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Uma marcha pelas liberdades realizada neste sábado (5) em Paris resultou em incidentes, um dia após uma intervenção do presidente Emmanuel Macron, com a qual procurou acalmar a raiva suscitada por casos de violência policial e por um polêmico texto da lei de segurança.

A marcha, que decorreu no âmbito de uma jornada de manifestações nacionais, teve início na zona norte da capital sob um grande dispositivo de segurança, uma semana depois que um protesto também terminou em confrontos violentos.

Na passeata deste sábado em Paris, vários carros foram incendiados e as vitrines de lojas foram quebradas.

Além disso, projéteis foram disparados contra as forças de segurança, que responderam disparando gás lacrimogêneo, confirmaram jornalistas da AFP.

De acordo com o Ministério do Interior, 22 pessoas foram presas.

"Todo mundo odeia a polícia", "anti, anti, anti-capitalista", gritaram alguns participantes.

Barricadas também foram queimadas.

Estão programadas uma centena de marchas em toda a França, tendo como lema a defesa dos direitos sociais e das liberdades.

Inicialmente prevista como uma manifestação sindical contra a precariedade do trabalho, este dia de mobilização se juntou ao protesto contra a violência policial e a lei de segurança global, que há várias semanas mobiliza defensores das liberdades.

O texto pretende enquadrar a divulgação de imagens de policiais, o que seus detratores consideram um golpe "à liberdade de imprensa, liberdade de expressão e liberdade de manifestação", e estabelecerá "instrumentos de vigilância em massa".

As manifestações denunciam a violência policial, especialmente após dois casos polêmicos no final de novembro: o espancamento brutal de um produtor negro, pelo qual três policiais foram acusados, e a evacuação de um acampamento de migrantes no centro de Paris.

"Em dois anos, não tinha visto violência, não é normal que não possamos filmar", disse à AFP Nadine, um "colete amarelo", um movimento de protesto social que surgiu no final de 2018.

Acusado de multiplicar medidas "liberticidas", Emmanuel Macron quis se dirigir diretamente aos jovens, em entrevista ao portal online Brut na sexta-feira.

"Não posso permitir que digam que estamos reduzindo as liberdades na França", disse ele. "É uma grande mentira. Não somos a Hungria nem a Turquia", insistiu.

O presidente francês também denunciou a violência de alguns policiais, bem como as cometidas contra as forças de segurança.

Macron também explicou que deseja abordar a questão dos controles discriminatórios e prometeu lançar uma plataforma nacional em janeiro para denunciar a discriminação.

Ao mesmo tempo, prevê generalizar as câmeras para agentes.

burs-cf/ial/bc/eg/mr

O ex-núncio do Vaticano na França, dom Luigi Ventura, começa a ser julgado nesta terça-feira (10), em Paris, por supostamente ter agredido sexualmente cinco homens no exercício de suas funções diplomáticas, o que ele nega.

Este caso, que veio à tona em fevereiro de 2019, em meio à onda de escândalos sexuais na Igreja Católica, levou a Santa Sé a levantar a imunidade diplomática do ex-núncio apostólico de 75 anos, uma medida sem precedentes na história moderna da diplomacia do Vaticano.

O Ministério Público francês abriu uma investigação no início de 2019, depois que um funcionário da prefeitura de Paris, atualmente com 28 anos, denunciou que Ventura apalpou seu traseiro durante uma cerimônia na prefeitura.

Após esta primeira denúncia, quatro outros homens saíram do silêncio e denunciaram fatos semelhantes envolvendo o prelado italiano durante eventos públicos na França, entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2019.

O Vaticano levantou sua imunidade diplomática em julho de 2019. "Monsenhor Ventura aguarda ansiosamente este julgamento para poder se explicar, para que se possa lançar luz sobre seu caso e para que sua inocência seja reconhecida", disse sua advogada, Solange Doumic, à AFP.

Segundo a advogada, "ele próprio pediu o levantamento da imunidade diplomática para se explicar perante os tribunais". Os advogados das partes civis argumentam, porém, que o levantamento da imunidade foi fruto de uma "briga" dos demandantes.

Em fevereiro de 2019, três deles haviam solicitado publicamente ao chefe de Estado francês que atuasse nesse assunto. "Meu cliente espera que o tribunal o ouça e o reconheça como vítima", disse Elise Arfi, advogada de Mathieu de La Souchère, que foi o primeiro a denunciar publicamente Ventura.

A advogada do segundo demandante, Benjamin, também afirma que "espera que a Justiça tenha coragem de dizer a verdade". "Este é um julgamento histórico no sentido de que é a primeira vez que um diplomata tão alto na hierarquia da Santa Sé deve responder perante a Justiça francesa", disse Jade Dousselin. O crime de agressão sexual pode ser punido com pena máxima de cinco anos de prisão e multa de 75.000 euros (US$ 89.000) na França.

Luigi Ventura atuava como representante diplomático da Santa Sé na França desde 2009. Antes disso, foi sacerdote na nunciatura do Brasil, Bolívia e Reino Unido. Depois disso, foi nomeado secretário de Estado em Roma. Mais tarde, atuou como núncio apostólico na Costa do Marfim, Burkina Faso, Níger e Chile.

O bar e restaurante Paris Lounge, também conhecido como Parrilheira, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi interditado pelo Procon na madrugada deste sábado (7), por descumprir o decreto de funcionamento para o setor determinado pelo Governo de Pernambuco para conter a Covid-19. 

O Paris Lounge estava aberto para o público, com diversos consumidores na área interna, após o horário permitido - que é de 00h30 - além de clientes circulando pela área interna do estabelecimento sem o uso da máscara. Segundo o Procon, o bar já havia sido notificado anteriormente por descumprir algumas determinações no final do mês de agosto.

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O órgão já fiscalizou 214 bares e restaurantes, encontrou irregularidades em 36 e nove foram interditados. A ação deste sábado aconteceu com o apoio da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e da Polícia Militar.

No mesmo dia, outros quatro estabelecimentos da Zona Sul foram fiscalizados, mas cumpriam o decreto.  Os consumidores que presenciarem irregularidades podem fazer denúncias no 0800.282.1512 e até enviar vídeos e fotos para o WhatsApp – 81 3181.7000.

Nesta sexta-feira (16), um professor foi decapitado na região de Île-de-France, próximo de Paris, por um homem de 18 anos. Suspeito de ter cometido o crime, o agressor, que não teve sua identidade revelada, acabou sendo morto pela polícia. Antes de ser abatido pelos policiais, segundo informações da imprensa local, ele carregava uma faca.

Notícias afirmam que o educador teria deixado alguns pais irritados, devido à uma atividade. Ele havia mostrado para os alunos imagens do profeta Maomé. De acordo com as autoridades, foi constatado que o homem considerado suspeito não conduzia explosivos durante a ação. 

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A Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França designou a abertura de uma investigação sobre "assassinato em conexão com uma ação terrorista" e "conspiração criminosa terrorista". Gérald Darmanin, ministro do Interior da França, estava em Marrocos e teve que urgentemente retornar a Paris para acompanhar o caso.

A Corte de Apelações de Paris validou a decisão da Autoridade da Concorrência da França que ordenou ao Google negociar com a imprensa francesa sobre uma remuneração pela utilização de seus conteúdos, garantida pelos direitos conexos.

"É uma decisão muito importante. A concorrência se aplica a todos, inclusive no digital", escreveu no Twitter a presidenta da Autoridade de Concorrência francesa, Isabelle de Silva.

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A decisão do tribunal francês será examinada de perto por outros países europeus, pois a lei sobre direitos conexos era na origem uma diretriz europeia. A França foi o primeiro país a aplicar a medida.

Em 9 de abril, o "árbitro" da concorrência da França deu prazo de três meses ao Google para que negociasse de "boa fé" com os meios de comunicação a aplicação efetiva destes direitos, aprovados no Parlamento Europeu em 2019.

Estes preveem uma remuneração por parte das plataformas digitais aos meios de comunicação pela publicação de seus conteúdos, especialmente vídeos e fotos.

Google, no entanto, se opôs a remunerar até o momento a imprensa francesa pelos conteúdos que aparecem nos resultados de sua ferramenta de busca.

Na quarta-feira à noite, poucas horas do anúncio da decisão da corte, o grupo americano informou que estava perto de um acordo com a imprensa francesa.

"Nossas negociações, que acontecem dentro do marco definido pela Autoridade de Concorrência, poderiam permitir a validação dos princípios chave de um acordo", afirmou a empresa, sem revelar detalhes.

Google, assim como outras grandes plataformas de internet como Facebook, mantém relações conturbadas com a imprensa, que critica o uso de seu conteúdo sem a remuneração adequada.

O show tem que continuar: Chanel retomou, nesta terça-feira (6) em Paris, seus desfiles chamativos, recriando o famoso letreiro gigantesco de Hollywood com o nome da marca, uma forma de celebrar sua relação com o cinema e com as atrizes que veste há quase um século.

No último dia da Semana da Moda "figital", que combinou o físico com o digital, a marca francesa incorporou as medidas sanitárias impostas pela epidemia de Covid-19 - público reduzido, uso de máscara, evento curto -, mas não desistiu de chamar a atenção visualmente, como era costume do estilista Karl Lagerlfeld, que faleceu em fevereiro de 2019.

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Sob o imponente teto de vidro do museu Grand Palais, as letras da Chanel, com vários metros de altura, brilharam com lâmpadas acesas, em alusão ao painel de Hollywood.

Aos seus pés, as modelos apresentaram uma coleção de prêt-à-porter em referência às atrizes que a fundadora da marca, Coco Chanel, começou a vestir nos anos 1930, dentro e fora das telas.

Esta coleção, que pretende ser "alegre, colorida e viva" se inspira "nas musas da marca", acrescentou a estilista francesa, lembrando que tanto Gabrielle Chanel como Lagerfeld contaram com muitas divas do cinema entre seus clientes, de Greta Garbo e Katherine Hepburn até Keira Knightley e Margot Robbie.

Curvas

Assim como as outras marcas que decidiram desfilar nesta Semana da Moda, Chanel restringiu drasticamente o número de espectadores. Também cancelou a presença de atrizes, influencers e outras celebridades que costumam viajar para Paris para este evento importante da indústria da moda, assim como as modelos com que normalmente trabalha, como as irmãs Gigi e Bella Hadid e Kaia Gerber.

Por outro lado, contou com a participação de Jill Kortleve, uma modelo de 26 anos nascida na Holanda que desfila nas passarelas reivindicando suas curvas, a fim de promover uma mudança na moda.

Junto aos ternos de tweed pretos, sobressaem os vestidos fluidos e as camisas estampadas com as letras da Chanel, como se fossem neon, assim como as peças assimétricas ou bimateriais.

Uma saia preta leva em letras brancas o nome de Gabrielle Chanel, protagonista de uma primeira retrospectiva em Paris que homenageia os códigos que a estilista trouxe para a moda feminina: liberdade, elegância, naturalidade e conforto.

O programa da Semana da Moda, a primeira "figital" da história, terminará nesta terça-feira com o desfile da Louis Vuitton. A próxima, de roupas masculinas, está prevista para janeiro de 2021 e, por enquanto, é impossível antecipar se a situação de saúde permitirá retomar os desfiles físicos com normalidade.

Os bares de Paris fecharão as portas a partir de terça-feira (6) para frear o aumento preocupante dos contágios de Covid-19 na capital francesa - anunciou o chefe de polícia da cidade, nesta segunda-feira (5).

A medida também será aplicada aos cafés e bares da periferia mais próxima da capital por um período inicial de 15 dias.

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Já os restaurantes poderão permanecer abertos, desde que respeitem as novas medidas sanitárias de segurança, afirmou Didier Lallement, em uma entrevista coletiva.

Esta decisão foi tomada, devido aos dados preocupantes que confirmam uma degradação do quadro frente à pandemia. Neste momento, Paris registra 260 casos a cada 100.000 habitantes, e 36% dos leitos dos serviços de UTI já estão ocupados por pacientes com Covid-19.

"Estamos entrando em uma nova fase", declarou a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que pediu aos franceses que "todos trabalhem juntos" para proteger os mais frágeis.

Eventos com mais de 1.000 pessoas e reuniões de mais de dez pessoas em espaços públicos continuarão proibidos na capital francesa.

Até agora, mais de 32.000 pessoas morreram de coronavírus na França, de acordo com dados oficiais.

O governo francês deve anunciar nas próximas horas o fechamento dos bares de Paris a partir de segunda-feira para lutar contra a pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo que os restaurantes da capital apresentaram uma proposta de protocolo sanitário reforçado para evitar a medida.

A França registrou quase 17 mil casos positivos em 24 horas, um recorde. Os indicadores pioraram na região de Paris, que deve alcançar estado de "alerta máximo", que já é aplicado desde o fim de setembro nas cidades de Aix e Marselha (sudeste) e em Guadalupe (Antilhas).

Os bares da capital francesa já foram obrigados na semana passada a fechar as portas às 22h00. Os restaurantes ainda esperam evitar o fechamento e apresentaram uma proposta de sistema de controle reforçado: medir a temperatura dos clientes na entrada, obter seus dados e limitar os grupos de clientes a oito. O Conselho Superior de Saúde Pública anunciará na segunda-feira sua opinião sobre a proposta.

Paris fará testes a partir de 2021 com táxis voadores em situação real, com a perspectiva de fazer uma demonstração nos Jogos Olímpicos de 2024, anunciaram as autoridades da capital francesa nesta quarta-feira (30).

O veículo elétrico VoloCity com implantação vertical do fabricante alemão Volocopter foi escolhido para realizar os primeiros testes na região de Paris para o lançamento desses aparelhos em um ambiente periurbano e aeronáutico. Os testes serão realizados no aeródromo Pontoise-Cormeilles-en-Vexin, 35 km ao norte de Paris.

Os testes também precisarão da aceitação por parte dos residentes locais, de procedimentos de segurança e manutenção. "Todo o ecossistema será testado", explicou Edward Arkwright, Diretor Executivo do ADP Group, parceiro do projeto.

O VoloCity, que é totalmente elétrico, está equipado com 18 motores e nove baterias. Pode levar duas pessoas, incluindo um piloto. Voa a 110 km/h, a uma altitude de 400 a 500 metros e com um alcance de 35 km.

A aeronave está em processo de validação pela Agência Europeia de Segurança (AESA), explicou Fabien Nestmann, um dos gerentes do Volocopter, acrescentando que o fabricante esperava tê-la aprovada pelo regulador europeu em "dois ou três anos". Seu lançamento não está previsto antes de 2030.

A polícia francesa está investigando a misteriosa descoberta feita por uma mulher que encontrou mais de meio milhão de euros em dinheiro em uma mala no porão de seu apartamento em Paris.

"Não terminamos de contar. Mas tem entre 500.000 e 600.000 euros (585.000 e 702.000 dólares)" em notas de 50, 100 e 500 euros, disse à AFP uma fonte próxima à investigação.

A mulher, de cerca de cinquenta anos, herdou o apartamento de sua mãe em um luxuoso bairro de Paris, perto da Torre Eiffel, segundo o jornal Le Parisien. Pouco depois, entrou em contato com um corretor de imóveis para que avaliasse a propriedade, mas quando quiseram inspecionar o porão, o encontraram trancado.

Depois de tentar encontrar em vão a pessoa que havia fechado o porão, a dona do apartamento chamou um chaveiro. Quando o corretor de imóveis voltou para examinar o porão, encontraram a mala cheia de dinheiro.

A Promotoria de Paris abriu uma investigação para saber de onde veio o dinheiro.

O suposto autor do ataque na última sexta-feira (25) em frente à antiga sede da revista Charlie Hebdo em Paris admitiu que seu nome é Zaheer Hassan Mahmoud e que nasceu no Paquistão em 1995, e não em 2002, anunciou nesta terça-feira (29) o procurador nacional de contraterrorismo.

O suspeito do ataque, que deixou dois feridos graves - um homem e uma mulher funcionários da agência de comunicação Premières Lignes -, inicialmente alegou se chamar Hassan Ali e ter nascido em 2002 no Paquistão, identidade sob a qual se beneficiou de ajuda social quando chegou à França em 2018.

Confrontado a um documento paquistanês encontrado em seu telefone, "ele finalmente admitiu que esta era sua verdadeira identidade e que tinha 25 anos", declarou em coletiva de imprensa Jean-François Ricard, que confirmou que o suspeito "era completamente desconhecido para todos os serviços de inteligência".

Este reconhecimento do que parece ser sua verdadeira identidade aconteceu ao final de suas 96 horas de custódia policial, iniciada na sexta-feira ao meio-dia após sua prisão na Place de la Bastille (no sudeste de Paris) e que termina esta tarde.

Zaheer Hassan Mahmoud deve ser apresentado ainda nesta terça-feira a um juiz de instrução com vista ao seu indiciamento por "tentativas de homicídio de caráter terrorista" e "associação terrorista criminosa".

A Procuradoria Nacional de Contraterrorismo solicitou sua prisão preventiva. Além de Zaheer Hassan Mahmoud, 10 pessoas foram presas na investigação. Cinco foram libertadas entre sexta e segunda-feira, e o procurador anunciou nesta terça-feira que as últimos cinco também foram libertadas.

Entre elas, um argelino de 33 anos apresentado como o "segundo suspeito" que foi levado sob custódia na sexta-feira à tarde, mas libertado na mesma noite. Ele demonstrou "grande coragem ao tentar pegar o réu para prendê-lo", observou o procurador.

Ricard confirmou nesta terça que o agressor disse que estava "irritado" depois de assistir "vídeos do Paquistão nos últimos dias" a respeito da recente republicação pela Charlie Hebdo dos cartuns do profeta Maomé.

O procurador também confirmou que o interessado havia premeditado o ato: várias visitas ao local nos dias anteriores ao crime, compra na mesma manhã da arma branca usada no ataque, mas também de um martelo e garrafas de álcool com o plano de atear fogo às antigas instalações do semanário satírico.

Ao observar duas pessoas diante da antiga sede, "ele pensou que trabalhavam para (Charlie Hebdo) e decidiu atacá-las", disse o procurador.

A equipe do Charlie Hebdo, que se mudou para um local secreto há quatro anos, está sob novas ameaças desde que o semanário satírico voltou a publicar caricaturas de Maomé em 2 de setembro, para marcar a abertura do julgamento dos cúmplices dos autores do atentado de 7 de janeiro de 2015, no qual 12 pessoas foram mortas.

Três dias após o ataque com faca perto da antiga sede da revista satírica Charlie Hebdo em Paris, os investigadores tentam descobrir nesta segunda-feira (28) mais sobre a identidade do agressor, que afirma ser um paquistanês de 18 anos.

Este homem, que admitiu ter ferido gravemente dois funcionários da agência Premières Lignes na sexta-feira (25) pensando que eram jornalistas da Charlie Hebdo, se apresentou como Hassan A., de 18 anos, nascido em Mandi Bahauddin, uma cidade agrícola de Punjab, no Paquistão.

Esta identidade corresponde a de um jovem que chegou à França ainda menor, há três anos. Ele esteve sob os cuidados do serviço social na região de Paris até completar 18 anos em agosto e não apresenta "nenhum sinal de radicalização", segundo as autoridades.

Mas, ao analisar o seu celular, os polícias da Direção-Geral de Segurança Nacional, encarregada da investigação pela Procuradoria-Geral Antiterrorista francesa, encontraram uma identidade com outro nome.

De acordo com o documento, Hassan A. na verdade se chamaria Zaheer Hassan Mehmood e teria 25 anos, disseram à AFP fontes próximas à investigação.

Em um vídeo reivindicando o crime, gravado antes do ataque, ele se apresentou com este nome, segundo uma fonte próxima à investigação.

No vídeo de dois minutos, que circulou nas redes sociais neste fim de semana, o homem assumiu a responsabilidade pelo atentado que estava prestes a cometer, sem jurar fidelidade a nenhuma organização.

Ele explicou que não suportou a republicação pela Charlie Hebdo "de caricaturas do profeta Maomé" que a tornaram alvo dos jihadistas em 2015. A publicação satírica as republicou na véspera do início do julgamento do atentado no início de setembro.

"Hoje, sexta-feira, 25 de setembro, vou condená-los", acrescentou o agressor no vídeo, alegando ter como "guia" o líder do Dawat-e-Islami, um grupo religioso apolítico e não violento de inspiração sufi com sede no Paquistão.

- Telefones apreendidos -

As buscas em duas supostas casas deste homem, em um hotel-abrigo em Cergy-Pontoise e em um apartamento em Pantin, perto de Paris, levaram à apreensão de equipamentos, inclusive telefones celulares, cuja análise poderia permitir um melhor entendimento de seu passado, antes de sua chegada à França em 2018.

A custódia policial do agressor, que fala mal o idioma francês e é auxiliado por um intérprete de urdu, foi prolongada por 48 horas no domingo, segundo uma fonte judicial à AFP.

Outras cinco pessoas permanecem sob custódia policial nesta segunda-feira: três ex-colegas de quarto do principal suspeito em seu apartamento em Pantin, seu irmão mais novo e um conhecido.

Os investigadores procuram compreender o "ambiente" em que o agressor vivia. Segundo uma fonte próxima ao caso, "tudo indica que ele agiu sozinho".

Cinco outras pessoas já foram libertadas, incluindo Yussef, um argelino de 33 anos inicialmente considerado suspeito, e que foi liberado na sexta-feira depois que foi comprovado que ele havia na verdade tentado prender o agressor.

"Eu queria ser um herói, acabei atrás das grades", afirmou à imprensa.

Oito pessoas estão detidas sob custódia policial na manhã deste domingo (27) em meio à investigação sobre o ataque com faca ocorrido na sexta-feira (25) em Paris, que tinha como objetivo a ex-sede do semanário satírico Charlie Hebdo, provocando dois feridos graves, informou uma fonte judicial à AFP.

No sábado (26) à tarde, foi detido um "ex co-inquilino" em Cergy (departamento de Val d'Oise, norte de Paris) do principal suspeito, que se apresenta como Hassan A., paquistanês de 18 anos.

Os oito que estão sob custódia policial são: quem se identifica como Hassan A., cinco ex-co-inquilinos de seu apartamento em Pantin (ao norte de Paris), seu irmão mais novo e uma conhecida.

Na noite de sexta-feira, um homem à princípio considerado suspeito e colocado sob custódia policial, "Youssef", argelino de 33 anos, foi solto. O homem, um "herói" segundo seu advogado, na verdade tentou deter o atacante com uma faca, o que depois corroborou a investigação.

O principal suspeito do ataque em frente às ex-instalações do Charlie Hebdo, "assumiu sua responsabilidade" no ato neste sábado, admitindo que mirou no semanário que recentemente voltou a publicar caricaturas do profeta Maomé, segundo fontes próximas à investigação.

Este jovem, nascido no Paquistão, acreditava que os locais atacados ainda pertenciam ao Charlie Hebdo, segundo as mesmas fontes.

A redação do Charlie Hebdo, que foi transferida para um local secreto há quatro anos, tem sido alvo de novas ameaças desde que este semanário satírico voltou a publicar as caricaturas de Maomé, em 2 de setembro, com motivo da abertura do julgamento dos cúmplices dos autores do sangrento atentado em 2015.

Um dia após o ataque com faca em Paris em frente à antiga sede do Charlie Hebdo, o principal suspeito "assumiu seu ato", que vinculou à republicação das caricaturas do profeta Maomé por parte do semanário satírico, indicaram neste sábado (26) fontes próximas à investigação.

Detido pela polícia na Praça da Bastilha pouco depois do ataque com uma faca de açougueiro que deixou dois feridos graves, este homem de 18 anos nascido no Paquistão "assumiu seu ato, que está no contexto da republicação das caricaturas, as quais não suportou", segundo uma dessas fontes.

O ataque de sexta-feira ocorreu em meio ao julgamento pelo sangrento atentado contra Charlie Hebdo em janeiro de 2015, no qual 12 pessoas morreram, incluindo alguns dos caricaturistas mais conhecidos da França.

"É um ato terrorista islamita, um novo ataque sangrento contra nosso país", estimou o ministro do Interior francês Gérald Darmanin em declarações ao canal France 2.

"Um homem chegou e atacou com uma faca de açougueiro os dois funcionários que fumavam em frente ao imóvel" explicou à AFP Paul Moreira, líder da agência de notícias e produtora Premières Lignes, vizinha da antiga sede do Charlie Hebdo.

O homem e a mulher, funcionários da agência, ficaram feridos "na parte superior do corpo" e um deles na cabeça, acrescentou. Os dois estão hospitalizados, mas não correm risco de morte.

A Justiça antiterrorista está encarregada do caso, que reacendeu na França a dolorosa lembrança do ano 2015 marcado, além do Charlie Hebdo, pelos muito mais letais atentados de 13 de novembro em Paris e uma sangrenta tomada de reféns em um supermercado judaico da capital francesa.

A redação da revista, que se mudou para um lugar secreto há quatro anos, foi alvo de novas ameaças após sua decisão de voltar a publicar caricaturas de Maomé em 2 de setembro, com motivo da abertura do julgamento.

Um novo detido

Segundo o ministro Darmanin, o principal suspeito - que chegou à França há três anos - já havia sido preso em junho pelo porte de uma arma branca - uma "chave de fenda".

O suspeito foi acolhido pelos serviços sociais da infância na região de Paris, em sua chegada na França, e não apresentava "nenhum sinal de radicalização".

A polícia prendeu, na noite de sexta-feira, um ex-colega de apartamento do principal suspeito, o que elevou, neste sábado, o número de presos por este "ato terrorista" para sete.

Uma fonte judicial afirmou que outra pessoa que permanecia presa, um argelino de 33 anos, foi liberado por não estar vinculado ao ataque.

Cinco dos detidos estavam em um dos supostos domicílios do suposto agressor, em Pantin, um subúrbio de Paris.

Desde a onda de atentados jihadistas sem precedentes iniciada em 2015 na França, que causou 258 mortos, vários outros ataques foram perpetrados com arma branca, principalmente na própria sede da polícia de Paris em outubro de 2019 ou em Romans-sur-Isère, no sul do país, em abril passado.

Catorze pessoas estão sendo julgadas por um tribunal especial de Paris pelo suposto apoio fornecido aos autores materiais do ataque ao Charlie Hebdo, que morreram após o atentado.

A Torre Eiffel, monumento mais famoso de Paris, foi reaberta cerca de duas horas depois de ter sido evacuada devido a uma suspeita de bomba.

Os arredores da atração turística também chegaram a ser esvaziados pelas forças de segurança. Segundo o jornal Le Parisien, a polícia havia recebido um telefonema anônimo às 11h (6h em Brasília) desta quarta-feira (23) afirmando que havia uma bomba na Torre Eiffel.

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Por volta de meio-dia, as autoridades decidiram evacuar o monumento, que só seria reaberto às 14h15, após uma inspeção não ter revelado nenhuma ameaça.

Da Ansa

A Torre Eiffel, monumento mais famoso de Paris, foi evacuada na manhã desta quarta-feira (23) devido a uma suspeita de bomba.

Os arredores da atração turística também foram esvaziados pelas forças de segurança. Segundo o jornal Le Parisien, a polícia recebeu um telefonema anônimo por volta de 11h (6h em Brasília) afirmando que havia uma bomba na torre.

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"Verificações estão em curso no local", afirmou a empresa que administra o monumento.

Da Ansa

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta segunda-feira (21) que o país passará a exigir um teste para detectar o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de todas as pessoas que retornem ou venham de Paris.

A regra também valerá para departamentos franceses que têm altos índices de contaminação por Covid-19: Auvérnia-Ródano-Alpes, Córsega, Altos da França, Nova Aquitânia, Occitânia e Provença-Alpes-Costa Azul.

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"Assinei uma nova ordem que estende a obrigação de testes moleculares ou antígenos aos cidadãos provenientes de Paris e de outras áreas da França com significativa circulação do vírus. Os dados europeus não podem ser subavaliados", escreveu o ministro em sua página no Facebook.

Speranza ainda lembrou que a Itália "está melhor" nos números do que outras nações europeias atualmente, mas que "é ainda necessário ter muita prudência para não desperdiçar os sacrifícios feitos até agora".

Assim como as outras nações da Europa, o país registrou um aumento no número de contágios após a reabertura da economia e de todos os serviços. E, mesmo que há sete semanas consecutivas haja aumento nos números, os dados mostram que a média móvel dos últimos sete dias está em 1.487 novas infecções - muito diferente da França, que tem uma média de praticamente 10 mil casos diários.

No sábado (19), o país bateu seu recorde de contágios em 24 horas, com 13.498 contaminados. Ontem (20), foram 10.569, mas os domingos tendem a ser o dia com os registros mais baixos por conta das atualizações dos departamentos.

A França, inclusive, tem 55 dos seus 101 departamentos na chamada "zona vermelha", que considera áreas de alta circulação do Sars-CoV-2 aquelas que contabilizem mais de 50 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

Com o anúncio desta segunda, a França está no grupo que conta ainda com Espanha, Croácia, Malta e Grécia. Desde 12 de agosto, os italianos que voltam desses quatro países tem a exigência de apresentar um teste negativo para a Covid-19.

- Brasil continua em 'lista proibida': O decreto de Speranza continuará a manter o Brasil e outros 16 países na lista de países "proibidos".

O decreto veta a entrada de brasileiros ou de voos que fizeram escalas no Brasil para viagens não essenciais. Também estão na lista pessoas que moram na Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru, República Dominicana, Sérvia, Montenegro, Kosovo e Colômbia.

Da Ansa

Um homem foi preso na noite desta sexta-feira após tentar escalar sem o auxílio de cordas a Torre Montparnasse, arranha-céu mais alto da capital francesa, informou uma fonte policial.

O homem, de nacionalidade polonesa, cuja identidade não foi revelada, foi preso às 20h locais, no topo do prédio, de 209 metros. Ele se apresentou aos agentes como um turista e iniciou a escalada no fim da tarde, sem dispositivo de segurança.

Policiais do grupo de intervenção e proteção desceram em rapel quando o escalador se encontrava na metade do caminho, segundo a fonte.

O uso de máscara se tornou obrigatório a partir desta segunda-feira (10) em áreas muito movimentadas de Paris, uma medida já adotada em várias cidades europeias para tentar frear um novo surto do coronavírus em plena onda de calor, enquanto do outro lado do Atlântico os Estados Unidos superaram a marca de cinco milhões de casos.

O cais do Sena, o bairro turístico de Montmartre e as ruas comerciais como a 'rue Mouffetard', atrás do Panteão, no Quartier Latin de Paris, são alguns dos lugares onde não se pode mais caminhar com o rosto descoberto.

Prevista para durar um mês a princípio, a medida pretende evitar uma segunda onda de coronavírus, algo que poderia ter efeitos devastadores para a economia da França.

O cumprimento da medida ainda precisa ser verificado, levando em consideração as cenas observadas no fim de semana em vários países europeus, afetados por temperaturas que superaram 35°C, e onde muitas pessoas ignoraram as medidas de saúde recomendadas.

Antes de Paris, outras cidades francesas adotaram nos últimos dias a mesma regra, como Nice e Marselha (sul) e Lille (norte). Em outros países da Europa, a Espanha já aplica a medida em quase todo seu território, com exceção das Ilhas Canárias, assim como a Bélgica e a Romênia.

Os novos focos da doença em diferentes regiões do Velho Continente acontecem em plena férias de verão, ante a relutância de parte dos europeus, especialmente os mais jovens, às medidas de distanciamento físico e em detrimento de uma economia abalada, que em vários países afetados pela doença é muito dependente do turismo.

Nesta segunda-feira também está programada a volta às aulas presenciais em Berlim.

Na Ásia, os restaurantes, cinemas e transportes públicos devem retomar as atividades no Paquistão.

- Outro recorde nos Estados Unidos -

Enquanto a Europa tenta conter a segunda onda, os Estados Unidos superaram no domingo a marca de cinco milhões de casos de coronavírus e permanecem como o país mais afetado pela pandemia - o Brasil é o segundo, com mais de 100.000 mortes.

A COVID-19 matou mais de 162.000 pessoas no território dos Estados Unidos, onde a curva de contágio está em alta desde o fim de junho. O número de novos casos chegou a 70.000 por dia em meados de julho.

Para ajudar milhões de pessoas afetadas pelo desemprego ou em risco de despejo de suas casas por não terem condições de pagar o aluguel, o presidente Donald Trump decretou novos subsídios e medidas de apoio aos que enfrentam as dificuldades econômicas provocadas pela pandemia.

Apesar do balanço elevado, milhares de pessoas subiram em suas motos no Meio Oeste para participar na maior concentração de motociclistas do mundo. "Sobrevivi ao coronavírus", afirmavam as frases em várias camisas.

O segundo país mais afetado do mundo é o Brasil, que tem mais de três milhões de contaminados entre os 212 milhões de habitantes. No domingo, o número de vítimas fatais alcançou 101.049.

Nos últimos sete dias, quase 50% das mortes aconteceram na América Latina.

O Peru anunciou no domingo 228 mortes em 24 horas, um recorde. O país registra mais de 478.000 contágios e 21.072 vítimas fatais.

Para a América Latina os efeitos econômicos são devastadores. No Equador, 700.000 pessoas perderam o emprego desde o início da epidemia.

Desde o surgimento do novo coronavírus na China em dezembro, o planeta registra quase 728.000 mortes e mais de 19,7 milhões de casos de contágio, de acordo com o balanço da AFP, baseado nos números oficiais de cada país.

- Liga dos Campeões em risco? -

Com mais de 213.000 mortos, a Europa é o segundo continente mais afetado pela pandemia, atrás da América Latina e Caribe, que registra mais de 218.000 óbitos.

Além das consequências para a saúde, a pandemia provoca danos graves à economia mundial, aprofunda as desigualdades sociais e afeta os calendários culturais e esportivos.

Interrompida pela pandemia, a Liga dos Campeões será definida em um formato inédito organizado em Lisboa a partir de quarta-feira, mas o anúncio de dois casos positivos de coronavírus no Atlético Madrid, um dos oito clubes classificados para as quartas de final, provocou dúvidas.

No Brasil, o Goiás foi comunicado no domingo que 10 dos 23 jogadores relacionados para a partida da primeira rodada do Brasileirão contra o São Paulo apresentaram resultado positivo para COVID-19, o que provocou o cancelamento do jogo.

Neymar Jr. está prestes a receber uma visita especial em sua casa em Paris, na França. De acordo com o jornal Extra, Anitta, que está em viagem pela Europa, irá ao encontro do jogador de futebol quando passar pela França.

Ainda não se sabe quando a cantora chegará a Paris. Por enquanto, ela segue na Croácia, onde está desde o último dia 22 de julho. Antes de seguir para outros países da Europa, ela precisa ficar 14 dias por lá, seguindo as normas de quarentena por causa da pandemia do coronavírus.

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Anitta tem aproveitado o local com a amiga Lary Bottino e com o suposto novo affair, Lucas Omulek, que é francês.

Na capital francesa, Anitta deverá aproveitar os dias de descanso com Neymar e outros amigos que tem por lá.

Como se sabe, além de serem muito amigos, Anitta e Neymar Jr. também já viveram um affair. Eles já foram vistos aos beijos no Carnaval de 2019 no Rio de Janeiro. Essa não teria sido a primeira vez que eles ficaram juntos.

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