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Um navio nazista que supostamente carregava ouro brasileiro foi encontrado por uma empresa especializada em recuperar embarcações perto do litoral da Islândia, informou a mídia britânica. O SS Minden foi afundado em setembro de 1939, há quase 80 anos, e foi identificado a 190 km de distância da costa islandesa. Quem encontrou o navio foi a empresa britânica Advanced Marine Services.

Acredita-se que o navio estaria carregado com quatro toneladas de ouro, em uma carga estimada em cerca de 110 milhões de euros (corrigido nos valores atuais). O ouro havia sido retirado de uma filial no Brasil do banco alemão Dresden.

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No contexto histórico, o SS Minden saiu do Brasil rumo a Alemanha, mas quando estava próximo da Europa, o navio foi identificado pela marinha britânica. Adolf Hitler então ordenou ao capitão que afundasse o navio para não permitir que a carga foi descoberta.

A empresa Advanced Marine Services ainda não confirmou a presença de ouro na embarcação, já que não tiveram autorização do governo islandês para permanecer nas águas da região para conduzir as pesquisas. Caso realmente for encontrado ouro no navio, uma batalha judicial envolvendo a Islândia deverá acontecer para determinar quem ficará com a valiosa carga.

Considerada pela revista Fast Company a empresa de educação mais inovadora no mundo em 2016, a Babbel aproveita a 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje (26) à noite, para perguntar a escritores convidados do evento quais livros e filmes eles indicariam para pessoas que desejam aprender seus idiomas de origem. Companhia internacional com sede em Berlim, a Babbel dedica-se ao ensino online de 14 idiomas,

A Babbel tem foco na linguagem, na literatura e no multiculturalismo, disse à Agência BrasilJulie Krauniski, relações públicas  da empresa. A empresa conta com uma equipe de mais de 450 profissionais de 39 nacionalidades, sendo 15 do Brasil, onde atua há dois anos.

“Falar muitas línguas não é só uma questão acadêmica ou de habilidades. Falar várias línguas abre uma porta para um universo diferente", afirmou Julie.  Segundo a relações públicas, tudo que é relacionado a linguagem e a multiculturalismo interessa à Babbel. "A Flip é um festival literário que tem tradição no Brasil e escolhe sempre escritores muito bons, do mundo todo. Por isso, decidimos perguntar a alguns autores internacionais que livros e filmes eles recomendariam para estrangeiros entenderem melhor o país de cada um no idioma original.”

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Brasil

Em sua estreia literária, o brasileiro Jacques Fux, natural de Belo Horizonte, ganhou o Prêmio São Paulo de 2013 com a obra Antiterapias. No romance mais recente, Meshugá, o tema é a loucura. Na obra, Fux reinventa a vida e a obra de nomes como a filósofa Sarah Kofman e o cineasta Woody Allen. Para entender o Brasil, Fux recomenda o livro K. Relato de uma Busca, de Bernardo Kucinsky, da editora Companhia das Letras,  e o filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger.

Jacques Fux lembrou que o Brasil foi formado por diferentes povos e culturas. Sua literatura explora a questão judaica e a influência do povo judeu no Brasil. Por isso, disse Fux, é que indica o livro de Kucinsky e o filme de Hamburger. "Tanto o livro quanto o filme abordam o período da ditadura militar no Brasil, mas falam também do antissemitismo, da assimilação e do amor pelo futebol, temas muito importantes e relevantes na construção política e cultural do Brasil”, explicou o escritor.

Islândia

O autor slandês Sjón (abreviatura de Sigurjón Birgir Sigurðsson), cuja obra é influenciada por contos de fada e pela mitologia nórdica e já foi traduzida para mais de 30 idiomas, sugeriu o livro O Cisne, de Guðbergur Bergsson, editado pela Rocco, e o filme é O Albino Noi, com direção de Dagur Kári. Bergsson e Kári também são islandeses.

Ao comentar o livro, Sjón ressaltou que ele mostra "a beleza, a crueldade e a estupidez da pequena sociedade vistas pelos olhos de uma menina de 9 anos, que foi enviada para trabalhar numa fazenda como punição por furto. "Guðbergur Bergsson mapeou a mentalidade islandesa melhor do que qualquer outro autor contemporâneo”, disse Sjón. Sobre o filme, que relata a história de uma adolescente rebelde, Noi, moradora de uma vila próxima de um fiorde da costa oeste islandesa, Sjón afirmou: “em uma sociedade tão pequena, não é preciso tanta rebeldia para arrumar encrenca. O diretor cria uma miniatura incrível da Islândia moderna”.

O escritor é também compositor e um dos principais parceiros da cantora Björk. Seu novo livro, Pela Boca da Baleia, será lançado durante a Flip deste ano.

Angola

O rapper e ativista político Ikonoklasta, como é conhecido no meio musical o autor angolano Luaty Beirão, publicou em 2016 o livro Sou Eu Mais Livre, Então, um diário escrito na prisão. Ikonoklasta foi preso por ter lido, em 2015, um livro considerado subversivo pelo governo de José Eduardo dos Santos. O livro é considerado um testemunho da resistência de Angola. Para Luaty Beirão, quem quiser entender seu país tem de ler A Geração da Utopia, de Pepetela, que considera “um bom ponto de partida para perceber a geração de angolanos que segurou o poder e se mantém até hoje, lá amarrada. Essas pessoas destruíram o sonho comum – depredando o que deveria ser de todos – para enriquecimento pessoal. O livro explica muita coisa”.

O filme que ele indica, É Dreda Ser Angolano (Mambo Tipo Documentário), dá uma breve ideia sobre a vida na capital, Luanda. “Não chega a ser um documentário, porque inserimos pequenos e bem localizados elementos de ficção. Por isso o chamamos de mambo tipo documentário. Ele foi inspirado em um álbum de música do Conjunto Ngonguenha”, disse o escritor.

Suíça

Nascida na Suíça em 1975, Prisca Agustoni é poeta, tradutora e professora. Mora no Brasil desde 2003 e dá aula de literatura comparada na Universidade Federal de Juiz de Fora, cidade mineira onde reside atualmente. Para entender a Suíça, ela sugere o livro L'anno della valanga, de Giorgio Orelli, publicado pela editora Casagrande, de Bellinzona. Não há edição em português. Prisca não recomendou nenhum filme.

Espanha

A jornalista e escritora espanhola Pilar del Río é viúva do autor português José Saramago, que conheceu em 1986 e cuja obra traduziu para o castelhano. Em 2016, recebeu o Prêmio Luso-Espanhol de Arte e Cultura por sua dedicação "à defesa dos direitos humanos, à promoção da literatura portuguesa e ao intercâmbio da cultura portuguesa, espanhola e latino-americana". Suas oções para entender a Espanha são o livro Los Aires Difíciles, de Almudena Grandes, e o filme La Vaquilla, de Luis García Berlanga.

França

O escritor francês Patrick Deville foi adido e professor em Cuba, em países da África e do Golfo Pérsico, antes de estrear na literatura em 1987. Seu livro mais recente publicado no Brasil é Peste e Cólera. Para entender a França, Deville recomenda o livro À la Recherche du Temps Perdu(Em Busca do Tempo Perdido), de Marcel Proust, e o filme Vivre Sa Vie (Viver a Vida), de Jean-Luc Godard.

Referência

O português falado no Brasil foi lançado como um dos idiomas de referência do aplicativo Babbel em 2012 e é considerado o sexto idioma de maior procura, informou Julie Krauniski. O Brasil é o quinto maior mercado da Babbel no mundo e o primeiro na América Latina, correspondendo a 60% da procura pelos cursos da empresa de educação alemã na região. Os brasileiros são os que mais se inscrevem para aprender com a Babbel, e os cursos que eles mais buscam são inglês, francês,alemão, italiano e espanhol.

Fundada há 10 anos na Europa, a escola tem cerca de 1 milhão de alunos no mundo inteiro e oferece cursos de 14 idiomas: inglês, alemão, dinamarquês, espanhol, francês, holandês, indonésio, italiano, norueguês, polonês, português brasileiro, russo, sueco e turco.

A imensa falha de Almannagja é parte da paisagem até onde a vista se perde. A lagoa glacial, os icebergs, a colina ainda virgem no centro da ilha e as inúmeras cascatas fazem da Islândia um cenário natural ideal para o cinema e a televisão.

Esta falha, situada no sul da ilha, um marco espetacular carregado de história, foi o cenário do combate entre Brienne de Tarth e Sandor Clegane na quarta temporada da série de televisão Game of Thrones.

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"A diversidade é tão grande que há quase qualquer tipo de paisagem", aponta Leifur Dagfinnsson, presidente da sociedade islandesa Truenorth, que gestiona 90% do mercado.

"Pode-se filmar a Islândia como Islândia ou recriar outros lugares, como o Himalaia, a tundra da Mongólia, Sibéria, Groenlândia e inclusive outro planeta em filmes de ficção científica", acrescenta.

Além de Game of Thrones, outras séries contam com cenários islandeses, como Sense8 ou Black Mirror, assim como filmes americanos que tiveram sucesso de bilheteria, como Star Wars, James Bond e Velozes e Furiosos 8.

Os diretores encontram na Islândia lugares tempestuosos e inabitados ideais para cenas de ação, cenários apocalípticos e cavalgadas futuristas.

Não é raro que os céus pareçam estar em chamas em pleno inverno ou fiquem cobertos por uma nuvem que deixa setas de fumaça negra quando passa; mas não se trata de uma erupção ou uma tempestade, senão de explosões pirotécnicas e efeitos especiais com a ajuda de helicópteros.

Ao pé de uma cascata ou em uma praia de seixos prateados, pode-se cruzar com grupos de guerreiros à cavalo, com capacetes, espadas, escudos e cobertos de sangue ao seu regresso da guerra.

- Após a crise de 2008 -

"Após a crise de 2008, tornou-se financeiramente interessante filmar na Islândia, perto da maioria dos países europeus. As infraestruturas são boas, com fácil acesso aos variados lugares de filmagem", explica Kristinn Thordarson, presidente da Associação de produtores islandeses (SIK).

Em 2016 a ilha de gelo e fogo produziu para a televisão e o cinema mais do que nunca, com um faturamento das empresas locais de 20 bilhões de coroas (cerca de 173 milhões de euros).

As filmagens estão muito regulamentadas, particularmente nas centenas de zonas protegidas do país, desde reservas naturais até parques nacionais, de modo que é necessário contar com autorizações outorgadas pela Agência islandesa do meio ambiente.

Embora as autorizações para filmar tenham aumentado desde 2013, "as condições para sua obtenção continuam sendo muito estritas", assegura Adalbjörg Guttormsdottir em nome da agência.

Há uma proibição absoluta de perturbar a flora e a fauna e, se for necessário mover uma pedra, depois esta deve ser novamente colocada em seu lugar.

O crédito fiscal, que passou de 20% a 25% do orçamento da produção em 1 de janeiro, poderia aumentar ainda mais o atrativo para as produções estrangeiras da ilha vulcânica. E Thordarson pretende elevá-lo até 30%, logo atrás da Irlanda (32%).

- Cine-turismo -

A falha de Almannagja se transformou em um dos destinos turísticos favoritos dos fãs de Game of Thrones (GOT).

Eddy Marks fez uma viagem de ida e volta em um dia para realizar um "GOT tour", após ter visitado outros lugares de filmagem da série, em Dubrovnik (Croácia) e Malta.

"Gosto de vir constatar a diferença entre as imagens da televisão durante a série e o que você vê com seus próprios olhos. É uma boa experiência", diz o californiano, após fazer uma selfie diante da geleira Langjökull e suas neves eternas.

Neste deserto de gelo e rochas, onde se encontram as placas tectônicas euro-asiática e norte-americana, os relevos se erguem vários metros até formar um grande desfiladeiro vertiginoso.

Foi aqui, em pleno coração do parque nacional de Thingvellir, classificado como patrimônio mundial da Unesco, que foi estabelecido o Alpingi, o parlamento mais antigo do mundo, no ano 930.

Às vezes a meteorologia caprichosa deste lugar tem suas vantagens. "Isto cria um cenário muito mais belo e realista. Em muitas ocasiões, é um verdadeiro valor agregado", afirma Leifur Dagfinnsson.

Enquanto no Brasil o número de homicídios só cresce, na Islândia, o primeiro assassinato do ano aconteceu na última semana. A vítima foi uma jovem de 20 anos que estava desaparecida há oito dias e cujo corpo foi encontrado em uma praia.

Birna Brjansdottir, vendedora de uma loja de roupas, foi vista pela última vez no dia 14 de janeiro, enquanto bebia nos bares da zona portuária de Reykjavík. Câmeras de vigilância do local registraram quando a moça cambaleava pela rua, com dificuldade de ficar de pé, e ia em direção a um local que vendia kebab. Segundo informações da imprensa local, a polícia já a procurava há oito dias quando encontrou seu corpo em uma praia. 

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Durante as investigações, os policiais verificaram que suas pegadas deixadas na neve seguiram até o local próximo de onde um barco da Groelândia estava ancorado e havia chegado no mesmo dia ao local. Enquanto a jovem estava desaparecida, o barco zarpou, mas precisou retornar após solicitação policial. Os dois tripulantes foram presos sob suspeitas de terem cometido o crime. A imprensa local informou que ainda não há informações necessárias para punição, no entanto eles afirmaram terem alugado um automóvel e, em perícia, foi encontrado sangue no carro. A resolução deste crime tem sido a maior mobilização já realizada no país.

A Islândia

O país possui cerca de 330 mil habitantes e o número de assassinatos registrados é de 1,8 por ano desde 2001. Violência de gênero, distúrbios mentais e ingestão elevada de álcool são as principais causas de assassinato no local. Nos anos de 2003, 2006 e 2008, nenhum homicídio foi registrado no país. A polícia fez sua primeira vítima em 2013.

Tamanho não é documento no Museu Falológico da Islândia, que reúne a maior coleção de pênis do mundo, com uma variedade de espécimes cuidadosamente coletados de centenas de animais diferentes.

"Vim para ver se era verdade, se realmente havia um museu do pênis em Reykjavik", disse o turista americano Jerry Anderson à AFP, sorrindo enquanto olhava para o falo de um cachalote, o maior espécime do museu. Conservado em formaldeído e apresentado dentro de um enorme tubo de acrílico na entrada do museu, o pênis deste enorme cetáceo tem 1,70 metro de altura e pesa 75 quilos.

Dentro dos grandes salões iluminados do museu, existem pênis e partes penianas de todas as formas e tamanhos, de uma enorme variedade de mamíferos, de baleias a ursos, focas a gatos ou inclusive ratos.

O local também abriga uma vasta gama de artefatos temáticos genitais, entre eles bandejas, totens e um telefone. "Quem poderia resistir a visitar um museu do pênis?", questionou Disse Kim, de 62 anos, uma turista do Canadá que não revelou seu sobrenome. "Achamos que seria hilário, e é", disse, gargalhando, enquanto observava com um amigo um tubo contendo supostamente o pênis invisível de um elfo.

O Museu Falológico é tudo menos silencioso, visto que os visitantes dão inevitáveis risadinhas enquanto apreciam os 286 espécimes biológicos exibidos. "É um bom lugar para fazer piadas e para passar bons momentos. Você pode se educar e ao mesmo tempo se divertir um pouco", disse Hjortur Sigurdsson, 52, um ex-gerente de logística que administra o museu.

Seu pai, Sigurdur Hjartarson, um historiador que trabalhou como professor por 37 anos, abriu o museu em 1997, começando com apenas 62 espécimes. "Tudo começou como uma piada", disse ele à AFP. "Meu pai se divertia apenas colecionando, fazendo algo que ninguém tinha feito antes. Ele sempre dizia que 'alguém tinha que fazer isso'".

Em 1980, Hjartarson já havia juntado 13 espécimes, nove deles de mamíferos terrestres e quatro de baleias. Dentro de uma década, esse número aumentou para 34.

Falo humano

Em 2011, a coleção familiar foi enriquecida com um pênis humano, doado por um islandês morto aos 96 anos de idade. O espécime pode parecer decepcionante aos olhos de alguns visitantes. "O próprio doador estava chateado porque, nos seus últimos anos de vida, o órgão havia encolhido um pouco", conta Sigurdsson.

Perguntado se ele também estaria disposto a contribuir para a coleção original do museu, o visitante Jerry Andersson ficou embaraçado. "Claro. Estou doando meus órgãos, acho que posso doar mais um", disse. Sigurdsson disse que o propósito do museu do pênis é educativo, e não erótico.

"Tem sido um pouco tabu, especialmente em relação ao órgão humano, mas se você diz 'pênis', isso atrai as pessoas", diz o administrador. "E, claro, nós somos o único museu no mundo colecionando órgãos biológicos".

As crianças são alguns dos seus visitantes favoritos, por causa da vontade que têm de aprender sobre o campo da falologia, o estudo científico do pênis. "Muitas crianças vêm aqui no horário escolar e se divertem muito", disse Sigurdsson. "Elas não têm medo de fazer perguntas como: por que essa forma? E esse tamanho?".

Os visitantes podem comparar a cor, o tamanho e a forma do minúsculo pênis de um rato com o órgão gigantesco de uma cachalote, explica. Mas também é possível aprender as diferentes formas com que os animais usam seus falos.

"As baleias, por exemplo, têm um músculo retrátil. Não precisam realmente de ereção. É muito diferente de nós", constata o diretor. O interesse pelo museu cresceu ao longo dos anos, e em 2011 o local registrou 12.000 visitantes, em uma nação mais conhecida por suas paisagens deslumbrantes. A maioria dos visitantes são estrangeiros e mais de 60% são mulheres.

Uma coisa é certa: a grande maioria dos visitantes parecem mais felizes na saída do que na entrada. Antes de deixar o local, podem até passar pela lojinha e comprar um pacote de macarrão em formato fálico ou um agasalho de pênis tricotado à mão.

O Partido da Independência, de centro-direita, foi o mais votado na eleição legislativa na Islândia, mas o radical Partido Pirata teve um forte avanço ante o pleito anterior. Nenhum partido emergiu com maioria decisiva dos assentos do Parlamento. Líderes partidários do país começavam reuniões neste domingo com o presidente da Islândia, Gudni Th. Johannesson, para decidir a formação do próximo governo.

O conservador Partido da Independência conquistou 29% dos votos válidos e 21 dos 63 assentos do Parlamento islandês. O líder da sigla, Bjarni Benediktsson, disse que o partido deve receber o mandato do presidente para formar um novo governo de coalizão. O primeiro-ministro Sigurdur Ingi Johannsson, do Partido Progressista, disse que vai entregar ao presidente sua renúncia para que um novo governo possa ser formado.

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Os piratas - defensores de democracia direta e liberdade digital - quase triplicaram o seu porcentual de votos de 5% em 2013 para 14,5% e terão 10 assentos no Parlamento da Islândia, o Althingi. "Teria sido bom obter mais representantes, conseguir um porcentual mais elevado", disse Smari McCarthy, legislador do Partido Pirata recém-eleito. "Mas essa ainda é uma magnífica vitória para nós."

O movimento Esquerda-Verde, com 15,9% dos votos válidos, também terá 10 assentos em um Parlamento que está se moldando para ser dividido igualmente entre os partidos de esquerda e direita.

A Islândia, com uma população de 320 mil habitantes, sofreu anos de turbulência econômica após os bancos do país entrarem em colapso durante a crise financeira global de 2008. A eleição de sábado foi convocada depois que o então primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson renunciou em abril, durante protestos públicos a respeito de recursos que detinha no exterior, revelados no vazamento dos Panama Papers. O Partido Progressista de Gunnlaugsson foi a maior vítima da eleição, perdendo mais de metade dos seus assentos no Parlamento, com os eleitores punindo a sigla por suas ligações com o colapso financeiro e alegações de corrupção.

A eleição foi dominada por questões ligadas à economia da Islândia - que está se recuperando com um boom do turismo, baixo desemprego e elevado crescimento - e pelo desejo dos eleitores de reforma política. Fonte: Associated Press.

Apesar da eliminação nas quartas de final da Eurocopa, os jogadores da seleção da Islândia tiveram uma recepção digna de campeões no retorno ao país nesta segunda-feira. Desfilaram em carro aberto e foram saudados por milhares de torcedores que lotaram as ruas da capital Reikiavik.

Estreante na competição, a Islândia surpreendeu a todos quando avançou em segundo lugar no Grupo F, com uma vitória e dois empates. Somou os mesmos cinco pontos da líder Hungria. Nas oitavas de final, ganhou de vez a simpatia dos torcedores ao eliminar a favorita Inglaterra por 2 a 1.

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Nas quartas, não teve forças para segurar a França, seleção anfitriã, e sucumbiu com uma goleada por 5 a 2. O revés, no entanto, não desanimou os torcedores do país, que contaram com o presidente recém-eleito, Gudni Johannesson, nas arquibancadas.

Na festa realizada na capital do país, os jogadores subiram também em um palco, onde comandaram novamente a coreografia que ficou famosa na Eurocopa com o "grito viking" seguido por batidas de palmas simultâneas.

As semifinais da Eurocopa começam na próxima quarta-feira, às 16h, com o duelo entre País de Gales e Portugal. Na quinta-feira, no mesmo horário, se enfrentam as seleções da França e da Alemanha. A decisão está marcada para domingo.

A França espantou a zebra da Eurocopa sem dar margem para sustos. Imponente desde o início do jogo, atropelou a Islândia com uma goleada por 5 a 2 neste domingo, no Stade de France, e avançou para a semifinal a competição.

Giroud, Pogba, Payet e Griezmann marcaram ainda no primeiro tempo, que foi um verdadeiro passeio francês. Não foram incomodados nenhuma vez e aproveitaram as falhas defensivas do frágil adversário para encaminhar a classificação.

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Na etapa final, Sigthórsson e Bjarson descontaram para a Islândia, mas Giroud fez mais um para os donos da casa. Agora, a seleção anfitriã se prepara para enfrentar a Alemanha na próxima quinta-feira, às 16 horas, em Marselha. A outra semifinal acontecerá na quarta-feira, quando Portugal e País de Gales se enfrentam no mesmo horário.

O JOGO - Na véspera da partida, o técnico Didier Deschamps pregou respeito ao adversário e informou que começar o jogo com um ritmo forte será fundamental para obter a classificação. Os jogadores entenderam o recado.

Depois de Payet assustar o goleiro adversário com um chute de fora da área, os donas da casa conseguiram abrir o placar aos 12 minutos. Matuidi lançou para Giroud, que invadiu a área e bateu forte entre as pernas do goleiro Halldórsson.

A Islândia ainda tentava ter a posse de bola, quando levou o segundo, aos 20. Griezmann cobrou escanteio na cabeça de Pogba, que desviou para as redes. Os 2 a 0 no placar fizeram com que a França diminuísse um pouco o ritmo.

Sem sofrer grandes sustos, voltou a pressionar nos minutos finais e conseguiu o terceiro e quarto gols na sequência. Aos 42, Sagna cruzou, Giroud escorou para Griezmann, que ajeitou para Payet bater no canto esquerdo de Halldórsson. Antes do apito do árbitro, veio um golaço. O zagueiro Umtiti tocou para Girou no meio-campo, mas ele deixou a bola passar por entre as pernas, enganou a zaga adversária e deixou Griezmann na cara do gol. O atacante avançou e tocou por cobertura.

A Islândia voltou para a etapa final para honrar a campanha histórica do país na competição. Aos 11, diminuíram com Sigthórsson. Após cruzamento de Sigurdsson, o atacante se antecipou à zaga e fez o gol de honra.

Para acabar com qualquer empolgação do adversário, os franceses fizeram o quinto três minutos depois. Payet cobrou falta na área e Giroud desviou de cabeça para fazer o segundo dele na partida. A partir daí os franceses tocaram a bola para o tempo passar.

Os islandeses tentavam lutar para diminuir a goleada. Sem desistir em nenhum momento, conseguiram diminuir com Bjarnason, de cabeça, aos 38 minutos. Buscaram a bola no fundo das redes esperançosos, mas o placar ficou nos 5 a 2.

REENCONTRO - Semifinalistas, França e Alemanha voltam a se enfrentar em um mata-mata em uma competição oficial depois de terem medido forças nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014, há quase exatamente dois anos, em 4 de julho daquele ano, quando os alemães venceram por 1 a 0, no Maracanã, com um gol de Hummels, mas que desta vez está suspenso desta semifinal por ter levado o segundo cartão amarelo. Em seguida, os alemães humilhariam o Brasil com uma goleada por 7 a 1 na semifinal, no Mineirão.

FICHA TÉCNICA

FRANÇA 5 x 1 ISLÂNDIA

FRANÇA - Lloris; Sagna, Umtiti, Koscielny (Mandala) e Evra; Matuidi, Pogba, Payet (Coman) e Sissoko; Giroud (Gignac) e Griezmann. Técnico: Didier Deschamps.

ISLÂNDIA - Halldórsson; Saevarsson, Sigurdsson, Árnason (Ingason) e Skúlason; Gunnarsson, Sigurdsson, Gudmundsson; Bjarnason; Sigthórsson e Bödvarsson (Finnbogason). Técnico: Lars Lagerbäck.

ÁRBITRO - Björn Kuipers (HOL)

GOLS - Giroud, aos 12; Pogba, aos 20; Payet, aos 42; e Griezmann, aos 45 minutos do primeiro tempo; Sigthórsson, aos 11; e Giroud, aos 14 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Bjarnason (Islândia) e Umtiti (França).

LOCAL - Stade de France, Saint-Denis.

Invicta até aqui nesta Eurocopa na qual tem a vantagem de jogar como anfitriã, a seleção francesa enfrenta a surpreendente Islândia neste domingo, às 16 horas (de Brasília), no Stade de France, na Grande Paris, no jogo que definirá o último classificado às semifinais da Eurocopa.

A França acumulou duas vitórias e um empate na primeira fase da competição, na qual terminou como líder do Grupo A, antes de derrotar a Irlanda por 2 a 1 nas oitavas de final. Os islandeses, por sua vez, assombraram a terminar o estágio inicial da competição empatados com a Hungria na liderança do Grupo F, deixando para trás Portugal de Cristiano Ronaldo e a eliminada Áustria.

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Para completar, a Islândia ainda brilhou ao despachar a Inglaterra com uma vitória de 2 a 1, de virada, nas oitavas de final. Curiosamente, os franceses também avançaram com um triunfo de virada sobre os irlandeses no primeiro mata-mata que encararam nesta edição da Eurocopa.

Ao projetar o duelo deste domingo, o técnico Didier Deschamps minimizou o favoritismo francês ao lembrar que a Islândia "não chegou onde está por acaso". "Da minha parte há muito respeito pelo o que os jogadores da Islândia estão fazendo. Foram muito bem até aqui e eliminaram a Inglaterra", ressaltou.

Para esta partida, o treinador não poderá contar com o suspenso zagueiro Rami. Ele dará lugar a Sam Umtiti, que também tem a confiança do comandante francês. "É um jovem jogador, mas tem experiência. Já jogou a Liga dos Campeões pelo Lyon. Se vai ser contratado pelo Barcelona, não é por acaso. Tem todas as qualidades de um defensor de alto nível", enfatizou.

Quem vencer este duelo de invictos das quartas de final terá pela frente a Alemanha, que neste sábado eliminou a Itália com uma vitória nos pênaltis. E a Islândia admitiu que o País de Gales, outro classificado à semifinal, serve de inspiração para o país, pois os galeses são outra grande surpresa desta Euro. Pela primeira vez na semifinal da competição, eles despacharam a Irlanda do Norte nas oitavas de final e depois a badalada Bélgica nas quartas.

"É claro que Gales serve de inspiração. Não eram os favoritos assim como nós. É muito bom assisti-los. Eu acho o País de Gales uma força a ser considerada. Acho que nós podemos aprender com eles", comentou o capitão islandês Aron Gunnarsson.

País com pouco mais de 320 mil habitantes, cerca de 100 jogadores profissionais e classificado às quartas de final da Eurocopa. Essa é a Islândia, que nesta segunda-feira virou sobre uma Inglaterra sem inspiração, contou com a ajuda do goleiro Hart, venceu por 2 a 1 em Nice, e continuou escrevendo sua incrível história.

Considerada potência do futebol, a Inglaterra chega a 50 anos sem ganhar nenhum título, desde que faturou a Copa do Mundo de 1966. Em Eurocopas, a última semifinal foi há 20 anos. Para aumentar o vexame, os ingleses ainda viraram motivo de chacota. Saíram da Eurocopa quatro dias depois do Brexit, o plebiscito em que os britânicos votaram por sair da União Europeia.

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A Islândia não faz parte do bloco europeu. Em 2015, anunciou que desistia da sua candidatura. No futebol, porém, agora está na elite do continente. No domingo, encara a dona da casa, a França, no Stade de France, em Saint-Denis.

O JOGO - O goleiro Halldórsson quase pôs tudo a perder. Aos 3 minutos, foi todo estabanado em direção aos pés de Sterling e atropelou o atacante inglês na área. Pênalti que Wayne Rooney bateu para colocar a Inglaterra na frente.

A festa inglesa não durou nem um minuto. Enquanto as placas de publicidade mostravam um anúncio com a frase "Faça sua estreia", a Islândia bateu lateral na área, Árnason desviou e deixou Ragnar Sigurdsson livre atrás da zaga e na cara de Hart para empatar.

Com 5 minutos de futebol, o placar já estava igual novamente. A Inglaterra, sempre predisposta a se defender, era obrigada a ditar o ritmo da partida. Fez isso controlando a posse de bola, mas sem assustar.

A Islândia, por sua vez, jogaria por uma bola. E a achou aos 17 minutos. Sigthórsson recebeu na entrada da área, dominou, abriu espaço e bateu rasteiro. A bola era totalmente defensável, mas Hart deixou passar.

Atrás no placar, a Inglaterra claramente sentiu a pressão. Sentiu, também, a falta de um homem de criação. Sterling, Sturridge e Dele Alli não têm esse perfil. Na base da correria ou da bola aérea, a Islândia não deixava sua área ser penetrada.

Quando ia para o ataque, o time islandês ameaçava. Tanto que, aos 10 minutos do segundo tempo, quase fez um gol de bicicleta. O zagueirão Ragnar Sigurdsson pegou em cheio na bola, mas em cima de Hart.

Vardy entrou no lugar de Sterling e Rooney passou a jogar na criação. A ideia do técnico Roy Hodgson não deu certo, tanto que Rooney acabou trocado por Rashford, aos 40 minutos.

Até os 47 minutos, a Inglaterra não criou nada que justificasse alguém lamentar sua eliminação. No penúltimo lance, Vardy até teve chance de marcar pelo alto, mas a zaga não deixou. Hart foi para área para a cobrança do escanteio, que nada rendeu.

FICHA TÉCNICA:

INGLATERRA 1 X 2 ISLÂNDIA

INGLATERRA - Hart; Walker, Cahill, Smalling e Rose; Dier (Wilshere), Dele Alli e Sterling (Vardy); Sturridge, Kane e Rooney (Rashford). Técnico: Roy Hodgson.

ISLÂNDIA - Halldórsson; Saevarsson, Ragnar Sigurdsson, Árnason e Skúlason; Gunnarsson, Gylf Sigurdsson, Gudmundsson e Birkir Bjarnason; Sigthórsson (Elmar Bjarnason) e Bödvarsson (Traustason). Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Rooney, de pênalti, aos 3, Ragnar Sigurdsson, aos 5, e Sigthórsson, aos 17 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Damir Skomina (Eslovênia).

CARTÕES AMARELOS - Gunnarsson, Gylf Sigurdsson (Islândia) e Sturridge (Inglaterra).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Allianz Riviera, em Nice (França).

Em mais uma partida marcada por confusões da torcida em Marselha, a seleção da Hungria arrancou um suado empate por 1 a 1 com a modesta equipe da Islândia, neste sábado, e ficou perto da classificação às oitavas de final da Eurocopa. O gol do empate saiu somente aos 42 minutos do segundo tempo e saiu dos pés de um lateral islandês.

Com o resultado, a Hungria amplia sua vantagem na liderança no Grupo F da Eurocopa. Tem quatro pontos, contra dois da Islândia. Portugal, com um ponto, e Áustria, que ainda não pontuou, vão se enfrentar ainda neste sábado.

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A partida no estádio Vélodrome, de Marselha, já marcada pela briga entre ingleses e russos no fim de semana passado, teve um jogo "pegado" dentro de campo e uma confusão iniciada por torcedores húngaros antes mesmo do primeiro apito do árbitro.

Enquanto a torcida da Islândia fazia uma bela festa, pintando as arquibancadas de azul, húngaros entraram em confronto com os seguranças quando um grupo de cerca de 100 torcedores vestidos de preto tentaram derrubar uma grade para se juntar a outros húngaros num dos trechos da arquibancada. Houve empurra-empurra entre eles e também com os seguranças.

Um grupo de choque da polícia precisou intervir para bloquear a área e impedir o acesso de outros húngaros. Ainda antes do início do jogo, parte da torcida acendeu sinalizadores na arquibancada durante a execução do hino da Hungria. As confusões devem render punições à Federação Húngara de Futebol.

Quando a bola, enfim, rolou, a empolgação da torcida não se refletiu na qualidade do espetáculo em campo. A Hungria logo assumiu o controle da partida, mas as melhores chances de gol na etapa inicial foram protagonizadas pela equipe da Islândia, que arrancou empate com Portugal de Cristiano Ronaldo na estreia.

Aos 9 minutos, o atacante Bodvarsson subiu alto na área, mas completou cruzamento de cabeça, para fora. A outra boa oportunidade surgiu somente aos 31. Gudmundsson recebeu enfiada pela direita e, cara a cara com Kiraly, bateu em cima do goleiro.

A maior posse de bola da Hungria que não impediu as boas chances islandesas também não evitou o gol de pênalti aos 39 minutos. O lance, contudo, foi no mínimo duvidoso. Kiraly, meio atrapalhado, caiu mal ao tentar fazer defesa por cima e se chocou com Gylfi Sigurdsson, que caiu na área. O árbitro assinalou a penalidade e o próprio Sigurdsson converteu.

Em desvantagem, a seleção húngara aumentou o ritmo na segunda etapa e o jogo se tornou mais "pegado". A Islândia passou a aceitar o domínio e a tentativa de pressão do rival. Mesmo sem criar chances claras, a Hungria cercava a área islandesa e o gol de empate parecia questão de tempo.

Aos 42, enfim, Nikolics cruzou rasteiro da direita, quase na linha de fundo, e o lateral Saevarsson completou contra as próprias redes, ao tentar evitar finalização do rival. O gol levantou a torcida húngara, que voltou a gritar nas arquibancadas. Também acenderão novamente sinalizadores e o árbitro paralisou brevemente a partida. Jogadores da Hungria precisaram pedir aos torcedores para apagar o artefato.

Nos minutos finais, o time húngaro ainda precisou se defender de uma chance perigosa. Aos 49, o árbitro marcou falta praticamente em cima da linha da área. Sigurdsson bateu na barreira e o experiente Gudjohnsen, que acabara de entrar em campo, finalizou forte e viu a bola ir para fora após desvio da defesa. Com a saída, o árbitro finalizou a partida.

 

FICHA TÉCNICA:

ISLÂNDIA 1 x 1 HUNGRIA

ISLÂNDIA - Hannes Halldorsson; Birkir Saevarsson, Ragnar Sigurdsson, Kari Arnason, Ari Skulason; Aron Gunnarsson (Hallfredsson), Johann Gudmundsson, Birkir Bjarnason, Gylfi Sigurdsson; Kolbeinn Sigthorsson (Gudjohnsen) e Jon Dadi Bodvarsson (Finnbogason). Técnico: Lars Lagerbäck.

HUNGRIA - Gabor Kiraly; Adam Lang, Richard Guzmics, Roland Juhasz (Szalai), Tamas Kadár; Zoltan Gera, Adam Nagy, Laszlo Kleinheisler, Balazs Dzsudzsak; Zoltan Stieber (Nikolics) e Tamas Priskin (Böde). Técnico: Bernd Storck.

GOLS - Gylfi Sigurdsson, aos 39 minutos do primeiro tempo. Saevarsson (contra), aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gudmundsson, Kleinheisler, Saevarsson, Finnbogason.

ÁRBITRO - Sergei Karasev (Rússia).

LOCAL - Stade Vélodrome, em Marselha (França).

O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, confirmou o ministro da Agricultura, Sigurdur Ingi Johannsson. Nenhum substituto foi nomeado e o presidente do país, Olafur Ragnar Grimsson, ainda não aceitou formalmente a renúncia.

Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo.

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O agora ex-premiê havia pedido mais cedo ao presidente islandês que dissolvesse o Parlamento e convocasse novas eleições, mas Grimsson afirmou que queria consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.

Os documentos financeiros vazados sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.

Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo Gunnlaugsson, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país. Fonte: Associated Press.

A seleção da Itália jogou como sempre, neste domingo (6), e está perto da classificação à Eurocopa de 2016, que será realizada na França. No estádio Renzo Barbera, em Palermo, a equipe comandada pelo técnico Antonio Conte jogou apenas o suficiente para fazer um gol - de De Rossi, em cobrança de pênalti, logo aos seis minutos de partida - e derrotar a Bulgária, pela oitava rodada do Grupo H das Eliminatórias para a competição continental.

Com a vitória, a Itália manteve a liderança da chave, agora com 18 pontos. Tem dois a mais que a Noruega, que assumiu a segunda colocação após ganhar em casa da Croácia, que tem 15, mas que pode perder três em julgamento na Uefa por casos de racismo nestas Eliminatórias. Ao menos, os italianos já estão garantidos na repescagem, coisa que a Bulgária, com oito pontos, não tem mais chances.

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Quem já tem uma vaga na Eurocopa assegurada, pela primeira vez em sua história, é a surpreendente seleção da Islândia. Neste domingo, três dias depois de bater a Holanda em plena Amsterdã, os islandeses ficaram no 0 a 0 em casa contra o Casaquistão e se classificaram com duas rodadas de antecedência no Grupo A. Líderes com 19 pontos, têm a companhia da República Checa na primeira colocação.

No Grupo B, Bélgica e Bósnia-Herzegovina se deram bem neste domingo. Fora de casa, os belgas derrotaram o Chipre por 1 a 0 - gol de Hazard, aos 40 minutos do segundo tempo - e ficaram perto da classificação. Subiram para 17 pontos e estão apenas um atrás do País de Gales, o líder da chave.

Já na briga pela terceira colocação, que levará para uma repescagem, a Bósnia-Herzegovina derrotou Andorra por 3 a 0, em casa e se aproximou de Israel, que mais cedo havia empatado com País de Gales. Agora, faltando duas rodadas, os bósnios têm 11 pontos, contra 13 dos israelenses.

Nos últimos dois anos, a Islândia ganhou 100 posições no ranking da Fifa, quase se classificou para a Copa do Mundo de 2014 e hoje estaria garantida na próxima Eurocopa. Para atingir a melhor fase de sua história, a seleção conta com uma talentosa safra de jogadores e optou pelo incomum projeto de ser comandada por uma dupla de técnicos.

Quem apresentou a ideia de liderança compartilhada à federação do país foi o sueco Lars Lagerback, amante antigo desta iniciativa. Em 2002, o treinador dirigiu a seleção de seu país na Copa do Mundo ao lado de um parceiro. "Se você trabalha sozinho, há um risco de não perceber todas as possibilidades e desperdiçar alguns detalhes importantes", explicou ele em entrevista exclusiva.

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A formação da dupla ocorreu em 2013, um ano depois de a Islândia afundar em maus resultados e amargar a 131.ª posição no ranking da Fifa - a pior de todos os tempos. Lagerback, então sozinho no comando, passou a ter a companhia do islandês Heimir Hallgrímsson, antigo auxiliar técnico da equipe. Promovido, ele assumirá o cargo sozinho depois da Eurocopa da França, em 2016, quando o parceiro vai se aposentar.

Desde a formação da dupla, a equipe passou a obter os melhores resultados de sua história. Nas Eliminatórias para a Copa do Brasil, por exemplo, parou somente na repescagem, quando perdeu para a Croácia. Na disputa por uma vaga na Eurocopa, a seleção atingiu o ápice quando ganhou da poderosa Holanda, em casa, por 2 a 0.

Em seu grupo, a Islândia só está atrás da líder República Checa, para quem perdeu fora de casa por 2 a 1, de virada, em novembro. No mês anterior, a equipe havia chegado à sua melhor posição no ranking, a 28.ª.

A liderança em conjunto vai além dos dois treinadores, pois engloba também mais membros da comissão técnica. "Costumamos incluir em nossas reuniões o preparador de goleiros, o médico e o preparador físico para preparar treinos e acertar o time. Geralmente nós chegamos a um acordo sobre o que será feito", disse Lagerback.

O sueco representa uma mudança no modo de comandar a seleção do país. A contratação dele para técnico da equipe, em 2011, foi a primeira de um estrangeiro depois de 22 anos. A diminuta Islândia é uma ilha com cerca de 325 mil habitantes e carência de mão de obra.

Segundo o treinador, a comissão técnica islandesa é uma das menores do futebol europeu. De tão enxuta, raramente precisa fretar aviões para viajar - geralmente embarca para os compromissos em voos comerciais.

FUTEBOL EM DIA - O trabalho da dupla coincide com uma série de conquistas do futebol na Islândia. O outro técnico da seleção, Hallgrímsson, conta que as escolas do país construíram quadras de grama artificial e contam com professores licenciados pela federação para incentivar o esporte.

A medida ajudou a formar uma equipe jovem - a média de idade da seleção é de 26 anos - e com características bem diferentes dos times anteriores da Islândia. "Temos quase cem jogadores atuando no exterior e quase todos os que jogam na seleção são profissionais. Isso é inédito", disse o treinador, ex-atleta de clubes do país.

Antes apaixonada apenas pelos esportes de inverno, a Islândia agora se interessa para valer pelo futebol - pela primeira vez os jogos da seleção têm ingressos esgotados. "Contra a Holanda, poderíamos ter jogado até para o triplo de público. Agora já começaram no país conversas para se construir um local com mais capacidade para receber os jogos", contou Hallgrímsson. O maior estádio do país fica na capital, Reykjavik, e tem apenas 15 mil lugares.

Para Hallgrímsson, o estilo de jogo da seleção tem melhorado, deixando de ser físico e baseado na garra e gerando atletas mais técnicos e habilidosos. Como resultado, a Islândia tem representantes nos principais campeonatos do mundo. O camisa 10, Sigurdsson, joga no Campeonato Inglês pelo Swansea City. A dupla de ataque é formada por Finnbogason, da Real Sociedad, e Sigpórsson, do Ajax.

Na escalada da Islândia, falta ainda o feito mais importante. A equipe precisa vencer a inexperiência e se classificar pela primeira vez para uma grande competição internacional.

O Escritório de Meteorologia da Islândia disse que uma erupção subglacial está ocorrendo no vulcão Bardarbunga, que foi atingido por milhares de terremotos durante a última semana.

A vulcanologista Melissa Pfeffer afirmou que dados sísmicos indicam que a lava está derretendo o gelo embaixo da geleira Vatnajokull. Segundo ela, não está claro quando, ou se, a erupção derreterá o gelo, enviando sedimentos e cinzas para o ar.

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A Islândia elevou neste sábado (23) para vermelho o alerta de aviação do país por causa do vulcão, indicando que algum tipo de erupção ou é iminente ou está em curso.

Milhares de pequenos terremotos atingiram o Bardarbunga, na última semana, e a atividade sísmica aumentou hoje depois de uma paralisação na sexta-feira (22). O alerta vermelho é o mais alto de uma escala de cinco pontos.

Cientistas planejavam voar sobre o geleira onde está localizado o vulcão neste sábado para avaliar as mudanças no superfície, mas não ficou claro se fariam de fato o voo.

No início da semana, as autoridades retiraram centenas de pessoas do norte da geleira Vatnajokull como uma medida de precaução. A região desabitada é popular entre pessoas que praticam trilhas.

A erupção do vulcão Eyjafjallajokul em 2010 produziu uma nuvem de cinzas que provocou uma semana de caos aéreo internacional, com mais de 100.000 voos cancelados. Após o incidente, reguladores da aviação modificaram as políticas para voos através de cinzas e uma nova erupção não deverá provocar muitos cancelamentos.

Especialistas disseram que o magma está se movimentando embaixo da geladeira, mas até agora só se movimentou horizontalmente a uma profundidade de 5 a 10 quilômetros. O vulcão entrará em erupção se o magma subir e derreter o gelo que o encobre. Fonte: Associated Press.

Milhares de pequenos terremotos na Islândia elevaram os riscos de erupção de um dos vulcões do país. Sismólogos afirmaram nesta terça-feira que o magma já está se movendo, mas ainda de forma horizontal.Por conta dessa possibilidade, as autoridades locais subiram o nível de alerta da aviação para a cor laranja, a segunda mais grave.

O alerta é preocupante por causa do caos gerado pela erupção do Eyjafjallajokul, ocorrida em abril de 2010 e que resultou no cancelamento de mais 100 mil voos. As cinzas vulcânicas que flutuam na atmosfera são uma ameaça à segurança dos aviões.

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Desde sábado, cerca de 3 mil terremotos foram relatados em Bardarbunga, um estratovulcão subglacial localizado abaixo da maior geleira do país. O serviço de meteorologia da Islândia informou que tremores acima da magnitude 3 foram registrados nas últimas 24 horas. Fonte: Associated Press.

A polícia islandesa foi obrigada, pela primeira vez, a atirar e matar, nesta segunda-feira (29), um homem. Este é um incidente "sem precedentes" na Islândia, declarou o diretor da polícia, Haraldur Johannessen, durante uma coletiva de imprensa em Reykjavik.

Este país, com uma população de apenas 322 mil habitantes, tem uma das menores taxas de criminalidade do mundo e os agentes da polícia usam suas armas de forma muito excepcional. A vítima seria um homem desequilibrado de pouco menos de 60 anos de idade que, por razões desconhecidas, começou a atirar às 3h com um rifle de caça de seu apartamento na capital, onde morava sozinho.

Após a evacuação do prédio, a polícia tentou em vão entrar em contato com o homem. Em seguida, atirou granadas de gás pela janelas para tentar detê-lo. "Isto não funcionou e o homem começou a atirar novamente a partir das janelas de seu apartamento", explicou o diretor da polícia de Reykjavik, Stefan Eiriksson.

Uma equipe especializada conseguiu penetrar no apartamento às 6h00 e foi recebida a balas. Os policiais responderam ao ataque atingindo o homem, que não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital para onde foi levado.

"A polícia lamenta o incidente e expressa suas condolências à família ", disse Johannessen. A polícia abriu uma investigação para determinar as razões que levaram o indivíduo a disparar e ver se ele estava sob a influência de álcool ou qualquer entorpecente.

A antiga Iugoslávia terá dois representantes na Copa do Mundo. Nesta terça-feira (19), o astro Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, fez um gol, foi expulso na sequência, mas ajudou a Croácia a vencer a Islândia por 2x0, em Zagreb, e carimbar o passaporte para mais uma Copa do Mundo.

Dos seis países criados após o fim da Iugoslávia e reconhecidos pela Fifa, dois estarão no Brasil. Isso porque a Bósnia-Herzegovina também conseguiu a classificação ao vencer o seu grupo. Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia foram eliminadas ainda na fase de grupos.

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Esta é a quinta vez que a Croácia participa das Eliminatórias como país independente e a quarta que consegue a classificação. Os croatas terminaram na terceira colocação na Copa do Mundo da França, em 1998, pararam na fase de grupos em 2002 (Coreia do Sul e Japão) e 2006 (Alemanha). A equipe não conseguiu classificação para ir à África do Sul.

O time, atual 18º colocado do ranking mundial, tem como estrela Mandzukic, titular em boa parte da campanha perfeita do Bayern de Munique na temporada passada, com os títulos do Campeonato Alemão, da Liga dos Campeões e da Copa da Alemanha. Nas Eliminatórias, porém, o centroavante fez apenas quatro gols, um deles decisivo.

Nesta terça-feira, depois do 0x0 na Islândia, o centroavante abriu o placar num lance de oportunismo, aos 27 minutos do primeiro tempo, pegando sobra no segundo pau. Mas, 10 minutos depois, ele entrou de sola no joelho de um adversário e recebeu o amarelo direto.

A Islândia, que nunca jogou uma Copa do Mundo, buscou o empate, que a colocaria no Mundial, mas sofreu o segundo gol, de Srna, aos dois minutos da segunda etapa. Além do lateral, atualmente no Shakhtar Donetsk, e o atacante do Bayern, a Croácia tem bons nomes como Modric (Real Madrid), Rakitic (Sevilla), Perisic, Olic, (ambos do Wolfsburg) e Kovacic (Inter de Milão).

CLASSIFICADOS - Com as classificações de Grécia e Croácia, agora restam apenas quatro vagas no Mundial a serem preenchidas. Os outros 26 países já assegurados na competição são os seguintes: Brasil (país-sede), Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Bélgica, Itália, Alemanha, Holanda, Suíça, Rússia, Bósnia-Herzegovina, Inglaterra, Espanha, Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, Irã, Coreia do Sul, Japão, Austrália, Nigéria, Gana, Camarões, Costa do Marfim e Argélia. México e Uruguai estão muito perto da classificação.

A oposição de centro-direita venceu as eleições parlamentares realizadas nesse sábado (27), segundo dados finais divulgados pelo comitê eleitoral. O Partido da Independência ficou com 26,7% dos votos, recebendo assim 19 cadeiras no Parlamento, e seu líder, Bjarni Benediktsson, deve tentar formar um governo com o Partido Progressista, que obteve 24,4% do eleitorado e também conquistou 19 assentos no Legislativo.

"O Partido da Independência foi chamado ao dever novamente. A situação pede mudanças", comentou Benediktsson, de 43 anos, em um discurso para simpatizantes na madrugada deste domingo. "Nós vamos mudar a Islândia para melhor, muito rapidamente, nos próximos meses e anos", afirmou o líder do Partido Progressista, Sigmundur David Gunnlaugsson.

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O atual governo de esquerda, liderado pelo Partido da Aliança, foi rechaçado pelos eleitores em função das duras medidas de austeridade adotadas para reduzir o déficit orçamentário, em meio à crise da dívida soberana que abala a Europa. Enquanto isso, os partidos de direita são contra as negociações para que a Islândia entre na União Europeia (UE) e prometeram uma série de benefícios tributários para os cidadãos.

O Partido da Aliança viu seus assentos no Parlamento caírem de 19 para dez, e sua líder, a primeira-ministra Johanna Sigurdardottir, de 70 anos, anunciou sua aposentadoria antes mesmo das eleições. "A lição a ser aprendida aqui é que, se o objetivo é preservar a qualidade de vida, reduzir o desemprego, então seguir uma política de dura austeridade não é a opção certa", comenta Klobien Stefansson, sociólogo da Universidade da Islândia. As informações são da Dow Jones.

A Islândia se tornou a primeira nação europeia a fechar um acordo de livre comércio com a China, oferecendo esperança para sua economia em recessão, enquanto dá a Pequim espaço para expandir sua influência no Ártico.

O pacto de livre comércio entre a China e a Islândia reduzirá as tarifas para uma faixa de produtos e deverá impulsionar as exportações de frutos do mar e de outros produtos do remoto país nórdico para a segunda maior economia do mundo.

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O acordo foi fechado no início da visita de cinco dias da primeira-ministra da Islândia, Jóhanna Siguroardóttir, à China, e destaca as tentativas do país de diversificar sua economia, que foi duramente atingida pelo estouro da enorme bolha financeira em 2008. As informações são da Dow Jones.

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