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Em espaços improváveis, sobre o mato que cresce nos lugares esquecidos, famílias inteiras, crianças, cachorros. Nos barracos de madeira e lona, onde se é íntimo da miséria e da dureza da existência, vivem inúmeras pessoas nas invasões do Recife. Invasões, ocupações que crescem e se tornam comunidades. São várias na capital pernambucana, a mesma que se orgulha pelos novos empreendimentos, pelo alto padrão de vida. 

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Vizinhos ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, de onde chegam e saem tanta gente, eles permanecem. Uma comunidade nascida ao lado dos trilhos, num terreno da União, espremida entre a Avenida Recife e a pista do Aeroporto. De um lado, carros; do outro, aviões que embarcam e desembarcam. Na última sexta-feira (5), um incêndio acabou com dois barracos, inclusive o de Antônio Francisco Ferreira. 

“Destruiu tudo, era fogo demais. Vi minha máquina de solda, minha TV, bicicleta, liquidificador, tudo perdido. Trabalhei para ter tudo o que eu tinha aqui, mas Deus não deixa cair uma folha sem sua permissão”, dizia resignado o morador que há um ano e dois meses se mudou para a comunidade. Vivia de aluguel em uma casa ali mesmo no Ipsep. Separado da mulher, tem um filho e contato quase zero com o resto da família. “As pessoas me ajudaram, deram roupa, porque perdi tudo. Mas é difícil, porque sentimos falta das nossas coisas”, lamentava Antônio Ferreira. 

A comunidade, apesar de existente há quase dois anos, ainda não tem nome. Os moradores ainda lutam pelo cadastro na Prefeitura. Não é do desconhecimento de ninguém: têm pessoas que “não precisam” e mesmo assim vão para dar o nome no cadastro e conseguir um apartamento em algum dos conjuntos habitacionais da gestão pública. Mas esses não representam a maioria dos moradores, segundo eles. A maioria que está ali precisa. 

“Só saio com as casas. Não dá pra viver de aluguel”, garantiu Maria de Fátima do Carmo, com uma das netas nos braços. No barraco, mora ela, a filha e dois netos. Sobre o barulho emitido pelos aviões, ali tão próximos, a necessidade parece falar mais alto. “Esse barulho é que faz a gente dormir mesmo (risos). A gente já se acostumou. Só tem um que é o maior e faz uma zoada danada, mas quase não passa”, explica a mulher. 

Também considerada em local de risco, as comunidades Vila Sul 1 e 2 rapidamente foram erguidas em outro terreno da União, pertencente atualmente à Ferrovia Transnordestina Logística. Também ao lado dos antigos trilhos do trem, embaixo dos pontilhões do Metrô do Recife, várias famílias se alojaram no espaço localizado na Avenida Sul. Lá, todos já estão cadastrados, mas o sentimento de insegurança tem crescido. Pequenos incêndios atingiram o lugar e muitos moradores têm certeza de terem sido práticas criminosas, feitas de propósito. 

Os fatos se tornaram casos de Polícia. “Não queríamos envolver a Polícia, mas não tem jeito. Entramos em contato com o pessoal da Delegacia da Rio Branco, porque isso não pode ficar assim. São, claramente, incêndios criminosos que podem tirar vidas de pessoas daqui”, afirmou uma das lideranças do local, Bernadete Oliveira. Em outras comunidades do Recife, que nasceram de invasões semelhantes à do Aeroporto e à Vila Sul, hoje existem casas de alvenaria, mas o risco permanece. 

No dia 31 de Agosto, seis casas foram atingidas por um incêndio na Comunidade Vila Miguel Arraes, em Cajueiro. Muito próximas umas das outras, todas ficaram destruídas. Apesar das várias crianças residentes no local, ninguém se feriu. Muitos dias após o incidente, os moradores ainda retiram os entulhos e tentam encontrar objetos sob as cinzas. “Era uma e pouca da manhã. Só deu tempo de tirar as crianças. Até hoje ninguém sabe o motivo. Demos os nomes à Codecir (Coordenadoria de Defesa Civil do Recife), eles mandaram uns colchões. Estamos na casa de amigos, parentes”, disse uma das moradoras atingidas, Wilma Santos. 

Nova cidade, cenários antigos

No bairro do Pina, há alguns anos, às margens do Rio Capibaribe não havia shopping, grandes empresariais; não existia a Via Mangue e, mesmo assim, elas já estavam lá. As palafitas são um dos elementos mais degradantes do urbanismo em algumas das grandes cidades do país. No Recife, mesmo com o “desenvolvimento”, de um lado, do outro os barracos levantados sobre o mangue resistem ao tempo. 

Para a construção da Via Mangue, diversas famílias precisaram sair dos barracos e foram direcionadas aos habitacionais Via Mangue 1, 2 e 3. Houve quem só recebeu as indenizações, de acordo com Empresa de Urbanização do Recife (URB). Aproximadamente mil pessoas, diz o órgão. Os trabalhos no local foram concluídos, mas ainda há pessoas que sobrevivem nas palafitas, há bastante tempo. 

Catador de latinhas, Fábio José do Monte já perdeu a conta de quanto tempo vive nas palafitas. “A minha sobrinha já nasceu aqui e hoje tem 22 anos. Faz tempo. É complicado, quando chega a eleição sempre vem algum candidato, mas nunca faz nada. Quando começaram a construir a Via Mangue, teve um barraco ali que rachou. Além dos bichos, ratos, que passam sempre aqui. Se eu tirasse um salário mínimo, com certeza não viveria aqui”, afirmou o catador que diz conseguir cerca de R$ 120 por mês com o trabalho.

Eles garantem que as palafitas são as únicas opções de moradia da família. Parentes de Fábio, Milene Celestino e Ebert Liberato moram juntos no barraco ao lado. “O sentimento é de que somos excluídos. As pessoas se esqueceram daqui. Ninguém veio para cadastrar ninguém”, mencionou Ebert. Todo ano eles precisam trocar as tábuas de madeira – o chão – do local. O banheiro improvisado leva os dejetos diretamente na maré. “A presidente (na inauguração da Via Mangue) passou aí e viu a gente. Não fez nada, né?”, se questiona Milene. 

Prefeitura garante apoio às ocupações

O Secretário de Habitação do Recife, Romero Jatobá, conversou com a reportagem do Portal LeiaJá e disse que a Prefeitura trabalha incansavelmente para encontrar soluções a estas pessoas. Sobre a comunidade do Aeroporto, Jatobá explicou que “está em total apoio com as lideranças e está visualizando um conjunto habitacional para os moradores”. Segundo o secretário, o prazo para a solução das famílias é ainda para esta segunda quinzena de setembro. 

Já cadastrados, os moradores da Vila Sul 1 e 2 estão em maior contato com a Prefeitura e o terreno está em vias de negociação com a comunidade. Questionado sobre a prática de algumas pessoas levantarem barracos apenas para “ganhar apartamentos” nos habitacionais da Prefeitura, Romero Jatobá garantiu que há uma fiscalização sobre isso. “Infelizmente, ainda encontramos tais pessoas. Eles fazem com que outros, que precisam, percam vagas. Mas a Prefeitura tem seus critérios, na hora de analisar os cadastros, como renda, família, e fiscalizamos com um cruzamento de dados, para saber se a pessoa já foi contemplada ou indenizada em alguma ocupação”, disse Jatobá. 

O caso mais difícil são o dos moradores das palafitas. A Secretaria de Habitação argumentou que o caso é de responsabilidade da URB, mas a Empresa de Urbanização explicou que ficou incumbida de resolver os casos das palafitas no perímetro da Via Mangue. Os demais barracos, como os de Fábio, Milene e Ebert, mais afastados da nova opção de mobilidade à Zona Sul, parecem ser de ninguém. E lá continuarão, até algum novo empreendimento que impeça sua permanência. 

A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Habitação. De julho para agosto , o IPC desacelerou de alta de 0,15% para elevação de 0,02%. No mesmo período, Habitação saiu de 0,48% para 0,29%, puxado pelo comportamento da taxa de água e esgoto residencial (de -0,66% para -0,91%).

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras seis classes de despesas. O grupo Vestuário passou de 0,03% para -0,72%, influenciado por roupas (de -0,34% para -0,87%). O grupo Comunicação saiu de alta de 0,06% para -0,38%, com contribuição de tarifa de telefone residencial (de 0,00% para -0,93%). Já Alimentação aprofundou a deflação, de -0,07% para -0,11%, puxada por restaurantes (de 0,81% para 0,55%). Em Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,38% para 0,24%, a principal influência foram medicamentos em geral (de -0,03% para -0,30%). Já no grupo Despesas Diversas, que saiu de 0,23% para 0,14%, o destaque é tarifa postal (de 4,95% para 0,00%). Por fim, Transportes variou de -0,01% para -0,03%, com contribuição de gasolina (de -0,53% para -0,58%).

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Em agosto, apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação apresentou acréscimo em sua taxa de variação, ao sair de -0,04% para 0,13%, influenciado por passagem aérea (de -13,11% para -0,87%).

As maiores influências de baixa para o IPC na margem foram batata-inglesa (de -18,50% para -25,95%), tomate (apesar de reduzir o ritmo de queda de -16,16% para -9,66%), hotel (de 3,28% para -3,55%), gasolina (de -0,53% para -0,58%) e taxa de água e esgoto residencial (de -0,66% para -0,91%).

A lista de maiores pressões de alta, por sua vez, é composta por refeições em bares e restaurantes (mesmo com a diminuição do ritmo de inflação de 0,81% para 0,55%), aluguel residencial (que manteve o ritmo de alta em 0,62%), plano e seguro de saúde (de 0,70 para 0,72%), show musical (de 1,55% para 4,85%) e leite tipo longa vida (de 0,88% para 3,03%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) desacelerou de 0,80% em julho para 0,19% em agosto. O índice relativo a Mão-de-Obra teve alta de 0,23%, após ficar positiva em 1,11% em julho. Por sua vez, o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,15% em agosto, após o avanço de 0,45% apurado na leitura do mês anterior.

Entre as maiores influências de baixa do INCC-M de agosto estão ferragens para esquadrias (de 0,06% para -0,69%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,54% para -0,20%), metais para instalações hidráulicas (de 0,18% para -0,16%), perna 3x3/estronca de 3ª (de 0,32% para -0,21%) e compensados (de 0,44% para -0,21%).

Apesar da diminuição do ritmo de inflação, entre as maiores influências de alta estão ajudante especializado (de 1,23% para 0,16%), servente (de 1,27% para 0,24%), elevador (de 0,67% para 0,51%), eletricista (de 0,94% para 0,55%) e pedreiro (de 1,06% para 0,26%).

Não há projeto de medida provisória no governo para alterar as regras do Minha Casa Minha Vida, com o intuito de ampliar o período e a meta de contratações estipulados para a segunda etapa de uma das principais vitrines da gestão Dilma Rousseff, informou a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou mais cedo que o setor da construção civil pediu ao governo que ampliasse o prazo para contratações da segunda etapa do programa de habitação popular para os seis primeiros meses de 2015. Pela lei, as contratações de moradias só podem ocorrer até o dia 31 de dezembro deste ano. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins, o setor quer que a meta, atualmente em 2,750 milhões, seja ampliada. Um bom número seria a contratação de 350 mil moradias adicionais no primeiro semestre do ano que vem, o que faria com que a segunda etapa ultrapassasse a barreira de 3 milhões de moradias.

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Ele afirmou que a medida não geraria uma oposição dos outros candidatos à Presidência. A presidente, segundo Martins, teria sinalizado que só mandaria uma MP ao Congresso com esses pedidos após as eleições.

A indústria observa uma desaceleração das contratações e diz que o governo atingirá a meta antes do fim deste ano. Por isso, fez o pedido à presidente temendo que o setor comece a demitir funcionários e interrompa os investimentos, como a compra de terrenos, por não ter certeza de quando começará na prática a nova etapa.

O problema, segundo Martins, é a lacuna grande entre a definição da nova etapa e o início das contratações, o que deve levar alguns meses. Nesse período, é preciso toda uma tramitação no governo: edição de uma MP, aprovação no Congresso, sanção presidencial, edição de portaria do Ministério das Cidades e normas internas dos bancos oficiais, agentes dos programas. "Tememos uma descontinuidade do programa como aconteceu na transição da primeira para a segunda etapa", disse Martins.

O governo afirma que o setor de construção civil e a população de baixa renda têm a garantia que o programa Minha Casa Minha Vida vai continuar no próximo ano com base na promessa da presidente. "Ainda há uma grande quantidade de obras em andamento e as novas contratações, que continuam a ser realizadas por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devem movimentar o setor nos próximos anos", informou, por meio de nota, o Ministério das Cidades. "Não é possível alegar falta de perspectiva de novas contratações do programa Minha Casa Minha Vida para justificar demissões de empregados no setor da construção civil", continuou.

O Minha Casa Minha Vida completou cinco anos em abril, com a contratação de 3,4 milhões de unidades, mas apenas 1,7 milhões entregues. A primeira fase do programa de habitação popular, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve 1 milhão de moradias contratadas. A etapa atual, lançada com meta de 2 milhões de unidades até este ano, foi ampliada, pela presidente Dilma, para 2,75 milhões de residências. Juntando as duas fases, os investimentos nos cinco anos são da ordem de R$ 234 bilhões.

No Recife, cerca de 5 mil famílias estão à espera de uma residência cedida pela Prefeitura, de acordo com dados da Defesa Civil. Enquanto esse número cresce, nas páginas da internet, o sonho concretizado é vendido ilegalmente sem a devida fiscalização. Há nove anos, o Habitacional Casarão do Cordeiro, na Avenida João Lacerda, localizado na Zona Oeste da capital, foi entregue à moradores das palafitas de Brasília Teimosa, no Pina, da Vila Vintém II, em Casa Forte e da comunidade do Buirão, na Torre. Hoje em dia, muitos desses apartamentos são comercializados sem a autorização da gestão municipal.

No site Bom Negócio, o usuário Filipe Gomes oferece um apartamento "todo na cerâmica" por R$ 49 mil. Sem nenhum pudor, ele informa no próprio anúncio que o apartamento fica no Habitacional. Por telefone, ele disse já ter comprado a casa de outro morador. "Eu comprei por R$ 30 mil em agosto do ano passado. Tive que fazer uma reforma, porque ele estava cheio de rachaduras", explica. "Mas nem se preocupe que não há problema em comprá-lo. Já vai fazer um ano que eu comprei e nunca teve nada. A gente vai lá no cartório que fica na Praça do Diário e eu repasso o recibo de compra e venda", disse. Filipe está vendendo a casa porque, segundo ele, a mãe quer morar em Jaboatão dos Guararapes. 

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Escancarada, outra venda aparece no site. O preço é bem mais em conta do que o apartamento anunciado por Filipe. A usuária de nome Lídia oferece um apartamento no bloco B por apenas R$ 35 mil. Ao receber o telefonema da Equipe do Portal LeiaJá, Lídia disse que iria ser sincera em relação à venda."Esse apartamento foi doado pela Prefeitura, sabe? Porque na época eu morava de aluguel e me inscrevi no cadastro para receber moradia, e logo ganhei ele. Hoje eu não preciso mais, tenho minha casa própria na Cidade Universitária. Até aluguei o apartamento por R$ 350, mas tô disposta a vendê-lo. Vamos fechar o negócio?", perguntou. 

Questionada sobre o delito, ela reafirma a falta de fiscalização. "Minha filha, isso não vai dar em nada. Todos os moradores que ganharam esses apartamentos já venderam. Que eu saiba, apenas eu e uma vizinha ainda estamos com eles", revela. "Se você tivesse ligado antes, tinha até um apartamento da minha cunhada mais em conta. Era um no habitacional que fica na Praça da Torre. Ela vendeu por R$ 18 mil. Fizeram negócio lá num cartório, que fica na rua Siqueira Campos, na cidade", acrescentou.

O Conjunto Habitacional foi lançado em 2006 e custou mais de R$ 12 milhões para os cofres públicos. A unidade possui um total de 22 blocos, 704 apartamentos e 54 casas. Na época, foram 441 famílias retiradas das palafitas de Brasília Teimosa, 187 famílias da Vila Vintém e 76 da comunidade do Buirão. No dia, os beneficiados receberam um termo de autorização. 

A Prefeitura não negou que a situação seja verdadeira e informou que a comercialização ou o aluguel de qualquer unidade só poderia ser realizada com a anuência prévia do órgão. Se não houver, a concessão do Município, a transação é ilegal, ficando os envolvidos sujeitos a perda do direito de uso do imóvel, que poderá ser judicialmente retomado e destinado a um outro beneficiário relacionado na lista de espera. No caso do Casarão do Cordeiro, a denúncia será investigada e as medidas corretivas serão tomadas.

 

 

Projeto de Lei do Senado (PLS) 18/2014 propõe que agentes credenciados por instituições religiosas de qualquer natureza possam ter prioridade de atendimento no programa Minha Casa Minha Vida. A regra valeria para agentes de entidades religiosas estabelecidas há pelo menos cinco anos. A matéria é do senador Gim (PTB-DF).

De acordo com o petebista, os religiosos, geralmente, renunciam a outras atividades mais lucrativas para realizar um trabalho de cunho essencialmente social. A grande maioria delas, de acordo com Gim, não tem casa própria e continua sem perspectiva de conseguir moradia. “Nada mais justo do que inserir essas pessoas entre os beneficiários do programa, eliminando tamanho entrave burocrático”, disse, o senador. 

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Outra dificuldade encontrada é a comprovação de renda, já que muitos desses agentes religiosos não têm um contracheque e vivem de doações ou de uma ajuda financeira. Para resolver o problema, o projeto prevê que serão aceitas declarações emitidas por entidades religiosas. Também há a previsão de que dirigentes respondam civil e criminalmente pela veracidade das declarações fornecidas. O objetivo é evitar fraudes.

O projeto tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e aguarda a escolha de relator.

Com informações da assessoria.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) entregou na manhã dessa quinta-feira (3), 713 unidades do Programa "Minha Casa, Minha vida", em Juazeiro do Norte, interior do Ceará, distante 560 km da capital Fortaleza. A novidade é que a presidente fez a entrega das casas por uma teleconferência, transmitida ao vivo em um telão de LED, entre as cidades de Brasília, Juazeiro do Norte e, no momento, Jequié na Bahia. A teleconferência demorou cerca de duas horas. Durante todo o tempo, a presidente Dilma foi aplaudida, até no final da entrega, realizada no próprio canteiro de obras, onde foi montado um telão e algumas barracas, mas parte das 3 mil pessoas presentes ficou do lado de fora.

O conjunto residencial Manoel Raimundo de Santana filho, localizado no bairro da Betolância, é destinado a famílias com renda de até R$ 1.600,00 e beneficiou, em Juazeiro do Norte cerca de 2.500 pessoas. Foram investidos R$ 42,6 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Governo Federal.

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No canteiro de obras, local da entrega, representando a presidenta Dilma Rousseff, esteve o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Além do ministro, o evento contou com a participação de deputados estaduais e federais, do prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB), e do vice-governador do Ceará, Domingos Filho. Todos os discursos foram acompanhados pela presidenta que comandou a solenidade de entrega de outras 5 mil unidades do programa em Brasília e mais dez municípios brasileiros. Dilma cumprimentou autoridades e moradores contemplados nos municípios.

Durante a entrega, a doméstica Francisca Silva de Oliveira e o marido, José Marcelo Gonçalves de Sousa, acompanhados dos seis filhos e representando todos os contemplados, receberam as chaves da casa das mãos do ministro Miguel Rossetto. As unidades têm área de 43,85 m2 com dois quartos, salas de jantar e estar, cozinha, banheiro e área de serviço.

O Ministro Miguel Rossetto destacou "a garra do povo brasileiro, a cordialidade dos juazeirenses" e salientou "o compromisso do governo federal com as famílias mais carentes do País". Ao final do discurso, o ministro fez uma saudação à seleção brasileira, lembrando o jogo do Brasil nesta sexta-feira, 4. O ministro foi inteirado que o governo federal já havia entregue 1.300 casas, agora 2.013, mas que o município necessita de mais 3 mil unidades.

A presidenta Dilma, em um discurso rápido, cumprimentou a família representando os moradores contemplados, todos os presentes e ressaltou o seu compromisso com programa "Minha Casa, Minha Vida". "Quero agradecer a todos pela confiança nesse programa. E dizer que fico feliz em ver que as pessoas podem, além de realizar um sonho, entrar dentro dele," disse a presidenta. Cerca de 3 mil pessoas acompanharam a solenidade que teve início às 9 horas, sendo encerrada por volta das 11 horas da manhã.

A presidenta Dilma Rousseff voltou a dizer que lançará a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, com a previsão de construir 3 milhões de moradias. Segundo Dilma, o governo está em contato com empresários para discutir a meta.

“Estamos sinalizado para os empresários que esse programa vai continuar. Queremos deixar sinalizado para os trabalhadores, movimentos de moradias, que estamos pensando em 3 milhões para a próxima etapa”, disse hoje (2) ao discursar na entrega de unidades habitacionais do programa em Vila Velha (ES). Segundo Dilma, na primeira etapa do programa foram construídas 1 milhão de moradias e, na segunda etapa, que está em vigor, a meta é chegar a 2,75 milhões de casas até o fim deste ano.

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A presidente informou aos capixabas que foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União o edital de licitação para a construção de um novo aeroporto no Espírito Santo. Segundo Dilma, o aeroporto deverá ter capacidade para receber 10 milhões de passageiros ao ano. “Publicamos edital, vamos licitar, construir um novo terminal de passageiros, um novo sistema de pista e de pátio”.

A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), reafirmou nesta segunda-feira (30), que, até o fim do ano, serão contratadas 3,750 milhões moradias no Brasil dentro do programa Minha Casa Minha Vida, "conforme comprometido". Ela cobrou ainda aos moradores que transmitam a mensagem da continuidade do programa. "Faremos uma grande cerimônia em vários Estados e vamos lançar número maior do que os 2,75 milhões do meu governo", disse ela sobre a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida.

"Aprendemos o processo e vamos lançar um número maior de casas", repetiu, sem citar o número de residências. Na cerimônia de entrega de 998 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, nos conjuntos Zé Keti e Ismael Silva, no Rio de Janeiro, Dilma citou, além da homenagem aos dois sambistas, que o local das obras foi no passado o complexo penitenciário Frei Caneca.

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"Muitos passaram por aqui, inclusive presos políticos. Por exemplo, um grande escritor brasileiro, o Graciliano Ramos, e um líder como Luiz Carlos Prestes e a sua mulher, a Olga Benário", lembrou.

Assim como fizera antes, em Saquarema (RJ), Dilma criticou os pessimistas que não acreditavam na Copa do Mundo no Brasil, bem como elogiou o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, ambos do PMDB, partido de sua base de apoio. "Esses dois representam aquilo que conseguimos de melhor aqui no Rio de Janeiro", disse.

Nesta terça, 1º, Dilma permanece na capital fluminense. Ela participa de eventos de inauguração do arco rodoviário e do que marca a produção de 500 mil barris por dia no pré-sal, em cerimônia prevista para as 11 horas, na sede da Petrobras.

A desaceleração da inflação na capital paulista entre abril e maio, de 0,53% para 0,25%, foi beneficiada, principalmente, pela deflação do grupo Habitação, de 0,24%, após elevação de 0,04% no quarto mês do ano. A avaliação é do novo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, que assume o cargo no lugar do economista Rafael Costa Lima, que segue na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mas com novas atribuições.

Segundo Chagas, sem o efeito na redução de água/esgoto, que apresentou variação negativa de 10,17% em maio, por causa do desconto na conta da Sabesp para quem economizar 30% no consumo, o IPC seria de 0,45% no encerramento do mês passado. "Em junho, o grupo Habitação deve acelerar e fechar com alta de 0,26%. O impacto de redução da água vai se diluir ao longo do mês", previu.

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Com a saída dos impactos de água/esgoto no grupo Habitação, o IPC do sexto mês do ano deve avançar a 0,33%, ante 0,25% em maio deste ano, e em relação à alta de 0,32% apurada em junho de 2013, como estima a Fipe. Já a projeção para o fechamento do ano segue em 5,50%.

Conforme o economista, ainda é preciso aguardar o comportamento da inflação no segundo semestre e os efeitos do fim do ciclo do aperto monetário sobre os preços, assim como se haverá ou não reajuste de alguns preços administrados, como os dos combustíveis, depois das eleições.

Além da ajuda do grupo Habitação, Chagas afirmou que a desaceleração da classe de despesa de alimentos (de 1,23% para 0,73%) também permitiu o abrandamento do IPC de maio. "Habitação intensificou a queda e Alimentação veio menor que o esperado", disse, ao referir-se à expectativa da Fipe de elevação de 0,95% para o conjunto de preços de alimentos no quinto mês do ano.

Segundo o economista, a deflação de 4,30% nos preços do etanol ainda favoreceu o grupo Transportes, que teve recuo de 0,04%. "Já o item Viagem/Excursão teve um comportamento atípico para esta época, com alta de 1,50%, menor do que a de 1,67% prevista. Os preços de passagens aéreas também: tiveram queda de 0,17% em maio", disse. Esses resultados, segundo ele, foram relevantes para a inflação de 0,59% no grupo Despesas Pessoais em maio, ante 1,00% em abril.

Também chamou a atenção do coordenador da Fipe a alta menos intensa registrada em Vestuário, de 0,54% em maio, após 0,07% em abril, em relação à previsão do instituto, que era elevação de 0,85%. "Há alguns produtos em queda que tradicionalmente sobem neste período, como malhas e agasalhos (-2,15%). É curioso, pois normalmente é uma fase de troca de coleção", afirmou.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física caiu 0,5% na passagem de março para abril, segundo o Banco Central. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 189,006 bilhões no mês passado, ante R$ 189,952 bilhões em março. Em 12 meses, a queda é de 2,1% no estoque dessas operações. As concessões acumuladas em abril para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 7,588 bilhões, o que representa uma alta de 14% em relação ao mês anterior (R$ 6,654 bilhões).

Já as operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 1,9% em abril ante março, totalizando R$ 367,636 bilhões no fim do mês passado. Em 12 meses, a expansão é de 30,7%. Segundo o BC, R$ 37,718 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 329,918 bilhões a taxas reguladas.

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O BC deixou de incorporar nesses dados as operações com crédito livre, por serem residuais. As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 1,0% no mês e de 30,0% em 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 2,0% ante o mês anterior e 30,7% em 12 meses.

Juros

A taxa média de juros no crédito livre ficou estável em 31,7% ao ano em abril frente a março, diz o BC. Em 12 meses, a taxa subiu 5,4 pontos porcentuais, já que em abril de 2013 estava em 26,3% ao ano. Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 41,6% em março para 42,0% em abril. Para pessoa jurídica, caiu de 23,1% para 22,9% de março para abril.

No cheque especial, a taxa subiu de 159,3% em março para 161,8% no mês passado. Em 12 meses, as taxas cobradas pela linha mais cara que o consumidor pode acessar subiram 25 pontos porcentuais. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 43,9% em março para 45,1% em abril. No caso de consignado, a taxa ficou estável em 25,3% de março para abril. No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 23,5% para 22,6% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, ficou estável em 21,1% entre março e abril.

O pré-candidato à Presidência da República, ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou irá manter o Programa Minha Casa Minha Vida e ainda construir 4 milhões de habitação, caso seja eleito. A declaração foi feita durante o 86º Encontro Nacional da Construção Civil (Enic), nesta sexta-feira (23), na cidade de Goiânia. 

“A questão do Minha Casa Minha Vida veio para ficar como política de Estado. Manter o programa é compromisso que quero assumir aqui. (...). “Nós entendemos que a política habitacional do Brasil precisa ser fortalecida e dentro dessa política habitacional onde teremos que tratar de urbanização, regularização fundiária”, relatou o ex-gestor.

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Em seu discurso, Campos também teceu várias críticas a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, o governo brasileiro é responsável crise de confiança na economia. “Essa crise vem da governança da economia do Brasil e da insistência do governo em fazer mudanças em ouvir a sociedade. É um governo que se distancia, que se desloca da realidade”, disparou.

“Temos um compromisso de animar a economia. (...) Deve-se ter um foco, uma atenção a um projeto que está posto a sociedade. A sociedade não aguenta mais os 36% que são de impostos. (...) Partidos que tomam conta do pedaço da máquina”, completou Campos.

Agenda

No próximo domingo (25) Eduardo Campos vai participar de um jantar com a comunidade judaica no Estado de São Paulo. Já na segunda (26), o pessebista participará do Programa Roda Viva, da TV Cultura, também em São Paulo. 

 

Desta terça (29) até o dia 9 de maio, será realizado o IV Workshop Internacional de Desenho Urbano, no Forte das Cinco Pontas, no bairro do São José - Centro do Recife. Na ocasião serão abordados os temas de mobilidade e habitação para a cidade. No total foram convidados 70 arquitetos brasileiros e de outros países. O encontro, que está sendo promovido pela escola de arquitetura Architectural Association School of Architecture - AA, em Londres, na Inglaterra - e o departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é gratuito.

Professores das duas instituições terão como foco principal das discussões o projeto urbano da Avenida Norte Miguel Arraes, na Zona Norte do Recife. A área de estudo corresponde a um trecho de 4 km da Avenida Norte Miguel Arraes, onde está localizado um dos principais corredores infraestruturais e econômicos da cidade, situado entre os bairros da Macaxeira e Casa Amarela, especificamente entre a BR 101 e a Avenida Professor José dos Anjos que margeia o Canal do Arruda.

Segundo a coordenação do evento, o objetivo é pensar em projetos habitacionais e de mobilidade urbana de forma associada. A programação contará com palestras, debates, visitas à área do projeto estudado e oficinas. O encontro reunirá especialistas como os professores Zeca Brandão (UFPE) e Jorge Fiori, consultor de agências internacionais de desenvolvimento urbano, o arquiteto argentino Jorge Mario Jauregui e a secretária Especial de Gestão e Planejamento da Prefeitura do Recife, Evelyne Labanca. 

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IV Workshop de Desenho Urbano







De 29 de abril a 09 de maio







Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas







Gratuito

A partir do dia 29 este mês até o dia 9 de maio, será realizado o IV Workshop Internacional de Desenho Urbano, no Forte das Cinco Pontas, no bairro do São José - Centro do Recife. Na ocasião serão abordados os temas de mobilidade e habitação para a cidade. No total foram convidados 70 arquitetos brasileiros e de outros países. O encontro, que está sendo promovido pela escola de arquitetura Architectural Association School of Architecture - AA, em Londres, na Inglaterra, e o departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é gratuito.

Professores das duas instituições terão como foco principal das discussões o projeto urbano da Avenida Norte Miguel Arraes, na Zona Norte do Recife. A área de estudo corresponde a um trecho de 4 km da Avenida Norte Miguel Arraes, onde está localizado um dos principais corredores infraestruturais e econômicos da cidade, situado entre os bairros da Macaxeira e Casa Amarela, especificamente entre a BR 101 e a Avenida Professor José dos Anjos que margeia o Canal do Arruda.

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Segundo a coordenação do evento, o objetivo é pensar em projetos habitacionais e de mobilidade urbana de forma associada. A programação contará com palestras, debates, visitas à área do projeto estudado e oficinas. O encontro reunirá especialistas como os professores Zeca Brandão (UFPE) e Jorge Fiori, consultor de agências internacionais de desenvolvimento urbano, o arquiteto argentino Jorge Mario Jauregui e a Presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Evelyne Labanca.

Os preços de novas moradias na China continuaram a mostrar desaceleração em março, com a demanda afetada por restrições de crédito e preocupações com descontos, segundo analistas e empresas do setor imobiliário.

O preço médio de novas casas em 70 cidades chinesas subiu 7,32% em março ante um ano antes, segundo cálculos do The Wall Street Journal, feitos com base em dados divulgados hoje pelo instituto de estatísticas chinês. Na comparação com o mês anterior, o aumento dos preços foi de 0,22% em março.

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O resultado de março vem após altas anuais médias de 8,19% em fevereiro e 8,98% em janeiro. Até então, os preços vinham se acelerando mês a mês ao longo do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Caixa Econômica Federal, conhecida como o banco da habitação, vai desacelerar a oferta de crédito imobiliário este ano, o que abrirá espaço para os grandes bancos ampliarem a presença no segmento.

Essa tirada de pé do acelerador ocorre, conforme apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, desde o ano passado e reflete não só uma preocupação com a qualidade dos ativos, mas, principalmente, a limitação do banco em manter um ritmo elevado de concessões sem novos aportes do governo federal em 2014.

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Há uma orientação clara, conforme o presidente do banco, Jorge Hereda, para a instituição não contar com capitalizações neste ano. "Isso limita nossa capacidade de crescimento em função do nosso capital", disse Hereda, em entrevista na semana passada, ao Broadcast.

A expectativa da Caixa para concessões neste ano é de crescimento de 14,2%, bem mais tímido do que o avanço de 26,4% alcançado no ano passado, quando as contratações ficaram perto de R$ 35 bilhões. Em termos de volume, a cifra projetada também é menor. São esperados cerca de R$ 20 bilhões, em comparação aos mais de R$ 28 bilhões em 2013. Caso alcance este desempenho, a expansão do saldo da carteira, que no ano passado foi de mais de 31%, para R$ 270,4 bilhões, deve ter forte desaceleração, crescendo entre 12% e 15%.

A maior seletividade da Caixa nesse segmento custou à construtora MRV um volume superior de distratos no último trimestre de 2013. Foram mais de 300 contratos desfeitos no período, segundo a empresa. Os distratos ocorreram, de acordo com Rubens Menin Teixeira de Souza, diretor presidente da MRV, por uma mudança de política de crédito por parte dos bancos, especialmente da Caixa. "O banco apertou um pouco mais o crédito e isso desencaixou alguns clientes nossos, aumentando os distratos", explicou o executivo, em recente conversa com analistas.

Estatística

De acordo com Teotônio Costa Rezende, diretor executivo de habitação do banco, a desaceleração da oferta de crédito imobiliário tem razão estatística e não representa um "freio" na liberação de recursos. À medida que se tem uma base maior, diz ele, torna-se mais difícil sustentar um crescimento em um patamar mais elevado. A Caixa responde hoje por aproximadamente 70% do crédito imobiliário ofertado no País.

Segundo Rezende, o banco fecha diariamente mais de cinco mil contratos de crédito imobiliário equivalentes a um montante de R$ 5 milhões por dia. "Não estamos fazendo nenhum corte eventual. Sempre fomos muito seletivos. Nosso compromisso em ser mais seletivos na análise do crédito não é de momento, é de longo prazo", garante.

Enquanto o avanço da Caixa no crédito imobiliário se desacelera, rivais privados e também o Banco do Brasil esperam manter o ritmo de crescimento no segmento. O Bradesco projeta avanço acima de 30% da sua carteira ao ano. Ao final de dezembro, os empréstimos da instituição alcançaram R$ 13,6 bilhões, alta de 35,2% em um ano.

"Nos próximos dez anos, há muito potencial de crescimento. A participação do crédito imobiliário no PIB é baixa em relação a outros países", avalia José Ramos Rocha Neto, diretor do departamento de empréstimos e financiamentos do Bradesco.

As perspectivas são positivas, de acordo com Hamilton Rodrigues da Silva, gerente geral de crédito imobiliário do BB, tanto na pessoa física como na jurídica. E por isso, o segmento foi incluído na estratégia da instituição, conforme ele, há quase quatro anos. Nesse período, o banco investiu em produtos e processos e estruturou uma carteira que superou os R$ 18 bilhões ao final de 2013. Depois de crescê-la em 78% ante 2012, o banco espera repetir o feito neste ano.

Foco

No caso do Santander, a carteira imobiliária, que somou R$ 15,7 bilhões em 2013, alta de 32,9% ante 2012, segue como foco do banco no Brasil, segundo Gilberto Abreu, diretor executivo de Negócios Imobiliários da instituição. "Continua como parte da estratégia do Santander no Brasil crescer bastante em crédito imobiliário", destaca.

O Itaú Unibanco espera que em 2014 a sua carteira de crédito imobiliário continue avançando acima de 30%, conforme o presidente executivo do banco, Roberto Setubal. Em recente conversa com a imprensa, ele admitiu que as margens no setor imobiliário caíram, mas que atualmente estão estáveis e que não devem descer mais. O banco totalizou R$ 24,209 bilhões em crédito imobiliário ao final de dezembro, saldo 34,1% maior que o visto em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 1,8% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 347,716 bilhões no fim do mês passado, de acordo com o Banco Central. Em 12 meses, a expansão é de 33%. Segundo o BC, R$ 36,552 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 311,164 bilhões, a taxas reguladas.

O BC deixou de incorporar nestes dados as operações com crédito livre, por serem residuais. As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 0,3% no mês e de 39% em 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 2% ante o mês anterior e 32,4% em 12 meses.

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Veículos

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,1% em janeiro sobre fevereiro. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 193,014 bilhões no mês passado, ante R$ 192,793 bilhões em dezembro. Em 12 meses, porém, a queda é de 0,2% no estoque dessas operações.

As concessões acumuladas em janeiro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 8,391 bilhões, o que representa uma queda de 11,3% em relação ao mês anterior (R$ 8,391 bilhões).

 

Média diária

A média diária de concessões de crédito livre caiu 18,5% em janeiro em relação a dezembro, para R$ 11,5 bilhões. Nos últimos 12 meses, houve alta de 8,1%. No crédito direcionado, a média caiu 41,3% de dezembro para janeiro. Em doze meses, há um crescimento de 27,7%. Essa média de concessões estava R$ 1,7 bilhão no fim de janeiro.

Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a queda é de 22,4% em janeiro, com alta de 10,5% ao longo dos últimos 12 meses. O total das concessões diários ficou em R$ 13,2 bilhões ao final de janeiro.

Bancos

Os bancos públicos iniciaram 2014 puxando, novamente, o aumento do estoque de crédito. O avanço foi de 0,8% ante dezembro, para R$ 1,402 trilhão. Entre os bancos privados nacionais, entretanto, houve queda de 0,3%, para R$ 899 bilhões. Nas instituições estrangeiras, o recuo foi de 1,5%, para R$ 415 bilhões. Em 12 meses até janeiro, os bancos oficiais tiveram aumento de 22,9% enquanto os privados cresceram em proporções menores, de 6,8% para os nacionais e 8,6% para os estrangeiros.

A inadimplência ficou estável nos públicos em relação a dezembro de 2013, em 1,8%. Nos privados nacionais também ficou no mesmo patamar do fim do ano passado, em 4,3%. Nos estrangeiros, passou de 4,1% para 4,2% no mesmo período. As provisões se mantiveram em 3,7% nos públicos e em 6,5% nos nacionais privados. Houve aumento das provisões nos estrangeiros, que passou de 5,9% para 6,1%.

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceram 1,5% em janeiro na comparação com dezembro, para R$ 522,362 bilhões, informou o BC. Em 12 meses, o aumento do estoque foi de 16,5%. Em janeiro, houve avanço de 1% nas linhas de capital de giro, 1,5% no financiamento ao investimento e 2,6% nas modalidades para o setor rural por parte do banco de desenvolvimento. Para pessoas físicas, o crédito do BNDES avançou 4,4% em janeiro, para R$ 38,697 bilhões.

A autorização para a construção de 600 moradias no município de Ribeirão, na Mata Sul de Pernambuco, deve ser liberada nas próximas semanas pelo Ministério das Cidades no programa Minha Casa, Minha Vida. A informação foi passada pela Secretaria de Habitação do Estado, após encontro com o senador Humberto Costa e o Prefeito de Ribeirão, Romeu Jacobina.

Das 600 habitações previstas, 400 devem ser para a Faixa 1 do programa (renda familiar até 3 salários mínimos e 200 para a Faixa 2 (renda familiar de 3 a 10 salários mínimos). “Temos um déficit hoje de mais de 1,5 mil moradias. Há gente em casa de taipa, em áreas de risco, em outros tipos de habitação inadequados e essas novas casas serão um enorme ganho para Ribeirão”, explicou o prefeito Romeu Jacobina.

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Saúde – Também foram reservados R$ 600 mil em emendas parlamentares destinadas à rede de saúde de Ribeirão. O município possui atualmente 47 mil habitantes. 

Há pouco mais de 65 anos, ainda assombradas pelas atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial, quando 60 milhões de pessoas foram mortas, várias nações se uniram para proclamar a Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH). Acesso à educação, saúde, bem estar, direitos de liberdade de expressão, credo, trabalho remunerado, justiça, são muitas as questões abordadas nos 30 artigos do documento.

Apesar de incontáveis avanços, o panorama mundial ainda causa preocupação e mostra que há um longo caminho a ser percorrido. Basta ver os altos números de pessoas que passam fome ou morrem devido à desnutrição, os casos de tortura e abusos de poder nos diversos conflitos civis e militares e, até mesmo, no dia a dia das grandes cidades, a grande quantidade de crianças e adolescentes fora da escola e as precárias condições de moradia da população de baixa renda.

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E nesse contexto que o Portal LeiaJá publica o especial Direitos Violados, uma série de reportagens que trata sobre as infrações aos direitos humanos que ocorrem comumente na esfera social, mas nem sempre causam o mesmo impacto que notícias relativas à torturas e chacinas.  É o caso dos problemas enfrentados no sistema prisional brasileiro, do trabalho infantil, da carência no serviço de saneamento básico, da superlotação dos hospitais públicos e das deficiências das escolas no Brasil.

O vereador Raul Jungamann (PPS) rebateu as criticas do secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja (PT). O petista tinha dito que o parlamentar mostrava um “profundo desconhecimento” sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na pasta e estava utilizando dados para confundir a população. Em resposta, o pós-comunista chamou o secretário de falso e “Pinóquio”.

“O atual secretário, Eduardo Granja, rebateu a nota dizendo que investiu R$ 6 milhões (e não R$ 2,3 mi), dizendo que eu estaria utilizando dados de outubro para confundir. Já seria um absurdo investir R$ 6 mi e gastar R$ 2,5 mi de burocracia, mas a sua resposta é falsa, digna de um Pinóquio”, disparou o parlamentar.

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Jungmann relatou que utilizou os dados de janeiro a dezembro de 2013 com os dados do Portal da Transparência da própria Prefeitura do Recife para comprovar que a secretaria investiu mais em despesas pessoais do que em obras.

“Ao invés de se preocupar em rebater números com dados falsos, o Senhor Granja deveria estar assistindo a população de palafitas incendiadas ou ainda tratando de melhorar a vida de milhares de pessoas que residem em condições abaixo da linha de aceitação nas muitas comunidades pobres do Recife”, afirmou o vereador.

“No seu lugar, eu teria pudor de discutir contra os fatos apresentados, até porque não se encontra a presença de seu trabalho em lugar algum, nem mesmo no Google (...) Isto porque, em um ano de "trabalho"(?!), foi ele incapaz de entregar um único habitacional, razão de existir da sua ‘secretaria’”, completou.

 

O Brasil é um dos 12 países mais cobiçados para se morar, segundo uma série de pesquisas feitas em 65 nações pelo WIN - coletivo dos principais institutos de pesquisa do mundo - e tabulada pelo Estadão Dados. O crescimento econômico na última década, aliado à boa imagem cultural do País no exterior, fizeram com que o Brasil fosse citado como destino dos sonhos por moradores de dois em cada três países onde foi feito o estudo.

Na lista dos destinos mais cobiçados por quem não está feliz na terra natal, o Brasil é o único da América Latina, o único Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, China e Índia) e a única nação ocidental em desenvolvimento. As pesquisas foram feitas no fim do ano passado e ouviram mais de 66 mil pessoas ao redor do globo. Elas foram questionadas se gostariam de morar no exterior se, hipoteticamente, não tivessem problemas como mudanças ou vistos e qual local elas escolheriam. Por isso, os resultados dizem mais sobre a imagem dos destinos mencionados do que com imigrantes em potencial.

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Se esse desejo virasse realidade, o Brasil receberia em torno de 78 milhões de imigrantes nesse cenário hipotético. Mas, em um mundo sem fronteiras, a população do País diminuiria - 94 milhões de brasileiros se mudariam para outras nações, se pudessem. Ainda assim, 53% dos brasileiros não desejam emigrar, porcentual acima da media mundial.

Quem mais tem vontade de vir para o Brasil são os argentinos: 6% se mudariam para cá se tivessem a chance. O Brasil também está entre os cinco mais cobiçados por peruanos e mexicanos. Mas não são apenas latinos que gostariam de viver aqui. Os portugueses acham o Brasil mais atrativo do que a Alemanha, os italianos o preferem à França, os australianos o consideram o segundo país mais desejável, os libaneses o colocam em posição tão alta quanto a Suíça e até no longínquo Azerbaijão o Brasil aparece entre os quatro destinos mais sonhados, na frente até dos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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