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O sol escaldante e a falta de água são dois problemas que os sertanejos convivem diariamente em partes do Estado. Em Serra Talhada, município do Sertão pernambucano, localizado a 415 km do Recife, onde a presidente Dilma Rousseff (PT) esteve nesta semana e também, em localidades adjacentes, benefícios federais como o seguro Garantia Safra e o Bolsa Família são a esperança de um povo que mesmo por vezes não entender detalhamento o cenário político do Estado, temem em perder recursos que não chegam a um salário mínimo e com isso, idolatram a petista.
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Uma das principais fontes de renda de Serra Talhada, de municípios próximos, distritos e sítios da região do Sertão é a agricultura. Outros recursos proveem por meio da criação de animais. Ambas as situações dependem fortemente da água.
No local, foi inaugurado trecho da Adutora Pajeú, mas, a alegria estampada no rosto de grande parte do público que assistiu os pronunciamentos da presidente, prefeito, ministro da Integração Nacional e do governador não era exatamente pela obra. O sistema adutor ainda está em andamento e não abrange municípios como Santa Cruz da Baixa Verde. Nesse lugar, a esperança e a admiração por Dilma surgem por outros motivos.
Para a agricultora de 40 anos que mora no local, Francisca Canindé Félix, o município está totalmente seco, mas o entusiasmo pela petista existe mesmo assim. “Para mim ela está de primeira. Eu tinha o prazer de ver Lula, mas como não pude, tenho o prazer de vê-la”, disse. Indagada porque tanta admiração pela presidente, Canindé, explicou o motivo. “Para mim ela está sendo minha mãe por causa do seguro Safra e do Bolsa Família. Lá em casa, se ela se candidatar garante quatro votos”, exaltou a agricultora que disse também aprovar o governo de Eduardo Campos, mas prefere Dilma. “A gente que é pobre tem que torcer para o lado mais forte da corda”, acrescentou. Francisca Félix recebe R$ 240,00 dos dois benefícios, o que equivale a menos de meio salário mínimo.
O padeiro e morador de Serra Talhada, Damião Pedro dos Santos, 41, também elogiou Dilma e frisou um dos programas federais. Questionado se aprovava a gestão da presidente, disse: “Ave-maria. E esse Bolsa Família não tem pareia não! Eu voto nela até morrer”, enfatizou.
Residente no município de Mirandiba, a agricultora Reinii Amador de Oliveira, 54, e mãe de nove filhos disse que a petista merece ser reconhecida pelo o que estar fazendo. “Primeiramente Deus e depois Dilma”, cravou. Ela também enalteceu a gestão do governador de Pernambuco, mas deixou claro que entre um dos dois voltaria em Dilma. “Eu gostaria que continuasse porque trabalha muito bem”, argumentou.
Morador de Serra Talhada há 45 anos, o agricultor Everaldo Viera da Silva, de 65 anos, reconheceu o trabalho dos governantes federal e estadual, mas também escolheu a presidente. “Gosto da atuação de Dilma porque durante Lula tivemos coisas boas para todo mundo. E agora ela vai acompanhando o que ele deixou”, argumentou. Sobre Campos, o agricultor também rendeu elogios, porém, optou pela petista. “Ele ajuda muito o pessoal porque passam muitos projetos pela mão dele. Agora, se ele se candidatar eu e minha casa somos todos a favor de Dilma e Lula”, escolheu.
Pesquisa – Nas últimas pesquisas para os possíveis presidenciáveis em 2014, Dilma continua em primeiro lugar com uma margem distante de Eduardo Campos. No Datafolha, o socialista aparece com 6% de intenções de voto o que corresponde a 2% a mais do que os últimos percentuais. Já Dilma ficou com 58% e teve um acréscimo de 4% em relação à última divulgação.
Na pesquisa Ibope, a petista também saiu na frente. No aspecto ‘potencial de voto’ Dilma obteve 52% do público que afirmou votar na presidente com certeza. Já Eduardo, conseguiu 10% dos eleitores que disseram votar nele sem dúvida alguma.