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A cidade de Nova York reabriu suas escolas primárias públicas nesta segunda-feira (7), mas uma lenta recuperação da epidemia de coronavírus pode levar as autoridades a ordenar novamente o fechamento de restaurantes nos próximos dias.

Cerca de 850 escolas reabriram nesta segunda "com alegria e esperança", disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.

A maior metrópole dos Estados Unidos, a mais atingida pela primeira onda da epidemia na primavera e onde foram registradas cerca de 24.000 mortes por Covid-19, fechou todas as escolas públicas em 19 de novembro, após mais de 3% dos testes de detecção realizados darem positivos.

A cidade, porém, revisou esse critério e, diante das baixas taxas de infecção nas escolas, decidiu não apenas reabri-las para os alunos mais novos, mas também se preparar para receber as crianças de volta todos os dias.

No entanto, as escolas públicas de ensino médio e fundamental permanecem fechadas e continuam a oferecer, pelo menos até janeiro, ensino à distância.

Essa reabertura ocorre mesmo em um momento em que o índice de testes positivos aumenta em Nova York, onde gira em torno de 5%.

Embora essa recuperação ainda seja mais controlada do que no resto do país - os estados de Nova York, Vermont, Maine e Havaí têm uma taxa de positivos entre as mais baixas dos Estados Unidos -, também preocupa as autoridades, já que vem acompanhada de um aumento nas taxas de hospitalização.

Se os números não se estabilizarem em cinco dias, os restaurantes da cidade, que podem receber clientes desde que respeitada a capacidade máxima de 25%, terão que fechar, alertou o governador André Cuomo.

Em outras regiões do estado de Nova York, onde os restaurantes podem atingir 50% da capacidade, o limite cairia para 25%.

Pedindo aos nova-iorquinos que façam tudo o que puderem para reverter a tendência, Cuomo enfatizou que a taxa de hospitalização ainda deve seguir subindo devido às reuniões familiares durante os feriados de Ação de Graças e às próximas celebrações de Hanouka e Natal.

Segundo o respeitado imunologista Anthony Fauci, convidado para a coletiva de imprensa de Cuomo, essa sobreposição de períodos de férias pode levar a um pico da epidemia em meados de janeiro.

“Se as medidas de saúde pública que devem ser seguidas não forem ouvidas”, advertiu, “meados de janeiro pode ser um período muito sombrio para nós”.

Nova York, 8 de dezembro de 1980, pouco antes das 23h00. John Lennon e sua esposa Yoko Ono voltavam para casa após uma sessão de gravação, quando um homem aparece na frente do prédio e atira no músico cinco vezes.

Gravemente ferido, Lennon é levado às pressas para um hospital no banco de trás de um carro da polícia. Mas ele havia perdido muito sangue e "não tinha chances de sobreviver", explicou um médico.

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"O ex-Beatle John Lennon foi assassinado na segunda-feira em frente à sua casa em Nova York": o primeiro despacho daquela noite deu início a uma ampla cobertura da AFP sobre o trágico assassinato de um artista cuja popularidade era planetária.

O assassino, preso no local do crime, se chama Mark Chapman, tem 25 anos e diz que não resistiu às "vozes" que o levaram a matar Lennon.

Horas antes de passar ao ato, Chapman havia se juntado a outros fãs na frente da casa do cantor, que autografou para ele uma cópia de "Double Fantasy", seu novo disco.

Aos 40 anos, o músico britânico voltava à ribalta após vários anos de silêncio. Mas ninguém o havia esquecido, mesmo 10 anos após o fim dos Beatles, conforme os arquivos da AFP revelam sobre as homenagens prestadas.

- "Grande tragédia" -

É uma "grande tragédia", afirmou o então presidente eleito dos Estados Unidos, Ronald Reagan, logo após o anúncio da morte do músico, enquanto milhares de pessoas se reuniam próximo ao Central Park, em frente ao prestigioso "Dakota Building" onde residia Lennon com Yoko Ono e seu filho Sean.

Apesar dos anos de silêncio, John Lennon - que causou escândalo anos antes ao comparar a popularidade dos Beatles com a de Jesus - recebeu homenagens massivas.

Em 14 de dezembro, entre 100.000 e 200.000 pessoas enfrentaram o frio no Central Park, a dois passos da cena do crime, para prestar homenagem ao artista.

Em Miami, Los Angeles, Chicago, Seattle ou Boston, dezenas de milhares de admiradores se reuniram "em parques, praças, estacionamentos ou no anfiteatro natural de Red Rocks, nas Montanhas Rochosas, onde os Beatles deram um show em 1964".

Centenas de rádios americanas transmitiram incessantemente a música dos Beatles durante um dia inteiro e observaram os dez minutos de silêncio desejados pela viúva do músico.

- Até Moscou -

"É preciso voltar à trágica morte de John Kennedy ou do pastor Martin Luther King na década de 1960 para encontrar tamanha comoção com a morte de uma personalidade", disse a AFP naquele dia.

No Reino Unido, o impacto foi enorme. Em Liverpool, cidade natal do músico pacifista, "cerca de 20.000 pessoas cantaram juntas 'Give Peace a Chance'" ao final de um concerto organizado em sua homenagem em 14 de dezembro.

Como nos dias da Beatlemania, os fãs choravam e desmaiavam. "John Lennon não está morto. Enquanto sua música viver, ele não morrerá", disse o ex-empresário do grupo, diante da multidão enlutada.

As homenagens chegaram a Moscou, onde a polícia teve que intervir para dispersar centenas de jovens reunidos perto da universidade, carregando retratos de Lennon.

A União Soviética não ficou de fora do fenômeno dos Beatles, o grupo pop do século, cujos álbuns importados eram vendidos no mercado negro.

Décadas após sua morte, algumas das relíquias de John Lennon ainda estão sendo vendidas a preços elevados em leilões.

O piano com o qual compôs "Imagine" foi vendido em 2000 em Londres por 2,45 milhões de euros (2,95 milhões de dólares) e uma de suas guitarras por mais de 2 milhões de dólares (1,66 milhões de euros) nos Estados Unidos em 2015.

Alguns nostálgicos também não hesitaram em pagar 137.500 libras (152.000 euros, US$ 182.000) por um par de seus famosos óculos de sol redondos e até US$ 35.000 no Texas em 2016 por uma mecha de seu cabelo.

David Dinkins, o primeiro prefeito negro da cidade de Nova York, faleceu aos 93 anos, informou a imprensa americana. O político democrata governou a cidade de 1990 a 1993, depois de derrotar nas eleições Rudy Giuliani e Edward Koch.

Seu mandato foi marcado por conflitos raciais - em particular os protestos de Crown Heights em 1991 - e críticas de que não estava preparado para o cargo.

Dinkins morreu de causas naturais em sua casa, informou o jornal New York Times, menos de dois meses após a morte de sua esposa Joyce. Dinkins é o único prefeito negro da história de Nova York.

Ao tomar posse, a cidade era cenário de racismo, pobreza e violência. Mais de um milhão de nova-iorquinos recebiam auxílio após a recessão e a cidade registrava mais de 1.000 homicídios por ano.

O democrata foi eleito como uma "força estabilizadora" e descreveu Nova York como um "mosaico maravilhoso", mas enfrentou muitas dificuldades. Ele foi incapaz de controlar o governo e recebeu muitas críticas por suas políticas.

Nascido em 10 de julho de 1927, Dinkins cresceu em Trenton, no estado vizinho de Nova Jersey, segundo o jornal New York Times.

Em 1945 se alistou nos Marines e mais tarde estudou na Universidade Howard, conhecida historicamente pelos alunos negros, onde brilhou no curso de Matemática.

David Dinkins se casou com a colega de turma Joyce e o casal se mudou para Nova York, onde ele trabalhou como advogado depois de estudar na Brooklyn Law School.

Em 1975 foi nomeado secretário municipal, cargo que ocupou por uma década, antes de vencer a eleição para a prefeitura em 1989.

Dinkins foi derrotado por Giuliani após apenas um mandato. No discurso em que reconheceu a derrota, ele afirmou aos simpatizantes: "Amigos, nós fizemos história. Nada pode tirar isso".

Corpos de cerca de 650 vítimas de Covid-19 estão há meses em caminhões frigoríficos no bairro do Brooklyn, em Nova York, aguardando por um enterro, revelou neste domingo (22) uma matéria do "The Wall Street Journal".

Segundo o Gabinete do Médico Legista Chefe da cidade, muitas das pessoas não foram enterradas porque os familiares não têm dinheiro para fazer o enterro ou porque os parentes não foram localizados pelas autoridades da cidade.

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O órgão informou que os corpos serão mantidos nos caminhões até o fim da pandemia e que a cidade está em busca de um destino para os restos mortais caso eles não sejam reclamados por familiares.

As autoridades montaram o necrotério com os veículos no primeiro pico da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2, entre o fim do mês de março e o início de abril, como forma de dar conta de todas as vítimas da doença - em número que chegou a bater 800 por dia.

A notícia surge em um momento que a cidade, assim como todo o país, vem enfrentando uma segunda onda da doença, com contágios aumentando diariamente.

Conforme dados da própria prefeitura de Nova York, há uma tendência de alta nos casos e nas hospitalizações nos último sete dias (7.783 e 518, respectivamente) e uma leve queda nos óbitos (54 em sete dias contra a média de 56). Desde o início da pandemia, em fevereiro, foram 278.956 contágios confirmados e 19.537 falecimentos.

Nos Estados Unidos, desde fevereiro, são 12.249.198 contaminações por Covid-19 e 256.798 mortes.

Da Ansa

Os Estados Unidos superaram nesta quarta-feira (18) as 250.000 mortes pelo novo coronavírus, enquanto Nova York anunciou que voltará a fechar as escolas públicas para conter a segunda onda e na Europa a taxa de mortalidade aumenta.

O país totaliza agora 250.029 óbitos pelo novo coronavírus, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins, referência no acompanhamento da pandemia. E detém de longe o maior registro nacional de falecidos com a doença, à frente de Brasil (com 167.455 mortos), Índia (com 130.993) e o México (99.026).

Na falta de uma estratégia nacional, estados e cidades americanos impuseram diferentes restrições, que vão do 'lockdown' à proibição de reuniões sociais ou fazer refeições dentro de restaurantes.

Devido ao aumento de casos, a cidade de Nova York decidiu voltar a fechar as escolas públicas esta semana e retomar algumas restrições a bares e restaurantes.

O fechamento de escolas na maior cidade dos Estados Unidos ocorreu apesar do anúncio animador das farmacêuticas americana Pfizer e alemã BioNTech de que sua vacina contra a covid-19 tem 95% de eficácia, próxima à da concorrente Moderna (94,5%).

Esta resposta é melhor do que os resultados parciais publicados na semana passada e que mostraram "mais de 90%" de eficácia.

Em Nova York, porém, o prefeito Bill de Blasio disse que as 1.800 escolas públicas da cidade vão oferecer aulas apenas online a partir desta quinta-feira por tempo indeterminado, pois o índice de positividade para a covid-19 superou a média de 3% ao longo de sete dias.

"Devemos lutar contra a segunda onda", ressaltou ele.

O vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, alertou para o recorde de internações nos Estados Unidos (quase 77 mil), lembrando que só na semana passada o país registrou mais de um milhão de novos casos do vírus.

"Já sabemos que quando nossas instalações de saúde estão sobrecarregadas, nossa capacidade de tratar aqueles que estão gravemente doentes se torna limitada", acrescentou.

As vacinas não são uma fórmula mágica e os países terão que "subir a ladeira" por enquanto sem elas, alertou o diretor de emergência da Organização Mundial da Saúde, Michael Ryan.

"Acho que teremos de esperar de quatro a seis meses" antes de atingirmos "um nível significativo de vacinação", observou Ryan em uma sessão de divulgação realizada nas redes sociais.

Apesar das restrições, o mundo registra até agora 55,8 milhões de casos da covid-19, com mais de 1,3 milhão de mortes, de acordo com a última contagem da AFP.

- A corrida pelas vacinas -

Os Estados Unidos, Europa e outros países já reservaram centenas de milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTech. O grupo espera conseguir produzir 50 milhões de doses ainda este ano, permitindo vacinar 25 milhões de pessoas (devido ao protocolo de duas doses). Em 2021, sua meta é fabricar 1,3 bilhão de doses.

A Rússia também anunciou ter uma vacina com eficácia de mais de 90%.

Vários laboratórios internacionais estão em fase final de testes de suas vacinas, o que permite aguardar o lançamento das campanhas de vacinação para as últimas semanas de 2020 nos Estados Unidos e o início de 2021 em outros países.

A vacinação de 20% da população da América Latina e do Caribe (cerca de 126 milhões de pessoas) contra o novo coronavírus custará mais de US$ 2 bilhões, disse Barbosa, da Opas.

- Mais mortes na Europa -

Embora a taxa de infecção na Europa tenha caído, a OMS disse que a taxa de mortalidade aumentou 18% na semana passada, em comparação com a anterior.

Segundo a organização, 46% dos novos casos e 49% das mortes na semana passada ocorreram na Europa.

O velho continente é a região com mais casos de covid-19 no mundo, mais de 15 milhões de acordo com uma contagem da AFP, embora a América Latina e o Caribe seja a que registra o maior número de mortes, com mais de 426.000 mortes de um total de 12,1 milhões de casos.

A pandemia parece fora de controle em vários lugares, como no sul da Itália, por exemplo, onde há a ameaça de sobrecarregar o sistema de saúde.

Na Suíça, um dos países europeus mais afetados, uma associação médica alertou que as unidades de terapia intensiva estão quase todas saturadas.

Limites para o deslocamento, comércio e restaurantes não são facilmente aceitos em todos os lugares.

Em Berlim, a polícia alemã usou canhões d'água nesta quarta-feira para dispersar uma manifestação de cidadãos contra as medidas restritivas.

Os manifestantes disseram que as medidas os lembravam da era nazista, enquanto gritavam "vergonha, vergonha!".

O protesto aconteceu um dia depois de confrontos com a polícia em Bratislava, capital da Eslováquia, que contou com a presença de manifestantes da extrema direita.

- Medo no Brasil -

No Brasil, segundo país com mais mortes por coronavírus no mundo (mais de 167 mil óbitos) atrás somente dos Estados Unidos, o aumento das internações desperta o temor de uma segunda onda como a que atinge a Europa e os Estados Unidos.

A média de mortes, que havia ultrapassado as 1.000 por dia entre junho e agosto, caiu para menos de 350 no início da semana passada. No entanto, desde sábado ultrapassou os 500 novamente.

O estado de São Paulo, o mais populoso e com maior número de casos e óbitos, teve aumento de 18% nas internações na semana passada.

burx-mm/sg/mar/mb/lbc/rsr/bn/mvv

Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos, obrigará os bares e restaurantes a fechar às 22h a partir desta sexta-feira (13) para enfrentar a segunda onda de Covid-19, que afeta com força o país, assim como a Europa.

O número de pacientes do novo coronavírus hospitalizados nos Estados Unidos é o mais elevado desde o início da pandemia, com mais de 65.000 pessoas, de acordo com o Covid Tracking Project. O vírus já provocou 242.621 mortes no país, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins.

Diante da ausência de regras nacionais do governo federal de Donald Trump, as autoridades locais começam a impor restrições em seus territórios.

No estado de Nova York, o governador Andrew Cuomo anunciou que todos os estabelecimentos autorizados a vender bebidas alcoólicas, incluindo bares e restaurantes, terão de fechar às 22h.

Alguns estados e cidades começaram a recomendar a seus habitantes que permaneçam em casa.

Este é o caso de Chicago - terceira maior cidade dos Estados Unidos em termos de população -, que pediu a seus 2,7 milhões de moradores que permaneçam em suas residências, com algumas exceções: seguir para o trabalho, escola, ou alguma atividade atividade considerada essencial. A medida é recomendada, mas não coercitiva.

"Cada um de nós deve dar um passo adiante e 'Proteger Chicago' agora mesmo, ou 2020 pode ir de mal a pior", afirma um comunicado divulgado pelo site oficial da cidade.

Mais de 10.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus morreram nas últimas 24 horas no mundo, segundo um balanço de quinta-feira (12) da AFP. Quase metade (4.961) dos óbitos (10.010) foi registrada na Europa; 1.868, na América Latina e Caribe; e 1.330, nos Estados Unidos.

No início da semana, surgiram notícias promissoras sobre o desenvolvimento de uma vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, mas a possível solução não chegará a tempo de evitar outras dezenas de milhares de mortes.

As previsões apontam que as primeiras vacinas devem estar disponíveis, talvez, no fim do ano nos Estados Unidos, e no primeiro trimestre de 2021 na Europa, de acordo com a diretora do Centro Europeu para o Controle de Doenças (ECDC), Andrea Ammon.

- Hotéis para pacientes na Itália -

A covid-19 matou pelo menos 1.292.200 pessoas em todo planeta desde que o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China informou o início da doença no fim de dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP atualizado nesta sexta-feira com base em números oficiais.

Mais de 52,6 milhões de casos de infecção foram diagnosticados desde o início da pandemia, com 33,9 milhões considerados curados.

Na Europa, um sinal de esperança veio da Alemanha, onde o instituto de vigilância sanitária Robert Koch mencionou na quinta-feira os "primeiros sinais" de melhora na curva de infecção.

"A curva está sendo achatada", disse o diretor do instituto, Lothar Wieler, ao mesmo tempo que advertiu contra qualquer relaxamento no comportamento dos cidadãos.

Outros países continuam com números alarmantes e, durante toda a semana, anunciaram novas medidas para tentar conter o avanço da pandemia.

Confinada desde sábado, a Grécia decretou um toque de recolher adicional a partir desta sexta-feira, entre 21h e 5h. Os deslocamentos serão autorizados apenas por razões de trabalho, ou de saúde.

Portugal ampliou na quinta-feira a área afetada pelas restrições. A Eslovênia proibiu quase todas as reuniões durante duas semanas, e a Hungria anunciou um confinamento parcial durante ao menos 30 dias.

Na França, onde um paciente com coronavírus é hospitalizado a cada 30 segundos, o primeiro-ministro descartou uma flexibilização do confinamento durante ao menos outros 15 dias.

O aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle de Paris abriu um centro de testes para passageiros procedentes de países classificados como de "zona vermelha", que precisam de resultado negativo no exame para entrar na França.

Na Itália, que superou a marca de um milhão de casos, o governo reservou 15.000 camas de hotel para pacientes de covid-19 em todo país.

O Reino Unido, país mais afetado da Europa, superou na quarta-feira 50.000 mortes. Espanha e França superaram 40.000 vítimas fatais.

Em um planeta que multiplica as restrições de viagens, uma figura está isenta: Papai Noel usa máscara e pode viajar pelo mundo inteiro, graças a sua permissão de deslocamento, afirmou na quinta-feira o primeiro-ministro italiano em sua página do Facebook, para tranquilidade das crianças de seu país que temiam pelos presentes de Natal.

Após ser o epicentro do início da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 nos Estados Unidos e ter controlado o avanço do vírus, o estado de Nova York voltou a impor restrições para tentar conter a segunda onda local da Covid-19.

A partir dessa sexta-feira (13), bares, restaurantes, academias e locais públicos para práticas esportivas - como estádios e ginásios - precisarão fechar às 22h. Além disso, reuniões privadas deverão ter, no máximo, 10 pessoas.

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"Estamos assistindo a um aumento de casos em nível nacional e mundial. Bares, restaurantes, academias, festas em casa... é desses lugares que vêm, principalmente, os casos", disse o governador do estado, Andrew Como, na noite desta quarta-feira (11).

A decisão teve o apoio do prefeito de Nova York, a cidade mais afetada no país entre março e maio, Bill de Blasio.

"Isso é o que precisamos que aconteça para ajudar a segurar uma segunda onda em nossa cidade. Essa é a nossa última chance de parar uma segunda onda. Nós podemos fazer isso, mas precisamos fazer isso agora", escreveu em duas mensagens em seu Twitter confirmando que a medida será válida para toda a cidade.

Desde o fim de outubro, a cidade de Nova York está em um curva ascendente de casos, segundo relatório da própria prefeitura.

Nesta quarta-feira, os dados da cidade apontavam 817 novos casos em 24 horas e 94 novas internações. O número está próximo da média de infecções dos últimos sete dias, que está em 811, segundo dados atualizados em 8 de novembro. Já a média de mortes está em oito, com 58 óbitos confirmados nos últimos sete dias.

No estado de Nova York, foram 4.820 novos contaminados em 24 horas, com 1.628 hospitalizações no período. Houve ainda 21 falecimentos.

A situação é similar ao que é registrado em todo o país, que vem batendo recordes de contágios diários desde o início de novembro, com mais de 100 mil casos por dia - uma média não vista em nenhum lugar no mundo. Ao todo, os EUA têm 10.400.943 casos da Covid-19 desde fevereiro e 241.800 óbitos causados pela doença.

Da Ansa

Pelo menos três vezes por semana nos últimos quatro anos, o americano Paul Rossen, 58 anos, faz plantão em frente ao edifício Trump Tower, na luxuosa Quinta Avenida, em Nova York. Aproveitando a movimentação em frente ao prédio, ele se posiciona estrategicamente diante da torre envidraçada, onde o presidente residia antes de se mudar para a Casa Branca, para vender buttons anti-Trump e destilar sua repulsa contra o governo do republicano.

"Aqui é o lugar perfeito para isso, pois 75% das pessoas chegam com raiva do Trump, e aí bum, elas compram", explica, com o sorriso de quem aprendeu a transformar a indignação em fonte de lucro. Rossen diz vender "dezenas" de buttons a cada dia, com designs que ele mesmo cria (como um que coloca a face alaranjada de Trump no corpo de um salgadinho Cheetos).

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Sua satisfação, porém, não vem apenas dos dólares que entram no seu bolso. Ele se diverte vendo dezenas de pedestres apontarem o dedo do meio em direção ao edifício, numa espécie de ritual catártico. "Acho terapêutico, antes da pandemia eu via umas cem pessoas por dia fazendo isso", estima o vendedor, apertando os olhos atrás de uma máscara preta com a frase "vote".

Na calçada oposta, a torre imponente de 68 andares - que também é a sede das Organizações Trump - se mantém como um símbolo do tempestuoso caso de amor não correspondido entre Trump e sua terra natal. E a animosidade só cresce. Em 2016, o candidato nova-iorquino recebeu apenas 9,8% dos votos em Manhattan, e ficou 22 pontos porcentuais atrás de Hillary Clinton na votação do Estado, com 36,8% dos votos.

Neste ano, as pesquisas sugerem crescimento na rejeição de Trump. Segundo o site FiveThirtyEight, que mede a média nacional de diferentes sondagens, Trump deve terminar a eleição quase 30 pontos atrás de Biden no Estado, com 32,9% votos, ante 62,3% do adversário. Em Manhattan, a repetição da derrota de lavada é tão previsível que os institutos de pesquisa nem perderam tempo calculando a diferença durante a campanha, mas Rossen não tem dúvida de que a reprovação a Trump vem se intensificando entre seus conterrâneos.

"Nova York odeia Trump porque o conhece melhor", opina Rossen, que alcançou as manchetes na campanha de 2016 ao aparecer ao fundo de uma transmissão ao vivo da CNN fantasiado de pênis e segurando um cartaz dizendo: "Fotos de graça com Trump."

O clima de crescente hostilidade contrasta com a histórica adoração que Trump sempre nutriu por Nova York. No livro The Art of the Deal (A Arte da Negociação), o presidente descreve sua obsessão em se tornar alguém em Manhattan. Nascido e criado no Queens, cresceu alimentando o sonho de ganhar fama no centro financeiro da cidade - e não apenas nos negócios.

Tanto que no início da carreira começou a espalhar fofocas para os colunistas, fazendo-se passar por seu próprio publicitário, sobre supostas celebridades com quem estaria flertando. "Acreditava, talvez em um nível até irracional, que Manhattan sempre seria o melhor lugar pra viver, o centro do mundo."

Se esse amor nunca foi recíproco, nos últimos quatro anos a relação de Trump com Nova York azedou de vez. Por isso, independentemente do resultado da eleição, o presidente não voltará a morar na Trump Tower.

Em novembro, ele anunciou mudança de domicílio eleitoral para Palm Beach, na Flórida, dizendo que estava sendo "muito maltratado" pelos líderes da cidade e do Estado. "Poucas pessoas foram tratadas pior", escreveu no Twitter. Por trás da retórica magoada, reportagem do New York Times revelou que a mudança era motivada por interesses fiscais, após a abertura de investigação em Nova York contra Trump por sonegação de impostos.

Em uma reação irônica, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse na época para Trump não esquecer de bater a porta quando saísse. A torcida de nova-iorquinos como Rossen é de que antes disso Trump saia, definitivamente, da Casa Branca. O vendedor seguia otimista nessa terça (3) com a vitória de Biden, mas também apreensivo com as tentativas de Trump de travar uma guerra judicial para contestar os resultados. "Se ele não trapacear, ele vai perder", previa. Pelo sim, pelo não, Rossen decidiu encurtar o expediente ontem em frente à Trump Tower para beber com amigos enquanto acompanhava as notícias da apuração. "Preciso de algo forte, tipo uísque , vodca, talvez tudo junto", contou, com um riso nervoso, horas antes do fim da votação.

A Orquestra Filarmônica de Nova York anunciou nesta-feira (13) o cancelamento de todos as suas apresentações até meados de junho de 2021, por causa da pandemia do coronavírus. Esta é a primeira vez que a instituição de 178 anos é forçada a cancelar uma temporada inteira.

A Filarmônica afirmou que tomou a decisão por conselho de autoridades médicas. Os teatros da Broadway e a Metropolitan Opera adotaram recentemente medidas semelhantes.

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A entidade prometeu continuar oferecendo conteúdo digital gratuito e disse que em breve anunciará uma série de concertos pré-gravados por pequenos grupos de membros da orquestra para o inverno e a primavera.

O cancelamento de uma temporada inteira "não é apenas inédito, é devastador tanto para o estado de espírito dos músicos quanto do público, e tem profundas consequências econômicas", disse a presidente da Filarmônica, Deborah Borda, em nota. Mas "não há outra opção", acrescentou.

Segundo Borda, a instituição pretende aproveitar o cancelamento da temporada para adiantar obras de 550 milhões de dólares que começariam apenas em maio de 2022, a terceira etapa de uma grande reforma.

À espera da nova temporada, a Filarmônica está planejando para a primavera de 2021 o retorno do projeto Bandwagon, que consiste em pequenos espetáculos externos em diferentes partes da cidade de Nova York.

A primeira edição, realizada em agosto, foi um grande sucesso, embora o local do concerto não tenha sido divulgado com antecedência para evitar grandes aglomerações.

Autoridades dos Estados Unidos e Reino Unido estão negociando uma redução nas restrições de viagens entre Nova York e Londres, com menor tempo de quarentena obrigatória, em meio a um conhecimento maior da covid-19 e também por conta do acesso mais fácil de exames para detecção da doença. Segundo fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires, a ideia é chegar um consenso até as festas de fim de ano.

Atualmente, cidadãos americanos viajando para o Reino Unido precisam realizar isolamento de 14 dias e não podem viajar para a maior parte dos países da União Europeia. Já os EUA barram entradas de pessoas vindas do Reino Unido e da Europa a não ser que sejam cidadãos americanos ou tenham visto de residência permanente.

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Uma das exigências para que o plano seja implementado são exames de covid-19 realizados tanto na saída quanto na entrada dos países, em uma tentativa de mostrar que viagens intercontinentais podem ser seguras para retomar o tráfego aéreo internacional, ainda muito afetado pela pandemia.

Apesar de o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca ter aprovado o plano, a dificuldade continua sendo o número ainda elevado de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos, causando temores que um maior fluxo de norte-americanos indo para o Reino Unido possa causar um aumento da doença no país.

O fóssil de um Tyrannosaurus Rex entre os mais completos do mundo foi leiloado nesta terça-feira (6) por 31,8 milhões de dólares em uma venda organizada pela Christie's de Nova York, quadruplicando o valor recorde obtido por outro dinossauro em uma venda similar.

A estimativa inicial proposta pela Christie's foi de seis a oito milhões de dólares. O resultado final do leilão, porém, comprovou novamente o fascínio por este tipo de dinossauro.

O leilão quebrou o recorde anterior que pertencia a Sue, outro T-Rex vendido em outubro de 1997 pela Sotheby's por 8,4 milhões de dólares ao Museu Field de História Natural, de Chicago. Somente cerca de 50 fósseis de T-Rex foram encontrados no mundo desde 1902.

Stan, como foi batizado o exemplar de quatro metros de altura e 12 metros de comprimento, pesou de sete a oito toneladas em vida, de acordo com especialistas, e viveu há 67 milhões de anos. Foi descoberto em 1987 perto de Buffalo, na Dakota do Sul.

Os paleontólogos do Instituto de Pesquisa Geológica em Black Hills, Dakota do Sul, dedicaram mais de 30.000 horas de trabalho para desenterrar o fóssil e reconstruir seu esqueleto, composto de 188 ossos.

Desde então, Stan foi usado em moldes destinados a dezenas de museus pelo mundo, ávidos em adquirir uma cópia deste excepcional exemplar que morreu aos 20 anos de idade, segundo os pesquisadores.

A lei autoriza a venda quando o exemplar foi descoberto em terrenos privados, como é o caso de Stan.

O governador Andrew Cuomo anunciou nesta segunda-feira (5) o fechamento de escolas em nove bairros de Nova York a partir desta terça-feira (6), na tentativa de impedir que a cidade seja atingida por uma segunda onda de contaminações da covid-19.

Cuomo adiantou em um dia a data definida pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que no domingo anunciou a intenção de fechar as escolas de diversos bairros da cidade a partir de quarta-feira.

Os alvos são alguns bairros do sul do Brooklyn e algumas áreas do leste e do sul do Queens, onde a taxa de testes positivos encontra-se acima de 3% há sete dias seguidos.

A medida irá afetar as escolas públicas e privadas, explicou Cuomo em coletiva de imprensa.

O plano revelado no domingo pelo prefeito prevê também o fechamento temporário de todos os comércios não essenciais, como os restaurantes, que reabriram as portas em Nova York em 22 de junho para entregas e atendimento de clientes ao ar livre.

Cuomo, porém, preferiu não fechar os restaurantes destes bairros e pediu que pontos mais específicos dentro das zonas delimitadas pela prefeitura fossem afetados.

"Os comércios destes bairros não têm uma capacidade de propagação [do vírus] importante. Estamos falando de pequenos comércios", justificou o governador.

Muitos comércios destas áreas se viram obrigados a fechar as portas definitivamente devido ao confinamento. Os que permanecessem abertos atravessam sérios problemas financeiros.

Dois dos bairros alvos tiveram uma taxa de testes positivos superior a 8% nos últimos sete dias. A maioria dos bairros têm uma forte população judia ortodoxa, que não vê com bons olhos o distanciamento social e o uso de máscaras.

No conjunto do estado de Nova York, a taxa de testes positivos segue baixa, em 1,22%.

O número de testes positivos começou a aumentar em Nova York, especialmente nos bairros onde residem muitos judeus ortodoxos, alertou o governador do estado, Andrew Cuomo, nesta segunda-feira (28). No sábado, o estado registrou mais de 1.000 casos positivos de coronavírus em um dia pela primeira vez desde 5 de junho.

Nas últimas 24 horas, de 52.936 exames realizados, 834 deram positivo, uma taxa de infecção de 1,5%, quando durante meses esse número ficou abaixo de 1%, Cuomo tuitou.

Cuomo até agora tem ostentado baixas taxas de infecção em Nova York, uma das mais baixas nas grandes cidades americanas, embora a Big Apple tenha sido o epicentro da pandemia e tenha registrado um total de 23.800 mortes desde março.

"Estamos vendo altas taxas positivas nos condados de Brooklyn e Orange e Rockland", três regiões com fortes populações de judeus ortodoxos, disse Cuomo, embora a taxa de infecção de 1,5% ainda seja baixa comparada, por exemplo, com a Europa.

"Dez CEPs representam 25% dos novos casos de ontem (domingo)”, disse o governador, e anunciou que enviará 200 máquinas de teste rápido e pessoal de saúde para essas áreas.

Em alguns dos bairros do Brooklyn mais atingidos, a taxa de contágio saltou de 5% para 6%, especialmente em meio às festividades que culminam no Yom Kippur nesta segunda-feira. A taxa média de infecção na cidade é de 1%.

O aumento de casos preocupa as autoridades porque ocorre poucos dias após o reinício das aulas nas escolas públicas da maior cidade americana, já adiado duas vezes. "Estamos potencialmente no momento mais vulnerável ao vírus que vimos nos últimos meses", disse o chefe de saúde pública municipal, Dave Choskhi, a repórteres na sexta-feira em um dos bairros mais afetados do Brooklyn, enquanto era vaiado por manifestantes que não usavam máscaras.

Um policial de Nova York de origem tibetana foi acusado nesta segunda-feira (21) de espionagem e responsabilizado pelas autoridades dos EUA por reunir informações sobre a comunidade do Tibete para o governo chinês.

De acordo com a acusação divulgada, o policial, que trabalhava em uma delegacia do Queens, seguia ordens de membros do consulado chinês em Nova York.

Por meio de seus contatos com a comunidade tibetana, o homem de 33 anos supostamente coletou informações entre 2018 e 2020 sobre as atividades de pessoas do Tibete em Nova York e identificou possíveis fontes de inteligência.

Segundo os autos da promotoria, o réu, que é reserva do Exército dos Estados Unidos, supostamente também permitiu que integrantes do consulado fossem convidados para eventos organizados pelo Departamento de Polícia de Nova York. As autoridades chinesas teriam pagado a ele dezenas de milhares de dólares por seus serviços.

Quatro acusações foram feitas contra o policial, incluindo alistamento no serviço de um país estrangeiro em solo americano, emissão de declarações falsas e obstrução do funcionamento de um serviço público.

Ele foi apresentado a um juiz na segunda-feira e levado sob custódia, disse à AFP um porta-voz do promotor federal do Brooklyn. Atualmente, ele está suspenso sem remuneração, segundo um porta-voz da polícia de Nova York.

Nascido na China, o homem obteve asilo político nos Estados Unidos após alegar que foi torturado pelas autoridades chinesas por causa de sua origem tibetana. No entanto, a investigação mostrou que seus pais eram membros do Partido Comunista Chinês.

"Se confirmado por um tribunal", o caso "demonstraria que o Partido Comunista Chinês está realizando operações difamatórias para conter divergências, não apenas no Tibete, (...) mas em qualquer lugar do mundo", disse a Campanha Internacional para o Tibete, uma organização que defende os direitos dos tibetanos.

O Tibete funcionou de forma autônoma entre 1912 e 1950, mas Pequim recuperou o controle do território em 1951 e o Dalai Lama, o líder espiritual dos tibetanos, vive no exílio desde 1959.

Um dos espécimes de T-Rex mais completos do mundo será leiloado pela Christie's em 6 de outubro, em Nova York, e pode quebrar o recorde absoluto de sua categoria.

Stan, um digno representante da espécie rainha dos dinossauros que fascina o mundo inteiro, pesava de sete a oito toneladas quando viveu há 67 milhões de anos. Tinha quatro metros de altura e 12 metros de largura. Foi descoberto em 1987 perto de Buffalo, no estado americano da Dakota do Sul.

Paleontólogos do Instituto de Pesquisa Black Hills, na Dakota do Sul, trabalharam mais de 30.000 horas para desenterrar e recompor seu esqueleto, que possui 188 ossos.

Seus restos foram usados para fazer moldes de gesso para dezenas de museus no mundo que desejavam adquirir uma cópia deste excepcional Tyrannosaurus rex. O animal morreu aproximadamente aos 20 anos, segundo estimativas dos pesquisadores.

Após uma viagem para o Japão, Stan foi exposto no museu do Instituto Black Hills desde 1996.

A venda ocorre após um desacordo entre os administradores do instituto, explicou James Hyslop, responsável pelo Departamento de Instrumentos Científicos, Globos e História Natural na Christie's, em Londres.

A lei autoriza a venda quando o espécime é descoberto em um terreno privado, o que foi o caso de Stan.

O preço de venda estimado do esqueleto fossilizado é de seis a oito milhões de dólares, o que o coloca junto ao recorde absoluto, estabelecido por Sue, outro T-Rex vendido em outubro de 1997 na Sotheby's, por 8,4 milhões de dólares, ao Museu de História Natural de Chicago.

Apenas cerca de 50 T-Rex foram encontrados após a descoberta do primeiro, em 1902. "Não há muitos esqueletos completos", disse Hyslop. "As ocasiões de comprar um T-Rex tão completo acontecem apenas uma vez por geração", acrescentou.

A Christie's espera que haja um forte interesse de colecionadores estrangeiros. "Seria a obra-prima de qualquer museu de história natural", destacou Hyslop. "O T-Rex tem um status de ícone", afirmou, o que é refletido em seu preço. "É o dinossauro que atrai multidões".

Stan será exposto em uma das vitrines da sede da Christie's em Nova York, no coração de Manhattan, desde esta quarta-feira até 21 de outubro. Como a cabeça é muito pesada, foi colocada uma réplica no esqueleto. A verdadeira cabeça será exposta ao lado.

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O atentado às Torres Gêmeas completa 19 anos nesta sexta-feira (11) num momento em que a cidade de Nova York vive um cenário de crise pela pandemia do novo coronavírus. Apesar disso, a maior metrópole norte-americana manteve sua homenagem anual aos quase três mil mortos no atentado de 11 de setembro de 2001. Desta vez, os familiares das milhares de vítimas gravaram seus depoimentos, algo bem diferente dos tradicionais pronunciamentos ao vivo.

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O memorial do "Marco Zero", um dos locais mais visitados pelos milhões de turistas que vão a Nova York todos os anos, será aberto nesta sexta pela primeira vez desde março.

O que aconteceu em 11 de setembro de 2001

Terroristas da Al-Qaeda lançaram dois aviões contra os edifícios do World Trade Center - as chamadas Torres Gêmeas em Nova York. Três mil pessoas morreram e mais de 6 mil ficaram feridas com os desabamentos. Anos depois, milhares de pessoas desenvolveram câncer e outros males graves, sobretudo de pulmão, ligados à nuvem tóxica que se manteve durante semanas no local.

Mais tarde naquele dia, outro avião foi lançado no Pentágono em um acidente que deixou 184 mortos, entre funcionários do governo americano e passageiros do avião da American Airlines. Uma quarta aeronave sequestrada por militantes da Al-Qaeda caiu na Pensilvânia e deixou 44 mortos.

Avanço do terrorismo

Os atentados foram seguidos por ataques à bomba da Al Qaeda em Londres, em Madri e em outras partes mundo, desencadeando uma campanha internacional para prender os membros da organização. Os ataques mudaram a geopolítica mundial, com os Estados Unidos declarando "guerra ao terror". Em março de 2003, o país começou a Guerra com o Iraque, o que levou à derrubada de Saddam Hussein. O conflito terminou onde anos depois, com 115 mil civis iraquianos mortos, além de 4.483 militares americanos.

Em maio de 2011, quase uma década depois do 11 de setembro, tropas de elite dos EUA mataram o líder da Al-Qaeda e o mentor dos ataques, Osama bin Laden, no Paquistão. A ação gerou contra-ataques no Afeganistão e no Iraque.

Memorial

O governo norte-americano decidiu construir um memorial em Nova York no local onde ficavam as torres. Agora, há dois tanques como se fossem os edifícios, com quedas d'água de 9 metros. Ao redor dos tanques ficam os nomes das vítimas do 11 de setembro e do ataque à bomba às torres em 1993.

Julgamento

O julgamento dos cinco homens acusados de planejar os ataques de 11 de setembro, incluindo o que se diz responsável por eles, Khalid Mohammed, está marcado para janeiro de 2021. A decisão será tomada na base militar americana em Guantánamo, que fica em Cuba.

Ibovespa opera em margem estreita nesta quinta-feira (10). "Ainda está indefinido. Tem muita coisa para acontecer aqui e lá fora", descreve o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira. Segundo ele, está difícil o índice parar de patinar nessa marca em torno de 101 mil pontos. "A preocupação com a inflação e o fiscal domésticos continua e um exterior um pouco mais tumultuado sobretudo o euro", diz.

Hoje, o BCE manteve suas taxas de juros e ainda a política de estímulos, indicando de forma mais enfática que poderá mexer nos instrumentos de política monetária.

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Às 11h14, o Ibovespa subia 0,25%, aos 101.536,48 pontos. A queda do petróleo empurra as ações da Petrobras para baixo (em torno de 1%), influenciado o Ibovespa. Os papéis têm peso de quase 10% no índice. Dentre as maiores altas, Gol PN (5,7%) e Azul PN (4,08%), em meio a sinais de retomada da atividade econômica. Hoje, a Gol informou que em setembro haverá aumento de 300 voos/dias, 40% sobre o mesmo mês de 2019.

As ações do Pão de Açúcar disparam (quase 15%), liderando a lista de maiores ganhos do Ibovespa, após anúncio feito pelo GPA, controlador do Pão de Açúcar, de um estudo para a separação da rede de atacarejo Assaí e a preparação da companhia para listagem na B3 e Nyse. Segundo o grupo, a cisão será precedida da transferência da participação hoje detida pela Assaí na Almacenes Éxito para o GPA.

No exterior, as bolsas europeias têm sinais mistos, mas as que estavam em queda reduziram o ritmo, enquanto as bolsas em Nova York avançam, após as palavras da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

Ela minimizou nesta quinta-feira os recentes ganhos da moeda comum do bloco ante o dólar. "A apreciação do euro contribuirá para pressões moderadas nos preços. Temos que monitorar o câmbio porque pode ter efeito sobre inflação", afirmou, durante coletiva de imprensa após a decisão de política monetária da autoridade, que manteve as taxas básicas de juros, mas reiterou a disposição de ajustar instrumentos.

O BCE mostrou-se nesta quinta-feira um pouco mais otimista em relação à recuperação da economia da zona do euro, após o choque da pandemia do novo coronavírus. Para este ano, o BCE prevê agora queda de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco. A estimativa anterior era de contração de 8,7%.

Já nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego ficaram estáveis na semana passada, em 884 mil, enquanto a previsão era de queda a 850 mil. De todo modo, observa Bruno Musa, sócio da Acqua Investimentos, trata-se da segunda semana em que o indicador ficou inferior a 1 milhão. No entanto, ainda segue o impasse nas negociações em relação a um novo pacote de ajuda à economia norte-americana, bem como o Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros para a Europa ainda precisa da chancela do Parlamento Europeu e dos Estados-membro para entrar em vigor.

Já no Brasil, as vendas varejistas voltaram a subir em julho, ainda que em menor magnitude. "É natural um crescimento menor depois da alta mais expressiva antes, refletindo o início da reabertura da economia", avalia Bruno Musa. Ontem, o Ibovespa subiu 1,24%, aos 101.292,05 pontos, acompanhando recuperação em Nova York.

As vendas do comércio varejista subiram 5,2% em julho ante junho, ficando acima da mediana de 0,90% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast (-2,90% a uma alta de 22,40%). Já as vendas ampliadas cresceram 7,2%, também superando a mediana de 5,3% das previsões (0,60% e 31,50%). Em junho, os resultados foram de 8,5% e de 11,1%, respectivamente.

A questão à frente, ressalta o sócio da Acqua Investimentos, é saber como o mercado reagirá assim que terminarem os efeitos dos benefícios implementados para limitar os efeitos negativos na economia, como o auxílio emergencial.

O investidor ainda acompanha a notícia de uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (10) pela Polícia Federal, em mais uma etapa da Lava Jato, tem entre os alvos das buscas a sede da Petrobras na capital fluminense.

Além disso, fica no radar a informação de que a Petrobras anunciou hoje o início da oferta de recompra de títulos globais, por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF), limitada ao montante total de US$ 4 bilhões. "Essa questão da operação da PF pode nem ter impacto, pois sabemos do rombo bilionário na estatal no passado, o que já foi suprido pelo mercado", avalia Bruno Musa.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira (4) após os mercados acionários de Nova York sofrerem um tombo ontem, num dia de realização de lucros que penalizou principalmente o setor de tecnologia.

Na China continental, os índices acionários ficaram no vermelho pelo terceiro dia seguido, com quedas de 0,87% do Xangai Composto, a 3.355,37 pontos, e de 0,49% do menos abrangente Shenzhen Composto, a 2.290,49 pontos.

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Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 1,11% em Tóquio, a 23.205,43 pontos, também em meio à aproximação do tufão Haishen, enquanto o Hang Seng recuou 1,25% em Hong Kong, a 24.695,45 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 1,15% em Seul, a 2.368,25 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões positivos, e o Taiex registrou perda de 0,94% em Taiwan, a 12.637,95 pontos.

Wall Street sofreu perdas acentuadas ontem, em especial no segmento de tecnologia, à medida que investidores embolsaram lucros após os sucessivos recordes de fechamento do S&P 500 e do Nasdaq.

Apenas a Apple despencou 8,1% na quinta-feira, o que acabou respingando em ações de fornecedores asiáticos do fabricante do iPhone nos negócios de hoje. No Japão, os papéis da Sharp e da Murata Manufacturing caíram 0,65% e 1,56%, respectivamente. No mercado taiwanês, a ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company teve baixa de 1,61%. E em Hong Kong, a AAC Technologies recuou 2,14%.

Na Oceania, a bolsa australiana sentiu ainda mais o impacto de Nova York, encerrando sua pior sessão desde 1º de maio. O S&P/ASX 200 caiu 3,06% em Sydney, a 5.925,50 pontos, também pressionado por ações de tecnologia. (Com informações da Dow Jones Newswires).

A Procuradoria-Geral do estado de Nova York investiga a morte, em março deste ano, de um homem negro, após a divulgação de um vídeo nesta semana que mostra como a polícia o prendeu: colocando-lhe um capuz e forçando-o ficar de bruços no chão.

A morte de Daniel Prude, de 41 anos, em Rochester, norte do estado de Nova York, uma semana depois de sua prisão, foi divulgada por sua família nesta quarta-feira (2), e renovou a indignação pelo tratamento de pessoas negras por parte da polícia americana.

"A morte de Daniel Prude foi uma tragédia", disse a promotora Letitia James em um comunicado divulgado na quarta-feira, ao anunciar a investigação.

"Compartilho das preocupações da comunidade para garantir que haja uma investigação justa e independente sobre sua morte e apoio seu direito de protestar", acrescentou Letitia, que também é negra.

Em 23 de março, o irmão da vítima ligou para a polícia para que ajudasse Prude, que tinha problemas psicológicos, quando este saiu de madrugada nu pelas ruas cobertas de neve.

O vídeo recém-obtido pela família, filmado pelas câmeras colocadas nas vestes dos policiais, mostra Daniel Prude nu e desarmado.

A polícia ordenou que se jogasse no chão, ele obedeceu e foi algemado, mas depois mostrou-se agitado. Os policiais, então, colocaram-lhe um capuz feito para que os agentes evitem cuspes, ou mordidas, dos detidos. Ele foi obrigado a manter a cabeça para baixo durante dois minutos.

Prude perdeu a consciência. Os policiais tentaram reanimá-lo, mas não conseguiram e o levaram para um hospital, onde morreu uma semana depois, quando foi retirado das máquinas que o mantinham com vida.

Segundo o jornal local Democrat and Chronicle, a necropsia determinou que sua morte foi um homicídio causado por "complicações de asfixia devido a uma dominação física". Também detectou um baixo nível da droga alucinógena PCP no sangue de Prude, o que foi descrito como uma complicação.

"Chamei (a polícia) para que ajudassem meu irmão, não para que o linchassem", disse Joe Prude em coletiva de imprensa na quarta-feira.

Os policiais envolvidos não foram suspensos. Um protesto pela morte de Prude na quarta-feira em Rochester foi dispersado pela polícia com spray de pimenta e terminou com várias prisões, informou o jornal local. Outro protesto pelo caso está previsto para esta quinta-feira à noite na cidade de Nova York.

A morte em maio de George Floyd, outro homem negro, asfixiado por um policial branco em Minneapolis, desencadeou protestos gigantescos nos EUA e em outros países, convocados pelo movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) contra o racismo e contra a violência policial.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou um adiamento na volta às aulas presenciais na cidade após uma reunião entre o governo local e os sindicatos que representam os professores nesta terça-feira (1º). Os dois lados debateram sobre os riscos do retorno para os funcionários em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Com isso, a volta dos alunos para as escolas públicas foi transferida do dia 10 para 21 de setembro. Segundo as informações oficiais, a partir do dia 16 estão liberadas as aulas online e, cinco dias depois, o retorno deve ser em esquema híbrido - aulas virtuais e presenciais.

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"O que acertamos é que as medidas de saúde devem estar no lugar para garantir que haja tempo de nos prepararmos adequadamente para nossos educadores", ressaltou Blasio. A prefeitura ainda se comprometeu a instalar tendas para efetuar testes rápidos de Covid-19, além das demais medidas sanitárias - medição de temperatura, distanciamento, entre outros.

A cidade de Nova York foi o primeiro epicentro da pandemia nos Estados Unidos e, assim como aconteceu no estado homônimo, tomou duras medidas de isolamento social para evitar ainda mais mortes e contaminações.

Diferentemente do que ocorre em diversos outros estados norte-americanos, tanto o governo local como o estadual optaram por uma reabertura gradual, mais lenta que o resto do país, e os números agora estão bastante controlados - na comparação com o período entre março e maio.

Em julho, o estado deixou a liderança no número de casos totais da doença - que são 435.510 nesta quarta-feira (02) - e agora é o quarto com mais infectados, atrás da Califórnia (717.162), Texas (637.721) e Flórida (631.040). Os números são do Centro Universitário Johns Hopkins.

Segundo dados da Prefeitura, a cidade de Nova York tem até hoje 239.246 casos da doença e 23.703 mortes. 

Da Ansa

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