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Ao menos 27 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nos combates registrados desde segunda-feira em Trípoli entre dois grupos armados influentes, informou o Centro de Medicina de Emergência.

Em um balanço "provisório" publicado no Facebook, a agência responsável pelos serviços de emergência no oeste da Líbia registra 27 mortos e 106 feridos nos confrontos no sudeste de Trípoli.

Os combates começaram na segunda-feira (14) após a detenção do coronel Mahmoud Hamza, comandante da Brigada 444, por membros da Força Rada.

Na terça-feira à noite, o "conselho social", formado por notáveis de Soug al Joumaa, setor ao sudeste de Trípoli e reduto da Força Rada, anunciou que Hamza seria transferido para uma zona neutra.

A medida acalmou a situação na madrugada de terça-feira para quarta-feira.

Desde o início de 2023, 100 agentes de segurança pública foram baleados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Desse total, 44 morreram e 56 ficaram feridos. Segundo mapeamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado, o caso mais recente ocorreu no dia 9 deste mês. Um policial militar de folga foi baleado durante tentativa de assalto na Avenida Brasil, na zona norte.  Em média, é como se um agente fosse baleado a cada dois dias na cidade. Em 2022, o número foi alcançado no dia 7 de setembro.

Segundo o instituto, os policiais militares - responsáveis pelo policiamento ostensivo e repressivo - foram os mais atingidos, representando 77% dos agentes baleados no período: 33 deles morreram e 44 ficaram feridos.

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“Quando o Estado prioriza o confronto ao invés da inteligência, infelizmente o que vemos como resultado é o elevado número de seus servidores vítimas da violência. É fundamental que políticas de preservação da vida dos agentes de segurança sejam colocadas em prática”, explicou o coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, Carlos Nhanga.

Mais mortes

Os números também revelam que um policial civil foi morto e seis ficaram feridos. Quatro militares do Exército morreram e um foi ferido. Os dados informam ainda que dois policiais penais morreram e três foram feridos. Dois militares do Corpo de Bombeiros morreram e um guarda municipal morreu e outro ficou ferido. Um militar da Aeronáutica também foi morto e um policial rodoviário federal acabou baleado.

A maioria dos agentes baleados estava de folga (24 mortos e 21 feridos) ou já tinham sido aposentados ou exonerados do cargo (10 mortos e dois feridos). Outros três mortos e dois feridos não tiveram o status de serviço revelado.

Carlos Nhanga disse, também, que “o estado não produz estatísticas sobre o número de agentes vítimas da violência quando estão fora do horário de trabalho e esses dados são fundamentais para entender o contexto da violência que atinge esses agentes de segurança quando estão fora das corporações”, finalizou o coordenador do Fogo Cruzado.

Desde a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, cinco pessoas de interesse da investigação - testemunhas ou suspeitos - foram assassinadas. Além da violência, um outro fato chama a atenção: nenhum dos crimes foi solucionado pela polícia.

O caso mais recente é o do ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana. Ele foi morto a tiros na segunda-feira (7) no bairro do Guadalupe, zona norte do Rio, junto com seu irmão, Jorge Barbosa Tavares, e o garçom Marlon Correia dos Santos, que passava pela rua. A Polícia Militar informou que os disparos partiram de um veículo não identificado parado em frente à padaria onde estava Zico.

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Nas redes sociais, Zico se apresentava como policial militar e paraquedista. Em relatório da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entretanto, ele foi citado como chefe de grupos de milicianos. Em 2018, depôs na investigação da morte de Marielle.

'Apoio'

Com o depoimento do réu colaborador Elcio Queiroz, no mês passado, veio a público o nome de uma pessoa envolvida no caso, que também foi assassinada. Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, era sargento reformado da PM fluminense e teria dado apoio operacional ao ex-PM Ronnie Lessa para matar Marielle. Além disso, Queiroz relatou que Macalé intermediou a contratação de Lessa.

Suspeito de ter ligação com a contravenção no Rio, o policial foi morto a tiros, aos 54 anos, em 2021, na zona oeste da capital fluminense. Ele também teria sido responsável por entregar o carro usado na execução, um Cobalt prata, a Lessa e ao ex-bombeiro Maxwell Simões, o Suel, preso em operação da Polícia Federal no dia 24 de julho. Segundo as investigações, o ex-bombeiro teria ajudado a ocultar armas um dia após as prisões de Lessa e Queiroz, denunciados como autores dos crimes.

Bahia

O ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega morreu durante uma operação policial que visava à captura dele no município de Esplanada, na Bahia, em 2020. Capitão Adriano, como era conhecido, foi apontado como chefe da milícia "Escritório do Crime", do qual supostamente fazia parte Lessa, acusado de matar Marielle, e como envolvido no suposto esquema de rachadinha (desvio de salários de assessores) do hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio.

Irmã do ex-policial militar, Daniela da Nóbrega afirmou, em um áudio, que o Palácio do Planalto ofereceu cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão.

Dois dias após Adriano ser morto a tiros em confronto com PMs na Bahia, em fevereiro de 2020, Daniela da Nóbrega diz a uma mulher, a quem chama de tia, que o ex-policial já sabia da "ordem para que ele fosse um arquivo morto". Segundo ela, "já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele".

Adriano era procurado pela Justiça por causa de outros crimes. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por atuar com grilagem de terras; compra, venda e aluguel irregular de imóveis; cobrança irregular de taxas da população local; e extorsão e receptação de mercadoria roubada em Rio das Pedras. O Ministério Público do Rio e a Polícia Federal trabalharam com a hipótese de envolvimento de Adriano na morte de Marielle. O envolvimento, no entanto, ainda não ficou comprovado.

Hélio de Paulo Ferreira, miliciano que ficou conhecido como Senhor das Armas, foi morto em fevereiro deste ano, em uma área de disputa entre grupos paramilitares e traficantes na zona oeste do Rio. Ferreira foi ouvido pela Polícia Civil do Rio ainda na primeira fase da investigação da morte de Marielle. Ele foi citado como um dos comparsas do também miliciano Orlando Oliveira de Araujo, um ex-PM conhecido como Orlando de Curicica.

De acordo com Curicica, condenado a 25 anos por homicídio, Ferreira estaria presente em uma suposta reunião do "Escritório do Crime" em que teria sido tramada a morte de Marielle. As acusações contra Ferreira não foram adiante.

O quinto nome é o de Lucas do Prado Nascimento da Silva, conhecido como Todynho. Ele foi apontado pela Polícia Civil como o responsável pelas alterações feitas no documento do veículo utilizado no assassinato de Marielle e Anderson Gomes. Todynho foi morto em abril de 2018, menos de um mês depois da execução da ex-vereadora. De acordo com a Polícia Militar, ele foi alvo de uma emboscada na Avenida Brasil, via que liga zona oeste, zona norte e centro do Rio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A revolta aumentava entre os moradores de uma localidade do arquipélago americano do Havaí, neste sábado (12), depois que um incêndio florestal devastador deixou pelo menos 80 mortos, segundo as autoridades do condado de Mauí, enquanto foi aberta uma investigação sobre a gestão da crise, muito criticada.

"O número de mortos chega a 80", informou o condado de Mauí em sua última atualização periódica da situação, e acrescentou que 1.418 pessoas foram evacuadas e levadas para refúgios de emergência.

A Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) informou que cerca de 2.200 estruturas foram danificadas ou destruídas pelo fogo em Lahaina - cidade da costa oeste de Mauí, muito procurada pelos turistas -, onde os danos são estimados em 5,5 bilhões de dólares (aproximadamente 27 bilhões de reais, na cotação atual).

As críticas à resposta oficial ao desastre são cada vez mais duras. Por esta razão, a procuradora-geral do Havaí, Anne Lopez, anunciou a abertura de uma investigação sobre como a crise foi gerenciada.

Os moradores se queixam de que não houve alertas sobre o incêndio, que deixou as pessoas presas na cidade.

Lopez disse que fará "uma revisão exaustiva da tomada de decisões críticas e das políticas em vigor" na região.

Dos comércios, hotéis, prédios e restaurantes desta cidadezinha marítima de 13.000 habitantes não resta quase nada.

Alguns tiveram sorte. "No conseguia acreditar. Estou muito grato", disse Keith Todd à AFP, após encontrar sua casa intacta.

Outros se queixaram da falta de advertências. Só contaram com o "boca a boca", disse à AFP William Harry, um morador local.

"A montanha atrás de nós pegou fogo e ninguém nos disse", reclamou Vilma Reed, de 63 anos.

Reed, que teve a casa destruída, disse sua família só conseguiu fugir das chamas com o tinha no carro e agora depende de doações e da gentileza de estranhos.

"Esta é a minha casa agora", disse a mulher, ao apontar para o carro onde dormiu com sua filha, seu neto e dois gatos.

Atônitos, os moradores de Lahaina procuravam entre os restos enegrecidos das casas algum pertence que tivesse sobrevivido às chamas.

"Levou tudo, tudo! Me parte o coração", lamentou em declarações à AFP Anthony García, de 80 anos, que tinha se mudado para a cidade havia três décadas.

"Subestimamos a periculosidade e a velocidade do fogo", admitiu, neste sábado, à CNN, Jill Tokuda, legisladora democrata pelo Havaí.

O número de mortos supera os do tsunami de 1960, que matou 61 pessoas na ilha do Havaí,

- "Profunda tristeza" -

O governador Josh Green qualificou o incêndio como "provavelmente o maior desastre natural da história do estado do Havaí".

As chamas devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago e forçaram a evacuação de milhares de pessoas.

O presidente americano, Joe Biden, declarou estado de catástrofe natural, o que permitirá liberar "fundos federais à disposição dos afetados no condado do Mauí", explicou a Casa Branca.

O papa Francisco manifestou "profunda tristeza" com a tragédia.

O fogo começou na madrugada de terça-feira e seu avanço rápido pôs em risco mais de 35.000 pessoas na ilha de Mauí, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí.

Jeremy Greenberg, diretor de operações da FEMA, disse que o incêndio foi de um tipo "extraordinariamente difícil" de controlar.

"Falamos do tipo de incêndios que se move tão rápido quanto a extensão de um campo de futebol em 20 segundos ou menos", disse Greenberg à rede MSNBC.

Ele afirmou, ainda, que a FEMA e agências associadas "estavam trazendo cada recurso que o estado do Havaí vai precisar", incluindo água em áreas onde as fontes públicas estão contaminadas e cerca de 150 funcionários para a área afetada.

- Reencontro -

Em prantos e com certa euforia, alguns moradores que voltavam a Lahaina reencontraram seus vizinhos.

"Você conseguiu!", disse Chyna Cho ao abraçar sua vizinha, Amber Langdon, em meio a ruínas. "Estava tentando encontrar você".

O medo de saques também inquietava os moradores e as autoridades do condado de Mauí informaram que qualquer um que quiser entrar em Lahaina precisa provar que residia ali ou que se hospedou em algum hotel.

Foi estabelecido um toque de recolher entre as 22h e as 06h.

Neste sábado, os bombeiros continuavam lutando contra as chamas em Lahaina.

Equipes de Honolulu chegaram na sexta-feira a Mauí, juntamente com grupos de buscas e resgate, apoiados por cães K-9 para encontrar corpos, informou o condado.

Fenômenos meteorológicos extremos foram registrados nas últimas semanas em todo o mundo. Segundo os cientistas, estes eventos têm sido exacerbados pelas mudanças climáticas.

Ao menos nove pessoas morreram e duas continuam desaparecidas após um incêndio nesta quarta-feira (9) em uma casa de repouso de férias para pessoas com deficiência no nordeste da França.

"Localizamos nove corpos e ainda procuramos dois", declarou à AFP o tenente-coronel Philippe Hauwiller, que comanda a operação de resgate. Drones, cães farejadores e socorristas trabalham para localizar os corpos, acrescentou.

As autoridades temiam as mortes das 11 pessoas que estavam desaparecidas. "Não há muitas dúvidas, pois estavam no local e não conseguiram sair", declarou o secretário-geral da prefeitura de Haut-Rhin, Christophe Marot.

As vítimas do incêndio em uma antiga fazenda reformada de Wintzenheim seriam um funcionário e 10 adultos com deficiência intelectual leve de Nancy, cidade do leste da França, que estavam de férias.

"Diante desta tragédia, meus pensamentos estão com as vítimas, os feridos e suas famílias", escreveu o presidente francês, Emmanuel Macron, na rede social X, antes conhecida como Twitter.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, está a caminho do local do incêndio.

Os bombeiros foram alertados às 6H30 (1H30 de Brasília) sobre o incêndio. Das 28 pessoas presentes na casa de repouso, apenas 17 foram resgatadas, informou Marot. Ele explicou que aquelas que estavam no térreo conseguiram sair do local de maneira mais rápida.

"O incêndio foi controlado rapidamente, apesar da violência das chamas", afirmou a prefeitura da região em um comunicado. "Uma pessoa foi levada para o hospital em situação de emergência relativa e outra se encontrava em estado de choque", acrescentou a nota.

O local, alugado por uma associação francesa de ajuda a pessoas com deficiência, ficava em uma antiga fazenda reformada de 500 metros quadrados de superfície, com dois andares e sótão, segundo os bombeiros. O incêndio começou no térreo.

O incêndio foi "generalizado", afirmaram os bombeiros, que chegaram ao local 15 minutos após a ligação de alerta da proprietária da casa de repouso, que mora nas proximidades. "Por volta das 7h00, não havia mais nada", disse o vice-prefeito de Wintzenheim, Daniel Leroy.

"A parte superior do imóvel foi completamente incendiada e o telhado desabou", afirmou Leroy. Ele disse que os ocupantes estavam dormindo quando as chamas atingiram o local.

Solange Halter, 61 anos, vizinha do local, descreveu à AFP uma "enorme coluna de fumaça".

Florine, outra moradora da região, de 23 anos e que preferiu não revelar o sobrenome, disse que viu "uma grande nuvem de fumaça e grande chamas".

"Chegaram muitos caminhões de bombeiros. A rua foi bloqueada. Muitas pessoas pararam para olhar", recorda.

As autoridades mobilizaram 76 bombeiros, quatro veículos de combate às chamas e quatro ambulâncias, além de outros dispositivos para controlar o fogo e atender as vítimas. Também foram acionados 40 gendarmes.

O último grande incêndio fatal na França aconteceu em 2016, quando 14 pessoas morreram em 5 de agosto no subsolo do bar 'Cuba Libre' em Rouen (noroeste).

Ao menos 33 pessoas morreram e 18 continuam desaparecidas em consequência das tempestades que atingiram Pequim nos últimos dias, as mais intensas já registradas na capital da China, segundo um balanço atualizado divulgado pelas autoridades da cidade.

O número de mortos, vítimas em sua maioria de inundações e desabamentos de imóveis, é quase o triplo do balanço anterior. As tempestades danificaram infraestruturas e alagaram grandes áreas da cidade.

"Quero expressar minhas profundas condolências aos que morreram durante seu dever e às vítimas", afirmou o vice-prefeito de Pequim, Xia Linmao.

Vários fenômenos meteorológicos extremos foram registrados na China nas últimas semanas, com ondas de calor extremo e fortes chuvas que provocaram inundações no norte do país.

Na sexta-feira, o Ministério de Gestão de Emergências informou que 147 mortes ou desaparecimentos registrados no último mês foram provocadas por desastres naturais.

Na província de Hebei, ao lado de Pequim, 15 pessoas morreram e 22 estão desaparecidas. Na província de Jilin, (nordeste), as autoridades anunciaram no domingo o balanço de 14 mortos e um desaparecido.

Na região norte, na província de Heilongjiang, dezenas de rios atingiram níveis de alerta nos últimos dias.

Nas últimas semanas, milhões de pessoas foram afetadas em todo o planeta por fenômenos meteorológicos extremos e ondas de calor, eventos intensificados pela mudança climática, segundo os cientistas.

Os investigadores paquistaneses trabalhavam nesta segunda-feira (7) entre os destroços para tentar determinar a causa do descarrilamento de um trem no domingo, um acidente que provocou 34 mortes.

O descarrilamento do Hazara Express, no qual viajavam mais de 1.000 passageiros, aconteceu perto da estação Sahara, na altura da cidade de Nawabshah, na província de Sindh (sul do país).

O ministro das Ferrovias, Khawaja Saad Rafique, afirmou no domingo que nenhuma falha foi relatada no trecho da linha em que aconteceu o acidente, mas prometeu uma investigação.

"Pode haver duas razões (que explicam o acidente): uma falha mecânica ou um ato de sabotagem", declarou.

Alguns moradores da região afirmaram, no entanto, que a linha foi afetada pelas inundações provocadas pelas chuvas de monção, que deixaram um terço do país inundado há alguns meses.

O trem seguia de Karachi, cidade portuária e a mais populosa do Paquistão, no extremo sul do país, para Havelian, quase 1.600 km ao norte.

O porta-voz do sistema ferroviário paquistanês, Muhammad Afzal Kolachi, informou nesta segunda-feira que o balanço do acidente subiu para 34 mortos.

Diante do elevado número de feridos, os hospitais da região foram obrigados a declarar estado de emergência.

Os acidentes ferroviários são comuns no Paquistão, que herdou quase 7.500 quilômetros de trilhos e trens do período colonial sob o Império Britânico, mas que nunca priorizou a manutenção.

Um plano de modernização da rede está em curso, no âmbito do gigantesco corredor econômico China-Paquistão.

Em junho de 2021, ao menos 65 pessoas morreram e 150 ficaram feridas na colisão de dois trens - um deles acabara de descarrilar - no sul do país.

Ao menos 28 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas neste domingo (6) no descarrilamento de um trem no sul do Paquistão, informou o ministro das Ferrovias do país.

"É um acidente realmente grave", disse o ministro Khawaja Saad Rafique. "Segundo as informações que recebemos até o momento, 28 passageiros morreram e muitos estão feridos".

O descarrilamento do Hazara Express aconteceu perto da estação de Sahara, na altura da cidade de Nawabshah, na província de Sindh.

Um hospital local entrou em sistema de emergência devido ao número feridos levados para o estabelecimento. Quase 1.000 pessoas estavam a bordo do trem, de acordo com o ministro.

"Pode haver duas razões (que explicam o acidente): uma falha mecânica ou um ato de sabotagem. Vamos investigar", acrescentou.

Mohsin Sya, funcionário da ferrovia, afirmou ao canal HUM News que "oito vagões descarrilaram".

O trem seguia de Karachi, cidade mais populosa do Paquistão, no sul do país, para Abbottabad, na região norte. A viagem, que acontece diariamente, é de mais de 1500 quilômetros e dura quase 33 horas.

Ambulâncias e carros particulares transportaram os feridos até o Centro de Traumatologia de Nawabshah.

No local do acidente, dezenas de veículos, tratores e motocicletas foram estacionados em uma rua paralela à linha férrea.

Alguns vagões de passageiros saíram dos trilhos, enquanto outros tombaram e ficaram parcialmente destruídos.

O chefe de polícia da região, Younis Chandio, declarou à imprensa que alguns passageiros permaneciam presos em um vagão.

Os acidentes ferroviários são comuns no Paquistão, que herdou quase 7.500 quilômetros de trilhos e trens do período colonial sob o Império Britânico, mas que nunca priorizou a manutenção.

Em junho de 2021, ao menos 65 pessoas morreram e 150 ficaram feridas na colisão de dois trens, incluindo um que acabara de descarrilar, no sul do país.

Em outubro de 2019, 75 passageiros morreram queimados em um incêndio a bordo de um expresso Tezgam e em 2005 a colisão de dois trens em Ghotki matou mais de 100 pessoas.

Ao menos 10 pessoas morreram em inundações na província de Hebei, perto de Pequim, provocadas pelas chuvas torrenciais que afetam o norte da China, anunciaram as autoridades neste sábado (5).

O balanço de Baoding, uma das cidades mais afetadas da província, a 150 quilômetros da capital chinesa, é provisório.

Até meio-dia de sábado, mais de 600.000 pessoas foram retiradas de áreas consideradas de risco, de acordo com a prefeitura.

A China registrou nos últimos meses vários fenômenos meteorológicos extremos, de ondas de calor até chuvas torrenciais, que provocaram muitas vítimas fatais.

Os desastres naturais deixaram 147 mortos ou desaparecidos no mês passado, após as chuvas mais intensas já registradas na capital do país.

O ministério chinês da Gestão de Emergências afirmou que 142 mortes ou desaparecimentos registrados em julho foram provocados por inundações ou desastres geológicos.

Pelo menos 11 pessoas morreram e cerca de 30 estão desaparecidas após um deslizamento de terra na região montanhosa de Racha, no noroeste da Geórgia, anunciaram as autoridades do país do Cáucaso nesta sexta-feira (4).

"Os corpos de 11 pessoas foram encontrados como parte da operação de busca e resgate", disse o Ministério do Interior do país.

"É uma situação muito difícil", afirmou o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibachvili, acrescentando que as equipes de resgate ainda procuram cerca de 30 pessoas desaparecidas.

"Estão trabalhando ativamente", disse ele, que ordenou ao Exército georgiano que se junte às operações de busca.

O deslizamento de terra ocorreu na quinta-feira (3), após vários dias de chuvas torrenciais, perto de um hotel em Shovi, um pequeno centro turístico nas montanhas da região de Racha. Danificou chalés, linhas de energia, estradas e pontes.

"Sobrevivemos milagrosamente", disse a sobrevivente Mariam Berianidze à imprensa georgiana, alegando que passou "duas horas meio enterrada". "Três pessoas foram arrastadas pela enchente diante de nossos olhos e espero que sejam encontradas vivas", acrescentou.

Cerca de 400 bombeiros e membros de diferentes unidades policiais estão trabalhando nas operações de resgate, segundo o Ministério do Interior.

De acordo com o geólogo da Agência Ambiental de Geórgia, Merab Gaprindashvili, o incidente foi causado por uma combinação de fatores, sobretudo as chuvas e o derretimento "intenso" de duas geleiras.

"Os eventos geológicos e hidrometeorológicos aconteceram ao mesmo tempo", disse Gaprindashvili em entrevista a canais de televisão georgianos. "Nunca houve um evento natural semelhante no oeste da Geórgia", acrescentou.

 De janeiro a julho deste ano, 1.202 pessoas foram baleadas em 1.046 tiroteios no Grande Recife. O levantamento produzido pelo Instituto Fogo Cruzado aponta que 812 mortes e 328 feridos na região até o mês passado. 

Os índices representam o aumento de 4% nas ocorrências de tiroteio e de 8% no número de mortos. Só no último mês, 15 pessoas foram assassinadas em sete homicídios múltiplos, um aumento de 75% dos casos comparados a julho do ano passado, quando quatro casos e nove óbitos por disparo de arma de fogo foram computados. 

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Julho também fechou com 156 tiroteios na região metropolitana, com vítimas em 99% dos casos. Ao todo, 127 pessoas morreram e 62 ficaram feridas. 

Jaboatão em alerta

Em Jaboatão dos Guararapes, os tiroteios aumentaram em 107% no mês de julho, enquanto o número de mortos subiu 92%, de 13 para 25 vítimas fatais. Segundo o relatório, as ocorrências de troca de tiro passaram de 14 para 29 e o registro de feridos passou de 10 para dois casos, equivalente ao aumento de 400%. 

O município também é o que mais se repete na lista dos cinco bairros mais afetados pela violência armada no Grande Recife. Candeias, Barra de Jangada, Cajueiro Seco e Prazeres só ficam atrás de Peixinhos, em Olinda, onde aconteceram seis tiroteios, além de duas mortes e quatro feridos.

2º- Candeias: 5 tiroteios, 5 mortos e 2 feridos;

 3º- Barra de Jangada: 4 tiroteios, 4 mortos e 2 feridos;  

4º- Cajueiro Seco: 4 tiroteios, 3 mortos e 1 ferido;   

5º- Prazeres:  tiroteios, 3 mortos e 1 ferido. 

A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o último envolvido na morte do policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi preso na madrugada desta quarta-feira (2), em Santos. Ele é irmão do homem apontado pela pasta como autor do disparo que matou o policial, preso no domingo (30).

De acordo com a SSP, o suspeito se entregou para os agentes da equipe PM Vítima da Corregedoria da Polícia Militar (PM). Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele, o homem foi preso após prestar depoimento.

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Além dos irmãos, a polícia prendeu um homem na sexta-feira (28) por participação no crime. No mesmo dia, um homem que também teria participado do assassinato do policial foi morto pela PM.

Mesmo após essa prisão, a SSP informou que a Operação Escudo segue “para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado”. Na segunda-feira (31), o secretário da pasta afirmou que a operação terá duração de no mínimo 30 dias.

Integrante da Rede de Proteção Contra o Genocídio, Marisa Fefferman está no Guarujá para um ato, na tarde desta quarta-feira (2), em repúdio às mortes cometidas pelas forças do estado e disse que o clima é de terror. Segundo ela, os policiais estão entrando nas casas e todo o território está se sentindo ameaçado.

“Eles [moradores] estão falando que é um clima de terror total, de tensão total, as pessoas estão morrendo de medo. As pessoas estão com muito medo de ir para o ato porque é pressão o tempo inteiro, escolas fechando, igrejas fechando, está uma tensão imensa. Estão em pleno terror, é isso que eles estão dizendo”, disse.

Entenda

O soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi baleado em Guarujá, litoral paulista, no último dia 27. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. A secretaria informou que ele foi atingido por um disparo de calibre 9 milímetros (mm).

Após o assassinato do policial, o estado deu início à Operação Escudo, que até o momento matou 14 pessoas na Baixada Santista, conforme informou o governador Tarcísio Freitas em coletiva de imprensa realizada ontem (1°). Ele avaliou, desde a divulgação dos primeiros óbitos, que não houve excesso da força policial na operação.

A Ouvidora da Polícia do estado de São Paulo afirma ter recebido relatos de uma atuação violenta em Guarujá por parte das forças de segurança e de ameaças constantes à população das comunidades da cidade.

“Diversos órgãos de Direitos Humanos e movimentos sociais vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação. A morte violenta do soldado PM e dos civis são inaceitáveis. Nada, nem nenhuma assimetria se justifica quando se clama por justiça e segurança para todos”, disse, em nota, o ouvidor da Polícia Claudio Silva na segunda-feira (31).

Douglas Belchior, integrante da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro), afirmou, também na segunda, que relatos dos moradores da região apontaram a ocorrência de violações. “Eu tive acesso a fotografias de vítimas desta ação desta semana cujos corpos estão marcados com queimaduras de cigarro. Então há sim evidências de torturas”, contou.

Pelo menos 20 pessoas morreram e 19 estão desaparecidas devido às fortes chuvas que afetam Pequim e arredores, onde há bairros inteiros inundados e ruas bloqueadas, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (1º).

As fortes chuvas já deixaram 11 mortos em Pequim e nove na província vizinha de Hebei, anunciou o canal estatal CCTV.

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Entre as pessoas desaparecidas, 13 são de Pequim e seis de Hebei. Anteriormente foram reportados 27 desaparecidos na capital chinesa, mas 14 foram encontradas a salvo, disse a CCTV.

O tufão Doksuri, rebaixado para a categoria de tempestade, afeta o território chinês do sudeste para o norte desde sexta-feira, quando tocou o solo na província de Fujian, depois de passar pelas Filipinas.

As chuvas torrenciais chegaram no sábado a Pequim e arredores e, em apenas 40 horas, caiu o equivalente a média para todo o mês de julho.

Alguns distritos semirrurais de Pequim foram afetados mais gravemente pelas tempestades, de intensidade inédita na capital chinesa nos últimos anos.

Mais de 100.000 pessoas, dos 22 milhões de habitantes de Pequim, foram retiradas de zonas de risco, segundo o jornal estatal Global Times.

- "Muito mais grave" -

Às margens do rio Mentougou, que atravessa o distrito de mesmo nome, um dos mais afetados pelas enchentes em Pequim, segundo jornalistas da AFP, as ruas estavam cobertas por escombros e lama.

Um idoso disse à AFP que estas inundações são "muito mais graves" que as de julho de 2012, quando 79 pessoas morreram em Pequim, e dezenas de milhares abandonaram suas residências.

"É um desastre natural, não se pode fazer nada. Temos que trabalhar muito para reconstruir tudo", disse à AFP Qi, um homem de cerca de 20 anos que esperava um táxi com sua avó.

Correspondentes da AFP observaram uma dezena de veículos com destino a Mentougou, entre eles, caminhões-pipa e escavadeiras para limpar trechos de estrada bloqueados.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quarta-feira "todos os esforços possíveis" para evitar mais mortos e resgatar as pessoas "desaparecidas ou bloqueadas", informaram os meios estatais.

As autoridades locais "devem fazer um bom trabalho para atender aos feridos" e "realojar os afetados, reparar rapidamente as infraestruturas de transporte, comunicações e eletricidade danificadas", acrescentou Xi.

A CCTV divulgou imagens de ônibus submersos pela cheia no distrito rural da Fangshan, também no oeste de Pequim.

- Salvo por pouco -

Em Mentougou, quase 15.000 casas ficaram sem água corrente e as autoridades enviaram 45 caminhões-pipa para garantir o fornecimento emergencial, informou nesta terça o Beijing Daily, um jornal do Partido Comunista.

Wang Yongkun, um florista de 62 anos, empilhou sacos de areia na porta de sua loja, mas não conseguiu impedir a entrada da lama. "Começamos a limpar ontem à tarde (...) e hoje nos levantamos às sete para continuar", relatou.

O governou enviou helicópteros militares com 26 soldados à zona de Mentougou para fornecer comida, água, cobertores e capas de chuva aos passageiros de alguns trens que ficaram bloquearam, segundo a CCTV.

Pequim e a província de Hebei estavam em alerta vermelho devido ao risco de perigosas enchentes e deslizamentos de terra.

No domingo, na cidade de Handan, 400 km ao sul da capital, equipes de resgate conseguiram, com ajuda de um guindaste, resgatar um homem de seu carro cercado por água antes que o carro fosse arrastado pela corrente.

A China enfrenta um ano de condições meteorológicas extremas e temperaturas recordes, dois eventos que, segundo os cientistas, são agravados pela mudança climática.

Os serviços meteorológicos indicam que as chuvas podem enfraquecer, mas o país se prepara para a chegada de um novo furacão, o Khanun, que se aproxima da costa leste.

A polícia paquistanesa rastreou minuciosamente nesta segunda-feira (31), em busca de pistas, o lugar onde um atentado suicida contra um comício de um partido islâmico no noroeste do país deixou ao menos 44 mortos.

O ataque teve como alvo o partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), um importante aliado da coalizão governamental.

O grupo organizava uma reunião sob uma tenda com a presença de mais de 400 membros e simpatizantes na cidade de Jar, perto da fronteira com o Afeganistão.

Sapatos ensanguentados ainda estavam no chão, assim como parafusos de aço e outros itens da jaqueta usada pelo autor do ataque. Pedaços de corpos ainda podiam ser vistos a 30 metros do local onde o homem detonou o artefato.

"Vivi cenas terríveis: corpos sem vida espalhados pelo chão enquanto as pessoas gritavam por socorro", disse à AFP Fazal Aman, que estava perto da tenda quando a bomba explodiu.

Milhares de pessoas compareceram aos primeiros funerais na segunda-feira, como os de dois primos de 16 e 17 anos.

O ataque de domingo ocorreu poucas semanas antes da dissolução da Assembleia Nacional do país, tendo em vista as eleições marcadas para outubro ou novembro.

Os partidos políticos já fazem campanha para estas eleições e o ataque desperta temores de um período eleitoral violento no país, que vive uma grave crise política desde a destituição do primeiro-ministro Imran Khan em abril de 2022.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque e o Talibã paquistanês, que opera na região, negou estar por trás dele, afirmando que não tem como alvo as forças de segurança.

A facção local do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que até agora não se pronunciou, realizou alguns ataques contra reuniões políticas e líderes do Jui-F no passado.

O Paquistão viu um aumento nos ataques desde que o Talibã voltou ao poder no Afeganistão em 2021, especialmente na região de fronteira.

Ao menos duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas em um ataque russo nesta segunda-feira (31) contra um prédio residencial na cidade de Kryvyi Rig, na região central da Ucrânia, anunciou o ministro do Interior.

"Os russos atacaram a cidade com dois mísseis: um deles destruiu um edifício residencial, do quarto ao nono andar", escreveu o ministro Ihor Klymenko no Telegram.

Duas pessoas faleceram e 20 ficaram feridas, confirmou o ministro, que citou "entre cinco e sete pessoas presas sob os escombros".

O outro míssil atingiu um edifício de um centro de ensino, de acordo com Klymenko.

"Bombardear edifícios residenciais, um edifício universitário, um cruzamento. Infelizmente há mortos e feridos. Pessoas podem estar sob os escombros", escreveu no Facebook o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que denunciou mais uma vez o "terrorismo russo".

As imagens divulgadas pela presidência mostram um edifício de apartamentos destruído em vários andares. O edifício do centro de ensino atingido tinha um buraco no centro da construção.

Kryvyi Rig, a cidade natal de Zelensky, foi bombardeada em meados de junho. Ao menos 12 pessoas morreram no ataque contra um edifício residencial de quatro andares e um depósito.

Também nesta segunda-feira, um ataque de drones ucranianos atingiu uma delegacia na região russa de Briansk, fronteiriça com a Ucrânia, sem provocar vítimas, informou o governador regional, Alexandre Bogomaz.

"As forças ucranianas atacaram o distrito de Trubchevsk durante a noite", escreveu Bogomaz no Telegram.

"Um drone atingiu a delegacia de polícia do distrito. Não houve vítimas", acrescentou.

Os ataques com drones contra o território russo e a península da Crimeia anexada em 2014 aumentaram nas últimas semanas, como parte da contraofensiva de Kiev iniciada em junho.

Um homem armado abriu fogo no centro de Auckland, na Nova Zelândia, matou duas pessoas e feriu seis na manhã desta quinta-feira (20), horas antes da cerimônia de abertura da Copa do Mundo de futebol feminino no estádio Eden Park.

O atirador, de 24 anos, invadiu um canteiro de obras de um prédio com uma espingarda, o que deixou as autoridades em alerta e paralisou o centro da cidade, a maior do país.

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O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, informou que o homem morreu no local e que não existe uma ameaça a nível nacional, dando aval para a realização da cerimônia de abertura do Mundial feminino.

"A avaliação das autoridades é de que não há um risco de segurança nacional. Não há nenhuma mudança no nível de ameaça da segurança nacional da Nova Zelândia", afirmou Hipkins.

A polícia acredita que o ataque não tem relação com o torneio, nem foi motivado por questões políticas, já que o atirador tinha um histórico de violência familiar e problemas de saúde mental.

Ele estava em prisão domiciliar, mas tinha permissão para trabalhar no canteiro de obras e não tinha licença para possuir uma arma.

O comissário da polícia Andrew Coster disse que não houve "nada que sugerisse um risco mais elevado".

- Ambiente "sombrio" -

Para Auckland, o início da Copa do Mundo feminina marcaria um dia de celebração e seria uma vitrine para a cidade. Mas seus habitantes acordaram com o barulho das sirenes e dos helicópteros no céu.

Na área da obra, os trabalhadores tentaram fugir e fazer barricadas para se salvar.

O comissário Coster disse que foi "um evento impactante e traumático para aquelas pessoas que foram trabalhar e acabaram no meio de uma emergência".

Viv Beck, que estava tomando um café perto do local do tiroteio, contou à AFP que após a tragédia o ambiente é "bastante sombrio".

"Foi devastador. Deve ter sido aterrador para as pessoas envolvidas", afirmou.

Várias seleções que participam do Mundial, entre elas a dos Estados Unidos, atual campeã, estão hospedadas em Auckland.

A delegação da Noruega, derrotada no jogo de abertura pela Nova Zelândia por 1 a 0, está em um hotel a poucos metros do local do tiroteio e algumas jogadoras acordaram com o barulho dos helicópteros e outros veículos de emergência, explicou a capitã da equipe, Maren Mjelde.

"No início não sabíamos o que estava acontecendo, mas depois apareceram informações na televisão", disse a jogadora.

"Nós nos sentimos a salvo a todo momento", continuou. "Todo mundo parece tranquilo e nos preparamos normalmente para o jogo desta noite", acrescentou.

- Uma nação "de luto" -

Hipkins expressou suas condolências às famílias e aos amigos das vítimas e afirmou: "toda a nação está de luto com vocês".

Este tipo de ataque não é comum na Nova Zelândia, onde as autoridades restringiram o porte de armas depois de um massacre contra uma mesquita em Christchurch em 2019 que deixou 51 mortos e 40 feridos.

O primeiro-ministro garantiu que o Mundial, organizado em conjunto com a Austrália, vai acontecer conforme o planejado.

"O governo conversou com os organizadores da Fifa e o torneio vai continuar", afirmou.

O comissário Coster explicou que os agentes encurralaram rapidamente o atirador no poço do elevador, onde ele se escondeu.

"O agressor atirou contra a polícia, ferindo um agente. Houve troca de tiros e o agressor foi encontrado morto depois", acrescentou.

"A polícia localizou duas pessoas mortas nos andares de baixo do edifício", disse.

Além do policial, cinco civis ficaram feridos no incidente, informou Coster.

O comissário enviou uma mensagem de tranquilidade aos presentes no estádio Eden Park para o jogo de abertura do Mundial e afirmou que não há perigo.

Seis pessoas morreram na quarta-feira (12) em confrontos no Quênia entre policiais e manifestantes que protestavam contra o aumento de impostos.

O ministro do Interior, Kithure Kindiki, advertiu que as autoridades não tolerarão mais distúrbios.

"Vidas foram perdidas, vários policiais e civis ficaram gravemente feridos, prejuízos inimagináveis foram provocados à economia do país", declarou o ministro.

A polícia usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes em Nairóbi. Cinco das seis mortes aconteceram nas localidades de Mlolongo e Kitengela, nas proximidades da capital.

A força de segurança também usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que protestava em uma rodovia entre Nairóbi e o porto de Mombasa. Uma morte foi registrada em Emali, que fica ao longo desta estrada.

Dezenas de crianças da comunidade de Kangemi, em Nairóbi, foram hospitalizadas depois que o gás lacrimogêneo foi utilizado perto de uma escola, informou uma fonte médica à AFP.

O líder da oposição Raila Odinga convocou os protestos contra uma lei tributária que provocou aumentos nos preços dos combustíveis.

Cinco turistas mexicanos e um piloto nepalês morreram, nesta terça-feira (11), em um acidente de helicóptero pouco depois da decolagem, anunciaram as autoridades do Nepal.

O avião da Manang Air decolou perto de Lukla, porta de entrada para expedições para escalar o Everest, nesta terça-feira e seguia para a capital Katmandu com cinco viajantes mexicanos e um piloto nepalês a bordo.

O helicóptero perdeu contato oito minutos após a decolagem, informou a Autoridade de Aviação Civil do Nepal (CAAN) em comunicado, que também confirmou que as vítimas são cinco mexicanos (três mulheres e dois homens) e o piloto nepalês.

"Os seis corpos foram recuperados e levados para Katmandu", disse à AFP Pratap Babu Tiwari, diretor do Aeroporto Internacional de Tribhuvan.

Dois helicópteros e várias equipes terrestres foram mobilizados para uma missão de busca e resgate, mas não conseguiram pousar perto do local do acidente devido ao clima.

"As equipes no terreno levaram os corpos para os helicópteros, que conseguiram pousar nas proximidades", disse Tiwari.

Lhakpa Sherpa, morador da área que se juntou aos esforços de busca e resgate, disse que o local do acidente é "muito assustador".

"Parece que o helicóptero primeiro colidiu com uma árvore e depois caiu no chão. Deixou um pequeno buraco no chão", disse ele.

O primeiro-ministro, Pushpa Kamal Dahal, expressou seu "pesar" pelo acidente, segundo seu gabinete no Twitter, enquanto a embaixada do México na Índia indicou, na mesma rede social, que está "em comunicação contínua e trabalhando com as autoridades nepalesas em relação ao trágico acidente".

- Problemas de segurança aérea -

O Nepal tem uma indústria em expansão de helicópteros privados, que transportam turistas e cargas para cantos remotos deste país do Himalaia, onde o acesso rodoviário é limitado ou inexistente.

Mas o país é conhecido por sua fraca segurança aérea. O incidente desta terça-feira é o mais recente de uma série de acidentes aéreos no país.

Em maio, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas quando um helicóptero caiu no leste do Nepal após deixar uma carga para um projeto hidrelétrico.

Em 2015, durante as operações de resgate após um terremoto devastador, vários acidentes de helicópteros custaram mais de uma dúzia de vidas.

O Nepal tem algumas das pistas de aviação mais remotas e difíceis do mundo, flanqueadas por picos nevados que representam um desafio significativo até mesmo para pilotos experientes.

O clima também pode mudar rapidamente nas montanhas, criando condições de voo muito difíceis. O setor de aviação do Nepal também foi afetado pela falta de treinamento de pilotos e problemas de manutenção.

Em janeiro, um acidente de avião no oeste do país matou 72 pessoas. O avião, da Yeti Airlines, caiu em um desfiladeiro, quebrou em pedaços e pegou fogo ao se aproximar da cidade de Pokhara (centro).

Em 2018, um avião da US-Bangla Airlines caiu perto do Aeroporto Internacional de Katmandu, conhecido por sua dificuldade para pousos e decolagens, um acidente que deixou 51 mortos e 20 feridos em estado grave.

Em 1992, no acidente aéreo com mais vítimas na história do Nepal, 167 pessoas morreram quando um avião da Pakistan International Airlines caiu quando se aproximava do aeroporto de Katmandu.

Apenas dois meses antes, um avião da Thai Airways caiu perto do mesmo aeroporto, uma tragédia que matou 113 pessoas.

A União Europeia proibiu todas as companhias aéreas nepalesas de entrar em seu espaço aéreo por razões de segurança.

A Polícia Civil investiga um tiroteio que deixou dois mortos e dois feridos na madrugada de sábado (24) na capital paulista. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como homicídio tentado e consumado pelo 101º Distrito Policial, que solicitou ajuda do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

A SSP informou que no incidente quatro pessoas foram baleadas. Duas delas foram atendidas pelo Samu no local, e as outras duas foram levadas ao Pronto Socorro Municipal Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros.

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Por telefone, a Polícia Militar disse que o incidente ocorreu em uma boate no Av. Dona Belmira Marin, na região do Grajau. Quando os agentes chegaram no local, foram encontradas "duas vítimas fatais do sexo masculino" e "mais dois indivíduos foram socorridos inicialmente no PS Maria Antonieta, um homem e uma mulher, que depois foram transferidos para o PS Grajau". Os dois feridos teriam sido socorridos por populares, segundo a PM.

Em nota, a SSP destacou que o "registro dos fatos está em andamento". "Mais detalhes serão fornecidos ao término do B.O. (boletim de ocorrência)."

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou, no final da manhã deste domingo (18), que chegam a 13 o número de mortos devido à passagem do ciclone extratropical no estado na quinta-feira (15). Até então, o órgão havia contabilizado 11 mortes. Mais de 3.700 pessoas estão desabrigadas e quase 700 desalojadas, e dez pessoas seguem desaparecidas, todas do município de Caraá, distante a cerca de 90 km de Porto Alegre, e que tem pouco mais de 8 mil habitantes.

“Confirmado mais um óbito encontrado em Caraá. Até o momento são quatro pessoas desaparecidas no município. Sobe para 13 o número de vítimas fatais, e ainda seguem as buscas", informou a Defesa Civil.

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O ciclone extratropical ocasionou chuvas intensas e fortes ventos no sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul. As tempestades causaram inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, que afetaram 41 cidades gaúchas e 31 catarinenses.

Em Santa Catarina, não há registro de mortes e desaparecimentos. Também não há pessoas desabrigadas ou desalojadas. A água que alagava os municípios já baixou e as cidades que tiveram deslizamentos já estão recuperando esses locais.

Segundo o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cemaden), a previsão para este domingo (18) é de melhora do tempo. O ciclone se deslocou para o oceano e há resquícios de vento na costa norte do Rio Grande do Sul. A preocupação, agora, será com as baixas temperaturas, já que o inverno começa na próxima semana.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul orienta as pessoas que desejam retornar para suas residências a verificar as condições estruturais e de segurança. “Higienize o local e todo material que teve contato com a água. Comunique as autoridades se identificar riscos”, alerta o órgão.

O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).

O ciclone que atingiu o Sul do país, associado a uma frente fria, formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana passada. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.

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