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A prisão de centenas de mulheres que participaram dos atos de depredação nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, acabou por causar uma superlotação da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Antes das prisões ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro, o contingente de mulheres presas era de 680 pessoas. Até esta terça (17), porém, com a chegada de 494 detidas, o número total saltou para 1.174 mulheres.

A capacidade da unidade prisional é de 1.028 mulheres, com divisão do número de detidas que variam conforme o tamanho de cada cela. "O presídio feminino está superlotado", confirmou ao Estadão a defensora pública federal (DPU) e secretária de atuação no sistema Prisional da DPU, Carolina Castelliano.

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Na segunda-feira (16), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou uma decisão para que 85 mulheres que estavam detidas em regime semiaberto possam progredir para o regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica, com o objetivo de liberar mais vagas no presídio.

Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que as 85 beneficiadas "já dispõem do direito de deixar o estabelecimento durante o dia e retornar para pernoitar". A progressão da pena, dessa forma, permite o avanço do "processo de reinserção social".

O ministro do STF tomou a decisão a partir de um pedido feito pela DPU e pela Defensoria Pública do Distrito Federal, para que o magistrado apreciasse o pedido para "concessão de saída antecipada, mediante monitoramento eletrônico, das mulheres em regime semiaberto".

Até ontem, nenhuma pessoa tinha sido liberada. Nesta quarta, 18, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventivas as prisões de 140 radicais detidos em flagrante por atos golpistas. Outros 60 investigados foram liberados, mas terão de cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas a colocação de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. Também foi decretado o cancelamento de passaportes e a suspensão do porte de arma e de "certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça".

As decisões foram dadas nesta terça-feira, após o ministro dar início à análise de atas de audiências realizadas entre os dias 13 e 17 referentes a 1.459 presos. Somente ontem, 200 casos foram analisados - veja abaixo a lista de presos e liberados. A expectativa é a de que o trabalho seja concluído até a sexta-feira, 20.

Pelos dados divulgados pelo gabinete de Alexandre de Moraes, 1.399 investigados permanecem presos - incluindo os 140 sob preventiva. Ao longo dos próximos dias, o ministro poderá converter em regime preventivo a prisão de outros investigados.

Mais uma anestesista é preso por suspeita de estupro a mulheres em cirurgias. A prisão do colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, ocorreu nesta segunda-feira (16) pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). De acordo com a polícia, Andres Eduardo se gravou abusando das vítimas. Em uma das imagens, ele chega a esfregar e colocar o pênis na boca de uma vítima.

Além disso, o anestesista é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil e foi a partir disso que a polícia descobriu os abusos. Andres, que estava em situação regular no Brasil, foi preso em casa, na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro. Na ocasião, o médico estava dormindo e foi acordado para receber voz de prisão. O acusado atuava em hospitais público e privados.

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A vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), por meio de postagem nas redes sociais nesta quinta-feira (12), afirma que Pernambuco é o estado brasileiro com o maior quantitativo de mulheres no 1º escalão do governo. De acordo com ela, as mulheres representam mais de 50% nos cargos. 

"A mudança está só começando: Pernambuco ganhou o posto de estado brasileiro com mais mulheres ocupando espaços no 1º escalão! Minha gente, além do nosso Estado está fazendo história por ter no seu comando, pela primeira vez no País, uma dupla de mulheres, também temos a maior proporção de mulheres ocupando espaço no 1º escalão do governo. Ao total, 52% dos cargos são ocupados por mulheres que comandam, além da governadoria e da vice-governadoria, 13 secretarias, a exemplo das pastas de Defesa Social, Saúde e Educação", diz parte da legenda publicada pela vice-governadora.

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Priscila Krause também salienta que a expressiva participação feminina vai "muito além do discurso". "Estamos mostrando na prática que vamos fazer diferente. E com muito trabalho, persistência e dia após dias, construiremos isso junto com a população", finalizou.

Confira, a seguir, a publicação:

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O Programa Maria está com inscrições abertas para a segunda edição do curso Eu ProgrAmo Front-end. A iniciativa está oferecendo 500 bolsas de estudos especialmente para mulheres negras e pessoas trans que desejam se aperfeiçoar no ramo da programação digital.

As interessadas podem realizar sua inscrição até o dia 29 de janeiro no site disponibilizado pela equipe do curso. No ato da inscrição, a candidata poderá realizar uma atividade avaliatória que será enviada a ela por email.

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De acordo com o edital, uma parte das bolsas está destinada a pessoas que receberem convites de parcerias do processo seletivo das bolsas, que serão divulgadas em cada edição do curso. Estas passarão pelas mesmas fases do processo seletivo, sendo avaliadas à parte das candidatas inscritas sem convite das parcerias.

Em caso de a candidata ser menor de idade, a pessoa que seja seu responsável legal, ao realizar sua inscrição no Processo Seletivo, declara ter plena ciência das datas e da turma do curso em que está se inscrevendo.

Cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem dos atos antidemocráticos em Brasília foram liberadas pela Polícia Federal nesta terça-feira (10). Idosos com mais de 65 anos, mulheres com filhos pequenos e pessoas com comorbidades graves estão entre os liberados.

Todas as 600 pessoas estavam no acampamento montado em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na capital federal, quando foram levados em mais de 50 ônibus municipais pela Polícia Militar do Distrito Federal à Academia Nacional da Polícia Federal.

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Antes de serem liberadas, as pessoas foram interrogadas pela Polícia Federal e tiveram os celulares periciados. Os outros que não se encaixam no critério de idade e doença estão sendo levados ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, para os presídios da Papuda (homens) e para a Colmeia (mulheres).

Um ônibus lotado de manifestantes idosos que vestiam camisas da seleção brasileira e empunhavam bandeiras verde e amarela, com a bagagem do acampamento, saiu da academia da Polícia Federal por volta das 11h30. Eles informaram que estavam sendo encaminhados para a rodoviária de Brasília.

Advogados dos presos confirmaram a informação de que os idosos e pessoas com comorbidade estão sendo liberados.

O Programa Ela Pode está com vagas abertas para capacitações em todas as regiões de Pernambuco. Em parceria com o Google, o programa oferece capacitação em cursos gratuitos através de oficinas de empreendedorismo e empregabilidade, tecnologia, aceleração e uma seleção para doação de capital semente de R$2 mil para o incentivo de negócios das participantes.

As inscrições estão abertas até o dia 31 de janeiro para instituições públicas e privadas, prefeituras, ONGs, coletivos, cooperativas, associações, escolas, universidades, empresa, instituições religiosas e sindicatos, responsáveis por indicar mulheres para participar das capacitações.

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As aulas serão ministradas para mulheres indicadas por cada entidade inscrita e que tenham a partir dos 16 anos, com direito a certificado e a concorrer à capital semente.

As mulheres indicadas pelas instituições participarão de aulas nas áreas de empreendedorismo e empregabilidade, comunicação, liderança, negociação, finanças pessoais e do negócio, planejamento e gestão do tempo, networking e vendas, marca pessoal e ferramentas digitais.

Para isso, é necessário que o responsável pela organização faça inscrição e agendamento através do e-mail: m.dolagoirme@gmail.com ou pelo telefone: (81) 9 8192.3083, que também funciona como WhatsApp, e falar com a Embaixadora e Multiplicadora do programa Ela Pode, Maria José do Lago.

Até 2024, a meta nacional do Ela Pode é capacitar 200 mil mulheres, sendo 70% do público com foco no norte e nordeste, ou seja, o projeto tem meta de impactar 140 mil mulheres dessas duas regiões.  De acordo com o Instituto Rede Mulher Empreendedora 38.629 mulheres foram impactadas em todo estado de Pernambuco entre os anos de 2019 e 2022.

 

Ter sido infectado duas ou mais vezes pelo coronavírus e não ter tomado a quarta dose da vacina contra a doença aumentam o risco de covid longa, aponta estudo feito pelo Instituto Todos pela Saúde e pelo Hospital Israelita Albert Einstein divulgado nesta sexta, 6. O trabalho aponta ainda que as mulheres são mais afetadas pelos sintomas persistentes, embora a causa desse fenômeno ainda não esteja clara.

Os resultados foram publicados em artigo em formato pré-print na plataforma medRxiv e ainda passará pela revisão de outros pesquisadores. A pesquisa foi realizada com base na análise de dados de mais de 7 mil profissionais de saúde do Einstein infectados pelo SARS-CoV-2 entre 2020 e 2022. Desse total, 1.933 (27,4%) manifestaram a covid longa ante 5.118 (72,6%) que não desenvolveram a condição.

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Segundo Vanderson Sampaio, pesquisador do ITpS e um dos autores do artigo, a definição de covid longa usada no estudo foi a do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos: "São pessoas com infecção prévia pelo coronavírus que continuam com sintomas persistentes da doença por mais de quatro semanas. Entre os sintomas estão febre, congestão nasal, cansaço, fadiga, dor de cabeça, tosse, dificuldades para respirar, entre outros", explica.

Mais da metade (51,4%) dos participantes do estudo que manifestaram covid longa tiveram três ou mais sintomas persistentes. Outros 33,3% tiveram apenas um sintoma e 14,9% manifestaram dois. Os sintomas mais comuns foram dor de cabeça (53,4%), dores musculares ou nas articulações (46,6%) e congestão nasal (45,1%).

Sintomas

De acordo com o ITpS, o estudo mostrou que a reinfecção aumentou em 27% a chance de sintomas persistentes Entre os participantes da pesquisa que tiveram apenas uma infecção confirmada por covid-19, o índice de covid longa ficou em 25,8%. Já entre aqueles que tiveram duas ou mais infecções, a taxa foi de 38,9%.

"Esse foi o resultado mais impactante porque mostra que as pessoas não podem ter aquele pensamento de que, se pegaram o vírus uma vez, já tem imunidade e estão livres para abandonarem as medidas de proteção. Uma nova infecção pelo vírus aumenta as reações inflamatórias do corpo, eleva o risco de um caso grave e, por consequência, da covid longa", afirma Sampaio.

Alexandre Marra, pesquisador do Einstein e primeiro autor do estudo, reforça que a reinfecção aumenta o risco de covid longa e que ela pode acontecer inclusive em pessoas que não tiveram a forma grave da doença. "Até um assintomático pode ter covid longa. Então, as pessoas têm que continuar se protegendo e se vacinando e não acharem que, se você pegar a doença uma segunda vez, vai ser mais leve", afirma.

Vacina

A pesquisa brasileira aponta ainda que somente o esquema vacinal com quatro doses se mostrou capaz de proteger contra os sintomas persistentes - a quarta dose reduziu em 95% as chances de covid longa em relação ao grupo não vacinado.

De acordo com os dados do estudo, entre os participantes que não receberam nenhuma dose da vacina antes da infecção, o índice de ocorrência de covid longa foi de 36,7%. Entre os que tomaram as duas doses regulares, a taxa caiu para 29%. No grupo que já tinha tomado três doses, foi de 15,5% e, naquele com o esquema vacinal completo de quatro doses, somente 1,5% desenvolveu os sintomas persistentes.

Segundo Sampaio, os números mostram que a proteção contra casos graves e covid longa aumenta a cada dose tomada, mas ressalta que a quarta aplicação é fundamental para garantir a proteção contra o agravamento da doença e contra os quadros prolongados. Ele afirma que os estudos ainda não são conclusivos sobre o tamanho da proteção dada pela terceira dose contra a covid longa e, por isso, a recomendação principal agora é buscar o esquema completo.

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, menos de 20% da população brasileira já tomou a quarta dose.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) procuram as duas mulheres acusadas de matar o guia turístico Daniel Mascarenhas Xavier da Silva, de 31 anos. O crime ocorreu no Centro do Rio, na madrugada da última quarta-feira (4).

Os agentes conseguiram imagens de câmeras de segurança da região que mostram o momento do latrocínio. Duas mulheres se aproximam da vítima em uma motocicleta e levam sua bolsa e pertences que ele tinha no bolso. O guia turístico tenta reagir e acaba sendo atingido por golpes de faca por uma delas.

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Apesar de ferida, a vítima consegue recuperar seus bens e sai andando do local. Ele acabou morrendo pouco depois.

ATENÇÃO, AS IMAGENS SÃO FORTES

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O simulacro de arma de fogo e uma faca utilizados na ação foram apreendidos e enviados para perícia.

Informações obtidas pelos agentes da DHC, durante diligências e depoimentos, dão conta de que as mulheres insinuaram para pessoas que se aproximaram que a vítima seria um criminoso e havia agredido as duas.

O presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adiantou nesta quinta-feira, 29, que nomeará duas mulheres para as presidências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Ele não disse, porém, quando os nomes serão confirmados.

"O BB tem 200 anos e nunca se pensou em ter uma mulher na presidência. Vamos provar que uma mulher pode ser melhor que todos os homens que presidiram o banco. E vamos aprovar lei para mulheres terem salários iguais aos dos homens", afirmou Lula.

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Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), executivas ligadas à Caixa têm sido cogitadas para presidir a instituição.

Entre as citadas estão Tatiana Thomé, vice-presidente de Governo do banco, e Rita Serrano, representante dos funcionários no conselho de administração da Caixa.

O futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já deve começar com um marco, o maior número de mulheres no comando dos ministérios. Ao finalizar a composição do primeiro escalão, Lula anunciou 11 ministras para a sua gestão que iniciará no próximo domingo (1º). 

“Eu estou feliz porque, nunca antes na história do Brasil, teve tantas mulheres ministras. Nunca antes. E estou feliz porque nunca antes na história do Brasil, tivemos uma indígena ministra dos Povos Indígenas", afirmou o petista, nesta quinta-feira (29), ao listar quem estaria em cada pasta.

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Lula ainda adiantou que vai indicar uma mulher para comandar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Ele não divulgou os nomes.

Veja quem serão as ministras:

Simone Tebet - ministra do Planejamento e Orçamento;

Marina Silva - ministra do Meio Ambiente;

Margareth Menezes - ministra da Cultura;

Anielle Franco - ministra da Igualdade Racial;

Ana Moser - ministra do Esporte;

Daniela do Waguinho - ministra do Turismo;

Cida Gonçalves - ministra das Mulheres;

Esther Dweck -  ministra da Gestão;

Sônia Guajajara - ministra dos Povos Indígenas;

Nísia Trindade - ministra da Saúde;

Luciana Santos - Ciência e Tecnologia.

Segundo dados do G1, desde a redemocratização até agora o país teve 38 ministras. O maior número simultâneo aconteceu na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando 10 mulheres comandavam a gestão das áreas temáticas. O governo de Jair Bolsonaro teve quatro ministras. 

Apesar de dormirem, em média, cerca de 12 minutos a mais do que os homens, a qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens. A informação é do Instituto do Sono, que cita estudos norte-americanos.

Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Na análise da ginecologista e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, a pior qualidade de sono das mulheres está relacionada a alterações hormonais e sobrecarga de tarefas, como atividades profissionais e cuidados com a família.

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A pesquisadora explica que sono fragmentado, insônia, sono insuficiente, má percepção de sono e apneia obstrutiva do sono estão entre os problemas mais comuns para as mulheres. Parte desses distúrbios é causada por mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, nos ciclos menstruais, na gestação e na menopausa.

Além disso, aspectos sociais contribuem para a piora do sono feminino, já que as mulheres realizam praticamente o dobro de trabalhos domésticos do que os homens e passam duas vezes mais tempo cuidando dos filhos.

“Essa sobrecarga de tarefas, somada muitas vezes às atividades profissionais, resultam em privação de sono. É preciso ver se ela é casada, tem filhos, conta com suporte familiar e trabalha fora. A rotina com múltiplas tarefas e as variações hormonais inerentes ao gênero feminino levam a mulher a precisar de mais tempo de sono. Além disso há o risco aumentado para insônia, que chega a ser 40% superior em comparação ao gênero masculino”, diz Helena.

Fases da vida e hormônios

Segundo Helena, as mulheres na idade reprodutiva tem na primeira metade do ciclo menstrual predomínio de estrogênio e, na segunda, predomínio de progesterona.

“Com isso há as alterações na qualidade do sono que são piores no período pré-menstrual, principalmente se essa mulher tiver Tensão Pré-Menstrual. Há mulheres que têm insônia e outras que têm excesso de sono”.

Outra questão está relacionada a um distúrbio hormonal, o ovário policístico. Esta é uma patologia na qual a mulher tem diversos cistos no ovário que ocasionam a irregularidade menstrual e muitas vezes aumento de hormônio masculino.

“As mulheres que tem ovário policístico têm alterações metabólicas e do ponto de vista de sono apresentam mais ronco e apneia, piorando a qualidade do sono que fica fragmentado”.

A gestação e o pós-parto também contribuem para a baixa qualidade de sono da mulher, variando de acordo com o trimestre pelo qual está passando. No primeiro trimestre é mais comum que haja mais sonolência diurna, no segundo já há maior tranquilidade.

“No terceiro trimestre o sono é fragmentado por conta do aumento do volume abdominal e do tamanho do bebê. Nesse período as interrupções são mais frequentes, podendo haver mais insônia e apneia”.

Helena ressaltou que na menopausa, que marca o final do período reprodutivo, pelo menos 60% das mulheres relata insônia. Neste período há a ausência dos hormônios, o que leva à baixa do estrogênio, causando o aumento das ondas de calor e consequentemente à interrupção do sono.

“Mais de 60% das mulheres na menopausa apresentam insônia e a cada centímetro da cintura que aumenta com a menopausa, aumenta em 5% o risco da mulher ter apneia na pós-menopausa”, explicou a médica.

O governo Talibã do Afeganistão ordenou neste sábado (24) a todas as ONGs nacionais e internacionais que deixem de empregar mulheres porque não estariam respeitando o código de vestimenta, mesmo argumento utilizado há quatro dias para excluir as mulheres das universidades do país.

“Houve denúncias graves sobre o descumprimento do uso do hijab islâmico e outras regras e regulamentos relacionados ao trabalho feminino em organizações nacionais e internacionais”, afirma uma notificação enviada a todas as ONGs.

Um porta-voz do ministério da Economia confirmou o envio da ordem às ONGs.

"Em caso de descumprimento da diretriz (...) a licença da organização que foi emitida por este ministério será cancelada", especifica a notificação.

Duas ONGs internacionais contactadas pela AFP confirmaram ter recebido o comunicado do ministério.

"A partir de domingo, suspendemos todas as nossas atividades", declarou, sob anonimato, o funcionário de uma organização internacional que organiza ações humanitárias em áreas remotas do país. "Em breve teremos uma reunião dos diretores de todas as ONGs para decidir como lidar com a questão", acrescentou.

Dezenas de ONGs nacionais e internacionais trabalham em vários setores em áreas remotas do Afeganistão, com várias mulheres como funcionárias.

O anúncio ocorre apenas quatro dias depois que o governo talibã decidiu proibir por tempo indeterminado as mulheres afegãs de frequentar universidades públicas e particulares no país.

O ministro do Ensino Superior, Neda Mohammad Nadeem, explicou em uma entrevista televisiva que tomou esta decisão porque as "estudantes que iam para a universidade (...) não respeitaram as instruções do hijab".

"O hijab é obrigatório no Islã", insistiu, referindo-se ao fato de que as mulheres no Afeganistão devem cobrir o rosto e o corpo inteiro. Segundo o ministro, as meninas que estudaram em uma província longe de casa "também não viajavam com um 'mahram', um acompanhante masculino adulto".

No sábado, quase 400 estudantes de Kandahar, berço do movimento islamita fundamentalista, boicotaram uma prova em solidariedade às alunas e organizaram uma manifestação, dispersada pelas forças talibãs, que atiraram para o alto, contou à AFP um professor da Universidade Mirwais Neeka.

O novo ataque aos direitos das mulheres prejudica muitas meninas afegãs, que já haviam sido excluídas do Ensino Médio, e provocou muitas críticas da comunidade internacional.

Apesar das promessas de maior flexibilidade, os talibãs retomaram sua interpretação rigorosa do Islã, que marcou sua primeira passagem pelo poder, entre 1996 e 2001.

Desde sua volta ao poder em agosto de 2021, multiplicaram-se as medidas contra as liberdades, principalmente das mulheres, que foram progressivamente excluídas da vida pública e dos centros educacionais.

A dez dias de tomar posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciará, nesta quinta-feira (22), as primeiras mulheres que farão parte da Esplanada. A nova leva de ministros inclui o "núcleo duro" do governo - que ficará com o PT e terá o deputado Alexandre Padilha em Relações Institucionais -, mas deixará de fora cargos sobre os quais ainda há impasse, como Minas e Energia e Cidades, negociados tanto com o MDB quanto com o Centrão.

Dos 37 ministérios da Esplanada, aproximadamente 24% terão mulheres no comando. Uma delas é a socióloga Nísia Trindade Lima, a presidente da Fiocruz, que será ministra da Saúde. Nos últimos anos, a pasta era considerada uma espécie de "feudo" do PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), mas, agora, Lula recusou o pedido do Centrão e bancou o nome de Nísia.

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A economista Esther Dweck, por sua vez, será titular de Gestão. Dweck já atuou no Ministério do Planejamento como secretária de Orçamento do governo Dilma Rousseff. O Ministério de Gestão é fruto do desmembramento de Economia, que será dividido em quatro. Além de Fazenda e Gestão haverá Indústria e Comércio e Planejamento.

Lula convidou o economista André Lara Resende para assumir o Planejamento, mas ele ainda hesita. O petista pediu, então, para o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice eleito, Geraldo Alckmin, conversarem com Lara Resende, na tentativa de convencê-lo a aceitar. Outro nome sondado para o Planejamento, na semana passada, foi o do senador eleito Renan Filho (MDB-AL), ex-governador de Alagoas.

A indicação, no entanto, é da bancada do MDB no Senado, que reivindica uma pasta com orçamento mais robusto e visibilidade, como Cidades, a ser recriada, ou Minas e Energia. Os dois ministérios também entraram na fatura cobrada pelo Centrão como contrapartida por ajudar Lula a aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no Congresso, que permite ao futuro governo ampliar os gastos.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar na corrida presidencial e apoiou Lula no segundo turno, virou outro problema para a montagem do ministério. Simone gostaria de comandar o Ministério do Desenvolvimento Social, que abrigará o Bolsa Família. O programa, no entanto, é considerado a vitrine do novo governo e o PT não quer entregar esse ministério, com muita visibilidade e recursos, para uma possível adversária nas eleições presidenciais de 2026.

O Estadão apurou que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou convencer Simone a aceitar a pasta de Agricultura ou de Meio Ambiente. Ela não aceitou e disse preferir ficar fora do governo a ganhar um "prêmio de consolação". Caso não haja acordo, o Ministério do Desenvolvimento Social deve ficar com o senador eleito e ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT-PI).

O Meio Ambiente (MMA) ficará com Marina Silva, que já foi ministra da pasta no primeiro mandato de Lula. Deputada eleita pela Rede, Marina quer agora que a Autoridade Climática, a ser criada, fique sob a estrutura desse ministério.

Atualmente, o MMA já abriga uma Secretaria de Clima e Relações Internacionais. O relatório que o grupo ambiental do gabinete de transição concluiu, porém, aponta uma composição diferente, na qual a Autoridade Climática funciona como autarquia vinculada ao ministério.

COZINHA

Lula escolheu, mais uma vez, Alexandre Padilha para Relações Institucionais. O ministério é o responsável por fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Na articulação política, Padilha terá o auxílio de dois conhecidos parlamentares petistas: o deputado José Guimarães (PT-CE) será líder do governo na Câmara e, Jaques Wagner (PT-BA) ocupará a mesma função no Senado.

A Casa Civil, entregue ao governador da Bahia, Rui Costa, terá um perfil mais técnico e de gestão, nos moldes do que era quando Dilma Rousseff comandou a pasta, de 2005 a 2010, no governo Lula. O deputado Márcio Macêdo (SE), que foi tesoureiro da campanha presidencial e é um dos vice-presidentes do PT, ficará com a Secretaria-Geral da Presidência.

Com essa configuração, a chamada "cozinha" do Planalto terá o domínio do PT. Considerado hábil articulador, Padilha já comandou a então Secretaria de Relações Institucionais no segundo governo Lula. Foi também ministro da Saúde na gestão de Dilma, presidente que sofreu impeachment em 2016. Na campanha deste ano, Padilha fez várias reuniões com empresários, a pedido de Lula, tanto que seu nome também chegou a ser cotado para a Fazenda.

A ativista Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, será ministra da Igualdade Racial. A pasta das Mulheres deve ficar com a professora Maria Helena Guarezi, que foi diretora de Itaipu quando a futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, trabalhou na empresa. A cantora Margareth Menezes será confirmada na Cultura e a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), deve ir para Ciência e Tecnologia.

Futuros ministros foram chamados ontem para conversas individuais com Lula no hotel onde ele tem despachado, em Brasília. Na listava estava o ex-governador Márcio França, que queria Cidades, mas perdeu a disputa para o Centrão e é cotado para assumir Portos.

Guardas armados impediram a entrada de centenas de jovens mulheres nas universidades afegãs nesta quarta-feira (21), um dia depois do anúncio do governo Talibã que proibiu o acesso das mulheres ao Ensino Superior.

Apesar da promessa de um regime mais tolerante quando tomaram o poder em agosto de 2021, os fundamentalistas islâmicos multiplicaram as restrições contra as mulheres, afastando-as da vida pública.

Jornalistas da AFP observaram estudantes reunidas em frente às universidades da capital, Cabul, cujos portões estavam trancados e protegidos por seguranças armados.

"Estamos condenadas. Perdemos tudo", disse uma delas, que pediu para não ser identificada.

"Não temos palavras para expressar nossos sentimentos", explicou outra, Madina. "Eles tiraram nossa esperança. Enterraram nossos sonhos", completou a estudante.

Seus colegas do sexo masculino também expressaram choque. "Isso realmente mostra seu analfabetismo e baixo conhecimento do Islã e dos direitos humanos", disse um deles, sob condição de anonimato.

"Se a situação continuar assim, o futuro será pior. Todos estão com medo", acrescentou.

A maioria das universidades públicas e privadas permanece fechada por algumas semanas no inverno, embora seus campi geralmente continuem abertos a estudantes e funcionários.

A decisão de banir as mulheres das universidades foi anunciada na noite de terça-feira pelo ministro do Ensino Superior, Neda Mohammad Nadeem.

A maioria das adolescentes do país já havia sido banida do Ensino Médio, limitando significativamente suas opções de acesso às universidades.

O veto, porém, ainda não havia sido aplicado ao Ensino Superior e milhares de mulheres fizeram as provas do vestibular há menos de três meses.

No entanto, os centros de ensino precisaram adaptar-se, aplicando a segregação por sexo e permitindo apenas que mulheres ou homens idosos dessem aulas às alunas.

Divergências 

O líder supremo do Talibã, Hibatullah Akhundzada, e seu círculo próximo defendem uma interpretação ultrarrigorosa do Islã contra a educação moderna, especialmente para mulheres.

A posição diverge da adotada por alguns líderes em Cabul, e até mesmo entre suas bases, que esperavam que o novo regime tolerasse a educação feminina.

"Essa decisão vai ampliar as divergências", comentou à AFP um comandante talibã.

Em março, o Talibã impediu que as adolescentes voltassem às escolas de Ensino Médio na mesma manhã em que deveriam reabrir após mais de meio ano de fechamento.

Várias autoridades talibãs argumentaram que era uma suspensão temporária e ofereceram uma série de desculpas, da falta de recursos à necessidade de reformular o programa educacional.

Desde então, muitas adolescentes se casaram cedo, muitas vezes com homens mais velhos escolhidos pelos pais.

Muitas famílias questionadas pela AFP em novembro argumentaram que, com a difícil situação econômica e a proibição à educação, garantir o futuro das filhas por meio do casamento era melhor do que deixá-las ociosas em casa.

Pressão internacional

O Talibã também expulsou as mulheres de muitos empregos públicos, proibiu-as de viajar sem um parente do sexo masculino e as obrigou a usar burca ou hijab fora de casa.

Em novembro, as autoridades proibiram o acesso delas a parques, feiras, academias e banheiros públicos.

A comunidade internacional, por sua vez, considera o direito à educação das mulheres uma condição fundamental nas negociações para a prestação de ajuda humanitária ao país e reconhecimento das novas autoridades.

"O Talibã não pode esperar ser um membro legítimo da comunidade internacional se não respeitar totalmente os direitos de todos no Afeganistão. Esta decisão terá consequências", comentou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que o Talibã "decidiu destruir o futuro de seu próprio país" e informou que o G7 abordará a questão.

Durante os 20 anos que se passaram entre os dois regimes talibãs, as meninas frequentaram as escolas e as mulheres procuraram empregos em todos os setores, apesar de o país continuar socialmente conservador.

Nas últimas semanas, as autoridades também reintroduziram os açoitamentos e execuções públicas em uma aplicação extrema da lei islâmica, a sharia.

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Um estudo realizado pela B3, empresa de infraestrutura de mercado financeiro, apontou que, de cada 100 companhias com ações negociadas em bolsa no Brasil, 61 não têm mulheres em cargos de diretoria estatutária, e 37 não têm participação feminina entre os conselheiros de administração, embora seja possível observar um aumento da presença de mulheres no conselho no último ano. Além disso, 27 não contam com nenhuma mulher na diretoria estatutária nem no conselho de administração (CA).

O mapeamento foi feito no final do primeiro semestre, após o ciclo de assembleias gerais ordinárias, e mostra que, em um universo analisado de 423 companhias listadas, 61% não têm mulheres entre seus diretores estatutários (mesmo percentual verificado em 2021), 37% não têm mulheres no conselho de administração (em 2021, esse percentual era de 45%), 26% têm apenas uma mulher na diretoria estatutária (eram 25% em 2021), 38% têm uma mulher entre os conselheiros de administração (em 2021, esse percentual era de 32%),  6% têm três ou mais mulheres entre os diretores estatutários (mesmo percentual de 2021), 8% têm três ou mais mulheres como conselheiras de administração (em 2021, eram 6%). 

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Segundo a B3, os números indicam uma evolução na participação feminina nos conselhos de administração. No ano passado, 45% das companhias não tinham nenhuma mulher conselheira, percentual que agora é de 37%. Mas, apesar de evoluído, o quadro geral ainda está distante do ideal. 

Considerando apenas as companhias listadas no Novo Mercado, que tem exigências de padrões de governança mais elevados, a proporção de empresas com pelo menos uma mulher no conselho de administração aumentou 16 pontos percentuais – de 58% em 2021 para 74% neste ano. Olhando os dados em maior detalhe, 46% das 202 companhias do Novo Mercado têm uma mulher no conselho de administração, 18%, duas e 10%, três ou mais cadeiras ocupadas por mulheres. 

Em relação às diretorias estatutárias, o estudo aponta que a realidade é distinta: a maioria (55%) das companhias desse segmento segue sem nenhuma participação feminina nos postos de C-level, e apenas 3% contam com três ou mais mulheres nesses cargos. 

Também é preciso destacar que, apesar da elevação de 16 pontos percentuais no número de conselheiras nas companhias listadas no Novo Mercado, os índices de presença de mulheres no CA pouco avançaram em outros segmentos. Entre as 172 companhias do segmento Básico, o percentual de empresas com ao menos uma mulher no conselho segue o mesmo do ano passado: 47%. No Nível 2, esse indicador subiu dois pontos percentuais - de 69% para 71%. 

Nas diretorias estatutárias, olhando os demais segmentos, não houve variação nos níveis Básico e N1, entre os levantamentos de 2021 e 2022. Os índices de companhias com ao menos uma mulher ocupando esses cargos continuam sendo de 31%, no Básico, e de 48% no Nível 1. No Nível 2, esse indicador subiu quatro pontos percentuais, de 39% para 43%.

O Irã criticou, nesta quinta-feira (15), os Estados Unidos após sua expulsão de uma comissão da ONU sobre os direitos das mulheres por sua gestão dos protestos provocados pela morte em setembro da jovem Mahsa Amini.

O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) votou na quarta-feira, por iniciativa dos Estados Unidos, a expulsão "imediata" do Irã da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) pelo restante de seu mandato (2022-2026).

"Esta ação unilateral dos Estados Unidos contra a República Islâmica do Irã é uma tentativa de impor demandas políticas unilaterais e ignorar o processo eleitoral nas instituições internacionais", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã, Naser Kanani, em comunicado nesta quinta-feira.

O porta-voz condenou veementemente os esforços do governo dos EUA para conseguir a saída do Irã da comissão, criada exclusivamente para promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, na qual Teerã foi eleito em abril.

Considera que esta decisão carece de “justificativa jurídica”, denunciando “uma heresia política que desacredita esta organização internacional e também abre um precedente para futuros abusos de instituições internacionais”.

A maioria simples foi necessária para adotar a decisão, que foi aprovada após 29 membros do ECOSOC votarem a favor, oito países votarem contra (entre eles Rússia e China) e 16 abstenções.

O texto afirma que as autoridades iranianas “minam continuamente e reprimem cada vez mais os direitos humanos de mulheres e meninas, incluindo o direito à liberdade de expressão e opinião, muitas vezes usando força excessiva”.

Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás aprovaram nesta terça-feira, 13, um projeto de lei que propõe a "Bolsa Arma" para mulheres vítimas de violência. A ideia, proposta pelo parlamentar Major Araújo (PL) em 2020, é pagar R$ 2 mil para que essas mulheres possam adquirir uma arma de fogo.

A proposta já passou por duas votações favoráveis na Casa e, agora, segue para sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O Estadão conversou com membros do Palácio das Esmeraldas, que acreditam no veto da proposta. Segundo um membro do governo, o projeto deve ser vetado por conter "um caminhão de vícios".

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De acordo com o projeto, o auxílio para compra de arma seria pago em uma única parcela e o dinheiro pode ser requerido por aquelas mulheres que sofreram violência doméstica ou violência "em razão de ser mulher", com indiciamento do agressor.

Além disso, há outros requisitos que as vítimas precisam atender para solicitar a "Bolsa Arma", caso o projeto de lei seja sancionado:

- Idade igual ou superior a 21 anos

- Ser moradora de Goiás há pelo menos três anos, com documentação que comprove

- Ter preparo para manuseio de armas de fogo, além da habilitação em tiro

- Não ter passagens pela polícia por práticas de crimes

- Não ter registro de outra arma de fogo em seu nome

- Comprovar saúde psiquiátrica e psicológica

Na última segunda-feira, dia 12, J. K. Rowling compartilhou um projeto de apoio a mulheres de vítima de violência sexual. A autora de Harry Potter, financia o grupo Beira's Place, uma organização criada por mulheres.

A instituição irá promover apoio em todo a cidade de Edimburgo, na Escócia. O projeto é para mulheres a partir de 16 anos de idade que passaram por violência e abuso sexual.

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A escritora se tornou uma grande ativista pelo direito das mulheres. Mas nos últimos anos J. K. tem sido um nome muito citado por suas opiniões rígidas sobre mulheres transexuais. A artista já compartilhou tweets polêmicos e sempre recebe muitas críticas dos fãs.

 

Após um primeiro anúncio composto apenas por homens, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prepara a divulgação dos nomes de cinco mulheres para comandar pastas relevantes, também, do ponto de vista orçamentário. A previsão é de que a lista inclua os ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social que, juntos, têm R$ 509 bilhões de orçamento previsto para 2023 e estão entre os órgãos responsáveis pelo maior volume de recursos - atrás apenas do Trabalho e Previdência, que gere as aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Há a expectativa de que o segundo anúncio ocorra entre hoje - após a diplomação de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - e amanhã. Na tarde de ontem, o petista reuniu aliados em Brasília para tratar da formação do governo com indicados na semana passada, como Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

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De acordo com interlocutores de Lula, o próximo anúncio está reservado às mulheres. As definições ainda ocorrem em meio a uma pressão dos petistas por mais espaço na equipe ministerial, especialmente em pastas com maior orçamento e programas estratégicos, mas, por enquanto, os nomes ventilados contemplam mais os partidos aliados do que o PT.

Aliados esperam para esta semana a confirmação da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que passou de adversária a aliada na campanha, para o comando da pasta de Desenvolvimento Social. O ministério é o responsável pela formulação de políticas destinadas à população mais carente e pela gestão do Bolsa Família, atual Auxílio Brasil.

Durante a campanha, Simone foi firme na defesa de programas robustos de transferência de renda e chegou a negociar com Lula a adesão do petista a uma de suas promessas de campanha: a criação de uma espécie de bolsa destinada a estudantes do Ensino Médio. A senadora também reivindica uma ação federal que reduza as filas na saúde.

Nessa área, a presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, é a mais cotada. Nome fundamental para a vacinação contra covid-19 no Brasil, a socióloga e pesquisadora pode ser a primeira ministra da Saúde da história do País - ela já participa do processo de transição.

Escolha dada como certa nos bastidores - Nísia já não tem concorrentes para a vaga, segundo interlocutores do futuro governo -, ela deve assumir com a missão de comandar uma campanha nacional de imunização contra várias doenças em janeiro, segundo já afirmou Alckmin.

REPRESENTATIVIDADE

Na Cultura, o convite foi feito à cantora Margareth Menezes que, se aceitar, será a primeira mulher negra a compor o terceiro governo Lula. O mesmo ineditismo vale para o provável anúncio do nome da indígena Sônia Guajajara, deputada federal eleita (PSOL-SP). Ela deve comandar políticas voltadas aos Povos Originários, área que pode virar uma secretaria vinculada diretamente à Presidência da República ou mesmo um novo ministério - uma promessa de Lula na campanha.

Na Educação, a disputa deve ser vencida pela governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), apesar da pressão contrária do PT. Considerada uma das responsáveis pela evolução da educação pública em seu Estado, a professora que deixou o PDT neste ano para apoiar Lula tem como concorrente ao cargo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na Câmara.

Aliados de Lula no Ceará argumentam que Izolda "perdeu muito" ao apoiar o petista, como uma amizade de anos com Ciro Gomes, presidenciável derrotado do PDT, e cobram sua nomeação.

Os petistas ainda concorrem pelo comando do Ministério de Desenvolvimento Social, que estaria reservado a Simone Tebet. O nome indicado pelo PT é o da ex-ministra Tereza Campello, que trabalhou com Dilma Rousseff.

O jurista Silvio Almeida é um dos cotados para assumir o Ministério dos Direitos Humanos. A estrutura atual deve ser dividida em duas, com as áreas de Mulheres, Juventude e Igualdade Racial podendo ficar em uma pasta separada.

O procurador Jorge Messias, conhecido como "Bessias" após ter sido citado pela ex-presidente Dilma em um telefonema para Lula no auge da Lava Jato, em 2016, deve comandar a Advocacia-Geral da União (AGU).

Em duas décadas, o Brasil conseguiu dobrar a proporção de mulheres à frente de governos municipais. No entanto, elas chegaram a 2021 comandando apenas 12,1% das prefeituras no País. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

No ano passado, havia 674 gestores municipais do sexo feminino, contra 4.894 do sexo masculino. Ou seja, os homens estavam à frente de 87,9% das prefeituras entre os 5.568 municípios pesquisados (os dois municípios restantes não responderam à pesquisa).

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"Verificou-se que, durante os 20 anos que separam a primeira pesquisa desta última edição, as prefeitas passaram de 332 para 674 (6,0% para 12,1%), porém, apesar de esse número ter dobrado, ainda é muito pequena a representatividade feminina no comando do executivo municipal", ressaltou o IBGE.

Em 2001, as mulheres comandavam 6,0% das prefeituras, contra 94,0% lideradas por homens. A região Nordeste manteve no ano passado o maior porcentual de prefeitas, enquanto o Sul e Sudeste registraram as menores fatias.

Os Estados com maiores proporções de municípios comandados por prefeitas em 2021 foram: Roraima (26,7%), Rio Grande do Norte (22,8%), Maranhão (22,1%), Alagoas (21,6%) e Pará (20,1%). As menores proporções foram observadas no Espírito Santo (2,6%), Amapá (6,3%), Minas Gerais, Rio Grande do Sul (7,4%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).

Apenas dois dos 49 municípios com mais de 500 mil habitantes tinham prefeitas no ano passado: Contagem e Juiz de Fora, ambos em Minas Gerais. Apesar do número ínfimo, houve melhora em relação à edição anterior da pesquisa sobre o tema, realizada em 2017, quando a presença feminina nesse cargo era inexistente em municípios com esse porte populacional. De 2017 para 2021, as mulheres conquistaram mais 12 prefeituras no País como um todo.

Desigualdade racial

O IBGE mostrou também desigualdade racial na representatividade dos cidadãos em âmbito municipal. A maioria dos gestores municipais informou ser de cor ou raça branca, 68,8%, enquanto os pretos ou pardos não ocupavam nem um terço das prefeituras, apenas 30,6%. Os que se declararam de raça indígena ou amarela totalizavam 0,6% dos prefeitos.

Na região Sul, 94,6% das prefeituras eram comandadas por brancos, no Sudeste, 80,3%. Os pretos e pardos eram maioria no comando de prefeituras nas regiões Norte (60,1%) e Nordeste (50,5%).

Em 2021, a idade média dos responsáveis pela gestão municipal foi de 50 anos, a maior já registrada desde 2001. Os gestores do sexo feminino tinham média de idade de 48,9 anos, e os do sexo masculino, 50,2 anos.

Quanto à escolaridade, 3.224 gestores municipais tinham curso superior completo, dos quais 15,6% possuíam especialização, mestrado ou doutorado. O resultado representa 195 gestores a mais com curso superior completo em relação a 2017, e 167 prefeitos a mais com pós-graduação.

Entre as prefeitas, 79,4% tinham pelo menos o ensino superior completo. Entre os prefeitos em atividade, apenas 54,9% tinham esse nível de escolaridade.

Em 2021, a Munic identificou que 2.315 gestores municipais foram reeleitos, sendo 2.083 deles (90,0%) do sexo masculino e 232 (10,0%) do sexo feminino.

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