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O desgaste dos freios, pneus e lonas pode representar a primeira fonte de emissões atmosféricas de partículas relacionadas ao tráfego rodoviário, à frente dos gases expelidos pelo escapamento, alertou a OCDE em relatório publicado nesta segunda-feira (7).

Enquanto a quantidade de partículas expelidas pelos escapamentos diminui com o aumento dos veículos elétricos, "a maior parte das emissões particulares atribuíveis ao tráfego rodoviário poderiam vir de outras fontes que não os gases expelidos".

O tráfego rodoviário é responsável por 25% da poluição por partículas suspensas (PM10 e PM2,5) nas áreas urbanas do mundo, destaca o relatório.

A exposição a essas partículas (PM) causa infecções respiratórias agudas, câncer de pulmão e doenças respiratórias e cardiovasculares crônicas. No entanto, apenas as emissões de gases de escape são regulamentadas.

Se a poluição por CO2 for reduzida, a transição para veículos elétricos e a hidrogênio não encerrará a emissão dessas partículas perigosas no ar, alerta a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os veículos elétricos leves, com baixa autonomia, expelem entre 11 e 13% menos PM2,5 do que os térmicos da mesma categoria.

Ao contrário, os veículos elétricos carregados com baterias pesadas que lhes conferem grande autonomia registram emissões de PM2,5 entre 3 e 8% maiores que os veículos clássicos.

O estilo de direção dos motoristas (velocidade, frenagem) também tem uma grande influência nas taxas de emissão dos veículos.

De acordo com Walid Oueslati, economista da OCDE e coordenador do relatório, a poluição por freios, pneus e poeira de asfalto terá "um papel central no futuro".

O relatório destaca a necessidade de estabelecer métodos padronizados para medir as emissões de partículas além dos gases de escape. E sugere que os veículos elétricos não estão isentos de pedágios destinados a reduzir a poluição automotiva.

Embora ilegal, uma das tradições das eleições municipais é a poluição que toma conta da cidade. No domingo do pleito, o entorno dos locais de votação geralmente acumula os famosos santinhos, que muitas vezes resultam em acidentes. De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), cerca de 50 toneladas de lixo foram retiradas das ruas do Recife só no domingo do último pleito.

“A eficácia deles para a eleição eu não sei, mas para a limpeza urbana é péssima. Suja muito a cidade e quando começamos a fiscalizar os pontos de votação, a gente já encontra uma grande quantidade de santinhos jogados. Às 6h da manhã, já encontramos tudo muito sujo”, afirma o gerente geral de Fiscalização e Limpeza, Avelino Pontes, que criticou o derramamento dos materiais de campanha tipificado como crime eleitoral no art. 39 da Lei 9.504/97.

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Na maioria dos casos, os eleitores não são responsáveis pelo lixo, que na verdade é despejado por cabos eleitorais durante a madrugada do próprio domingo. Avelino aponta que os envolvidos na campanha aproveitam o horário de baixa fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Se der uma chuva, boa parte desse lixo vai entupir as galerias, canais e uma parte pode chegar até às praias”, aponta.

O acirramento da disputa à Prefeitura do Recife, que conta com 11 concorrentes, e o material de campanha dos 896 candidatos à Câmara Municipal, preocupam a Emlurb, que espera uma queda significativa de lixo no segundo turno. Entretanto, o gerente lembra que, embora em proporção bem menor que os panfletos, o lixo dos comércios nos arredores das zonas eleitorais e as máscaras usadas como barreiras para a Covid-19 também podem agravar a sujeira.

Com a disponibilidade de 542 profissionais no domingo (15), o gerente da Emlurb informa que a quantidade de varredores é a mesma que em um domingo comum, o que muda é a distribuição pelo município. “Eu vou deixar de limpar outros locais da cidade para limpar os locais de votação”, explica Avenilo sobre a necessidade de remanejamento.

Moradora do Engenho Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho, desde que nasceu, em 1974, Francisca* só encontra o curso de águas límpidas, com as quais garante matado a sede em boa parte da juventude, em sua memória. Há cerca de 20 anos, o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros- Suape mudou o significado do Riacho Algodoais para a comunidade batizada com seu nome e, por consequência, a relação da população com o espaço em que vive. Em 2012, uma pesquisa do programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) observou a presença de contaminantes do tipo Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), possuindo efeitos mutagênicos e carcinogênicos em animais e seres humanos no curso d'água, que nasce no Engenho Setúbal e percorre 10 km até desaguar em uma área de manguezal do Rio Massangana.

“A poluição mata tudo que vive no rio, peixes e crustáceos. Não sei dizer precisamente quando isso começou, mas foi há mais de duas décadas, antes essa água era limpa, a gente bebia, tomava banho e lavava nossas roupas. A pescaria foi encerrada por causa da poluição”, comenta Francisca*. Dona de casa, ela descreve o desgaste físico da exposição prolongada aos contaminantes. “Prejudica minha vida, porque moro perto do riacho. Quando jogam a poluição, sinto um mau cheiro muito grande, a ponto de arder o nariz. Acredito que isso me afeta no sentido de ficar doente mesmo”, lamenta.

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O estudo da UFPE supracitado, intitulado “Avaliação de Contaminantes Emergentes do tipo HPA no Riacho Algodoais Suape-PE, e Tratamento via Processo Oxidativo Avançado" e assinado pela pesquisadora Danielle Pires de Souza, analisou a ocorrência e a concentração de HPA em amostras coletadas ao longo do curso d’água. “A avaliação do riacho Algodoais constatou a presença de parâmetros de qualidade importantes como a DBO [isto é, Demanda Bioquímica de Oxigênio] com seus valores fora da legislação vigente”, frisa a pesquisa. O trabalho também concluiu que “a presença de contaminantes emergentes do tipo Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos se mostrou em quantidades significativas e preocupantes, ao longo de todo o riacho. Visto os efeitos que esses Contaminantes Emergentes causam nos seres vivos em geral, os valores encontrados se tornam alarmantes”.

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O excesso de tóxicos é responsável pelo cenário de terra arrasada constantemente registrado pelos moradores do entorno do Algodoais. Em um dos vídeos recebidos pela reportagem do LeiaJá, um camponês mostra peixes mortos boiando na superfície do rio, completamente enegrecido pelos poluentes. A advogada do Fórum Suape- organização da sociedade civil que fiscaliza os impactos sócio-econômicos e ambientais do complexo- Mariana Vidal afirma que, dentre as indústrias que despejam tóxicos no curso d’água está a Solar BR, que sedia a Coca-Cola em Pernambuco. “Os afluentes industriais praticamente acabaram com esse corpo d’água. Em meados de 2014, o governo do Estado instituiu um decreto com um programa de recuperação, que não foi posto em prática”, comenta.

A advogada se refere ao decreto 41.573/2015, por meio do qual o governador Paulo Câmara lançou o programa Águas de Suape, que previa o repasse de R$ 1 milhão para Suape, que ficaria responsável pela recuperação do riacho Algodoais, bem como das áreas de mangue e Mata Atlântica, além do estudo da fauna marinha e inclusão socioprodutiva para as famílias residentes no complexo do entorno industrial. A primeira etapa dos trabalhos previa a implementação do projeto “Jardim Algodoais”, que prometia recuperar o curso d’água, com desassoreamento e o restabelecimento da fauna e da flora locais, em apenas três meses, a partir da aplicação, no local, de plantas que se alimentam de impurezas.

O planejamento do governo incluía ainda uma segunda etapa, denominada “Nascentes”. Ela compreenderia a identificação das nascentes no riacho, o desenvolvimento de um plano de manejo e recuperação, além de oficinas de educação ambiental para as comunidades ribeirinhas. Sua operacionalização ficaria a cargo de uma parceria com o campus do Cabo de Santo Agostinho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). A população, contudo, garante que o Algodoais segue sendo ignorado. “O riacho nunca teve melhora nenhuma. De vez em quando, tem uma pausa se alguém denuncia, mas dá um tempinho e eles voltam a jogar toda poluição”, relata a moradora Francisca*.

Morosidade

No dia 9 de junho de 2008, o Complexo de Suape e as empresas Refrescos Guararapes LTDA, Rexam Beverage Can South América S/A e Suape Têxtil S/A firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para garantir a adoção de medidas de preservação ambiental do riacho Algodoais. No TAC, o Complexo de Suape se comprometeu a apresentar, em um prazo de 180 dias a partir da contratação de uma empresa especializada através de licitação, neste prazo, um diagnóstico ambiental de uso e ocupação do solo e projetos básicos para recuperação do riacho. Já às outras três empresas caberia realizar o tratamento dos efluentes antes de despejá-los no riacho.

Diante do descumprimento das empresas aos acordos, o MPPE arquivou o TAC. “Em tese, se os acordos não são respeitados, o Ministério Público já teria que ter entrado com uma Ação Civil Pública”, destaca a advogada Mariana Vidal. Questionado pela reportagem do LeiaJá a respeito, Suape se manifestou por meio de nota, alegando que o projeto “Nascentes” já está em execução, mas teve suas atividades interrompidas pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o complexo, já foi contratada uma empresa que apresentou um projeto para da iniciativa “Jardins Filtrantes” e “ as análises químicas necessárias foram concluídos e encaminhados à CPRH, para a emissão da licença ambiental”. Leia o posicionamento na íntegra:

“A administração do Complexo Industrial Portuário de Suape, por meio da Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, realiza uma gestão ambiental rigorosa do território sob sua responsabilidade, o qual inclui o Riacho Algodoais. Desenvolvemos ações para evitar e mitigar a degradação ambiental dos corpos hídricos, como monitoramento ambiental, análises laboratoriais de qualidade do recurso hídrico, restauração florestal de mata atlântica e ecossistemas associados (mangue e restinga), estudos sobre a fauna marinha, cercamento e sinalização de áreas de proteção ambiental dentro do Complexo Industrial, para evitar invasões e desmatamento.

No âmbito do Programa Águas de Suape, previsto no Decreto citado, está em execução o projeto Nascentes, em cooperação técnica com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) – Campus Cabo de Santo Agostinho. O projeto faz o levantamento, mapeamento e diagnóstico das nascentes de rios na Zona de Preservação Ecológica do Complexo e promove oficinas de educação ambiental para as comunidades. Em virtude da pandemia da Covid-19, os trabalhos de campo do projeto Nascentes estão suspensos temporariamente.

Em relação à recuperação do curso hídrico do Riacho Algodoais, Suape contratou empresa que apresentou um projeto de Jardins Filtrantes, que prevê a utilização da técnica de aplicação de plantas que se alimentam das impurezas despejadas no riacho para sua restauração. Os estudos do projeto executivo (que estava orçado em R$ 1 milhão) e as análises químicas necessárias foram concluídos e encaminhados à CPRH, para a emissão da licença ambiental. Portanto, Suape vem cumprindo as suas obrigações previstas no TAC.

Por fim, a administração de Suape solicita que a população denuncie com evidências (fotografias, localização geográfica da degradação, entre outros) a prática de desmatamento, poluição de rios, degradação ambiental, invasão ou qualquer outra situação que prejudique o meio ambiente e as comunidades que vivem no território. As denúncias podem ser feitas diretamente aos órgãos ambientais competentes pela fiscalização, ou entrando em contato com a Ouvidoria Suape por meio dos canais de comunicação abaixo. Vale ressaltar que a denúncia pode ser anônima.

Enviar um e-mail para ouvidoria@suape.pe.gov.br

Ligar para a Ouvidoria Suape: (81) 3527-5070

Preencher o formulário on-line acessando <http://www.suape.pe.gov.br/pt/ouvidoria>”.

*Nome fictício

A pandemia do novo coronavírus modificou o comportamento das pessoas e isso se refletiu na qualidade da água do Rio Tietê. Uma análise dos últimos 12 meses mostra que a mancha de poluição somou 150 quilômetros de extensão e, pela primeira vez desde 2010, não foram registrados trechos com água de péssima qualidade. Também se observou uma estabilidade da qualidade do recurso hídrico nos 83 pontos monitorados em relação a 2019. Os dados são do relatório Observando o Tietê, que está sendo divulgado nesta terça-feira pela SOS Mata Atlântica. O grupo monitora 576 dos 1,1 mil quilômetros do rio.

Nas avaliações feitas entre setembro de 2019 e agosto de 2020 - com interrupção entre março e julho, por causa da pandemia, a qualidade de água ruim foi verificada em trechos que antes estavam no nível péssimo. No ano passado, o trecho considerado "morto", com água imprópria para uso ou vida aquática, foi de 163 quilômetros. Além disso, a qualidade da água melhorou em 94 quilômetros, atingindo a condição boa, um indicador que não era obtido há décadas.

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Mas é importante destacar que um trecho de 44 quilômetros entre os municípios de São Paulo e Barueri, a partir da Ponte da Rodovia Anhanguera, não foi analisado este ano. Na série histórica, essa porção do rio costuma apresentar condição péssima, mas se for considerada ruim nesta avaliação a mancha teria uma extensão de 194 quilômetros. "Dessa vez, mesmo que fosse considerado o trecho inteiro, a condição estaria ruim, não péssima", diz Malu Ribeiro, gerente da SOS Mata Atlântica, que destaca o dado positivo na análise.

Para ela, essa melhora é reflexo do comportamento humano alterado pela pandemia. "As pessoas ficaram mais em casa, teve menos lixo na rua, que assim não foi para os rios, e houve menor pressão sobre os recursos hídricos por parte das atividades industriais e agronegócio. O consumo doméstico aumentou, mas, de forma geral, a pressão foi menor."

Um cenário inédito este ano é que a mancha de poluição ficou dividida em dois grandes trechos e dois menores. Um deles compreende a faixa entre Porto Feliz e Laranjal, que desde 2010 apresentava qualidade regular da água. Segundo Malu, isso é reflexo da abertura de barragens ou eclusas, que levou água ruim para essas regiões. "Se não fosse essa abertura em Laranjal, a mancha seria menor", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeitura do Recife realizou nessa quinta-feira (17) um mutirão de limpeza dos manguezais e margens do Rio Capibaribe, ao longo da Avenida Beira Rio da Madalena, Torre, Graças e Casa Forte. O serviço teve início às 8h e culminou com a retirada de mais de 15 toneladas de resíduos.

A ação contou com um efetivo de 50 profissionais, além do Ecobarco, que auxilia diariamente na retirada de resíduos flutuantes do rio. O equipamento atua em todos os trechos navegáveis, dentro do município do Recife.

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Para denúncias e sugestões, os cidadãos podem contactar a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) pelo número 156.

Com informações da assessoria

Segundo o porta-voz da instituição especializada na conservação da vida marinha Surfers Against Sewage (SAS), Jack Middleton, em entrevista a BBC na última segunda-feira (31), a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) contribuiu para o aumento da poluição por plástico nas praias do Reino Unido.

De acordo com Middleton, desde o início do surto, as pessoas voltaram a utilizar em excesso embalagens descartáveis e o resultado foi uma grande quantidade de materiais acumulados nas praias e nos rios. A situação se agravou ainda mais após a flexibilização da quarentena, em que foram encontrados materiais como máscaras e luvas descartáveis.

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Outros fatores também contribuíram para a poluição, como o adiamento da lei que proíbe o uso de canudos e a retirada da cobrança no consumo de sacolas plásticas. Para Middleton, estes pontos retrocederam os avanços que haviam sido feitos no passado.

Embora o plástico contido nas máscaras sejam essenciais na prevenção da Covid-19, o SAS acredita que é necessário estudar novas maneiras de descartes destes materiais. Por conta disto, o grupo iniciará uma ação de limpeza em mais de 600 locais do Reino Unido a partir de 5 de setembro.

A instituição afirma que pretende divulgar em suas redes sociais os nomes das empresas contidas nos resíduos para que elas também possam tomar alguma atitude contra a poluição.

O isolamento social para controlar o avanço do novo coronavírus vem ajudando a reduzir a emissão de poluentes como CO e NOx nas grandes cidades, segundo dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A mudança na rotina dos paulistas reduziu a quantidade de veículos circulando na cidade e, consequentemente, a diminuição do monóxido de carbono, indicador da emissão de poluentes em grandes centros urbanos.

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Estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), aponta queda no número de veículos nas ruas como maior responsável pela redução de poluentes durante o período de quarentena.

Na opinião do doutor em Geociências e professor no Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade UNG, Fabrício Bau Dalmas, esta hipótese é muito plausível tanto pelos dados coletados durante este período de quarentena quanto por estudos anteriores, relacionados à influência dos veículos automotores na poluição do ar de grandes cidades.

“Utilizando-se de números do atual período de quarenta na cidade de São Paulo, verifica-se que, na média, a taxa de isolamento social dos munícipes está em 50%. Logo, para quem mora na cidade, é bastante visível que esse isolamento influenciou no menor trânsito de veículos e essa diminuição da frota transitando pela cidade ocasionou uma melhoria na qualidade do ar”, explica.

Já o estudo elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) “Inventário de emissões atmosféricas do transporte rodoviário de passageiros no município de São Paulo”, revela que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases, tais como CO, CO2, SO2 e O3.

Outro dado interessante apontado por este estudo é de que os automóveis (transporte individual) poluem muito mais que os ônibus, um transporte coletivo. Os automóveis são responsáveis por 71% das emissões do poluente na cidade, contra 25% dos ônibus e 4% das motocicletas, levando-se em conta o material particulado lançado por pessoa transportada.

“O material particulado lançado ao ar em virtude da queima de combustível dos veículos automotores é um poluente crítico e imperceptível ao olho nu. Este poluente afeta o pulmão e pode causar asmas, bronquite, alergias, além de outras graves doenças cardiorrespiratórias, podendo ocasionar óbitos”, destaca o professor.

Outra pesquisa publicada pela Revista Brasileira de Epidemiologia, de título “Poluição veicular e saúde da população: uma revisão sobre o município de São Paulo”, apresentou um aumento de 3% a 4% da taxa de mortalidade diária por doenças cardiovasculares, associadas ao aumento de material particulado no ar, principalmente de SO2.

Para doenças respiratórias, o aumento na mortalidade diária foi de 6%. Em relação aos grupos vulneráveis, foi constatado que pode chegar a um aumento 14,2% na chance de morte de idosos por problemas respiratórios, associados ao aumento de material particulado no ar. As famílias mais afetadas possuem piores condições socioeconômicas. No caso de crianças, a pesquisa relatou uma associação entre a mortalidade das crianças menores de 5 anos e os poluentes CO e SO2, com a proporção de mortes atribuídas a estes poluentes de 15% e 13%, respectivamente.

“Tratando-se de saúde pública, uma redução na concentração de poluentes atmosféricos estaria diretamente ligada a um menor número de pessoas com doenças respiratórias, o que desencadearia em um menor número de pessoas em postos de saúde e hospitais e, até um menor número de óbitos relacionados a estas doenças. A redução na concentração destes poluentes poderia ser iniciada com uma drástica alteração no modal de transporte das grandes cidades, onde deveria focar mais em transportes coletivos e elétricos”, sugere Fabrício.

* Da Assessoria de Imprensa

As autoridades sanitárias da Itália anunciaram nesta quinta-feira (7) que farão um estudo nacional para avaliar se a poluição atmosférica contribui para disseminar o novo coronavírus.

A pesquisa será conduzida pelo Instituto Superior da Saúde (ISS), pelo Instituto Superior de Proteção e Estudos Ambientais (Ispra) e pelo Sistema Nacional de Proteção do Meio Ambiente (SNPA).

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A poluição do ar é uma das principais causas de doenças respiratórias no mundo, mas ainda há controvérsias sobre sua relação com a Covid-19.

Em muitos países, a pandemia se disseminou a partir de áreas industrializadas e com altos índices de poluição, como Wuhan (China), Lombardia (Itália) e São Paulo (Brasil), mas essas mesmas zonas também estão conectadas às redes globais de transporte e são densamente povoadas, o que favorece a disseminação.

"Vai ser verificado, por exemplo, se uma população exposta a maiores níveis de poluição do ar é mais vulnerável ao vírus em termos de efeitos e se isso pode ser relacionado a uma maior vulnerabilidade a doenças respiratórias", disse Gianpaolo Bottacin, secretário regional de Meio Ambiente do Vêneto, que também participará do estudo. A Itália já soma 214.457 casos do novo coronavírus, sendo que 70% se concentram em quatro regiões industriais do norte: Lombardia (79,4 mil), Piemonte (28 mil), Emilia-Romagna (26,4 mil) e Vêneto (18,5 mil).

Da Ansa

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) começou a investigar uma denúncia de poluição ambiental no manguezal em Suape, Ipojuca, Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo os denunciantes, a água do manguezal está mais escura e com forte odor.

As condições da água estariam impossibilitando a pesca artesanal que é realizada na área, onde vive a comunidade tradicional quilombola Ilha de Mercês. 

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Uma equipe da CPRH visitou o local na sexta-feira (17) e constatou que a coloração da água estava alterada. “Coletamos amostras da água para análises laboratoriais e, a partir dos resultados das análises e as características do efluente, a CPRH poderá encontrar os responsáveis pela infração ambiental cometida”, disse o diretor de Controle de Fontes Poluidoras da CPRH, Eduardo Alvino.

As amostras de água foram encaminhadas ao laboratório da CPRH. O resultado ficará pronto em oito dias. 

Se podemos tirar pontos positivos da pandemia mundial do novo coronavírus, sem dúvidas a principal lição foi a necessidade de cuidar do nosso planeta. Sem a movimentação intensa de pessoas, uma queda drástica da poluição foi percebida em grandes cidades como Veneza, que também registrou a reaparição de animais nos canais e nas ruas, agora desertas. No Brasil não foi diferente, nesta semana, tartarugas marinhas foram vistas na Baía de Guanabara aproveitando a reclusão do ser humano.

Alvo da falta de saneamento, o esgoto de milhões de cariocas e despejado no local, também sofre com acúmulo de lixo nas águas. A fama da sujeira fez a baía ter a participação de modalidades olímpicas crítica e, preocupou atletas e especialistas em 2016. Uma das promessas da Olímpiada do Rio de Janeiro foi, inclusive, despoluir a área.

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Contudo, após o isolamento social, garrafas e embalagens plásticas deram lugar à peixes e tartarugas que, pelo menos por enquanto, repovoaram o lugar. “Eu nunca vi a Baía de Guanabara, principalmente nesse trecho aqui próximo ao aeroporto, tão limpo devido a esse período de isolamento”, afirma o autor do vídeo.

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A recomendação das autoridades de saúde para o isolamento social durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) pode ter auxiliado na melhora da qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), as 29 estações de monitoramento mostram qualidade boa da atmosfera em relação à emissao dos poluentes primários.

Segundo a Cetesb, na observação feita desde 20 de março, os índices de monóxido de carbono (CO) estão menores do que aqueles registrados nos demais dias do mês. Ainda de acordo com o órgão, além da redução do número de veículos em circulação e da diminuição dos engarrafamentos, as condições meteorológicas foram favoráveis para a dissipação dos poluentes.

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Apesar da queda nos indicadores de gases tóxicos no período, há 12 anos a região da Grande São Paulo não atinge os índices ideais.

A Itália passa por um dos piores momentos de sua história. Já são mais de 4 mil mortos pelo novo coronavírus (Covid-19), e enquanto a pandemia devasta moradores de várias partes do território italiano, boas notícias surgem na natureza. Os clássicos canais da cidade de Veneza, famosos pela visitação e pela poluição, apresentam sinais de limpeza.

Mesmo com a boa aparência dos canais, a prefeitura da cidade não confirma a despoluição total das águas na capital de Vêneto. Em entrevista à rede estadunidense CNN, um porta-voz da administração pública local declarou que a água segue poluída e que a coloração atual se deve a não frequência dos barcos nas vias aquáticas. "A água agora parece mais clara porque há menos tráfego nos canais, permitindo que o sedimento permaneça no fundo", afirmou.

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Alguns moradores da região registraram inclusive animais, como cisnes, na superfície. Além disso, espécies de peixes também foram vistas em movimento nas águas cristalinas de Veneza.

Milão, a capital econômica da Itália, que enfrenta um alto nível de poluição do ar, decidiu proibir a circulação total de carros no próximo domingo (2). O veto à circulação vai das 10h às 18h.

O prefeito Beppe Sala, de centro-esquerda, reconheceu que a iniciativa não resolve o problema da poluição, mas pediu que todos colaborassem. Por causa da má qualidade do ar, o Conselho Municipal, equivalente à Câmara de Vereadores no Brasil, analisará um projeto de lei que barra o cigarro até ao ar livre. (Com agências internacionais).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, anunciou neste sábado (18) que quer proibir o fumo em locais ao ar livre até 2030, na tentativa de frear a poluição na cidade italiana.

"Até 2030, não será mais permitido fumar ao ar livre. Mas imediatamente ou em breve, não poderá fumar nos pontos de ônibus e na fila de serviços", afirmou Sala, durante um evento em Isola.  O prefeito explicou que, segundo alguns estudos, o tabagismo é uma das causas que contribuem para a superação dos níveis de poluição na cidade, como os fogos de artifícios e fornos a lenha nas pizzarias. 

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Durante coletiva de imprensa, Sala ressaltou que essa é a "visão" da prefeitura e que toda proposta ainda terá que passar pelo conselho da cidade. Já em relação à proibição nos pontos de ônibus e filas de serviços, a medida está incluída no Regulamento Ar-Clima, que será discutido em breve pelo Conselho de Milão.

A expectativa é que a nova regra seja aprovada até março. "Muitas obrigações devem ser introduzidas para que todos façam sua parte", concluiu Sala. 

Da Ansa

Um copinho de iogurte comercializado nas Olimpíadas de 1976 foi encontrado em bom estado de conservação no início deste ano. A embalagem plástica do laticínio servido aos atletas foi recolhida na praia de Dénia, na Espanha.

Após 44 anos da sua fabricação, o artigo da marca Yoplait circulou entre a vila olímpica dos jogos de Montreal, no Canadá. Outra embalagem do mesmo produto foi encontrada em 2016, no litoral da França.

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"Estava limpando a praia como costumo fazer e achei esse item. Recolhi muitas embalagens de iogurte, mas essa chamou minha atenção por causa da marca. A Yoplait desapareceu dos supermercados da Espanha muito tempo atrás", afirmou a ambientalista Maite Mompó ao Metro após o achado no dia 2 de janeiro. “O plástico que usamos quando crianças permanecerá vivo por dezenas de gerações humanas. Deixe o plástico agora!”, publicou.

Confira

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A poluição do ar em Sydney, a maior cidade da Austrália com mais de 5 milhões de habitantes, está hoje entre as 20 piores do mundo devido fumaça provocada pelos incêndios no leste do país, disseram as autoridades.

Também conhecida como "Big Smoke" (nome dado na Austrália às grandes cidades), Sydney faz jus hoje a esse nome. A fumaça desaparecerá progressivamente ao longo do dia, mas aumentará à noite. Há um alerta de má qualidade do ar", alertaram os serviços de meteorologia pelo Twitter.

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No portal AirVisual, que mede a qualidade do ar em todo o mundo, Sydney ocupa hoje a 17ª posição, duas abaixo da cidade chinesa de Xangai, num ranking liderado por Daca, em Bangladesh.

Dados do governo de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, mostram que a qualidade do ar "é pobre".

A nuvem de fumaça sobre Sydney ao amanhecer é consequência dos incêndios das montanhas Gosper, a cerca de 300 quilômetros (km) a noroeste da cidade e que já queimou cerca de 850 quilômetros quadrados.

O impacto da fumaça, que também afeta as cidades de Wollongongong e Newcastle, deverá ser agravado pelo calor intenso esperado para os próximos dois dias na costa leste da Austrália e que dificulta, há duas semanas, o combate às chamas por mais de 1.300 bombeiros.

Pelo menos seis pessoas morreram devido aos incêndios florestais em Nova Gales do Sul, a região mais atingida pelo fogo e pela seca severa. Desde 1º de julho, foram atingidos 13 mil km² na região.

A temporada de incêndios na Austrália varia de acordo com a área e as condições meteorológicas, embora sejam geralmente registrados entre os meses de dezembro e março.

Os piores incêndios ocorridos no país nas últimas décadas ocorreram no início de fevereiro de 2009, no estado de Victoria (sudeste), e deixaram 173 mortos e 414 feridos. A área afetada foi de 4.500 km².

*Emissora pública de televisão de Portugal

Uma expedição começou a percorrer o Rio São Francisco para avaliar a situação das águas e procurar sinais de poluição. O grupo de 60 pessoas, entre pesquisadores e equipes de apoio, vai percorrer cerca de 180 quilômetros na região conhecida como Baixo São Francisco, saindo da cidade de Penedo e chegando a Peneiras, ambas no estado de Alagoas.

A expedição teve início no domingo (17) e deve se encerrar na próxima semana, no dia 27 de novembro. Ela é coordenada por professores do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O grupo também é integrado por pesquisadores de mais 10 instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

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Serão realizadas análises física, química e orgânica das águas com vistas a identificar o nível de presença de poluentes. Os peixes do São Francisco também serão examinados com o propósito de verificar se há algum grau de contaminação.

Também está previsto o contato com ribeirinhos que vivem às margens do rio, os quais terão atendimento de equipes de saúde da família. Na chegada da expedição, em Peneiras, a programação contará com palestras para a população local.

Os 29 milhões de habitantes de Nova Délhi enfrentam uma intensa nuvem de poluição, uma emergência de saúde que levou ao fechamento de escolas, à interrupção do trânsito e à paralisação de obras. O nível de partículas prejudiciais à saúde está 25 vezes acima do limite considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com o Greenpeace e a AirVisual, que monitora a qualidade do ar em várias cidades, Nova Délhi é a cidade mais poluída do mundo. Um relatório recente publicado pelas duas ONGs indica que 7 das 10 cidades com pior qualidade do ar do planeta estão na Índia.

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De acordo com a OMS, a exposição a essas toxinas aumenta o risco de infecções respiratórias agudas, assim como doenças cardíacas, pulmonares crônicas e câncer de pulmão. Autoridades de saúde já relataram um aumento de pacientes com problemas respiratórios - embora não tenham divulgado números.

O ministro-chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, comparou a região a uma "câmara de gás". "Há fumaça por todos os lados e as pessoas, incluindo jovens, crianças e idosos, têm dificuldades para respirar", afirmou. "Os olhos ardem. Nova Délhi se tornou uma câmara de gás."

Uma neblina poluente envolve a capital da Índia a cada inverno, provocada pelos gases dos 8,8 milhões de veículos, emissões industriais e fumaça de queimadas agrícolas nos Estados vizinhos. No entanto, a crise atual é mais grave.

O governo de Kejriwal proibiu a circulação de metade dos carros particulares na tentativa de amenizar o problema que, em 2017, matou cerca de 1,24 milhão de pessoas na Índia. "Para seu bem, para a saúde de seus filhos e para a respiração de suas famílias, por favor, respeite o plano (de rodízio). Compartilhe o carro", afirmou o ministro no Twitter.

Paralisação

As escolas estão fechadas desde sexta-feira. As obras de construção estão paralisadas. Autoridades de aviação informaram que 3 voos foram desviados para cidades próximas e 500 estão atrasados. Kejriwal anunciou que o governo distribuiu 5 milhões de máscaras para a população. Na Índia, a expectativa de vida tem uma redução média de 7 anos em razão da poluição.

Entre os esforços para combater a onda de poluição está a criação de uma equipe com 62 integrantes que será encarregada de punir eventuais violações às medidas em Nova Délhi.

O governo enviou uma caminhonete com um purificador de ar ao Taj Mahal, a principal atração turística do país, a 250 km de Nova Délhi, por temer que a poluição afete o mausoléu de mármore do século 17. Outras regiões da Índia também foram afetadas pelo "smog", de acordo com a Junta Central de Controle da Contaminação.

Com eleições em Nova Délhi programadas para o início de 2020, a crise virou um tema político. Kejriwal afirmou que a cidade fez sua parte para combater a contaminação e as queimadas em fazendas de fora da capital. O ministro indiano do Meio Ambiente, Prakash Javadekar, acusou Kejriwal de politizar o tema, enquanto um deputado do governista Partido Bharatiya Janata (BJP) chamou de "truque" o rodízio de placas e afirmou que pretendia ignorar a regra.

Um grupo de ambientalistas escreveu uma carta ao primeiro-ministro, Narendra Modi, pedindo uma solução. "Uma criança nascida ontem em Nova Délhi fumou o equivalente a 40 ou 50 cigarros em seu primeiro dia de vida", disse Arvind Kumar, cirurgião pulmonar no Hospital Sir Ganga Ram Hospital, na capital indiana, que criou a Fundação para o Cuidado Pulmonar.

Especialistas alertam que o governo indiano deve ir além de medidas paliativas de curto prazo e abordar as principais causas da contaminação para melhorar a qualidade do ar no longo prazo. Daniel Cass, vice-presidente de saúde ambiental da Vital Strategies, acredita que as autoridades locais deveriam restringir as emissões das motos, muito utilizadas em Nova Délhi, e pediu mais investimentos em transporte público.

Mudar as práticas agrícolas, as fontes de geração de energia elétrica e acelerar a conversão da calefação doméstica do carvão para o gás natural também são medidas cruciais na luta contra a poluição, de acordo com Cass.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que visitou Nova Délhi no fim de semana, prometeu € 1 bilhão ao governo da Índia para estimular os transportes ecológicos nos próximos cinco anos e também pediu às autoridades locais mais ações contra a poluição. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No final de tarde dessa quarta (23), uma grande mancha de óleo chegou à praia de Canoa Quebrada, na cidade de Aracati, no Ceará.

Segundo a prefeitura, uma intervenção da Marinha, por meio da Capitania dos Portos de Aracati, retirou cerca de 700 quilos de óleo da praia, quer serão levados para análise em Fortaleza.

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O restante do óleo que se visualizou no mar, não chegou a encalhar na faixa de praia, mas a prefeitura acredita que isso pode ocorrer nesta quinta (24) ou seguir para praias vizinhas de municípios da região.

O número de óbitos por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) aumentaram 14% em dez anos em decorrência da poluição atmosférica. Em 2006, foram registradas 38.782 mortes, já em 2016 o número subiu para 44.228. Este é um levantamento feito pelo Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde, que utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Os grupos de DCNT levadas em consideração no estudo foram isquêmica do coração, pulmonar obstrutiva crônica, cânceres de pulmão, traqueia e brônquios. "Entre as doenças, destacamos as afecções do sistema respiratório. As mais frequentes são as doenças pulmonares crônicas, como bronquite e asma, causadas pela hiper-reatividade das vias aéreas devido a contração dos músculos respiratórios estreitando as vias aéreas. A rinite e a sinusite também podem ser desencadeadas pelas partículas poluentes inaladas que irritam e inflamam a mucosa", diz a otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Cristiane Adami. "A poluição do ar também aumenta o risco de distúrbios do coração e agressão aos vasos sanguíneos favorecendo a aterosclerose, que pode levar ao infarto ou AVC", complementa.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 4,2 milhões de mortes prematuras acontecem por ano, atribuídas à poluição do ar ambiente no mundo. Desses casos, 91% acontecem em países de baixa e média renda do Pacífico e Sudeste Asiático. No Brasil, comparando os resultados encontrados por óbitos de homens e mulheres, houve um aumento em mortes causadas por câncer de pulmão, traqueia e brônquios, e doença pulmonar obstrutiva crônica. "A população é responsável por este fato, por causar o aumento da poluição atmosférica. Os principais componentes da poluição do ar são produzidos principalmente por automóveis, motocicletas, aviões, fábricas, queimadas e centrais termoelétrica. Nós somos responsáveis por tamanha poluição e estamos adoecendo por consequência", afirma Cristiane.

A redução dessa poluição é uma responsabilidade que envolve vários setores, como a indústria, transporte, energia e meio ambiente, além da população, que é parte importante nesse processo. "A principal forma de evitar as doenças é tentar diminuir a poluição, o que também exige medidas governamentais para diminuição de emissão de poluentes e a conscientização pessoal para melhorar o meio ambiente", diz Cristiane. "Para conviver melhor e de maneira mais saudável diante de tanta poluição, temos que lavar sempre as narinas com soro fisiológico para limpar as partículas poluentes que podem chegar até os pulmões, usar purificadores de ar nos ambientes, fazer a limpeza do lar para evitar acúmulo de inalantes da poluição, beber bastante líquido para a hidratação das mucosas, não fumar e fazer acompanhamento médico preventivo", complementa.

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