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Após a oficialização do nome do senador Armando Monteiro (PTB/PE) para o Ministério do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, nessa segunda-feira (1), vários políticos e autoridades parabenizaram o petebista pela nomeação dada por Dilma Rousseff. O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, foi um deles. Ele divulgou uma nota afirmando que é importante para o Estado a nomeação do senador.  

"A escolha da presidente Dilma Rousseff pelo nome do senador Armando Monteiro Neto para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio é importante para Pernambuco. Armando é um quadro que conhece as áreas do desenvolvimento econômico e indústria, pois construiu sua trajetória atrelada a esses segmentos. Como ex-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e como parlamentar ligado ao setor produtivo, antes na Câmara dos Deputados e agora no Senado Federal. Desejo a Armando uma gestão de muitas realizações no Ministério", declarou Lyra. 

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Líder do PT no senado, Humberto Costa também comemorou a escolha de Armando e disse acreditar que o novo ministro terá um olhar diferenciado por Pernambuco e pela região Nordeste. “Creio que ele terá um olhar diferenciado para essas regiões menos desenvolvidas, para que a industrialização ali chegue. Além disso, a escolha dele também é politicamente relevante para nós de Pernambuco, pois simboliza o fato de que a presidenta Dilma terá um olhar especial para o nosso estado”, afirmou. 

O deputado estadual Odacy Amorim (PT/PE) também divulgou uma nota parabenizando o petebista pelo novo cargo que ele vai ocupar. “Dessa forma a presidenta demonstra que reconhece em Armando o homem certo para  essa missão e continua dando a Pernambuco a importância que marcou a sua primeira gestão e todo o governo do ex-presidente Lula”.

Outro deputado que também comemorou a nomeação de Monteiro foi Sílvio Costa Filho (PTB). Durante discurso no plenário da Alepe na tarde desta segunda (1).  “É fundamental para o Estado ter um pernambucano no Ministério do Desenvolvimento, tendo em vista os grandes desafios na indústria, a busca da competitividade, o diálogo com o mercado internacional e a valorização do setor produtivo”. 

Armando Monteiro foi oficializado como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto esta segunda-feira (1), que divulgou nota sobre o novo posicionamento da presidente. O senador utilizou sua págian no facebook para agradecer a confiança depositada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em escolhe-lo para integrar a equipe de governo. 

"Muito honrado com o convite da presidenta Dilma Rousseff para assumir este importante ministério e estimulado para trabalhar duro em defesa do desenvolvimento do Brasil. Nosso desafio é promover uma sociedade mais justa, gerando emprego e renda por meio da indústria e do comércio exterior", publicou o petebista.

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O atual ministro da respectiva pasta, Mauro Borges, permanece no cargo até a finalização da equipe de transição dos Ministérios.

Confira a nota na integra: 

A presidenta Dilma Rousseff anuncia, nesta segunda-feira, 1º de dezembro, mais um nome do novo ministério.O senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) será o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O ministro Mauro Borges está deixando a pasta. Armando Monteiro Neto é senador pelo PTB e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A presidenta Dilma agradece a dedicação e lealdade do ministro Mauro Borges, que permanecerá no ministério até que esteja concluída a transição e a formação da nova equipe.

Secretaria de Imprensa

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Em meio às discussões sobre a reforma ministerial, o líder do PDT na Câmara, Félix Júnior (BA), defende que o partido deixe de ocupar a pasta do Trabalho, hoje comandada por Manoel Dias, secretário-geral da legenda. Segundo o deputado, a bancada entende que deve haver um "rodízio" para se evitar o estabelecimento de "feudos" nos principais cargos do Executivo.

"Não queremos o Ministério do Trabalho. Não está decidido o que a gente quer, o governo ainda não chamou a gente. Podemos até não ter nada. Mas a gente acha que, em relação ao Ministério do Trabalho, tem que ter um rodízio, uma movimentação. É importante para o governo e para os partidos que se tenha isso para que não vire um feudo de partido a, b, ou c. Não queremos manter o Ministério do Trabalho", ressaltou Júnior ao Broadcast Político.

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Como alternativa à atual pasta, o líder da bancada considera boas opções os ministérios do Esporte, atualmente comandada pelo PCdoB, ou Turismo, na cota do PMDB. "O partido não pode chegar e exigir a sua participação. Temos que ser convidados, se o governo achar que temos direito a algum espaço. Mas acho que o PDT tem nomes que pode se encaixar em diversas outras áreas, mas não no Ministério do Trabalho. A gente está batendo nisso para revigorar, mudar. Esportes, Turismo seriam boas pastas como diversas outras, mas isso não cabe a nós, mas à presidente", avaliou.

Presidência da Câmara

De acordo com Félix Júnior, o PDT também deve lançar um nome na disputa para presidente da Câmara, prevista para ocorrer em fevereiro de 2015. Dessa forma, a legenda, que faz parte da base aliada, deixaria de apoiar uma candidatura do PT ou a do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), em campanha desde o último mês de outubro. "Não somos do PT. Não temos que seguir piamente a orientação do PT. A ideia é lançar um nome que não seja um candidato do governo, mas um candidato independente na Casa, nem do governo, nem da oposição", afirmou.

O nome escolhido internamente pelo PDT é o do ex-líder da legenda André Figueiredo, que deve reassumir a liderança e ter o nome lançado na disputa pela Presidência da Casa no próximo dia 10 de dezembro. "Vamos acertar um bloco com outros partidos e devemos lançar um nome que venha ser uma opção para presidente da Câmara. Dentro de casa, temos o nome de André Figueiredo, que será oferecido ao bloco", disse Júnior que mantém conversas com o PROS e o PCdoB para formação do bloco.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, confirmou nesta quarta-feira (26), que o Palácio do Planalto anunciará nesta quinta-feira os novos ministros da Fazenda e do Planejamento. Segundo Traumann, não há "previsão de posse de nenhum ministro" nos próximos dias, ou seja, os ministros atuais vão seguir ocupando os respectivos cargos e os novos terão tempo para montar a equipe de transição.

Conforme informou nesta quarta-feira o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a fim de acelerar a apresentação de um pacote na tentativa de resgatar a credibilidade fiscal do governo. O ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa assumirá o Planejamento.

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Segundo Traumann, o anúncio formal dos novos ministros da Fazenda e do Planejamento será feito por meio de uma coletiva de imprensa. "Os novos ministros vão trabalhar no Planalto, farão a transição, vão ter tempo pra fazer nova equipe. Os ministros atuais vão continuar trabalhando", ressaltou o ministro. "Não há previsão de posse de nenhum ministro nos próximos dias."

A presidente também decidiu manter Alexandre Tombini no comando do Banco Central.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa das primeiras escolhas da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) para o ministério do seu segundo mandato. Costa defendeu em especial a escolha do economista Joaquim Levy para a Fazenda, nome que foi atacado nos bastidores por integrantes do próprio partido.

Costa disse que "todos" estão confiantes na condução de Levy da política econômica do próximo mandato da presidente, caso ele venha a ser confirmado como titular da pasta. "Dos nomes aí postos, quero ressaltar o nome de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, sobre o qual muitos têm tentado disseminar um ambiente de mal estar entre ele e o PT", afirmou Costa, ao lembrar dos compromissos assumidos por Dilma na campanha e com os avanços dos 12 anos de gestão petista no governo federal. "Quero aqui demonstrar total apoio às primeiras escolhas, se confirmadas, da presidenta Dilma para compor o primeiro escalão do seu futuro governo e registrar que todos poderão contar com o nosso suporte aqui no Senado para implementar as medidas necessárias aos avanços no Brasil", disse o líder do PT.

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Em discurso da tribuna da Casa e em entrevista, o petista fez questão de ressaltar que Dilma é quem é a responsável por conduzir o governo em todas as áreas. "É importante ressaltar ainda que a presidenta Dilma jamais abrirá mão de ser ela, em última instância, a condutora da política do governo, razão pela qual qualquer que seja a história dos ministros que venham a ser indicados, sem dúvida nenhuma, ela tem compromisso acima de tudo com as propostas que apresentou nessa campanha e com o projeto que teve início com o presidente Lula em 2002."

A expectativa é que os nomes sejam confirmados até a próxima quinta-feira, 27, após a aprovação pelo Congresso do projeto de lei que altera a meta de superávit primário de 2014. O governo quer que todos os ministros - em especial os da área econômica - assumam as gestões sem passivos do atual mandato.

Humberto Costa disse ter feito uma defesa dos ministros para tentar conter a "fritura" dos ministros. "Quero fazer parte daqueles que querem colocar água na fervura", disse. Para ele, os nomes são "muito bons" e têm "extrema competência", "desenvoltura" e "larga intimidade" para as pastas que estão sendo considerados.

O líder do PT elogiou nominalmente o senador Armando Monteiro (PTB-PE), a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o economista Nelson Barbosa, que devem assumir, respectivamente, as pastas do Desenvolvimento (MDIC), Agricultura e Planejamento.

Humberto Costa usou o exemplo do ex-vice-presidente José Alencar (1931-2011) como um paralelo às resistências de hoje do PT a Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outrora forte adversária do partido. "Já tivemos outras situações em que o partido se queixava e, ao final, terminou satisfeito", afirmou, ao lembrar que Alencar, quando escolhido para ser colega de chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, foi criticado duramente dentro do PT. Costa disse ainda que posições anteriores, como as adotadas por Kátia Abreu, que, à época filiada ao DEM, votou a favor do fim da CPMF, não é o único fator que se leva em conta na montagem de um ministério.

O governo não vai mais fazer o anúncio dos nomes dos novos ministros da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira, 21, segundo fontes do Palácio do Planalto. Não há detalhes sobre o motivo de Dilma deixar a divulgação para depois. Fontes ouvidas hoje pelo Broadcast citaram que o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy foi escolhido para ser o novo ministro da Fazenda.

O ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, que também estava sendo cogitado para a pasta, deve assumir o Ministério do Planejamento. Carlos Hamilton, diretor de Política Econômica do Banco Central, deve deixar a instituição para assumir a Secretaria do Tesouro. Alexandre Tombini deverá permanecer na presidência do BC.

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O Broadcast apurou também que Dilma convidou hoje pela manhã o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Aliados de Monteiro em Pernambuco informaram que ele aceitou o convite. Também circulou hoje a informação de que a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) assumiria o comando do Ministério da Agricultura no segundo mandato de Dilma.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) está reunido nesta sexta-feira (21) com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio da Alvorada em Brasília. Monteiro é um dos nomes cotados para assumir um ministério no segundo mandato da petista.

O nome de Monteiro é cogitado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), já que o senador é ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O MDIC, no entanto, é o posto pleiteado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), uma das peças-chave no xadrez ministerial que está sendo preparado por Dilma.

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Uma fonte ouvida pelo Broadcast Político avaliou que o principal objetivo de nomear Monteiro ministro é trazer o PTB de volta para a base do governo. Embora fosse aliada do Planalto até antes das eleições, a sigla decidiu de última hora apoiar o candidato do PSDB à presidência, senador Aécio Neves (MG).

Há obstáculos para essa indicação, apontam fontes. Além de Monteiro ter sido derrotado ainda no primeiro turno na eleição para o governo de Pernambuco, há dúvidas na base se Monteiro teria influência suficiente no partido para reaproximá-lo do governo, já que o senador tem atuado de forma independente da direção petebista. A principal preocupação do Planalto é conseguir votos da bancada do PTB da Câmara para a eleição da presidência da Câmara. O PT pretende lançar uma candidatura para tentar derrotar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), desafeto da presidente Dilma.

Num dia de agenda com relevantes indicadores domésticos, com IPCA-15, IGP-M e desemprego, o que se sobressaiu no mercado à tarde foi uma nova rodada de rumores sobre a equipe econômica do segundo governo Dilma Rousseff. Os investidores passaram a acreditar que, depois da longa reunião entre a presidente e seu ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu conselheiro, na véspera, o nome do substituto de Guido Mantega poderia sair esta noite. Com isso, o dólar ampliou sua queda à tarde, mas o movimento não teve fôlego longo e a moeda encerrou longe da mínima.

O dólar comercial terminou a sessão em baixa de 0,35%, a R$ 2,5800. Na mínima do dia, registrou R$ 2,5730 (-0,62%) e, na máxima, marcou R$ 2,5980 (+0,35%). O giro negociado na sessão regular totalizou US$ 726,8 milhões, sendo US$ 709,8 milhões em D+2, às 16h36. Neste horário, o dólar para dezembro recuava 0,25%, a R$ 2,5845.

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No começo do dia, a moeda teve bastante volatilidade, mas com viés positivo, à espera da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, que sai às 17 horas. O movimento altista, entretanto, não teve sustentação e a moeda virou para baixo após a venda de US$ 196,7 milhões em contratos de swap cambial no mercado futuro. A alta recente da moeda também contribuiu para a realização de lucros, num movimento de expectativa às vésperas do feriado da Consciência Negra em cidades como São Paulo, onde está a bolsa, e no Rio de Janeiro.

Em meio às especulações sobre quem será o eleito de Dilma Rousseff para a Fazenda, o mercado não digeriu mais cedo o comportamento atuante de Mercadante, nome que desagrada e que ainda não está totalmente descartado para a vaga de Guido Mantega.

Com o noticiário político conduzindo os negócios, não fizeram preço os dados dos fluxo cambial. O Banco Central anunciou no começo da tarde que o fluxo está negativo em US$ 1,482 bilhão em novembro até dia 14. Na segunda semana do mês, o resultado ficou negativo em US$ 1,767 bilhão, mas no ano até agora está positivo em US$ 6,788 bilhões.

No primeiro dia do retorno ao Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) preferiu não comentar o clima de mal estar provocado com o governo após a carta de demissão encaminhada à presidenta Dilma Rousseff semana passada, quando deixou o Ministério da Cultura. “Isto é página virada. Vocês acham que vou ficar falando disso? Estou entrando no Senado para exercer meu mandato. Não falarei mais dessas coisas”, ressaltou.

Marta Suplicy, que fará um pronunciamento no plenário da Casa às 16h, mostrou-se animada com a retomada do mandato no Senado. “Estou muito feliz com a volta à minha casa. O Senado é a grande Casa de debates e, aqui, vamos defender o governo brasileiro, o Brasil e a democracia. É para isso que venho entusiasmada”.

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A senadora comentou as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. “O mais positivo nesse escândalo todo é que, pela primeira vez, não serão julgados só os corruptos, mas também os corruptores. Isto é um grande avanço para a democracia brasileira”, avaliou.

A governabilidade de Dilma também dependerá do relacionamento com o PMDB, que ficou estremecido após a eleição. Mesmo mantendo a coligação com o PT no plano nacional - com Michel Temer como vice-presidente da República -, o partido enfrentou o aliado em algumas disputas estaduais. Foi assim no Rio Grande do Sul, onde a chapa do governador eleito, José Ivo Sartori (PMDB), e Simon derrotou o petista Tarso Genro, candidato à reeleição.

O clima no Congresso ainda reflete as rusgas da eleição. Na semana passada, por exemplo, os peemedebistas da Câmara lideraram votação que derrubou o decreto de Dilma para a regulamentação de conselhos populares. "O presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves, do PMDB), que foi candidato a governador no Rio Grande do Norte, estava com a eleição ganha, tinha garantido o apoio do PT, e na última hora o PT apoiou o candidato adversário e ele perdeu. Ele está numa revolta enorme", afirmou Simon.

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Diante desse cenário, ele acredita que o futuro do PMDB e da aliança com o PT ainda é "imprevisível". Por isso, evita fazer projeções sobre uma eventual candidatura própria do seu partido para presidente em 2018. "Eu diria que esta é uma exigência unânime, mas vai depender de cada Estado, da composição que vai haver", afirmou.

Reforma política

O diálogo, segundo Simon, também será fundamental para fazer uma reforma política, uma das promessas de Dilma na campanha. Para ele, no entanto, "é quase impossível" levar adiante um plebiscito, como sugeriu a presidente. O senador defende uma ampla discussão entre o governo e o Congresso para, depois, pedir a aprovação da população através de um referendo.

"O que a gente tem que fazer, e Dilma pode conduzir isso, é sentar e discutir um conjunto de ideias e uma forma de levar isso adiante", explicou Simon, defendendo que a presidente convide até mesmo a oposição para participar do debate e chegar a um entendimento. "Ela não tem que ser a heroína. O papel dela será chamar todos, proporcionar esse diálogo, dar um impulso para que a reforma possa sair do papel."

Na opinião de Simon - que deixará o Senado no final de janeiro e, portanto, não vai participar diretamente da discussão sobre o tema no Congresso -, o projeto de reforma política deve incluir uma cláusula de barreira para criação de partidos, o fim da reeleição e a mudança no formato atual das Medidas Provisórias. Ele também espera uma análise mais aprofundada das propostas de proibição do financiamento privado de campanha e de adoção do voto distrital.

Futuro

No dia 31 de janeiro, quando se despedir da cadeira que ocupou por 32 anos, Simon pretende de fato se afastar da vida pública. Ele descarta a possibilidade de integrar o governo de Sartori, para quem fez campanha na eleição para o governo gaúcho. "Vou estar à disposição do Sartori para quando ele precisar de mim, para ajudar. Mas nem passa pela minha cabeça um convite formal, nem passa pela cabeça dele fazê-lo. Estou me aposentando", ressaltou. "Pretendo andar pelo Brasil debatendo, fazendo palestras."

Simon aproveitou para minimizar a sua própria derrota nesta eleição. "Uma coisa que tem que ficar clara é que não fui candidato ao Senado. Como diz o Sartori, fui constrangido a aceitar quando o Beto Albuquerque deixou a chapa. Não fiz campanha, não rodei o Estado, já estava envolvido na candidatura do meu filho Tiago (Simon, eleito deputado estadual) e foi o que continuei fazendo", justificou. O senador também revelou estar "muito feliz" com a vitória de Sartori e disse que o jeito de governar do ex-prefeito de Caxias do Sul pode servir de referência para Dilma: "Aquilo que estou dizendo que a Dilma deve fazer lá, ele vai fazer aqui. Vai reunir, vai discutir, vai debater, vai sentar à mesa, vai conversar com a sociedade."

Prestes a deixar a vida pública, Pedro Simon (PMDB-RS) usa a experiência de 32 anos como senador para dar um conselho à presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) antes do início do seu novo mandato. Na avaliação do parlamentar, ela deveria fazer valer o discurso de diálogo que vem adotando desde que ganhou a eleição para garantir a governabilidade. O peemedebista sugere que Dilma monte um governo "diferente", sem o sistema do "toma lá dá cá" que, segundo ele, impera na política brasileira. Ele acredita que buscar o entendimento no Congresso é o único caminho para cumprir a promessa de realizar a reforma política.

Simon, de 84 anos, já tinha anunciado sua aposentadoria quando a eleição sofreu uma reviravolta com a morte de Eduardo Campos (PSB). Para ajudar o PMDB, foi convencido a tentar novamente uma cadeira no Senado, ficando em terceiro lugar com 16,08% dos votos válidos - a vitória no Rio Grande do Sul foi de Lasier Martins (PDT), com 37,42%. A vaga na chapa era originalmente destinada a Beto Albuquerque (PSB), que se tornou candidato a vice de Marina Silva na disputa presidencial. Agora, mesmo saindo de cena, o veterano observa o panorama e prevê dificuldades para Dilma se ela mantiver algumas posturas que adotou nos primeiros quatro anos de governo.

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Segundo Simon, o primeiro desafio de Dilma será ter a "grandeza" de buscar o diálogo como vem prometendo fazer. "Se ela fizer isso, começa bem. Mas, se fizer ministério de composição, como ocorreu no primeiro mandato, quando Lula deixou para ela ministérios de quinta categoria, daí começa mal", afirmou o senador gaúcho em entrevista ao Broadcast Político, em sua casa na capital gaúcha.

Diante da disputa acirrada na eleição presidencial, na qual Dilma venceu Aécio Neves (PSDB) com a menor margem da história (teve 51,64% dos votos válidos), Simon vê um País "dividido", em que "a maioria do povo brasileiro" está descontente. "Hoje, com a votação dura que Dilma teve e vivendo o problema de vencer a crise na Petrobras e retomar a credibilidade, ela tem que fazer um ministério de alto gabarito", disse.

"O que se quer nessa altura é montar o governo dela, e montar a maioria dela. Mas fazer isso como? No troca-troca, no toma lá dá cá? Se ela vai lotear o governo como aconteceu antes, na minha opinião vai ser um 'Deus nos acuda'. O primeiro ministério dela foi um fracasso", avaliou. Para Simon, a presidente precisa de coragem para debater tanto com as forças políticas quanto com a sociedade. "Se ela quiser 'bater na mesa', a situação vai ser muito difícil."

A declaração da presidente Dilma Rousseff de que somente a partir do dia 17, quando volta da reunião do G-20, na Austrália, irá anunciar a decisão sobre o novo ministro da Fazenda indica que a estratégia costurada do Palácio do Planalto seria de poupar o novo ministro e atribuir a Guido Mantega o protagonismo das medidas que devem ser anunciadas até lá, todas com uma grande carga negativa.

Redução da meta fiscal por total incapacidade de cumprimento da atual; reajuste de gasolina e diesel, com impacto imediato na inflação elevando o risco de estouro da meta; possível elevação do déficit da balança comercial; medidas para conter risco de racionamento de energia elétrica. Tudo será embalado e despachado na conta de Mantega. O novo ministro será conhecido já com todo esse trabalho feito.

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É uma tentativa de evitar contaminar o novo chefe da equipe econômica, que seria invariavelmente chamado a comentar cada um dos anúncios, mesmo que ainda não respondesse pelo governo. Some-se a isso o fato cada vez mais evidente de que não há um nome com 100% de aprovação de Dilma. Parece aquela letra de bolerão que diz "quem eu quero não me quer; quem me quer mandei embora".

Nesse contexto, as especulações continuam em torno dos dois mais prováveis: Henrique Meirelles e Nelson Barbosa, ambos com restrições no relacionamento com outros integrantes de postos-chave do governo e sem a confiança integral da presidente.

Esta semana, em Nova York, a diretora-gerente da Standard & Poor's, Lisa Schineller, deu o tom da expectativa internacional em torno do segundo mandato de Dilma: baixo crescimento, em torno de 1% ao ano, e queda nos investimentos, a permanecer a mesma situação atual. E o recado foi bem claro em direção a um rebaixamento se não sair do papel o programa de reformas prometido há anos.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, já pediu seu afastamento do Ministério que ocupa desde a saída de Ana de Hollanda, há 2 anos. Com ela, alguns auxiliares também estão pedindo afastamento, caso do diretor da Cinemateca Brasileira, Lisandro Nogueira, que se demitiu nesta terça-feira, 4. Nogueira voltará a dar aulas na Universidade Federal de Goiás. "Cumpri minha missão", disse ele, que ficou um ano no cargo.

A não continuidade de Marta Suplicy já tinha sido decidida no primeiro turno das eleições, quando a ministra encampou um movimento pela substituição da candidata Dilma Rousseff pelo ex-presidente Lula, o chamado "Volta, Lula". O movimento não vingou e Dilma se reelegeu, o que a colocou em xeque no cargo.

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As duas, Marta e Dilma, conduzirão nesta tarde de quarta-feira, 5, a festa de entrega da 20° edição da Ordem do Mérito Cultural (OMC), às 16h30, no Palácio do Planalto. O prêmio irá para 26 pessoas e quatro instituições. Marisa Monte, Mano Brown, Alex Atala, Tião Oleiro, o maestro Júlio Medaglia, Bernardo Paz (idealizador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim); Henricredo Coelho (mais conhecido como Palhaço Gafanhoto); Luiz Angelo da Silva (Ogan Luiz Bangbala); a atriz Patrícia Pillar, o falecido chef paraense Paulo de Aráujo Leal Martins e a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) e a artista plástica Djanira da Motta e Silva (1914-1979) estão entre os homenageados.

Para o lugar de Marta, já estão sendo cogitados alguns nomes. O ex-ministro Juca Ferreira, que foi convocado às pressas no final de agosto pela presidente para ocupar cargo de comando na campanha, quando a situação estava mais complicada com a subida de Marina Silva, agora é um dos principais nomes para voltar a ocupar a pasta. Um sinal da recuperação de seu prestígio ocorre nesta quarta, 5: um de seus antigos auxiliares, o roteirista e diretor Orlando Senna (que foi Secretário do Audiovisual) também estará recebendo a comenda da Ordem do Mérito Cultural esta tarde.

Há um porém: Ferreira, que é secretário de Cultura de São Paulo, está empenhado em ajudar a fazer da gestão de Fernando Haddad um modelo de administração moderna (muito das próximas eleições depende disso no PT). Ele pode decidir permanecer, ocupando-se de indicar um nome e articular uma filosofia de trabalho na pasta.

Outro nome que surge com força é o do atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos. A presidente gostou da forma habilidosa, diplomática, porém firme, como Ângelo Oswaldo conduziu a nova legislação de museus do País, sancionada há um ano. Ele também já foi secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais no Governo de Itamar Franco (1999-2002) e dirigiu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN.

Contra Oswaldo, pesa o fato de que tem ideias predominantemente liberais, e Dilma se comprometeu, com o grupo que a ajudou a recuperar a confiança entre a classe artística, a retornar a inclinação do MinC para um esfera de participação popular e arcabouço vanguardístico, mais ousado.

A deputada federal Jandira Feghali (PC do B), aliada importante do governo nas questões culturais, voltou a ter seu nome lembrado. O retorno do próprio Gilberto Gil é uma das soluções que estão sendo mencionadas, como forma de aproximar opostos. A gestão de Marta foi avaliada como tendo sido "saneadora", no sentido de recolocar alguns programas nos trilhos (conseguiu, por exemplo, aprovar o Vale Cultura), mas ela não chegou a criar uma marca própria e investir num grande programa. Também abdicou da discussão de temas importantes, como os direitos autorais, que acabaram ficando na mão do congresso - um dos parlamentares que se adiantou nessas discussões foi o senador do PSOL, Randolfe Rodrigues, que conseguiu levar a cabo uma CPI contra o Ecad e uma nova lei autoral.

Em solenidade no salão leste do Palácio do Planalto, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta quarta-feira, 5, que a sigla vai contribuir para o êxito do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Kassab é cotado para assumir o Ministério das Cidades.

"O PSD é um partido de centro, que desde a fundação tem suas diretrizes, que luta e busca parceiros", disse Kassab. "Procuramos ser construtores de pontes e artífices da convergência. Somos aliados e batalharemos juntos pelo Brasil."

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Dirigindo-se à presidente Dilma Rousseff, que acompanha a cerimônia, Kassab afirmou: "O partido estará ao seu lado para contribuir com êxito do seu governo."

Kassab, que foi derrotado na disputa por uma cadeira no Senado em São Paulo nas últimas eleições, criticou a "onda de intolerância" que atinge a sociedade brasileira, com o acirramento dos ânimos.

"A exaltação do ódio e a tentativa de reviver a luta de classes são preocupantes. Essa beligerância que remete à retórica eleitoreira ultrapassada revela sinais preocupantes", comentou o presidente nacional do PSD. "Essa guerra civil verbal atenta contra a principal característica sociocultural brasileira: a integração dos diferentes. O PSD rechaça esse conflito."

Persistência

Logo depois de Kassab, foi a vez de o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, fazer um breve discurso e destacar que a reeleição de Dilma deveu-se "à sua coragem e persistência de assumir temas tão importantes para a nossa população". "Conte conosco, presidente, com muita satisfação e entusiasmo. Que a senhora tenha uma grande gestão", disse Afif.

Os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, acompanham a cerimônia no Palácio do Planalto. Dilma deverá ser a última autoridade a falar.

As especulações em torno do nome do senador Armando Monteiro (PTB) para assumir um dos Ministérios no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) foram descartadas pelo petebista. Armando teve o nome cogitado pela bancada federal de Pernambuco, como possível sucessor de Edison Lobão, que comanda o Ministério de Minas e Energia. "É evidente que todos se sentem honrados com um convite desses e eu me sentiria assim, mas não posso trabalhar em cima de uma coisa que não existe. Eu trabalho com a realidade e ela não aponta nessa direção. Nunca recebi nenhuma sondagem e meu foco está voltado para o trabalho no senado", declarou o senador.

Sobre como surgiu os rumores, o petebista arriscou um palpite: “Isso é uma especulação que talvez tenha sido levantada pela vontade de alguns companheiros da bancada federal, mas não existe nada nesse caminho", cogitou Armando Monteiro.

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O atual ministro de Minas e Energia está sendo investigado pela Polícia Federal, como um possível beneficiário do esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro do caso da Petrobras. O delator, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa mencionou em depoimento, o nome de Edison Lobão, que passou a ser investigado pela operação Lava Jato e pode perder o ministério para evitar maiores escândalos envolvendo governo federal.

O Ministério da Justiça divulgou, nesta sexta–feira (26), a realização de um concurso público com 600 vagas para o cargo de agente da Polícia Federal. As inscrições poderão ser feitas do dia 6 a 26 de outubro por meio do site da banca organizadora do certame. A taxa de participação custa R$ 150.

Segundo informações do Diário Oficial da União (DOU), os salários para os aprovados chegam a R$ 7.514,33. O concurso, que será regido pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), terá duas etapas. A primeira é a matrícula no curso de Formação Profissional, que abrangerá as seguintes fases: exames de habilidades e conhecimentos, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico e avaliação psicológica. A segunda etapa consistirá no curso de formação. Os candidatos devem ter diploma de conclusão de curso superior em nível de graduação. 

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O candidato Aécio Neves (PSDB) disse nesta terça-feira, em Cuiabá, que irá firmar uma 'grande parceria' com a Região Centro-Oeste em seu governo. "Todos devem reconhecer o esforço que essa região vem fazendo, venho oferecer uma grande parceria para que o Centro-Oeste brasileiro, o Mato Grosso em especial, possa se desenvolver". Segundo ele, "se não fosse a força do agronegócio, o crescimento do Brasil seria negativo". Para ele, "há compatibilidade entre desenvolvimento, agronegócio e meio ambiente".

Em entrevista coletiva, no aeroporto, o candidato disse que entre as medidas que pretende adotar já no início do seu governo está um 'choque de infraestrutura'. "O Brasil é um país onde falta rodovias, hidrovias, ferrovias, portos competitivos e precisamos de um governo que dê estímulo a quem produz e a quem trabalha. Mato Grosso terá prioridade absoluta em nosso governo". Ele disse que sua visita ao Mato Grosso era para "reforçar esse compromisso com o Brasil competitivo". O candidato disse um dos seus primeiros atos caso seja eleito será cortar pela metade o número de ministérios (39) e a simplificação da carga tributária para diminuir o custo Brasil.

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Neste sentido, um dos seus primeiros compromissos será a criação do superministério do Agronegócio com interlocução em pé de igualdade com o Ministério da Fazenda, do Planejamento e da Infraestrutura. Disse ainda que irá tirar "definitivamente o Ministério da Agricultura do loteamento partidário, teremos nele pessoas que sejam do setor. Daremos aqui um choque de infraestrutura, que vamos iniciar após 1º de janeiro do ano que vem", enfatizou. "Somos produtivos da porteira para dentro e o atual governo não faz nada", destacou ele.

O candidato disse ainda que "fará um governo cujas vertentes irão privilegiar hidrovias e ferrovias". "Um governo que planeja, inicia e entregue as obras nos prazos, o que não acontece com o atual governo". Em sua opinião "o Brasil mais parece um canteiro de obras não acabadas". Para ele o problema não é o Brasil, mas "o governo que ai está". No encerramento da coletiva o candidato disse que não ver empecilho em dividir o seu palanque com a candidata Marina Silva (PSB). "Tenho respeito pela candidata Marina. Venho de uma escola onde muito cedo se aprende que o que deve brigar são as ideias e não as pessoas. O PT talvez tenha instituído essa prática no Brasil de nós e eles". Na sua opinião, "uma divisão perversa".

Segundo ele, o Brasil precisa viver uma nova fase. "Quero substituir o aparelhamento absurdo da máquina pública pela meritocracia". "Quero políticas sociais que permitam superação da pobreza e não apenas sua administração como faz o atual governo", afirmou ele. O comício organizado pela lideranças do PSDB e do PDT reuniu pouco mais de 450 pessoas em uma praça central da cidade, a Praça da República, onde candidatos discursaram. Aécio pediu votos para o candidato do PDT, Pedro Taques.

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PMDB-TO), disse, nesta quinta-feira, 29, não ter pretensão alguma de assumir um ministério caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita. "Não, nem pensar. Não existe conversa, não existe esse diálogo. Nem essa pretensão", disse rapidamente ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, após participar do 13º Seminário - Perspectivas para o Agribusiness 2014 e 2015, promovido pela BM&FBovespa. A senadora articulou com o Palácio do Planalto encontro de lideranças do agronegócio com a presidente Dilma Rousseff, que aconteceu na última sexta-feira (23)

Durante sua palestra, a senadora afirmou que o governo "não tem feito nada" pelo setor sucroalcooleiro. "Precisamos encontrar soluções rápidas e consistentes para o setor, que foi fortemente estimulado no passado", disse. De acordo com ela, a CNA defende a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 25% para 27,5%, mas destacou que a medida sofre resistência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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Para Kátia Abreu, a cabotagem é "defasada" e a CNA está trabalhando para aprimorar o sistema no Brasil. A senadora também avaliou que a PEC 215, que trata da demarcação de terras indígenas, é "polêmica", mas que deverá ser aprovada. "Estamos fazendo marcação cerrada."

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde indicou que Recife ficou abaixo da média nacional, de 11,3%, em relação ao número de fumantes. O número, na capital Pernambucana, caiu de 12%, em 2012, para 10,7%, no ano passado. A Secretaria de Saúde do Recife oferece tratamento para fumantes nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) por um tempo médio de seis meses.

Dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco apontam que o tabagismo é o principal fator de risco para cerca de 50 doenças, entre elas mais de 10 tipos de cânceres, doenças cardiovasculares e enfisema, além das patologias buco-dentais. De acordo com os dados, mais de 300 pessoas procuram os grupos de Tratamento de Tabagismo, oferecido pela Secretaria de Saúde do Recife. Em cada um dos seis Distritos Sanitários da cidade, há uma unidade especializada no tratamento do álcool e outras drogas. 

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“Nossa equipe é formada por médicos clínicos e psiquiátricos, que avaliam cada um deles, solicitam exames e até prescrevem medicamentos. Quando tem algum usuário que tem um problema mais grave, por exemplo, como um enfisema pulmonar, é encaminhado para um profissional especialista da rede”, explicou Izabel Cristina, assistente social e técnica de Saúde Mental.

Forçada a abrir vagas em sua equipe para abrigar cada vez mais aliados, além de ter de manter os espaços dos que já a acompanhavam, a presidente Dilma Rousseff baterá um recorde neste ano eleitoral. Quando concluir a reforma ministerial que pretende fazer nas próximas semanas, a Esplanada contará, pela primeira vez na história, com titulares de 10 partidos diferentes.

Dilma já tinha empatado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no número de partidos aliados que integra o seu primeiro escalão: nove. Com a saída do PSB, em setembro, passou a contar com oito legendas na base. Na reforma, pretende contemplar o recém-criado PROS e o PTB, o que fará o número de aliados com espaço na Esplanada chegar aos dois dígitos.

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Trata-se de mais um recorde de Dilma nesta seara. Ela já havia antes alcançado o maior número de ministérios em um governo, pois criou as pastas da Aviação Civil e da Micro e Pequena Empresa. Esta última dada ao PSD. Recebeu, assim, 37 pastas de Lula e hoje está com 39.

Presidencialismo

O modelo de presidencialismo praticado no Brasil, batizado de "presidencialismo de coalizão", explica o fenômeno. Por meio dele, o partido do governante eleito não obtém automaticamente maioria dos votos no Legislativo. Precisa, então, abrir espaços no seu governo para estruturar uma coalizão governista. Assim, a fragmentação partidária das três últimas décadas forçou os governantes a criar novos ministérios para abrigar as legendas que foram surgindo. Até 1980, legalmente o Brasil podia ter apenas dois partidos - Arena, governista, e MDB, de oposição. A Constituição de 1988 escancarou as portas para as novas legendas e hoje elas são 32, das quais 10 não têm nenhuma representação no Congresso.

Mesmo com 10 partidos no governo, Dilma Rousseff não vai aumentar o tamanho de sua base de apoio na Câmara, que continuará com 357 dos 513 deputados. Quando a presidente assumiu o governo, em 2011, recebeu do padrinho Lula uma base semelhante à que tem agora. O que mudou foi o número de partidos que lhe dá apoio.

O PROS, que é controlado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, dissidentes do PSB, tem 18 deputados. Mas exigiu um ministério. Deverá ficar com a Integração Nacional, que tem orçamento de R$ 8,45 bilhões, dos quais R$ 6,56 bilhões para investimentos.

"O Brasil não precisa de tantos partidos nem de tantos ministérios", disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). Ele é autor de uma proposta de emenda à Constituição que limita em 20 o número de ministérios. Para Cunha, é preciso dar um jeito de estancar a criação de novos partidos. "Se juntar o PRB, o PC do B, o PDT, que já têm ministérios, e o PROS e o PTB, que vão entrar na Esplanada, mal conseguiremos um PMDB", disse ele. De fato, os cinco partidos citados reúnem 78 deputados, enquanto o PMDB tem 76.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), também é contrário à grande quantidade de partidos que existe no Brasil. Ele lembra que as legendas se pulverizam como tais, mas quando chegam ao Congresso elas formam blocos que possibilitam a luta por mais espaço.

"No Senado, tenho de negociar com a oposição e três blocos da base do governo. Se tivesse de correr atrás de partido por partido, não haveria tempo para mais nada. O PSD, por exemplo, tem só o senador Sérgio Petecão (AC)."

Abrigo

O fenômeno da criação de novos ministérios para abrigar aliados pode ser verificado desde o início da redemocratização, que começou com o governo de José Sarney (1985/1990). A exceção foi o de Fernando Collor (1990/1992), que reduziu de 25 para 17 o número de ministérios. Sem base de apoio no Congresso, Collor teve os direitos políticos cassados por oito anos após renunciar ao mandato em 1992. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou seu governo concluiu que ele havia cometido crime de responsabilidade.

Sarney governou o Brasil com 25 ministérios. Eles foram entregues a apenas dois aliados, o PMDB e o PFL. Mas estes dois formavam uma imensa base parlamentar tanto na Câmara quanto no Senado e Sarney pôde dar estatais para outros aliados, como o PTB. Itamar Franco (1992/1994) assumiu o governo depois do desastre da administração Collor e acabou tendo o apoio de todas as legendas, até mesmo do PT. Ele fez um governo de coalizão nacional, sem oposição. Distribuiu 25 ministérios para sete aliados.

Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) reduziu para 24 o número de ministérios em seu primeiro governo e os distribuiu a cinco aliados que lhe deram uma folgada base de sustentação no Congresso. A oposição ficou por conta do PT e do PDT. No segundo mandato, sacudido em 1997 pelo escândalo político da compra de votos para a emenda da reeleição, além de questionamentos quanto à privatização das empresas telefônicas, Fernando Henrique se precaveu e aumentou o número de ministérios para 30. Manteve cinco partidos de sua base na Esplanada.

Quando assumiu, Lula (2003/2010) criou novas secretarias, como a da Igualdade Racial, das Mulheres e a da Pesca e, junto com outras que já existiam - Direitos Humanos, Secretaria-Geral da Presidência e da Comunicação -, deu a elas o status de ministério.

Entregou as novas pastas aos petistas, assim como a maioria dos ministérios. O PL (depois substituído pelo PR), partido do vice José Alencar, recebeu o Ministério dos Transportes, o PC do B o do Esporte e o PSB o da Ciência e Tecnologia.

Abalado politicamente pelo mensalão, Lula entregou ministérios de peso ao PMDB, como o da Integração Nacional e o da Saúde. Para o PP reservou o Ministério das Cidades. Quando encerrou seu mandato, em 2006, Lula tinha nove partidos na Esplanada. No segundo mandato, criou mais duas secretarias com status de ministério, chegando a 37 pastas. Manteve nove partidos nelas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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