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Um dia a dia agitado, pressa para cumprir compromissos e horários, falta de tempo para se alimentar em casa. Esses são alguns dos fatores que influenciam o fortalecimento do segmento de fast-food no Brasil. O Recife, por exemplo, é uma capital que presencia há algum tempo a consolidação desse setor, que permeia desde empresas mais tradicionais e de poderio mundial, como a Mc Donalds, até empreendimentos mais simples. Porém, a rede americana Subway, nos últimos tempos tem se destacado no cenário comercial nacional e na capital pernambucana já é realidade.
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Em Pernambuco, atualmente existem 24 franquias da Subway, espalhadas por algumas cidades do Grande Recife e interioranas. Mas, a previsão da rede é que em três anos, a quantidade de franqueados chegue a 50. De acordo com o agente de desenvolvimento regional da rede, Frederico Pereira, a expansão da empresa no Nordeste não é a toa. “O Nordeste é a região que mais se desenvolve no Brasil. Para se ter uma idéia, é onde a Subway vende mais”, comenta Pereira, destacando que em relação às outras regiões brasileiras, o Nordeste vende 30% a mais.
Para confirmar como os franqueados nordestinos têm se superado em relação ao trabalho dos empresários do resto do Brasil, o número de unidades da rede é bem extenso, o que valoriza ainda mais o percentual de venda do Nordeste. Nos últimos dez anos, a rede de fast-food americana abriu mil lojas em todo o Brasil e já é considerada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) como a maior franquia do País, levando em consideração o número de estabelecimentos. Só no ano passado, mais de 250 lojas foram abertas, representando um impacto de 20% no faturamento da rede.
Sobre a proposta da Subway, Frederico Pereira explica que a rede busca oferecer uma comida fast-food de qualidade e saudável, em que os clientes fazem seus sanduíches da forma como querem. As unidades, todas padronizadas e com uma média de 12 funcionários cada, são pequenas e instaladas em vários locais, entretanto, existe um limite de distância entre uma e outra. “Somos referência em fast-food e queremos expandir mais ainda. A nossa mensagem é que podemos ser mais saudáveis através da alimentação”, frisa o agente.
Abrindo uma franquia
Trezentos mil reais. Esse é o valor mínimo para um empreendedor abrir uma franquia da Subway. Todavia, a companhia americana não libera a abertura de uma nova unidade só por causa do investimento. “Não basta apenas ter dinheiro. Eles analisam tudo. Existe um estudo por parte da Subway, em que os empresários interessados fazem a proposta de abertura de uma franquia e a rede analisa os aspectos que podem interferir na instalação da nova unidade. Eles observam se existe ponto comercial perto da loja, se há movimento de público, entre outros fatores”, explica a empresária e franqueada da Subway em Pernambuco, Mariana Amorim.
Segundo a empreendedora, há mais de dois anos, ela e o irmão, João Amorim, resolveram investir no ramo da alimentação, fechando assim uma sociedade. “João pesquisou e estudou muito essa área e percebeu que o segmento de fast-food vinha crescendo no Estado”, conta Mariana. Após a abertura da primeira franquia, na cidade de Caruaru, no Agreste Pernambucano, os irmãos foram percebendo que o negócio em fast-food era promissor, e, atualmente, eles já possuem sete unidades da Subway. Uma delas fica localizada no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. De acordo com Mariana, é a franquia da sociedade que mais vende e conta com um quadro de funcionários de mais de 15 pessoas.
Jhenifer Rayza Lemos é a trabalhadora mais antiga da franquia do bairro da Madalena, em Recife, e já foi promovida para atuar em outra unidade. “Vou fazer um ano de trabalho e estou muito feliz. Por enquanto ainda estou na função antiga de atendente, mas, fui promovida para o cargo de coordenação de atendimento. É maravilhoso trabalhar aqui e atender bem os clientes”, diz.
Para que um empresário abra uma unidade, além de todo o estudo que a Subway realiza sobre o ponto comercial e arredores, e o investimento mínimo de R$ 300 mil, os candidatos a franqueados passam por uma série de treinamentos na cidade de Curitiba, no Sul do Brasil. Lá, eles desenvolvem todas as atividades que os funcionários desempenham, que vão desde a preparação da comida na cozinha, até serviços de limpeza. “Quem quer ser um fraqueado tem que colocar a mão na massa para entender como todo o processo funciona. Passamos por um treinamento de 15 dias e fazemos tudo que acontece dentro de uma loja”, explica Mariana, destacando que os empresários também passam por treinamento de atividades de escritório.
Após essa preparação, os candidatos são submetidos a provas práticas e teóricas, e, precisam ser aprovados para abrirem as novas unidades. “Ser é um franqueado não é algo tão simples. Você precisa estar perto da sua loja e qualificando o serviço dos seus funcionários. Se não entender bem, a loja não funciona e a marca da Subway está em jogo. É preciso ter espírito empreendedor”, enfatiza Mariana.
Expansão da Subway
A meta da rede americana é chegar a 2 mil lojas em todo o Brasil até o ano de 2015, e, nos próximos dez anos, a 8 mil unidades na América Latina e Caribe. Ainda neste ano, a companhia almeja expandir seus serviços para países como Bangladesh, Sri Lanka, Indonésia e Ucrânia. “A expansão da Subway no Brasil é um case de sucesso. O brasileiro como um povo preocupado com a saúde e boa forma se identifica com a marca e, atualmente, o Brasil é o segundo mercado que mais cresce na rede. Só perdemos para os Estados Unidos. Os números do crescimento no País são impressionantes. Em 2002, eram apenas duas lojas. Três anos depois, já eram 25. Em 2010, chegava a 543 pontos. Hoje, temos 1.000 unidades em todos os estados, e estamos presentes em mais de 300 cidades. E o plano é manter essa expansão crescente”, explica a gerente nacional da Subway, Roberta Damasceno.