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Milhares de pessoas se manifestaram na tarde deste sábado em Edimburgo para pedir a independência da Escócia, a menos de um mês do Brexit, que voltou a colocar em destaque esta antiga demanda.

Os manifestantes saíram por volta das 13h locais do parque de Holyrood, agitando bandeiras escocesas. Entre eles estava a deputada do Partido Nacionalista Escocês (SNP), governista, Joanna Cherry, que apresentou uma denúncia junto à Justiça escocesa para garantir que o premier britânico, Boris Johnson, cumpra uma lei aprovada em setembro, que o obriga a pedir o adiamento do Brexit se não chegar a um acordo com a União Europeia.

Os organizadores da manifestação All Under One Banner esperavam reunir pelo menos 100 mil pessoas. No ano passado, 20 mil pessoas participaram da passeata, segundo a polícia, e 100 mil, segundo os organizadores.

Os escoceses se pronunciaram sobre a independência de sua região em um referendo realizado em setembro de 2014, quando o "não" venceu com 55% dos votos. Mas isto foi antes do referendo sobre o Brexit, que aconteceu em junho de 2016, em que 62% dos escoceses se opuseram a que o Reino Unido deixasse a União Europeia. Agora, eles temem as consequências em sua economia de uma ruptura brutal do país com o bloco comunitário.

A premier escocesa e líder do SNP, Nicola Sturgeon, não perdeu de vista seu objetivo e espera organizar um segundo referendo sobre esta questão até 2021. Hoje, tuitou que não poderia participar da manifestação, mas que estaria ali "em pensamento", e disse aos manifestantes: "Que não lhes restem dúvidas: a independência está chegando."

A polícia iraquiana atirou, nesta sexta-feira (4), contra dezenas de manifestantes no centro de Bagdá, no quarto dia consecutivo de protestos que já deixaram 33 mortos no país.

As forças de segurança abriram fogo diretamente contra as pessoas, não atiraram para o alto, de acordo com testemunhas. Até o momento não foi divulgado um balanço oficial de vítimas nos protestos desta sexta-feira. Os iraquianos protestam contra a corrupção das autoridades e pedem mais empregos para os jovens.

Além das 33 mortes confirmadas durante a semana, centenas de pessoas ficaram feridas. Na manhã desta sexta-feira boa parte do país não tinha acesso à internet.

O primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi defendeu nas últimas horas seu governo e afirmou que a crise "ameaça destruir todo o Estado". Um fato inédito no Iraque, o movimento nasceu nas redes sociais e não tem como base nenhum líder religioso ou partido político.

Os iraquianos, no entanto, aguardavam nesta sexta-feira o sermão do grande aiatolá Ali Sistani, a autoridade religiosa mais importante para a maioria dos xiitas do Iraque, que também exerce uma importante influência política.

Manifestantes com máscaras estabeleceram barricadas no centro do distrito comercial de Hong Kong nesta sexta-feira (4), pouco depois do anúncio do governo local sobre a aplicação de uma lei de emergência que proíbe o uso de máscaras.

Dezenas de manifestantes usavam barreiras de plástico, pedaços de madeira e cones de trânsito para bloquear as ruas no distrito central, onde ficam as sedes de importantes empresas internacionais. Milhares de pessoas, também de máscaras, se posicionaram atrás da principal barricada.

Também foram criadas barricadas no distrito de Kowloon Tong. E centenas de pessoas com os rostos cobertos organizaram um protesto em um centro comercial de Sha Tin.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou nesta sexta-feira a aplicação de uma lei de emergência, que não era utilizada desde 1967, para proibir o uso de máscaras por manifestantes, em uma tentativa de acabar com meses de protestos violentos. A norma entrará em vigor na sexta-feira à meia-noite de sexta-feira.

Um terceiro manifestante morreu nesta quarta-feira (2) no Iraque, em decorrência dos ferimentos sofridos na dispersão na terça (1°) de uma manifestação no centro de Bagdá, informaram fontes médicas e de segurança.

Na terça-feira, um manifestante morreu na emblemática praça Tahrir da capital iraquiana, ponto de partida de um inédito movimento de protesto contra o governo. Outro manifestante morreu na província de Zi Qar, ao sul de Bagdá.

Essas manifestações são motivadas pela deficiência dos serviços públicos e pelo desemprego. Os protestos foram dispersos à força, primeiro com água pressurizada, depois com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Pessoas apoiando os protestos de Hong Kong realizaram uma manifestação na capital dos Estados Unidos (EUA).

Quase 100 pessoas se reuniram em frente à embaixada chinesa em Washington no domingo (29). Os organizadores do evento incluem ativistas que atuam nos EUA em prol da democracia na China.

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Os participantes cantaram e levantaram placas com dizeres de apoio a Hong Kong. Eles exigiram que a China continue a respeitar a democracia do território.

Uma estudante vestindo uma máscara e um capacete, como os manifestantes de Hong Kong, disse que os apoia devido ao que viu nos noticiários. Ela afirmou que o que a China está fazendo é errado.

Apoio aos manifestantes de Hong Kong parece estar crescendo nos EUA.

Uma comissão do Congresso americano aprovou uma lei visando uma verificação do governo para saber se a China está violando o princípio de "um país, dois sistemas", que garante a Hong Kong um alto nível de autonomia.

O senador Jean Marie Ralph Féthière abriu fogo nesta segunda-feira, 23, contra manifestantes que protestavam em frente ao Parlamento em Porto Príncipe. Duas pessoas foram feridas por estilhaços: um fotógrafo da Associated Press (AP) e um segurança.

Féthière - que faz parte da base governista - tentava deixar o Parlamento de carro. Ele não conseguiu passar pela multidão, sacou a arma e disparou. Depois, Féthière alegou legítima defesa, dizendo que foi atacado. "Indivíduos armados me ameaçaram. A reação foi proporcional", afirmou. O jornalista ferido no queixo, Chery Dieu-Nalio, vestia um colete da imprensa. Ele e o segurança tiveram ferimentos leves. (Com agências internacionais).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 5.000 manifestantes, segundo a polícia, estavam reunidos nesta segunda-feira (12) no aeroporto de Hong Kong, importante centro de transporte internacional, onde as autoridades decidiram cancelar todos os voos do dia.

"A informação que recebi antes de chegar era que no terminal de passageiros do aeroporto havia mais de 5.000 manifestantes", afirmou Kong Wing-cheung, superintendente do departamento de Relações Públicas da polícia.

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Kong disse que as autoridades do aeroporto, e não a polícia, permitiram que os manifestantes se reunissem nas áreas de embarque, mas acusou os ativistas de bloquear as saídas.

"Alguns manifestantes seguiram para as salas de embarque e impediram que os passageiros chegassem às áreas restritas e exercessem sua liberdade individual, como a de embarcar em seus voos", disse.

Os manifestantes exigem a renúncia de Carrie Lam, a chefe de Governo local, ligada a Pequim, e que seu sucessor seja eleito por sufrágio universal direto, e não designado pela China como acontece atualmente.

O movimento também reclama uma investigação sobre a violência policial, após confrontos violentos nas manifestações que terminaram com centenas de detidos.

Centenas de manifestantes organizaram nesta sexta-feira (9) um protesto no aeroporto de Hong Kong para sensibilizar os visitantes estrangeiros sobre seus protestos, que começaram há dois meses.

"Nós não somos agitadores, isso aqui é uma tirania", gritavam os manifestantes, alguns deles equipados com máscaras e capacetes. Esta ação deve se repetir no sábado e no domingo.

Vestidos principalmente de preto, a cor deste movimento que surgiu em 9 de junho, após um grande protesto contra uma lei de extradições, os manifestantes sentaram-se no chão na área de chegadas com faixas em chinês e inglês em que eles condenam a violência policial. "Salve Hong Kong da tirania e da brutalidade policial!", afirma uma das faixas.

Um de seus objetivos é divulgar suas reivindicações no exterior, explicou um dos manifestantes que não quis dar seu nome verdadeiro, temendo a perseguição por parte da justiça.

Esta sexta-feira marca dois meses do início das mobilizações que surgiram em oposição ao projeto de lei que autoriza extradições para a China.

Este projeto foi suspenso, mas os manifestantes continuam exigindo sua retirada final, bem como a renúncia da líder executiva local, Carrie Lam.

A megalópole do sul da China vem passando por sua maior crise política há dois meses, desde que foi entregue por Londres à China em 1997.

Quase todas as manifestações diárias estão se degenerando em confrontos entre grupos radicais e a polícia.

O exército chinês divulgou um vídeo que mostra o uso de tanque, cassetetes, gases e jatos de água contra manifestantes que acabam algemados, em uma advertência às pessoas desafiam há dois meses nas ruas de Hong Kong o governo pró-Pequim.

O vídeo de três minutos, divulgado na quarta-feira (31) pela guarnição do Exército Popular de Libertação com sede em Hong Kong, é acompanhado por uma legenda na qual os militares expressam "confiança" e "capacidade" para manter a segurança no território semiautônomo.

As imagens mostram tanques, helicópteros e lança-mísseis em operações na cidade do sul da China e em colinas próximas, assim como forças especiais durante um exercício antiterrorista.

Também incluem um exercício antidistúrbios no qual soldados bem equipados dispersam uma multidão de manifestantes com o apoio de carros blindados de transporte de tropas e jatos de água.

"Todas as consequências são por sua conta e risco", adverte um militar por alto-falante.

Os soldados usam capacetes, escudos e cassetetes. Eles são vistos criando barricadas de arame farpado e lançando o que parece ser gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Os militares exibem uma bandeira vermelha com a frase "Advertência: parem de atacar ou utilizaremos a força".

A sequência termina com os soldados escoltando manifestantes com as mãos algemadas em direção a áreas descritas como "locais de detenção".

O vídeo foi divulgado no mesmo dia em que dezenas de pessoas compareceram à justiça em Hong Kong, acusadas de participação em distúrbios durante manifestações no fim de semana passado.

A ex-colônia britânica, devolvida à China em 1997, está sob tensão desde o início de junho com as gigantescas manifestações pacíficas em repúdio a um projeto de lei que autoriza extradições para a China, apresentado pelo governo local, favorável a Pequim.

O projeto foi suspenso, mas o movimento se ampliou para rejeitar a influência de Pequim e a redução das liberdades em Hong Kong.

O governo chinês renovou na segunda-feira o apoio à chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e à polícia local. Também pediu o "restabelecimento rápido da ordem" neste centro nervoso das finanças internacionais.

As negociações agendadas para esta terça-feira (30) no Sudão com os generais no poder foram canceladas, com os negociadores do movimento de protesto na cidade onde cinco estudantes do ensino médio foram mortos no dia anterior durante uma manifestação, "um crime inaceitável" segundo o chefe do Conselho militar.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu às autoridades que "investiguem e entreguem à justiça todos os autores da violência contra crianças", dizendo que os manifestantes mortos tinham entre 15 e 17 anos de idade.

Os manifestantes acusam as temidas Forças de Suporte Rápido (RSF), lideradas pelo número dois do Conselho militar à frente do país, Mohammed Hamdan Daglo, por atirar contra a multidão que protestava contra a escassez de pão e combustível na cidade de Al-Obeid (centro).

O Sudão está mergulhado em uma crise desde dezembro. Desencadeados após a triplicação do preço do pão, os protestos se transformaram em oposição ao presidente Omar al-Bashir, destituído e preso pelo Exército em 11 de abril, depois de 30 anos no poder.

Os manifestantes passaram então a exigir que os militares que tomaram o poder o transferissem para os civis.

"Matar civis pacíficos é um crime inaceitável que não deve ficar impune", disse o chefe do Conselho militar de transição, o general Abdel Fattah al-Burhane.

O Unicef lembrou, por sua vez, que "nenhuma criança deve ser enterrada em seu uniforme escolar".

As autoridades impuseram um toque de recolher noturno em Al-Obeid e em três outros locais em Kordofan do Norte na segunda-feira. Todas as escolas do estado foram ordenadas pelas autoridades a suspender as aulas.

A Associação dos Profissionais Sudaneses (SPA), que lidera os protestos, convocou na segunda-feira novas manifestações em todo o país para denunciar este "massacre".

"As forças Janjawid e atiradores dispararam munição real contra crianças em idade escolar", disse o SPA, referindo-se às RSF, cujos membros foram recrutados das Janjawid, milícias acusadas de atrocidades na província ocidental de Darfur.

Segundo a SPA, mais de 60 pessoas também ficaram feridas.

"Os mortos são crianças e isso aumenta a brutalidade", denunciou um líder dos protestos, Ismail al-Taj, durante uma manifestação em Cartum.

Desde dezembro, a repressão ao movimento de contestação matou mais de 250 pessoas, incluindo 127 em 3 de junho na brutal dispersão de uma manifestação organizada em Cartum para reivindicar um governo civil.

Após a morte dos estudantes, as chamadas para suspender as negociações com o poder militar se multiplicaram.

"Não podemos nos sentar à mesa com aqueles que permitem a morte dos revolucionários", disse Siddig Youssef, um dos líderes dos protestos.

"Não haverá negociações hoje porque ainda estamos em Al-Obeid", disse à AFP Taha Osman, um dos negociadores. Satea al-Haj, outro líder da oposição também presente em Al-Obeid, confirmou.

As negociações devem resolver algumas questões pendentes depois que um acordo de compartilhamento de poder foi alcançado em 17 de julho. Obtido após difíceis negociações, prevê um Conselho Soberano de cinco militares e seis civis para liderar a transição por um pouco mais de três anos.

Responsável pelo protesto contra o ministro da Educação Abraham Weintraub, em Alter do Chão, no Pará, a ONG Engajamundo afirmou que o objetivo do ato era mostrar que "a juventude está incomodada com as medidas e atitudes tomadas por ele". A ONG classificou o protesto como "lúdico" e baseado na comunicação "não violenta".

O episódio entre o ministro e os jovens da Engajamundo ocorreu na noite de segunda-feira, 22, em uma vila no município de Santarém, oeste do Pará, onde Weintraub passa férias com a família. Durante o jantar em um restaurante, o titular da Educação foi abordado por ativistas que entregaram a ele um prato de kafta, referência à confusão da pronúncia do sobrenome do escritor Franz Kafka com a do prato árabe. Houve bate-boca e as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.

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"Ao ironizar com cartazes e com a entrega de um prato de kafta para o ministro da Educação, enfatizamos nossa insatisfação com a forma como a educação no Brasil tem sido conduzida pelo governo atual", afirmou a direção por meio de nota. Procurados pela reportagem para comentar a ação, a ONG informou que, após o protesto, os jovens foram imediatamente embora, mas outras pessoas que circulavam pela área aproveitaram para protestar.

"Não utilizamos de hostilidade e insultos nas atividades. Não acreditamos ser a discussão agressiva a melhor maneira de solucionar os problemas socioambientais que enfrentamos hoje no Brasil. Com isso, a ação foi realizada com sucesso".

A Engajamundo reúne jovens de 15 a 29 anos e defende bandeiras em cinco áreas: mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, gênero, biodiversidade e desenvolvimento urbano. "É uma organização de liderança jovem e feita para jovens. Não temos fins lucrativos e nem rabo preso com nenhum partido, governo ou empresa. Somos abertos a todos que acreditam na importância da atuação da juventude na esfera global".

Manifestantes antigovernamentais ocuparam o salão principal do Parlamento de Hong Kong nesta segunda-feira, picharam suas paredes e exibiram uma bandeira da era colonial britânica no plenário.

O governo de Hong Kong imediatamente denunciou a "violência extrema" dos manifestantes.

"Manifestantes radicais invadiram o Complexo do Conselho Legislativo com extrema violência", dizia o comunicado oficial.

"Esses manifestantes comprometeram seriamente a segurança dos policiais e membros parlamentares. Tais atos violentos são inaceitáveis para a sociedade".

Dezenas de manifestantes mascarados invadiram o plenário depois de invadirem o prédio, quebrando janelas de vidro, gritando slogans e pintando o brasão da cidade de preto.

A polícia deu um ultimato aos manifestantes que ocuparam o parlamento alertando que em breve vão usar da "força apropriada".

"Em pouco tempo a polícia irá para a área do parlamento para limpá-lo. Se encontrar obstrução ou resistência, a polícia usará a força apropriada", disse um porta-voz da polícia em um vídeo postado na página da força no Facebook.

As atuais manifestações refletem o temor dos moradores de Hong Kong ante a crescente influência do governo da China, com a ajuda dos líderes do mundo das finanças na cidade.

Na madrugada desta segunda-feira, jovens encapuzados ocuparam e bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com grades de metal.

O movimento, que nasceu da rejeição ao projeto de lei sobre extradições, ganhou força e passou a denunciar as ações do governo local, depois que muitos cidadãos de Hong Kong perderam a confiança ao considerar que o Executivo tem permitido a erosão de suas liberdades.

Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas".

Desta maneira, os habitantes do território desfrutam de direitos raramente vistos na China continental. Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado.

A cada aniversário da retrocessão, os ativistas locais organizam grandes manifestações para exigir direitos democráticos, incluindo a possibilidade de escolher o Executivo local por sufrágio universal.

Em anos recentes, os ativistas conseguiram mobilizar grandes multidões - incluindo uma ocupação de dois meses em 2014 -, mas não conseguiram qualquer concessão importante por parte de Pequim.

Os protestos deste ano, no entanto, acontecem após três semanas de manifestações contra o polêmico projeto de lei que permitiria a extradição de detidos em Hong Kong para processo na justiça da China continental.

Os manifestantes também exigem a renúncia da chefe de Governo local, Carrie Lam, assim como a retirada das acusações contra as pessoas detidas nos protestos das últimas semanas.

Ativistas contrários ao governo tentaram entrar à força nesta segunda-feira (1°) no Parlamento de Hong Kong e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo, antes de uma manifestação prevista por ocasião do 22º aniversário da devolução do território à China.

A polícia usou gás lacrimogêneo e mobilizou uma unidade anti-distúrbios dentro do edifício, foco das manifestações nas últimas semanas, em reação a um projeto de lei do governo para autorizar extradições à China continental.

As manifestações refletem o temor dos moradores de Hong Kong ante a crescente influência do governo da China, com a ajuda dos líderes do mundo das finanças na cidade.

Na madrugada desta segunda-feira, jovens encapuzados ocuparam e bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com grades de metal.

Policiais, equipados com cassetetes e escudos, se posicionaram diante dos manifestantes. Os agentes usaram gás lacrimogêneo e os ativistas responderam com o lançamento de ovo.

O movimento, que nasceu da rejeição ao projeto de lei sobre extradições, ganhou força e passou a denunciar as ações do governo local, depois que muitos cidadãos de Hong Kong perderam a confiança ao considerar que o Executivo tem permitido a erosão de suas liberdades.

Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas".

Desta maneira, os habitantes do território desfrutam de direitos raramente vistos na China continental. Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado.

A cada aniversário da retrocessão, os ativistas locais organizam grandes manifestações para exigir direitos democráticos, incluindo a possibilidade de escolher o Executivo local por sufrágio universal.

Em anos recentes, os ativistas conseguiram mobilizar grandes multidões - incluindo uma ocupação de dois meses em 2014 -, mas não conseguiram qualquer concessão importante por parte de Pequim.

Os protestos deste ano, no entanto, acontecem após três semanas de manifestações contra o polêmico projeto de lei que permitiria a extradição de detidos em Hong Kong para processo na justiça da China continental.

Os manifestantes também exigem a renúncia da chefe de Governo local, Carrie Lam, assim como a retirada das acusações contra as pessoas detidas nos protestos das últimas semanas.

Depois de perceber a dimensão da insatisfação popular, Carrie Lam decidiu suspender temporariamente a análise do polêmico projeto de lei.

No domingo, dezenas de milhares de simpatizantes do governo expressaram apoio à polícia, uma demonstração da brecha crescente que divide a sociedade de Hong Kong.

Além das tradicionais pautas levantadas pelos apoiadores do governo federal na tarde deste domingo (30) em varias cidades brasileiras, inclusive no Recife, o fato curioso na capital pernambucana é a forte presença de faixas e cartazes com mensagens em língua estrangeira.

Milhares de pernambucanos tomam a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, em forma de apoio ao ministro da Justiça e Segurança Publica, Sérgio Moro, ao pacote anticrime e ao projeto de reforma da Previdência. Dezenas de manifestações por esses assuntos foram retratadas por meio de mensagens em inglês. “In Moro we trust”, ou, no bom português, “Em Moro nós confiamos”, é uma das mensagens mais encontradas.

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“Colocamos em inglês porque é a língua universal. O mundo todo tem que entender e vai entender nossa mensagem”, explicou a advogada Célia Medeiros.

Durante o ato também foi endossado a todo o momento o fato de que os manifestantes estavam na rua “de graça” e que nos movimentos anti-governo as pessoas são pagas para se mobilizarem.

Confrontos foram registrados neste domingo ao redor do Parlamento de Hong Kong entre manifestantes pró e contrários ao governo, na véspera do aniversário de retrocessão do território semiautônomo por parte do Reino Unido a China em 1997.

Dezenas de milhares de pessoas, muitas delas com bandeiras chinesas, se reuniram diante do Parlamento para expressar apoio à polícia, que enfrenta críticas por utilizar gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.

A manifestação, com deputados leais a Pequim e ex-oficiais da polícia, aconteceu sem incidentes.

Mas quando a multidão se dispersava, alguns manifestantes seguiram em direção a pequenos grupos de opositores que estão acampados nas proximidades do Parlamento há três semanas.

"Traidores! Agitadores!", gritaram os simpatizantes do governo, enquanto várias pessoas se aproximavam dos opositores com ofensas e empurrões.

A polícia teve que atuar para ajudar os manifestantes contrários ao governo a sair do local.

Há várias semanas, a ex-colônia britânica é cenário de protestos contra um projeto de lei sobre extradições. O governo abandonou a análise do polêmico texto, mas as manifestações prosseguiram.

Recentemente, uma multidão tentou bloquear o quartel-general da polícia de Hong Kong em duas ocasiões, como protesto depois que os agentes usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar um protesto em 12 de junho.

A polícia, acusada de abuso, defendeu sua atuação e chamou o protesto de distúrbio.

Hong Kong, ex-colônia britânica reintegrada ao território chinês, tem até 2047 um regime semiautônomo e desfruta de liberdades desconhecidas no restante da China.

Os organizadores dos protestos em Hong Kong pretendem realizar outra manifestação gigantesca no domingo (16), anunciaram seus líderes nesta quinta-feira (13), um dia depois de violentos confrontos na cidade entre a polícia e os ativistas que criticam um projeto de lei de extradição para a China.

A Frente de Direitos Humanos Civis também convocou uma greve em toda a cidade para segunda-feira (17), com o objetivo de manter a pressão sobre o governo deste centro financeiro na Ásia: os manifestantes desejam que o projeto de lei seja abandonado.

"Convocamos os cidadãos a unir-se às greves trabalhista, escolar e do comércio", afirmou Jimmy Sham, coordenador do grupo.

O governo de Pequim voltou a denunciar nesta quinta-feira como "distúrbios" as manifestações da véspera em Hong Kong contra este projeto de lei que abre o caminho para extradições à China e que foi preparado na ex-colônia britânica.

"Não foi uma manifestação pacífica, e sim distúrbios organizados", afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang.

Pequim "condena firmemente" a violência e "apoia a reação" das autoridades de Hong Kong, completou.

Dezenas de milhares de manifestantes vestidos de preto, em sua maioria jovens, lotaram novamente na quarta-feira as ruas de Hong Kong contra o projeto de lei que, segundo os críticos, daria poder a Pequim para perseguir politicamente os opositores.

De acordo com as autoridades, 22 pessoas ficaram feridas, entre policiais e manifestantes.

Os confrontos aconteceram perto do Conselho Legislativo (LegCo, parlamento), onde o texto seria analisado em segunda leitura. Analistas afirmaram que este foi o maior episódio de violência desde 1997, quando Hong Kong, então colônia britânica, foi devolvido à China.

O parlamento, dominado por deputados favoráveis ao governo de Pequim, anunciou o adiamento do debate para "uma data posterior".

Milhares de haitianos fizeram uma manifestação em Porto Príncipe no domingo para exigir a renúncia do presidente, Jovenel Moïse, acusado pelo Supremo Tribunal de Contas de estar no centro de um esquema de "apropriação indevida de fundos".

Precedidos por dezenas de manifestantes de motocicleta, os jovens participaram em grande número da marcha realizada em uma das principais ruas da capital do Haiti e convocada por partidos da oposição e organizações da sociedade civil.

Os manifestantes montaram pequenas barricadas de pneus queimados ao meio-dia, mas nenhum incidente foi relatado, apesar do forte policiamento.

"Exigimos que todos os dissipadores de dinheiro sejam julgados e punidos, seus bens confiscados e entregues ao Estado para projetos sérios de desenvolvimento, que o presidente renuncie e seja colocado à disposição da justiça", disse a ativista Vélina Charlier na marcha.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (15), que os participantes dos atos que acontecem hoje em diversas cidades do país contra os cortes de 30% das verbas para a educação são ‘idiotas úteis’ e uma espécie de ‘massa de manobra’ para os que comandam as universidades federais.

Ao chegar em frente ao hotel que ficará em Dallas, no Texas, Bolsonaro foi questionado sobre o assunto que predomina o noticiário brasileiro hoje.

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"É natural, é natural, mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados de massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil", salientou em conversa com jornalistas, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Sobre os cortes, Jair Bolsonaro culpou os governos anteriores.  “O que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento. E se não tiver esse contingenciamento, eu simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar”, disse.

"Mas eu gostaria que nada [fosse contingenciado], em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas? Fala-se que tem muito desempregado, 14 milhões, mas parte deles não tem qualquer qualificação porque esse cuidado não teve pelo PT ao longo de 13 anos", complementou o presidente, que foi recepcionado no Texas por apoiadores.

Os manifestantes que tentam expulsar ciganos de um campo de acolhimento em Torre Maura, na periferia de Roma, roubaram nesta quinta-feira (4) os pães que seriam dados para os nômades.

A crise estourou na última terça-feira (2), quando cerca de 60 ciganos, incluindo 33 crianças e 22 mulheres, três delas grávidas, foram transferidos pela Prefeitura romana para um centro de acolhimento nos subúrbios da cidade.

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Atiçados por movimentos neofascistas e de extrema direita, dezenas de moradores passaram a protestar diariamente contra a chegada dos nômades. Nesta quinta, os manifestantes interceptaram algumas pessoas que levavam pães para os ciganos e fizeram desaparecer as sacolas.

Alguns pedaços do alimento ainda foram jogados no chão, assim como já ocorrera na última terça. Em função da onda de ódio, a prefeita Virginia Raggi decidiu transferir os nômades para outras regiões da cidade, e mais de 20 já deixaram a estrutura de Torre Maura.

Na última quarta (3), enquanto levava nove ciganos embora, um ônibus foi atacado por manifestantes de extrema direita, que faziam a saudação romana, símbolo do fascismo. "Não somos todos malvados, não somos animais. Sentimos que estamos sequestrados aqui dentro", disse um nômade, em lágrimas, atrás dos portões do campo de Torre Maura.

"Tentamos nos integrar, eu trabalho como mecânico, e nossos filhos nasceram na Itália. Nós temos medo, as crianças nos acordam toda noite. Por que esse povo grita? Por que querem nos matar?", acrescentou.

Por outro lado, um adolescente de 15 anos, morador do bairro, desafiou membros do movimento neofascista CasaPound e os acusou de "se aproveitarem da raiva das pessoas para ganhar votos". "Essa coisa de sempre ir contra as minorias não me agrada. Ninguém deve ser deixado para trás, nem italianos, nem ciganos, nem africanos, nem ninguém", disse.

"Os jovens são nosso futuro. Em Roma, não há espaço para os extremismos do CasaPound e do Força Nova [outro movimento neofascista]", afirmou nesta quinta a prefeita Raggi. Todos os nômades devem ser transferidos de Torre Maura ainda nesta semana. 

Da Ansa

Às vésperas de completar um ano que a Nicarágua vive cotidianamente protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes, enquanto tentavam participar de um ato. Mais de 100 pessoas foram detidas.

As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e abriram fogo contra os manifestantes no último sábado (16).

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Os Estados Unidos conclamaram o governo nicaraguense a "deixar de usar força excessiva em manifestantes pacíficos e jornalistas exercendo seu direito a uma imprensa livre".

Histórico

Os protestos contra Ortega começaram em abril de 2018, liderados pela Aliança Civil, com críticas ao governo, como falta de liberdade, autoritarismo e repressão.

Observadores internacionais estimam que mais de 500 pessoas foram mortas e outras centenas foram presas. Autoridades nicaraguenses também proibiram protestos contra o governo.

Na semana passada, o governo Ortega prometeu que levaria 50 oposicionistas detidos para a prisão domiciliar.

*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha

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