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Há 38 anos, era realizada a primeira edição do festival de música Rock in Rio no Rio de Janeiro. A estreia ocorreu entre 11 e 20 de janeiro de 1985 e contou com a banda Queen como uma das atrações principais, que entrou para a história com as performances de “Love Of My Life” e “Bohemian Rhaspody”. Para comemorar o Leia Já separou algumas curiosidades sobre o festival, confira:

Foi declarado como Patrimônio Imaterial do Rio Janeiro: O projeto de lei foi sancionado em agosto de 2022, com uma placa comemorativa de honraria;

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Já teve mais de 22 edições: Ao longo dos anos, o festival de música já passou nove vezes pelo Rio de Janeiro e Lisboa (Portugal), três em Madrid (Espanha) e uma em Las Vegas (EUA);

Em 1991, Rock in Rio foi realizado no Maracanã: O estádio carioca foi a sede do festival durante nove dias. A atração principal da vez foi a banda de rock Guns N' Roses;

Em 2022, os ingressos de um dia esgotaram em cerca de 12 minutos: No ano passado, as vendas para o terceiro dia de festival, que teve como headliners, Justin Bieber e Demi Lovato quebraram o recorde anterior de Rihanna, que era de 57 minutos. Seguidos da banda britânica Coldplay, que esgotou o dia da apresentação em 27 minutos;

Ney Matogrosso foi o primeiro artista a pisar nos palcos do Rock In Rio: Na edição histórica de 1985, o artista foi responsável pela abertura da primeira edição do festival.

Nesta segunda-feira, a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2023 se inicia, com 128 equipes divididas em 32 grupos buscando o tão cobiçado título da principal competição de base do futebol nacional. Em 52 edições realizadas até aqui, o Corinthians é a equipe que mais vezes ergueu o troféu da competição, com 10 títulos conquistados. A equipe faturou o torneio em 10 oportunidades, nos anos de 1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017.

Fluminense (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989) e Internacional (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020), com cinco títulos cada, estão empatados com o segundo maior número de títulos conquistados.

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O domínio dos paulistas na competição é evidente, com equipes do estado tendo vencido o torneio em 31 oportunidades, cerca de 59.61% das vezes. A última edição, inclusive, foi vencida de forma inédita pelo Palmeiras.

CORINTHIANS

Dono de 10 títulos da competição, o Corinthians é disparado o time mais vitorioso do torneio. Porém, desde 2017 a equipe paulista não levanta a taça, tendo chego mais perto do décimo primeiro título em 2020, quando amargou o vice-campeonato para o Internacional, após perder por 3 a 1 na decisão. Na última edição, o Corinthians caiu na segunda fase do mata-mata, ao ser eliminado pelo Resende.

Na edição de 2023, a equipe do Parque São Jorge jogará suas partidas na cidade de Araraquara, no Grupo 12 ao lado de Ferroviária-SP, Zumbi-AL e Fast Club - AM. A estreia será no dia 3 de janeiro, contra o Zumbi-AL, às 21h45.

PALMEIRAS

Atual campeão do torneio, o Palmeiras possui apenas um título da competição. Em 2021, liderado pelo talento de Endrick, a equipe goleou o Santos por 4 a 0 na decisão e conquistou a taça. Na história, a equipe ainda soma dois vice-campeonatos, em 1970 e 2003.

Em busca de defender o título, o Palmeiras está no Grupo 3 do torneio, na cidade de Rio Preto, ao lado de Juazeirense-BA, Santana-AP e Rio Preto-SP. O debute no torneio será contra a Juazeirense-BA, no dia 3, às 19h30 (horário de Brasília).

SÃO PAULO

Com 4 títulos conquistados, em 1993, 2000, 2010 e 2019, o São Paulo é o segundo paulista com mais trofeus do campeonato, atrás apenas do Corinthians, com 10. Na última edição do torneio, a equipe tricolor foi eliminada pelo Palmeiras na semifinal. Na edição de 2023, a equipe estará no Grupo 17, com sede em Marília, ao lado de CSP da Paraíba, o paulista Marília e o Porto Velho, de Rondônia, que enfrenta na estreia, no dia 4, às 21h45 (horário de Brasília).

SANTOS

A equipe do litoral é dona de três títulos da competição, tendo conquistado a Copinha em 1984, 2013 e 2014. Além disso, tem outros três vice-campeonatos, em 1982, 2010 e 2022, este último quando foi goleado pelo Palmeiras na decisão.

Na edição de 2023, o Santos está no Grupo 26, com sede em Santo André, ao lado dos donos da casa, do Falcon-SE e do São Raimundo-RR, adversário da estreia no dia 04, às 15h (horário de Brasília).

OUTRAS CAMPANHAS PAULISTAS DE DESTAQUE

Além das conquistas de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, outros 10 equipes paulistas conquistaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Nacional (1972 e 1988), Ponte Preta (1981 e 1982) e a Portuguesa (1991 e 2002) são destaques com dois títulos do torneio. América (2006), Guarani (1994), Juventus (1985), Marília (1979), Paulista (1997), Roma Barueri (2001) e Santo André (2003) têm um título cada.

Confira a lista completa dos campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior: Corinthians - 10 títulos (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017); Fluminense - 5 títulos (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989); Internacional - 5 títulos (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020); Flamengo - 4 títulos (1990, 2011, 2016 e 2018); São Paulo - 4 títulos (1993, 2000, 2010 e 2019); Atlético-MG - 3 títulos (1975, 1976 e 1983); Santos - 3 títulos (1984, 2013 e 2014); Nacional - 2 títulos (1972 e 1988); Ponte Preta - 2 títulos (1981 e 1982); Portuguesa - 2 títulos (1991 e 2002); América-SP - 1 título (2006); América-MG - 1 título (1996); Cruzeiro - 1 título (2007); Figueirense - 1 título (2008); Guarani - 1 título - (1994); Juventus - 1 títulos (1985); Marília - 1 título (1979); Palmeiras - 1 título (2022); Paulista de Jundiaí - 1 título (1997); Roma Barueri - 1 título (2001); Santo André - 1 título (2003) e Vasco - 1 título (1992).

Na história política, a faixa presidencial virou símbolo da conturbada vida pública brasileira. O gesto de Jair Bolsonaro de não passar o poder a Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo, 1º, é mais uma cena de uma República de tensões, ameaças e golpes.

Outros seis ocupantes do Palácio do Planalto deixaram de entregar a tira de lã e seda verde e amarela ao sucessor. Teve quem sofreu isquemia cerebral, impeachment ou golpe. Houve ainda quem recusou o rito por desapreço à democracia.

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Desde que Juscelino Kubitschek inaugurou o palácio e Brasília, em abril de 1960, foram 18 substituições de presidentes - tirando três reeleições. Em um terço destas trocas não houve entrega de faixa. Quando havia, a situação costumava ficar tensa. Ao ser informado de que o eleito, Jânio Quadros, poderia fazer um discurso demolidor, Juscelino avisou que lhe daria um soco. Não houve ataque verbal nem físico, mas a faixa original foi levada pelo ex-presidente para casa - e reapareceria mais tarde num mausoléu construído em forma de pirâmide cortada na cidade.

Militar

Um ano depois, Jânio renunciou ao mandato, decisão vista como tentativa de golpe, e não passou o poder ao vice. Por sua vez, João Goulart sofreu golpe e estava no Rio Grande do Sul, em 2 abril de 1964, quando o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, chegou ao palácio vazio. Dias depois, Mazzilli disse que era um "privilégio" concedido pelo "Altíssimo" passar a tira de pano ao marechal Castelo Branco, o primeiro dos cinco militares presidentes da ditadura.

Aí virou troca da guarda. Ao repassar o cargo ao general Costa e Silva, Castelo reclamou que alguns levantavam suspeita sobre a "autenticidade democrática" e chamavam a passagem de governo de "rendição de guarda". Em 1969, Costa e Silva teve isquemia e não transmitiu o poder ao vice Pedro Aleixo, deposto por uma Junta Militar.

Figueiredo

Em 15 de março de 1985, o País acordou com a notícia de que o presidente eleito pelo Colégio Eleitoral, Tancredo Neves, tinha sido internado. Quando o então vice, José Sarney, chegou ao palácio, no fim da manhã, para assumir, o presidente João Figueiredo tinha deixado o prédio. Era a primeira vez, em Brasília, que um militar se recusava a transmitir o cargo.

Com a morte de Tancredo, o mundo político pediu que o presidente fosse enterrado com a faixa. Sarney aceitou, mas mandou fazer outra para o morto e pôs a antiga no peito. Em 1990, cioso com a "liturgia do cargo", entregou a faixa a Fernando Collor de Mello, que havia feito campanha contra o governo.

A reconciliação ocorreu dias antes. A pedido do sucessor, Sarney decretou feriado bancário de três dias, o que permitiu a Collor confiscar, logo que assumiu, poupança acima do que equivale hoje a R$ 18 mil, sem dar chance de ninguém escapar. Nunca o cumprimento da tradição da faixa presidencial doeu tanto no bolso dos brasileiros.

Depois, Collor sofreu impeachment e saiu do Palácio do Planalto pela lateral. O sucessor dele, Itamar Franco, passou o poder a Fernando Henrique Cardoso, em janeiro de 1995, que repetiria o gesto em 2003, dando posse a Lula. Durante a entrega de faixa ao petista, o tucano acabou se atrapalhando e deixou os óculos caírem. Lula se abaixou para pegá-los.

Perdida

A atual faixa presidencial foi confeccionada em 2007 para Lula entregar a Dilma Rousseff. Mas nem essa peça escapou do destino da confusão política. Em 2015, a tira foi perdida e Dilma usou a velha na cerimônia da reeleição. A faixa nova foi achada depois num armário do palácio, mas a então presidente sofreu impeachment no ano seguinte e não a passou a Michel Temer.

Neste dia 1.º de janeiro, Lula irá ao Palácio do Planalto para assumir pela terceira vez a Presidência da República. Enquanto isso, Jair Bolsonaro deverá continuar em viagem a Orlando, nos Estados Unidos, terra dos parques temáticos, hábitat dos personagens de Walt Disney.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última semana, a Associação de Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico (AAPAH) lançou o documentário “Guarulhos: A História de uma Cidade Diversa e Controversa”. O curta-metragem trata sobre momentos importantes da história da cidade, como a fundação do município, presença indígena, descoberta do ouro, emancipação política, a chegada do trem e as comemorações do IV Centenário.

A narração é de Anderson Gomes, com entrevistas dos historiadores Elmi Omar e Tiago Guerra. O Leia Já conversou com o diretor do curta, co-fundador e social media da AAPAH, Bruno Leite de Carvalho, de 39 anos: “A gente [da AAPAH] sempre trabalhou a história da cidade por meio de períodos ou locais, por exemplo, como a história de um bairro ou acontecimento. Então, eu meio que juntei os trabalhos que a gente já tem de pesquisa e montei um roteiro em cima disso. A ideia era trazer, contar a história geral de forma mais resumida”, conta.

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Uma das questões abordadas são os povos originários: “É complicado, porque tem muito folclore em cima dessa história. Então, eu tentei trazer com os historiadores, um pouco dessa visão mais perto do que a gente acredita ser o que realmente aconteceu com os povos originários. Porque tem muita história dos primeiros memorialistas, que não dá pra ter uma ideia real, porque é meio idealizada. Ainda é uma questão que precisa ser melhor estudada na história da cidade”, explica Carvalho.

O documentário foi realizado a distância, incluindo a narração e as entrevistas. Bruno Leite disse que a maior dificuldade foi a pesquisa de imagens antigas “Eu usei algumas ilustrações. Porque tem parte que você não acha documento mesmo. A parte mais antiga do ouro, o que a gente já tem, está em livros. Mas documento primário, a gente não tem salvo. Eu trazia notícia de jornal. Notícia de jornal geralmente é mais fácil de achar né. Jornal falando de ouro em Guarulhos, utilizei o recurso dessa forma”, esclarece.

TODO MUNDO PASSA POR AQUI

Atualmente, o slogan do município é a frase “Todo mundo passa por aqui”, uma referência ao Aeroporto Internacional de Guarulhos - GRU Airport. No documentário, o historiador Thiago Guerra comenta que “Todo mundo passa, mas ninguém fica”. O diretor concorda e acredita que o problema se dá devido à identidade de Guarulhos, geralmente representada pelo aeroporto:

“Acho que a cidade, ela não tem uma cara, quem governa não tem um propósito pra cidade. Parece que as pessoas tão sempre de passagem. Na área de turismo e patrimônio, uma grande questão que sempre se discutiu é o aeroporto como foco para turismo. Ele é uma ferramenta pra isso, mas não pode ser o foco da cidade. Tem até uma teoria que fala que o aeroporto em uma cidade é um “não-lugar”, é um lugar de passagem. Até pra quem trabalha com turismo, sempre fica falando do aeroporto como imagem de Guarulhos. O aeroporto você passa por ele e vai embora, vai pra casa ou para outro lugar. Ninguém vai pra uma pra cidade conhecer aeroporto. Você vai conhecer um patrimônio, um museu, uma praia, visitar um artista”, diz Carvalho. 

A AAPAH é uma associação sem fins lucrativos, que surgiu em 2009. Seu objetivo é promover e preservar os patrimônios culturais e históricos da cidade. Eles também realizam parcerias com Arquivo Histórico de Guarulhos e atuam em conselhos de políticas públicas municipais.“A gente tenta contar essa história de uma forma mais humana e fazer com que as pessoas tenham senso de pertencimento à cidade. [...] Só quem gosta muito de Guarulhos, vê que há muita coisa interessante na cidade que deve ser contada e conhecida pelos moradores”, completa Bruno Leite.

Para quem se interessar sobre o assunto, a AAPAH possui outros documentos, estudos e inclusive um projeto audiovisual no Youtube “Lugares e Memórias”, sobre histórias mais aprofundadas de cada local.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/1c6T1FjLmkg

Há exatos 50 anos, em 7 de dezembro de 1972, os astronautas a bordo da missão Apollo 17 registraram a primeira fotografia da Terra como um todo. Chamada de "Blue Marble", a imagem foi capturada a mais de 32 mil km de distância em pouco mais de cinco horas. Neste ano, uma versão mais atual da foto foi publicada pela Nasa em janeiro. Ela foi registrada pelo satélite Suomi NPP. Segundo a agência espacial americana, ela seria a imagem em mais alta definição já feita do nosso planeta.

Para especialistas da Nasa, a Blue Marble deste ano superou as versões anteriores, tiradas pela Nasa desde 1972. De acordo com a revista Nature, a imagem influenciou a geração de cientistas e ambientalistas e capturou a imaginação do público assim que o movimento ambiental estava tomando forma. Nos dias de hoje, seria difícil uma fotografia causar tanto impacto nas pessoas, mas o "burburinho" inevitável serviu de lembrete que tais imagens ainda têm a capacidade de inspirar nossa curiosidade.

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Além destas fotografias tiradas durante o dia, existe a "Black Marble", que tem a mesma ideia de fotografia da Terra  inteira, mas no período da noite. Na última quarta-feira, a Nasa e a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) divulgaram a mais recente imagem terrestre vista à noite . "Pelas mesmas razões pelas quais precisamos ver a Terra durante o dia, também precisamos ver a Terra à noite", diz Steve Miller, pesquisador do Instituto de Pesquisa da Atmosfera (da Universidade do Estado do Colorado e do Noaa). "Ao contrário dos humanos, a Terra nunca dorme."  

A Revolta da Chibata foi um motim organizado por soldados da Marinha brasileira dos dias 21 a 27 de novembro de 1910. Liderada por marinheiros, o protesto armado aconteceu em embarcações da Marinha atracadas na Baía de Guanabara. A principal reivindicação dos marinheiros era a extinção dos castigos físicos a bordo.

O uso da chibata como forma de punição para os mais diversos comportamentos era uma característica que a Marinha brasileira herdou da Marinha portuguesa, durante o período colonial. Este tipo de castigo era dedicado somente aos postos mais baixos da força militar, ocupados, em geral, por negros e mestiços.

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A insatisfação dos marujos se ampliava em decorrência dos castigos físicos e do rigor da Marinha. Existem muitos relatos que apontam que, mesmo antes da revolta, em uma viagem próxima à costa chilena, os marujos já se organizavam para reivindicar por melhores condições. O estopim para o início da revolta ocorreu quando Marcelino Rodrigues Menezes foi punido com 250 chibatadas e não recebeu o direito de ser atendido por um médico.

O contato com marujos estrangeiros também foi um ponto muito importante na insatisfação dos tripulantes brasileiros. Nas Marinhas de outras nações essa prática foi extinta muito antes de sequer ser considerada em solo nacional.

O líder do motim, João Candido, viajou para a Inglaterra um ano antes do início da revolta, em 1909, e conheceu a história do Encouraçado Potemkin. Este relato trata sobre um grupo de marujos russos que rebelaram-se contra o governo de seu país.

A Revolta da Chibata não foi fruto apenas da insatisfação de marujos com as punições físicas. Em grande parte, os marujos eram oriundos de famílias pobres, muitas delas sofrendo com a desigualdade social gritante existente na Primeira República. Sendo assim, muitos historiadores consideram este motim como uma luta contra a desigualdade social e racial existente tanto na Marinha quanto em toda a sociedade.

Instituído por decreto em 2011, o Circuito da Herança Africana no Rio de Janeiro, que abrange a região portuária conhecida como Pequena África, revela escavações arqueológicas e locais de resistência e tentativa de apagamento da história negra na cidade.

O professor Flávio Henrique Cardoso, que promove aulas públicas para ensinar a história da região e da chegada dos africanos escravizados no país, lamenta a situação de abandono de alguns espaços. Antes da pandemia, em 2019, ele alertava para a falta de investimentos na região, o que não mudou muito, desde então.

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“A Pequena África continua nas mesmas condições que estava em 2019, ou seja, os locais que estavam com falta de iluminação continuam. Mas os circuitos continuam acontecendo da mesma forma. No pós-pandemia piorou um pouco, mas nada que impeça de fazer o circuito.”

Questionada sobre investimento nos equipamentos nos últimos três anos, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) respondeu apenas sobre a inauguração do Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), no ano passado. O espaço funciona no Centro Cultural José Bonifácio e é uma das atrações que não abre aos domingos.

Outra que não abre no domingo é o Instituto dos Pretos Novos (INP), que abriga parte do cemitério onde eram enterradas as pessoas traficadas de África que morriam após a entrada na Baía de Guanabara. Mas a Pedra do Sal, o Jardim Suspenso do Valongo, o Largo do Depósito e o Cais do Valongo estão abertos todos os dias.

Cais do Valongo

Passados cinco anos do tombamento do Cais do Valongo como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o local requer obras de revitalização, conservação e sinalização, bem como a elaboração de um plano gestor do patrimônio e a efetiva implantação do Comitê Gestor.

Um projeto de lei para ampliar a proteção do bem tramita na Câmara dos Deputados e a Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial da prefeitura informa que tem trabalhado para suprir a falta do Comitê Gestor, com ações por meio do Círculo do Valongo.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o órgão tem trabalhado na captação de recursos e na implementação de ações como a elaboração do projeto de restauração e adequação do prédio das Docas Pedro II, que fica em frente ao local, para abrigar o Centro de Interpretação do Cais do Valongo, ponto de informações sobre a história do cais a visitantes e turistas.

O Cais do Valongo foi construído em 1811, sendo o principal ponto de desembarque e comércio de africanos escravizados nas Américas até 1831, quando foi proibido o tráfico transatlântico de pessoas. A estimativa é que entre 500 mil e um milhão de escravizados tenham desembarcado no Brasil pelo Valongo. O local foi aterrado nas reformas urbanas de 1911 e os vestígios foram revelados em 2011, durante as obras do projeto Porto Maravilha.

Em julho de 2017, a Unesco incluiu o sítio na lista de patrimônio cultural mundial, descrito como “a mais importante evidência física associada à chegada histórica de africanos escravizados no continente americano”. 

Museu de Arte do Rio

Gerido pela Organização de Estados Ibero-americanos no Brasil (OEI) desde janeiro deste ano e como um museu inserido na região da Pequena África, com ações de inclusão social e cultural da população do entorno, o Museu de Arte do Rio (MAR) celebra o 20 de novembro com quatro exposições de artistas negros e com temáticas raciais em cartaz.

A mostra principal no momento é Um Defeito de Cor, que pode ser vista até o dia 14 de maio de 2023. Ela traz uma interpretação do livro homônimo de Ana Maria Gonçalves, lançado há 16 anos e já considerado um clássico da literatura afrofeminista brasileira.

É uma “história real romanceada”, explicou a autora, o livro traz a saga de Kehinde, natural do Reino de Daomé e sequestrada na costa de onde é hoje a República do Benin, aos seis anos de idade, e trazida para o Brasil como escrava no início do século 19.

A revisão historiográfica da escravidão aborda lutas, contextos sociais e culturais do século, com 400 obras como desenhos, pinturas, vídeos, esculturas e instalações de mais de cem artistas brasileiros e africanos, incluindo trabalhos inéditos de Kwaku Ananse Kintê, Kika Carvalho, Antonio Oloxedê, Goya Lopes, produzidos especialmente para a mostra.

Um dos artistas participantes é o pintor Renan Teles, de Itaquera (SP). Para ele, a presença negra nas artes visuais é uma forma de corrigir o passado de exclusão em todos os níveis que a população negra sofreu ao longo da história brasileira.

“Nós não fomos levados como a potência que somos. Se eu, como pessoa negra, não tenho acesso às minhas raízes e à minha história, como eu posso pensar no futuro e usar isso como base no presente?”.

A exposição está dividida em dez núcleos que se espelham nos 10 capítulos do livro, sobre revoltas negras, empreendedorismo, protagonismo feminino, culto aos ancestrais, África Contemporânea. Um dos locais que a personagem passa na busca por seu filho, Luiz Gama, vendido como escravo pelo próprio pai, um barão português, é a região da Pequena África no Rio de Janeiro.

Literatura afrofeminista

Outra exposição atual promovida pelo MAR com raízes na literatura afrofeminista clássica brasileira é Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros. A ocupação artística gratuita pode ser vista até o dia 15 de dezembro no Parque Madureira, na zona norte da cidade. A mostra apresenta cerca de cem obras de dez artistas, entre fotografias, vídeos, colagens e reportagens de jornal, para homenagear a escritora favelada e catadora de papel de Quarto de Despejo, lançado em 1960 e com tradução para 13 línguas.

Já a mostra individual Agnaldo Manuel dos Santos – A conquista da modernidade apresenta 70 esculturas de madeira do artista negro baiano, morto em 1962, produzidas em diferentes fases de sua carreira. A exposição pode ser vista até o dia 23 de fevereiro de 2023 e reúne obras de museus e coleções privadas organizadas nos eixos Esculpindo uma Trajetória, O Universo das Carrancas, Sobre Gente e Afeto, A África de Agnaldo e Entre Santos e Ex-votos.

Também resgatando a temática racial, a mostra itinerante da 34ª Bienal de São Paulo em cartaz no MAR traz, até 22 de janeiro de 2023, a exposição Os retratos de Frederick Douglass, escritor, orador e político negro que fugiu da escravidão na adolescência e se tornou símbolo da luta abolicionista nos Estados Unidos no século 19. Integram a mostra cerca de 30 obras de 13 artistas de oito países.

Além disso, no mês passado o MAR hasteou uma nova bandeira, em que expressa o conceito da filósofa negra brasileira Lélia Gonzales (1935-1994) do pretuguês, com reflexões sobre o lugar de fala da mulher negra e da ancestralidade afro-brasileira.A bandeira foi criada pela artista Rosana Paulino e ficará hasteada até o primeiro semestre. 

Outra iniciativa, inaugurada nesta semana, é o mural Pretas no Poder, pintado na Rua Pintora Tia Lúcia, resultado de uma oficina de grafite promovida em parceria com o curso de extensão Universidade das Quebradas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Instituto Cultural Vale. Os participantes foram orientados pelo grafiteiro Airá Ocrespo.

Nesta quinta-feira (3) a jornalista britânica autodidata, ícone fashion e editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour, completa 73 anos de idade. Com mais de 30 anos na indústria da moda, ela é uma das pessoas mais influentes no mundo da moda. A britânica fez história no mundo fashion ao transformar a revista na publicação mais conceituada e influente mundial da moda.  

Além disso, a icônica editora também teve a sua imagem eternizada nas telas do cinema, com o filme “O Diabo Veste Prada” (2006), como a personagem Miranda Priestly, uma caricatura de sua personagem, interpretada pela atriz Meryl Streep. Apesar de ser uma das influentes mundiais, Anna é uma mulher reservada e mantém uma imagem de “mulher gelo”, sempre com o mesmo corte de cabelo e postura.

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Filha de pai britânico com uma mãe norte-americana, seu pai também jornalista, foi quem a inspirou a seguir por esse caminho profissional. Quando era adolescente, trabalhou ele, que era editor no jornal inglês Evening Standard e conseguiu fazer o jornal mais famoso entre os jovens londrinos,  nos anos 1960. 

Anna deixou a escola aos 16 anos de idade, na mesma época que teve seu primeiro contato com a moda. Começou a trabalhar na boutique Biba, uma das mais famosas na época. Então, dois anos depois, começou sua carreira como jornalista de moda. Primeiro, como editora assistente da revista Harper 's Bazaar, em Nova Iorque.

Depois, trabalhou como editora de moda na revista Viva, uma publicação voltada ao público feminino pertencente ao grupo Penthouse, quando teve sua primeira assistente pessoal. Foi nessa época, que surgiu a fama de profissional de moda em “O Diabo Veste Prada”. Depois de seu upgrade na carreira, foi chamada para a prestigiada revista New Yorker, onde foi destacada a sua criatividade na moda.  

Wintour percebeu que capas com celebridades e pessoas influentes aumentavam as vendas das revistas, fazendo com que conquistasse um lugar de poder, ocupando o lugar de diretor-geral na empresa e estrela na revista de moda. Apesar da posição importante, Anna queria mais e deixou isso bem claro quando foi entrevistada por Grace Mirabella (1929-2021), que na época era a editora-chefe da revista Vogue para um cargo na revista.

Após a entrevista, Anna começou a trabalhar na Vogue em 1983, em um cargo de editora-criativa, que foi criado para ela. Por dois anos ela trabalhou do seu jeito na revista, sem se reportar à Mirabella, até ser promovida na Vogue Britânica. Quando foi editora da edição britânica, ela transformou a revista e o jornalismo de moda. Em 1988, conseguiu ser a editora-chefe da Vogue, após a saída de Mirabella.  

Anna também é responsável pela lista de convidados e a organização de um dos eventos mais prestigiados e relevantes no mundo da moda, o Met Gala, que em 1999 ganhou destaque por causa de Wintour, transformando a arrecadação de fundos em um dos eventos culturais mais midiáticos.

Recentemente foi lançada uma biografia “semiautorizada” de Anna Wintour, chamada Anna. O livro tem 500 páginas e conta a história da editora-chefe a partir do relato de 250 pessoas que tiveram contato com Anna. Apesar de não ter autorizado a biografia, e não ter dado entrevistas para a autora do livro, Anna contribuiu com a obra indicando algumas fontes a serem ouvidas.  

Nesta segunda-feira (31) comemora-se o Dia Nacional da Poesia, data criada durante o governo Dilma Rousseff em homenagem ao nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Até o ano de 2015, a data era comemorada no dia 14 de março, em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, porém não era uma celebração oficial.

No dia três de junho de 2015, a ex-presidente sancionou a Lei 13.131/2014, que criou oficialmente o Dia Nacional da Poesia, proposta via projeto de lei do então  então senador Álvaro Dias.

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Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais no dia 31 de outubro de 1902. O autor foi um dos maiores poetas brasileiros, sendo reconhecido internacionalmente por seu trabalho. Em Belo Horizonte, estudou e trabalhou como funcionário público, além de iniciar sua carreira como escritor.

Drummond fundou o periódico “A Revista”, órgão oficial do modernismo mineiro, tornando-se um grande destaque no movimento literário. Em 1930, Carlos publicou sua primeira obra, conhecida como “Alguma Poesia”, quando o Modernismo já estava consolidado em terras brasileiras.

Seus poemas abordavam temas do cotidiano da época (família, amigos, conflitos sociais, existência humana etc.) e sua escrita era repleta de toques de ironia e pessimismo.

O autor morreu em  1987, no Rio de Janeiro, 12 dias após de sua única filha, Maria Julieta Drummond de Andrade, declaradamente o maior amor da vida do escritor.

Esta semana a morte do designer de moda Christian Dior (1905-1957) completou 62 anos. Ele foi nome sinônimo de glamour, luxo e mistério. Afinal, Christian revolucionou a moda em poucos anos, desde a fundação de seu ateliê, em 1947, até sua morte precoce, exatamente uma década depois. Na história do ateliê Dior, é memorável em criações e momentos icônicos nascidos das mãos de nomes como Yves Saint Laurent (1936-2008), Gianfranco Ferré (1944-2007), John Galliano e Maria Grazia Chiuri, sucessores de Christian. Confira a seguir alguns conceitos de moda que são a marca e referência da grife até os dias de hoje.  

O New Look – Essa expressão (“Novo Olhar”) foi exclamada por uma editora de moda americana, impressionada com as novidades do primeiro desfile solo de Christian Dior, em 1947. Para Christian, a jaqueta acinturada e a saia ampla não eram exatamente uma novidade. Ele já havia experimentado com a mesma silhueta em anos anteriores, quando trabalhava em outros ateliês. Mas para as mulheres que sobreviveram à escassez da guerra, o visual transbordava tecido e era atraente. Todo o processo criativo foi gravado e se tornou assunto do documentário “The Greek Bar Jacket”, lançado pela marca, em janeiro de 2022.

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 Rosa e Cinza: as cores favoritas – Da decoração de seu ateliê aos tecidos de suas roupas, Christian não escondia sua paixão pelo cinza e o rosa. Nascido e criado na Normandia, França, ele passou a infância na mansão cor de rosa da família, chamada Les Rhumbs. A pintura da construção era um contraste com o céu nublado.

 John Galliano foi um dos primeiros a valorizar essa cartela de cores herdada pelo fundador. Maria Chiuri também honrou esse aspecto, com seus looks acinzentados para a temporada de alta-costura em julho do ano passado.  

Estampas e padronagens – Mais do que apenas os florais românticos, dois desenhos eram muito importantes para Dior. Houndstooth, tradicional na alfaiataria inglesa, era um deles. O estilista considerava a padronagem um de seus amuletos da sorte, já que a utilizou com sucesso no casaco de um conjunto que criou enquanto ainda trabalhava para Robert Piguet (1898-1953), em 1939. O designer rendeu a Christian, em 1950, seu primeiro grande reconhecimento na moda. Outra estampa favorita era a manchas de leopardo. Presentes até hoje em muitos acessórios e peças, eram as favoritas de Mitzah Bricard (1900-1977), a socialite e musa do estilista que dirigiu o ateliê de chapéus de Dior. Obcecada pelas “panther prints”, Maria Chiuri escapou da influência de Mitzah, que inspirou a coleção de pre-fall 2021 da Dior.  

 

Casimiro havia postado foto com os balões de aniversário de seus 29 anos. (Reprodução/Instagram)

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O tweet em que o influenciador Casimiro desmente o senador Flávio Bolsonaro (PL) e reitera seu apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT) já é o mais curtido da história do Twitter no Brasil. Após apenas 17h de sua publicação, a postagem ultrapassou 952 mil curtidas. O recorde anterior era de uma ilustração do usuário identificado como "iaguito".

"Assim que acordei vi a montagem tosca feita com o intuito de enganar o eleitor a uma semana do 2° turno. Repudio a utilização da minha imagem sem autorização para fins eleitorais e reafirmo minha posição de insatisfação com o atual governo. Como sabem, dia 30 meu voto é 13", diz o tweet de Casimiro. 

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A manifestação ocorreu depois que apoiadores do presidente, incluindo seu filho, Flávio Bolsonaro, compartilharam uma montagem em que Casimiro segura balões que formam o número "22", correspondente ao presidente Jair Bolsonaro. O influenciador, então, fez questão de postar a imagem original, em que ele exibe os balões com o número "29". 

Também por meio de suas redes sociais, o ex-presidente Lula agradeceu pelo apoio. "Obrigado pela confiança, @casimiro. Sinto que tenhamos que passar por um processo eleitoral com tantas mentiras dos nossos adversários. Dia 30 vamos juntos votar 13", escreveu. 

O italiano Antonio Meucci (1808-1889), nascido em 13 de abril, desenvolveu no século 19 uma ferramenta de comunicação por voz creditada por muitos como sendo o primeiro telefone. No entanto, por uma disputa por patentes sobre a invenção deste aparelho, o crédito geralmente é atribuído ao britânico Alexander Graham Bell (1847-1922).

Antonio Santi Giuseppe Meucci criou uma forma de comunicação por voz que conectava seu quarto, no segundo andar de uma casa de Nova York (para onde emigrou em 1850), ao laboratório em que trabalhava. A patente da invenção foi registrada no ano de 1871, porém o documento não mencionava a transmissão eletromagnética de sons vocais. Cinco anos após o registro, Graham Bell recebeu a patente por seu sistema de transmissão de voz pela corrente elétrica.

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A patente de Bell foi duramente contestada. Meucci sofria de problemas de saúde e com a falta de dinheiro. Em 1870, o italiano foi capaz de capturar uma transmissão articulada da voz humana a uma distância de aproximadamente 1,5 quilômetro, utilizando um pedaço de cobre isolado com algodão como transmissor. O dispositivo foi conhecido como “telettrofono”.

Enquanto a saúde e o dinheiro de Meucci se esgotavam, Ester, a mulher de Meucci, vendeu os desenhos do dispositivo para conseguir dinheiro. O valor que receberam pelas patentes foi ínfimo e não cobriu minimamente as dívidas e gastos necessários para o casal.

No ano de 2002, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou uma resolução que atribuiu o mérito da criação a Antonio Meucci. “A vida e as realizações de Antonio devem ser reconhecidas e seu trabalho na invenção do telefone deve ser reconhecido”. 

Hoje (17) é comemorado o Dia Mundial da Anestesia. E a primeira anestesia geral aplicada em um paciente foi em 1846. O método foi utilizado por meio de um aparelho inalador de éter antes de uma cirurgia de grande porte, resultando  em uma anestesia geral. O aparelho foi idealizado pelo americano Thomas Green Morton (1819-1868), que utilizava em seus procedimentos para a extração de dentes.  

No Brasil, a primeira anestesia geral foi realizada no Hospital Militar do Rio de Janeiro em 1847. O profissional capacitado para aplicar a anestesia em um paciente deve ser formado em Medicina e ter especialização em Anestesiologia. Mesmo as técnicas hoje em dia serem altamente modernas, o anestesiologista é o profissional capacitado para reduzir riscos e acidentes durante o procedimento e sua presença é indispensável.

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Segundo dados da Demografia Médica no Brasil, existem 25 mil profissionais especializados, sendo 13 mil pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Esses profissionais garantem a segurança do paciente e a ética médica.  

A anestesia pode ser de dois tipos: geral (quando o paciente fica inconsciente e sem sensibilidade no corpo todo durante o procedimento cirúrgico) e a parcial, quando apenas o local da cirurgia é anestesiado – neste caso, o paciente pode ou não ficar consciente. A duração de cada anestesia varia de acordo com o tempo que a junta médica levará para realizar o procedimento cirúrgico. O anestesiologista é o profissional que possui o Registro de Qualificação de Especialidade no Conselho Federal de Medicina (RQE) e acompanhará o paciente em todos os processos da operação.  

Atualmente, são diversos os métodos utilizados para o ato anestésico e o anestesiologista deverá, previamente, avaliar o paciente de modo que, ao final, possa elaborar um planejamento da técnica anestésica adequada ao procedimento cirúrgico ao qual irá se submeter. As técnicas mais comuns são: a anestesia geral -  na qual podem ser utilizados agentes inalatórios (vapores ou gases) ou fármacos injetados diretamente na corrente sanguínea por uma punção venosa. Ou os conhecidos bloqueios nervosos, que podem ser diversos, além dos bloqueios do neuroeixo.  

A 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-A) está com inscrições abertas até a próxima sexta-feira (14). O evento é uma versão online e gratuita da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que está disponível para qualquer pessoa acima de 12 anos.

O objetivo do projeto é ampliar o conhecimento sobre a história do nosso país a estudantes e a um público que não está necessariamente ligado a qualquer ambiente escolar.

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Serão oferecidas 400 bolsas de iniciação científica de um ano, no valor de R$ 100 por mês, para os alunos de escolas públicas que alcançarem os melhores desempenhos.

A olimpíada é dividida em quatro modalidades. Uma delas é a “individual” que aceita a inscrição independente de qualquer pessoa com 12 anos ou mais. Na categoria grupo, são aceitas equipes de amigos e familiares com duas a seis pessoas, desde que os inscritos tenham pelo menos 12 anos.

Para as escolas, existem as modalidades “escolar privada” e “escolar pública”, nas quais podem se inscrever grupos formados por um professor e três alunos dos ensinos fundamental (7º ao 9º ano), médio ou educação de jovens e adultos (EJA).

A ideia é que as equipes das modalidades escolares usem a ONBH-A para se preparar para a próxima edição da ONBH, que ocorrerá em 2023.

A ONBH-A terá três fases com cinco questões de múltipla escolha e uma tarefa. A quarta etapa contará com uma tarefa principal. Para se inscrever e buscar informações sobre as provas, basta acessar o site do projeto.

A Coordenação de Pessoal de de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC), abriu a seleção para o mestrado profissional em ensino de história (ProfHistória). No total, o programa oferta 640 vagas para a formação continuada de professores de todo o país. 

As oportunidades estão distribuídas em 39 instituições que integram o programa. O curso presencial possui três linhas de pesquisa: ‘Saberes históricos no espaço escolar’, ‘Linguagens e narrativas históricas: produção e difusão’ e ‘Saberes históricos em diferentes espaços de memória’ 

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 Para participar, é necessário possuir diploma do ensino superior registrado no MEC; e atuar como professor de história na rede pública, em qualquer ano da Educação Básica. Os interessados podem se inscrever através do site da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a coordenadora do projeto, até o dia 06 de outubro. O valor da taxa de inscrição é R$ 130,00.  

O Exame Nacional de Acesso será realizado por meio de prova objetiva e uma prova discursiva, com data de aplicação prevista para o dia 06 de novembro. 

Para mais informações, basta acessar o edital. 

 

O fim da MTV Brasil completa 15 anos nesta sexta-feira (30). Em suas origens, o canal trazia ao público uma veia subversiva e ousada. Em uma mistura de YouTube com os modelos consagrados na rádio, diversos nomes do entretenimento e da música foram alçados ao sucesso através da programação do canal.

Com o passar do tempo, a empresa trocou seu foco de uma programação majoritariamente musical para a linha de programas de comportamento e campanhas de conscientização. É possível dizer que a MTV Brasil foi revolucionária para a televisão brasileira em diversos sentidos.

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O Fica Comigo, de Fernanda Lima, transmitiu o primeiro beijo LGBTQIA+ na TV aberta com grande naturalidade. O Rockgol foi o primeiro espaço aberto para discutir futebol de uma maneira descontraída e engraçada. Além de tutdo, o canal forneceu espaço para diversos artistas alcançarem o mainstream, como Fresno, Restart, Rancore, Criolo e outros.

A MTV Brasil estreou no dia 20 de outubro de 1990, com uma programação bastante experimental e um formato inédito para o público brasileiro. Além disso, a emissora se impulsionava através de formatos fortemente consagrados na MTV norte-americana.

Um dos principais programas da emissora foi o Acústico MTV, versão brasileira do MTV Unplugged, ficando marcado na memória dos fãs como uma das melhores apresentações de grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Titãs, Cássia Eller e Charlie Brown Jr.

Apesar dos esforços, a virada do milênio e a presença cada vez mais proeminente da internet não fizeram muito bem para a MTV Brasil. Com o Ibope que não subia, o canal não conseguia manter o retorno financeiro para arcar com os custos de produção da emissora. Isso fez com que fosse insustentável para o Grupo Abril continuar mantendo o canal no ar.

Em 2013, no dia 30 de setembro, a emissora foi devolvida para a sua proprietária, a programadora norte-americana Viacom, que reformulou o canal e lançou novamente com uma roupagem diferente. No último dia de exibição, foram apresentados diversos programas de despedidas com VJs antigos, como Cuca Lazarotto, Daniel Furlan e outros.

 

 

 

Fundada por Fusajiro Yamauchi, em Kyoto, no dia 23 de setembro de 1889, a Nintendo completa 133 anos de existência nesta sexta-feira (23). Inicialmente, a companhia se dedicava a fabricar e publicar um jogo de cartas conhecido como “Hanafuda”. Porém, foi só no ano de 1969 que o herdeiro da companhia, Hiroshi Yamauchi, decidiu expandir os negócios da companhia para o ramo dos games.

Ao longo de décadas, a Nintendo atuou em diversos ramos, como serviços de táxi e motéis, porém falhou em todos. Mas assim que entrou no ramo dos videogames, revolucionou o mercado e tornou-se uma das maiores empresas da área ao redor do mundo.

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Atualmente, a empresa é a companhia mais valiosa do Japão, com o valor de mercado estimado em mais de US$85 milhões. Além disso, acumula mais de 565 milhões de unidades de hardware fabricados e 3,4 bilhões de unidades de software vendidos através do globo.

De acordo com a companhia, sua missão é ser líder na indústria de games. Especializada no desenvolvimento de jogos eletrônicos e consoles, a empresa se destacou pelo sucesso de videogames e portáteis como o NES, Nintendo 64, Game Boy, Nintendo Wii, Nintendo 3DS, etc. Além disso, a marca também é responsável pela criação e/ou publicação de jogos como "Donkey Kong", "Super Mario Bros", "The Legend of Zelda”, “Fire Emblem”, entre outros títulos e franquias.

No Brasil, a Nintendo chegou no ano de 1993 com o lançamento do NES e do Super Nintendo. Em 2015, a companhia anunciou o cancelamento das operações no país por conta das altas taxas de importação. Com indícios de retorno desde 2017, a gigante no mercado de games consagrou a sua volta ao Brasil em 2020, com a chegada oficial do Nintendo Switch em território brasileiro.

 

Fundada no ano de 1888 nos Estados Unidos, fruto da junção de 33 pessoas interessadas na organização de uma sociedade para difundir os conhecimentos geográficos, a National Geographic Society (Sociedade Geográfica Nacional) teve como seu primeiro presidente o advogado Gardnier Greene Hubbard. Sucedido por Alexander Graham Bell, inventor da companhia telefônica Bell.

Nove meses após sua criação, foi publicada a primeira edição da The National Geographic Magazine, considerada até hoje uma das principais revistas de seu segmento. Ao ampliar os conhecimentos do público e tornar acessível os conhecimentos geográficos, a publicação busca organizar expedições de exploração em todo mundo.

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A revista é conhecida mundialmente por sua moldura na cor amarela, que enquadra suas capas. Com distribuição mensal e realização esporádica de edições específicas, a revista contempla diversos temas como a história dos locais mais inóspitos da Terra, curiosidades geográficas sobre as regiões do globo, além de grandes reportagens realizadas por especialistas nas mais diversas áreas.

As fotografias ficaram conhecidas como um dos carros-chefe do periódico, com muitas delas tendo tornado-se ícones das regiões que representam, além da diversidade de etnias através do mundo.

A publicação ganhou muita notoriedade em uma das edições de 1984, que apresentava a foto clicada pelo fotógrafo norte-americano Steve McCurry, mostrando o rosto de uma jovem com olhos muito expressivos, que era refugiada do Afeganistão. A imagem entrou no panteão de registros clássicos, ao lado dos principais cliques já registrados até hoje.

No ano de 2002, após a invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão, a revista conseguiu identificar a menina, agora adulta. Chama-se Sherbat Gula e sua história de vida foi apresentada em grande reportagem na edição de março de 2003 na National Geographic.

Nos dias de hoje, o periódico continua com publicações de revistas, além de ser ampliado para veículos audiovisuais e contar com um canal de televisão próprio.

Há 111 anos ocorreu a inauguração do Theatro Municipal da cidade de São Paulo, tendo a ópera de “Hamlet” sido apresentada ao público da cidade em setembro de 1911.

Situado na região a República e inspirado na arquitetura europeia, o teatro foi projetado por Domiziano Rossi e Cláudio Rossi e construído pelo escritório de Ramos de Azevedo. As obras começaram em 1903 e terminaram em 1911.

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Em 1981, o local foi tombado pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico de São Paulo. E em 2014, se tornou Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN.

Hoje, o espaço abriga os seguintes corpos artísticos: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano.

No mês em que se comemora o centenário do rádio no país, você sabia que um brasileiro foi o pioneiro das transmissões radiofônicas no mundo? Saiba mais sobre a história do Padre Landell de Moura (1861-1928):

Nascido em Porto Alegre, seu irmão o convenceu a ir para Roma, onde Landell se tornou padre e estudou Física. Ele é conhecido por sua contribuição nas telecomunicações, embora não tenha conseguido patentear seus protótipos antes dos europeus.

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Em 1896, o italiano Guglielmo Marconi patentou um sistema de comunicação sem fio, que funcionava em Código Morse, mas que só passou a transmitir ondas de voz na década de 1920.

Já o cientista e líder religioso, Padre Landell de Moura realizou a primeira demonstração pública da transmissão de voz via ondas de rádio no dia 16 de julho de 1899, no Colégio Santana, na zona norte de São Paulo. No ano seguinte, ele repetiu a experiência ligando o Alto de Santana à Avenida Paulista, cerca de oito quilômetros. 

Porém, Moura só conseguiu patentear sua invenção em 1901 e assim o título do inventor oficial foi atribuído a Marconi, que inclusive ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1909.

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