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Visitantes com os braços levantados em sinal comemoração, aplausos e filas ao pé dos mostradores: o Metropolitan Museum reabriu as portas ao público neste sábado (29) em um clima festivo, um indício para muitos de que a maior metrópole dos Estados Unidos volta à vida depois de quase seis meses andando em um ritmo desconhecido por causa da pandemia.

"Sou um grande fã dos museus e estou absolutamente emocionada por estar aqui. É um momento realmente importante para a cidade, tudo está começando a voltar à vida", disse à AFP a nova-iorquina Michelle Scully, de 39 anos, uma das primeiras a voltar ao imponente edifício da Quinta Avenida, a um lado do Central Park.

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Nova York é "a melhor cidade do mundo e estamos aqui, não vamos embora: será ainda melhor do que antes", acrescentou. Assim como centenas de pessoas, esta mulher de origem canadense fez fila desde as 10h locais (11h de Brasília) e cumpriu, sorridente, com as novas regras sanitárias - uso de máscaras, checagem da temperatura e reserva - para poder ver o Templo de Dendur e os tesouros, do antigo Egito à arte contemporânea.

"Primeiro passo"

A alegria era perceptível entre os presentes no Met, um dos museus mais visitados do mundo. Chris Martinetti, de 34 anos, e sua esposa, que vieram do bairro do Queens, voltaram a "seu lugar favorito", o museu onde tiveram o primeiro encontro há mais de cinco anos.

Tracy-Ann Samuel veio da cidade vizinha Connecticut com as filhas de quatro e nove anos, ansiosa por estar mais uma vez "rodeada de belas obras de arte", que considera uma "terapia para a alma".

A reabertura "significa que há uma aparência de normalidade", disse. E acrescentou: "o Met faz parte da história de Nova York durante 150 anos (...) É um primeiro passo importante".

Durante semanas, o Met viu seus grandes similares europeus, como o Louvre, reabrirem suas portas. Mas as autoridades de Nova York, que registrou um número recorde de mais de 23.600 mortes, especialmente na primavera no hemisfério norte, agiram de forma muito cautelosa para conter a pandemia.

A reabertura dos museus foi permitida a partir desta semana. O MoMA reabriu na quinta, limitado a 25% de sua capacidade.

Durante este tempo, os funcionários do Met aproveitaram para aprender com seus colegas e estão tranquilos ante a possibilidade de uma "segunda onda" de covid-19. "Ouvimos o que está acontecendo em outros lugares e sabemos que (reabrir) de forma segura não é tão difícil", disse à AFP Daniel Weiss, presidente do museu.

"Mais inclusivo"

Também houve tempo para adaptações ao movimento histórico contra as desigualdades sociais que agita os Estados Unidos desde a morte do afro-americano George Floyd, no fim de maio. O museu apresenta uma nova exposição dedicada ao artista Jacob Lawrence (1917-2000), refletindo um museu "mais inclusivo" com a comunidade negra, segundo Weiss.

O déficit desta instituição, que depende mais do que os museus europeus da bilheteria e que comemoraria seu 150º aniversário com um grande evento em abril, é, no entanto, "muito substancial": uns 150 milhões de dólares em perdas em 18 meses, disse Weiss.

Após o desaparecimento dos turistas, o museu teve que reduzir suas despesas e cortar cerca de 20% de seus 2.000 funcionários. E agora terá que lidar por meses com as limitações de capacidade: neste sábado eram aguardadas de 7.000 a 10.000 pessoas contra 30.000 a 40.000 em um sábado "normal" de agosto.

Mas o Met poderá sobreviver, afirmou Weiss, por ser "uma grande instituição". "Estou muito mais preocupado com as pequenas", disse. Embora alguns vejam o futuro sombrio, vendo o êxodo de milhares de nova-iorquinos endinheirados ou a queda de distritos comerciais como indícios de que Nova York estaria "acabada", Weiss está convencido, como muitos, de que a cidade ressurgirá.

Dos atentados de 11 de setembro de 2001 ao furacão Sandy em 2012 e à crise financeira de 2008, "Nova York passou por muitas, muitas coisas", disse. "Acho que todos querem ver os turistas voltarem (...) Quando isso ocorrer, estaremos prontos", assegurou.

Em solidão quase total, visitantes apreciaram obras de Monet, Picasso e Van Gogh nesta quinta-feira (27), quando o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) se tornou o primeiro na cidade a reabrir suas portas após quase seis meses de fechamento devido à pandemia do novo coronavírus.

Com controle de temperatura na porta, uso obrigatório de máscara e capacidade reduzida para menos de 25% da capacidade máxima, o MoMA recebeu seus primeiros visitantes com o tradicional logo "I love New York" do designer Milton Glaser pintado em grandes dimensões na entrada.

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Os visitantes devem reservar os ingressos online e, como o museu permite no máximo 100 pessoas por hora, isso não é tarefa fácil. Os que conseguem, porém, podem permanecer no local pelo tempo que quiserem e desfrutar das obras como nunca antes, com as galerias desertas, sem turistas ou celulares.

"É um pouco triste que tudo isso tenha sido necessário para recriar a experiência de vir ao MoMA na minha juventude, antes dos turistas, antes da expansão. É incrível", disse à AFP Alan Orenbuch, um aposentado de 66 anos que é sócio do museu. Após admirar as obras, ele se sentou no jardim para ler o jornal, entre esculturas de Rodin, Picasso e Giacometti.

"Gosto quando as galerias não ficam lotadas, as pessoas não falam e não tiram fotos (...) Antes, o MoMA só atraía gente interessada em ver arte. Nos últimos anos, atraiu gente que eles incluía o museu em sua lista de lugares para visitar em Nova York", explicou.

Os visitantes circularam pelas galerias quase vazias, absorvidos por longos minutos na frente de obras como "As Senhoritas d' Avignon", de Picasso, ou "Noite Estrelada", de Van Gogh.

Sonya Shrier, diretora de relações com visitantes do MoMA, comemorou o fato de que possam oferecer um lugar para refletir e se reunir com segurança. "Este é uma excelente momento para visitar o museu, há menos pessoas", afirmou. Para ela, a reabertura do MoMA "é um símbolo de que Nova York está voltando a ser ela mesma".

Yureeah Kim, uma coreana de 29 anos que mora na cidade há seis anos, visitou o MoMA com sua irmã para se despedir, pois em duas semanas se mudará para seu país devido à pandemia. "Queria vir uma última vez. Aproveitamos muito, temos sorte demais de estar aqui", disse ela.

O maior dos museus de Nova York, o Metropolitan, reabrirá no sábado, com os outros têm planos de para abrir entre setembro e início de outubro.

A cidade de Nova York foi o epicentro da pandemia nos Estados Unidos em abril e maio, registrando mais de 23 mil mortes pela covid-19. Mas nas últimas semanas as autoridades conseguiram controlar o vírus e a taxa de infecção atual é inferior a 1%.

O Museu de Arte Moderna de Nova York anunciou nesta segunda-feira (17) que irá reabrir no próximo dia 27, após passar mais de cinco meses fechado devido à pandemia. Dois dias depois, será reaberto o Museu Metropolitano de Nova York, e em 3 de setembro será a vez do Whitney Museum.

No primeiro mês de reabertura, a entrada será gratuita, anunciou o MoMA. Para garantir o distanciamento social, o museu permitirá apenas 100 visitantes por hora (o que representa 25% ou menos da sua capacidade), sem limite de tempo de permanência, assim como o Met e o Whitney. Nos três museus, os visitantes terão que agendar a visita.

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Com a pandemia sob controle há alguns meses em Nova York, autoridades autorizaram a reabertura de museus e outras instituições culturais a partir do próximo dia 24. "Nós nos preparamos cuidadosamente, durante meses, para a reabertura do MoMA, a fim de garantir o retorno seguro dos funcionários e visitantes", assinalou o diretor do museu, Glenn D. Lowry. Ele disse esperar que os visitantes encontrem "consolo e inspiração" no local.

Os teatros da Broadway e a sala de espetáculos Carnegie Hall ficarão fechados até janeiro. A Ópera Metropolitana tem planos de reabrir em 31 de dezembro.

Dois grandes museus de Nova York, o Metropolitan e o Whitney, informaram nessa sexta-feira (14) que reabrirão com capacidade reduzida nas próximas semanas, após quase um semestre fechados por causa da pandemia de coronavírus.

O Metropolitan Museum of Art (Met), que costuma receber cerca de 7 milhões de visitantes por ano, será reaberto em 29 de agosto, mediante agendamento para visitas e com ocupação máxima de 25% da sua capacidade. O museu acumula um enorme prejuízo desde março e, em maio, teve que cancelar o Met Gala, maior festa anual da moda.

Com a pandemia sob controle há alguns meses na cidade, que, em abril, foi o epicentro nos EUA, autoridades de Nova York permitiram a reabertura de museus e outras instituições culturais a partir de 24 de agosto.

Dia 3 de setembro será a vez do retorno do Whitney Museum of American Art, que adotará as mesmas medidas de distanciamento social que o Met. Até o fim do mês da reabertura, os visitantes poderão pagar o valor que desejarem pelo ingresso.

O Museum of Modern Art (MoMA) ainda não informou quando irá reabrir, enquanto os teatros da Broadway e a sala de espetáculos Carnegie Hall anunciaram que permanecerão fechados até janeiro. A Metropolitan Opera tem planos de reabrir em 31 de dezembro.

O irmão mais novo de Donald Trump, Robert, foi internado em um hospital de Nova York nesta sexta-feira (14) em "estado muito grave", informou a imprensa norte-americana.

A Casa Branca confirmou a notícia da internação à emissora "ABC News", mas não o motivo da hospitalização ou o estado dele. A porta-voz Kayleigh McEnany apenas se limitou a dizer que Donald e Robert "tem uma relação muito boa" e que o presidente daria detalhes sobre o caso "mais tarde".

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Fontes informaram para as principais emissoras do país que o mandatário estaria programando uma visita ao local ainda nesta sexta, mas o governo não confirmou.

Essa é a segunda internação de Robert Trump em menos de dois meses, mas a família não se manifestou se ele está lutando contra alguma doença.

O irmão mais novo do presidente ganhou os holofotes recentemente por ter entrado com uma ação judicial para impedir que sua sobrinha, Mary, publicasse um livro sobre as relações familiares ao longo dos anos. 

Da Ansa

A irmã da cantora Mariah Carey, Alison Carey, entrou com um processo contra a mãe Patricia Hickey, por ter abusado sexualmente dela na sua infância e revelou detalhes traumáticos de quando era criança. Alison acusa a mãe de forçá-la a praticar atos sexuais com estranhos quando ela ainda tinha dez anos.

Segundo o portal Daily Mail, Alison alegou que também era forçada a assistir outras crianças sendo abusadas "durante as reuniões de adoração satânica no meio da noite, que incluíam sacrifícios".

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De acordo com documentos judiciais do tribunal em Nova York, Alison está atualmente com 57 anos e sofre com transtorno de estresse pós traumático e depressão. Afastada da irmã há anos, ela trabalhou como garota de programa e é soropositiva. Segundo fontes próximas a Alison, ela não está atrás da fortuna da irmã, mas após perder todos os dentes precisa pagar por uma cirurgia.

O processo iniciado por Alison, está sendo movido na Suprema Corte do Estado de Nova York. A ação, diz que: “O réu, que é mãe do demandante, permitiu e encorajou outros homens cujas identidades são atualmente desconhecidas a se envolver em atos sexuais, conforme definido na Lei Penal de Nova York, especificamente 130.52 (toque forçado) e 130.65 (agressão sexual em primeiro grau), enquanto o Autor tinha aproximadamente 10 anos de idade. O réu também forçou o Autor a testemunhar adultos envolvidos em atos sexuais com adultos e crianças durante as reuniões de adoração satânica no meio da noite, que incluíam sacrifícios rituais".

Ainda nos autos, constam informações sobre o estado de saúde de Alison. “Como resultado, a Autora foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão, levando-a a usar drogas ilegais na tentativa de suprimir as memórias horríveis e passar por amplo aconselhamento profissional. O demandante agora exige danos compensatórios em dinheiro por imenso dano físico e psicológico, dor mental e angústia e inflição intencional de sofrimento emocional grave", diz os documentos.

A tempestade tropical Isaías avança nesta terça-feira (4) pela costa leste dos Estados Unidos, causando fortes chuvas e deixando centenas de milhares de pessoas sem eletricidade, enquanto as autoridades de Nova York tomam precauções contra possíveis inundações.

Às 17h locais (18h de Brasília), Isaías passou pelo leste da Pensilvânia e sudeste de Nova York com ventos de 100 km/h, de acordo com o National Hurricane Center (NHC).

O fenômeno se movia rapidamente, a 65 km/h, rumo ao norte-nordeste e "o centro de Isaías era esperado no leste de Nova York e Vermont até o final da tarde e no sul do Canadá à noite", informou.

- Chuva e inundações -

Isaías causará fortes chuvas, entre 200 e 400 mm, no leste de Nova York e Vermont, com picos de 600 mm em áreas específicas, informou o boletim.

Prevê-se condições de tempestades tropicais "no leste de Nova York, Long Island e sul da Nova Inglaterra, com possíveis rajadas de vento com força de furacão" que "podem causar danos significativos" e "falta de energia".

Além disso, a tempestade pode "causar inundações em áreas normalmente secas perto da costa" e o "avanço das águas para o interior", disse o NHC.

Os serviços meteorológicos também emitiram alertas de tornado para o estado da Nova Inglaterra.

Mais de 1,3 milhão de pessoas estavam sem energia às 16h locais em Nova Jersey e mais de 500.000 pessoas no estado de Nova York, de acordo com o poweroutage.us.

"Estamos vendo árvores e galhos arrancados por toda a cidade", escreveu o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, no Twitter. Ele pediu à população para levar a situação a sério e ficar em casa.

Balsas, trens e alguns trechos aéreos do metrô de Nova York foram fechados devido às condições climáticas.

As autoridades instalaram diques de proteção na parte baixa de Manhattan pela manhã, antecipando um aumento no nível da água.

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, declarou estado de emergência e também pediu aos cidadãos que não se aventurem nas estradas.

- Estragos na Carolina do Norte -

O governador da Carolina do Norte, onde o furacão de categoria 1 atingiu o território por volta das 23h de segunda-feira com ventos de até 140 km/h, lamentou a morte de "pelo menos uma pessoa" enquanto enfatizava que "o dano não foi tão sério quanto poderia ter sido".

"Havia muitas árvores que caíram, inundações devido ao aumento do mar, especialmente no sudeste da Carolina do Norte, carros flutuando" em alguns lugares, disse o governador Roy Cooper, entrevistado na manhã desta terça-feira na ABC. "Tivemos vários tornados", disse.

Cerca de 370.000 pessoas sofreram cortes de energia na manhã de terça-feira na Carolina do Norte, de acordo com a agência estadual de gerenciamento de emergências.

As empresas de eletricidade recomendaram que as pessoas em casas inundadas desligassem a fonte de alimentação para evitar serem eletrocutadas.

Aproximadamente 300.000 pessoas também estão sem eletricidade no estado da Virgínia, de acordo com o site poweroutage.us.

- ... E o coronavírus? -

Os moradores dos estados da costa sudeste dos Estados Unidos estão acostumados, quase todo verão, à passagem de tempestades.

Este ano, no entanto, os preparativos para a chegada de Isaías foram afetados pela pandemia do novo coronavírus.

As duas Carolinas sofrem com o aumento de casos, enquanto os Estados Unidos lutam para conter a propagação da epidemia.

O governador Cooper havia recomendado que os moradores usassem máscara e mantivessem a distância física, apesar da tempestade.

Cooper explicou nesta terça-feira que mais abrigos precisavam ser planejados para permitir o distanciamento social entre os evacuados e que cerca de 150 soldados da Guarda Nacional foram enviados para tarefas de emergência.

Isaías foi rebaixado de furacão de categoria 1 para tempestade tropical depois de contornar a Flórida - um dos epicentros da pandemia de coronavírus - sem causar grandes problemas, mas se fortaleceu ao se aproximar das Carolinas.

Alguns centros de testes de coronavírus tiveram que fechar quando a tempestade se aproximava da Flórida, mas já foram reabertos.

Autoridades temiam o efeito devastador da tempestade somado à crise da saúde, mas o "Estado do Sol" se salvou.

Isaías passou como furacão no Caribe e deixou uma mulher morta em Porto Rico. Também causou pequenos danos na República Dominicana e nas Bahamas.

Sem a referência de Nova York, o Ibovespa tem desempenho contido instável nesta sexta-feira (3). Já testou queda e alta, ainda influenciado por sinais de retomada econômica global e de avanço em vacina contra o coronavírus. No entanto, a ausência de divulgação de indicadores com capacidade para movimentar os negócios e o noticiário negativo limitam os ganhos. Às 10h59, subia 0,13%, aos 96.359,69 pontos.

O mercado acionário europeu cai esta manhã, apesar de novos dados de atividade da China e da Europa reforçarem percepção de retomada econômica. Embora as bolsas norte-americanas fiquem fechadas hoje por conta do feriado em celebração ao Dia da Independência dos EUA, os índices futuros já exibem recuo, porém moderado. A liquidez bastante reduzida deve afetar o Ibovespa.

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Em meio a esses sinais de melhora da economia após reabertura, existe a preocupação de que alguns países voltem a ter de adotar medidas de isolamento social para conter avanço no número de casos de pessoas infectadas pela pandemia do novo coronavírus. O exemplo mais emblemático vem dos EUA, em especial da Flórida, onde há recordes de casos por covid-19.

"O mundo permanece animado com o desenvolvimento e expectativa de rápida aplicação de vacinas contra o coronavírus, mas também incomoda uma segunda onda pelo vírus nos EUA, mais especificamente na Flórida", descreve o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira.

Ontem, o Ibovespa fechou praticamente estável, com elevação de apenas 0,03%, aos 96.234,96 pontos. Chegou a ultrapassar a resistência dos 97.500 pontos (97.864,16 pontos) no pregão, mas não sustentou, diante de temores relacionados ao ritmo da retomada da economia doméstica e, sem dúvida, da mundial.

Embora alguns indicadores de atividade no Brasil tenham sugerido que o pior da crise tenha sido em abril, como mostrou ontem a alta de 7% da produção industrial de maio ante abril, Bandeira pondera que o mercado de trabalho ainda não superou o momento de maior deterioração. A despeito disso, o presidente Jair Bolsonaro disse que o auxílio emergencial não deve se tornar definitivo. Segundo ele, o governo gasta com essa ajuda R$ 50 bilhões por mês, e "não é dinheiro que está sobrando." O assunto deve ser tema do pronunciado que o presidente deve fazer amanhã em cadeia de rádio e televisão.

No exterior, o petróleo também cai, exibindo recuos acima de 1%, mas ainda assim as ações da Petrobras testam alta. Perto de 11 horas, os papéis subiam 0,23% (PN) e 0,13% (ON). No radar do investidor ainda está a notícia de que o Congresso recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a estatal a submeter vendas de refinarias a parlamentares.

Hoje, a empresa informou que iniciou a divulgação da oportunidade (teaser) para venda da subsidiária Petrobras Biocombustível (PBio), que inclui a totalidade das ações e três usinas de biodiesel. É mais um passo na saída da companhia do setor de biocombustíveis. Nem mesmo a alta de 1,19% do minério de ferro negociado no porto de Qingdao, na China, no fechamento de hoje, empurra as ações da Vale ON para cima (-0,77%).

Em tempo: a Polícia Federal cumpre nesta manhã mandados de busca em São Paulo contra o ex-governador do Estado José Serra (PSDB) e sua filha Verônica Serra), em uma operação da Força-tarefa Lava Jato que apura o funcionamento de esquema de lavagem de dinheiro no exterior, em favor de agentes políticos e outros operadores. A despeito de considerar a importância de Serra para a política brasileira, o tucano está há algum tempo fora dos holofotes há algum tempo, cita o economista-chefe da Necton, Andre Perfeito.

Para quem aguarda ansiosamente o VMA todo ano, aí vai uma boa notícia: a premiação está mantida, mesmo com a pandemia de coronavírus.

Segundo o jornal The New York Post, o governador do estado de Nova York, nos EUA, Andrew Cuomo, revelou nessa segunda-feira, dia 29, em uma coletiva de imprensa, que o evento acontecerá dia 30 de agosto, no Barclays Center, mesmo local onde aconteceu a cerimônia de 2013.

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Ele afirmou que não sabe, no entanto, se o prêmio da MTV será sem ou com plateia reduzida.

De qualquer maneira, Cuomo reforçou que todas as medidas de segurança serão tomadas em relação ao coronavírus.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira (25) o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, por seu projeto de pintar um mural do movimento antirracismo Black Lives Matter na Quinta Avenida, em frente à Trump Tower, propriedade do líder.

"Me disseram que o prefeito de Nova York Bill de Blasio quer pintar a mítica e bela Quinta Avenida, justo em frente à Trump / Tiffany Tower, com um enorme anúncio amarelo para o Black Lives Matter", tuitou o presidente republicano.

O gabinete do prefeito de Nova York anunciou na quarta-feira (24) que o mural ficaria em frente ao arranha-céu de Manhattan, onde Trump reside quando visita sua cidade natal.

O presidente também tuitou que os policiais de Nova York estão "furiosos" com supostos cânticos de manifestantes que lotaram as ruas da cidade nas últimas semanas, como no resto do país, para protestar contra a violência policial e o racismo.

Trump afirmou que alguns manifestantes gritaram "Pigs in a Blanket, Fry 'Em Like Bacon" (Porcos cobertos, frite-os como bacon"), que segundo ele, é uma maneira de pedir para "matar a polícia".

Esse canto não foi um dos habituais nas marchas em Nova York após a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um policial branco no final de maio em Minneapolis.

Vários murais, como o planejado em Nova York, foram pintados em outras cidades dos Estados Unidos em apoio ao Black Lives Matter, que lidera as reflexões provocadas por semanas de protestos antirracistas.

Trump também atacou em um tuíte nesta quinta-feira um líder desse movimento, a quem acusou de "traição, sedição, insurreição".

O presidente estaria se referindo a declarações de Hawk Newsome, membro da organização em Nova York, à Fox News: "Se este país não nos der o que queremos, queimaremos esse sistema e o substituiremos".

"Eu posso falar de forma figurada, posso falar de forma literal, é uma questão de interpretação", acrescentou.

"Sejamos claros", disse Newsome. "Observe a história dos anos 1960, quando cidadãos negros causaram tumultos. Tivemos o maior aumento de riqueza, de propriedades em nosso nome. Pense nas últimas semanas desde que começamos a protestar. Houve oito policiais demitidos no país".

A maratona de Nova York e a de Berlim foram canceladas nesta quarta-feira(24) devido à pandemia de coronavírus.

A corrida pela Big Apple completa 50 anos neste ano e esta será a segunda vez que não será realizada. A maior maratona do mundo estava marcada para 1º de novembro com mais de 50.000 atletas.

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Desde a sua criação em 1970, ela só foi suspensa em 2012 devido ao impacto causado pelo furacão Sandy.

"Cancelar a maratona deste ano é uma grande decepção para todos os que estão associados a ela", lamentou Michael Capiraso, CEO da New York Road Runners (NYRR), organizador da prova, citado em um comunicado. "Mas esse era, claramente, o caminho a seguir, em vista da segurança sanitária", completou.

Nova York foi o epicentro da pandemia nos Estados Unidos e ainda é a cidade com mais mortes pelo vírus, cerca de 22.000 das mais de 121.000 mortes no país.

A situação vem melhorando nas últimas semanas na cidade. As autoridades reportaram os números mais baixos desde o início do surto e a economia está sendo reativada.

Ainda assim, autoridades e organizadores concluíram que seria difícil manter distâncias seguras entre corredores de muitas partes do mundo e o risco seria muito alto.

"Aplaudo a decisão da New York Road Runners de priorizar a saúde e a segurança dos espectadores e dos corredores", disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em nota.

Na semana passada, o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, autorizou o Aberto de Tênis dos Estados Unidos a ser realizado no final de agosto em Flushing Meadows, mas sem a presença de espectadores.

Os organizadores da maratona vão oferecer aos inscritos o reembolso da taxa de inscrição, ou a possibilidade de garantir antecipadamente sua participação em 2021, 2022, ou 2023.

Procurado pela AFP, o vice-presidente de mídia da NYRR, Chris Weiller, afirmou que, antes do cancelamento, a organização esperava "mais de 53.000" corredores este ano, incluindo cerca de 25.000 do exterior.

Berlim, palco de recordes

Minutos após o anúncio em Nova York, os organizadores da maratona de Berlim também anunciaram o cancelamento da edição 2020 desse prestigioso evento, cenário dos últimos sete recordes mundiais masculinos.

A corrida, marcada para 27 de setembro, tem uma rota plana e especialmente favorável para grandes marcas.

Todos os recordes mundiais batidos desde 2003 foram na capital alemã, onde dezenas de milhares de pessoas também participam todos os anos.

O recorde atual pertence ao queniano Eliud Kipchoge, com 2 horas, um minuto e 39 segundos, alcançado em setembro de 2018.

Último vencedor em Berlim, em 2019, o etíope Kenenisa Bekele ficou a dois segundos do recorde mundial, após um final antológico.

Levando em conta a proibição de todas as multidões de mais de 5.000 pessoas em Berlim até 24 de outubro, a organização estudou opções para adiar o evento, mas a tentativa de fixar um protocolo falhou.

"Trabalhamos muito duro, mas, hoje, não é possível organizar a maratona. O prazer, o bom humor, a saúde e o sucesso são elementos que a caracterizam", declarou a organização.

"Não estamos em condições de garantir tudo isso neste momento", completa.

A pandemia de coronavírus convulsionou o calendário esportivo de 2020, causando o cancelamento de outras maratonas tradicionais.

No final de maio, a Maratona de Boston, a mais antiga realizada anualmente no mundo, foi cancelada pela primeira vez em seus 124 anos de história e a maratona de Londres foi adiada para outubro.

A maratona de Chicago ainda está programada para 11 de outubro e a de Paris para 18 de outubro, enquanto a de Tóquio foi realizada em 1º de maio com apenas um pequeno grupo de corredores de elite .

O estado de Nova York adotou um pacote de medidas nesta sexta-feira para acabar com a violência policial contra negros, após protestos que abalaram o país desde a morte de George Floyd.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, ratificou em sua entrevista coletiva diária 10 novas leis aprovadas pelo legislativo estadual, com maioria democrata nas duas casas.

Uma das medidas aprovadas proíbe a manobra de asfixia e tem o nome de Eric Garner, um negro que foi sufocado pela polícia de Nova York em 2014.

A mesma manobra, aplicada a Floyd, já foi proibida na Califórnia e em cidades como Minneapolis, Houston, Dallas, Denver e Washington DC.

Outra medida aprovada pelo estado de Nova York, fortemente criticada pelos sindicatos policiais, anula a cláusula 50a, que protegia os policiais acusados de abuso.

Esta cláusula mantinha em sigilo todos os registros profissionais de todos os policiais, incluindo suas sanções disciplinares, e impedia o público de saber se havia cometido abuso no passado. Esses dados podiam ser acessados somente por ordem judicial.

Após a morte de Floyd, a polícia de Minneapolis revelou que o policial que o sufocou até a morte depois de pressionar o pescoço da vítima com o joelho por quase nove minutos em 25 de maio, Derek Chauvin, teve 18 queixas contra ele por abuso nos últimos anos 20 anos. Os detalhes não foram divulgados.

Cuomo também anunciou um decreto que obrigará os 500 departamentos de polícia do estado a adotarem "um plano de reforma" que "reinvente e modernize" a aplicação da lei, elaborada em conjunto com as comunidades que servem. Esses planos devem abordar questões que estão no centro dos protestos contra o racismo e a brutalidade policial, como uso excessivo da força, gestão de multidões, discriminação e tratamento transparente de reclamações públicas.

Os departamentos que não adotarem um plano até 1º de abril de 2021 perderão o financiamento do estado, disse Cuomo na coletiva, que também contou com a presença de líderes democratas negros da legislatura de Nova York e do reverendo Al Sharpton, líder da luta contra racismo por mais de meio século.

Todas essas medidas "representam uma mudança substancial", disse Sharpton. "Precisamos monitorar para garantir que sejam cumpridas", acrescentou.

A cidade de Nova York, epicentro da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos, começou a reabrir sua economia nesta segunda-feira (8), após um confinamento de três meses, no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a situação pela pandemia está "piorando" no mundo.

A Covid-19, que já deixou mais de 7 milhões de infectados e mais de 404.000 mortos em todo o mundo, agrava-se na América Latina, especialmente em Brasil, México e Peru, os países mais afetados.

"Embora a situação na Europa esteja melhorando, globalmente está piorando", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em videoconferência de Genebra.

Segundo o chefe da OMS, no domingo foram reportados mais de 136.000 novos casos, "o máximo em um único dia", a maioria na América e no sul da Ásia.

Cerca de 400.000 nova-iorquinos voltaram aos seus trabalhos nesta segunda, exatamente 100 dias depois do primeiro caso de coronavírus na cidade, no primeiro dia da reabertura parcial, que permite o retorno da construção e a manufatura. As lojas podem fazer entregas nas calçadas ou dentro dos seus estabelecimentos para clientes que tiverem feito compras on-line.

"Este é um momento triunfal para os nova-iorquinos que lutaram contra essa doença", disse o prefeito Bill de Blasio à CNN.

Os Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, registrou nesta segunda 450 mortos pelo novo coronavírus em 24 horas, a contagem diária mais baixa em aproximadamente dois meses, embora tema-se que os casos possam se multiplicar devido aos protestos antirracistas das últimas semanas.

Com os novos números, o total no país alcançou 110.932 óbitos e se aproxima dos dois milhões de casos reportados, com 1.956.527 contágios.

Mas a América Latina, novo epicentro do vírus, com mais de 1,3 milhão de casos e cerca de 67.000 mortes, prepara-se para o pior.

Com mais de 37.000 mortos, o Brasil tem o terceiro maior número de óbitos pelo coronavírus no mundo, mas o presidente Jair Bolsonaro continua minimizando o impacto da doença.

Críticos acusam Bolsonaro de manipular os números do coronavírus depois que seu governo primeiro deixou de divulgar dados de novos casos e mortes e depois deu informações divergentes.

Por fim, o governo informou mudanças na divulgação de seus balanços: será priorizado o número de mortos no dia com diagnóstico de Covid-19, mas será possível continuar visualizando na plataforma oficial as mortes no dia e a data em que ocorreram.

Várias instituições, incluindo o Congresso, informaram que vão estabelecer registros alternativos. Nesta segunda, os principais veículos de comunicação nacionais (do Grupo Globo, Estadão, Folha e UOL) começaram a fazer um registro independente, com base em informações das secretarias estaduais de Saúde.

No México, segundo país com o maior número de óbitos na região, o presidente Andrés Manuel López Obrador, que voltou a fazer viagens pelo país, disse que não irá fazer testes para a doença, apesar de seu chefe de segurança social, Zoé Robledo, que o acompanha em suas coletivas diárias ter testado positivo para o vírus.

O Peru, o terceiro país mais afetado na América Latina, apesar da quarentena obrigatória imposta há 85 dias, está com seu sistema de saúde à beira do colapso pela falta de oxigênio. Em Lima, empresários da indústria têxtil protestaram e pediram a reabertura dos negócios devido às perdas milionárias.

Em Honduras, após quase três meses de confinamento, nesta segunda-feira foi iniciada uma "reabertura inteligente" para retomar as atividades com medidas de biossegurança em empresas e com o país dividido em zonas, de acordo com o nível de contágios. No entanto, estendeu-se por uma semana o toque de recolher.

Na Ásia, o medo do vírus persiste, por não se ter certeza se ele está controlado, e os casos e mortes aumentam na Índia, onde o governo autorizou a reabertura de locais de culto e centros comerciais após um confinamento de 10 semanas.

- Mais casos por causa dos protestos? -

Desde março, o novo coronavírus provocou mais de 21.000 mortes suspeitas e confirmadas em Nova York, a cidade mais populosa dos Estados Unidos.

No coração de Manhattan, K.B. Barton, 61 anos, deixava a The Container Store com três sacolas grandes nas mãos. "Fiz compras on-line e vim buscar meu pedido. Hoje, Manhattan está mais movimentada. Estou mais feliz", disse à AFP.

A fase dois prevê a reabertura de restaurantes e salões de cabeleireiro em 15 dias, se os casos não aumentarem.

Os bares e os restaurantes poderão abrir na fase três, mas teatros e museus apenas na última fase, possivelmente no final de julho, e com capacidade reduzida.

Centenas de lojas da cidade ainda estão fechadas com tapumes devido aos saques ocorridos durante os protestos contra o racismo e a brutalidade policial após a morte de George Floyd, um afro-americano assassinado por um policial branco.

Temendo um novo surto, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, pediu a todos os manifestantes que façam o teste para detectar a doença.

Os Estados Unidos estão em recessão desde fevereiro, após 128 meses de crescimento, informou o Escritório Nacional de Pesquisa Econômica.

Para o Banco Mundial, o coronavírus causa o maior colapso da economia mundial desde 1870.

Enquanto isso, na Europa, mesmo os países mais afetados estão progredindo aos poucos para o chamado "novo normal".

Na Bélgica, bares e restaurantes abriram as portas, aplicando medidas de distanciamento social entre clientes. A Irlanda abriu as lojas, além de permitir reuniões de até seis pessoas e viagens para até 20 km de casa.

A reabertura do Reino Unido, o segundo país mais afetado do mundo, com o registro de mais de 40.000 mortes, é cautelosa: quem entrar no país deve cumprir uma quarentena de duas semanas, inclusive os britânicos. Insatisfeitas, as companhias aéreas entraram na justiça.

Na Espanha, que registrou mais de 27.000 mortes, os jogos de futebol da Liga serão retomados na próxima quarta-feira, após três meses de suspensão.

O prefeito de Nova York foi vaiado nesta quinta-feira por uma multidão reunida para homenagear George Floyd, que o reprova por sua tolerância a táticas policiais pesadas contra manifestantes que desafiam o toque de recolher imposto até segunda-feira na cidade.

Centenas de manifestantes vaiaram o prefeito Bill de Blasio durante suas breves declarações na vigília no Brooklyn nesta quinta-feira, depois de uma noite em que a polícia bateu em manifestantes pacíficos, segundo vídeos transmitidos nas redes sociais.

De Blasio disse aos repórteres que não tinha visto os vídeos, mas defendeu a maneira como o toque de recolher foi implementado e disse que a polícia de Nova York mostrou "em geral muita restrição".

"No contexto da crise, no toque de recolher, há um ponto em que já basta", disse. "Se os policiais dizem que agora é a hora de ir para casa, é hora de ir para casa".

Na homenagem, alguns dos milhares de manifestantes gritaram "De Blasio, volte para casa!" e "Vote contra!". O prefeito deixou o local logo depois.

A morte de Floyd, um homem negro, em Minneapolis, na semana passada, provocou indignação em todo o país. Protestos maciços ocorrem diariamente em mais de 100 cidades, incluindo Nova York.

Floyd parou de respirar quando um policial branco pressionou seu pescoço com o joelho por quase nove minutos durante uma prisão por suposta compra de cigarros com uma nota falsa de US$ 20.

Os protestos se intensificaram no início da semana, e houve vários saques e confrontos, o que levou De Blasio a aprovar o primeiro toque de recolher desde a Segunda Guerra Mundial, que vigorará até a manhã de segunda-feira.

O prefeito enfrenta a maior crise de liderança da cidade, que está tentando se recuperar da pandemia de coronavírus que matou mais de 21.000 de seus moradores.

Ele foi criticado por apoiar táticas policiais, mas também por não impedir saques em lojas de luxo nos bairros de Manhattan no último domingo e na noite de segunda-feira.

Uma petição no site change.org lançada no ano passado pedindo a remoção do prefeito do cargo ganhou força nesta semana e agora tem cerca de 110.000 assinaturas.

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, que tem um relacionamento complicado com o prefeito, disse na terça-feira que tem poder para "desalojar" De Blasio.

Cerca de 400 membros atuais ou ex-membros do governo De Blasio assinaram uma carta aberta criticando sua recusa em condenar a "brutalidade" da polícia durante os protestos.

Um vídeo no sábado mostrou um carro da polícia acelerando contra manifestantes no Brooklyn.

De Blasio, 59, esperava se tornar o candidato democrata nas eleições presidenciais de novembro, mas sua campanha não ganhou muito apoio e ele teve que desistir da corrida.

Três trabalhadores de um depósito da Amazon em Nova York entraram com uma ação contra a empresa americana por não tomar as medidas necessárias para proteger seus funcionários do coronavírus, principalmente por exigir um ritmo de trabalho muito rápido.

Um funcionário da Amazon em Staten Island, um dos cinco distritos de Nova York, morreu no início de maio de Covid-19, mas seus familiares não estão no processo. Na época, a Amazon garantiu que esse funcionário não havia entrado em contato com outro colega de trabalho que testou positivo para o vírus, o que significa que ele teria contraído a doença fora do depósito.

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Um dos três funcionários que processou a empresa afirma que contraiu o vírus no armazém e acredita que ele infectou sua prima, que mora com ela. Os trabalhadores alegam no processo que a Amazon permitiu que aqueles em contato com pessoas infectadas voltassem ao trabalho.

Eles também alegam que a Amazon ainda não pagou a todos a remuneração prevista para os funcionários em quarentena, para compensar suas perdas de salário. Eles criticam a empresa pela forma como tem lidado com os afastamentos por motivos de saúde. De acordo com eles, muitos funcionaram doentes não param de trabalhar por medo de serem demitidos ou de não receberem salários.

Os três funcionários também questionam o ritmo do trabalho e o gerenciamento muito rigoroso dos intervalos, que "desencoraja os funcionários a deixarem seus postos para lavarem as mãos ou limparem seu local de trabalho".

O processo reivindica apenas o pagamento de uma parte da remuneração fornecida no caso de quarentena, não recebida por um dos funcionários. Essa mulher exige principalmente que a Amazon tome as medidas necessárias para impedir a propagação do vírus no armazém. Contactada pela AFP para comentar o processo, a Amazon ainda não se manifestou.

A cidade de Nova York manterá o toque de recolher até domingo devido aos diversos roubos de comércios em meio aos protestos contra o racismo e a brutalidade policial após a morte de um homem negro pelas mãos de policiais brancos, anunciou o prefeito Bill de Blasio nesta terça-feira (2).

O toque de recolher foi imposto já na segunda-feira das 23h00 às 05h00, mas não foi respeitado por algumas pessoas que roubaram comércios por toda a cidade, incluindo no coração de Manhattan e na Quinta Avenida.

A partir de hoje, o toque de recolher começará mais cedo, às 20h00, quando ainda estiver claro, e terminará às 05h00, afirmou de Blasio.

Majoritariamente pacíficas, as manifestações em todo o país acontecem por causa da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, pelas mãos de policiais brancos em Minneapolis há uma semana, durante uma prisão pela compra de cigarros com uma suposta nota falsa.

Porém, pequenos grupos de manifestantes aproveitaram para destruir vitrines de bancos e comércios, além de roubarem lojas luxuosas, principalmente de artigos esportivos e eletrodomésticos.

O governador Andrew Cuomo disse nesta terça em uma coletiva de imprensa que o prefeito subestimou a situação.

"Não usaram força policial suficiente" para proteger o comércio, disse Cuomo. "O que aconteceu nesta última noite em Nova York é indesculpável", ressaltou.

Cuomo quer enviar membros da Guarda Nacional para reforçar a vigilância da cidade, mas isso deve ser solicitado pelo prefeito, que defende que a forma policial nova-iorquina, com 38.000 agentes, é suficiente para controlar a situação.

"Os roubos devem acabar", insistiu o governador.

Muitas cidades do país decretaram toque de recolher para enfrentar a violência, entre elas Los Angeles, Houston e Washington DC.

Novas manifestações foram convocadas nesta terça em Nova York, incluindo uma na tarde próximo ao quartel da polícia no sul de Manhattan, junto à ponte do Brooklyn.

A cidade de Nova York tentou impor toque de recolher nesta segunda-feira (1°), mas não foi suficiente para evitar mais uma noite de destruição, incluindo prisões por invasão da icônica loja da Macy's, na rua 34, após protestos contra a morte de George Floyd.

Quando o prazo para se deixar as ruas se aproximou, manifestantes marcharam por Manhattan e Brooklyn, e a polícia respondeu simultaneamente a diversas denúncias de grupos invadindo lojas e levando suas mercadorias.

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Vídeos postados em redes sociais mostraram alguns manifestantes discutindo com pessoas que quebraram janelas, pedindo para que elas parassem, mas casos de vandalismo e roubos aumentaram com o passar da noite. Fonte: Associated Press.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que o toque de recolher na cidade começará nesta terça-feira a partir das 20h locais (21h de Brasília), depois que Manhattan foi cenário nas últimas horas de saques.

Lojas das marcas Nike, Michael Kors ou Lego e outras de aparelhos eletrônicos no centro de Manhattan foram atacadas por grupos de jovens na segunda-feira (1°) à noite.

A polícia estava presente nas grandes avenidas, normalmente lotadas de turistas, mas praticamente vazias há várias semanas devido à pandemia de coronavírus.

Uma semana depois da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos que foi asfixiado por um policial branco em Minneapolis após a detenção, os protestos acontecem de costa a costa nos Estados Unidos. As manifestações, pacíficas em sua maioria, resultaram em distúrbios generalizados.

Na segunda-feira, o presidente Donald Trump prometeu restaurar a ordem e ameaçou os estados com a mobilização dos militares "para resolver rapidamente o problema" se a violência não parar.

Na segunda-feira à noite, o canal de televisão local NY1 exibiu imagens de jovens que saquearam uma loja de produtos eletrônicos de Nova York e foram detidos pela polícia. Outros estabelecimentos do sul de Manhattan também foram alvos.

Nas redes sociais circulou a notícia de que a loja de departamento Macy's também foi alvo dos saqueadores, mas a polícia não confirmou a informação e se limitou a afirmar que "várias lojas" foram tomadas como alvos e que centenas de pessoas foram detidas.

O prefeito da cidade afirmou que a situação era "inaceitável" e anunciou a ampliação do toque de recolher.

"Apoiamos os protestos pacíficos na cidade, mas agora é o momento de voltar para casa. Há pessoas que estão nas ruas esta noite não para protestar, e sim para destruir propriedades e provocar danos a outros. Estas pessoas estão sendo detidas, suas ações são inaceitáveis e, portanto, não as permitiremos na cidade", afirmou De Blasio.

Vários bairros de Nova York foram cenários de saques no fim de semana, principalmente no Soho, uma área rica da cidade, o que levou o prefeito De Blasio e o governador do estado, Andrew Cuomo, a decretar o toque de recolher.

Pouco depois das 23h00 (0h00 de Brasília), quando a medida entrou em vigor na segunda-feira, mais de 100 pessoas se reuniram de maneira calma diante do Barclays Center, no Brooklyn, e se ajoelharam para homenagear as vítimas da violência dos últimos dias.

Os policiais observaram à distância a manifestação. De Blasio, democrata, criticou o tom "belicoso" e a "retórica polarizadora" de Trump, que deseja a reeleição em novembro. "Não foram suas declarações das últimas horas que provocaram tudo isto, e sim o que fez nos últimos anos", disse o prefeito.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, realizou neste domingo (17) um teste de diagnóstico do coronavírus ao vivo na televisão, e convocou todos os nova-iorquinos que apresentam sintomas ou acham que foram expostos ao vírus a imitá-lo.

"É preciso ser astuto, unido, disciplinado. É preciso amar a si mesmo, sua família, os nova-iorquinos", afirmou Cuomo em sua coletiva de imprensa diária, acompanhada por milhares de pessoas desde que o estado se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, com mais de 350.000 casos e mais de 22.000 mortes confirmadas.

"Se eu não estiver aqui amanhã, é porque testei positivo", brincou o governador, que já fez o teste várias vezes mas nunca diante do público.

Cuomo disse que o estado está realizando atualmente 40.000 testes de diagnóstico por dia em mais de 700 lugares, incluindo em toda a rede de farmácia CVS do estado de 19 milhões de habitantes.

Mas ainda "não temos nova-iorquinos suficientes que tenham feito o teste", algo fundamental para evitar um rebote quando partes do estado já reabriram atividades não essenciais desde sexta-feira passada, afirmou.

Fazer um teste "é rápido, fácil e indolor. Se eu tenho tempo, você também tem", tuitou o governador após a coletiva, junto ao vídeo de seu teste.

O confinamento no estado de Nova York termina nesta sexta-feira (15), depois de dois meses. Mas não na Big Apple, que já foi o epicentro da efervescência econômica e cultural e hoje é o foco da pandemia de coronavírus, que se resigna a um futuro incerto.

Várias empresas não essenciais reabrirão suas portas no resto do estado, mas na cidade de Nova York, de 8,6 milhões de habitantes e com mais de 20.000 mortos pelo vírus, as autoridades temem um novo aumento de casos e pedem cautela.

"Prolongar o confinamento é a decisão certa. Realmente é péssimo, mas não há escolha. Estamos tentando dar o nosso melhor", diz à AFP Shelby, uma corretora de Nova York de 40 anos que se recusou a dar seu sobrenome.

Em isolamento, "fico entediada como uma ostra", reclama Rhonda Glass, de 80 anos, que até a pandemia era voluntária de várias instituições de caridade. "Só espero que em breve possamos voltar a uma certa normalidade".

Mas o prefeito Bill de Blasio disse que é impossível tomar uma decisão antes de junho. Ele já anunciou que as piscinas não abrirão neste verão na megalópole, e talvez nem as praias.

As escolas permanecerão fechadas até o início do novo ano escolar em setembro, pelo menos. As autoridades investigam 110 casos no estado de crianças e jovens com uma síndrome hiperinflamatória grave, possivelmente ligada ao coronavírus, que já causou três mortes.

Jantar fora, ir a um bar, a um museu, a um teatro da Broadway, ou a um jogo de beisebol... Tudo o que representa Nova York e implica uma aglomeração de pessoas seguirá fechado.

"Temos que ser inteligentes", insiste o governador Andrew Cuomo. "Não devemos minimizar o vírus; ele nos derrotou várias vezes", disse na quinta-feira.

- "Fantasmas ambulantes" -

Delia Chávez, uma babá equatoriana de 60 anos, concorda que o confinamento deve continuar em Nova York, "porque nenhum dinheiro no mundo compra vida ou saúde".

"Perdemos a liberdade, a calma, perdemos financeiramente, emocionalmente. Somos fantasmas ambulantes, com nossas máscaras, luvas e roupas de proteção", diz tristemente essa mulher que parou de trabalhar há dois meses devido à pandemia e que agora voltou a cuidar de uma menina.

Seus chefes enviam um carro para buscá-la em casa todas as manhãs, para evitar contágio no metrô.

Os hispânicos e afro-americanos, muitos dos quais de baixa renda, com doenças crônicas anteriores e que vivem em apartamentos pequenos e sem seguro de saúde, têm a maior taxa de mortalidade devido à Covid-19 em Nova York, quase o dobro que a população branca.

Todos os dias, às 19h, a cidade se une para aplausos em homenagem aos médicos e enfermeiros que lutam contra a pandemia. "Isso uniu os nova-iorquinos", reflete Shelby, a corretora.

No total, a doença matou mais de 27.000 habitantes do estado, com 19,6 milhões de habitantes. No auge da pandemia, em 9 de abril, 799 pessoas morreram no estado de Nova York em 24 horas. O número caiu para menos de 160 esta semana.

E nesta sexta-feira, várias regiões que atendem a uma série de critérios começaram a reabrir a indústria e a construção.

Na cidade de Nova York, com a chegada do bom tempo e após dois meses de confinamento, há mais pessoas nas ruas e parques.

"Algumas semanas atrás eu tinha as ruas só para mim, era mais seguro trabalhar fora do que em um escritório", diz o carteiro Denzel Charles, de 59 anos. "Agora há multidões nas ruas".

Outros, como Hans Robert, executivo de 49 anos, decidiram deixar a Big Apple, onde vivia há 10 anos.

Robert se estabeleceu com sua família em sua casa de campo nas montanhas Catskills, a duas horas de distância, de onde todos podem trabalhar ou estudar on-line.

O aluguel mensal de US$ 7.000 do apartamento em Manhattan "vale a pena quando a cidade funciona", explica. "Quando não funciona, é um imposto por nada."

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