do Brasil, informa a Agência Brasil, do governo federal.
Eliane Monteiro, 25 anos, é mãe da Leticya Gabriele, de 5 anos, matriculada na creche do governo, em Ananindeua. A mãe da menina diz que a filha desde muito nova mostrava interesse para frequentar a escola. “Quando ela começou a falar, ela pedia para ir para a creche, mas ainda não tinha idade. Quando completou três anos, a creche aceitou, eu a matriculei. Foi vontade própria dela, ela queria muito isso, foi e se encantou pela escola, e está indo até hoje”, contou.
Para Eliane, quanto mais cedo as crianças começarem a frequentar a escola, mais cedo vão mostrar interesse pelos estudos. Em casa, a mãe incentiva Leticya com tarefas. “A educação é a base para tudo, eu acho que ela começa dentro de casa, e a escola é apenas um complemento pra que tudo aconteça na vida da criança”, afirmou.
Eliane diz que nos dia de hoje, nas escolas, há pessoas para orientar alunos para evitarem o mundo da marginalidade. “Em minha opinião, uma criança ou adolescente que se envolveu com o mundo do crime não teve oportunidade de estar em uma escola ou não recebeu apoio e incentivo de sua família para viver em comunidade. Hoje já temos em algumas escolas uma assistente social responsável por isso”, observou.
Inaiara Moreira, professora do ensino Fundamental I, da rede municipal em Santa Bárbara, município da Região Metropolitana de Belém, incentiva as crianças em sala de aula através de atividades divertidas. “Na escola, os professores devem mediar atividades desafiadoras, que envolvam leitura, jogos, e contato com diferentes linguagens como música, dança e teatro, tornando a aprendizagem lúdica para as crianças”, afirmou a professora.
De acordo com Inaiara, os primeiros anos na educação básica são primordiais para a vida da criança. “É na educação infantil que a criança irá ajudá-la em toda vida escolar”, explicou.
“O município, nos últimos anos, tem investido mais em escolas de Educação Infantil, mas ainda tem muito o que melhorar nas estruturas, material para os alunos e recursos que auxiliam os professores a realizar um trabalho digno”, afirmou a servidora.
Por Suellen Cristo.