Na noite dessa segunda-feira (19), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) decretou greve para as aulas presenciais, contrariando a determinação do Governo do Estado de Pernambuco para retorno das atividades nas escolas para turmas do terceiro ano do ensino médio nesta quarta-feira (21). Ainda na segunda-feira, o Governo se posicionou contra a greve reafirmando que as aulas serão reiniciadas amanhã, o que causou reação do Sindicato.
“Nós já comunicamos oficialmente ao Governo, nossa assessoria jurídica já está trabalhando para justificar a decisão da Justiça e a nossa posição nesse momento. Nós nunca tivemos uma greve com 100% de adesão, mas as nossas greves são apoiadas pela categoria e nesse sentido nós estamos enfatizando: amanhã as escolas públicas estaduais não terão aula, os professores e as professoras estão em greve”, disse o professor Fernando Melo, presidente do Sintepe, em entrevista à TV Clube.
##RECOMENDA##Na pauta do sindicato, além da greve intitulada “em defesa da vida”, também há negociações a respeito do piso salarial do magistério. Durante entrevista à TV Clube, Fernando afirmou que a greve foi aprovada por 92% dos participantes de uma assembleia virtual com 1.500 pessoas, alegando também que não foi o sindicato quem descumpriu pontos de negociação.
“Quem mais uma vez descumpriu o processo de negociação, a construção coletiva e dialogada que vinha sendo feita não foi o Sintepe. Nós temos vários itens que foram acordados semana passada e que vinham sendo acompanhados e executados em conjunto pela Secretaria de Educação e pelo Sintepe. No entanto, a determinação unilateral, de novo, para voltar no dia 21; essa determinação nós não vamos cumprir enquanto os acordos que são formalizados também não forem respeitados”, sustentou o presidente.
Segundo o professor, para que o problema seja solucionado da melhor forma para professores, alunos, funcionários de escolas, pais de estudantes e Governo, há alguns pontos essenciais que precisam ser observados, como a retomada das visitas de fiscalização a todas as escolas para averiguar sua adaptação às exigências sanitárias. Tempo para analisar os dados da Covid-19 e questões pedagógicas também foram citados pelo professor.
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