Tópicos | Mercado de trabalho

De acordo com um levantamento feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), o Brasil perdeu mais de 7,8 milhões de postos de trabalho no primeiro semestre de 2020. Pela primeira vez na história, menos da metade da população com idade para trabalhar tem ocupado uma vaga no mercado. O dado é um reflexo da crise do coronavírus (Covid-19), que afetou diversos segmentos.

As principais áreas afetadas são aquelas que exigem que as pessoas saíam de casa. "O isolamento afetou áreas como alimentação, moda, varejo tradicional, construção civil, beleza, feiras livres, indústria de eletroeletrônicos, logística e transporte, serviços educacionais presenciais, cinema, teatro e turismo", relata a consultora de RH e especialista em gestão de pessoas e liderança Dilza Taranto.

##RECOMENDA##

Apesar dos impactos causados pela crise, uma lenta recuperação se inicia. Porém, o perfil de trabalho e consumo mudou. "Alguns exemplos são a manutenção parcial do trabalho em home office, o consumo de produtos sustentáveis e o consumo minimalista, reconfiguração do comércio e maior qualidade de vida", aponta a consultora. Segundo ela, o atual cenário exige inovação por parte daqueles que estão no mercado, além de aliar o modelo de negócio com as evoluções tecnológicas.

O cenário de pandemia também requer criatividade por parte do empreendedor, e muitos trabalhadores vão precisar se adaptar às novas tendências do mercado. "É preciso que cada empreendedor questione, repense seu negócio, crie formas alternativas de produtos, serviços e entregas de maneira que ele sobreviva à crise", afirma Dilza.

A população ocupada foi estimada no ano passado em 94,6 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 2,5% na comparação com 2018, quando era 92,3 milhões. Comparada à população de 2012, a alta é de 6,1%, ou 5,4 milhões. Naquela época, 89,2 milhões de pessoas formavam a população ocupada. Apesar de ser o maior avanço anual desde 2013, o nível de ocupação em 2019, de 55,3%, permaneceu bem abaixo do que se viu em 2012, quando era 57%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua): Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2019, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nessa edição, a pesquisa apresenta dados de trabalhadores com associação a sindicato, registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), associação à cooperativa de trabalho e produção e local de exercício do trabalho.

##RECOMENDA##

Para o IBGE, os números da população ocupada significam que o ritmo de crescimento, de 6%, foi menor do que a expansão total da população de 14 anos ou mais (8,9%) entre 2012 e 2019.

Carteira assinada

A pesquisa revelou que depois da tendência de queda registrada desde 2015, o emprego com carteira assinada no setor privado voltou a aumentar 3,3%, ou 1,1 milhão de pessoas, em 2019. Segundo o IBGE, o movimento respondeu por quase metade do crescimento da população ocupada (2,3 milhões de pessoas) no ano passado. Mesmo com o aumento no contingente desses trabalhadores em 2019, estimado em 33,9 milhões de pessoas, continuou longe do maior valor observado em 2014, que ficou em 36,1 milhões de pessoas.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que o crescimento da ocupação em 2019 teve também um aspecto qualitativo bastante importante, que foi o aumento no número de carteiras de Trabalho assinadas. “Além de a gente ter registrado um crescimento quantitativo dessa população ocupada, parte importante do crescimento foi feita por meio de Carteira de Trabalho, que vem desde o ano de 2016 com quedas importantes e tem em 2019 um início de recuperação”, disse. Segundo ela, o patamar de carteiras no ano passado, ainda que represente crescimento, é muito aquém do que já ocorreu. "Mas, de fato, foi um movimento de reação que ocorreu no ano de 2019”, completou.

Sem carteira

Houve aumento também no número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que alcançou 12 milhões. Já o total de trabalhadores por conta própria subiu 4,2%, o que representa mais 991 mil pessoas, chegando a 24,4 milhões. Esse, conforme o IBGE, é o maior patamar de toda a série da pesquisa. Se comparado ao contingente de 2012, a elevação é de 4 milhões no período.

Para a pesquisadora do IBGE, além do total de trabalhadores sem carteira, um registro importante é o crescimento do percentual dos que faziam as atividades por conta própria, que vinha em queda nos últimos anos. “O que a gente nota em 2019, esse crescimento da ocupação, foi observado em diversas formas de inserção no mercado de trabalho, seja no trabalhador por conta própria ou naquele sem carteira”, disse.

2012 para 2019

No intervalo de sete anos, a proporção de trabalhadores por conta própria aumentou de 22,8% para 25,8% e a de empregado com carteira assinada no setor privado caiu de 38,4% para 35,8%. Tanto no setor público, incluindo servidores estatutários e militares, quanto no setor privado, nesse período os empregados sem carteira assinada tiveram participação praticamente estável. No público, ficou estável em 12,3%, enquanto no setor privado passou de 12,5% para 12,7%.

"Não obstante a reação da carteira em 2019, no que se refere à participação no conjunto geral de ocupação do mercado de trabalho, a Carteira de Trabalho, em relação ao que já foi, ainda tem proporção menor. Por outro lado,esse trabalho por conta própria vem ganhando espaço na série histórica”.

Atividades

A pesquisa do IBGE  identificou também que as atividades de serviço responderam por 51,7% da ocupação, o que significa expansão se comparadas a 2012. Naquele ano, representavam 46,8%. A indústria geral teve participação de 12,9% e a construção, de 7,2%. As duas apresentam tendência de queda na participação da população ocupada no período, mas o comércio representou estabilidade, com 18,9%. A participação da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura ficou em 9,1% da população ocupada.

Todos os grupamentos de atividade tiveram variação positiva de população ocupada no ano passado, especialmente, os serviços de informática, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 4,3% ou 444 mil pessoas. Os serviços de alojamento e alimentação registraram 7,5% ou 395 mil pessoas, e a indústria geral ficou com 3,2% ou 380 mil pessoas. Depois de cinco anos seguidos de perdas na ocupação, a atividade de construção teve discreto aumento de 88 mil pessoas ou 1,3%, enquanto as de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, subiram 1,4%, o que representa 116 mil pessoas.

Parte do crescimento na atividade de transporte, armazenagem e correio - que em 2012 era 4,7% e chegou a 2019 com 5,1% - se deve à expansão dos motoristas de aplicativos. “A gente vem observando que dentro dessa categoria o segmento que mais expandiu foi o de motorista de aplicativo”, afirmou a pesquisadora.

A Faculdade UNINASSAU Natal, por meio da coordenação do curso de Pedagogia, realiza, no próximo dia 26 de agosto, uma palestra intitulada "Pedagogia: Perspectiva e Mercado”. O evento será gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo site extensao.uninassau.edu.br.

A palestra será aberta à população e tem como objetivo aprofundar os conteúdos sobre a pedagogia voltada para as mudanças de mercado que surgiram com a pandemia. Além disso, busca reconhecer as diferenças e abrir discussões sobre o assunto.

##RECOMENDA##

De acordo com o diretor da UNINASSAU Natal, André Lemos, a atividade trará a oportunidade para os participantes compreenderem um pouco mais sobre o tema e todas as mudanças que vieram junto com a pandemia. "Nosso propósito é demonstrar uma abordagem profunda do tema, com o objetivo de explorar os elementos envolvidos no mercado e as oportunidades da Pedagogia nesse período. Nossa intenção é qualificar os processos de ensino e de aprendizagem", pontuou.

Serviço

"Pedagogia: Perspectiva e Mercado"

Quando: 26/08

Horário: 19h

Inscrições: extensao.uninassau.edu.br

Da assessoria 

Os estagiários são, em sua maioria, a grande força de trabalho e criatividade nas organizações. Muito mais do que servir cafezinho, os estágios oferecem uma oportunidade para os estudantes colocarem em prática o que aprendem em sala de aula. É, por exemplo, o que fazem os 498 mil estagiários no Brasil segundo os dados divulgados em 2019 pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee). 

Muitos estudantes estão, agora mesmo, correndo atrás de uma oportunidade de estágio para desenvolver seu currículo e, posteriormente, conseguir uma vaga de emprego. Pensando nisso, o LeiaJá listou, para comemorar o Dia do Estagiário nesta terça-feira (18), 497 oportunidade de estágio em diversas áreas. Entre as vagas, há chances para diversos cursos de nível superior, como direito, administração e áreas relacionadas à tecnologia. Confira: 

##RECOMENDA##

Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo 

60 vagas 

Clique aqui e veja detalhes do processo seletivo

Empresa Henkel 

10 vagas

Confira como realizar as inscrições e mais detalhes do processo seletivo

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais 

1 vaga 

Veja mais detalhes do processo seletivo e realize a inscrição por meio deste link

DATAPREV 

5 vagas 

Veja mais detalhes do processo seletivo neste link para inscrições

Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PE) 

79 vagas 

As inscrições podem ser conferidas por meio do site disponibilizado pela empresa

Empresa Ingredion 

25 vagas 

Confira mais detalhes do processo seletivo aqui

Fundação Mudes 

159 vagas 

Confira mais detalhes do processo seletivo e realize as inscrições

Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo 

1 vaga 

Veja como se inscrever aqui

CPFL Energia

80 vagas 

Confira mais detalhes sobre como participar da seleção neste link

Multinacional Kraft Heinz 

30 vagas

Confira como realizar as inscrições e veja detalhes sobre o processo seletivo

Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências - Fundatec

47 vaga

Confira mais detalhes da seleção no site disponibilizado pela empresa

A pandemia de Covid-19 trouxe diversos impactos econômicos para a sociedade, entre eles dificuldades de entrada no mercado de trabalho. No entanto, com o passar dos meses e reabertura gradual da economia, o cenário de contratações começa a mudar em algumas empresas no que diz respeito ao estágio. De acordo com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PE), que integra instituições de ensino com o setor produtivo inserindo os estudantes no mercado, o número de contratos fechados em agosto é 10 vezes maior que o registrado no mês de abril, pico da doença. 

Atualmente, o instituto está com 79 vagas abertas. Segundo a superintendente do IEL-PE, Fernanda Minniti Mançano, o sofrimento do mercado de trabalho para profissionais formados é similar ao que atinge os estudantes que procuram por estágios. 

##RECOMENDA##

“A flexibilização da economia tem ajudado, e muito, para a melhora da perspectiva dos estudantes e das organizações em relação ao futuro. (...) Já notamos uma confiança positiva por parte das empresas e uma melhora no seu interesse em manter o quadro de pessoal e também em efetivar contratações”, disse ela. 

Nesta próxima terça-feira (18), data em que se celebra o Dia do Estagiário, o IEL-PE realizará uma live às 18h em seu Instagram (@ielpeestagios). A conversa será mediada pela gerente de Produtos e Serviços do IEL-PE, Juliana Nogueira, e terá a presença da empreendedora e gestora de Gente e Hospitalidade do RioMar, Cíntia Tereza. 

*Com informações do IEL

LeiaJá também 

--> Heinz abre seleção para programa de estágio

O sonho de concluir o ensino superior e obter o diploma para conseguir, posteriormente, um emprego formal, é o desejo de muitos estudantes na graduação. Entretanto, um pesquisa realizada pela consultoria 'iDados' revelou que, no primeiro trimestre de 2020, cerca de 525 mil (40%) trabalhadores com diploma de ensino superior, entre 22 e 25 anos, são considerados sobre-educados e não ocupam empregos que exigem o seu nível de escolaridade.

A pesquisa aponta que nos últimos anos houve um crescimento de jovens com ensino superior enfrentando um mercado de trabalho desestabilizado. A falta de oportunidade para esses profissionais o levaram para o mercado de trabalho informal, para cargos fora de sua área ou, até mesmo, para o desemprego.

##RECOMENDA##

Conforme a pesquisadora Ana Tereza Pires, o crescimento da taxa de informalidade dos graduados se deu principalmente entre os trabalhadores mais jovens, “que, possivelmente, conquistaram seus diplomas universitários há menos tempo e apresentam menor experiência no mercado de trabalho”. A principal fonte do levantamento realizado pelo iDados tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Visando auxiliar os estudantes que estão se preparando para a prova do Exame de Ordem Unificado, o Vai Cair Na OAB, projeto multimídia produzido em parceria com o LeiaJá, promove uma live, nesta quinta-feira (23), às 16h sobre as desigualdades de gênero no mercado de trabalho.

Com tema "Mercado de Trabalho, Desigualdade de Gênero e Tributação no Brasil pandêmico", o encontro será transmitido no Instagram @vaicairnaoab e no canal youtube.com/vaicairnaoab. O evento será gratuito e aberto aos participantes. 

##RECOMENDA##

A live terá participação das professoras de direito tributário e constitucional Larissa Castilho e Anna Priscylla e da professora de administração Janaynna Ferraz. O encontro faz parte de uma série de lives produzidas para auxiliar os candidatos à OAB durante a pandemia do novo coronavírus.

O Programa de Diversidade e Inclusão do escritório de advocacia Queiroz Cavalcanti, localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, realizará, nos dias 22 e 24 deste mês, debates on-line sobre racismo e inclusão no mercado de trabalho. A transmissão iniciará a partir das 14h no canal do Youtube do escritório.

Para debater a “A advocacia negra – os desafios para sobreviver ao cotidiano de invisibilidade no sistema de justiça”, nesta quarta-feira (22), participarão do evento a advogada e integrante da Comissão de Igualdade Racial e da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PE, Patrícia Oliveira; a advogada e professora, Manoela Alves; e a estudante de direito Dália Celeste. O mediador será Leonardo Cocentino, sócio e membro do comitê de diversidade e inclusão do Queiroz Cavalcanti Advocacia.

##RECOMENDA##

Já na sexta-feira (24), o Talk QCA+ vai abordar “Racismo Estrutural e a Inclusão Racial no Mercado de Trabalho”. Estão confirmados o desembargador do TJBA, Ivanilton Santos; a advogada e presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial da OAB-BA, Dandara Amazzi; e o professor, advogado, jurista e também vereador de Salvador, Edvaldo Brito. A mediação ficará por conta do sócio e membro do comitê de diversidade e inclusão do Queiroz Cavalcanti Advocacia, Ricardo Varejão.

O projeto inclusivo, lançado em junho pelo escritório, debate as pautas de gênero, sexualidade, raça e pessoas com deficiência. Quem deseja obter mais informações sobre a iniciativa ou acerca dos temas abordados pode acessar o site da Queiroz Cavalcanti advocacia.

A Austrália anunciou nesta quinta-feira (16) um plano de ajuda para o mercado de trabalho 1,4 bilhão de dólares, no momento em que o desemprego registra o maior nível em 20 anos devido à pandemia do novo coronavírus.

O primeiro-ministro Scott Morrison explicou que o investimento permitirá criar mais de 300.000 postos de formação, para que os desempregados e as pessoas que entram no mercado de trabalho consigam uma nova orientação para setores considerados promissores.

"Para muitos australianos é uma preocupação observar que terão problemas para encontrar um trabalho na indústria ou nos locais em que trabalharam até agora", disse.

"Queremos dar a possibilidade de que encontrem trabalho em outros setores", completou.

O Escritório Australiano de Estatísticas anunciou que em junho o desemprego alcançou 7,4% da população ativa.

O país de 25 milhões de habitantes, que pode entrar em recessão pela primeira vez em quase 30 anos, tem atualmente um milhão de pessoas sem trabalho, o que não era registrado desde 1998.

O governo conservador destinou bilhões de dólares para apoiar a economia desde o início das medidas de confinamento em março.

O país retorna aos poucos à normalidade, mas a segunda maior cidade da Austrália, Melbourne, registrou um aumento de casos de COVID-19 e teve que retornar ao confinamento na semana passada, o que tem importantes consequências econômicas.

Nas últimas 24 horas, o estado de Victoria, onde fica Melbourne, registrou 317 novos casos do novo coronavírus, um recorde. A região está isolada do resto do país há uma semana.

A Austrália registra até o momento 11.000 contágios e 113 mortes provocadas pela COVID-19.

Para celebrar o mês do Orgulho LGBTQ+, a Feira DiverS/Ado terá uma versão online de 1º a 6 de junho. Organizada pela consultoria Mais Diversidade, o evento reúne palestras, workshops e oficinas de carreira para introduzir os estudantes e recém-formados (de 2015 a 2019), pertencentes a comunidade gay, no mercado de trabalho. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site do evento.

Por conta da pandemia de coronavírus, a edição contará com uma primeira etapa online, onde 25 selecionados participarão de cinco encontros a distância com empresas como LinkedinBen&Jerry’s e Santander. A segunda etapa da programação será presencial, marcada para 3 de outubro.

##RECOMENDA##

Com viés político-social, o grupo Mais Diversidade, abriga profissionais que fazem parte da comunidade e, por meio de uma conversa informal e direta, trará as principais abordagens e requisitos que o novo mercado de trabalho pede, com temas que vão de empregabilidade e formatação de currículo a empreendedorismo segmentado.

 

Diante da pandemia do novo coronavírus, o mercado de trabalho enfrenta desafios e alterações. Profissionais passaram a exercer atividades em casa, outros enfrentam redução salarial e até demissões. Ainda não se sabe como será, de maneira concreta, o futuro dos trabalhadores. No entanto, para analisar e projetar como serão as questões trabalhistas pós-pandemia, o LeiaJá entrevistou profissionais da área de Recursos Humanos, direito do trabalho, bem como ouviu a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

De acordo com o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, em relação ao salário, ele comenta que  “os empresários e a maioria dos governantes irão tentar encontrar alguma forma de pelo menos congelar os salários, a exemplo do PLP 39, que procura congelar salários dos servidores federais, estaduais e municipais, mesmo sabendo que grande parte dos servidores recebem apenas o salário mínimo ou até menos".

##RECOMENDA##

"Essa é a mesma lógica da MP 905, o governo tem atacado os direitos dos trabalhadores de forma geral para que o capital acumule mais lucro através da redução dos salários”, acrescenta o presidente da CUT-PE.

A análise do advogado trabalhista Paulo Rodrigo, sobre a questão salarial pós-pandemia, não foge muito da perspectiva do presidente da CUT. “Acredito que as chances de ocorrer uma redução salarial é muito grande, principalmente em relação aos novos contratos de trabalho pós-pandemia. Estamos vivendo e ainda teremos inúmeros desafios na área do direito do trabalho e sem sombra de dúvidas, muitos assuntos serão colocados em pauta para debate e reflexão, e um dos mais importantes será a questão salarial”, comenta Rodrigo.

O presidente da CUT ainda diz que é possível que tentem reduzir custos por meio do trabalho intermitente, dos acordos individuais sem a participação dos sindicatos, da carteira verde e amarela, do aumento da jornada do trabalho por meio do home office, da quebra dos planos de cargos, retirada do vale alimentação, gratificações e outros mecanismos. “Antes da pandemia, trabalhadores informais representavam 49% das pessoas ocupadas, ou seja, corre o risco de após essa crise, termos mais trabalhadores informais que formais, e entre os formais é provável que haja um enorme percentual de trabalho precarizado”, afirma.

“Os desafios dos sindicatos serão ampliados. Além de todo esse quadro citado, ainda enfrentaremos a revolução tecnológica que está ocorrendo e tudo isso tem a capacidade de desempregar. Precisaremos que as pessoas tenham acesso às novas profissões. Precisaremos combater a informalidade, reduzir a jornada de trabalho e ampliar as políticas sociais para garantir uma vida digna à todos e todas", finaliza Paulo Rocha.

Para Jessé Barbosa, especialista em Recursos Humanos, o mercado de trabalho não será mais o mesmo pós-pandemia. “As empresas precisarão reestruturar a forma de trabalho e sua concepção, para que possam atender a nova dinâmica do mercado. Dessa forma, o perfil das vagas que surgirão irá focar mais no gerenciamento do tempo e disciplina para atuar com home office”, projeta.

Sobre a dinâmica de contratação, Jessé explica que “levará um tempo para que o mercado reaja, isso se deve aos fatores que não estão sobre controle como cenário político e econômico". Para Barbosa, "essas instabilidades irão gerar receio aos investidores que tendem a ser mais conservadores, limitando a ampliação e geração de empregos.”

O especialista ainda analisa que “muitas empresas puderam comprovar que é  possível desenvolver trabalho remoto, outras tiveram que adotar práticas de trabalho em formato de rodízio, salários ajustados e carga horária reduzida". De acordo com Barbosa, mesmo diante das dificuldades, é possível inovar e buscar soluções para a sustentabilidade da empresa.

Jessé ainda acrescenta que, devido o isolamento social, é possível identificar uma forte atuação das empresas prestadoras de serviços. “Neste nicho de mercado há oportunidades e haverá uma grande ascensão devido à pandemia, pois o isolamento social deve ser gerenciado por mais algum tempo”, finaliza.

A previsão dos desafios que o mercado de trabalho pode enfrentar não é das melhores. Há muitas perguntas acerca do mercado de trabalho, muitas delas sem respostas firmes. “Por exemplo: como estará a economia do país e como será a reabertura dos estabelecimentos comerciais, principalmente das micro e pequenas empresas?. Estamos enfrentando algo inimaginável e o maior desafio será o restabelecimento dos contratos de trabalho. Possivelmente, teremos medidas legais para flexibilizar a jornada de trabalho e redução dos salários pós-pandemia, como as que foram adotadas na Medida Provisória nº 936/2020. Reafirmo que é imprescindível observar as diretrizes esculpidas em nossa Constituição Federal/88 para não precarizar as atividades laborais, muito menos, suprimir direitos trabalhistas protegidos na Carta Magna”, analisa o especialista em direito do trabalho Paulo Rodrigo.

A crise econômica que o Brasil e diversos países do mundo enfrentam atualmente, devido às medidas de isolamento necessárias para conter o avanço da pandemia de Covid-19, tem levado empresas à falência. Nesse cenário, muitos trabalhadores, que antes tinham seu sustento garantido, ficam sem emprego e surgem muitas dúvidas acerca dos direitos de funcionários que trabalhavam em empresas que decretaram falência.

Em entrevista ao LeiaJá, Paulo Rodrigo, que é professor de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, explicou que em situações de rescisão de contrato de trabalho causada por falência, todos os direitos do trabalhador estão assegurados pela lei. Confira mais detalhes no vídeo a seguir:

##RECOMENDA##

Para quem busca ingressar no mercado de trabalho, um dos momentos que terá que enfrentar é a entrevista de emprego. Boa parte dos candidatos ao receber a notícia de que passará por uma avaliação, ficam felizes, mas ao mesmo tempo ansiosos e nervosos com o momento da entrevista. 

Priscila Silva, Psicóloga, especialista em terapia cognitivo-comportamental explica que o candidato pode reagir de maneira inesperada pelo novo muitas vezes assustar. “O candidato vive um misto de emoções diariamente, e quando acontece algo novo em sua vida, como é  o caso de ser convocado para uma suposta entrevista de emprego, isso faz com que pensamentos negativos ou positivos estejam bem mais constantes em sua memória. A entrevista em si, já causa tensão no candidato. É importante entender que o pensamento gera uma emoção e isso pode influenciar no  comportamento”, destacou. Além disso, a profissional relata que praticar o exercício de respiração diafragmática e incluir pensamentos positivos de forma equilibrada nessa técnica, o resultado pode ser ainda mais eficaz. 

##RECOMENDA##

É indicado que o candidato esteja ciente do que vestir para uma entrevista. Além de saber como se comportar, o que falar não falar, entre outros fatores indispensáveis para se sair bem em uma seleção. 

[@#video#@]

“É importante o candidato estar bem informado sobre a empresa e saber os principais pontos da área concorrida. De maneira geral, o comportamento também influencia bastante no resultado. Além disso, as experiências anteriores e  tempo de serviço na área, são pontos importantes, que geram mais possibilidades do candidato ser aprovado ou passar para uma próxima etapa.” Comenta Sueli Araújo, chefe de unidade de Recursos Humanos (RH). 

Vale ressaltar, que a análise realizada por esses profissionais inicia a partir do currículo, então é indicado que o concorrente seja objetivo, tanto no preenchimento curricular, quanto na entrevista presencial.

Mas não acaba por aí, para se sair bem durante a entrevista é necessário que o candidato saiba como se vestir, o que não falar, como se comportar e ser sincero nas respostas. “Não importa qual roupa usar, o ideal é não estar com nada em evidência ou descoberto, passar segurança para o entrevistador e se possível, levar o momento de maneira leve e até dialogar, o que acaba sendo algo bem interessante. É importante também não falar gírias, não mentir, chegar no horário combinado, cumprimentar e se caso já tenha trabalhado, não falar mal de maneira alguma da empresa anterior”, explica Mary Menezes, gerente de Gestão e Pessoas. 

 

O número de ex-detentos que ingressaram no mercado de trabalhou registrou aumento de 36%. De acordo com dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, de janeiro a dezembro de 2019, o quantitativo passou de 852 para 1.161.

A SJDH enfatiza que a inserção no mercado, além de promover ressocialização, pode diminuir a reincidência criminal. Os reeducandos cumprem pena no regime aberto e livramento condicional.

##RECOMENDA##

Aos 48 anos de idade, José Fábio, um semestre após deixar o presídio, voltou ao mercado de trabalho. Hoje, ele integra a equipe da concessionária do Grande Recife Consórcio de Transporte, a Cornorte, atuando no setor de logística. “A essa altura da minha vida, é difícil conseguir trabalho, ainda mais por ser reeducando. Essa nova chance representa minha reconstrução pessoal e familiar”, comenta José.

“Os contratos de trabalho estipulam carga horária de seis a oito horas e oferecem remuneração de um salário mínimo (R$ 1.039). Entre as atividades, estão: limpeza e manutenção de vias urbanas, ajudante de produção, jardinagem, agente administrativo e serviços gerais. Além da responsabilidade social, a iniciativa pode ser um bom negócio. Em média, as empresas privadas e os órgãos governamentais conveniados pouparam quase R$ 10 milhões em 2019. Economia gerada porque os contratos são regidos pela Lei de Execuções Penais, desobrigando os empregadores de encargos trabalhistas como 13° salário, férias e Fgts”, detalha a Secretaria.

Ainda conforme a SJDH, 35 empresas públicas e privadas recebem ex-detentos em seus quadros de funcionários. Cabe ao Patronato Penitenciário, entidade vinculada à Secretaria, acompanhar os trabalhadores oriundos do sistema carcerário; além de trabalharem, os beneficiados podem participar de cursos de capacitação, bem como recebem assistência psicossocial e jurídica.

“A maioria dessas pessoas atua para melhorar serviços públicos, cuidando da cidade. Assim, não voltam a cometer novos crimes, quebrando um ciclo de violência”, enfatiza o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, conforme informações da assessoria de imprensa da pasta.

Com informações da assessoria de imprensa

Com a concorrência pelas vagas de emprego está cada vez mais acirrada. Para isso, chamar a atenção dos recrutadores é essencial. Assim, na busca por emprego, uma das primeiras dúvidas de muitos profissionais é como organizar um bom currículo para conseguir participar de seleções. 

Irenilda Souto tem 37 anos, é gerente de recursos humanos e explica que atualmente algumas empresas adotam sistemas de seleção que dispensam o currículo. No entanto, há profissionais e companhias que ainda valorizam esse o resumo das principais informações do candidato. Para esses casos, a gerente indica a elaboração de um currículo honesto e direto, começando com um pequeno resumo que traga algumas das realizações profissionais do candidato até o momento de forma resumida e, sobretudo, sincera.

##RECOMENDA##

“Não adianta florear o currículo para mostrar algo que não corresponde à realidade. Hoje os recrutadores buscam entender os talentos que os candidatos têm. Se você for fazer um currículo, é importante ser breve na descrição das atividades realizadas, colocando o período em que a pessoa ficou no cargo, há quanto tempo está no mercado, que legado deixou e quais são os seus resultados”, disse Irenilda. 

A gerente de RH também destacou a importância de o currículo conter informações como os locais onde o profissional ou estudante estudou e trabalhou anteriormente. Irenilda lembra, porém, que tudo deve aparecer de forma resumida, sem se alongar demais. “O recrutador recebe currículos demais, então hoje o que se busca são perfis objetivos e percebe logo que é uma pessoa com potencial para a vaga que está sendo trabalhada”, disse ela. 

Na opinião de Jessé Barbosa de Araújo, professor universitário e coordenador de treinamentos da Blackbelt It Solutions, um currículo bem estruturado dá mais chance para o candidato a uma vaga ser selecionado. Ele argumenta que não existe um modelo único, mas que é preciso que todo currículo tenha pelo menos informações básicas de contato (nome completo, idade, estado civil, endereço completo, bairro, cidade, telefone e e-mail), e mais alguns detalhes da trajetória educativa e profissional do candidato. 

Jessé explica, por exemplo, que o campo “objetivo profissional” é a vaga que o candidato deseja ocupar. Ainda de acordo com ele, a descrição das experiências profissionais deve trazer os três últimos empregos, com o período em que a pessoa ficou no cargo e um resumo das atividades com no máximo cinco linhas. 

A formação acadêmica, também deve ser ordenada da mais recente para a mais antiga e informar se os cursos já foram concluídos. Cursos correlatos à área em que o profissional deseja trabalhar e atividades extra-curriculares, como trabalhos voluntários e projetos acadêmicos, por exemplo, também foram apontados pelo docente como fatores positivos que devem estar presentes em um bom currículo. 

Outra recomendação do professor para os profissionais e estudantes que desejam uma oportunidade no ano que se inicia é mostrar o currículo a outros profissionais em gestão antes de começar a buscar vagas. “É sempre recomendável, ao produzir um currículo, pedir a um profissional de RH que analise o mesmo. Existe consultoria para isso de ordem paga e alguns profissionais se disponibilizam de forma gratuita”, explica Jessé. Confira, no vídeo a seguir, um exemplo de como organizar um currículo para buscar oportunidades de trabalho em 2020:

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Veja os salários das profissões que devem 'bombar' em 2020

--> Confira as vagas de emprego para o pós-Natal

“Ano novo, vida nova!” Este é o lema de alguns com a proximidade do fim do ano. Muitas pessoas enxergam no novo período uma oportunidade de recomeçar ou começar algo em sua vida. Para quem está desempregado, buscar um trabalho pode ser a primeira prioridade do ano. De acordo com resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em novembro deste ano, a taxa de desocupação caiu de 12,0% para 11,8%. Contudo, cerca de 12,5 milhões de pessoas ainda estão na busca por um emprego. Pensando nisso, conversamos com a coordenadora de Recursos Humanos Amanda Buarque Monteiro e com o economista e professor da UNINASSAU Daniel Campelo para reunir algumas dicas para quem quer começar 2020 saindo do desemprego.

De acordo com Amanda, o primeiro passo a ser tomado é se organizar e criar estratégias de busca para poder alcançar seu objetivo com sucesso. “Precisa definir o que quer (área de atuação), atualizar currículo, mapear as empresas na região (que são interessantes para a sua área, para não sair ‘panfletando "currículo’, além de fazer cursos de capacitação”, disse.

##RECOMENDA##

Amanda também alertou sobre os riscos de distribuir currículos sem algum tipo de filtro. “Neste caso podem acontecer duas situações: quando o recrutador ligar para a pessoa, ela não vai querer. Então já vai soar negativamente, pois como é que a pessoa deixou o currículo e não quer a vaga?. Ou se a pessoa estiver desesperada por emprego, vai aceitar, mas vai ser infeliz naquele local, não vai estar motivado e, certamente, estará ainda procurando outra colocação no mercado”.

“Ainda corre o risco de não desempenhar bem a atividade por falta de identificação ou começar a se atrasar, porque a casa é muito longe do trabalho, por exemplo, e sair no período de experiência. Isso pesa negativamente no currículo. Na verdade, às vezes vale mais a pena a pessoa se planejar melhor, tentar ver empresas ou atividades mais aderentes ao seu perfil”, continuou.

“Ficar ‘pulando de galho em galho’ é um sinal ruim, e nós, de RH, observamos isso no currículo. É sinal de instabilidade, falta de foco. Também pode ser sinal que a pessoa tem dificuldade para se relacionar com pares ou figuras de autoridade. Quando estamos buscando um candidato, queremos alguém que possa fazer parte do time, e não alguém que venha ‘passar uma chuva’. Existe todo um investimento na realização do processo seletivo, de tempo e recursos. Além disso, uma contratação errada gera custos de rescisão. Então tentamos ser o mais assertivos que podemos”, completou Amanda.

Já para Daniel Campelo, a aposta é não esperar o novo ano para ir em busca de um emprego. “Para conseguir um emprego em 2020, uma boa alternativa para quem está desempregado é começar já, a partir de agora. Normalmente, no mês de dezembro é um mês que se apresenta com boas oportunidades de trabalho temporário e isso independe da qualificação profissional”, garante.

Para a Amanda, outro passo importante na procura por um emprego é buscar uma qualificação. Desta forma, o currículo do candidato passa a ser mais atrativo para a empresa. “Existem qualificações específicas para cada área, mas também existem coisas básicas como pacote Office. Hoje em dia em praticamente todas as profissões, o uso de planilhas é habitual, logo se eu for direcionar uma qualificação coringa seria o curso de Excel”.

Para Amanda, não ter algum tipo de graduação não é motivo de desespero para o candidato. “Se a pessoa não tiver nenhuma graduação, sugiro pensar em fazer algum curso profissionalizante. Existem muitos cursos gratuitos na internet”, destaca.

“Hoje em dia, somente a graduação não é suficiente para garantir a empregabilidade na sua área de formação. É importante que a pessoa faça cursos de qualificação, atualize suas redes sociais, como o LinkedIn, por exemplo, mantenha seus conhecimentos atualizados e  também frequente eventos de sua área, afinal um bom networking faz toda a diferença”, explica Amanda.

Se o caso for contrário, o desempregado possua uma graduação, para o economista Daniel, a opção é a persistência. “Naturalmente, no momento de desemprego, onde a pessoa está sem dinheiro, a pessoa acaba topando qualquer coisa. Mas essa medida deve ser tomada quando não há mais nenhuma alternativa”.

“Uma pessoa que possui uma graduação ou especialização, ela tem que entender que ela está fora do mercado como tantas outras, ela não pode se abater por isso, ela não pode depreciar sua qualificação profissional. Então deve-se tentar insistir e esperar um pouco mais, até o limite, para que não acabe indo em busca por um emprego de menor qualificação. A dica que eu dou é: continue buscando empregos dentro da qualificação profissional que possui e, paralelo a isso, se for possível, tentar agregar com cursos e outros conhecimentos”, destaca.

A coordenadora de Recursos Humanos Amanda Buarque ainda enfatiza mais um passo importante durante essa etapa de busca por uma ocupação. “É válido rever o currículo, pois têm muitos currículos com informações totalmente desnecessárias, desatualizadas ou com erros ortográficos”.

Além das correções textuais, o economista Daniel Campelo também destaca algumas melhorias que podem elevar o nível do seu currículo e vão além de uma qualificação propriamente dita. “Hoje em dia, o mercado tem algumas exigências como facilidade de falar em público, conhecimento de outro idioma, conhecimento de tecnologia então, sem dúvida, você preencher seu currículo com esse conhecimento é muito importante para quem está buscando um emprego. Às vezes, o não conseguir um emprego esbarra justamente aí. A pessoa até tem a qualificação, é graduado, ou especialista, mas não tem esses conhecimentos transversais que as empresas valorizam bastante”, explica.

Conteúdo publicado originalmente no site institucional da UNINASSAU

Em apenas um ano, 1,552 milhão de trabalhadores deixaram de ser sindicalizados em todo o Brasil. Em cinco anos consecutivos de reduções, os sindicatos já perderam 3,098 milhões de trabalhadores sindicalizados.

No ano de 2018, apenas 11,518 milhões de trabalhadores eram associados a sindicato. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Características adicionais do mercado de trabalho, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

##RECOMENDA##

O resultado representa uma redução de 11,9% no contingente de sindicalizados em relação a 2017. A sindicalização alcançou 12,5% dos 92,333 milhões de ocupados em 2018, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

As Regiões Norte (10,1%) e Centro-Oeste (10,3%) apresentaram as proporções mais baixas de trabalhadores sindicalizados, enquanto as mais elevadas foram as das Regiões Sul (13,9%) e Nordeste (14,1%).

A maior taxa de sindicalização em 2018 foi a dos trabalhadores do setor público (25,7%), seguido por trabalhadores do setor privado com carteira assinada (16%). Os trabalhadores sem carteira no setor privado apresentaram uma das menores estimativas de sindicalização (4,5%). Já os trabalhadores por conta própria tiveram taxa de sindicalização de 7,6%.

Todas as categorias tiveram redução na taxa de sindicalização entre 2017 e 2018, sendo a maior queda entre os empregadores, que passou de 15,6% para 12,3%, -3,3 ponto porcentual, seguida pela dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada, que tiveram recuo de 3,1 ponto porcentual.

Em 2018, a atividade da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tinha uma das mais elevadas taxas de sindicalização (19,1%), atrás apenas da Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (22,0%).

Em relação ao nível de instrução dos trabalhadores, quanto maior a escolaridade, maior a taxa de sindicalização: 8,1% dos trabalhadores com ensino fundamental completo e médio incompleto eram sindicalizados, mas esse porcentual subia a 20,3% entre os ocupados com nível superior completo.

No dia 30 de agosto, o índice de desemprego registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 11,8%, o que equivale a 12,6 milhões de pessoas. Há ainda 24,2 milhões de trabalhadores por conta própria e uma boa parte das vagas de emprego criadas no último trimestre são informais.

O cenário é preocupante, especialmente diante de uma recuperação lenta da economia em crise, que não costuma ser muito animadora para contratações e causa medo de demissões. O LeiaJá listou os setores da economia que mais demitiram funcionários entre janeiro e outubro de 2019, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho:

##RECOMENDA##

Demissões em números absolutos: 

Serviços - 5.496.661   

Comércio - 3.256.209    

 Indústria de Transformação - 2.132.509   

   Construção Civil - 1.144.490

     Agropecuária - 811.192  

Serviços industriais de utilidade pública - 67.490 

Administração Pública - 43.915

     Extrativa Mineral - 29.505

TOTAL - 12.981.971

Saldo (Diferença entre contratações e demissões)

serviços industriais de utilidade pública - 5.977

Extrativa Mineral - 6.643

Comércio - 15.406 

 Administração pública -16.817

Agropecuária - 77.511

Construção civil - 124.559

Indústria de transformação - 148.114

Serviços - 446.562 

Total - 841.589 

De acordo com o PH.D. em Economia pela University of Georgia e professor associado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, todos os setores da economia devem apresentar crescimento no próximo ano e gerar empregos, mas em ritmo lento, uma vez que há muitas contratações informais e a indústria está ficando cada vez mais automatizada.

No que diz respeito a 2019, ele explica que o setor de serviços, um dos mais representativos, foi responsável por mais da metade do saldo de empregos gerados no Brasil de janeiro a outubro de 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A construção civil, que vem há muito tempo passando por uma crise muito severa, e a indústria de transformação, também receberam destaque como áreas que se recuperaram. 

Na análise do economista da Federação do Comércio do Estado de Pernambuco (Fecomercio-PE), Rafael Ramos, o saldo de empregos apontado pelo Caged revela para um setor de serviços se recuperando mais rápido, pois representa quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB). “Acredito que o ano que vem siga esta tendência mas com indústria e construção civil também contribuindo de maneira significativa. Está em curso uma recuperação econômica e isso criará uma dinâmica mais forte nos setores, o que criará vagas formais”, disse ele. 

LeiaJá também

--> Agência de Emprego do Recife oferece quase 90 vagas

--> Senado: 'Verde Amarelo' não prioriza incentivo ao emprego 

Faltam poucos dias para acabar o ano, assim como o ano letivo nas universidades. Para alguns alunos, isso é um alívio pois estarão formados com diplomas nas mãos, livre de trabalhos e provas. Porém, para outros a mesma incerteza de quando terminaram o ensino médio e tinham que escolher entre uma faculdade volta à tona, pois estão decidindo o que fazer agora para completar o currículo.

Curso de línguas estrangeiras, especialização, mestrado ou cursos livres, sempre há uma dúvida entre os formandos. O Conversation Designer Leonardo Romeu, 27 anos, é um dos indecisos. Ele está no final do curso de Design na UNG. “Estou em dúvida se me torno um pesquisador de UX, um arquiteto de informações, que é basicamente o que faço hoje, ou um designer de interfaces”, conta.

##RECOMENDA##

Romeu conta que chegou a fazer uma pesquisa na área em que atua para saber o que está mais em alta e descobriu que a profissão tem muito mais possibilidades do que ele imaginava. “O design é um área que avança muito rápido e hoje, quase três anos depois que eu comecei a faculdade, a área já não é mais a mesma. O trabalho que tenho hoje, por exemplo, está em alta recentemente”, afirma.

A consultora de recursos humanos business partner Priscila Siciliano afirma que atualmente os candidatos que possuem um currículo com mais conhecimento costumam se destacar nos processos seletivos. “Exigimos um conjunto de fatores para o bom desenvolvimento dentro de uma organização. O primeiro é o comprometimento total com a função desempenhada. Não adianta possuir uma graduação mas não ter amadurecido nada pertinente ao estudo. Muitos se apegam a nomes de Universidades, mas verificamos diariamente que existem muitas rupturas referentes a absorção do conhecimento. Contudo, a especialização é um coringa para quem almeja um crescimento em qualquer setor”, explica.

Segundo a especialista, os cursos de línguas estrangeiras ainda são valorizados mas, antes de começar um curso ou uma especialização, vale a pena ver como o está o mercado em que atua ou pretende atuar. “Tendo em vista que cursos como inglês, espanhol são mais comuns pois na maioria dos casos são iniciados na adolescência. Em cargos de analistas, supervisores, gerentes, valorizamos uma Pós, MBA, porque nem todas as empresas dependem exclusivamente de conhecimento de outra língua. Tudo deve ser avaliado e pontuado mas, preferencialmente, esse tipo de especialização é utilizado em qualquer tipo de empresa”, orienta Priscila.

Mesmo com muitas dúvidas, há quem já tenha decidido o que fazer após a faculdade, como o desenvolvedor web Fernando Angelo Silva de Souza, 41 anos.  Ele está no final de mais uma graduação, pois já é formado em Design e, no primeiro semestre de 2020, ele termina o curso de Publicidade e Propaganda na UNG. “Assim que acabar o curso de publicidade eu pretendo fazer fotografia, com isso espero que me ajude ainda mais no mercado, ampliando a minha atuação e conhecimento”, conta.

Na opinião de Souza, ele percebe que no mercado de trabalho não só os diplomas são válidos, mas a prática também ajuda a ganhar destaque em um processo seletivo. “Eu amo conhecimento e às vezes me destaco de alguns profissionais por ser versátil. Hoje, o mercado exige do profissional exatamente isso, saber fazer mais do que o você aprendeu na teoria “, finaliza.

O fim de ano vai se aproximando e, com ele, as festas de confraternizações começam a ocupar lugar nas agendas. Entre familiares, amigos e até em eventos empresariais, as comemorações têm variados estilos. Contudo, uma das reuniões que mais requer a atenção dos participantes são as celebrações dos ambientes profissionais.

Embora seja um momento para confraternizar, deve-se atentar que nem todo tipo de atitude é conveniente nestas ocasiões, principalmente ao se tratar de um evento da empresa onde você trabalha. Um “passo em falso” dado durante essas festividades pode ser crucial para gerar uma repercussão negativa da sua imagem no meio corporativo. Para evitar dúvidas de como agir em eventos no meio corporativo, conversamos com o professor universitário do Grupo Ser Educacional e consultor em Gestão de Pessoas e Carreiras Jessé Barbosa de Araujo.

##RECOMENDA##

Para Jessé, as festas de fim de ano são uma oportunidade para confraternizar e celebrar as conquistas alcançadas pela empresa. Dessa forma, negar-se a comparecer implica em uma mensagem não positiva do colaborador, pois, denota uma falta de comprometimento com a firma. “Se o funcionário não entende o valor disso jamais acenderá para outras posições, pois, nestas festas, é o momento em que o mesmo passa a ter acesso a pessoas que normalmente, devido a sua rotina diária, não tem”, explica.

Caso o funcionário não consiga participar da confraternização, o professor Jessé orienta avisar, com antecedência. “Caso haja um compromisso de força maior, o melhor é informar ao gestor imediato a ausência para que caso haja algum planejamento por parte da equipe, não seja frustrado”.

De acordo com o consultor, outro ponto que requer atenção neste tipo de evento são as vestimentas. “O ideal é que a roupa escolhida seja algo que não chame muita atenção. Para homens um roupa esportiva ou esporte fino conhecido como uma roupa casual. Para mulheres o ideal é que não seja uma roupa muito decotada ou curta, pois é uma festa da empresa ao qual todos tendem a observar tudo e todos”, destaca o especialista.

Ao falar de festa, as palavras “dança” e “bebida” vêm à tona. E, segundo Jessé, esses são tópicos que demandam cuidado quando são somados ao ambiente de trabalho. “Se o colaborador sabe que tem dificuldades com autocontrole com bebidas, o mesmo deve abster-se para que não ocasione um problema futuro de comportamento por falta de sobriedade. Pode beber? Sim, não há problema, desde que o funcionário saiba o seu limite”.

Quanto à dança, o professor alerta que não há problemas em dançar, desde que seja feita com moderação, visto que algumas músicas do momento não são recomendadas para festas corporativas, devido à forte alusão à sexualidade.

Para o especialista, a melhor maneira de se comportar nestas ocasiões é evitando excessos com álcool ou com comida, e buscar relacionar com pessoas de outros setores. “Permita- se conhecer, como diz a máxima militar: quem não é visto não é lembrado. Seja cordial com todos, fique à vontade para curtir, mas com moderação”, lembra. Situações embaraçosas em eventos corporativos são comuns. Por isso é necessário manter-se atento para não cometer deslizes. A estudante de psicologia Thais Andrade conta que nunca protagonizou nenhum caso como esses, mas já presenciou colegas de trabalho em circunstâncias constrangedoras. “Vi uma amiga ficar totalmente embriagada durante a confraternização do ano passado. Ninguém nunca conseguiu esquecer a cena”, relata Thais. De acordo com a estudante, dias depois da festa, seus respectivos superiores chegaram a comentar o fato ocorrido, e a jovem protagonista da situação foi advertida. “O burburinho era gigante entre os corredores, mas a gente não imaginaria nunca que nossos chefes iriam comentar entre eles. Achávamos que eles não estavam nem dando importância ao que estava acontecendo na hora”, relembra. “

Ao contrário do que a gente acreditava, logo depois da festa, recebemos a notícia que a menina tinha sido chamada a atenção. Ela ficou bem envergonhada, disse que pediu desculpas. No final, não foi um prejuízo grande para ela, mas foi uma situação que poderia ter sido evitada. Foi uma advertência, mas poderia ter sido algo muito pior”, complementa Thais.

As situações relatadas pela estudante de psicologia instigam alerta, segundo o consultor de Gestão de Pessoas Jessé Barbosa. Durante esses eventos corporativos, os gestores e diretores avaliam os comportamentos dos seus funcionários. “Em uma festa social, todos são observados, como se relacionam entre os pares, superiores e com subordinados. A dica que nunca falhar, é ser cordial com todos sem deixar de ser autêntico”. Jessé ainda ressalta: “Em uma festa corporativa o bom senso deve prevalecer”.

Em caso de um funcionário presenciar ou protagonizar uma situação constrangedora, o professor Jessé indica qual é a postura a ser adotada. “Caso algum colaborador cometa alguma gafe na festa, é preciso pedir desculpas pelo mal entendido e corrigir a gafe. Caso algum colega esteja alto – gíria que remete a embriagado - devido ao volume de álcool ingerido, procure orientá-lo a seguir para casa, pois, muito provavelmente, sua credibilidade, tanto pessoal como profissional, é desconstruída à medida que continua cometendo gafes”, encerra.

Conteúdo publicado orinalmente no site da UNINASSAU

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando