Tópicos | IBGE

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,0% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da previsão de 8,2% calculada a partir da mediana das estimativas de especialistas colhidas pelo Projeções Broadcast. As projeções para a taxa de desemprego variavam entre 8,0% e 8,4%.

##RECOMENDA##

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 9,3%. No trimestre móvel até maio, a taxa de desocupação estava em 8,3%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.921 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 6,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 284,148 bilhões no trimestre encerrado em junho, alta de 7,2% ante igual período do ano passado, segundo o IBGE.

Um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (27), relevou dados sobre a preservação de pessoas e comunidades quilombolas ao redor do Brasil. Na pesquisa, Pernambuco aparece em quinto lugar, com 78.827 pessoas quilombolas. 

O número aumenta quando se contabiliza a população total residente em áreas quilombolas: 9,05 milhões. Proporcionalmente, o grupo representa 0,87% da população pernambucana. 

##RECOMENDA##

Os conceitos de quilombola variam pois o IBGE considera a autodeclaração e pessoas que, mesmo de diversas etnias, vivem em uma comunidade que preserva a tradição quilombola. Entenda as definições: 

- Pessoa quilombola: a pessoa que se autoidentifica quilombola; 

- Domicílios quilombolas: podem ser particulares ou coletivos; permanentes ou ocupados; com moradores ou sem moradores; 

- Território quilombola: o decreto n. 4.887, de 2003 define os Territórios Quilombolas como “aqueles utilizados para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural”; 

- Localidades quilombolas: definiram-se como localidades quilombolas aquelas que compõem o conjunto dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, dos agrupamentos quilombolas e das demais áreas de conhecida ou potencial ocupação quilombola. 

Assim, com essas definições, o Instituto definiu que 0,65% da população brasileira residente no país é quilombola. A maior parte dessa população está no Nordeste (905.415 pessoas ou 68,2%); e, seguindo ordem decrescente, Sudeste (182.305 pessoas ou 13,7%); Norte (166.069 pessoas ou 12,5%); Centro-Oeste (44.957 pessoas ou 3,4%); e Sul (29.056 pessoas ou 2,2%). 

As cinco maiores populações quilombolas do país estão na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Pernambuco. Sozinhos, os estados têm 76,46% desta população em todo o país. Os estados do Acre e Roraima aparecem em último no levantamento, pois não foram obtidos dados detalhados.

O Brasil possui 1,32 milhão de quilombolas, mas apenas 12,6% deles vivem em territórios oficialmente reconhecidos. Além disso, mais da metade da população quilombola - que representa 0,65% do total de brasileiros - reside em apenas dois Estados, Bahia e Maranhão. Os dados constam de estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir do Censo Demográfico 2022.

De acordo com o levantamento, praticamente sete de cada dez pessoas quilombolas (68,19%) vivem na região Nordeste do País. Das 1.327.802 contabilizadas pelo censo, 905.415 residem naquela região.

##RECOMENDA##

Além da Bahia e do Maranhão, o Estado de Pernambuco também aparece com boa parte do contingente, em quinto lugar. Minas Gerais (3º) e Pará (4º) completam a lista dos cinco primeiros. Considerando todas as unidades da federação, a população quilombola só não está presente em apenas duas delas, Acre e Roraima.

Foi a primeira vez na história que o censo brasileiro procurou identificar os quilombolas do País. Lideranças desse grupo de todo o Brasil ajudaram no levantamento. O critério utilizado pelo IBGE para definir se o entrevistado era quilombola e qual o nome do local onde vivia foi o da autodeclaração, com perguntas como "você se considera quilombola?" e "qual o nome da sua comunidade?".

A autoidentificação para determinar o pertencimento étnico e identitário de povos e comunidades consta de convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

População quilombola por Estado brasileiro

Bahia - 397.059;

Maranhão - 269.074;

Minas Gerais - 135.310;

Pará - 135.033;

Pernambuco - 78.827;

Alagoas - 37.722;

Piauí - 31.686;

Goiás - 30.387;

Sergipe - 28.124;

Ceará - 23.955;

Rio Grande do Norte - 22.384;

Rio de Janeiro - 20.344;

Rio Grande do Sul - 17.496;

Paraíba - 16.584;

Espírito Santo - 15.652;

Tocantins - 12.881;

Amapá - 12.524;

Mato Grosso - 11.719;

São Paulo - 10.999;

Paraná - 7.113;

Santa Catarina - 4.447;

Rondônia - 2.926;

Amazonas - 2.705;

Mato Grosso do Sul - 2.546;

Distrito Federal - 305;

Acre - 0;

Roraima - 0.

Maioria dos quilombolas vive fora de áreas delimitadas

O levantamento do IBGE apontou também que o Brasil possui 494 Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, que estão distribuídos por 24 Estados e no Distrito Federal - Acre e Roraima são os dois que não possuem áreas delimitadas.

Apesar disso, apenas 167.202 quilombolas residem nos territórios delimitados, o que representa 12,6% dos recenseados. Entre esses territórios, o de Alcântara, no Maranhão, concentra a maior população quilombola residente (9.344), seguido por Alto Itacuruçá, Baixo Itacuruçá, Bom Remédio, no Pará (5.638) e Lagoas, no Piauí (5.042).

Por outro lado, em alguns Estados a presença de não quilombolas residentes nas áreas oficialmente delimitadas para eles é bastante alta. O índice é de 51,58% (3.108 pessoas) na Paraíba, de 45,09% (2.288) no Espírito Santo e de 41,99% (1.888) no Rio Grande do Sul.

O estudo do IBGE também apontou que pessoas quilombolas estão presentes em 1.696 dos 5.568 municípios brasileiros. Dos 72,4 milhões domicílios particulares permanentes e ocupados apontados no último censo, há quilombolas em 473.970 deles, o que representa 0,65% do total - mesmo percentual considerando o total da população brasileira.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse não ter tratado sobre a escolha do economista Marcio Pochmann para o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não conversei com o presidente da República sobre esse assunto", afirmou Tebet nesta quarta-feira (26), à GloboNews. Horas após a gravação da entrevista, o Palácio do Planalto confirmou a indicação de Pochmann.

##RECOMENDA##

"Não estamos tratando de IBGE, até porque seria um desrespeito com um presidente que está hoje lá e que tem um ciclo que não se encerrou", disse a ministra, em referência ao atual chefe do órgão, Cimar Azeredo, que ocupa o cargo interinamente desde janeiro.

Tebet afirmou que não conhece Pochmann, que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012, durante gestões petistas. No mesmo período, a ministra foi prefeita da cidade de Três Lagoas (MS) e vice-governadora do Mato Grosso do Sul. "Não o conheço, no momento em que ele estava no governo, eu estava no meu Estado", disse Tebet. "Como não sou economista e não o conheço, não posso fazer nenhuma consideração."

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, confirmou nesta quarta-feira, 26, que o economista Marcio Pochmann será o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pimenta disse que não houve controvérsia no governo em torno do nome de Pochmann. A nomeação é criticada por economistas liberais. Ainda não há data para a posse.

A nomeação para o cargo de Pochmann vinha sendo defendida pelo PT e sofrendo forte resistência do Ministério do Planejamento e Orçamento, pasta de Simone Tebet.

##RECOMENDA##

Marcio Pochmann é quadro do PT e tem proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele dá aulas de economia na Unicamp, escola de linha econômica majoritariamente heterodoxa. Também foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre o fim do segundo mandato de Lula e o começo do primeiro de Dilma Rousseff. Atualmente, preside o Instituto Lula.

A confirmação do economista Marcio Pochmann como presidente do IBGE foi mal recebida pelo Ministério do Planejamento. Internamente, a avaliação é de que a escolha foi política, à revelia da ministra, e que destoa bastante do perfil dos técnicos da pasta, que seguem uma linha mais ortodoxa.

Fonte ligada à pasta afirmou ao Estadão que a indicação foi feita diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que não foi possível argumentar.

Dentro do Planejamento, a preferência era pela permanência do presidente interino do órgão, Cimar Azeredo. Como mostrou o Estadão na segunda-feira, Cimar vinha articulando para se manter no posto e contava com a confiança da ministra, que avaliou como positivo o seu desempenho na condução do Censo.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambos não teriam "a menor dificuldade" de trabalhar juntos. Já Tebet evitou, na terça-feira, evitou comentar o assunto. Em entrevista à CBN nesta terça-feira, 25, Tebet disse que não tinha que "achar nada" sobre o assunto porque isso não havia sido colocado na mesa, em reunião com o presidente Lula.

Estão abertas a partir desta segunda-feira (24) as inscrições do processo seletivo para Agente Censitário de Pesquisas e Mapeamento (ACMAP) em todas as capitais brasileiras. No Recife, são oferecidas cinco vagas no total, sendo três para ampla concorrência, uma para pessoas pretas e pardas e uma para pessoas com deficiência. O pré-requisito mínimo é o ensino médio completo.

As inscrições vão até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 13 de agosto. O edital atualizado está disponível no site do Instituto Nacional de Seleções e Concursos (Selecon). O valor da taxa de inscrição será de R$ 30.

##RECOMENDA##

A remuneração é de R$ 3.100, além de benefícios como auxílio-alimentação (R$ 658), auxílio-transporte e auxílio pré-escolar. A previsão de duração do contrato é de até um ano, podendo ser prorrogado por mais dois anos, conforme inciso II do parágrafo único do art. 4º da Lei nº 8.745/1993. A jornada de trabalho será de 40 (quarenta) horas semanais, sendo oito horas diárias. Este PSS é para contratação de pessoal que apoiará o IBGE em ações que acontecem depois do Censo Demográfico.

A seleção será feita por meio de prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, que será realizada no dia 24 de setembro, das 13h às 17h (horário de Brasília). O resultado final do processo seletivo está previsto para 25 de outubro. O conteúdo programático abrange Língua Portuguesa, Matemática e Raciocínio Lógico, Ética no Serviço Público e Geografia.

Entre algumas das atribuições de um Agente Censitário de Pesquisas e Mapeamento estão tratar e incorporar de novo trackings urbanos coletados pelos supervisores/recenseadores, que eventualmente não tenham sido mapeados e transformá-los em novas faces de quadra; atualizar e compatibilizar conflitos que ocorrem entre o banco de dados do IBGE e as informações coletadas em campo, e nomenclatura de logradouros que sofrem alteração ao longo do tempo.

Da assessoria

Os interessados em participar do novo processo seletivo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) devem se inscrever até as 23h da quarta-feira (19). Ao todo, o concurso público conta com 7,5 mil vagas temporárias em todo o país para as funções de Agente de pesquisas e mapeamento (6.742 vagas) e Supervisor de coleta e qualidade (806 vagas).

O processo de candidatura deve ser feito através do site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). De acordo com o edital, o valor da taxa para participação no certame é de R$ 42,20. No entanto, candidatos que desejam isenção desse montante, podem solicitar até 19 de julho por meio do mesmo endereço eletrônico.

##RECOMENDA##

Ainda segundo o edital, os participantes serão submetidos à prova objetiva, que está prevista para 17 de setembro. O resultado, de acordo com o cronograma do concurso, será divulgado em 23 de outubro. Os candidatos aprovados para o cargo de Agente de pesquisas e mapeamento terão salário de R$ 1.387,50, já para a função de Supervisor de coleta e qualidade o ganho é de R$ 3.100.

 

O Brasil deve colher safras recordes de soja, milho, trigo e sorgo este ano, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção de soja deve somar 148,4 milhões de toneladas, uma elevação de 24,1% em relação ao produzido no ano passado.

##RECOMENDA##

Já a produção nacional de milho foi estimada em 124,5 milhões de toneladas, com crescimento de 13,0% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 96,3 milhões de toneladas, aumento de 13,7% em relação a 2022.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022.

A estimativa da produção do trigo foi de 10,6 milhões de toneladas, alta de 5,8% em relação a 2022.

A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado.

A produção de sorgo foi prevista em 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,0% ante 2022.

O setor de serviços operava em maio em patamar 2,0% abaixo do pico registrado em dezembro de 2022, que foi o mais elevado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os Transportes funcionavam em patamar 2,3% abaixo do recorde registrado em março de 2023, enquanto os serviços de informação e comunicação operavam em nível 1,0% aquém do pico visto em outubro de 2022.

##RECOMENDA##

Os Serviços prestados às famílias estavam 13,1% abaixo do pico de maio de 2014. Os Serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 14,1% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de Outros serviços estava 12,9% aquém do auge de janeiro de 2012.

Transporte de passageiros

O transporte de passageiros cresceu 2,8% em maio ante abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados pelo IBGE. O resultado fez o segmento operar 2,1% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. O transporte de passageiros ainda opera 21,4% aquém do pico alcançado em fevereiro de 2014.

Já o transporte de cargas teve expansão de 3,7% em maio ante abril, operando 41,3% acima do pré-pandemia. O indicador de transporte de cargas funcionava em patamar recorde em maio de 2023.

As séries históricas do transporte de cargas e passageiros têm início em janeiro de 2011, com resultados apenas para o agregado do Brasil, sem dados regionais.

Na comparação com maio de 2022, o transporte de passageiros cresceu 4,6% em maio de 2023, enquanto o transporte de cargas aumentou 13,0%.

Os gastos das famílias com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,93% em maio para uma alta de 0,11% em junho, o equivalente a uma contribuição de 0,01 ponto porcentual para a taxa de -0,08% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no último mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).

O resultado de junho foi influenciado pela alta de 0,38% nos preços dos planos de saúde, decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. "Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho", informou o IBGE.

##RECOMENDA##

A queda de 0,08% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho foi o menor resultado desde setembro de 2022, quando houve recuo de 0,29%. Considerando apenas meses de junho, o IPCA foi o mais baixo para o mês desde 2017, quando houve redução de 0,23%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses. No mês de junho de 2022, o IPCA tinha sido de 0,67%. Como consequência, a taxa em 12 meses passou de 3,94% em maio de 2023 para 3,16% em junho de 2023. O resultado foi o mais baixo desde setembro de 2020, quando estava em 3,14%.

##RECOMENDA##

A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, com margem de tolerância que vai até 4,75%.

Alimentação

Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,66% em junho, após alta de 0,16% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual para o IPCA, que caiu 0,08% no mês.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 1,07% em junho, após ter ficado estável no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,46%, ante alta de 0,58% em maio.

O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, calcula o impacto de cada grupo no IPCA com base na variação mensal e no peso mensal disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). O resultado pode ter divergências pontuais com o impacto divulgado pelo IBGE, que considera mais casas decimais do que as disponibilizadas publicamente na taxa de cada item.

O Instituto Brsileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abre novo processo seletivo com 7548 vagas. As oportunidades oferecidas nessa seletiva, cujas inscrições começam nesta terça-feira (4), são para as funções de agente de pesquisas e mapeamento, com remuneração de R$ 1.387,50, e supervisor de coleta e qualidade, cujo salário varia entre R$ 3.100,00 e R$ 6.742.

De acordo com o edital, desse quantitativo total de vagas, 806 são para o cargo de supervisor e 6.742 para a função de agente. Ainda segundo o edital do certame, os candidatos serão avaliados através de prova objetiva, de caráter eleminatório e classificatório. 

##RECOMENDA##

Edital - Agente de pesquisas e mapeamento

Edital - supervisor de coleta e qualidade

Os interessados em participar do novo processo seletivo do IBGE têm até 19 de julho para lançar candidatura. Os aprovados na seletiva, em todas as funções, terão contratos com duração de até 36 meses, ou seja, três anos. 

O Brasil registrou 3,726 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em maio, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa 244 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um recuo de 6,2%. Em um ano, 621 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 14,3%.

##RECOMENDA##

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Em 2022, Pernambuco chegou aos 9.058.155 habitantes, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o último ano. O número representa 4,46% do total da população brasileira. Os primeiros resultados da operação, com informações sobre os números de população e de domicílios do estado, foram divulgados na manhã desta quarta-feira (28).  

O estado mantém sua posição como o sétimo mais populoso do país em comparação ao Censo 2010, sendo também o segundo mais populoso do Nordeste, atrás apenas da Bahia. Em 2010, a população pernambucana era de 8.796.448 habitantes. A taxa de crescimento geométrica de 2010 até 2022 foi de 0,24% ao ano. 

##RECOMENDA##

Os dez municípios mais populosos de Pernambuco, de acordo com o Censo 2022, são Recife (1.488.920 habitantes), Jaboatão dos Guararapes (643.759), Petrolina (386.786), Caruaru (378.052), Olinda (349.976), Paulista (342.167), Cabo de Santo Agostinho (203.216), Camaragibe (147.771), Garanhuns (142.506) e Vitória de Santo Antão (134.110). Igarassu, na 11ª posição, com 115.196 moradores, e São Lourenço da Mata, em 12º lugar, com 111.243 residentes, completam a lista de municípios pernambucanos com mais de 100 mil habitantes.  

A cidade pernambucana com maior aumento de população em números absolutos foi Petrolina, que passou de 293.962 para 386.786 habitantes de um censo para outro, um aumento de 31,6%. A localidade era a sexta mais populosa do estado em 2010 e passou para o terceiro lugar em 2022. O município foi o 16º do país com maior crescimento absoluto. 

Caruaru, por sua vez, teve o segundo maior aumento populacional do estado em números absolutos. O saldo positivo foi de 63.140 habitantes, ou 20,1% de moradores a mais desde 2010, quando havia 314.912 residentes no município.  

Os municípios com menor população no estado no Censo 2022 são Itacuruba (4.284 pessoas), Ingazeira (4.768), Solidão (5.210) e Calumbi (5.228). Incluído nessa lista está o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com 3.167 habitantes. 

Dos 184 municípios de Pernambuco, 97 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha apresentaram aumento populacional em 2022 em relação a 2010, totalizando um crescimento estadual de 3% ou 261.707 habitantes. 

Recife e Olinda têm maior densidade populacional 

A densidade demográfica de Pernambuco é a sexta maior do Brasil, com 92,37 habitantes por quilômetro quadrado. Olinda é a sétima cidade mais densamente povoada do país e a primeira do estado, com seus 349.976 habitantes distribuídos em 41,3 km², o equivalente a 8.474 habitantes/km².  

O Recife é a 12ª cidade brasileira mais densamente povoada e a segunda no estado, com 6.803,6 habitantes/km². Já a cidade menos densamente povoada de Pernambuco é Parnamirim, no sertão, com 7,13 habitantes/km², bem abaixo da média nacional, de 23,86 habitantes por quilômetro quadrado. 

 

O número de lares aumentou mais nos últimos 12 anos do que o de habitantes no País. As famílias ficaram mais enxutas, com menos gente vivendo sob o mesmo teto, na média geral da população, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil chegou à marca de 90,688 milhões de domicílios no ano passado. O resultado significa um salto de 34% em relação aos 67,570 milhões de lares encontrados no Censo 2010, o equivalente a 23,118 milhões de lares a mais em pouco mais de uma década. No mesmo período, a população brasileira cresceu 6,5%.

##RECOMENDA##

"A gente não pode dizer que existe relação com qualquer outra coisa. O que a gente observa aqui é que a população aumentou, mas aumentou proporcionalmente muito mais a quantidade de domicílios, principalmente domicílios não ocupados", disse o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte, quando questionados sobre eventuais motivos para o fenômeno.

O número de domicílios aumentou em todos os Estados e no Distrito Federal entre os Censos 2010 e 2022. O município de São Paulo, o mais populoso, concentrava o maior número de lares: 4,9 milhões, um crescimento de 27% ante 2010.

No conjunto de unidades domiciliares recenseadas em 2022, 90,6 milhões eram domicílios particulares permanentes, outros 66 mil domicílios particulares improvisados e mais 105 mil domicílios coletivos.

Entre os domicílios particulares permanentes, 72,447 milhões estavam ocupados em 31 de julho de 2022, data de referência do Censo Demográfico, enquanto 18,070 milhões estavam desocupados. Os domicílios ocupados aumentaram 26% em relação a 2010, e os não ocupados avançaram 80%.

Os lares desocupados foram divididos em duas categorias: ou estavam vagos ou eram de uso ocasional, o que inclui imóveis de veraneio. Os domicílios vagos totalizaram 11,4 milhões em 2022, aumento de 87% em relação a 2010, enquanto os de uso ocasional cresceram 70%, para um total de 6,7 milhões.

O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, contou que o instituto usou durante a coleta informações sobre o consumo de energia de domicílios em áreas consideradas mais turísticas ou de veraneio para conferir a predominância de imóveis de uso ocasional. Ele lembra que o trabalho remoto durante a pandemia de covid-19 pode ter alterado a quantidade de domicílios de uso ocasional em determinados locais, com migração de parte da população de áreas urbanas para locais de veraneio.

"Isso pode ter aumentado (em alguns locais), isso pode ter diminuído em alguns lugares", disse Azeredo. "Esse esvaziamento urbano pode ter se dado em função disso, e pode ter reduzido até o número de domicílios que são considerados de uso ocasional em outros locais."

A redução da média de moradores por domicílio entre 2010 e 2022 ajudaria a explicar o avanço no número de lares, afirmou o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner. A média de moradores caiu de 3,31 pessoas por domicílio no Censo de 2010 para 2,79 pessoas em 2022.

"Então, para abrigar essa população, você precisa de mais domicílios. Esse processo é contínuo, não é novo agora, já há algum tempo a gente vem verificando isso. Cada vez a média de moradores por domicílio é menor. Então isso explica parte do crescimento dos domicílios de maneira tão expressiva. O restante é quantidade maior de domicílios vagos e de domicílios de uso ocasional", disse Stenner.

A densidade demográfica do País foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado, porém com ocupação desigual entre as regiões. No Norte, que tem área de 3.850.593 km?, ou 45,2% do território brasileiro, a densidade é de 4,5 habitantes por quilômetro quadrado. No Sudeste, região mais populosa, a média é de 91,8 habitantes por quilômetro quadrado.

Os municípios de Taboão da Serra (SP), Diadema (SP), São João de Meriti (RJ), Osasco (SP), Carapicuíba (SP) e São Caetano do Sul (SP) eram os seis únicos municípios brasileiros com densidade populacional superior a 10 mil habitantes por quilômetro quadrado.

As primeiras informações populacionais do Censo 2022, divulgadas nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma expressiva queda no número de residentes em Salvador. A capital baiana perdeu 9,6% de seus moradores na comparação com os dados da última operação censitária realizada em 2010. Dessa forma, a cidade caiu duas posições entre as mais populosas do país, saindo da 3ª para a 5ª posição: foi superada por Brasília e Fortaleza.

Salvador tem 257.651 residentes a menos do que tinha há 12 anos, o que coloca a cidade na liderança da lista das maiores reduções em dados absolutos. É mais que o dobro do Rio de Janeiro, que figura na segunda posição. No entanto, a redução de 109.023 residentes na capital fluminense representa uma queda de apenas 1,7%.

##RECOMENDA##

Na lista das 20 cidades mais populosas do país, apenas uma teve um percentual de queda superior à Salvador: São Gonçalo (RJ), uma das três que não são capitais e figuram na relação. Distante cerca de 35 quilômetros do Rio de Janeiro, ela viu sua população encolher 10,3% e caiu da 16ª para a 18ª posição.

O Brasil costuma realizar o Censo Demográfico de dez em dez anos. O objetivo é oferecer um retrato da população e das condições domiciliares no país. As informações obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro, devido à pandemia de covid-19 e depois por questões orçamentárias.
A operação censitária teve início em junho do ano passado. Com diversos atrasos, devido a dificuldades para concluir as visitas domiciliares em todos os 5.570 municípios do país, a coleta dos dados se encerrou apenas em fevereiro desse ano. Conforme os primeiros dados divulgados, a população brasileira teve um salto de 12,3 milhões nos últimos 12 anos, alcançando um total de 203 milhões.

Concentrações urbanas

Além do levantamento populacional das capitais, o IBGE também apresentou números relacionados a concentrações urbanas, que podem ser um único município com mais de 100 mil habitantes ou um conjunto de municípios que somam mais de 100 mil habitantes e possuem integração populacional entre si. Essa integração pode ser identificada pelo encontro das áreas urbanizadas ou pelo deslocamento dos moradores com objetivo de trabalho e estudo.

No caso das capitais, os dados das concentrações urbanas fornecem novos ângulos para análise da variação populacional. Belo Horizonte, por exemplo, registrou uma queda de 2,5% no número de habitantes. No entanto, a concentração urbana de Belo Horizonte, que inclui cidades vizinhas, teve um aumento de 4,4% em sua população. Quase todos os municípios do entorno da capital mineira registraram um crescimento na quantidade de moradores, com altas mais expressivas, por exemplo, em Nova Lima e em Ribeirão das Neves.

Situação similar é observada em Curitiba. Embora tenha ocorrido um leve aumento de 1,2% na população da capital paranaense, o incremento foi mais significativo nas cidades do entorno, gerando uma alta populacional de 10,3% na concentração urbana. No Rio de Janeiro, no entanto, a maioria dos municípios vizinhos registraram situação mais próxima do observado na capital, variando entre um aumento discreto e uma queda discreta.

“Não dá para entender a dinâmica demográfica de uma concentração urbana olhando os municípios isoladamente. É preciso um olhar para o conjunto, para entender a dinâmica demográfica que está acontecendo ali naquele espaço urbano”, pontua o coordenador técnico do Censo 2022, Luciano Duarte.

Sete cidades brasileiras que registraram um aumento populacional acima de 40% nos últimos 12 anos superaram a marca dos 100 mil habitantes. São elas: Senador Canedo (GO), Fazenda Rio Grande (PR), Luís Eduardo Magalhães (BA), Sorriso (MT), Camboriú (SC), Nova Serrana (MG) e Sarandi (PR).

Nesta quarta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as primeiras informações populacionais do Censo 2022, revelando que o Brasil registrou um aumento de 12,3 milhões de habitantes desde 2010, quando houve a última operação censitária. Dessa forma, vivem no país um total de 203 milhões de pessoas.

##RECOMENDA##

Entre os dados já divulgados pelo IBGE, está a lista dos maiores aumentos percentuais considerando cidades que possuem atualmente mais de 100 mil habitantes. As taxas variam entre 84,3% e 38,5%. Dos municípios relacionados, 13 já tinham ao menos 100 mil habitantes em 2010. Os outros sete, que tiveram ao menos 40% de crescimento populacional, atingiram essa marca ao longo dos últimos 12 anos.

Chama atenção que mais da metade dos municípios relacionados situam-se no Sul e no Centro-Oeste. Destaca-se o estado de Santa Catarina, com quatro cidades na lista: Camboriú (SC), Palhoça (SC), Itajaí (SC) e Chapecó (SC). Contando ainda Fazenda Rio Grande (PR) e Sarandi (PR), o Sul aparece com seis representantes.

Entre as cidades do Centro-Oeste, está Senador Canedo (GO), que lidera a lista, com um crescimento de 84,3%, saltando de 84.443 habitantes em 2010 para 155.635 em 2022. Aparecem ainda Sinop (MT) na 4ª posição, Sorriso (MT) na 6ª posição, Valparaíso de Goiás (GO) na 11ª posição e Águas Lindas de Goiás (GO) na 18ª posição.

Os dados divulgados pelo IBGE também revelam um intenso crescimento populacional no Centro-Oeste a partir das capitais. É a única região do país onde houve aumento em todas elas. As taxas superam 10% em todas as três capitais estaduais: Goiânia, Campo Grande e Cuiabá.

Confira a lista das cidades com mais de 100 mil habitantes que tiveram maior crescimento populacional em termos percentuais:

1. Senador Canedo (GO) 84,3%

2. Fazenda Rio Grande (PR) 82,3%

3. Luís Eduardo Magalhães (BA) 79,5%

4. Sinop (MT) 73,4%

5. Parauapebas (PA) 73,1%

6. Sorriso (MT) 66,3%

7. Camboriú (SC) 65,3%

8. Palhoça (SC) 62,1%

9. Maricá (RJ) 54,8%

10. São José De Ribamar (MA) 50,0%

11. Valparaíso De Goiás (GO) 49,5%

12. Rio Das Ostras (RJ) 48,1%

13. Boa Vista (RR) 45,4%

14. Itajaí (SC) 44,0%

15. Nova Serrana (MG) 43,2%

16. Sarandi (PR) 43,0%

17. Santana De Parnaíba (SP) 41,6%

18. Águas Lindas De Goiás (GO) 41,6%

19. Chapecó (SC) 38,8%

20. Paço Do Lumiar (MA) 38,5%

O Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A diferença, de 6,5%, significa que o crescimento médio da população nos últimos anos foi de 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo do país.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, eles “apresentam um conjunto de informações básicas sobre os totais populacionais de domicílios no país em diferentes níveis geográficos e diferentes recortes, além de diversos indicadores derivados dessas informações, como a média de moradores por domicílio, a densidade demográfica e a taxa de crescimento anual da população”.

##RECOMENDA##

Regiões

Com 84,8 milhões de habitantes, a Região Sudeste se manteve como a mais populosa. O total de habitantes equivale a 41,8% da população do país. Na sequência estão o Nordeste (26,9%), Sul (14,7%) e o Norte (8,5%). A região menos populosa é a Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes ou 8,02% da população do país.

Se levar em conta a comparação dos censos demográficos de 2010 e 2022, o crescimento anual da população não ocorreu de maneira uniforme entre as grandes regiões. Embora seja menos populoso, o Centro-Oeste registrou maior crescimento, resultando em taxa média de 1,2% ao ano nos últimos 12 anos.

“Na composição da taxa de crescimento anual, por região, observamos que o Norte, que mais crescia entre o Censo 1991 e 2000 e entre 2000 e 2010, perde o posto para o Centro-Oeste que, nesta década, ao longo dos últimos 12 anos, registrou crescimento de 23% ao ano”, disse o gerente técnico do Censo 2022, Luciano Tavares Duarte, em entrevista para apresentação dos resultados.

Os menores crescimentos populacionais ficaram com o Nordeste e o Sudeste. A taxa é menor que a média do Brasil, de 0,52% ao ano.

“Seguindo a tendência histórica de redução de crescimento da população total, as taxas calculadas para as cinco grandes regiões são mais baixas que aquelas estimadas para os dois períodos intercensitários anteriores”, observou o IBGE.

Estados

São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país e concentram 39,9% da população. “Só o estado de São Paulo, com 44 milhões 420 mil 459 pessoas recenseadas, representando 21%, representa um quinto da população”, mostrou o gerente.

Na sequência ficaram a Bahia, o Paraná e Rio Grande do Sul. Em sentido oposto estão os estados localizados na fronteira norte do Brasil., entre eles Roraima, que segue como o estado menos populoso (com 636 303 habitantes), seguido do Amapá e do Acre. O Censo 2022 mostra ainda que 14 estados e o DF tiveram taxas médias de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) entre 2010 e 2022.

Apesar de ser o menos populoso, o estado com maior crescimento populacional foi Roraima, onde a taxa de crescimento média anual chegou a 2,92% no período, único a superar a marca dos 2% ao ano.

Domicílios

Houve aumento também no número de domicílios do país. Conforme o Censo 2022, a alta é de 34% ante o Censo 2010, totalizando 90,7 milhões. As unidades domiciliares foram classificadas na pesquisa atual em categorias, de acordo com sua espécie. O critério levou em consideração a situação de seus moradores na data de referência da operação. As categorias são domicílios particulares permanentes ocupados, domicílios de uso ocasional, domicílios vagos, domicílios particulares improvisados ocupados e domicílios coletivos com moradores e sem moradores.

A intenção da operação censitária é coletar as informações das pessoas moradoras nos domicílios. No entanto, nem sempre, no momento da visita, o recenseador consegue fazer as entrevistas ou porque os moradores se recusam a responder ou porque não há ninguém no imóvel naquele momento. Nesses casos, a partir da Contagem Populacional 2007, o IBGE passou a incluir a imputação de moradores em domicílios ocupados sem entrevista realizada. Países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, México e Reino Unido também adotam esse método.

Os domicílios particulares permanentes vagos cresceram 87% e atingiram 11,4 milhões. Já os de uso ocasional, em 12 anos, aumentaram 70%, chegando a 6,7 milhões. Desde 2010, os domicílios particulares permanentes ocupados aumentaram 26% e os não ocupados, 80%. “Existe uma diferença no crescimento entre os domicílios que estavam habitados e os não habitados, aumentando de 10 milhões para 18 milhões”, disse o gerente.

“O vago é o domicílio que está para alugar ou para vender, efetivamente vazio, e o ocasional, em sua maioria, é composto por domicílios de veraneio. A gente teve um aumento tanto nos domicílios que estão vazios, quanto nos que são utilizados para veraneio”.

No total de unidades domiciliares recenseadas em 2022, 90,6 milhões eram domicílios particulares permanentes, 66 mil domicílios particulares improvisados e 105 mil domicílios coletivos. A média de moradores por domicílio no país é de 2,79 pessoas. Esse resultado representa queda em relação ao Censo de 2010. Naquela época, a média era de 3,31 moradores por domicílio.

Ainda de acordo com o Censo 2022, entre os permanentes, 72,4 milhões ou 80% estavam ocupados. Mesmo com o avanço do número absoluto de domicílios particulares permanentes ocupados, frente a 2010, a proporção de ocupação dos domicílios particulares permanentes recuou. Segundo o IBGE, em 2010 havia 57,3 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados, o que representa 85,1% do total de domicílios particulares permanentes.

Por regiões, o Censo 2022 mostrou variações na ocorrência proporcional de domicílios particulares permanentes vagos. Enquanto na Norte ficou em 12,6%, no Nordeste foi 15,0%, no Sudeste 11,9%, no Sul 10,5% e no Centro-Oeste 12,6%. “A Região Nordeste se destaca como a de mais elevado percentual, assim como ocorreu em 2010, sobretudo em municípios localizados no interior. Os estados com maior e menor percentual de domicílios particulares vagos foram, respectivamente, Rondônia (com 16,7%) e Santa Catarina (8,8%)”.

Densidade demográfica

A densidade demográfica do país na última pesquisa censitária foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²).De acordo com o IBGE, esse número continua desigual entre as regiões. “No Norte, que tem área de 3 850 593 km², ou 45,2% do território do país, a densidade é de 4,5 habitantes/km². Já na região mais populosa, o Sudeste, a média é de 91,8 habitantes por quilômetro quadrado”, relatou o órgão.

A densidade domiciliar, que é representada pela relação entre moradores nos domicílios particulares permanentes ocupados e o número de domicílios particulares permanentes ocupados, recuou 18,7% no período censitário de 2022, índice mais acentuado que os 13,5% notificados entre os censos 2000 e 2010, passando de 3,3, em 2010, para 2,8, em 2022.

A maior densidade domiciliar (3,3 moradores por domicílio) foi registrada na Região Norte, enquanto a Sul foi a menor (2,6 moradores por domicílio). No contexto estadual, as médias oscilam entre 2,5, no Rio Grande do Sul, e 3,6, nos estados do Amazonas e Amapá. “Apenas sete estados têm média de moradores por domicílio maior ou igual a 3: os já citados Amazonas e Amapá, Roraima, Pará, Maranhão, Acre e Piauí”, informou o IBGE.

Ao todo, foram aplicados 62.388.143 questionários básicos, o que representou 88,9%. Nesse questionário havia 26 quesitos e o tempo de aplicação era de seis minutos. Já o ampliado levava 16 minutos e tinha 77 questões. Nesse modelo foram 7.772.064, ou 11,1%.

Divulgado nesta quarta-feira (28), o Censo Demográfico 2022 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou a variação da população de Pernambuco nos últimos 12 anos. Realizado a cada década, o levantamento foi adiado pela pandemia e só saiu do papel após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Fundamental para a promoção de políticas públicas, o estudo mostrou que Pernambuco está no 23º lugar no índice nacional de crescimento populacional, com o acréscimo de 0,24% ao ano a partir de 2011. Pernambuco tem 9.058.155 habitantes, representando 4,46% do total da população brasileira.

##RECOMENDA##

Esse aumento foi encabeçado por duas cidades do Interior, o que confirma o processo de interiorização no estado. O município que mais recebeu moradores nos últimos 12 anos foi Petrolina, no Sertão, com 92.824, equivalente a um aumento de 2,31%, seguida por Caruaru, no Agreste, com 63.140 residentes, o que corresponde a 1,53%. 

Por outro lado, as maiores perdas estão no Centro da Região Metropolitana do Recife. A maior baixa foi na própria capital, que apresentou a retração de 48.784, um declínio de 0,27%. A segunda queda mais significativa foi percebida em Olinda, que perdeu 27.803 habitantes, equivalente a -0,64%.

Cidades com mais habitantes 

Como esperado, as cidades com maior número de moradores continuam na RMR, são elas: Recife, com 1.488.920 residentes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643.759. Em terceiro lugar, após o movimento dos últimos 12 anos, aparece Petrolina, com 386.786. 

O arquipélago de Fernando de Noronha continua como a região do estado com menos moradores, com apenas 3.167. Dentro do Continente, esse título é dividido entre duas cidades do Sertão: Itacuruba, com 4.284 habitantes, e Ingazeira, com 4.768. 

Densidade populacional

Em relação à densidade demográfica, que calcula o número de habitantes por quilômetro quadrado, Olinda é a cidade mais povoada de Pernambuco, com 8.474 moradores a cada km². Recife aparece logo depois, com o índice de 6.803,60.

Na outra ponta, as cidades menos povoadas também são no Sertão, dessa vez representado por Parnamirim com 7,13 moradores por km² e Floresta, com 8,36. 

O IBGE também apontou que os municípios de Pernambuco com mais domicílios recenseados foram Recife (644.212) e Jaboatão (293.907). A lista dos menos recenseados começa por Fernando de Noronha (1.137) e segue com Itacuruba (1.950) e Ingazeira (2.358). 

Em Pernambuco, 57,1% da população não tem água na torneira todos os dias. O índice é o pior do país, de acordo com o novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e alerta para a irregularidade do saneamento do estado. Os dados foram divulgados na PNAD Contínua, pesquisa do Instituto, e indicam, ainda, que o índice pernambucano - 42,9% de entrega regular de água - é quase a metade da média nacional, que é de 88,2% de cobertura regular. 

No estado, 76,2% dos domicílios estão ligados à rede geral de distribuição como principal fonte de abastecimento de água, 10,9% de poço profundo ou artesiano, 3,6% utilizam poço raso, freático ou cacimba, 0,7% usam fonte ou nascente e 8,4% têm outra fonte de abastecimento de água além das listadas. Além disso, 86,4% das residências urbanas têm como principal forma de abastecimento de água a rede geral de distribuição, enquanto o percentual cai para 22,8% nos domicílios rurais. 

##RECOMENDA##

Esgoto 

Pernambuco tem 97,1% dos domicílios com banheiro de uso exclusivo, sendo 98,3% na zona urbana e 90,4% na zona rural. O escoamento do esgoto desses locais feito por rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral chegou a 65,1%, o maior percentual do Norte e Nordeste, embora esteja abaixo da média nacional, de 69,5%. Em 2019, o percentual no estado havia sido de 62,2%. Na zona urbana, o acesso à rede geral de esgoto em 2022 foi de 74,1%; na zona rural, o percentual cai para 16,3%. 

Coleta de lixo 

A proporção de domicílios pernambucanos que tinham seu lixo coletado diretamente por serviço de limpeza vêm aumentando: saiu de 72,5%, em 2019, para 81,4%, em 2022. Mesmo assim, o valor ficou abaixo da média brasileira (86%). Além disso, 11% dos resíduos foram queimados na propriedade, 6,4% do lixo foi coletado em caçamba ou serviço de limpeza e 1,1% tiveram outro destino. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando