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Uma rotina que inclui banhos de chuveiro frios, noites sobre um colchão fino no chão e mau cheiro que escapa do banheiro marca a realidade de mais de 1,3 mil radicais que permanecem presos em Brasília.

O Estadão teve acesso aos detalhes da situação diária que os presos envolvidos com os atos de violência no dia 8 de janeiro passaram a encarar, desde que chegaram ao Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, destinada às mulheres. Os detidos podem até estar em áreas separadas dos demais presos, mas passaram a conviver com as mesmas condições, o que tem gerado diversas queixas.

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As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens.

Muitos dos extremistas têm reclamado que acabam ficando nas áreas próximas ao banheiro de cada cela, tendo de lidar com o mau cheiro dos sanitários. Na maior parte das celas, não há privadas de concreto, mas a chamada "bacia turca", um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo. Nos presídios, a expressão mais recorrente para se referir a essa instalação é a de que ninguém quer "dormir perto do boi".

Banho frio

O banho é outro alvo de críticas. Basicamente, todo mundo tem de se lavar com água fria. O chuveiro quente é uma exceção que só existe - quando existe - para os idosos. A comida também é uma das campeãs das reclamações. Apesar de a Secretaria Penitenciária informar que fornece quatro refeições por dia, os extremistas se queixam da qualidade e da quantidade.

A Defensoria Pública do Distrito Federal tem atuado na Secretaria Penitenciária para tentar amenizar as queixas, não apenas dos golpistas presos, mas de toda a população carcerária do DF. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventiva a prisão de 354 detidos após os ataques do dia 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prisão de centenas de mulheres que participaram dos atos de depredação nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, acabou por causar uma superlotação da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Antes das prisões ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro, o contingente de mulheres presas era de 680 pessoas. Até esta terça (17), porém, com a chegada de 494 detidas, o número total saltou para 1.174 mulheres.

A capacidade da unidade prisional é de 1.028 mulheres, com divisão do número de detidas que variam conforme o tamanho de cada cela. "O presídio feminino está superlotado", confirmou ao Estadão a defensora pública federal (DPU) e secretária de atuação no sistema Prisional da DPU, Carolina Castelliano.

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Na segunda-feira (16), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou uma decisão para que 85 mulheres que estavam detidas em regime semiaberto possam progredir para o regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica, com o objetivo de liberar mais vagas no presídio.

Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que as 85 beneficiadas "já dispõem do direito de deixar o estabelecimento durante o dia e retornar para pernoitar". A progressão da pena, dessa forma, permite o avanço do "processo de reinserção social".

O ministro do STF tomou a decisão a partir de um pedido feito pela DPU e pela Defensoria Pública do Distrito Federal, para que o magistrado apreciasse o pedido para "concessão de saída antecipada, mediante monitoramento eletrônico, das mulheres em regime semiaberto".

Até ontem, nenhuma pessoa tinha sido liberada. Nesta quarta, 18, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventivas as prisões de 140 radicais detidos em flagrante por atos golpistas. Outros 60 investigados foram liberados, mas terão de cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas a colocação de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. Também foi decretado o cancelamento de passaportes e a suspensão do porte de arma e de "certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça".

As decisões foram dadas nesta terça-feira, após o ministro dar início à análise de atas de audiências realizadas entre os dias 13 e 17 referentes a 1.459 presos. Somente ontem, 200 casos foram analisados - veja abaixo a lista de presos e liberados. A expectativa é a de que o trabalho seja concluído até a sexta-feira, 20.

Pelos dados divulgados pelo gabinete de Alexandre de Moraes, 1.399 investigados permanecem presos - incluindo os 140 sob preventiva. Ao longo dos próximos dias, o ministro poderá converter em regime preventivo a prisão de outros investigados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou, nesta quarta-feira (18), a analisar atas de 1.459 audiências de custódia de presos em flagrante por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. O ministro, relator do inquérito dos atos democráticos, no qual os processos tramitam, já proferiu 200 decisões - com a conversão de 140 prisões em flagrante em preventivas.

Nas 60 restantes, os investigados foram liberados, mas terão de cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas a colocação de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. Também foi decretada o cancelamento de passaportes e a suspensão do porte de arma e de "certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça".

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Nas prisões convertidas em preventivas, o ministro apontou evidências de supostos crimes enquadrados como atos terroristas, de associação criminosa, de abolição violenta do estado democrático de direito, de golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Moraes considerou que as condutas foram "ilícitas e gravíssimas" e tiveram o objetivo de impedir, por meio da violência, o exercício dos poderes constitucionais constituídos. O ministro viu "flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão". Destacou, ainda, a necessidade de apurar o financiamento dos atos.

A análise de todos os casos deve ser concluída até sexta-feira, dia 20. Até lá, o STF divulgará diariamente balanços das decisões tomadas a respeito de todos os investigados.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) divulgou nova lista de pessoas presas por participarem dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes em Brasília no último domingo, 8. Até as 11h desta quarta-feira, 11, eram 763 pessoas.

A divulgação por meio de lista está sendo feita devido ao alto número de pessoas presas e à dificuldade de realizar comunicações individuais. "Dessa forma, será mantida lista atualizada das pessoas transferidas para o Sistema Prisional, a fim de possibilitar o acesso de familiares e advogados a elas", afirma a Seape.

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De acordo com informações do Ministério da Justiça, cerca de 1.500 pessoas foram detidas desde domingo e foram conduzidas à Polícia Federal para serem ouvidas. Dessas, 599 foram liberadas, após identificação, "por questões humanitárias".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou na manhã desta quarta-feira (11), em sua conta no Twitter, que foram lavrados 1.261 autos de prisão e apreensão pela Polícia Federal (PF) após os atos golpistas em ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8).

"Tivemos também as prisões em flagrante efetuadas no domingo. E segue a execução dos mandados de prisão temporária e preventiva. Todos os presos são apresentados ao Poder Judiciário, instância competente para decidir o que acontecerá com cada um deles", informou o ministro, que agradeceu à PF, além das polícias do Distrito Federal, peritos, policiais penais, defensores, bombeiros e o Samu.

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A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou, até por volta das 23h deste domingo, 8, a prisão de 300 envolvidos na invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.

"Todos estão sendo encaminhados ao edifício-sede de nossa instituição. Estão sendo identificados e ouvidos nos autos do inquérito que investiga todos os atos criminosos ocorridos esta tarde na Esplanada dos Ministérios", informou a PCDF.

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Mais cedo, o governador do DF, Ibaneis Rocha, havia dito que mais de 400 pessoas haviam sido detidas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, garantiu em coletiva realizada na noite deste domingo que todos que participaram dos atos golpistas serão punidos - e destacou que as penas podem chegar a 20 anos de reclusão.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou que, até as 19h30 deste domingo, 8, 64 manifestantes foram presos durante os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. De acordo com o órgão, 30 prisões foram feitas pela Polícia Legislativa e 34 por agentes da própria Polícia Civil.

Veículos de imprensa que estão no local falam em 170 detenções. Contudo, o número ainda não foi oficialmente confirmado pelas forças de segurança.

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No mesmo comunicado, a PCDF afirma que quatro ônibus da corporação chegaram ao Parque da Cidade de Brasília para reforço das operações de contenção dos manifestantes.

Extremistas que invadiram e destruíram as dependências do Palácio do Planalto foram rendidos e presos dentro das dependências do prédio, no fim da tarde deste domingo, 8. As imagens mostram homens deitados e cercados por integrantes da Polícia do Exército.

Os manifestantes foram colocados no chão e controlados pelas forças de segurança, no segundo andar do Palácio. Os terroristas destruíram objetos, móveis e obras de arte da sede do governo brasileiro.

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Até o momento, não há informações oficiais sobre total de presos por conta de atos terroristas. A reportagem flagrou dois homens sendo presos perto do Congresso Nacional por tentar atear fogo em carro da polícia legislativa.

Mais cedo, extremistas publicaram um vídeo de dentro do Palácio do Planalto, acompanhando a ação da forças de segurança que estavam do lado de fora.

As imagens mostram uma pessoa encapuzada, enrolada em uma bandeira. Uma voz ao fundo chama a atenção para as forças avançando. "Estão avançando mais aqui, tropa montada ali atrás", disse.

A Polícia Militar (PM) de Mato Grosso prendeu, nessa segunda-feira (21), dois homens - identificados como Olair, 41 anos, e Daniel, 27 - sob suspeita de atearem fogo em caminhões no município de Sinop, a cerca de 480 quilômetros de Cuiabá. Junto dos presos, a PM encontrou combustível, estopa, isqueiro, facas, facões e estilingue. Segundo informações da Polícia Federal (PF), Danilo portava uma arma quando foi preso e tem passagem por homicídio.

Ambos foram encaminhados à PF, onde foram ouvidos. Na oitiva, eles optaram por não responder aos questionamentos dos agentes, informou a corporação. Depois, seguiram para o presídio Ferrugem. Ainda vão passar por audiência de custódia.

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Os investigadores suspeitam que os dois presos estejam ligados com um bloqueio de rodovia registrado em Sinop, próximo ao corpo de Bombeiros da cidade. A PF investiga se eles estariam queimando veículos para dar força às interdições.

Também nesta segunda-feira (21), em Mato Grosso foi registrada uma outra ocorrência em que caminhões foram incendiados. Segundo a PF, um grupo de pessoas encapuzadas ateou fogo em dois caminhões em Itaúba. Segundo a PF, os envolvidos ainda não foram identificados.

A corporação indicou que a ação dos suspeitos teve início quando foram abordados por um funcionário da Concessionária Brasil, que estava iniciando uma inspeção. O homem viu dois carros parados no acostamento e uma pessoa acenando e entendeu que se tratava de um pedido de ajuda.

Após parar o carro, um dos suspeitos apontou a arma para o funcionário da concessionária, pediu que ele descesse do carro e entregasse o uniforme da empresa. O homem que empunhava a arma então vestiu as roupas da concessionária, entrou no carro, dirigiu por cerca de dois quilômetros e então parou as duas pistas da rodovia.

Ainda de acordo com a PF, no momento em que a via foi interditada, pessoas encapuzadas atearam fogo em dois caminhões. Elas teriam abordado os caminhoneiros, pedindo que descessem e em seguida atearam fogo nos veículos.

Enquanto os caminhões estavam em chamas, houve um disparo, indicou a Polícia Federal. Depois, os envolvidos fugiram em oito carros que estavam à margem do rio. Segundo os caminhoneiros, a ação foi ‘muito rápida’.

Após a ocorrência, o suspeito que roubou o veículo da concessionária, "pegou o funcionário" que foi vítima inicial da ocorrência e levou ele "até um local próximo a Sinop", informou ainda a PF.

Em apenas um mês, policiais civis e militares dos 26 estados e do Distrito Federal prenderam 12.396 pessoas acusadas de matar ou agredir mulheres em todo o país. O cumprimento dos mandados e as prisões em flagrante ocorreram entre os dias 29 de agosto e 27 de setembro, no âmbito da segunda edição da chamada Operação Maria da Penha. 

Durante o período, foram requeridas e/ou concedidas 41,6 mil medidas protetivas para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra mulheres e registrados 75.525 boletins de ocorrência policial.

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  Os resultados finais da ação foram divulgados hoje (7), em Brasília, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Responsável por coordenar, em âmbito nacional, a ação que envolveu cerca de 220 mil profissionais de segurança pública federais das 27 unidades federativas, o ministério informou que os estados onde o Disque 190 mais recebeu denúncias de casos de feminicídio e agressões domésticas foram São Paulo e Rio de Janeiro – respectivamente, 9.416 e 5.197. 

“Os números demonstram que conseguimos salvar vidas e tiramos mulheres deste ciclo de violência”, disse o coordenador da operação, Julian Rocha Pontes. Em 2021, durante a primeira edição da Operação Maria da Penha, foram efetuadas 14,1 mil prisões e requeridas e/ou expedidas 39,8 mil medidas protetivas. 

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que, além do aspecto repressivo, a operação tem o objetivo de conscientizar a sociedade e fomentar e induzir a aprovação de políticas públicas destinadas a proteger as mulheres, além de estimular que as boas práticas implementadas pelos estados na proteção e acolhimento de mulheres vítimas de violência sejam reproduzidas. 

A Lei Maria da Penha (11.340/2006 configura violência doméstica e familiar contra a mulher e qualquer ação ou omissão baseada no gênero que resulte na morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial à vítima.  Como denunciar O ministério também recomenda que, em caso de suspeita ou em que os direitos de qualquer mulher sejam violados, a vítima ou denunciante procure a delegacia de polícia especializada mais próxima. Ou ligue para os números de telefone 180, 190 ou 197. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana. 

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que apoia a Operação Maria da Penha, também mantém a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência, registrando e encaminhando denúncias, reclamações, sugestões ou elogios aos órgão competentes.  Estados e organizações sociais também oferecem auxílio às mulheres em situação de violência. Clique aqui e saiba onde mais é possível encontrar apoio.

  * Com informações da Ascom/MJSP

Balanço da Operação Eleições 2022 divulgado às 17h pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública contabiliza 939 crimes eleitorais e 307 prisões em todo o país neste domingo (2) de eleições. Foram 233 registros de crimes de boca de urna e 149 de compra de votos/corrupção eleitoral. Há, ainda, 33 casos de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto.

O estado com maior número de flagrantes de crimes eleitorais é Minas Gerais, com 97 registros. Goiás e Paraná tiveram 91 registros de prisão, cada. Acre vem na sequência com 72 flagrantes de crimes, seguido do Pará e do Rio de Janeiro, ambos com 60 registros.

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Das 307 prisões, 38 foram registradas em Roraima; 32 no Amazonas; 30 no Pará; 25 em Minas Gerais; e 24 no Acre e no Amapá. Foram 40 casos de transporte irregular de eleitores, dos quais 11 no Pará; seis no Amazonas; e cinco no Rio Grande do Norte.

Os estados com mais registros de boca de urna são Paraná e Goiás – ambos com 28 registros. Na sequência vem Acre e Minas Gerais, com 23 ocorrências cada; Rio de Janeiro (21); Mato Grosso (15) e Santa Catarina (13).

Até o momento, R$ 1,969 milhão foi apreendido com suspeitos. No Paraná foram apreendidos R$ 700 mil. No Piauí, mais R$ 383,8 mil; e em Roraima, R$ 207 mil. Ao todo, 11 armas foram apreendidas próximas aos locais de votação.

Dos 74 crimes comuns cometidos em locais de votação, 64 foram contra candidatos. O Rio de Janeiro é o estado com maior quantidade deste tipo de crime (24), com uma incidência quatro vezes maior do que a do segundo lugar, que foi Goiás, com seis ocorrências. Em terceiro lugar está o Ceará, com cinco registro de crimes contra candidatos.

Dos 20 casos de falta de energia elétrica nos locais de votação, nove foram em Minas Gerais; quatro no Piauí; três no Amazonas. Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo e Maranhão registraram um caso, cada.

Ainda segundo o balanço do ministério, até o momento foram registrados 92 incidentes de segurança pública e defesa civil. Em Minas Gerais foram 31 incidentes. Goiás e Piauí tiveram 13 incidentes, cada, seguidos de Pernambuco (6).

As polícias de todo o Brasil já efetuaram 250 prisões, neste domingo (2), que marca o primeiro turno das eleições. As informações são do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que coordena a Operação Eleições 2022. Até às 12h37 deste domingo, a ofensiva ainda havia apreendeu onze armas, flagrado 25 casos de compra de votos e corrupção eleitoral, além de registrar 148 ocorrências de boca de urna, 17 de violação de sigilo do voto e 18 de transporte ilegal de eleitores.

Os números incluem as conduções realizadas pela Polícia Federal - que já conduziu 170 pessoas à delegacias em todo País. Ainda segundo a corporação, há 45 flagrantes estão em andamento. A PF afirma ainda que já registrou 125 procedimentos de polícia judiciária - 26 de propaganda de boca de urna e 35 de divulgação de propaganda de partidos políticos e candidatos. Além disso, já foram apreendidos R$ 311.076,40.

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Somente neste domingo (2), foram abertos nove inquéritos policiais, instauradas oito investigações a partir de flagrantes, e lavrados 48 termos circunstanciados de ocorrência.

O balanço total da Operação Eleições 2022 só será divulgada pelo Ministério da Justiça nesta segunda-feira (3). Em balanço divulgado às 14h30 horas deste domingo, a pasta informou que, desde o início da campanha, no dia 15 de agosto, foram flagrados 663 crimes eleitorais no País - entre eles 149 casos de boca de urna, 127 de corrupção eleitoral, 18 violações de sigilo de voto e 27 ocorrências de transporte ilegal de eleitores. O balanço ainda registra um total de R$ 1.947.784,00 em apreensões.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já iniciou o trabalho de planejamento das ações estratégicas para contribuir com soluções para mitigar as violações de direitos humanos dos reeducandos que cumprem pena nas três unidades que compõem o Complexo Prisional do Curado, no Recife. 

Instituído no dia 31 de agosto por meio da Portaria PGJ nº2.144/2022, o Grupo de Atuação Conjunta Especializada (GACE) com atuação na Execução Penal e Direitos Humanos se reuniu ontem (1º/9) para apontar as diretrizes de trabalho. A primeira iniciativa que ficou definida é a realização de uma inspeção no Complexo Prisional do Curado na manhã da segunda-feira (5). 

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Segundo o coordenador do GACE, promotor de Justiça Rinaldo Jorge da Silva, o trabalho do grupo se desenvolverá em torno de três eixos: atuação extrajudicial, voltada a diagnosticar as circunstâncias da infraestrutura, serviços de saúde e educação no Complexo Prisional do Curado; execução penal, com a análise dos processos relativos ao cumprimento das penas restritivas de liberdade; e a atenção aos casos de presos provisórios, que são aqueles que se encontram detidos nas unidades do Complexo sem sentença condenatória.  A inspeção marcada para a próxima segunda já será voltada a coletar informações relevantes sobre a situação atual da unidade. 

Além disso, o grupo decidiu, na primeira reunião, oficiar o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Cloves Eduardo Benevides, solicitando informações no prazo de dez dias, quanto às medidas adotadas a curto, médio e longo prazo para aumento da capacidade de vagas, incremento significativo no quadro de policiais penais e outras medidas para melhorias dos presídios e da gestão do Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco, com base em deliberações da reunião realizada na Procuradoria-Geral de Justiça no dia 30 de agosto. O grupo também solicitou o envio de dados sobre quantidade de presos provisórios/temporários no Complexo do Curado, por unidade e por comarca. 

Os sete promotores de Justiça integrantes do GACE deverão se reunir semanalmente para articular a atuação e propor soluções integradas com o Poder Executivo e os demais órgãos do Sistema de Justiça, como o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública.  Integram o GACE os promotores de Justiça Rinaldo Jorge da Silva (coordenador); Luís Sávio Loureiro da Silveira; Fernando Falcão Ferraz Filho; Roberto Brayner Sampaio; José Edivaldo da Silva; Raul Lins Bastos Sales; e Maxwell Anderson de Lucena Vignoli. 

Direitos Humanos

A situação de violação dos Direitos Humanos dos reeducandos que cumprem pena no Complexo Prisional do Curado foi acompanhada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. O órgão enumera, na Resolução de 28 de novembro de 2018, uma série de providências que o Estado brasileiro deve seguir para reduzir a superlotação no Complexo do Curado, assegurar atenção médica, respeito à vida e à integridade física dos apenados, bem como proteger grupos vulneráveis, como a população LGBTQIA+ e praticantes de religiões de matriz africana. 

Com base nessa Resolução, o Conselho Nacional de Justiça decidiu que o Estado de Pernambuco deve reduzir, no prazo de oito meses, em 70% o excedente de internos no Complexo do Curado.

*Da assessoria do MPPE

Policiais militares do 17º BPM prenderam cinco suspeitos de tráfico de drogas, na noite da terça-feira (30), no Bairro do Nobre e Maranguape Zero, em Paulista. As prisões ocorreram durante a realização da Operação Impacto. 

De acordo com a assessoria da PM, a equipe recebeu denúncia sobre comércio de entorpecentes nas localidades e, ao fazer a checagem, obteve êxito na captura. 

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Um dos detidos, em Maranguape Zero, estava em regime semiaberto e usava tornozeleira eletrônica. Ao todo, foram apreendidos com os envolvidos diversas porções de maconha, totalizando 616g, duas pedras grandes de cocaína, que juntas pesavam 34g, uma balança de precisão, diversas embalagens para entorpecentes e sete aparelhos celulares.

  Diante dos fatos, todos foram conduzidos para a Delegacia de Plantão de Paulista, para que fossem tomadas as medidas cabíveis por parte da autoridade competente.

*Da assessoria 

A Secretaria de Segurança Pública informou, nesta quinta-feira que cinco pessoas foram detidas após a confusão ocorrida no fim do jogo entre Santos e Corinthians, quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, pelo duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O goleiro corintiano Cássio chegou a ser agredido no gramado por um torcedor santista.

"Cinco homens, com idades entre 20 e 33 anos, foram detidos após uma confusão no campo de um estádio de futebol, por volta das 23h09, de quarta-feira (13), no bairro Vila Belmiro, em Santos, litoral paulista. Os autores foram conduzidos ao plantão judiciário da 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), onde foi registrado um Termo Circunstanciado como promover tumulto. O caso e os autores foram encaminhados ao Juizado Especial Criminal (JECRIM)", disse o comunicado. Os torcedores, na sequência, foram liberados.

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Ainda com a bola rolando, muitos sinalizadores foram acesos e atirados a campo onde Cássio estava. Ao apito final, ainda houve diversas invasões ao gramado e o goleiro do Corinthians foi agredido covardemente pelas costas. O Santos pode levar punição pesada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e perder até dez mandos de campo.

A Polícia Militar e os seguranças espalhados pela Vila Belmiro tiveram enorme trabalho. Enquanto tentavam proteger os atletas do time visitante, sofriam para conter a invasão ao gramado que ocorria de todos os lados. Clássicos no Estado de São Paulo são disputados com torcida única.

Cássio foi alvo da ira dos santistas por ameaçar deixar o campo no momento em que bombas eram estouradas no entorno do estádio e os sinalizadores eram atirados para a área onde defendia o Corinthians. Era um lance de falta já depois dos 40 minutos e, como líder do time, o goleiro pediu para a equipe deixar o gramado.

Os corintianos foram até a beirada do campo, enquanto o preparador de goleiros Arzul e mais alguns funcionários do Santos pediam calma aos torcedores. Jogadores ainda tentaram apagar os sinalizadores no gramado. Cássio conversou com o zagueiro Maicon antes de retornar ao gramado, com a promessa de segurança.

A bola rolou normalmente até o apito final, quando os santistas invadiram o gramado por todos os lados. Queriam briga, sobretudo com os jogadores corintianos. Depois da agressão a Cássio, os seguranças corintianos protegeram os demais atletas do clube, levando-os rapidamente aos vestiários.

Assustados, os jogadores do Santos também demoraram para deixar o gramado da Vila Belmiro. O vestiário da equipe fica embaixo da arquibancada onde estavam as torcidas organizadas que acenderam os sinalizadores, já temendo que houvesse a mesma tentativa de invasão do local ocorrida dias atrás após a eliminação na Copa sul-americana.

O árbitro da partida, Jean Pierre Gonçalves Lima, relatou o episódio na súmula da partida. "Um desses torcedores conseguiu agredir o atleta do Corinthians, Sr. Cássio Ramos, número 12, com um pontapé em sua perna. Foi necessária a intervenção da Polícia Militar, a equipe do Corinthians teve que deixar o campo às pressas."

O ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou a ausência de dados sobre a população privada de liberdade nos boletins epidemiológicos tanto do HIV/aids como o das hepatites virais. 

Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), ele disse que a falta de dados detalhados e consistentes dificulta tanto o monitoramento como a construção de políticas específicas para essa população, seus familiares e para os servidores das unidades prisionais. “Não é possível fazer prevenção, cuidado e tratamento sem uma boa informação em saúde”, afirmou. 

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Coordenador de Saúde do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodrigo Pereira informou que hoje em torno de 33 mil pessoas privadas de liberdade têm o diagnóstico das doenças infecciosas mais prevalentes no sistema prisional - HIV/aids, hepatite, sífilis e tuberculose. Ao todo, são mais de 670 mil pessoas divididas em cerca de 1.500 unidades prisionais no Brasil.

*Da Agência Câmara de Notícias

Traumatizada após os incidentes ocorridos na final da Liga dos Campeões, semana passada, a polícia de Paris prendeu 39 torcedores depois do jogo entre França e Dinamarca pela Liga das Nações da Uefa. Os motivos das prisões foram detalhados nas redes sociais das autoridades parisienses, mas nenhum caso de alta gravidade.

Cerca de 2,7 policiais se deslocaram para a região do Stade de France, entre eles 600 agentes à paisana com o objetivo de neutralizar pequenos furtos, muito comuns no sábado passado. Outros 1,2 mil seguranças cuidaram da entrada dos torcedores no estádio com intensa vistoria.

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Na partida entre França e Dinamarca, que teve vitória dos nórdicos, de virada, por 2 a 1, 77 mil torcedores estiveram presentes, dos quais 1.800 eram dinamarqueses, que conseguiram entrar no estádio com segurança, ao contrário do que ocorreu na final do campeonato europeu entre Liverpool e Real Madrid.

Na sexta-feira, a Uefa, por intermédio de uma nota, se desculpou pelos incidentes ocorridos antes da partida entre Liverpool e Real Madrid. A organização que dirige o futebol europeu ratificou que uma investigação detalhada está sendo feita e será concluída o mais rápido possível.

Quase 500 pessoas foram presas pela Polícia Militar (PM) no estado do Rio de Janeiro, durante o feriadão de Tiradentes e São Jorge, período em que também houve o carnaval fora de época. Segundo a PM, 444 adultos foram presos e 47 adolescentes apreendidos.

Além disso, foram apreendidas 47 armas de fogo e 11 réplicas de pistola. O esquema de policiamento do feriadão envolveu 10 mil policiais militares.

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Sambódromo

Mais de 3.200 policiais atuaram no centro da cidade, para garantir a segurança do entorno do Sambódromo, onde ocorreram os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial e da Série Ouro, e de outros pontos turísticos da cidade, como a Lapa e o Boulevard Olímpico.

A Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) também fizeram esquema especial no entorno do Sambódromo e na Avenida Intendente Magalhães, onde ocorreram os desfiles das escolas de samba das divisões subalternas.

Entre quarta-feira (20) e a manhã de domingo (24), foram aplicadas 1.547 multas de trânsito. Trinta e um veículos foram rebocados. Mais de 800 itens irregulares foram apreendidos de ambulantes que atuaram nas proximidades dos desfiles.

Atendimentos médicos

Nos cincos dias de desfile, os postos da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, na Avenida Marquês de Sapucaí, atenderam a 1.497 pessoas, das quais 65 foram transferidas para hospitais.

O caso mais grave foi a da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que foi imprensada entre um carro alegórico e um poste, na noite do dia 20. Ela foi levada para o Hospital Souza Aguiar, mas morreu dois dias depois.

As deportações realizadas pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) caíram para os níveis mais baixos da história da agência, apesar do fluxo de imigrantes cruzando a fronteira também ser recorde. No ano fiscal de 2021 - entre outubro de 2020 e setembro de 2021 - foram 59 mil deportações, bem menos do que as 185 mil do período anterior.

De acordo com estatísticas divulgadas na sexta-feira, o ICE realizou 74 mil prisões de imigrantes ilegais. Os números também representam uma queda significativa em relação aos anos anteriores e reflete a mudança na política de fiscalização do governo de Joe Biden, agora mais concentrado em deter pessoas com antecedentes criminais. Dos imigrantes presos, 49% tinham condenações criminais, disse o ICE.

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"Os agentes do ICE se concentram agora em casos que proporcionam maior impacto na aplicação da lei, mantendo nossos valores como país", disse Tae Johnson, diretor interino da agência, em comunicado. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou nesta terça-feira (8), diante do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, as milhares de prisões de opositores à guerra que a Rússia leva adiante na Ucrânia.

Um total de "12.700 pessoas foram detidas arbitrariamente por terem participado de manifestações pacíficas" contra a guerra iniciada em 24 de fevereiro, denunciou Bachelet.

Na Rússia, "o espaço para a discussão ou a crítica das políticas públicas, incluindo a ação militar contra a Ucrânia, está se reduzindo cada vez mais e mais profundamente", disse Bachelet, que também denunciou a censura da imprensa.

A "mídia é obrigada a usar apenas informações e termos oficiais", disse a funcionária de direitos humanos da ONU.

Ela também se comoveu com "o uso de leis repressivas" que impedem as pessoas de exercer seus direitos civis e criminalizam comportamentos não violentos.

"Definições vagas e amplas de extremismo ou discurso de ódio levaram a interpretações legais que não estão de acordo com as obrigações de direitos humanos da Rússia", acusou Bachelet.

"Estou profundamente preocupada com os civis que estão presos em muitas áreas" de combate ativo, disse Bachelet, referindo-se à situação na Ucrânia.

Bachelet pediu a todas as partes que permitam que os civis "saiam dos locais afetados pelos combates com segurança".

Ela também denunciou prisões arbitrárias no leste da Ucrânia de ativistas pró-ucranianos em lugares recentemente ocupados por grupos armados e também espancamentos de pessoas consideradas pró-russas em áreas controladas pelo governo de Kiev.

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