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A força-tarefa da Operação Lava Jato informou ao juiz Sérgio Moro nesa segunda-feira (17), que vai apelar da sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex. Os procuradores da República no Paraná já haviam dito que vão recorrer por uma pena mais pesada ao petista.

Os procuradores avaliam que Lula merece pena mais alta ainda - Moro absolveu o ex-presidente de lavagem de dinheiro pelo armazenamento de bens custeado pela empreiteira OAS, mas o condenou pelo mesmo crime em razão de supostamente ocultar a titularidade do triplex, que seria fruto de propinas da Petrobras.

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"A responsabilidade de um Presidente da República é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Isso sem olvidar que o crime se insere em um contexto mais amplo, de um esquema de corrupção sistêmica na Petrobras e de uma relação espúria entre ele o Grupo OAS. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente. Tal vetorial também poderia ser enquadrada como negativa a título de personalidade", destacou o magistrado, ao sentenciar Lula.

A força-tarefa afirmou, por meio de nota, que discorda "em relação a alguns pontos" da decisão do juiz da Lava Jato na primeira instância.

Os procuradores ainda ressaltaram que, "com base nas provas, as quais incluem centenas de documentos, testemunhas, dados bancários, dados fiscais, fotos, mensagens de celular e e-mail, registros de ligações telefônicas e de reuniões, contratos apreendidos na residência de Lula e várias outras evidências, a Justiça entendeu que o ex-presidente é culpado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro de que foi acusado pelo Ministério Público Federal".

"O Ministério Público Federal, nos autos acima identificados, comparece, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 593, I, do Código de Processo Penal, para interpor recurso de apelação em face da respeitável sentença constante do evento 948, requerendo seu recebimento e a concessão de prazo para o oferecimento das respectivas razões, nos termos do artigo 600, caput, da Lei Adjetiva Processual Penal", afirmam os procuradores da força-tarefa, em petição a Moro feita nesta segunda-feira.

Já a defesa de Lula havia sustentado, em embargos de declaração impetrados na última sexta-feira, 14, que a decisão de Moro tem "omissões, contradições e obscuridades". Os advogados listam dez questionamentos, alegam ter havido cerceamento de defesa e consideram "desproporcional" a pena aplicada ao ex-presidente.

"O julgamento não passou de uma cerimônia legal para averbar um veredicto já ditado pela imprensa e pela opinião pública que ela gerou (Suprema Corte dos Estados Unidos - Shepherd v. Flórida)", afirmam os advogados.

Os advogados de Lula afirmam que Moro não levou em conta os relatos de testemunhas de defesa e fustigam ‘o valor probatório’ dado pelo juiz aos depoimentos do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS - que afirmou que o ex-presidente era o dono do triplex do Guarujá - e do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS). O executivo confessou sua participação no esquema de corrupção na Petrobrás, em depoimento,

e se referiu a uma espécie de departamento de propinas da empreiteira com o nome de ‘controladoria’ - supostamente chefiado pelo executivo Mateus de Sá Coutinho, absolvido pelo TRF4 em outra ação. Pinheiro, no entanto, assumiu ser o administrador de uma conta somente destinada às supostas vantagens indevidas ao PT e ao ex-presidente Lula, no valor de R$ 16 milhões.

Os valores da suposta conta de propinas da OAS deverão ser devolvidos pelos réus, segundo a sentença de Moro. A Petrobrás entrou com embargos para que o magistrado especifique que o dinheiro será direcionado ao caixa da estatal.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais da Itália com um casal fazendo sexo na praça San Domenico Maggiore, em Nápoles, gerou a prisão de uma imigrante uruguaia que estava com a documentação ilegal no país.

A jovem foi indiciada pela Procuradoria de Nápoles por crime de "atos obscenos em lugar público" e pode ser deportada para seu país-natal. Já o rapaz do vídeo ainda não foi identificado pelos policiais.

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As imagens do casal fazendo sexo com dezenas de pessoas ao redor viralizou e gerou protestos dos moradores locais, que reclamam que as praças que mais recebem turistas viraram ponto de venda de drogas e de prática de sexo.

A Suprema Corte da Venezuela disse hoje que a procuradora-geral, Luisa Ortega Diaz, enfrentará acusações como resultado de uma decisão da corte em um movimento que deve aprofundar ainda mais a crise política vivida pelo país vizinho.

Em um comunicado emitido hoje, a corte disse que aprovou o pedido de um legislador para afastar Luisa da proteção da procuradoria-geral por supostamente cometer "sérios erros" em seu cargo.

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Opositores do presidente Nicolás Maduro disseram que Luisa está sendo atacada por sua decisão de romper com o governo em meio a planos de acabar com a Assembleia Nacional e tentar reescrever a constituição. Fonte: Associated Press.

O astro português do Real Madrid, Cristiano Ronaldo, foi formalmente denunciado por suposta fraude fiscal e crimes econômicos, informou a imprensa espanhola nesta terça-feira (13). Ronaldo é acusado pela Promotoria de Madri de cometer quatro crimes fiscais e de não ter pago ao fisco 14 milhões de euros entre 2011 e 2014, de acordo com o diário "El Mundo".

No mês passado, o Tribunal Supremo da Espanha confirmou a condenação a 21 meses de prisão ao craque argentino Lionel Messi, do Barcelona, por também cometer fraude fiscal de 4,1 milhões de euros entre 2007 e 2009.

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A Procuradoria da República no Distrito Federal montou uma força-tarefa para apurar suspeita de corrupção em aportes financeiros feitos por entidades e ex-agentes públicos em 52 grandes empresas e fundos de investimentos privados. O objetivo é descobrir se a liberação dos recursos foi feita em troca de pagamentos de propinas a um mesmo grupo criminoso, cuja atuação foi descoberta em três frentes de investigações - as operações Sépsis, Cui Bono? e Greenfield.

Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seria o elo entre os agentes públicos e os empresários que figuram nos inquéritos das operações. A suspeita é de que o grupo político ligado a Funaro atuava em vários setores da administração publica e próximo das fontes de liberação de dinheiro público. São investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência.

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Coordenada por Anselmo Cordeiro Lopes, a força-tarefa conta com outros seis procuradores para mapear se investimentos provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - cujos recursos são geridos pela Caixa -, da Vice-Presidência de Pessoa Jurídica do banco, de fundos de pensão e de instituições previdenciárias municipais e estaduais foram liberados mediante pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos.

São alvo da investigação Cunha, Funaro, e os ex-vice-presidentes da Caixa Fábio Cleto, delator da Lava Jato, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Mesmo com a união das investigações no MPF, os inquéritos continuam separados na Polícia Federal.

O compartilhamento de informações foi possível após os principais investigados perderem o foro privilegiado. Cunha foi cassado e Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e alvo da Cui Bono?, perdeu o foro ao deixar a Secretaria de Governo.

Por sua vez, Funaro teve seus processos enviados para 1.ª instância na esteira da remessa dos casos do deputado cassado. Ele é apontado como o operador financeiro e lobista do grupo político de Cunha e Geddel em vários setores da administração pública.

Sobre Funaro, os investigadores contam com o material coletado na Sépsis, um desdobramento da Operação Lava Jato, com base nas delações de Nelson Mello, da Hypermarcas, e do seu apadrinhado político Fabio Cleto. Mello indicou Funaro como intermediador de cerca de R$ 3 milhões destinados a Cunha. O ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa apontou Cunha e Funaro como destinatários de propina para liberação de aportes do FGTS. O deputado cassado seria beneficiário de 80% do suborno pago pelas empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria da República, no Paraná, afirma em nova denúncia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva capitaneou um "estrondoso esquema criminoso". Para o Ministério Público Federal, o petista "foi o maior responsável pela consolidação, desenvolvimento e operação do grande esquema de corrupção revelado na Operação Lava Jato, tendo sobre ele domínio de realização e interrupção".

"Lula capitaneou e se beneficiou desse grande e poderoso esquema criminoso. Beneficiou-se de forma econômica e direta, pois recebeu propinas decorrentes de ilicitudes praticadas em benefício de consórcios integrados pelo grupo Odebrecht, em detrimento da Administração Pública Federal, notadamente da Petrobras", afirma a Procuradoria.

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"Contudo, foi seu maior benefício aquele angariado na seara política, uma vez que, permitindo que fossem desviados bilhões de reais em propinas, para o Partido dos Trabalhadores e para os demais partidos de sua base de apoio, especialmente o Partido Progressista e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, tornou-se politicamente forte o bastante para ver a aprovação da maioria dos projetos de seu interesse perante as Casas Legislativas e propiciar a permanência no poder de seu partido mediante a injeção de propinas em campanhas eleitorais."

A acusação aponta que propinas pagas pela empreiteira Odebrecht ao suposto esquema liderado pelo ex-presidente chegaram a R$ 75 milhões em contratos com a Petrobras e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.

"As vantagens indevidas objeto da presente denúncia consistem em recursos públicos desviados no valor de, pelo menos, R$ 75.434.399,441, os quais foram usados, dentro do estrondoso esquema criminoso capitaneado por Luiz Inácio Lula da Silva, não só para enriquecimento ilícito, mas especialmente para alcançar governabilidade com base em práticas corruptas e perpetuação criminosa no poder", afirma a Procuradoria.

O petista é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro. Também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.

Nesta denúncia, a Procuradoria mirou em oito contratos entre a Odebrecht e a Petrobras: obras da Refinaria Getúlio Vargas (REPAR), execução da terraplenagem da área destinada à construção e montagem da Refinaria do Nordeste (RNEST), terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), obras do Terminal de Cabiúnas (Consórcios Odebei, Odebei Plangás e Odebei Flare), construção e montagem do gasoduto GASDUC III e construção das plataformas de perfuração autoelevatórias P-59 e P-60.

A acusação afirma que "o esquema de corrupção" contra a Petrobras envolveu a atuação de Lula "em favor dos interesses econômicos" da Odebrecht. A Procuradoria apontou também para os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) e Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).

"A condição política conquistada por Lula e seus dois pilares de sustentação, José Dirceu e Antonio Palocci, permitiu que, juntos, colocassem em prática um esquema delituoso voltado à perpetuação criminosa no poder, à governabilidade corrompida e ao enriquecimento ilícito, todos assentados na geração e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos", anotam os procuradores Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Carlos Fernando dos Santos Lima, Orlando Martello, Antônio Carlos Welter, Isabel Cristina Groba Vieira, Diogo Castor de Mattos, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa, Roberson Henrique Pozzobon, Jerusa Burmann Viecili, Laura Gonçalves Tessler e Julio Noronha, que subscrevem a denúncia.

A força-tarefa da Lava Jato aponta que Palocci, como ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, teve "proeminência" na articulação e na manutenção do esquema.

"Inquestionavelmente, a relação próxima existente entre Antonio Palocci e os grandes empresários tornava ainda mais fácil e eficiente a manutenção do esquema criminoso para ambas as partes, ou seja, tanto para os empresários - que poderiam ter um canal melhor de acesso à alta Administração Federal - quanto para os agentes políticos corrompidos - que continuariam a receber as vantagens econômicas de forma ilícita. Ademais, mesmo quando formalmente afastado do governo em razão de escândalos envolvendo o seu nome, Antonio Palocci permaneceu atuando nos bastidores juntamente com Lula", afirma a Procuradoria.

O juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, acusou o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e o filho Wladimir Matheus de terem oferecido, por intermédio de terceiros, R$ 5 milhões a pessoas conhecidas pelo juiz para evitar a prisão de ambos. A denúncia foi feita pelo juiz à Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro.

A procuradoria requereu à Polícia Federal que instaure inquérito para investigar o caso. Na acusação, o juiz afirmou que inicialmente foi feita uma proposta de R$ 1,5 milhão e depois de R$ 5 milhões em troca de decisões judiciais favoráveis aos investigados.

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Garotinho foi preso na quarta-feira (16) pela Polícia Federal suspeito de participar de um esquema de compra de votos investigado pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Federal. Segundo as investigações, as irregularidades ocorreram por meio da concessão de um benefício social chamado Cheque Cidadão.

“Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Público e Polícia Federal, pois a situação retratada pelo magistrado é extremamente grave", disse o procurador regional eleitoral Sidney Madruga.

Na noite dessa sexta-feira (18), a procuradoria também expediu ofícios em caráter de urgência ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal Regional Eleitoral para que a Promotoria em Campos tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos por Garotinho e pelo filho.

De acordo com Madruga, há indícios de que Garotinho tentou ainda interferir no trabalho de investigação da Polícia Federal e ameaçou um dos promotores que estão à frente do caso do Cheque Cidadão.

O advogado da família de Garotinho, Fernando Augusto Fernandes, informou que a defesa irá representar contra o juiz pelo crime de denunciação caluniosa. "O relatado pelo juiz, após seus abusos de autoridade e cenas grotescas da semana, merece resposta unicamente jurídica e ele irá responder criminalmente por denunciação caluniosa", declarou Fernandes.

O ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), reassume, nesta quarta-feira (16), o cargo de procurador na Prefeitura de São Paulo. Concursado para o posto desde 1982, Cardozo estava afastado desde 1995 quando iniciou a trajetória parlamentar. O petista vai trabalhar no escritória da prefeitura em Brasília. 

Ele já foi vereador da capital paulista e deputado federal, antes de integrar o ministério da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e retoma o posto após cumprir a quarentena definida pela Constituição Federal depois de ser advogado-geral da União. 

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José Eduardo Cardozo também coordenou a defesa de Dilma durante o processo que resultou no impeachment do mandato dela. A partir de 2017, o petista ficará sob a batuta do novo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB). O partido foi um dos principais na frente de defesa da destituição do governo do PT. 

Nove ministros do governo Michel Temer e mais dois ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) foram alvo de acusações criminais em denúncias por irregularidades no uso da cota parlamentar. Eliseu Padilha (Casa Civil), Bruno Araújo (Cidades), Leonardo Picciani (Esportes), Mendonça Filho (Educação), Maurício Quintella (Transportes, Portos e Viação Civil), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Ricardo Barros (Saúde), Raul Jungmann (Defesa), Sarney Filho (Meio Ambiente), Ana Arraes (TCU) e Vital do Rêgo (TCU) estão na lista apresentada pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1) ao Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana.

Todas as acusações são referentes ao período em que os ministros exerceram mandato de deputado federal, entre 2007 e 2009. No total, cerca de 45 denúncias envolvendo 213 políticos com foro privilegiado foram oferecidas ao STF pelo procurador regional da República da primeira região Elton Ghersel.

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Entre os denunciados, foram citados cerca de 174 deputados federais e 25 senadores. Outros seis políticos tiveram denúncias encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre eles quatro governadores: Rodrigo Rollemberg (DF), Flávio Dino (MA), Jackson Barreto de Lima (SE) e Suely Campos (RR).

Também parecem na lista de denunciados atuais lideranças do Senado, como o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), do DEM, Ronaldo Caiado (GO), do PSDB, Paulo Bauer (SC), do PR, Wellington Fagundes (MT), e do PTdoB, Vanessa Grazziotin (AM). Na Câmara, os ex-presidentes da Casa Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP), ambos do PT, também são suspeitos de utilizar a cota para atividade parlamentar indevidamente. Além disso, há ainda membros do TCU, como os ministros Vital do Rêgo Filho e Ana Arraes.

O parecer do procurador que cita os casos envolvendo políticos com foro privilegiado ainda não chegou aos tribunais superiores. No caso do Supremo, será designado um relator para analisar o caso, que só terá sequência após aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Já no STJ é o vice-procurador-geral, José Bonifácio Borges de Andrada, quem decidirá sobre a sequência do inquérito.

As investigações foram feitas pela Procuradoria e pela Polícia Federal a partir de denúncias feitas entre 2007 e 2009. O Ministério Público identificou que as passagens aéreas não eram utilizadas pelos ex-parlamentares denunciados apenas para o exercício do mandato, e sim para patrocinar viagens pessoais e uso de terceiros.

Em março deste ano, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, determinou o arquivamento de alguns processos do caso conhecido como "farra das passagens aéreas", que envolveu denúncias de que gabinetes de deputados negociavam com agências de viagens passagens da cota de alguns parlamentares. Na decisão, o ministro cita que, conforme apontou a Procuradoria, a utilização de passagens aéreas na Câmara não tem regras claras e não há como confirmar se houve intenção de fraudar por parte dos parlamentares.

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio pediu à Polícia Federal que abra, com urgência, um inquérito para investigar as suspeitas de intervenção de milícias nas eleições em quatro cidades - Duque de Caxias, Magé, Nova Iguaçu e Seropédica. No ofício, a Procuradoria da República pede que os episódios sejam investigados "independente de quaisquer investigações" da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio.

A abertura urgente do inquérito foi requerida pelo procurador regional eleitoral Sidney Madruga a partir de recentes notícias na imprensa de que grupos de milicianos têm cobrado taxas para permitir que candidatos façam campanha e divulguem materiais em áreas da zona oeste carioca e cidades do Grande Rio.

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O jornal "O Globo" revelou que candidatos teriam que pagar de R$ 15 mil a R$ 120 mil, de acordo com a densidade eleitoral local, para ter o direito de fazer campanha com exclusividade em territórios dominados por esses grupos.

O Ministério Público Federal em Curitiba denunciou nesta sexta-feira (16) oito investigados em "atos de recrutamento e promoção de organização terrorista" identificados antes da realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Os denunciados, investigados no âmbito da Operação Hashtag, são Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake, Luís Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral.

Os investigados vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista (art. 3.º da Lei n.º 13.260/2016 - Lei Antiterrorismo) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita e Hortêncio Yoshitake também são denunciados por incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos (art. 244 do Estatuto da Criança e Adolescente), e Leonid El Kadre de Melo ainda responde por recrutamento para organização terrorista (art. 5.º, §1ª, I da Lei n.º 13.260/2016 - Lei Antiterrorismo).

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O Ministério Público Federal também pediu a prisão preventiva dos oito denunciados e requereu a aplicação de medidas alternativas aos outros seis investigados pela Operação Hashtag até o fim das investigações policiais. Um deles ainda teve o pedido de prisão temporária prorrogado. Doze dos envolvidos na investigação foram detidos no mês de julho, exatamente duas semanas antes da abertura da Olimpíada, e encaminhados para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tendo em vista o risco de sua atuação durante os jogos. Outros três foram presos em fases seguintes da mesma investigação.

O grupo, integrado por brasileiros, vinha sendo monitorado há algum tempo - principalmente após as autoridades brasileiras receberem um relatório do FBI americano sobre os envolvidos - e seus integrantes foram presos em nove estados (Paraná, Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul). Por meio de quebras de sigilo telefônico, as autoridades rastrearam redes sociais, sites acessados e as mensagens trocadas entre o grupo pelo aplicativo Telegram, e verificaram intensa comunicação entre os integrantes, conclamando interessados a se organizar para prestar apoio ao Estado Islâmico, inclusive com treinamento já em território brasileiro.

Segundo o procurador da República Rafael Brum Miron, o oferecimento da denúncia juntamente com a postulação de prisão preventiva dos denunciados demonstra o risco que eles ofereciam e ainda oferecem à sociedade, solidificando as preocupações iniciais das autoridades policiais.

De acordo com as investigações, alguns dos envolvidos chegaram a noticiar a realização do "batismo" ao Estado Islâmico, conhecido como "bayat" - juramento de fidelidade exigido pela organização terrorista para o acolhimento de novos membros. Também foram identificadas mensagens de celular relacionadas à possibilidade de se aproveitar o momento dos Jogos Olímpicos para a realização de ato terrorista (inclusive com diálogos sobre como confeccionar bombas caseiras).

"Estes atos, aliados a uma série de provas levantadas durante a investigação demonstraram a necessidade da decretação das prisões e, posteriormente, de suas prorrogações", apontou a Procuradoria em nota.

Após citação do nome do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) em esquema de lavagem de dinheiro desviado de verba pública, a defesa do parlamentar divulgou nota esclarecendo que “são absolutamente imprecisas as afirmações feitas pela Procuradoria da República em Pernambuco na denúncia oferecida”. A Procuradoria citou Bezerra Coelho na denúncia contra 18 alvos da Operação Turbulência. O desvio de dinheiro público seria supostamente liderado pelo empresário João Carlos Lyra.

A nota também ressalta que, "após mais de um ano do início da Operação Lava Jato o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório”.  

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Segundo a defesa de Bezerra Coelho, “diferentemente do que foi descrito pelo MPF naquele estado, Fernando Bezerra não foi citado por qualquer pessoa ligada à construtora Camargo Correa – muito menos, como sendo receptor de recursos da empresa – conforme atestam testemunhas cujos depoimentos constam das páginas 859 e 890-891 do Inquérito 4005. Nessas páginas, verifica-se que, nos depoimentos de Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa (ex-funcionários da empresa Camargo Correa), utilizados para subsidiar a denúncia, conforme item 24 da mesma, não há sequer a citação do nome do Senador Fernando Bezerra Coelho”.

A nota ainda frisa que “o senador não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos". Defende Fernando Bezerra Coelho o advogado André Callegari. Seu filho, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), é ministro de Minas e Energia do Governo interino Michel Temer.

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O caixa eletrônico do Banco do Brasil localizado na Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 5ª Região, na Avenida Agamenon Magalhães, na Zona Norte do Recife, foi explodido na madrugada desta terça-feira (2). Bandidos fortemente armados realizaram uma série de disparos de arma de fogo de grosso calibre.

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Cerca de cinco suspeitos conseguiram explodir o terminal eletrônico e fugir com o dinheiro. Com a explosão, a estrutura do prédio da procuradoria ficou danificada. Parte do teto caiu e vidros foram quebrados.

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Na saída, um efetivo da Polícia Militar chegou ao local, mas não conseguiu fazer a interceptação. Os assaltantes efetuaram disparos com armas 9mm, .40 e fuzil 556. 

Uma força-tarefa com Polícia Civil e Polícia Federal será montada para identificar os responsáveis. Um veículo Honda Civic preto, com placa de São Paulo, foi encontrado abandonado na Rua do Cupim, no bairro das Graças, Zona Norte da capital, e a polícia acredita que era o carro utilizado na ação.

Segundo o assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, a suspeita é de que se trata da mesma quadrilha que tem atuado no interior de Pernambuco. “Acreditamos que seja a mesma quadrilha que tem atuado no nosso Estado, principalmente no interior, efetuando essas ações pela madrugada, contando com uma participação muito grande de pessoas e também fortemente armados”, concluiu.

*Com informaçoes de Felipe Mendes

A força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, encaminhou ofício ao juiz federal Sérgio Moro no qual pede que seja dado prosseguimento a uma das ações penais contra executivos do grupo Odebrecht e contra seu ex-presidente Marcelo Bahia Odebrecht. O argumento dos procuradores é que ainda não há acordo fechado de colaboração premiada com executivos e nem de leniência com a empreiteira.

O prosseguimento do processo contra Marcelo Odebrecht serve como pressão contra os executivos do grupo durante as negociações, que foram iniciadas como a Procuradoria Geral da República, com a participação da força-tarefa de Curitiba.

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Marcelo Odebrecht e seus executivos iniciaram no começo do mês as negociações formais com a força-tarefa da Lava Jato, via advogados de defesa. "Considerando que não há acordo de colaboração com executivos da Odebrecht, tampouco acordo de leniência firmado com a empresa, considerando, ainda, que inexiste hipótese legal para a suspensão de procedimentos judiciais em curso por tais motivos, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo prosseguimento do feito", afirma a Procuradoria da República em Curitiba no documento encaminhado anteontem ao juiz federal.

No dia 1.º de junho, Moro suspendeu a ação penal por 30 dias após vir à tona a notícia de que a empresa estaria negociando uma colaboração "definitiva" com o Ministério Público Federal. "Diante de informações e que estaria em andamento a negociação de alguma espécie de acordo de colaboração entre as partes, suspendo este feito por 30 dias", afirmou Moro, no despacho.

Obras

A ação penal trata da corrupção e lavagem de dinheiro em oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que teriam resultado em pagamento de propinas entre 2006 e 2014. Os contratos são das obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco, no gasoduto e no Terminal de Cabiúnas (Tecab), no Rio, e nas plataformas P-59 e P-60, na Bahia.

Além desse processo, Odebrecht é foco de outros inquéritos na Polícia Federal e pode se tornar réu em outros processos. O empreiteiro e executivos do grupo respondem ainda a uma terceira ação penal, aberta após a descoberta de um "departamento de propinas" dentro da empreiteira - resultado das investigações de pagamentos para o marqueteiro do PT João Santana.

A Lava Jato negocia delações com outros empreiteiros, como o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro. Os procuradores defendem que a possibilidade de acordos não está aberta a todos os alvos. O objetivo é selecionar o melhor deste conjunto de empresas. Tanto Odebrecht como OAS são consideradas líderes do cartel que fatiava obras na Petrobras.

Expandir

O que interessa à força-tarefa é expandir as investigações, para além do que já se conhece em contratos como os da Petrobras e das usinas de Belo Monte e Angra 3, mas também garantir a punição para executivos e empresas.

Além de confessar o pagamento de propinas para políticos e campanhas, em forma de doações legais e de caixa-2, investigadores consideram essencial que os executivos da Odebrecht assumam a amplitude do "departamento de propinas" da empresa, admitam que a empresa patrocinou uma reação contra as apurações, com divulgação de dossiês e determinando apurações paralelas sobre a vida dos delegados, procuradores e do juiz Sérgio Moro.

Marcelo Odebrecht completou no domingo um ano de prisão, em Curitiba. Ele já foi condenado a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Procurada, a defesa do empreiteiro não quis comentar. A Odebrecht também não se pronunciou e afirma que colabora com a Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na ação civil por improbidade contra o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) proposta nesta segunda-feira, 13, a força-tarefa da Lava Jato pede que o peemedebista perca seus direitos políticos por 10 anos, além de perder os mais de R$ 20 milhões que movimentou em suas contas não declaradas no exterior.

Com isso, caso seja condenado, o político que chegou a ser o mais poderoso homem do Congresso pode ficar inelegível e ainda ter seu patrimônio bloqueado pela Justiça Federal.

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Embora Cunha ainda tenha mandato no Congresso e, com isso, a prerrogativa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, como se trata de ação civil (que não leva à prisão, mas a punições como multa e perda de direitos políticos) ela pode tramitar em primeira instância independente do foro do réu. A ação está sob análise da 6ª Vara Federal Cível do Paraná, em Curitiba.

A ação proposta envolve o mesmo episódio da denúncia contra a mulher de Cunha, que é a compra pela Diretoria Internacional da Petrobras, de 50% dos direitos de exploração petrolífera sobre o bloco 4 localizado em Benin, na África, em 2011. Para que o negócio, de aproximadamente US$ 34,5 milhões, fosse concluído, foi acertado, segundo a Procuradoria da República, o pagamento de propina na ordem de US$ 10 milhões (cerca de R$ 35 milhões) e, desse total, US$ 1,5 milhão foi destinado diretamente para Cunha em contas no exterior.

Especificamente em relação a Cunha, além das sanções acima indicadas, os procuradores pedem a suspensão de seus direitos políticos por 10 anos, a perda do enriquecimento ilícito de US$ 5.762.679,66 (R$ 20.169.378,81) relativo à movimentação das contas não declaradas e a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.

A força-tarefa também solicitou, além dos requerimentos já referidos, o perdimento do enriquecimento de Cláudia Cruz de ao menos US$ 1.275.000,00 (R$ 4.462.500,00) relativo à movimentação na conta Köpek, aberta em seu nome, e que recebeu valores transferidos das contas de titularidade de Cunha.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para investigar falhas nos registros de cerca de 40 mil eleitores durante as eleições de 2014. Os indícios são de que pode ter havido fraude no momento da votação.

Mais cedo, o Tribunal havia divulgado que o ministro Gilmar Mendes, presidente da Corte Eleitoral, iria determinar trocar todos os mesários do País para o pleito de 2016 por causa das irregularidades. A assessoria de corrigiu a informação e as substituições ocorrerão apenas nas sessões eleitorais em que o problema foi identificado.

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As irregularidades foram constatadas após um cruzamento preparatório para as eleições deste ano. Os casos envolvem, por exemplo, frequência em uma mesma urna de registro de voto associado a eleitor que justificou ausência nas eleições passadas. O maior número de falhas foi constado em municípios do interior do Maranhão e da Bahia.

Gilmar também determinou que as cidades em que os problemas foram mais frequentes deverão adotar em regime de urgência o sistema biométrico de votação para prevenir possíveis fraudes nas próximas eleições. Há um caso, que chamou a atenção da Corte, em que o mesmo erro foi identificado 18 vezes numa mesma sessão e 15 numa sessão vizinha.

As investigações deverão identificar agora se houve erro humano ou fraude. O crime, se comprovado, pode levar à punição do responsável por falsidade ideológica eleitoral, cuja pena prevista é de 2 a 6 anos de prisão.

De acordo com a assessoria de imprensa da Corte Eleitoral, apesar das dúvidas, o número de problemas identificado não tem o efeito de influenciar as eleições, já que os casos identificados com o cruzamento estão pulverizados em todo o País.

O Ministério Público Federal, em Mato Grosso do Sul, recomendou à Prefeitura de Campo Grande a suspensão imediata da contratação das empresas vencedoras de uma licitação de transporte escolar de 2.200 alunos da zona rural do município. Para a Procuradoria, há fortes indícios de fraude na licitação de R$ 11 milhões.

Investigação do Ministério Público Federal aponta que ao menos uma empresa usou certidões falsas da Secretaria de Estado e Fazenda do Mato Grosso do Sul (Sefaz-MS) e da Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN). De acordo com a recomendação a licitação deve permanecer suspensa até a revisão da documentação apresentada pelas 14 empresas vencedoras.

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"Houve ainda casos em que empresas não apresentaram documentação que ateste regularidade fiscal junto à SEFAZ e à PFN. Estas empresas venceram no total 20 itens da licitação, o que significa que seriam responsáveis pelo atendimento de 20 linhas de transporte escolar", sustenta a Procuradoria em nota divulgada em seu site.

A Procuradoria quer que a prefeitura apure se "houve participação de agentes públicos nas irregularidades, responsabilizando-os por virtuais irregularidades". O prefeito Alcides Bernal (PP), o secretário de Administração Ricardo Ballock e a secretária de Educação Leila Machado têm dez dias, a partir do recebimento da recomendação, para responder com as providências adotadas. Caso não sejam adotadas as medidas recomendadas, o Ministério Público Federal informa que poderá recorrer à Justiça.

A falsificação e uso de documento falso é crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão de 2 a 6 anos e multa. A apresentação das certidões negativas de débitos fiscais e trabalhistas são imprescindíveis para a habilitação dos interessados em qualquer licitação pública.

Defesas

"A comissão de licitação já está respondendo ao Ministério Público Federal e apresentando toda a documentação necessária para provar que não há ilicitude no processo", disse, por meio de nota, a prefeitura de Campo Grande.

Os alunos do curso de Direito que quiserem participar do processo seletivo ofertado pela Procuradoria da Fazenda Nacional no Estado do Pará (PFN/PA), para estágio e formação de cadastro de reserva, têm até o dia 17 de junho para realizar a inscrição na sede da PFN-PA, na travessa Dom Romualdo de Seixas, número 651, Umarizal. O atendimento ocorre das 8h30 às 11 horas e das 13h30 às 16 horas, em dias úteis. Para participar, o acadêmico precisa estar matriculado e efetivamente cursando entre o quarto e o nono semestre do curso de Direito. Para avaliar os candidatos haverá um Teste de Conhecimento, com data prevista para ser aplicado no dia 22 de junho.

As inscrições para participar do processo seletivo que vai recrutar 10 “executivos do futuro”, para integrar o quadro de funcionários da companhia de bebidas Pepsi nas áreas de marketing, recursos humanos, vendas, operações, finanças e TI, vão até o dia 30 de maio pelo site www.pepsico.com.br/pach. A PepsiCo lançou o programa "PepsiCo Academy College Hiring", iniciativa voltada para pessoas que já tenham se graduado em um período de três a cinco anos. A seleção se dará em duas etapas: inscrição e processo seletivo. A empresa vai priorizar perfis que tenham se graduado no mínimo há três anos e que estejam cursando (e/ou tenham concluído entre julho e dezembro de 2015) especialização, como MBA, ou pós-graduação. Após um feedback sobre o perfil dos finalistas, a PepsiCo vai anunciar os profissionais contratados.

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Estudantes de todo o país dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Economia, Engenharia de Produção e Marketing, com previsão de formatura até dezembro de 2016, podem se candidatar para o processo seletivo do Programa de Estágio em Loja oferecido pelas Lojas Americanas. Os selecionados receberão salário e benefícios compatíveis com o mercado. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de maio, no endereço http://estagio.lasa.com.br/.

O programa visa o desenvolvimento acelerado de jovens universitários com perfil empreendedor, que terão a oportunidade de assumir a gestão de uma unidade de negócio ao final, com 30 horas semanais. O processo seletivo inclui análise de currículo, provas on-line, entrevistas com área de Recursos Humanos e gestores.

 

 

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou, nesta terça-feira, 3, nota técnica contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2012, que derruba licenciamento ambiental para obras. Para a Procuradoria, na prática, "a medida descaracteriza o processo de licenciamento ambiental - composto por várias etapas - e impede qualquer controle posterior sobre o cumprimento das obrigações socioambientais por parte do empreendedor". O documento será encaminhado ao Senado Federal.

"A Proposta de Emenda Constitucional nº 65/2012, ao acrescentar o § 7° ao art. 225 da Constituição, com a redação apresentada e aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, altera por completo a sistemática vigente acerca do licenciamento ambiental, em flagrante violação a Cláusulas Pétreas da Constituição, a princípios constitucionais explícitos e a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil perante a comunidade internacional", diz a conclusão da Nota Técnica subscrita por três subprocuradores-gerais e um procurador da República.

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"A justificação da PEC não encontra respaldo fático ou jurídico, e o seu conteúdo fragiliza a proteção do meio ambiente, diminuindo drasticamente ou até mesmo eliminando o padrão de proteção ambiental atualmente proporcionado pela legislação em vigor. A modificação proposta - e seus reflexos analisados nessa Nota Técnica - contraria frontalmente as disposições constitucionais que tratam das obrigações do Poder Público para dar efetividade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e, se aprovada pelo Congresso Nacional, colocará em risco não somente o equilíbrio ambiental, mas o bem-estar de toda a população, desta geração e elas futuras."

A PEC 65/2012, de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e relatada pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), estabelece que, a partir da simples apresentação de um Estudo Impacto Ambiental (EIA) pelo empreendedor, nenhuma obra poderá mais ser suspensa ou cancelada. Na prática, o processo de licenciamento ambiental, que analisa se um empreendimento é viável ou não a partir dos impactos socioambientais que pode gerar, deixa de existir.

"A simples apresentação desse estudo não tem o condão de autorizar desde logo a execução de uma obra ou atividade, pela total inadequação desse instrumento para esse fim, que necessariamente deverá ser analisado pelos órgãos de controle ambiental", ressaltam os membros do Ministério Público Federal.

A proposta de Emenda Constitucional foi aprovada em 27 de abril pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e acrescenta o § 7º ao artigo 225 da Constituição Federal: "A apresentação do estudo prévio de impacto ambiental importa autorização para a execução da obra, que não poderá ser suspensa ou cancelada pelas mesmas razões a não ser em face de fato superveniente".

Para os procuradores que assinam o documento, a PEC "reforça o descaso com a população diretamente atingida por obras e atividades que, pela complexidade e gravidade de seus impactos, necessitam passar pelo processo de licenciamento ambiental". Na visão da Procuradoria, a PEC também retira do Poder Judiciário e do próprio órgão licenciador qualquer controle efetivo sobre o cumprimento das condicionantes estabelecidas. A consequência direta, segundo eles, é o favorecimento da corrupção.

A nota foi elaborada pelo Grupo Intercameral Grandes Empreendimentos, composto pelas Câmaras de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Os procuradores ressaltam que o estudo de impacto ambiental (EIA) é um mecanismo técnico de planejamento e, pela própria natureza, não equivale a uma licença ou autorização para execução do que quer que seja.

O Ministério Público sustenta que é preciso discutir os impactos do empreendimento com a população interessada, por meio de consultas e/ou audiências públicas. "O EIA deve ser complementado e corrigido quando se mostrar necessário (e a prática demonstra que a qualidade desses estudos deixa muito a desejar, exigindo atenção redobrada em sua análise) e, quando necessário, submetido inclusive ao controle do Ministério Público e do Poder Judiciário", defende a Procuradoria na nota técnica.

De acordo com os procuradores, o licenciamento ambiental "é um procedimento complexo, composto por diversas etapas".

"Fazem parte dele o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e a licença ambiental propriamente dita. Quanto a esta última, a cada uma das etapas, um tipo de licença é expedido pelo Poder Público: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO)", informa em nota a Procuradoria.

Para o Ministério Público Federal, "a PEC 65/2012 subverte, a um só tempo, a função de um dos instrumentos mais importantes de atuação administrativa na defesa do meio ambiente - o Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EIA, bem como fulmina a estrutura técnico-jurídica em que se fundamenta o devido processo de licenciamento ambiental, com suas indispensáveis etapas (viabilidade ambiental, instalação e operação) para obras com significativo impacto ambiental".

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar o julgamento sobre um recurso da defesa do ex-presidente do Luiz Inácio Lula da Silva que pedia que a Corte definisse de quem é a competência para investigar o líder petista.

Nesta terça-feira, 15, após a Justiça de São Paulo transferir para o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, a decisão sobre o pedido de prisão preventiva de Lula, os advogados do ex-presidente apresentaram um agravo para que a Corte apreciasse o pedido com urgência.

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O caso foi levado nesta terça-feira (15) para a sessão da 1ª Turma do Tribunal, mas os ministros afirmaram que iriam esperar por uma manifestação de Moro sobre o caso.

A intenção da defesa de Lula é tirar as investigações das mãos da força-tarefa da Operação Lava Jato e manter o caso sob o cuidado do Ministério Público de São Paulo.

Para os advogados, a juíza Maria Priscilla Veiga de Oliveira cometeu "um grave equívoco" ao transferir o caso para Curitiba porque as negociações sobre a compra do tríplex Edifício Solaris, na praia do Guarujá (SP), nada tem a ver com o escândalo de corrupção da Petrobras.

O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão do ex-presidente em denúncia apresentada na semana passada. Para a juíza, no entanto, as acusações contra Lula já são "objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e pelo Ministério Público Federal".

Se Moro concordar com esse entendimento, o caso passa a ser julgado apenas pela Justiça do Paraná.

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