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A ciclofaixa da Avenida Agamenon Magalhães finalmente deve sair do papel. Na madrugada desta quinta-feira (10), o prefeito João Campos (PSB) anunciou o edital de licitação e disse que a inclusão da via especial não vai reduzir as faixas da avenida.

A obra orçada em R$ 6.759.126,91 promete sair das imediações do viaduto da João de Barros até a Ponte do Pina. A faixa se estende por mais de quatro quilômetros, entre as ruas Dr. Leopoldo Lins, no bairro da Boa Vista, e a Avenida Saturnino de Brito, no Cabanga. 

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O canteiro central da Agamenon Magalhães vai receber a ciclofaixa, que contará com separação física, para garantir a segurança dos mais de 7.500 ciclistas que cruzam diariamente a Avenida, segundo monitoramento da Prefeitura. 

"Essa é uma obra tão sonhada que vai ligar a Zona Norte à Zona Sul da cidade, conectando mais de 160 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas existentes", comunicou João.

O edital de licitação foi publicado no Diário Oficial do Município nesta quinta (10) e o processo licitatório fica a cargo da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que responde à Secretaria de Infraestrutura.

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  O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), autorizou nesta sexta-feira (25) as obras para a triplicação da BR-232 no trecho que acessa à região metropolitana do Recife. A autorização aconteceu durante a solenidade no palácio do campo das princesas. 

A obra conta com orçamento de quase R$ 100 milhões, provenientes de recursos estaduais. A prefeitura ficará responsável pela iluminação pública, além do trabalho de fiscalização durante a obra. Também contará com foco nas áreas de rodovia.  O tempo estimado para conclusão do serviço é de no máximo um ano.

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A triplicação da rodovia contempla um trecho de 68 km de extensão, iniciando na BR-101, até a BR-408.  

Este ano, a Independência completa 200 anos no dia 7 de setembro. O quadro "Independência Ou Morte", de Pedro Américo (1843-1905) é considerado a maior representação pictórica do fato histórico ocorrido às margens do Ipiranga e passa por restauração.

O projeto da reconstrução aconteceu no próprio salão onde atualmente se encontra exposto, pois o tamanho do quadro é maior do que a porta. Uma equipe trabalhou na tela (que tem 7x 4 mestros) que " ganhou as cores originais, voltaram as cores. Então, ela está realmente muito próxima do original mesmo” ,apontou Yara Petrella, a chefe de restauro do Museu.  

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Pedro Américo era paraibano mas vivia na Itália, como muitos artistas na época. 66 anos depois da Independência, recebeu uma encomenda da Família Real para pintar o célebre momento de D. Pedro I às margens do Ipiranga. “Ele [Pedro, o pintor] deu à tela uma contemporaneidade para final do século XIX que fez com que ela se tornasse uma figura emblemática” explicou Cecília Helena Oliveira, ex-diretora do Museu Paulista.  

O artias plástico fez vários desenhos até chegar à tela final. Visitou São Paulo e se inspirou em outro quadro, “A Batalha de Friedland” do francês Meissonier, de 1875. A tela mostra um momento idealizado, não exatamente um retrato fiel daquele momento. Para aquele tipo de viagem, eram comuns as mulas e não cavalos, por exemplo.

Desde 2013 o Museu do Ipiranga está fechado ao público para obras e restauros, após um estudo apontar que a estrutura do prédio estava insegura. A previsão de reabertura é para setembro de 2022, como parte das comemorações da Independência.

Por Camily Maciel

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) inaugurou, nesta terça-feira (8), a obra de transposição do Rio São Francisco no município de Salgueiro, no Sertão pernambucano. O evento aconteceu na Estação de Bombeamento (EBI-3) do Núcleo de Controle Operacional da Transposição do Rio São Francisco. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, acompanhou a inauguração. 

A obra, que já é um empreendimento antigo, acaba de ser finalizada e deve levar água para 12 milhões de pessoas, em 390 municípios da região sertaneja e microrregiões. Desde 2019, foram investidos R$ 4,1 bilhões para a conclusão 

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“Um dia de funcionamento equivale a 30 dias de carro pipa. É uma obra que além de economizar recursos, vai levar vida. Está na Bíblia: água é vida. A gente vê o que está acontecendo agora no extremo Sul, lá também falta água e quem está lá é o nosso Exército Brasileiro. Essas Forças Armadas são de vocês”, declarou o mandatário, em agradecimento aos militares envolvidos na realização do projeto. 

Agenda na região Nordeste 

Outros três estados nordestinos devem ser visitados até a quarta-feira (9): Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Ainda na terça-feira (8), a comitiva presidencial deverá seguir ao Ceará para visitar a Barragem de Jati. Durante a visita, as águas serão liberadas da estrutura até o Cinturão de Águas. 

Na quarta-feira (9), o presidente vai visitar as obras da Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte. A barragem é a porta de entrada das águas do São Francisco no estado. A estrutura está em fase final de construção e vai garantir o abastecimento de 330 mil pessoas em oito cidades potiguares. 

No mesmo dia, também será assinada ordem de serviço para a segunda etapa de obra de pavimentação na cidade de Jucurutu, interligando a sede do município ao distrito de Serra de João do Vale. 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) inicia uma nova agenda pela região Nordeste do país esta semana, começando nesta terça-feira (8), com uma visita a Pernambuco. O mandatário deverá presenciar o acionamento das bombas no Núcleo de Controle Operacional na Estação de Bombeamento (EBI-3), localizada em Salgueiro, município do Sertão pernambucano. O evento está previsto para começar às 10h30.

O objetivo das visitas é acompanhar os novos empreendimentos do projeto de transposição do rio São Francisco. Também serão visitados os estados do Ceará e Rio Grande do Norte. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, participará da comitiva.

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Ainda na terça-feira (8), a equipe deverá seguir ao Ceará para visitar a Barragem de Jati. Durante a visita, as águas serão liberadas da estrutura até o Cinturão de Águas.Na quarta-feira (9), o presidente vai visitar as obras da Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte. A barragem é a porta de entrada das águas do São Francisco no estado. A estrutura está em fase final de construção e vai garantir o abastecimento de 330 mil pessoas em oito cidades potiguares.

No mesmo dia, também será assinada ordem de serviço para a segunda etapa de obra de pavimentação na cidade de Jucurutu, interligando a sede do município ao distrito de Serra de João do Vale.

A Controladoria-Geral da União (CGU) verificou um superfaturamento em contratos de pavimentação financiadas pelo orçamento secreto. A verba foi encaminhada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao estado de Alagoas, seu reduto eleitoral. O cálculo do órgão indicou a diferença de R$ 4,3 milhões.

O relatório publicado pelo o Globo apontou que os contratos para as obras em 34 municípios foram fechados com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), entre 2019 e 2020, no custo de R$ 30,2 milhões. Uma das cidades listadas para a requalificação do pavimento foi Barra de São Miguel, que é gerida pelo pai de Arthur Lira, Benedito Lira.

Indicado pelo presidente da Câmara à superintendência da Codevasf no fim de 2019, Ricardo Alexandre Lisboa Vieira ficou no cargo interino até 1º de abril de 2021, quando o primo de Lira, João José Pereira Filho, foi colocado na presidência da entidade no estado.

Conforme a CGU, R$ 17,7 milhões foram enviados pelo deputado através do orçamento secreto e R$ 10,9 milhões por emendas também encaminhadas por Lira e pelo suplente do seu pai no Senado, Givago Tenório. Os auditores ainda estranharam que a Codevasf usou uma planilha de orçamentos sem discriminar os fornecedores.

Dentre os gastos acima da média, a CGU constatou serviços e materiais como a estrutura de apoio à obra, elaboração de projeto executivo, transporte de materiais com caminhão basculante, pintura do meio-fio e placas de aço de sinalização.

Representantes da controladoria foram à Barra de São Miguel no dia 5 de março do ano passado, confirmaram que as obras estavam paradas e que a sede da D2M Engenharia estava fechada.

A empresa assumiu a execução dos serviços em 29 cidades. Além das divergências na área apontada para a requalificação, no assentamento do meio-fio e na quantidade de sinalização, não havia registro de carregamento de caminhões basculantes, nem do "espalhamento do bota-fora".

Em nota, a Codevasf negou o superfaturamento e disse que “possui sólida estrutura de governança e atende tempestivamente demandas de informação apresentadas por órgãos de controle” que "são estudadas por profissionais da companhia e observadas de acordo com sua aplicação”.

 Por volta das 9h desta terça-feira (1º), a obra do metrô da Linha 6-Laranja, localizada Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo, desabou e abriu uma cratera na via. O desmoronamento ocorreu antes da Ponte do Piqueri, no sentido Ayrton Senna, do lado de um poço cavado pelo tatuzão. Até agora, não há informações sobre feridos.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) as pistas sentido rodovia Ayrton Senna da Marginal Tietê foram interditadas. Agentes no órgão estão no local para orientar os condutores. A CET recomenda que a Marginal Tietê e as vias próximas a ela sejam evitadas.

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A Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que uma adutora ou tubulação de esgoto foi rompida. Já o Corpo de Bombeiros confirma que foi acionado para um acidente na linha Laranja do Metrô. Segundo a corporação, o trabalho de escavação feito com um "tatuzão"  atingiu algum rio ou adutora, causando a inundação do túnel aberto.

Os bombeiros também relataram que todos os trabalhadores envolvidos na obra conseguiram deixar o local. Dois deles tiveram contato com água contaminada e foram socorridos por precaução.

Nesta terça-feira (1º), o bairro da Boa Vista, área Central do Recife, recebe obras de adequação do sistema de drenagem para conter os alagamentos na região. O serviço tem previsão de 90 dias para ser concluído, informou a Autarquia de Urbanização do Recife (URB).

A intervenção começa na rua General Joaquim Inácio e segue na Avenida Lins Petit, que corta a praça Chora Menino. O local sofre com pontos crônicos de alagamento.

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A expectativa é que duas faixas sejam ocupadas pela equipe de 20 profissionais e trechos das vias sejam interditados conforme o avanço das atividades.

Orientadores da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estarão no local para garantir a fluidez. A Prefeitura também informou que não haverá desvios, mas o estacionamento será bloqueado na Lins Petit. 

Os condutores que vêm da Avenida Manoel Borba e desejam seguir para Rua General Joaquim Inácio ou para Avenida Governador Agamenon Magalhães podem utilizar a Rua Dom Bosco como rota alternativa.

A iniciativa faz parte do projeto Calçada Legal, que já requalificou 50 mil metros de passeios públicos e prevê um investimento de R$ 105 milhões para melhorias de 134 km de calçadas 56.300 m² de largos do Recife. 

A gestão promete entregar mais 18 mil metros de calçadas até o fim do ano nas ruas Manoel Borba, rua da Aurora, rua do Futuro, rua Conde do Irajá (Torre), Avenida Lins Petit (Boa Vista), Estrada de Belém (Campo Grande) e av. Visconde de Suassuna. Também estão sendo realizadas obras do mesmo tipo na rua Padre Carapuceiro (Boa Viagem), rua Professor João de Medeiros (Boa Viagem), avenida São Paulo (Jardim São Paulo), rua General Joaquim Inácio (Boa Vista), rua Dália (Boa Viagem), Estrada do Encanamento e Estrada das Ubaias.

Ao longo deste fim de semana, uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai alterar o trânsito no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. A intervenção vai trocar cerca de 700 metros de tubulação da rede de esgoto até o domingo (30).

Durante o período, parte da Avenida Professor José dos Anjos será interditada próximo ao nº 717, no sentido Arruda-Campo Grande. Para minimizar o impacto na fluidez, os motoristas vão precisar realizar o desvio na Rua Gomes Coutinho.

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A companhia apontou que a obra será realizada ela empresa privada BRK pelo programa Cidade Saneada.

 

Com a entrega de 50 metros do Cais da Aurora, no trecho em frente à Assembleia Legislativa, nessa terça-feira (28), a Prefeitura do Recife inaugurou um balanço com o letreiro iluminado "Aqui Nasce o Atlântico". Em referência ao ‘Marco Zero’ do Oceano, uma rosa dos ventos foi fixada no chão do novo cartão postal, que também ganhou bancos, mesas e lixeiras.

De acordo com a gestão, a ideia do espaço de convivência partiu de uma antiga brincadeira sobre o encontro dos Rios Capibaribe e Beberibe formar o Oceano Atlântico.

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Durante a inauguração do primeiro trecho, o prefeito João Campos (PSB) destacou a irreverência em torno da lenda e apontou que local foi pensado os visitantes contemplarem a cidade.

Novo ponto turístico

"Aqui fizemos um espaço instagramável, onde você pode vir, tirar foto, postar. Estamos também conversando com as operadoras de turismo da cidade para aqui passar a ser um novo ponto, um novo destino turístico, que aqui a gente possa, além do recifense curtir, trazer pessoas de outras cidades para conhecer, curtir e celebrar o nosso Recife”, comentou.

Com a proposta de transformar o Cais da Aurora em um parque linear, outros trechos já estão em obras e devem ser entregues no primeiro trimestre do próximo ano. O projeto prevê sete varandas para os próximos quatro anos.

“Duas varandas que já estão em andamento serão entregues em março do ano que vem, e as demais varandas estão em fase de elaboração de projeto”, apontou a secretária de Infraestrutura do Recife, Marília Dantas.

Os monumentos do caranguejo e do Galo da Madrugada foram levados para outros pontos do novo parque.

Roda gigante solidária

Para movimentar o novo atrativo neste fim de ano, no último dia 21, a Secretaria de Turismo e Lazer colocou uma roda gigante de 12 metros com capacidade para 24 pessoas em frente ao Ginásio Pernambucano.

Para se divertir é preciso levar um quilo de alimento não perecível e o comprovante de vacinação com duas doses aos maiores de 12 anos. O brinquedo funciona das 16h às 20h, até esta quinta (30).

Na noite dessa segunda-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro foi recepcionado por um hino nazista no aniversário de 80 anos da Força Aérea Brasileira (FAB). A ópera aplaudida pelo presidente foi usada por Adolf Hitler como propaganda de doutrinação contra judeus.

No evento fora da agenda, Bolsonaro esteve acompanhado do ministro da Defesa, general Braga Netto, e do comandante da FAB, o tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. A comemoração também marcou a estreia da orquestra sinfônica da instituição.

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Uma das escolhas para o concerto foi a ópera "Os Mestre-Cantores de Nuremberg", do alemão Richard Wagner, um dos maiores ídolos de Hitler. Com quatro horas de duração, a banda militar se privou a tocar dez minutos da composição.



LeiaJá também: Governo Bolsonaro é acusado de flertar com o nazismo

Wagner participava do grupo conservador dos "nacionalistas alemães" e morreu antes de ver a ascensão do Führer, mas sua obra era comum em comícios nazistas.

Ele também teria publicado o panfleto “Sobre o Judaísmo na Música”, no que desprezava os compositores judeus da época, como Mendelssohn-Bartholdy e Giacomo Meyerbeer.



Até o momento, a FAB não se posicionou sobre a escolha do repertório.



Nazismo na Cultura



A obra de Wagner já havia sido aproveitada pelo Governo Bolsonaro. Em janeiro do ano passado, o polêmico discurso que demitiu o ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim, foi ambientado com uma música do compositor alemão ao fundo. Em sua fala, ele reproduziu citações do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels.  

Na ocasião, Bolsonaro publicou uma nota para repudiar as ideologias totalitárias e definiu o pronunciamento de Alvim como "infeliz".

O autorretrato "Diego y yo" de Frida Kahlo estabeleceu na terça-feira (16) um recorde absoluto para uma obra da pintora mexicana, e para um artista latino, ao ser vendido por US$ 34,9 milhões em um leilão da Sotheby's em Nova York.

O valor ficou longe, porém, do teto previsto pelos especialistas, que avaliaram a pintura na faixa de US$ 30 milhões a US$ 50 milhões.

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Pintado em 1949 pela artista mexicana, o quadro pertencia a uma coleção privada e tem a dedicatória "para Florence e Sam com o carinho de Frida".

O comprador foi o colecionador argentino Eduardo Costantini, fundador do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA). A tela irá, no entanto, para sua coleção particular.

O empresário participou da disputa por telefone, com Anna Di Stasi, a diretora da Sotheby's para a América Latina, informou a casa de leilões à AFP, acrescentando que o valor total da compra inclui a comissão de venda.

Em 1995, este filho de um imigrante italiano que chegou a Buenos Aires no início do século XX pagou o valor recorde de US$ 3,2 milhões por "Autorretrato con chango y loro" (1942), também de Frida Kahlo.

Em 2016, ele pagou pouco mais de US$ 16 milhões pela obra "Baile en Tehuantepec" (1928) de Diego Rivera. O recorde anterior para uma obra de Rivera, de 1995, era de pouco mais de US$ 3 milhões.

Até então, o recorde em um leilão para uma obra de Kahlo era de US$ 8 milhões, por uma obra vendida em 2016.

"Diego y yo" também bateu o recorde para uma obra de um artista da América Latina.

Este é um dos autorretratos mais emblemáticos da pintora mexicana, que se tornou um ícone feminista.

Na pintura, o rosto de Rivera aparece na testa de Frida, acima de suas sobrancelhas características e de seus olhos escuros, dos quais caem algumas lágrimas.

A representação de Rivera - na época próximo da atriz mexicana María Félix - como um terceiro olho simboliza o quanto atormentava seus pensamentos, dizem os especialistas em arte.

Kahlo e Rivera se casaram duas vezes. Ela faleceu em 1954, aos 47 anos.

"Diego y yo" havia sido vendido pela última vez na Sotheby's por US$ 1,4 milhão, em 1990.

No leilão de terça-feira (16), outras estrelas da noite foram uma obra do pintor francês Pierre Soulages, que alcançou US$ 20,2 milhões, e uma obra da espanhola Remedios Varo, vendida por quase US$ 2,7 milhões.

Uma obra da anglo-mexicana Leonora Carrington foi vendida por US$ 1,8 milhão; uma pintura do cubano Wilfredo Lam, por US$ 1,35 milhão; outra, do uruguaio Joaquín Torres-García, por US$ 1,23 milhão; assim como uma natureza-morta de Diego Rivera, por US$ 3,2 milhões. Uma tela do chileno Roberto Matta foi leiloada por US$ 715.000.

O presidente Jair Bolsonaro cumpre agenda presidencial em Pernambuco nesta quinta-feira (21). A viagem inaugura o Ramal do Agreste e faz parte de um giro pela região Nordeste, iniciado na terça (19), na Bahia. Bolsonaro deve chegar ao município de Sertânia por volta das 13h, mas a inauguração da obra está prevista para às 13h40, de acordo com a agenda oficial. Na manhã desta quinta-feira, o mandatário também vai à cidade de Piranhas, na Paraíba, para inaugurar a obra do trecho final do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

No total, o Ramal do Agreste tem 70,8 quilômetros de extensão e capacidade de vazão de oito mil litros de água por segundo. Quando finalizado, levará as águas do Eixo Leste do projeto São Francisco, que está em pré-operação desde 2017, à região de maior escassez hídrica de Pernambuco. A fase de testes da obra, orçada em R$ 1,67 bilhão, foi iniciada em fevereiro e sua entrega estava prevista para junho deste ano, mas atrasou. O Ramal do Agreste foi iniciado quase 16 anos atrás e tinha previsão inicial de conclusão em quatro anos.

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O Ramal, em conjunto com a Adutora do Agreste, distribuirá a água do Eixo Leste da Integração do Rio São Francisco para até 2,2 milhões de pessoas. A obra é realizada através do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e terá aplicação em fases, após a inauguração dos trechos completos. 23 municípios serão contemplados pela primeira fase.

Já a Adutora do Agreste, terá primeira fase construída pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), mas as obras foram paralisadas e só devem ser finalizadas em 2022, após possíveis repasses do Governo Federal para a conclusão da obra. A interrupção, segundo o Governo de Pernambuco, foi por falta de verba.

A próxima viagem do giro, marcada para amanhã (22), será para o Rio Grande do Norte. Lá, Bolsonaro comparecerá ao lançamento do Polo da Moda; anunciará o edital de licitação do projeto de revitalização da Lagoa do Bonfim; deve instalar 60 novas cisternas no município de São Tomé; e liberar verba de R$ 10 milhões para a obra na Barragem de Oiticica.

Para agradar a esposa, que continuou reclamando da casa após diversas reformas, o bósnio Vojin Kusic criou uma casa giratória para que ela pudesse escolher a melhor posição para acompanhar o pôr do sol. Ele conta que fez sozinho a obra durante seis anos.

Apoiada em rodinhas, a estrutura consegue dar um giro de 360º em 24 horas na velocidade lenta, mas pode fazer a volta completa em 22 segundos no modo veloz.

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“Quando eu estava construindo a nossa casa, tinha um quarto de um lado e o das crianças do outro. Minha mulher não gostou, e disse 'vamos virar para o outro lado para que a sala fique ao lado da rua'. [...] Então, eu mudei o interior, quebrei as paredes e tive os mesmos problemas no andar térreo. Já estava farto das reclamações dela e da renovação frequente e então eu falei: vou construir uma casa giratória para que você possa girar como quiser", relatou o idealizador do projeto.

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Um pedreiro de 56 anos foi preso no litoral paulista, nessa terça-feira (5), após confessar ter matado e ocultado o cadáver de uma jovem de 25, desaparecida há mais de uma semana. O suspeito, que não teve a identidade revelada, estrangulou a vítima, Joice Maria da Glória Rodrigues, com uma camisa e em seguida, concretou a jovem na parede de uma obra onde trabalhava, na cidade de São Vicente. As informações são do G1.  

O homem foi preso e confessou o crime à Polícia Civil, alegando que matou a vítima estrangulada com uma camiseta depois de ter mantido relações sexuais com ela. Segundo a polícia, um outro suspeito também foi detido. Joice estava desaparecida desde o dia 27 de setembro. 

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A investigação foi conduzida por policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios do Deic Santos. Durante diligências, a equipe apurou que a vítima esteve na rua em que fica localizada a obra, onde teria se encontrado com o pedreiro. O suspeito foi questionado sobre o caso e informou que esteve com Joice até às 21h15 do dia de seu desaparecimento. 

Em um primeiro depoimento, o suspeito relatou que manteve relações sexuais com a vítima, utilizado drogas, e que, depois disso, ela teria ido embora do local. Ele ainda alegou que a jovem parava no local esporadicamente para falar com ele, mas que não sabia do seu paradeiro. 

O local foi vistoriado, e a equipe encontrou pinos plásticos vazios, geralmente utilizados para acondicionar cocaína, além de uma sacola com calcinhas na parte superior da construção, que foi apreendida. 

O proprietário do terreno foi questionado pela polícia sobre áreas recém-concretadas ou frescas existentes na obra. Ele respondeu que não havia nenhuma, entretanto, nesta terça, pensando na possibilidade levantada pelos policiais, observou que, no banheiro do piso térreo, embaixo da escada, o vão havia sido fechado, com um acabamento mal feito. Diante disso, ele golpeou uma vez, e sentiu um forte odor. 

O dono acionou os policiais civis, que se dirigiram ao local e derrubaram parte da parede, constatando que o corpo estava dentro. O cadáver foi retirado com o auxílio do Corpo de Bombeiros. A vítima estava nua, com uma camiseta preta enrolada ao pescoço. Depois disso, policiais se dirigiram à residência do pedreiro e o prenderam em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Nesse momento, conforme as autoridades, ele confessou ter matado a vítima estrangulada com uma camiseta, depois de ter mantido relações sexuais com ela. Também foi proferida voz de prisão por esse crime. 

No último dia 1º de setembro, 16 jovens saíram juntos e sem algemas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Nunca tantos internos haviam deixado aquela unidade de uma única vez. Não se tratava de fuga, motim ou algo do tipo. 

O grupo seguia para o Centro de Ensino Superior de Arcoverde (Aesa), a menos de dez minutos dali. No local haveria um evento de lançamento de livro e sessão de autógrafos. Era o livro escrito por eles. Era o autógrafo deles que as pessoas presentes esperavam.

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O livro "Diário da Tranca", editado pela Editora Cartonera, surgiu de um projeto desenvolvido pela pedagoga do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case/Cenip) de Arcoverde, Jedivam Conceição. São 49 textos escritos pelos internos entre setembro de 2020 e o último mês de julho. Os próprios adolescentes participaram da confecção das edições. A ideia nasceu a partir de uma sugestão do Judiciário, que propôs um projeto que se assemelhasse à remição pela leitura do sistema prisional, que reduz a pena do reeducando a partir da confirmação de leitura de obras. Jedivam Conceição queria algo adaptado para as particularidades dos jovens e que abarcasse até mesmo os que não sabiam ler.

A pedagoga estava presente na cerimônia de 1º de setembro. Enquanto acompanhava o evento, também transmitido ao vivo no canal da Funase do YouTube, Jedivam olhava para os garotos com um sentimento de orgulho. Perguntada sobre o que passava na cabeça dela naquele momento, diz que havia uma sensação de poder fazer a diferença. “É a sensação de transgressão. É a sensação de que a gente pode mudar esse sistema desde que não compactue com muitas práticas que ele reproduz”, conta.

Jedivam lembra da primeira vez que entrou no sistema. Era junho de 2013. Subiu as escadas e se deparou com as grades de ferro, de pintura desgastada em verde. Entre os espaços daquelas grades, várias mãos amontoadas, muitos olhares curiosos. “Quem é você?”, “Com quanto tempo estou?” e “Quando vai sair meu relatório?” foram algumas perguntas que ela ouviu ao cruzar aquele corredor. 

“Eu não tinha nenhuma noção do que era ser pedagoga em uma instituição dessa. Eu vim nessa expectativa de que seria difícil, só não sabia que seria tanto”, recorda. A dificuldade encarada por Jedivam não diminui a empolgação com a qual vai trabalhar. Mora em um apartamento localizado na mesma avenida do Case/Cenip. Levanta às 7h, se arruma, vai a pé e chega às 8h no local de trabalho. “Eu não sei viver nada sem meu coração estar ali inteiro. Eu nunca tive esse lugar de obrigação, eu não tenho esse sentimento, essas reclamações. Eu sempre digo que a pedagogia é minha paixão. Eu sou fascinada, tenho um tesão muito grande por aquilo que faço”, afirma.

A pedagoga desenvolveu o "Diário da Tranca" durante a pandemia de Covid-19, que em alguns momentos resultou na suspensão de visitas na Funase de Arcoverde. “Foi muito difícil ver aqueles meninos viverem o isolamento do isolamento. Sem que as famílias pudessem ver, sem que a equipe pudesse ir até eles”, conta Jedivam. As aulas também ficaram suspensas devido à crise sanitária e as atividades externas foram quase nulas. 

“Meu objetivo é que esses meninos sejam vistos. O projeto é feito pelos meninos. Não é feito com os meninos, é feito por eles. A gente não pode dizer o que é bom para o outro, a gente precisa construir com o outro”, completa a educadora. A obra foi desenvolvida no âmbito do projeto intitulado Clube Castelar, que montou uma sala de leitura dentro de um contêiner na unidade socioeducativa. No Clube Castelar, os adolescentes são estimulados a ler e escrever e conversar sobre os temas trabalhados nos livros. Essa participação resulta em relatórios técnicos que são incorporados aos processos dos internos, tendo peso positivo na avaliação da Vara Regional da Infância e Juventude. O termo ‘castelar’, muito usado pelos jovens no sistema, significa “refletir”, “pensar”.

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Divulgação

M.H., de 17 anos, castelava enquanto encarava a grade do seu cubículo na manhã de 28 de junho. Pensava na mãe. Resolveu escrever sobre isso. “(...) era pra eu estar na rua fazendo a coisa certa, mas estou aqui longe da minha família, sabendo que posso não amanhecer vivo. Mas com fé em Deus vou sair desse lugar e viver em paz, sem matar, sem roubar”, afirma em uma das páginas do livro.

M.H. está há sete meses na unidade. Responde por ato infracional análogo à tentativa de latrocínio. Diz que durante uma briga levou pedradas de três homens. Resolveu revidar dias depois, acertando um tiro nas costas de um deles.

O jovem sonha concluir os estudos e um dia se tornar médico cardiologista - objetivo que almeja desde o dia que a avó morreu de um problema no coração, quando ele tinha uns dez anos. M.H. parou de estudar no sétimo ano. “Não queria mais estudar. Só queria fazer corre, ficar traficando”, relata em uma conversa por telefone. M.H. está envolvido com o tráfico de drogas desde os 14 anos.

“Estou decidido a não me envolver mais, quero mais essa vida não”, acrescenta. "Se eu sair daqui, vou ver se faço uma faculdade ou um curso. Não quero mais voltar para cá. Vou fazer de tudo para não fazer nada errado", diz. 

Na biblioteca da unidade, M.H. teve acesso a livros diversos. A obra que mais gostou diz se chamar "Beijo Francês". "É que é tudo misturado, tem romance, aventura, tudo junto. É como se ela encontrasse o amor verdadeiro, amor eterno, não só passageiro", analisa.

Fora da Funase, não costumava ler. “Nas ruas a gente não vê oportunidade. Muita gente julga você pela aparência, pelo jeito do cara andar. Não sabe que você tem coração puro, aí você tem a oportunidade de entrar na vida do crime”, comenta. M.H. diz que nas oficinas de leitura é diferente, que todos os jovens são iguais. “Tem gente que acredita na gente, sabe o que nós somos de verdade.”

Jedivam afirma que M.H. é um jovem de grande potencial. “Ele é extremamente dedicado e comprometido com as atividades que faz. Se ele tiver oportunidades para fazer aquilo que ele deseja fazer, vai muito longe.”

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R.V., de 17 anos, foi um dos que mais escreveu textos para o "Diário da Tranca". Sete ao todo. Nos escritos, tece análises sobre os livros que lia na unidade. Inicialmente, classificou 'O Senhor dos Anéis', de J.R.R. Tolkien, como sem graça. “Eu leio e não saio do canto.” Mas a opinião foi mudando com o avançar da história. “Mesmo sem saber o final da história, eu já estou gostando dela, pois até sonhar com a história do livro eu sonhei”, assinalou. Também aprovou 'As crônicas de Nárnia', de C.S. Lewis. “Ótimo livro que me fez pensar muito. Chegando no final, você se emociona como se fosse real aquela história.”

Não foi apenas crítico de obras, também escreveu sobre saudade e solidão". “Acordei com vontade de chorar, mas eu não queria que os outros colegas de cela me vissem triste por não ter conseguido ver minha mãe antes de ser sentenciado a seis meses”, escreveu em sua primeira contribuição, em 23 de setembro de 2020. “Eu abraçava minha mãe, mas sabia que seriam algumas horas só, que iria acabar e eu passaria mais 15 dias sem ver ela”, conta o jovem à reportagem.

A mãe de R.V. temia muito a ida do filho para a Funase, pois ele tinha o hábito de se cortar. A automutilação não se repetiu dentro do Case/Cenip e Jedivam acredita que o Clube Castelar teve um papel nisso. “Eu só pensava em me cortar, só vinha esse pensamento. Mas, eu percebia que eu devia apreciar a passagem ou a paisagem natural. Ver o pôr do Sol, ver o céu azul, as estrelas, a Lua, ver a cidade de cima e poder saber que o mundo é grande e eu preciso explorar o mundo todo”, declarou R.V. entre as páginas 14 e 15 do livro.

Desde que deixou a Funase, ele tem trabalhado ajudando o tio, que é pintor. Também está constantemente desenhando, seu passatempo preferido. Pensa em concluir o ensino médio e lembra com carinho da participação no diário. “Foi uma coisa maravilhosa, eu não sabia que ia se tornar um livro. Se eu pudesse fazer de novo, gostaria muito de fazer outro”, diz.

Segundo R.V., o livro evidencia que o sistema socioeducativo não é só violência. “As pessoas que não sabem o que nós passamos lá dentro vão ter a oportunidade de saber como é”, ressalta ele, que considera ter sido transformado pelo Clube Castelar. “Eu estava pensando em fazer coisa errada, mas quando cheguei no Clube Castelar, fui mudando o pensamento. Decidi sair e virar trabalhador. Estou nessa até hoje, fazendo de tudo para não voltar a fazer coisa errada.” O adolescente teve a maior nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 entre todos os garotos do sistema socioeducativo de Pernambuco que fizeram as provas.

"Ele é aquele menino que sempre teve vários sonhos e não teve a oportunidade de vivenciá-los, é de uma família sem muitos recursos, tem uma mãe com vários filhos. Ele queria muito ir para a academia, mas não consegue e faz uns pesos em casa; quer muito aprender violão, mas não tem condições de pagar um curso", detalha Jedivam. "Uma das coisas mais felizes que vivenciei com ele é que quando ele ganha livros, é como se ganhasse na loteria. A gente já deu livros e ele ficou fascinado.”

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Paula Cibelle, coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, diz que se emocionou com a cerimônia de lançamento de "Diário da Tranca". “A gente via a alegria de cada um. Eles agradecem pela oportunidade de serem ouvidos - não ouvidos pela equipe, pelo juiz, mas pela sociedade”, destaca. “Ninguém viu ali um adolescente da Funase. Era um grupo de adolescentes que estava lançando um livro”, ela completa.

A coordenadora está no cargo desde fevereiro de 2019 e garante que de lá para cá tem obtido “saltos excepcionais”. Conta que na noite do evento um representante do batalhão da Polícia Militar (PM) local agradeceu por estar no recinto como convidado e não para dar apoio em uma ocorrência. “Ele disse ‘são dois anos praticamente que a Funase de Arcoverde não nos pede ajuda’”, lembra Paula. 

Tanto Paula quanto Jedivam destacam o quanto a unidade é pequena. Com capacidade para 26 adolescentes, era uma antiga cadeia pública. “Há poucos espaços para atividades. Mas, contamos com funcionários que fazem oficina, como de aplicação de gesso, feltro e jardinagem”, diz a coordenadora. 

Paula elogia o trabalho feito pela pedagoga Jedivam e atribui também a ela os “saltos excepcionais”. “Eu falo ‘lá vem tu com tuas loucuras, mas pode fazer. Me diga o que você precisa’.”

Uma das ‘loucuras’ feitas por Jedivam foi pedir que não houvesse agente socioeducativo dentro da sala de leitura. “Uma das coisas que na instituição é regra é que sempre tem que ter um agente socioeducativo junto do adolescente em qualquer atividade, fora ou dentro da instituição", diz Jedivam. "E uma das coisas que estabeleci desde o começo foi ‘eu não quero nenhum agente comigo, eu dou conta. Me deem o rádio e se precisar eu chamo’”. 

Ela costuma levar grupos de dez adolescentes para o Clube Castelar. Traz uma garrafa de café, uns biscoitos. “Faz toda a diferença. Uma coisa é um atendimento em que estou de um lado da mesa, eles do outro e um agente na porta. Outra coisa é um espaço de leitura, onde podem ler o que quiserem, comem biscoito, brincam, conversam e estabelecem relações.”

Era à sala de leitura que J.V., de 17 anos, ia para atenuar a saudade do único filho, que tinha poucos meses de nascido. Harry Potter e Bella Swan fizeram companhia para o jovem, que respondia ao ato infracional análogo ao crime de furto. Ele não assumiu a autoria, mas foi apreendido em flagrante e passou sete meses na unidade.

As visitas na Funase de Arcoverde ocorriam a cada 15 dias, por causa da pandemia. Mãe e esposa do jovem intercalavam as visitas. O bebê não podia visitar o pai por causa dos protocolos sanitários. “E eu tinha medo de alguém da família ir me visitar e pegar a doença”, lembra o adolescente.

J.V. escreveu um único texto para o livro. Foi no dia que o filho completou quatro meses de nascido. “Hoje eu acordei muito triste por não estar presente com meu filho. Ele está completando quatro meses e não estou com ele. (...) Quando sair, quero trabalhar e ajudar meu filho”, declarou na obra.

Ele saiu e conseguiu um emprego. Mora com a esposa e o filho, agora com um ano e dois meses, em uma casa modesta, de R$ 150 de aluguel. Começou a trabalhar de ajudante de pedreiro com um tio e recebeu R$ 200 pelo serviço realizado na última semana.

“Eu vou trabalhar com o que aparecer para ganhar dinheiro. Com um filho, tenho que trabalhar no que vier”, diz. J.V. espera no futuro ter tempo para concluir os estudos à noite. Quer um dia sair da casa de aluguel. Avalia que aquela sala de leitura na Funase de Arcoverde é capaz de mudar a visão de mundo e dar esperança aos adolescentes. “Participar das atividades muda a pessoa, faz querer sair dali para construir sua vida.”

***

Paula Cibelle, a coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, comemora o baixo número de reincidentes, ou seja, de jovens que voltam para a Funase após conseguir a liberdade. De 2019 para cá, ela calcula que três ou quatro voltaram à unidade e, em alguns desses casos, por causa de descumprimento da liberdade assistida. 

“A gente oferece sim a ressocialização. Mesmo dentro de todas as peculiaridades, a gente consegue oferecer”, afirma ela. “Eu acredito muito no nosso trabalho, sou apaixonada pelo meu trabalho.”

A pedagoga Jedivam Conceição não acredita na capacidade de ressocialização das unidades prisionais e socioeducativas. Defensora do abolicionismo penal, ela sustenta que a sociedade é que deveria se educar para receber esses adolescentes.

"É como se o menino não tivesse sido socializado, é negar muito a história. O Estado foi negligente com esse jovem todo o período até os 12 anos. A partir dos 12 anos pode punir, então agora o Estado vai punir", ela critica.

"A Funase é uma lixeira social em que se coloca aquilo que não é bonito", continua a pedagoga. "Eu digo aos meninos todos os dias: 'vocês não estão na Funase só pelo ato infracional, estão porque são pobres, pretos, de periferia, porque estavam evadidos da escola ou não são escolarizados'. O filho de rico quando quer usar droga e não tem dinheiro rouba dos pais, o pobre vai para a rua roubar."

Jedivam sonha em ampliar o projeto do diário. Quer levar a ideia para as escolas públicas e comunidades. "Um lugar que eu sempre quis estar é com esses meninos que saem. Se já eram vulneráveis antes de entrar na instituição, continuam muito mais porque saem com o estigma de que estavam privados de liberdade. R.V. e outros confidenciaram que queriam continuar no projeto, continuar lendo os livros que estavam lendo, só que não têm acesso", explica a pedagoga.   

Em determinada ocasião durante a pandemia, um dos socioeducandos ofereceu o benefício de R$ 50 que recebia por mês para comprar álcool em gel para Jedivam. “Você não pode adoecer”, dizia, profundamente preocupado. Durante o telefonema com a reportagem, o adolescente M.H. classificou a pedagoga como uma pessoa especial, muito boa e guerreira. “Para onde ela vai, ela sempre leva a gente no coração”, afirmou. “O que M.H. disse para você sobre mim é maior do que qualquer prêmio que eu possa receber”, diz ela.

Por meio de editoras independentes, "Diário da Tranca" tem circulado no País e já foi levado para Portugal, Chile e Peru. Projetos semelhantes estão sendo planejados para unidades da Funase no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. A obra estará disponível na próxima Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que será realizada de 1 a 12 de outubro no Recife.

Para o ex-presidente Lula, o governo federal- e não a pandemia da Covid-19- é o principal responsável pelo desemprego recorde de 14,7% atingido pelo Brasil em junho deste ano, segundo indica o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na tarde desta quinta (26), o petista participou de uma coletiva de imprensa em Salvador, capital da Bahia, onde encerra sua agenda pelo Nordeste.

“É importante a gente ressaltar que o problema do desemprego não é por conta da pandemia. O problema é falta de investimento. Tem um ministro da Economia [Paulo Guedes] que não é um ministro qualquer, tem vários ministérios subordinados a ele. É um ministro que não utiliza a palavra desenvolvimento, não utiliza a palavra investimento, não utiliza a palavra emprego, por isso não tem emprego. Qual a grande obra que tem no Brasil?”, questionou Lula.

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O ex-presidente mencionou investimentos em infraestrutura feitos durante seu governo, a exemplo dos doze estádios para a Copa do Mundo de 2014, da Transnordestina, da transposição do Rio São Francisco, além das hidrelétricas de Santo Antônio, Belo Monte e Jirau. “Se o estado não toma a atitude de fazer investimento para financiar a obra, não tem estrutura. Se o povo tem menos dinheiro, tem menos consumo. Com menos consumo, há menos produção, menos comércio e mais desemprego. Essa é a lógica do que estamos vivendo. A gente precisa colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”, acrescentou Lula.

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A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) retomou as inscrições para programa de remição de pena através da leitura aos reclusos das 21 unidades prisionais de Pernambuco. Até a terça-feira (3), 1.308 pessoas privadas de liberdade (PPLs) confirmaram o interesse na iniciativa, que segue com as inscrições abertas.

A Seres lembra que em 2020 houve 2.187 inscritos nos dois ciclos do projeto, mas a pandemia da Covi-19 impediu a realização dos aulões e das provas. Na proposta de remição por leitura, cada obra lida confere sete dias a menos de reclusão, desde que a PPL faça um resumo ou resenha do livro com nota igual ou superior a 7.

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“O projeto Remição de Pena pela Leitura convida o preso a pensar, formar opinião e, com o hábito de ler, criar para si uma história melhor. É um incentivo à reinserção social utilizando a leitura aliada à redução da pena”, avaliou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Conforme o órgão, o Presídio Juiz Antonio Luiz Lins de Barros (Pjallb), no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, e o Presídio de Igarassu (PIG), registram o maior número de inscritos com 199 e 167 presos, respectivamente.

O projeto foi criado em outubro de 2016, inscreveu 8.683 reeducandos com mais de 72% de aprovação e conta com acervo de 23 mil livros, informa. Todas as unidades prisionais do Estado, que funcionam nos regimes fechado e semiaberto, dispõem de salas de leitura e 21 delas têm escolas.

Na próxima sexta-feira, será lançado o primeiro álbum póstumo de Prince, uma gravação inédita que estava em seu cofre em Paisley Park, o enorme complexo construído pelo falecido músico americano perto de Minneapolis.

"Welcome 2 America", um álbum de 12 faixas concluído em 2010 e arquivado por razões desconhecidas, oferece uma visão profética das lutas sociais, o racismo, a fratura política, a tecnologia e a desinformação que prevalecem hoje nos Estados Unidos.

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Combinando lirismo com um funk suave, Prince descreve os Estados Unidos como "terra dos livres / lar dos escravos".

O artista, que morreu aos 57 anos em 21 de abril de 2016 por uma overdose acidental de fentanil, não sabia que, nos anos após sua morte, sua amada cidade natal, Minneapolis, explodiria em uma fúria de protestos após o assassinato de George Floyd, um homem negro, nas mãos de um policial branco.

Mas Prince era um ativista de carreira que defendia o empoderamento dos afro-americanos, não apenas na indústria fonográfica.

“Você vai para a escola só para aprender / sobre o que nunca existiu”, canta ele na faixa de encerramento “One Day We Will All B Free” (Um dia seremos todos livres).

No disco, Prince lança "um ataque focado como um laser na situação dos Estados Unidos", disse Morris Hayes, tecladista e diretor musical de longa data do cantor.

"O que acontece com as redes sociais, a justiça social e a consciência social... Este é um esforço conjunto para realmente falar sobre essas coisas", afirmou Hayes, que coproduziu o álbum.

"Liberdade e justiça"

Para Hayes, o peculiar artista "estava muito à frente" ao prenunciar o momento atual.

"Ele queria, eu acho, um país que realmente represente o que diz querer representar: liberdade e justiça para todos", avaliou Hayes em uma entrevista à AFP. "E sabemos, dolorosamente, que esse não é o caso."

Hayes contou que Prince, que não carregava um celular e memorizava os números de telefone necessários, também falou sobre liberdade quando se trata de tecnologia e dispositivos, o que ele via como "algo que algema as pessoas".

O disco, que aborda temas decididamente importantes - "Running Game (Son of a Slave Master)" fala de racismo e "Same Page, Different Book" trata de religião, por exemplo -, também inclui uma mistura de música dançante e lenta.

- Vasculhando o cofre -

Um enorme número de canções - mais de 8 mil de acordo com a sabedoria popular "Princiana" - está guardado no cofre embaixo de Paisley Park. Parte de seu conteúdo, porém, foi transferido para Iron Mountain, um depósito climatizado em Los Angeles.

Hayes lembra que, em meados da década de 1990, Prince comentou que fez uma pausa pela primeira vez. “Ele disse 'nunca em minha carreira tinha ficado uma semana sem escrever uma música e pegar meu violão'."

A revelação do vasto tesouro musical de Prince é um assunto delicado. O astro controlava seu trabalho, sua imagem e sua enigmática persona cuidadosamente construída.

Prince, que administrava sua propriedade, agora nas mãos de sua irmã e cinco meio-irmãos, nunca foi claro sobre suas intenções sobre o que fazer com seu trabalho não editado, embora tenha tomado medidas para preservar suas fitas, filmes, roteiros e músicas, sugerindo que ele queria que fossem compartilhados.

Quando questionado pela revista Rolling Stone em 2014 sobre o que queria para seu trabalho após sua morte, Prince foi caracteristicamente nebuloso: "Não penso no 'depois'."

Para seguir com a implementação de mais cerca de 800 m de rede de esgoto em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) interditou parte da Avenida Dom João VI até 18 de agosto. Com investimento de R$ 5 milhões para esta etapa, a proposta é concluir a obra de três quilômetros até janeiro de 2022.

A Compesa calcula que 40 mil moradores serão beneficiados com a intervenção. Antes, 700 m de rede coletora foram instalados no bairro em parceria com a BRK Ambiental, informa a entidade.

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A iniciativa faz parte do ‘Programa Cidade Saneada’, que também planeja a construção de uma estação elevatória, responsável pelo bombeamento dos efluentes, na Rua Padre Carapuceiro.

Para reduzir os impactos no trânsito, os trabalhos serão realizados de segunda à sexta, das 7h às 17h. “Pedimos a compreensão dos moradores e motoristas para a realização da obra e por eventuais transtornos ocasionados pelas intervenções. Lembramos sempre que um sistema de esgoto é sinônimo de mais saúde e qualidade de vida”, pontuou diretor de Negócios e Eficiência da Compesa, Flávio Coutinho.

“O assentamento das tubulações começa na Avenida Dom João VI, segue pelas ruas Professor Arnaldo Carneiro Leão, Antônio Falcão e Pedro Paes Mendonça; anel viário do Shopping Center Recife e Avenida Fernando Simões Barbosa até chegar nas Ruas Antônio Lumack do Monte e Padre Carapuceiro, fechando assim, o ciclo implantação da rede coletora de esgoto dessa parte do empreendimento”, informou a Compesa.

Está previsto para este ano, um investimento superior a R$ 300 milhões para o Programa Cidade Saneada, com obras em andamento nos municípios de Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Recife.

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