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Moradores dos municípios de Catende e Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco, receberão na próxima segunda-feira (23) 525 unidades habitacionais. As moradias foram construídas pela Operação Mata Sul, que reestrutura pontos da região e do Agreste pernambucano atingidos pelas enchentes de 2010.

O município de Catende ganhará 193 unidades habitacionais, além de três praças e duas quadras. As famílias de Água Preta receberão 332 moradias. A Operação Mata Sul  já entregou mais de 5878 casas.

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Com informações da assessoria

Em meio a críticas de entidades pela falta de novas políticas na área da Assistência Social, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou nesta terça-feira, 17, projeto de lei que prevê priorizar o atendimento de moradores de rua da capital paulista no programa Minha Casa, Minha Vida. A Prefeitura de São Paulo realizará um cadastro nos albergues municipais para saber quem pode aderir ao programa - muitos homens e mulheres catadores de papelão que dormem em albergues do centro têm hoje condições de pagar uma mensalidade de 50 reais (taxa mínima exigida pelo governo federal) para ganhar a casa própria, acreditam técnicos da Secretaria Municipal de Habitação.

O projeto sancionado é de autoria do vereador Alessandro Guedes (PT). Ao todo, a capital tem cerca de 17 mil moradores de rua. De acordo com a proposta, esses moradores devem ter atendimento prioritário nas habitações do Minha Casa, Minha Vida na cidade. Curitiba e Guarulhos, na Grande São Paulo, são outros dois municípios que já fizeram cadastros de moradores de rua no programa habitacional da administração federal.

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A medida de Haddad também reduz a influência de entidades de sem teto credenciadas no Minha Casa, Minha Vida e entidades. Essas entidades cobram o pagamento em dia de mensalidades de até 50 reais para indicar os associados à Prefeitura paulistana, como possíveis beneficiários do programa. Muitos moradores de rua hoje se associam a essas entidades, participam de protestos e invasões e pagam mensalidades, sempre na esperança de conseguir a casa própria do programa.

Com a nova lei, o morador de rua cadastrado poderá ser indicado ao programa diretamente pela Prefeitura, sem uma organização não governamental (ONG) como intermediária. Muitas dessas entidades que captam verba pública para construir empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida em São Paulo são ligadas ao PT, mas seguem promovendo invasões de terrenos para pressionar a administração municipal a priorizar o atendimento dos associados.

Só em 2013, foram 90 invasões. O Poder Executivo municipal quer construir 55 mil imóveis do Minha Casa, Minha Vida na capital paulista até 2016 - as entidades de sem-teto reivindicam pelo menos 22 mil dessas moradias. O Palácio do Anhangabaú também quer fazer um cadastro para avaliar quantos moradores de rua podem ser beneficiados pelo Bolsa Família e por outros programas de transferência de renda da administração federal.

A vereadora Aline Mariano (PSDB) realizou, nesta quarta-feira (11), uma audiência pública para debater o andamento dos projetos na área de Habitação no município. O encontro, que contou com a presença do secretário de habitação, Eduardo Granja (PT), e do diretor de engenharia da URB, Vicente Perrusi. Segundo a parlamentar, a audiência comprovou o que  todos os conjuntos habitacionais da Prefeitura com obras em andamento estão atrasados e nenhuma unidade será entregue ainda este ano.

“A Prefeitura do Recife apresentou suas justificativas e se comprometeu em aumentar em 200% o índice anual histórico de entregas até 2015. Esperamos que consigam cumprir, mas o fato é que, embora Geraldo Júlio (PSB) tenha reconhecido publicamente que a média de entregas de unidades habitacionais em Recife era de um mil por ano, em 2013 nada será concluído”, destacou a vereadora. A tucana também chamou a atenção para o fato de que o Governo Municipal não conseguiu deixar claro se existe ou não um estudo técnico que aponte o real déficit habitacional da capital.

De acordo com Eduardo Granja, existem atualmente 10 conjuntos habitacionais com obras em andamento no Recife. Ele se comprometeu a utilizar critérios de cadastramento das famílias com transparência e participação da sociedade civil, sempre repeitando as normas previstas no Programa Minha Casa Minha Vida, que tem sido uma parceria que garante recursos para as construções.

O secretário também assegurou que o modelo de construção de habitacionais a ser adotado pela nova gestão deverá abranger não somente a entrega de estruturas físicas, mas também um conjunto de políticas públicas integradas que traga um olhar mais social para as comunidades beneficiadas. Muitos participantes cobraram do governo municipal presença dentro dos condomínios mesmo após a entrega das unidades, para ajudar com a gestão dos espaços.

“Temos um exemplo dramático no Recife, o habitacional Casarão do Cordeiro, que por não receber assistência adequada para estabelecer a ordem após a entrega das unidades, acaba enfrentando sérios problemas de organização, venda das unidades e insegurança”, contou Aline Mariano. “Sabemos que a residência em palafitas era algo sub-humano, mas por trás das políticas de habitação é imprescindível que hajam políticas sociais. O modelo atual precisa ser melhor pensado”, completou

A vereadora comunicou ao secretário da pasta que pretende realizar audiências públicas trimestrais sobre o tema. A tucana também quer trazer à Câmara a discussão acerca da revisão do valor pago atualmente a título de moradia. “Cento e cinquenta reais é um valor muito baixo para pagamento de aluguel em Recife hoje. Isso precisa ser revisto com urgência”, avisou a parlamentar.

 

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Com 7 milhões de domicílios a mais no País, o déficit habitacional brasileiro registrou queda entre 2007 e 2012. De acordo com um estudo divulgado, nesta segunda-feira (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em cinco anos o indicador passou de 5,59 milhões de domicílios em déficit para 5,24 milhões uma redução de 350 mil unidades.

A participação do déficit habitacional no período passou de 10% do total de domicílios para 8,53%. Apesar disso, a faixa de renda que menos se beneficiou desse movimento foi a que ganha até três salários mínimos, justamente o público-alvo do principal programa de habitação do governo federal, o Minha Casa Minha Vida.

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Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o levantamento do Ipea mostrou que o número de domicílios considerados em déficit com renda de até três salários mínimos caiu, em números absolutos, 2,4% - de 3,95 milhões de unidades para cerca de 3,85 milhões.

A variação é bem mais modesta do que a observada em outros segmentos - quase 17% para os que ganham de três e cinco salários mínimos e de 32,5% para as rendas domiciliares superiores a 10 salários mínimos. Assim, ao contrário do que aconteceu com todas as demais faixas de renda, a participação dos domicílios mais pobres no total do déficit foi a única que cresceu no período, passando de 70,7% em 2007 para 73,6%, cinco anos depois. Nos cinco anos abarcados pelo estudo, o Brasil passou de 55,9 milhões de domicílios para 62,9 milhões.

Enquanto o déficit habitacional brasileiro caiu entre 2007 e 2012, passando de 5,59 milhões de domicílios para 5,24 milhões, mesmo com o aumento de moradias no período, o indicador avançou entre a população com faixa de renda mais pobre, de até três salários mínimos. Essa é a conclusão de uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira (25), pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), que usou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano passado.

Em 2012, 73,6% do déficit apurado pelo Ipea era composto pela população que ganhava até três salários mínimos, um aumento de 4% em relação a 2007, quando a participação era de 70,7%. "Isto reitera que o déficit continua sendo majoritariamente dos domicílios que estão no estrato de renda mais baixo", argumenta o Instituto na nota, assinada pelos pesquisadores Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado e Cleandro Krause.

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Na direção contrária, a participação no total do déficit dos demais estratos econômicos diminuiu. Aqueles com renda entre três e cinco salários mínimos, por exemplo, representavam 13,1% do déficit há seis anos, proporção que passou para 11,6% no ano passado. Já na faixa entre cinco e 10 salários mínimos a regressão foi de 10,4% em 2007 para 9,4% em 2012. Já o segmento com renda domiciliar acima de 10 salários mínimos viu a sua participação no déficit habitacional ser reduzida em cerca de 30% no período.

O Ipea usou quatro componentes para estimar o déficit habitacional brasileiro: habitação precária, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento em domicílios locados. A verificação de um desses componentes em uma moradia já é suficiente para entrar no cálculo do déficit.

Estados

O Ipea também atestou que o déficit habitacional no País é, em sua grande maioria (85% do total), urbano. À exceção do Acre, de Roraima, do Mato Grosso e Distrito Federal, houve a redução do déficit relativo ao total de domicílios nos demais estados do País. No DF, por exemplo, o déficit relativo saltou de 12,8% do total de domicílios em 2007 para 13,6%, no ano passado.

Dono de 1,12 milhão de domicílios em situação de déficit, o maior do País em termos absolutos, o Estado de São Paulo registrou queda na comparação relativa do indicador. A participação de domicílios considerados em déficit caiu de 8,8% do total em 2007 para 7,9% um ano atrás - redução porcentual de aproximadamente 10%.

Em discurso na abertura da 5ª Conferência Nacional das Cidades, a presidente Dilma Rousseff disse nessa quarta-feira (20) que o Palácio do Planalto quer a continuidade do programa Minha Casa Minha Vida, "independentemente do que ocorra em 2014" e negou que a entrega de unidades habitacionais seja "esmola". O anúncio ocorre após o senador Aécio Neves (PSDB-MG), potencial adversário da presidente nas urnas, propor tornar o Bolsa Família uma política de Estado, como forma de garantir a permanência dos benefícios sociais.

"Nós estamos avaliando agora a continuidade do programa (Minha Casa Minha Vida), estamos avaliando o tamanho do desafio que vamos colocar pra nós mesmos. Começamos com 1 milhão (de casas contratadas), passamos para 2,7 milhões e agora vamos colocar um outro padrão, para ser seguido, independentemente do que ocorra em 2014. É um proposta que todos vocês saberão, para poder garantir que ela ocorra chova ou faça sol", discursou a presidente, sugerindo a fixação de metas pós-2014.

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"Essa proposta é fundamental para a continuidade do programa, uma vez que a gente sabe que o déficit habitacional do Brasil não foi superado", afirmou.

Contrariando as expectativas, a presidente não antecipou os números de uma eventual terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. Também não anunciou o investimento aguardado de R$ 508 bilhões para os próximos 20 anos para a cobertura de saneamento no País.

"Nós, de fato, subsidiamos a casa própria para a população mais pobre desse País e não é uma questão de esmola. Não é uma questão de dádiva, não é um presente, é uma obrigação da parte do Estado, é um direito do cidadão e da cidadã", afirmou Dilma, em discurso dirigido a uma plateia de militantes, sindicalistas e movimentos sociais.

Dilma rebateu as críticas dirigidas ao Minha Casa Minha Vida no início de sua implantação, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "quando disseram que era mentira, que não iam (o governo federal) fazer isso (entregar unidades habitacionais) nem que a vaca tussa"

Saneamento

Segundo Dilma, o governo federal "herdou um passivo" por falta de investimentos na área de saneamento. "No Brasil, o governo federal não investia em saneamento. Eu tenho fixação por saneamento", disse a presidente, destacando que o seu governo investiu R$ 93 bilhões na área.

"Saneamento que é água tratada, esgoto sanitário, com tratamento, política de resíduos sólidos e também drenagem", disse. Ela afirmou que a ampliação da rede de saneamento é importante porque isso "afeta a saúde de crianças e de jovens". "Índice de Desenvolvimento é ter água tratada e esgoto tratado", afirmou.

Antes da cerimônia, a presidente assinou decreto que dispõe sobre o Plano Nacional do Saneamento Básico. Repetindo um roteiro cada vez mais seguido com a aproximação da campanha eleitoral de 2014, Dilma fez questão de, ao final do discurso, descer do palco, ir à plateia, abraçar populares e posar para fotos.

No dias 8 e 9 de novembro, o Agreste de Pernambuco terá um Feirão da Casa Própria. O evento acontece em Santa Cruz do Capibaribe e será realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas, com parceria da Caixa Econômica Federal. O Feirão acontecerá no Palace Eventos, na sexta-feira das 15h às 22h, e no sábado das 10h às 22h.

No local estarão reunidos construtoras, corretores e correspondentes da Caixa Econômica Federal. Os interessados poderão conhecer o imóvel, dar entrada na documentação necessária ao financiamento e até fechar o negócio durante o evento, com analise e autorização da Caixa.

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Os antigos moradores da Vila Oliveira, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, realizam um protesto na Avenida Domingos Ferreira, na noite desta quarta-feira (6). Um grupo de 100 pessoas ocupa a calçada da via. Apesar de nenhum trecho está interditado, o trânsito no local está lento, devido aos curiosos que param para observar a manifestação.  

O protesto segue pacífico e os moradores reclamam da demora dos governos estaduais e municipais resolverem o problema da relocação das famílias depois do despejo, em novembro de 2012. Eles alegam que têm um título de posse da terra, cedido pelo antigo governador Miguel Arraes. O grupo levou um bolo para marcar a data. 

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Para a moradora, Tâmara da Silva, de 30 anos, as 22 famílias que habitavam no local agora exigem um habitacional de qualidade. “Fomos expulsos de nossas casas há um ano, agora exigimos um lugar de qualidade para morar”. O governo disponibilizou o habitacional em Cajueiro Seco como provisório.

Segundo a advogada que representa os moradores, Maria José, o terreno pertence ao governo do estado. “Uma perícia foi entregue ao governo na sexta-feira (1°), comprovando a localidade como sendo governamental”, afirmou Maria José. A advogada entrou nesta terça-feira (5) com o pedido de reintegração de posse, um dia antes de completar um ano de despejamento. Não há previsão para uma resposta do governo, mas a advogada afirma que vai continuar cobrando.

Policias e agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanham o movimento.  

Com informações de Moriael Bandeira

Israel convidou construtoras, neste domingo (3), para construir 1.700 unidades habitacionais na Cisjordânia e Jerusalém. A ação tem irritado os palestinos dois dias antes da chegada do secretário dos Estados Unidos, John Kerry, para conversas de paz.

A chegada de Kerry está prevista para a terça-feira em meio a uma crise sobre a expansão de assentamentos judaicos em territórios reivindicados pelos palestinos como parte do futuro Estado.

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A proposta atual de construção consiste em 700 novas unidades em Jerusalém Oriental e mais 1,030 mil na Cisjordânia, segundo informações do Ministério da Habitação israelense. Fonte: Dow Jones Newswire.

O governo de São Paulo tenta reverter a liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que suspendeu o projeto de construção de 20,2 mil casas populares no centro da cidade. Batizada de Casa Paulista, a iniciativa deve ser feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e tem investimento previsto de R$ 4,6 bilhões. A suspensão do projeto foi deferida pelo TJ-SP em 26 de agosto. De lá para cá, o governo do Estado entrou com recurso, que foi negado pela Justiça e agora aguarda o julgamento do processo.

A suspensão do TJ-SP atendeu ao pedido do promotor Maurício Ribeiro Lopes, da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital. "Foi um projeto decidido de cima para baixo sem nenhuma participação dos afetados. Somos contrários à forma como está sendo conduzido, não à proposta em si", diz Lopes. Ele lembra que o projeto inclui desapropriações e produz alteração no entorno da área central. "É preciso haver mais audiências públicas", diz. O promotor acredita que o projeto será analisado nos próximos 30 dias.

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O TJ-SP não se manifestou sobre o processo. Já a Secretaria de Estado de Habitação informou haver orientação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para não se pronunciar.

Projeto. A PPP é a principal aposta do governo e da Prefeitura de São Paulo para revitalizar o centro e atrair novos moradores. A ideia é construir prédios de apartamentos com comércio embaixo, levando pessoas e movimento à região central.

Coordenado pela Casa Paulista, agência de fomento de habitação social do Estado, o projeto foi incluso nos planos do prefeito Fernando Haddad (PT), que descartou o "Nova Luz", do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Dos R$ 4,6 bilhões de investimento, R$ 2,6 bilhões serão desembolsados por empresas, R$ 1,6 bilhão pelo governo e R$ 404 milhões pela Prefeitura.

Os prédios devem ser construídos em bairros como Barra Funda, Liberdade, Brás e Bom Retiro - que têm áreas consideradas subutilizadas, principalmente ao longo de ferrovias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereador de Olinda pelo PSL, Arlindo Siqueira protocolou junto ao Ministério Público do Estado (MPPE), na última sexta-feira (30), o pedido de suspensão das desapropriações e indenizações das 110 casas do bairro de Jardim Fragoso.

Arlindo Siqueira requer a garantia do auxílio moradia para quem não é proprietário e a reavaliação da multa indenizatória aos moradores do local. O valor que a Prefeitura de Olinda está negociando com os habitantes chega ao máximo de R$ 7 mil.

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O Banco Nacional da Habitação foi criado em 21 de agosto de 1964 com o objetivo de financiar a construção de empreendimentos imobiliários e solucionar o déficit habitacional no Brasil. Durante uma crise financeira internacional em 1986, e após 22 anos de existência, a empresa pública foi extinta, botando um ponto final no sonho da casa própria de milhares brasileiros.

A criação do banco originou a data celebrada nesta quarta-feira (21), o Dia da Habitação. Mas hoje, pelo menos 7,7 milhões de famílias no Brasil não tem muito o que comemorar. O número representa o déficit habitacional do país, segundo o coordenador Estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Marcos Cosmo.

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Os problemas também são vivenciados em Pernambuco, onde, conforme Cosmo, mais de 315 mil famílias não possuem uma casa para morar, sendo 80 mil delas só na capital. No Recife recentemente um incêndio no bairro dos Coelhos e um deslizamento no bairro do Jordão deixaram cerca de 200 famílias sem casas, engrossando ainda mais a fatia dos recifenses sem moradia.

Uma das políticas públicas criada pelo Governo Federal em 2009 para solucionar o déficit habitacional, ainda na gestão do ex-presidente Lula, foi o Programa Minha Casa, Minha Vida. Seguindo os moldes do BNH, o projeto surgiu com a proposta de financiar a construção de 1 milhão de moradias.

Neste mesmo período, em Pernambuco, o Governo do Estado cadastrou 40 mil famílias. “A meta nacional foi cumprida, mas desde então o governo não atualizou mais esses dados e nós precisamos dos números. Já em Pernambuco quando o processo estava em andamento, houve aquela enchente que destruiu parte da Mata Sul e os recursos foram direcionados pra lá”, relembrou Cosmo.

O coordenador do MTST aprova a iniciativa do Minha Casa Minha Vida, mas também critica alguns aspectos do projeto. De acordo com ele a situação da moradia no Brasil poderia ser solucionada de forma simples e sem ser necessariamente através da construção de novos imóveis. “Temos em todo o território brasileiro aproximadamente cinco milhões de imóveis subutilizados. São prédios que podem ser recuperados e entregues a população que não possui uma casa”, aconselhou.

Cosmo também defende a proposta da revitalização das áreas centrais dos municípios. “Nós temos no Recife mais de 40 prédios no Centro da cidade que estão abandonados e toda uma infraestrutura montada. Mas hoje o trabalhador mora nas periferias e perde cerca de três horas para ir ao trabalho e voltar pra casa. O Minha Casa, Minha Vida não trás nenhum item que trate a questão da revitalização das áreas centrais”, criticou.

Para a capital pernambucana, a prefeitura tem metas ousadas. Ao invés das 1.000 unidades habitacionais/ano - média que era mantida anteriormente - o objetivo é entregar cerca de 15.000 unidades até 2016. "Até dezembro estamos entregando 384 apartamentos para moradores dos Coelhos e já temos 5.000 unidades em obras, financiados pelo PAC, e 5.500 em processo e chamada pública, dentro do Minha Casa, Minha Vida, que irão ser contruídos nos bairros da Imbiribeira, Tejipió, Jiquiá, Joana Bezerra, Nova Descoberta, Novo Prado e ainda na bacia do beberibe", afirmou o Secretário de Habitação, Eduardo Granja.

Segundo a Caixa Econômica, desde o início do programa Minha Casa, Minha Vida, já foram entregues 1,282 milhão de casas e outras 1,5 milhão estão prontas ou em construção. O valor investido até hoje foi de R$ 182.375.222.179,00. Em Pernambuco, foram entregues 102.923 unidades habitacionais e outras 43.738 estão em construção, destas, 35.303 estão destinadas à famílias já cadastradas.

O LeiaJá contactou a Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB) mas esta não disponibilizou os dados.

Com colaboração de Giselly Santos

Depois de oito meses na gestão, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), começa a criticar de forma pública e discretamente, o ex-gestor da cidade, João da Costa (PT). O socialista afirmou nesta sexta-feira (9), durante entrevista após assinatura da Ordem de Serviço da Upinha do Córrego do Jenipapo que encontrou várias obras paralisadas.

A declaração do chefe do executivo municipal surgiu depois da indagação de jornalistas sobre obras de conjuntos habitacionais paralisados no bairro dos Coelhos e do Recife, fiscalizado nesta semana pela bancada da oposição. A vereadora Priscila Krause (DEM) comentou que a oposição estar pautando o governo e o socialista evitou rebater a declaração. “Eu não tenho nada a dizer sobre isso”, respondeu.

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Mesmo evitando responder a alfinetada da democrata, Geraldo Julio defendeu sua gestão. “O que eu tenho a dizer é que meu governo tem um conjunto de realizações que veio do programa de governo, e que está destravando um conjunto de obras que encontramos paralisadas. Sobre esse comentário dela, eu não vou dizer nada”, argumentou. 

Na blitz dos parlamentares oponentes foi constatado um termo aditivo de prorrogação de duas obras no bairro dos Coelhos. Segundo os vereadores, o documento foi assinado na gestão Geraldo Julio e tinha como prazo de entrega dos habitacionais a data de 1° de agosto, mas ele negou qualquer promessa de entrega da obra. “Eu disse que não prometi. O extrato de um contrato não é uma promessa minha, é um documento formal prorrogando o prazo de um contrato de uma obra. Eu não prometi nada. Não tem declaração minha dando prazo para aquela obra", esquivou-se.

O prefeito falou ainda da CPI dos Transportes Públicos sugerido nessa quinta-feira (8), durante protesto na Câmara do Recife. Sobre o assunto ele afirmou que essa decisão é da Casa e concluiu apaziguando a situação. “(...) E a gente vai continuar com a mesma relação que tivemos com a Câmara, que é uma relação positiva e de quem tem dado resultados positivos no Recife”, prometeu. 

 

Nesta quinta-feira (8), um dia após a bancada de oposição da Câmara do Recife visitar obras de habitacionais abandonadas pela administração municipal, a Prefeitura publicou no Diário Oficial quatro medidas com o objetivo de destravar obras e ações adormecidas na gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB).

A PCR republicou o edital de chamada pública para construção do habitacional Caranguejo Tabaiares - comunidade vitimada por incêndio no primeiro semestre -; lançou edital de licitação para a finalização de parte das obras do habitacional Vila Brasil (o foco são 128 das 448 unidades planejadas), na Joana Bezerra, e postergou em 30 dias a conclusão do processo administrativo em torno da Edificarte Construtora e Incorporadora Ltda, empreiteira responsável pelas obras abandonadas do Vila Brasil. No âmbito financeiro, o prefeito anunciou suplementação de R$ 2,088 milhões para a Secretaria de Habitação, atualmente esvaziada.

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Para a vereadora Priscila Krause (DEM) é "interessante" constatar que o prefeito e sua equipe estão atentos às ações da oposição. "Infelizmente faltam ações concretas no tempo certo, o incêndio poderia ter sido evitado, mas essas novidades publicadas no Diário Oficial deixam claro que a nossa pressão tem efeito. Se o governo estivesse no rumo certo não deveria, a priori, ser pautado pela nossa ação, mas se isso está acontecendo é porque estamos apontando as falhas de forma consistente e responsável. Nosso objetivo é justamente esse, fazer uma oposição de resultados", registrou.

A democrata lembrou ainda que apenas na RPA 1 (Centro do Recife), quatro habitacionais estão travados: Coelhos/Sérgio Loreto, Coelhos/Travessa do Gusmão, Vila Brasil e Comunidade do Pilar. Juntos, eles beneficiarão cerca de 1,3 mil famílias. "Nossa pesquisa no Portal da Transparência conclui que a PCR não gasta, desde janeiro, um tostão com obras da Secretaria de Habitação, mas a gestão insiste em afirmar que está tudo dentro da normalidade. Diferente do discurso, o prefeito repassa na pressa dois milhões para a Pasta. Há um desgoverno", concluiu.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que 75% da meta de contratação das duas etapas do Minha Casa, Minha Vida, foram cumpridos, com 2,78 milhões de unidades adquiridas dos 3,7 milhões previstos até 2014. Do total contratado, 1,778 milhão referem-se a unidades do Minha Casa, Minha Vida 2 e o restante à primeira etapa do programa.

Em relação às unidades contratadas, 45% das moradias foram entregues, ou 1,247 milhão de unidades habitacionais. O programa movimentou até agora R$ 177,5 bilhões, e 46% vieram de subsídios do governo, com os 54% restantes de financiamentos.

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O recém-criado programa Minha Casa Melhor, para a compra de móveis e eletrodomésticos às residências, tem 103.383 contratos fechados, com R$ 512 milhões. O programa destinará R$ 18,7 bilhões em recursos. Miriam declarou que os desafios agora são acelerar a contratação de moradias às camadas mais pobres da população, com renda até R$ 1,6 mil. "Ainda há espaço importante para empresas diversificarem investimentos à chamada faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida."

Outros entraves ao programa são o descompasso dos investimentos em energia, água e esgoto, os problemas com licenciamento junto a órgãos públicos e a registros cartorários, além da necessidade de ampliar a sustentabilidade dos investimentos. "Mas já há a produção de imóveis com sustentabilidade, com a utilização de novos materiais e com a melhoria do padrão de arquitetura e urbanismo", disse Miriam. "Precisamos avançar em soluções diversificadas e não apenas em caixotinhos", exemplificou.

Segundo a ministra, "as reclamações são residuais", mas precisam ser equacionadas, por isso, a Caixa Econômica Federal estabeleceu uma nova rotina de acompanhamento, com vistorias semanais. "Monitoramos 100% das ocorrências e estabelecemos um sistema de penalização às empresas que não responderem aos clientes", afirmou. "E para um futuro Minha Casa Minha Vida 3, teremos de olhar alternativas e estamos abertos a sugestões", completou.

Miriam, que já foi secretária em Santo André, brincou e disse que gostaria "de voltar à prefeitura", diante dos programas de apoio do governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida" e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "É sempre difícil ser prefeito, mais é fácil ser prefeito hoje com, os programas existentes", disse, nesta segunda-feira, 15, em evento do Sindicato da Habitação de São Paulo, na capital paulista.

O número de domicílios com carros no Brasil quase dobrou nas duas últimas décadas. Saltou de 23% para 40% do total de moradias, ou seja, de cada mil residências, 400 têm um ou mais veículos nas garagens, de acordo com estatísticas tabuladas pelo Estadão Dados com base no último Censo.

Nos Estados Unidos, há um movimento oposto. No início dos anos 90, 5,7% dos lares não tinham automóveis, porcentual que subiu para 9,3% no ano passado e deve chegar a 10% este ano, segundo a consultoria americana CNW Marketing.

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As deficiências no transporte público - que recentemente desencadearam uma onda de protestos em várias partes do País - e o próprio desejo do brasileiro de ter um carro tendem a manter o mercado automobilístico aquecido nos próximos anos.

Mesmo com a falta de mobilidade nas grandes cidades e o alto custo para o consumidor para manter um veículo, as montadoras apostam em vendas de 5 milhões de unidades ao ano a partir de 2017.

No período em que o número de lares com carros cresceu 74% no País, as vendas de veículos novos quase quintuplicaram. Saíram de 712,7 mil unidades, em 1990, para 3,5 milhões, em 2010. Neste ano, devem atingir o recorde de quase 3,9 milhões de unidades.

"No Brasil, o carro ainda é um símbolo de status e a deficiência do transporte público é um fator que incentiva a compra", confirma a sócia da Prada Assessoria, Leticia Costa.

O Brasil tem atualmente 5,5 habitantes por veículo, enquanto nos EUA essa paridade é de 1,6 e, na Europa, de 1,9. "Os EUA são o país com a maior penetração de veículos por habitante do mundo, com muito pouco espaço para crescimento, enquanto o Brasil ainda pode crescer", afirma Leticia.

As áreas rurais e cidades menores são as que mais devem ampliar o volume de carros em circulação, acrescenta o consultor sênior da A.T. Kearney, David Wong. Em metrópoles como São Paulo, a paridade habitantes/veículo já se aproxima dos índices americano e europeu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A regularização fundiária e a entrega de títulos de posse para mais de 38 mil imóveis localizados em todas as Regiões Político -Administrativas (RPA’s) do Recife, foram tema de um encontro realizado pelo prefeito Geraldo Julio nesta quarta-feira (3). A reunião visa atuar conjuntamente com o Governo, trocando informações e repassando recursos financeiros para agilizar os processos.

São cerca de 20 mil imóveis cujos processos de regularização estão sendo trabalhados há algum tempo pela Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart); dez mil acompanhados pela Companhia Estadual de Habitação (Cehab) e mais de oito mil residências cadastradas em conjuntos habitacionais e nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). Nessa situação estão algumas localidades bem tradicionais, como Brasília Teimosa, Coelhos e Comunidade do Chié.

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O Prefeito afirma que essa ação é uma maneira que o Poder Público está fazendo para melhorar as condições de vida da população. “Nós temos famílias que moram há dez, 20, 30 anos em suas casas, mas que vivem em um processo de angústia, pois não receberam até hoje o título definitivo de posse de sua moradia, de seu bem. Esse documento vai servir para garantir a dignidade e a segurança dessas pessoas”.

Participaram do encontro o secretário estadual de Articulação Social e Regional, Aluísio Lessa, além de representantes das secretarias estaduais das Cidades, Administração, Procuradoria-Geral, Perpart e Cehab. Representando o município estiveram presentes os secretários Sileno Guedes (Governo e Participação Social), Ricardo Correia (Assuntos Jurídicos), João Braga (Mobilidade e Controle Urbano), Nilton Mota (Infraestrutura e Serviços Urbanos) e Eduardo Granja (Habitação).

O desembargador Frederico Ricardo de Almeida, corregedor-geral do Tribunal de Justiça de Pernambuco, também presente ao encontro, disse que a Justiça do Estado está pronta “para trabalhar nesse processo de conjugação de esforços, com o objetivo de garantir celeridade e priorizar essa questão da regularização fundiária.”

Com informações da assessoria

A desocupação de 14 blocos do Conjunto Residencial Eldorado, em Água Fria, Zona Norte do Recife, foi mencionado nessa quarta-feira (2) pela deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).  A tucana reacendeu a preocupação com as condições dos prédios tipo caixão e comentou a respeito do sonho da casa própria.

A parlamentar lamentou a situação das 224 famílias que tiveram de deixar o imóvel às pressas e lembrou que o problema já foi alvo de reuniões da Comissão de Cidadania e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Alepe, em mandatos anteriores. 

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Terezinha Nunes falou na época o Tribunal de Justiça de Pernambuco se comprometeu em criar um Grupo de Trabalho para dar celeridade aos processos de indenização. Já o Governo do Estado, assinou Termo de Cooperação Técnica com os municípios e a Caixa Econômica, no sentido de recuperação dos prédios. 

Além da deputada do PSDB, os parlamentares Antônio Moraes, Betinho Gomes e Daniel Coelho, todos também tucanos, se pronunciaram sobre o assunto.

*Com informações da assessoria

 

 

Brasília – Nunca os brasileiros tiveram acesso a tanto crédito e facilidades para adquirir a casa própria. Mas, na empolgação de assinar o contrato, muitos consumidores esquecem detalhes que podem virar dor de cabeça no futuro e até forçar a devolução do imóvel.

Os compradores devem estar cientes, por exemplo, do risco de a instituição bancária não liberar o financiamento que possibilitará honrar a dívida com a construtora ou de o valor sofrer alteração e ficar acima de sua capacidade de pagamento.

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Além disso, precisam levar em conta que terão gastos consideráveis com taxas cartoriais e bancárias, além de itens como mudança e mobília. Entidades de defesa do consumidor alertam para a necessidade de o comprador estar atento, já que, interessados em fechar negócio, muitas vezes os corretores e construtoras falham em fornecer informações a respeito.

“Estamos tendo muita reclamação, pois acontece de os imóveis valorizarem e não se encaixarem mais no limite de crédito que o comprador se propôs a tomar”, explica o advogado Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).

Segundo ele, um caso típico tem sido o imóvel ter valorização superior a R$ 170 mil, limite financiado pelo Programa Minha Casa, Minha Vida nas capitais brasileiras. Nesse caso, o consumidor não tem mais acesso aos juros reduzidos do programa e as prestações sobem. De acordo com Tardin, em ocorrências do tipo, o comprador pode buscar na Justiça uma rescisão do contrato e tentar receber de volta os valores desembolsados.

“Há ainda a possibilidade de mover uma ação de obrigação de fazer contra a Caixa [Econômica Federal, agente financeiro do Minha Casa, Minha Vida]. Se o mercado valorizou, o consumidor não tem culpa”, avalia.

Para a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), é necessário haver pressão sobre as empresas envolvidas para que haja mais clareza nas negociações e no texto do contrato. "O consumidor tem de estar muito ciente do risco e tem de estar previsto o que ocorrerá e quais valores serão devolvidos no caso de o financiamento não ser liberado", explica.

Segundo a advogada, a promessa de compra e venda entre consumidor e construtora precisa informar ainda o custo efetivo total envolvido na operação. "Todos os encargos, tudo que incide de ônus deve estar discriminado. Se o consumidor perceber que não tem, pode questionar, procurar os Procons ou a Justiça", informa.

Passada a primeira fase e liberado o financiamento, o comprador precisa se preparar para as taxas cartoriais e bancárias. Os custos de cartório não chegam a ser informados  no contrato, porque são calculados posteriormente pelo Poder Público municipal e estadual.

Quem financiou o bem precisa arcar com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Intervivos (ITBI) e o registro do imóvel. Nesses casos, o contrato com o banco já equivale a uma escritura. Quem pagou à vista, no entanto, deve arcar ainda com a taxa para confecção de uma escritura pública.

Somadas, essas tarifas, que têm por base o valor do bem e cujo cálculo varia segundo a localidade do país, podem atingir de 3% a 5% do custo da casa própria. Além disso, dependendo do banco que fará o financiamento, podem ser cobradas taxas de cadastro e de abertura de crédito, entre outras.

O educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), destaca que esses custos podem abalar um orçamento contigenciado e que, por isso, o ideal é planejar com antecedência e construir uma reserva.

"Vale lembrar que o imóvel na planta não tem armários e outras benfeitorias. O nosso sistema não é como na Inglaterra, em que se financia 100% do valor e ainda se tem crédito para mobiliar. Também tem que prever os gastos com mudança, condomínio, IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]. Tudo isso tem que ser objeto de análise muito antes [da compra]. Não só o que se gastará no começo, mas também o dia a dia da nova casa. Se não, o risco é entrar em desequilíbrio financeiro ou até devolver o imóvel", comenta.

Segundo Domingos, a dica para poupar é fazer uma estimativa dos gastos totais, avaliar quanto falta para atingir o montante e diagnosticar quanto pode ser posto de lado por mês para fazer face às despesas. "Tem que começar a buscar uma redução de gastos e excessos. Reunir todos da família e melhorar o desempenho do orçamento familiar", sugere.

Um direito que muitos brasileiros não sabem que existe e que pode aliviar os pesados desembolsos que envolvem a aquisição de um imóvel, é o desconto de 50% no registro cartorial para quem está adquirindo sua primeira casa pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O benefício é previsto na Lei 6.015, de 1973, e vale para o território nacional. 

Para receber o abatimento, basta estar declarado no contrato de aquisição que se trata do primeiro imóvel. A compra de imóveis dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida também dá direito a custos reduzidos. O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), no entanto, regido por uma lei diferente da que regula o SFH - o sistema permite financiar imóveis acima de R$ 500 mil e não prevê uso do FGTS, entre outras diferenças - não dá direito a abatimento.

Segundo a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), caso o cartório se recuse a conceder o desconto devido, o cliente pode registrar queixa junto à Corregedoria do Tribunal de Justiça da Região.

Na semana passada a revista ISTOÉ divulgou uma matéria citando envolvimento de alguns parlamentares num suposto lucro através do programa habitacional do governo federal, ‘Minha Casa Minha Vida’. Entre os políticos mencionados estão os pernambucanos Augusto Coutinho (DEM) e Inocêncio Oliveira (PR). 

Segundo as informações divulgadas pela revista, parlamentares de diferentes partidos têm obtido vantagens financeiras de duas maneiras: na venda de terrenos para o assentamento das unidades habitacionais e na obtenção de contratos milionários para obras que são realizadas por suas próprias empreiteiras. 

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Diante da situação que já foi dissipada por vários meios de comunicação, Augusto Coutinho enviou nota à imprensa desmentindo as informações. De acordo com o democrata, a matéria é ‘mentirosa, leviana e irresponsável’. Confira o texto enviado pelo parlamentar abaixo:

“Em relação à reportagem publicada pela revista IstoÉ desta semana e divulgada nos principais blogs do Estado, o deputado federal Augusto Coutinho (DEM) classifica a matéria como “mentirosa,leviana e irresponsável”. O democrata rebate a revista que o envolve em um esquema no programa Minha Casa, Minha Vida e afirma que a referida empresa citada na matéria, a Construtora Heco Ltda, fundada pelo seu pai há mais de 50 anos, encontra-se inativa há quatro anos após a morte do seu genitor.

O terreno citado pela reportagem, pertencente à empresa em que o deputado Augusto Coutinho é um dos seis herdeiros, foi desapropriado pela Prefeitura do Recife, que depositou em juízo a injusta quantia de R$ 26 mil por uma área de 2.400 metros quadrados, no bairro de Campo Grande. Um advogado da empresa, como reza o direito, questionou o valor na Justiça, anexando ao processo uma avaliação técnica feita pelo renomado engenheiro pernambucano Biagio Ramos Sarubbi, que avaliou o terreno em torno de R$ 300 mil, de acordo com o valor de mercado. Augusto Coutinho avisa que todo o questionamento encontra-se na Justiça, onde corre toda a ação diferente do que diz a matéria.

Retaliação - Esta não é a primeira vez que a revista IstoÉ calunia o deputado Augusto Coutinho. No ano passado, a revista foi processada por ter associado o nome da empresa pernambucana Negocial Factoring Fomento Comercial Ltda (que doou legalmente R$ 20 mil à campanha de Coutinho) a uma outra empresa ligada a Carlinhos Cachoeira, com sede em Brasília. As empresas tinham CNPJs totalmente distintos e a revista esqueceu de apurar devidamente como manda o bom jornalismo” .

 

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