Tópicos | Paris

A polícia evacuou 1.500 migrantes instalados em um acampamento improvisado na entrada de Paris nesta quarta-feira (29), uma operação que responde à promessa do governo de desmantelar esses locais insalubres que se multiplicaram por alguns anos na capital francesa.

Os migrantes foram levados de ônibus para centros de acolhidas, ou ginásios, vazios, na região parisiense, disse o comando da polícia local à AFP.

"Esta operação é a continuação lógica de todas aquelas que já realizamos há vários meses", disse à imprensa o responsável pela polícia de Paris, Didier Lallement, presente durante a retirada.

A evacuação também responde a um imperativo sanitário, no momento em que as autoridades lutam para impedir um segundo surto da COVID-19.

Os migrantes que se estabeleceram neste acampamento no meio da rua são homens, em sua maioria, procedentes de países que fazem parte do Chifre da África - Etiópia, Somália, Djibuti e Eritreia -, ou Afeganistão.

"Estão esgotados. Para alguns, é a décima evacuação. Eles sabem que serão levados para ginásios, e metade estará na rua novamente hoje à noite", disse Silvana Gaeta, do coletivo Solidarité Migrants Wilson.

Depois de hesitar quanto a entrar, ou não, em um dos ônibus, Ismaël Fatah aguarda pacientemente sua vez de embarcar.

"É a quarta vez que me instalo em um acampamento. A vida é dura na França, não esperava essa recepção. Meu país está em guerra, não tenho outra opção", disse à AFP este pai de família de 29 anos, oriundo do Sudão, cujo filho nasceu na França.

O "campo" de Aubervilliers é um dos muitos que surgiram nas ruas de Paris e nos arredores desde o início da crise migratória em 2015.

Muitos dos migrantes que vivem nesses locais fogem da guerra, ou da pobreza, em seus países.

O embaixador do Brasil na França, Luis Fernando Serra, cancelou sua participação num evento de acadêmicos que fazem estudos sobre o Brasil, em Paris, após saber que o mesmo incluía na programação uma homenagem à vereadora Marielle Franco, executada a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro em 2018. A revelação do fato levou o nome da vereadora aos temas mais comentados do Twitter neste sábado (18).

Segundo informações da coluna do jornalista Jamil Chade, as informações foram reveladas após parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) solicitarem acesso aos telegramas internos, instruções e documentos do Itamaraty destinados a seus postos em outros países, para saber se há orientações de como tratar, internacionalmente, a morte da vereadora.

##RECOMENDA##

Após a solicitação, o chanceler do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, foi obrigado a divulgar os documentos. Em 6 de agosto de 2019, o embaixador brasileiro Luis Fernando Serra indicou a realização do Congresso da Associação de Brasilianistas na Europa, reunindo cerca de 540 estudiosos do país no continente. “Convidado para assistir à cerimônia de encerramento do Congresso, fui informado de que o evento ocorrerá em local cedido pela prefeitura de Paris, com a presença da prefeita Anne Hidalgo (Partido Socialista)”, diz o embaixador em trecho de um telegrama oficial. 

Ele continua, explicando as homenagens que serão prestadas a Marielle e anunciando, em seguida, o cancelamento de sua participação e deixando claro que a homenagem é o motivo. Na ocasião, após a palestra final da conferência, deverá ser dada a palavra à prefeita para "prestar homenagem à brasileira Marielle Franco”. Na ocasião, a prefeita tornará pública a localização de jardim da capital francesa que receberá oficialmente o nome da vereadora brasileira. Ante o exposto, tomei a iniciativa de cancelar minha participação no referido evento", escreveu o embaixador.

A inauguração da praça francesa que leva o nome de Marielle foi feita em 22 setembro de 2019. No dia 26, um novo telegrama seria enviado de Paris ao Brasil informando que a diplomacia brasileira não foi convidada. A embaixada do Brasil não foi contatada ou convidada para a cerimônia de inauguração do Jardim Marielle Franco na capital da França", explicou Luis Fernando Serra.

Conflitos políticos internacionais

O embaixador brasileiro Luis Fernando Serra já havia se envolvido com temas ligados a Marielle em outra ocasião, e de uma forma conflituosa. No início de 2020, a senadora francesa Laurence Cohen, do Partido Comunista, que é também presidente do grupo interparlamentar de amizade França-Brasil, enviou uma carta à embaixada em Paris questionando o governo sobre as investigações relativas ao assassinato da vereadora. 

Um trecho da resposta recebida por ela foi publicado em seu Twitter no dia 3 de fevereiro. De forma agressiva, Luis Fernando Serra alegou “profunda consternação” diante dos questionamentos ao observar que “o assassinato de Celso Daniel e o ataque à vida de Bolsonaro não tiveram o mesmo eco na França que o assassinato de Marielle, que foi objeto até de mobilização na Assembleia Nacional”. 

Monitoramento e intimidação à imprensa estrangeira 

Os telegramas internos do Itamaraty entregue após pedido de parlamentares revelaram também que a diplomacia do Brasil monitora constantemente o que a imprensa estrangeira fala a respeito de Bolsonaro e sua ligação com o caso Marielle, chegando até a enviar notas de repúdio a redações de veículos de comunicação diante da publicação de matérias que considera inadequadas ou caluniosas. Um exemplo foi o do jornal sueco Dagens Nyheter, que segundo comunicação do Itamaraty, trazia "graves insinuações de vínculos do senhor presidente com facções criminosas do Rio supostamente envolvidas no crime", realizando uma “investida irresponsável e leviana” ao apontar que dois policiais envolvidos na morte de Marielle faziam parte do “esquadrão da morte - as chamadas milícias”, e “podem estar associadas ao presidente”, e apontar que um dos filhos de Bolsonaro, Flávio, “apoia as milícias do Rio”. 

"Tenciono enviar nova carta de repúdio ao referido periódico em que condenarei os ataques feitos à pessoa do presidente Jair Bolsonaro", escreveu o embaixador do Brasil no país, Nelson Antonio Tabajara de Oliveira.

LeiaJá também

--> Polícia do Rio indicia Ronnie Lessa por tráfico de armas

--> Bolsonaro tentou obstruir caso Marielle, diz viúva

A Disneyland Paris, o primeiro destino turístico privado da Europa, reabriu oficialmente suas portas ao público nesta quarta-feira (15) com medidas de higiene reforçadas, após quatro meses de fechamento, devido à pandemia de coronavírus.

Às 10h locais (5h no horário de Brasília), milhares de visitantes, incluindo muitas famílias, atravessaram os portões de acesso ao parque com um passo decidido.

##RECOMENDA##

Na segunda e terça-feiras, em pré-abertura, o parque já havia recebido visitantes com uma assinatura anual.

Devido às novas restrições sanitárias, as medidas de higiene foram reforçadas. Todos os visitantes devem reservar seu lugar, ou sua estada, com antecedência, on-line. O uso da máscara é obrigatório para adultos e para crianças a partir dos 11 anos de idade.

A afiliada francesa da The Walt Disney Company havia indicado na segunda-feira que seus dois parques temáticos - Disneyland Park e Walt Disney Studios Park, fechados desde 14 de março - reabririam "progressivamente" a partir de 15 de julho, "com capacidade para recepção limitada".

Quanto à acomodação, um primeiro hotel (Disney’s Newport Bay Club) reabriu nesta quarta-feira, e outros seguirão o exemplo durante o verão (hemisfério norte). Dois deles, o Sequoia Lodge e o Davy Crockett Ranch, "reabrirão apenas em uma data anunciada mais tarde".

O parque - que não divulga seu número de visitantes desde 2015, ano em que havia recebido 14,8 milhões de pessoas - está localizado em Marne la Vallée, nos arredores de Paris, uma região classificada como "zona laranja" na pandemia de Covid-19 até 15 de junho.

O presidente da França, Emmanuel Macron, considera necessário restaurar a catedral de Notre Dame de Paris e o pináculo de forma idêntica a como era antes do incêndio devastador em abril de 2019, após mudar sua ideia inicial de lhe dar um toque "contemporâneo".

O chefe de Estado juntou-se, assim, ao consenso de arquitetos e da opinião pública, justamente no dia em que o arquiteto responsável pelas obras, Philippe Villeneuve, apresentou um projeto nesse sentido.

Quinze meses após o incêndio, ele "se convenceu" de que ela deve ser restaurado de maneira idêntica, afirmou a presidência após uma reunião da Comissão Nacional de Patrimônio e Arquitetura (CNPA), composta por representantes eleitos, especialistas e arquitetos da obra.

"O presidente confia nos especialistas e aprova as principais linhas do projeto apresentado pelo arquiteto responsável que planeja reconstruir o pináculo de forma idêntica", informou o governo.

O debate sobre a reconstrução da torre, um dos símbolos de Paris, causou divisões. Villeneuve vem sendo abertamente hostil à ideia de algo "contemporâneo".

Para surpresa geral, Macron mencionou logo após o incêndio a possibilidade de "um gesto arquitetônico contemporâneo" para durante a reconstrução da igreja, o que potencializou a imaginação de muitos grandes arquitetos.

Alguns propuseram uma torre de vidro, criando um jardim ou terraço panorâmico no teto.

- Debate entre o clássico e o moderno -

Villeneuve sempre mostrou fidelidade à obra restaurada em estilo gótico no século XIX por Viollet-le-Duc. Ele argumentou que essa opção possibilita cumprir os prazos de reconstrução em cinco anos, como Macron queria.

Na quinta-feira, Villeneuve apresentou um relatório de 3.000 páginas para apresentar os detalhes para restaurar a estrutura, o teto e o pináculo da catedral, questões polêmicas entre o clássico e o moderno.

No final da reunião, que durou quatro horas, o CNPA "aprovou por unanimidade" a restauração da arquitetura de Viollet-le-Duc "no que diz respeito à cobertura e o pináculo, respeitando os materiais originais", disse à AFP Jean-Pierre Leleux, senador responsável pela comissão.

Com relação à estrutura, parte principal do debate, um estudo em desenvolvimento especificará os aspectos de sua reconstrução, que serão feitos em madeira.

Antes de tomar essa decisão, várias possibilidades foram levantadas, incluindo deixar a catedral em seu estado atual, ressaltou Leleux.

Macron prevê a reconstrução em cinco anos, com reabertura prevista para 2024.

Depois de três meses e meio de confinamento, o Louvre de Paris, o museu mais visitado do mundo, reabriu nesta segunda-feira as portas, mas com a queda do turismo provocada pela pandemia, o número de visitantes foi reduzido e sobretudo de moradores da cidade.

Alguns visitantes aguardavam, de máscara, na fila pouco antes da abertura às 9h00. Um cartaz informava que não havia mais ingressos para o dia.

##RECOMENDA##

Por motivos de saúde, o museu pretende receber apenas 7.000 pessoas por dia, contra 30.000 antes da pandemia de COVID-19, anunciou o presidente da instituição, Jean-Luc Martínez.

"Estava com muita saudade, há cinco meses não visitava", afirmou à AFP Elodie Berta, guia especializada em obras de "street art". "Paris não pode viver sem cultura", acrescentou a parisiense, visivelmente emocionada.

- Observar finalmente a Mona Lisa -

"Esta é nossa quinta ou sexta vez no Louvre. Mas nunca conseguimos ver a Mona Lisa (devido ao grande número de visitantes, mas desta vez esperamos observá-la", disse Helene Ngarnim, moradora da cidade, ao lado dos dois filhos adolescentes.

De acordo com números oficiais, 75% do público habitual do Louvre é formado por estrangeiros, especialmente americanos, chineses, sul-coreanos, japoneses e brasileiros. Nas primeiras semanas de reabertura, no entanto, o museu espera receber principalmente franceses e cidadãos dos países europeus vizinhos.

O Louvre não fechava as portas por um período tão prolongado desde a Segunda Guerra Mundial.

Depois de registrar mais de 40 milhões de euros (45 milhões de dólares) de perdas devido ao confinamento, a direção prevê três anos difíceis, levando em consideração que o número de ingressos vendidos em 2020 ficará muito abaixo do recorde de mais de 10 milhões registrado em 2018 e dos 9,6 milhões do ano passado.

O dispositivo para receber os visitantes foi estudado para evitar qualquer incidente sanitário que possa obrigar o museu a fechar novamente. Martínez explicou que o Louvre pode suprimir algumas faixas de horário caso aconteça algum problema.

Mas a direção está confiante porque os espaços no museu são muito amplos.

Todos os visitantes com mais de 11 anos devem usar máscara já a partir da fila de entrada.

"Mona Lisa", "Vitória de Samotrácia", "A Liberdade guiando o povo", "A Balsa da Medusa", "A Vênus de Milo": diversas maravilhas do Louvre podem ser admiradas, mas 30% das coleções não estarão acessíveis em um primeiro momento, como esculturas francesas da Idade Média e renascentistas e as artes da África, Ásia, Oceania e Américas.

Mas ainda há muito por ver: mais de 30.000 obras em uma superfície de 45.000 metros quadrados. E sem o grande fluxo habitual, o público aproveitará uma visita mais tranquila.

Setas da cor azul indicam o percurso a seguir e as pessoas não poderão retornar em sua trajetória. Marcas no chão pretendem evitar aglomerações em pontos estratégicos.

A única exposição temporária aberta é "Figura de artista", inaugurada antes do confinamento e prolongada. Apresenta uma seleção de pinturas, especialmente retratos, de Rembrandt, Dürer, Delacroix e Vigée-Lebrun.

A temporada dedicada aos gênios renascentistas, após o grande sucesso da mostra' "Leonardo da Vinci", foi adiada.

Martinez explicou em junho que o museu trabalha em um "plano de transformação" com o Estado, seu principal mecenas, que será acompanhado de uma campanha de "ajuda financeira".

O plano também visa os Jogos Olímpicos de Paris-2024. "Temos que estar preparados (...) Abrir por mais horas, mais salas, esta é a aposta", resumiu.

O Louvre, o maior e mais visitado museu do mundo, voltará a abrir suas portas nesta segunda-feira em Paris, com todas as precauções para prevenir o contágio do coronavírus e sem a avalanche habitual de turistas nesta época do ano.

A crise do coronavírus deixou "mais de 40 milhões de euros em perdas" para o Louvre, anunciou o presidente Jean-Luc Martínez.

##RECOMENDA##

A partir de segunda-feira, 70% deste museu público, cerca de 45.000 m2, estarão abertos ao público.

"Perdemos 80% de nosso público. 75% de nossos visitantes são estrangeiros. Teremos no máximo entre 20% e 30% de nosso público do verão de 2019, entre 4.000 e 10.000 visitantes diários", disse Jean-Luc Martínez à imprensa na semana passada. Neste verão, não se repetirão cenas como as do ano passado, nas quais muitas pessoas foram impedias de entrar.

As reservas de horário para as visitas abriram em 15 de junho pela internet e é praticamente a única forma de entrar no museu, embora também seja permitido tentar no próprio estabelecimento se houver vagas de horário livres. Em 24 de junho, o mais recente dado fornecido, havia 12.000 reservas, principalmente para julho.

Seis pessoas foram acusadas e colocadas sob detenção preventiva, suspeitas de terem roubado, em 2019, da sala de shows Bataclan, em Paris, uma obra atribuída ao artista britânico Banksy - informaram fontes judiciais e policiais neste sábado (27).

A obra foi encontrada, recentemente, na Itália.

##RECOMENDA##

Estas seis pessoas foram detidas na última terça (23), em vários departamentos do sul, centro e leste da França, disse uma fonte policial.

Duas delas foram acusadas de assalto em grupo organizado, e as outras quatro, de acobertamento de roubo em grupo organizado, acrescentaram as mesmas fontes. Todos os seis réus tiveram a prisão preventiva decretada.

Atribuída ao famoso artista britânico anônimo Banksy, a obra representa um personagem deprimido e triste. Foi pintada em 2018, em uma das saídas de emergência do Bataclan, em homenagem às 90 pessoas mortas ali durante os ataques em 19 de novembro de 2015, na capital francesa.

Os criminosos roubaram a porta na madrugada de 26 de janeiro de 2019.

A polícia italiana anunciou em 10 de junho que havia encontrado a obra em uma fazenda em Abruzzo (centro), durante uma operação conjunta entre as polícias francesa e italiana.

A crise do novo coronavírus já provocou "mais de 40 milhões de euros de perdas" (US $ 45 milhões) para o museu do Louvre, informou seu presidente, que anunciou um "plano de transformação" em vista das Olimpíadas de Paris de 2024.

"O que constatamos e o que pode ser estimado: perdemos mais de 40 milhões de euros entre bilheteria, aluguel de espaços e renda variada", disse Jean-Luc Martínez, chefe do museu mais visitado do mundo, com 9,6 milhões de entradas em 2019.

##RECOMENDA##

O resto "dependerá das visitas neste verão e outono", explicou. No entanto, as previsões não são animadoras.

"Vamos passar cerca de três anos com uma frequentação menor", estimou Martínez, que, na ausência de turistas estrangeiros, espera atrair mais parisienses e habitantes da periferia para o Louvre.

"Perdemos 80% de nosso público. 75% de nossos visitantes são de origem estrangeira. No máximo, teremos 20/30% de nosso público neste verão (em comparação com o anterior): entre 4.000/5.000 e 10.000 visitantes por dia", disse ele.

"Estamos trabalhando com o ministro da Cultura, Franck Riester, em um plano de transformação do museu", que será acompanhado por uma solicitação de "ajuda financeira" ao Estado, que já é o "primeiro patrono" do museu.

"Temos que estar prontos em 2023/2024 e nos preparar para os Jogos Olímpicos. Abrir mais horas, mais salas, é a aposta de 2024", resumiu.

Por outro lado, o site do Louvre, cujo tráfego aumentou dez vezes desde o início da epidemia, "será completamente renovado no próximo ano", explicou.

Após quase três meses confinado no Brasil, Neymar antecipou seu retorno e está de volta à França. O craque brasileiro deixou a sua casa em Mangaratiba, no Rio, e desembarcou em Paris neste sábado. A assessoria do jogador confirmou ao Estadão o regresso.

Agora, Neymar, que está de férias, deve cumprir uma nova quarentena. A tendência é que ele fique uma semana em isolamento em sua casa antes de se reapresentar ao Paris Saint-Germain, conforme recomendou o clube aos jogadores do elenco que chegam de outros países. O clube francês deve retomar as atividades no dia 22 de junho.

##RECOMENDA##

Além de Neymar, outros atletas como os brasileiros Thiago Silva e Marquinhos, o costa-riquenho Keylor Navas e o uruguaio Cavani, que passaram o período de isolamento em seus países de origem, terão de ficar em quarentena antes de voltarem aos treinos.

O atacante ficou três meses confinado em sua mansão em Mangaratiba, no litoral sul do Rio de Janeiro. Lá, realizou atividades físicas diárias sob orientação do seu preparador físico pessoal, Ricardo Rosa, e ficou um tempo com a família.

Neymar e o Paris Saint-Germain entraram em campo pela última vez no dia 11 de março, quando a equipe parisiense derrotou o Borussia Dortmund por 2 a 0, avançando às quartas de final da Liga dos Campeões. Depois disso, com a eclosão da pandemia do novo coronavírus, o atacante veio para o Brasil.

O Campeonato Francês foi encerrado precocemente e o PSG, declarado campeão. Assim, restam três competições para a equipe de Paris disputar nesta temporada: as finais da Copa da Liga Francesa e da Copa da França, contra Lyon e Saint-Étienne, respectivamente, e a reta final da Liga dos Campeões, que é o foco principal. O torneio deve ser reiniciado em agosto, sem torcida e possivelmente com jogos em um único estádio neutro.

Milhares de pessoas se reuniram nesta terça-feira (2) em frente ao Tribunal de Paris contra a violência policial, em meio a um contexto de distúrbios pelo mesmo tema nos Estados Unidos.

Os manifestantes foram convocados pelo comitê de apoio à família de Adama Traoré, um negro de 24 anos que morreu após ser preso em 2016.

"Hoje não é apenas o combate da família Traoré, é o combate de todos vocês. Hoje, quando lutamos por Georges Floyd, lutamos por Adama Traoré", disse Assa Traoré, irmã de Adama.

A convocação coincidiu com os protesto nos Estados Unidos após a morte de George Floyd. "O que acontece nos Estados Unidos é o mesmo que acontece na França", disse a ativista.

Em 19 de julho de 2016, Adama Traoré morreu em uma delegacia nos arredores de Paris, cerca de duas horas depois de ser preso.

O caso tornou-se um símbolo de violência policial no país.

Na semana passada, a perícia descartou a responsabilidade dos policiais, mas nesta terça-feira, uma perito contratado pela família de Traoré indicou que ele sofreu socos na barriga, técnica de detenção utilizada pelos agentes.

A prefeitura proibiu manifestações devido à crise do coronavírus, que não permite concentrações de mais de 10 pessoas, e também ao risco de "tumultos".

burx-pid/fjb/jvb/mar/jc

A esplanada de Notre-Dame, em Paris, fechada desde o incêndio na catedral, há mais de um ano, reabriu neste domingo, o que a prefeita de Paris considerou "uma forma de renascimento".

A abertura da esplanada aconteceu na presença do ministro da Cultura, Frank Riester, da prefeita Anne Hidalgo e do arcebispo de Paris, monsenhor Michel Aupetit, entre outras personalidades. Todos usavam máscara de proteção.

##RECOMENDA##

Devido ao incêndio de 15 de abril de 2019, a esplanada e a rua que leva ao local "sofreram uma contaminação tóxica que levou ao fechamento imediato da região", lembraram as instâncias responsáveis pela reforma do monumento. Após um parecer favorável da agência regional de Saúde, autoridades policiais de Paris autorizaram a reabertua do local, "uma primeira etapa para recuperar Notre-Dame", disse Riester.

A obra destinada a garantir a estrutura da Notre-Dame incendiada, interrompida em meados de março devido ao novo coronavírus, será retomada gradualmente, com o objetivo de restaurar a catedral até 2024.

Embora trabalhasse a maior parte do tempo em Brasília durante o ano passado, o diplomata Alberto Luiz Pinto Coelho Fonseca recebeu o salário em dólar e o auxílio-moradia em Paris, na França. Ele é amigo do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o gabinete informou que os pagamentos foram de acordo com a lei vigente.

Por mês, Coelho Fonseca recebia o salário de 12 mil dólares (cerca de R$ 66 mil), auxílio-moradia anual de 48,6 mil euros - que custa mais de R$ 310 mil -, além de diárias de R$ 36,6 mil para morar no Brasil por mais de oito meses, de acordo com a Lei de Acesso à Informação (LAI). Somando todos os gastos, o diplomata custou aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos, aponta O Globo.

##RECOMENDA##

Fontes do Itamaraty informara que Coelho Fonseca teria estendido seu tempo na França para completar formalmente seu período de experiência no exterior, necessárioa para que fosse promovido. Esse foi o motivo da demora para que fosse transferido difinitivamente ao Brasil, em janeiro de 2020.

Confrontos entre policiais e grupos de jovens foram registrados pela segunda noite consecutiva no domingo (19), em um subúrbio ao norte de Paris, após um controle que resultou em um motociclista ferido em meio ao confinamento pelo coronavírus.

Os incidentes começaram por volta da meia-noite em Villeneuve-la-Garenne e duraram uma hora. Grupos de jovens queimaram veículos e jogaram dispositivos de pirotecnia na polícia, que respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo, segundo um jornalista da AFP.

Os incidentes se espalharam para o subúrbio vizinho de Aulnay-sous-Bois, onde a polícia afirma ter sofrido uma "emboscada" por parte dos moradores de um conjunto habitacional social, ocupado principalmente por imigrantes. Eles afirmam estarem sujeitos a duras verificações policiais.

Quatro pessoas foram detidas, disse uma fonte policial à AFP. Os distúrbios em Villeneuve-la-Garenne começaram na noite de sábado, depois que um motociclista foi ferido durante um controle da polícia.

O motociclista de 30 anos foi hospitalizado com uma perna quebrada e teve de passar por uma cirurgia depois de colidir com a porta aberta de um carro da polícia. Os moradores alegam que a porta foi aberta propositadamente pelos agentes.

Os policiais alegaram ter aberto a porta para controlar o jovem que estava em alta velocidade e sem capacete, e que quase atropelou um agente.

O homem entrará com uma queixa contra os agentes, disse seu advogado à AFP. O gabinete do promotor de Nanterre, perto de Paris, abriu uma investigação sobre o acidente e os atos de violência contra a polícia.

A França aplica um rigoroso confinamento desde 17 de março para conter a epidemia de coronavírus que matou quase 20.000 pessoas no país.

As autoridades anunciaram que as medidas de contenção começarão a ser gradualmente levantadas em 11 de maio.

Em tempos normais, uma funerária em Paris recebe entre dois e três falecidos por dia. Mas com a epidemia de coronavírus, o influxo é tal que não há câmaras frias suficientes e os corpos se acumulam nas salas de vigília.

"No momento, temos 50 cadáveres. Eles chegam o tempo todo!", diz Sabine, funcionária de uma funerária na capital francesa. "Chegam tantos caixões que nem sabemos onde colocá-los!", afirma, com a voz embargada.

Diante do afluxo, esta funerária que possui 32 geladeiras não teve escolha a não ser amontoar os cadáveres nas salas de vigília. "Nossas seis salas estão cheias", diz a mulher, que prefere não ser identificada.

Na França, um dos países mais atingidos pelo coronavírus, mais de 2.600 mortes em hospitais foram confirmadas pela COVID-19, embora especialistas digam que esse número pode ser maior, já que o saldo oficial não leva em conta os falecidos em lares de idosos, muitos dos quais morreram sem serem testados.

"Não nos dizem a verdade. Muitos vêm e dizem que foram mortes naturais, que morreram de ataque cardíaco ou insuficiência respiratória, e depois descobrimos que eles possivelmente morreram de COVID-19", diz essa mulher de 35 anos.

"Para muitos, acreditamos que simplesmente não foram testados".

- Medo de contágio -

Na funerária onde trabalha, as medidas de proteção são extremas. As instalações são desinfetadas todos os dias e os trabalhadores se protegem com óculos, roupas, luvas e máscaras, mas ela e seus colegas estão preocupados com o fornecimento de material.

"No momento, faltam máscaras e as luvas que eles nos deram não são adequadas", diz Sabine. "Temos muito medo de contágio", acrescenta.

Os caixões dos pacientes que morreram oficialmente de COVID-19 chegam à funerária fechados. Não podem ser maquiados, arrumados ou trocados de roupa. São enterrados ou cremados com o que estavam vestindo quando morreram.

"A única coisa que podemos fazer nesses casos é desinfetar os caixões e levá-los para uma das nossas salas", diz essa mulher, que admite que está "exausta" tanto física quanto mentalmente.

Os funcionários das casas funerárias dobraram seus turnos. "Trabalhamos muito mais do que antes. Começamos às 7h30 e trabalhamos até as 18h30. Dois colegas já desistiram, ninguém quer fazer esse trabalho", ressalta Sabine.

Para limitar os riscos de contágio, a funerária reduziu o número de membros da família permitidos no local e solicitou que os entes queridos fossem lembrados em breves cerimônias.

"Todos os dias recebemos telefonemas de parentes que querem ver seus entes queridos, mas com a dor na alma dizemos que não podem vê-los, é muito difícil", conta a funcionária.

- "Alguns não têm ninguém" -

Para aliviar a dor das família, algumas funerárias, como o grupo francês Advitam, oferecem um serviço gratuito de transmissão em vídeo das cerimônias, um pequeno gesto importante para os enlutados.

Outros oferecem a possibilidade de adiar a cerimônia de recordação até quando a crise do coronavírus terminar.

Alguns caixões permanecem na funerária por alguns dias, outros por mais tempo. "Há pessoas falecidas, principalmente as idosas, que chegam e não têm absolutamente ninguém; nesse caso, a prefeitura cuida delas", explica a funcionária.

Os caixões são levados em vans para o cemitério ou crematórios, em função do desejo da família.

Lá, seguindo as diretrizes do governo, até 20 membros da família podem acompanhar seus entes queridos até sua morada final.

A Fashion Week de Paris, prevista para junho, a Semana de Alta Costura, para julho, e os desfiles da Semana da Moda Masculina de Milão, previstos para junho, foram cancelados por causa da pandemia do novo coronavírus, informaram nesta sexta-feira (27) a Federação francesa de alta costura e moda e a Câmara Nacional de Moda italiana.

"Não há condições para que aconteçam" os eventos de moda parisienses, "diante do aumento da epidemia de Covid-19 que está avançando no mundo da moda", indicou a federação francesa em um comunicado.

##RECOMENDA##

"Medidas enérgicas são necessárias para garantir a saúde das empresas, dos seus funcionários e de todos que trabalham em nossa indústria", explicou a FHCM em comunicado.

Diante das condições atuais, "a Fashion Week de moda masculina, prevista de 23 a 28 de junho, e a Semana de Alta Costura, de 5 a 9 de julho, não poderão acontecer", ressaltou o texto.

Decisão semelhante tomou a Câmara Nacional da Moda italiana, que adiou os desfiles de moda masculina para setembro.

"A decisão foi necessária devido à difícil situação causada pela propagação da pandemia", explicou a câmara em um comunicado, detalhando que os desfiles masculinos ocorreriam "por ocasião da edição dos desfiles de moda feminina de setembro de 2020".

"Trabalhamos também em novos formatos digitais e novas modalidades de encontros para dar vida, durante os dias previstos para os desfiles masculinos, a outros momentos de narração (...) para as marcas e empresas de luxo", acrescentou.

De 27 a 29 de março, o 16º Festival et Rencontres de Choro, em Paris, vai contar com a presença dos músicos pernambucanos João Paulo Albertim, professor-mestre da AESO-Barros Melo, e Marco César. Responsáveis pelo projeto Duo Sensível, João e Marco irão se apresentar no Club du Choro.

Este ano, o tema do evento é em homenagem ao choro pernambucano. Em 2019, durante o IV Seminário Euro-Brasileiro de Choro, realizado entre Olinda e Recife, sendo o Centro Cultural Barros Melo (Cidade Alta) uma das locações, os franceses ficaram encantados com o ritmo apresentado pelos músicos locais e decidiram expandi-lo para outros horizontes.

##RECOMENDA##

Duo Sensível participa, tanto de apresentações, como comanda a classe de choro e frevo, ensinando um pouco dos ritmos para os participantes. "Fazemos um ensaio instrumental intenso, inclusive para a composição do primeiro disco. Participar de um evento como esse é uma forma de apresentar o nosso material e levar um pouco da cultura local, da linguagem do frevo e do choro que fazemos aqui", explica Mário César.

"Também estou muito feliz de mostrar a nossa música em outro país. Além das nossas autorais, vamos levar a melodia de outros artistas para Paris", emenda João Paulo Albertim, considerado um dos mais importantes cavaquinhistas do Brasil.

*Com informações da assessoria

Durante discurso na cerimônia do recebimento do título de 'cidadão honorário' de Paris, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao ministro da Justiça, Sergio Moro, como criminoso, enquanto lembrava do episódio da sua prisão, em 2018.

Falando inteiramente em português com a ajuda de uma tradutora para uma numerosa plateia, Lula também criticou a atuação do Ministério Público, ao dizer que os representantes do órgão eram “mentirosos”. 

##RECOMENDA##

"Eu tomei a decisão de me entregar [em abril de 2018], eu poderia não ter sido preso, poderia ter ido para uma embaixada, mas mesmo com mais de 70 anos decidi ir até a Polícia Federal porque alguém tinha que provar que o juiz Moro era criminoso e que os representantes do Ministério Público que me acusaram eram mentirosos", criticou.

O título foi concedido ao ex-presidente na capital francesa, nessa segunda-feira (2), pelas mãos da prefeita da cidade, Anne Hidalgo. Na ocasião, o político também falou sobre a atual situação política do Brasil, que chamou de "enfraquecimento do processo democrático". 

"O que está ocorrendo no Brasil é o resultado de um processo de enfraquecimento do processo democrático, estimulado pela ganância de uns poucos e por um desprezo mesquinho pelos direitos do povo; desprezo que tem raízes profundas, fincadas em 350 anos de escravismo", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o título de cidadão honorário da cidade de Paris, nesta segunda-feira (2), em um ato em que ele disse estar disposto a lutar para "reconquistar" a democracia no Brasil.

"Estou mais motivado do que nunca para reconquistar a democracia de nosso país", afirmou Lula em seu discurso de agradecimento ao receber a homenagem da prefeita da cidade, a socialista Anne Hidalgo.

O ex-presidente de 74 anos, que aguarda em liberdade um recurso contra uma condenação por corrupção, explicou a situação que, segundo ele, seu país está passando desde a posse de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019.

"O que está acontecendo no Brasil é o resultado de um processo de enfraquecimento do processo democrático, estimulado pela ganância de poucos e por um desprezo mesquinho pelos direitos do povo", afirmou.

Lula queria compartilhar a distinção com a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-candidato à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2018, Fernando Haddad, presente na cerimônia.

Ele também acrescentou que deseja dividir a homenagem com "mulheres e homens que defendem a democracia e os direitos, com brasileiros e brasileiros que lutam por um mundo melhor".

O título de cidadão honorário de Paris é concedido a pessoas cuja trajetória é marcada pela defensa dos direitos humanos. É uma distinção para "ajudá-los em sua luta", declarou Hidalgo.

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e o atual Dalai Lama estão entre as personalidades que há receberam esse título. Em 2011, o líder indígena brasileiro Raoni Metuktire foi o homenageado.

Durante a cerimônia, Lula destacou o privilégio de receber essa distinção em Paris, "um símbolo perpétuo dos direitos humanos e a tradição de solidariedade com os perseguidos".

Na capital francesa, a primeira etapa de uma viagem pela Europa que o levará à Suíça e Alemanha, o ex-presidente recebeu apoio de vários líderes políticos, incluindo o ex-presidente francês François Hollande e o líder do radical Jean-Luc Mélenchon.

Nesta segunda-feira (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou em suas redes sociais registros da sua passagem por Paris, na França. O petista, que recebeu o título de cidadão honorário pelo reconhecimento de seu trabalho contra a fome e miséria, se encontrou com o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.

Ao lado de Fernando Haddad, Dilma Rousseff e da esposa do mineiro, Lélia Salgado, Lula afirmou que teve uma conversa com Sebastião sobre a situação da Amazônia. "Com o companheiro Sebastião Salgado hoje em Paris. Tivemos uma boa conversa sobre a Amazônia, desenvolvimento sustentável, a riqueza da biodiversidade brasileira e os desafios para lutar pela sua preservação", declarou.

##RECOMENDA##

Concedido pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o título direcionado a Lula foi anunciado quando ele ainda estava preso. Após o ex-presidente ter deixado a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em novembro de 2019, Anne celebrou na internet a sua soltura. "Espero por ele o mais rápido possível em Paris", escreveu ela. 

[@#video#@]

O museu do Louvre em Paris permanecia fechado nesta segunda-feira (2) até novo aviso, depois que seus funcionários, preocupados com a epidemia de coronavírus, exercitaram pelo segundo dia consecutivo o direito de não comparecer ao trabalho.

Os trabalhadores do museu mais visitado do mundo, que recebeu 9,6 milhões de visitantes em 2019, votaram por unanimidade em assembleia geral para exercer esse direito, disse à AFP Christian Galani, funcionário do Louvre e representante do sindicato.

Já no domingo o museu ficou fechado durante todo o dia por causa do "perigo sério e iminente" para a "vida ou saúde" dos funcionários.

A França anunciou no sábado o cancelamento de todas os eventos de mais de 5.000 pessoas em locais fechados.

O país se tornou um novo foco de contaminação do novo coronavírus na Europa, com 130 casos confirmados e duas mortes desde o final de janeiro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando