Tópicos | promotor

Chega ao fim, nesta quinta-feira (27), o julgamento de três dos cinco acusados de participação na morte do promotor Thiago Faria, assassinado no dia 14 de julho de 2013. A previsão é de que a sessão tenha início por volta das 10h30 desta quinta, podendo se estender até o início da madrugada da sexta-feira (28). Os réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva são julgados no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE). 

Caso os réus sejam condenados, a juíza titular da 4° Vara da Justiça Federal, Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, deve definir o veredito e proferir a sentença. Durante o último dia do julgamento, advogados e assistentes de acusação terão três horas para expor seus argumentos. A defesa dos réus também poderá fazer suas considerações finais por três horas. As partes terão o direito de réplica e tréplica.

##RECOMENDA##

No terceiro dia de julgamento, na quarta-feira (26), todos os três réus foram ouvidos pelo júri separadamente. Os outros dois homens envolvidos no crime não estão sendo julgados. O indiciado Antônio Cavalcante Filho está foragido, enquanto o preso José Maria Domingos Cavalcante teve o julgamento adiado para o dia 12 de dezembro.

Acusado de ser o mandante do assassinato do promotor Thiago, José Maria Pedro Rosendo Barbosa foi o primeiro a ser ouvido. Em um depoimento longo, que durou cerca de cinco horas, ele afirmou ser inocente e disse suspeitar de uma armação de Mysheva Martins, noiva da vítima.

José Marisvaldo foi o segundo a prestar depoimento. Ele negou participação no crime e não respondeu alguns questionamentos feitos pela acusação. Marisvaldo alega que estava em Alagoas no dia em que Thiago foi assassinado. 

O terceiro e último a ser ouvido foi Adeildo Ferreira dos Santos, que preferiu não responder muitas perguntas, alegando não se lembrar de muita coisa. Ele deveria ser o segundo a ser ouvido, mas passou mal, chegou a ser socorrido e voltou ao tribunal para ser interrogado por último. Adeildo também afirmou ser inocente das acusações de participação no crime.

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, na altura do quilômetro 19, sentido município de Itaíba, Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo da execução. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como mandante do crime. Na época, a PF informou que Rosendo Barbosa era temido na região e que os executores fizeram o serviço de graça.

LeiaJá também

Réus começam a ser ouvidos em júri da morte do promotor

Corpo de promotor de Justiça será enterrado no Recife

PE: fazendeiro é principal suspeito pela morte de Promotor

Noiva de promotor morto se desespera e pede por justiça

Polícia prende um dos suspeitos de matar promotor

Assassino do promotor de Justiça está preso

Suspeito de atirar em promotor é levado para o Cotel

MST diz que terras compradas pelo promotor eram indígenas

MPPE nomeia novo promotor para atuar em Itaíba

Damázio esclarece mistérios sobre assassinato de promotor

Promotor: Disque-Denúncia oferece R$10 mil por informações

SDS silencia sobre investigação de caso do promotor

LeiaJá refaz roteiro do álibi do acusado de matar promotor

Em vídeo, Zé Maria garante que não mandou matar promotor

Caso promotor: há quatro meses nem sinal do inquérito

O julgamento da morte do promotor Thiago Faria chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (26). No decorrer de hoje, todos os três réus devem ser ouvidos. Cada interrogatório é feito separadamente, impedindo que um réu ouça o outro.

A sessão começou com a ouvida do fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime. Além deles, devem ser interrogados os réus Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O indiciado Antônio Cavalcante Filho está foragido enquanto o preso José Maria Domingos Cavalcante teve o julgamento adiado para o dia 12 de dezembro.

##RECOMENDA##

Falso testemunho - A testemunha Carlos Ubirajara pode responder pelo crime de falso testemunho após o julgamento da morte do promotor Thiago Faria. 

Carlos Ubirajara foi uma das testemunhas arroladas pela defesa. Ele é irmão do agricultor Edmacy Ubirajara, que passou dois meses preso apontado como executor, mas foi liberado em seguida.

A acusação encontrou contradições entre o depoimento de Ubirajara e as informações passadas por Mysheva Martins, noiva da vítima na época do crime, e pelo delegado federal Alexandre Alves. 

Os jurados deverão, ao final do julgamento, decidir se consideram que Carlos mentiu. Caso isso se confirme, será encaminhado um ofício para a Polícia Federal para instaurar um procedimento policial e apurar o crime de falso testemunho.

Segundo dia – Além de Ubirajara, outras quatro testemunhas foram ouvidas na terça-feira (25), sendo três delas arroladas pela defesa e uma pela acusação. Em seguida, houve a reprodução de peças como vídeos de reportagens e de depoimentos. O dia foi encerrado por volta das 20h. 

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de julho de 2013, enquanto seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Ele estava acompanhado da companheira Mysheva Martins e do tio dela, que sobreviveram. A Polícia Federal apontou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. José Maria havia perdido a posse de suas terras para Mysheva após um leilão da Justiça Federal.

LeiaJá também

Corpo de promotor de Justiça será enterrado no Recife

PE: fazendeiro é principal suspeito pela morte de Promotor

Noiva de promotor morto se desespera e pede por justiça

Polícia prende um dos suspeitos de matar promotor

Assassino do promotor de Justiça está preso

Suspeito de atirar em promotor é levado para o Cotel

MST diz que terras compradas pelo promotor eram indígenas

MPPE nomeia novo promotor para atuar em Itaíba

Damázio esclarece mistérios sobre assassinato de promotor

Promotor: Disque-Denúncia oferece R$10 mil por informações

SDS silencia sobre investigação de caso do promotor

LeiaJá refaz roteiro do álibi do acusado de matar promotor

Em vídeo, Zé Maria garante que não mandou matar promotor

Caso promotor: há quatro meses nem sinal do inquérito

O julgamento da morte do promotor Thiago Faria chegou ao segundo dia nesta terça-feira (25) no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), no Jiquiá, Zona Oeste do Recife. As oitivas começaram com a tia da viúva Mysheva, Cláudia Tenório Freire de Melo.

Em seguida, foi a vez da primeira testemunha de defesa, Carlos Ubirajara, que foi inventariante das terras cuja disputa é apontada como motivação do crime. A defesa trouxe cinco testemunhas para o júri. 

##RECOMENDA##

Após esta fase, um perito criminal federal dará explicações sobre os laudos da investigação. Outros dois peritos haviam sido arrolados pela defesa de José Maria Domingos Cavalcante. Como o acusado acabou não participando desse julgamento, visto que seu advogado não compareceu na segunda-feira (24), os dois peritos foram dispensados.

No primeiro dia, duas pessoas foram ouvidas: a viúva Mysheva Martins e o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves, que explicou quais foram as três linhas de investigação seguidas pela polícia. A sessão foi suspensa por volta das 23h.

Não há previsão para o encerramento do segundo dia de julgamento. A expectativa é que o processo todo seja encerrado até o fim da semana. 

Resumo - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de julho de 2013, enquanto seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Ele estava acompanhado da companheira Mysheva Martins e do tio dela, que sobreviveram. A Polícia Federal apontou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. José Maria havia perdido a posse de suas terras para Mysheva após um leilão da Justiça Federal.

[@#galeria#@]

Começou na manhã desta segunda-feira (24) o julgamento de três dos quatro acusados de participação no homicídio do promotor de justiça Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013. Os réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva estão sendo julgados no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE). 

##RECOMENDA##

Pelo não comparecimento de Emerson Leônidas, advogado de defesa do réu José Maria Domingos Cavalcante, o Tribunal do Júri pediu a cisão do julgamento e adiou o júri dele para o dia 12 de dezembro com multa de 30 salários mínimos para a defesa. Os acusados de participar do crime irão a júri popular e a estimativa é que o julgamento se prolongue até a próxima quinta-feira (28). 

Antes do início da sessão, os três advogados de defesa presentes no tribunal pediram o desmembramento do júri, alegando que os réus não teriam tempo suficiente para que a defesa pudesse apresentar as devidas provas. Ao todo, cada advogado tem 50 minutos de fala nesta segunda-feira. A juíza titular da 4° Vara da Justiça Federal, Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, negou o pedido de separação do júri e afirmou seguir os procedimentos da legislação brasileira.

A ordem do julgamento desta segunda começa com o sorteio dos jurados, a formação do conselho de sentença e a abertura dos trabalhos, além da oitiva de Mysheva Martins e do delegado da Polícia Federal Alexandre Alves, à frente das investigações do caso. Presente no júri, Maria do Carmo Faria, mãe da vítima, pediu justiça pela morte do promotor. "Perder um filho da maneira que eu perdi não é brincadeira, acaba com o coração e a vida da gente", falou. 

O advogado de acusação, André Canuto, afirmou não haver dúvidas de que os acusados tiveram participação no crime. Para Canuto, a motivação seria a não interferência do promotor Thiago Faria na região. "Temos plena convicção de que não há nenhuma possibilidade de absolvição, pela forma criteriosa de como a Polícia Federal investigou o caso", ressaltou.                        

Acusado de ser o autor dos disparos e posteriormente inocentado, Edmacy Cruz Ubirajara, primo de José Maria, afirmou que todo ocorrido foi uma armação de Mysheva Martins, noiva do promotor Thiago Faria. "A verdade será provada hoje, assim como eu provei a minha inocência, hoje ele também conseguirá provar a verdade". Ubirajara alegou que a vida dele mudou para pior após a acusação de participar do crime.

Para o advogado Anderson Flexa, a defesa terá um trabalho difícil e árduo durante o júri. "Existem teses alteradas, contradições no processo, muitas dúvidas e incertezas", explicou. Flexa disse que há um erro intencional e direcionado por parte da acusação. "A defesa quer mostrar que esses deslizes estão conduzindo o processo para uma grande injustiça. Essa é nossa grande oportunidade de mostrar esses absurdos."

Os procuradores federais responsáveis pela acusação são Alfredo Falcão Junior, Luís Vicente Queiroz, Bruno Costa Magalhães e Ubiratan Cazetta. De acordo com Luíz Vicente, a expectativa é que as pessoas sejam condenadas e paguem pelos crimes que cometeram. "A motivação presente na denúncia foram várias desavenças entre José Maria Rosendo e as vítimas. Arrolamos o delegado Alexandre Alves, as testemunhas presentes aqui no Recife e vamos ouvir também testemunhas que foram prestaram depoimento na instrução, na Polícia Federal", explicou. Ele também reiterou a informação de que Mysheva é vítima e vai falar na condição de ofendida.

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, na altura do quilômetro 19, sentido município de Itaíba, Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da Reública, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Ferederal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo da execução. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como mandante do crime. Na época, a PF informou que Rosendo Barbosa era temido na região e que os executores fizeram o serviço de graça. 

LeiaJá também:

Corpo de promotor de Justiça será enterrado no Recife

PE: fazendeiro é principal suspeito pela morte de Promotor

Noiva de promotor morto se desespera e pede por justiça

Polícia prende um dos suspeitos de matar promotor

Assassino do promotor de Justiça está preso

Suspeito de atirar em promotor é levado para o Cotel

MST diz que terras compradas pelo promotor eram indígenas

MPPE nomeia novo promotor para atuar em Itaíba

Damázio esclarece mistérios sobre assassinato de promotor

Promotor: Disque-Denúncia oferece R$10 mil por informações

SDS silencia sobre investigação de caso do promotor

LeiaJá refaz roteiro do álibi do acusado de matar promotor

Em vídeo, Zé Maria garante que não mandou matar promotor

Caso promotor: há quatro meses nem sinal do inquérito

A Justiça do Rio Grande do Sul enviou um ofício ao Conselho Nacional do Ministério Público para que investigue a conduta do promotor de Justiça Theodoro Alexandre da Silva Silveira que humilhou uma vítima de estupro.

Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado pediram à Corregedoria-Geral da Justiça que examine a responsabilidade da juíza que atuou no caso na 1ª instância.

##RECOMENDA##

Uma jovem menor de idade disse ter sido vítima de estupro do pai, entre janeiro de 2011 e outubro de 2012. Ela ficou grávida. Em 27 de abril de 2015, o homem foi preso e, em maio deste ano, condenado a 27 anos de prisão.

Durante a fase de inquérito policial, a jovem, então com 13 anos, "apresentou relatos coerentes, sempre apontando o réu (pai) como o autor fato, demonstrando apenas medo em contrariar ou magoar sua genitora", segundo a Justiça. Em juízo, "já decorrido mais de ano e tendo ocorrido o aborto, a vítima alterou a versão dos fatos, afirmando que não queria que seu pai fosse preso".

Segundo o processo, a jovem "afirmou ter engravidado de um namorado de colégio, mas não quis fornecer o nome dele, alegou ter acusado o pai de estupro porque tinha muito medo que ele descobrisse a gravidez e a maltratasse". Em audiência, após a jovem mudar a versão, o promotor afirmou. "Tu tá mentindo agora ou tava mentindo antes." "mentindo antes, não agora", respondeu a jovem.

A Justiça relatou no processo trechos da audiência.

"Tá, assim ó, tu pegou e tu fez, tu já deu um depoimento antes (…), tu fez eu e a juíza autorizar um aborto e agora tu te arrependeu assim? tu pode pra abrir as pernas e dá o rabo pra um cara tu tem maturidade, tu é autossuficiente, e pra assumir uma criança tu não tem? Sabe que tu é uma pessoa de muita sorte A., porque tu é menor de 18, se tu fosse maior de 18 eu ia pedir a tua preventiva agora, pra tu ir lá na FASE, pra te estuprarem lá e fazer tudo o que fazem com um menor de idade lá", disse o promotor.

"Porque tu é criminosa… tu é. (silêncio)…. Bah se tu fosse minha filha, não vou nem dizer o que eu faria…. não tem fundamento. Péssima educação teus pais deram pra ti. Péssima educação. Tu não aprendeu nada nessa vida, nada mesmo. Vai ser feito exame de DNA no feto. Não vai dar positivo nesse exame né?….. ou vai?… Vamo A. tu teve coragem de fazer o pior, matou uma criança, agora fica com essa carinha de anjo, de ah… não vou falar nada. Não vai dar positivo esse exame de DNA, vai dar negativo né!? Vai dá o quê nesse exame A.?"

"Negativo", respondeu a menor. O promotor perguntou o nome do pai da criança e a menor disse que "isso não vinha ao caso". "Como não vem ao caso A.? Tu fez a gente matar uma pessoa e agora diz que não vem ao caso, quem tu pensa que tu é… quem é esse cara?"

A menor disse que não envolver a pessoa. "Tu não tem querer, tu fez a gente matar uma pessoa. Tu vai dizer o nome desse cara. Quem é esse cara?" "Eu não quero responder", insistiu a menina. "Tu vai responder em outro processo. Eu vou me esforçar o máximo pra te por na cadeia A.", retrucou Silveira. "Agora assim ó, vou me esforçar pra te 'ferrá', pode ter certeza disso, eu não sou teu amigo", completou.

Para a desembargadora Jucelana Lurdes Pereira dos Santos, "o Promotor de Justiça que atuou na solenidade a tratou como se ela fosse uma criminosa, esquecendo-se que só tinha 14 anos de idade, era vítima de estupro e vivia um drama familiar intenso e estava sozinha em uma audiência"

"A menina necessitava de apoio de quem conhece estes tristes fatos da vida e não de um acusador, pois a função do Promotor de Justiça é de proteção da vítima e, no caso, ao que tudo indica, ele se sentiu ludibriado pela menina, por ter opinado favoravelmente ao aborto e, posteriormente, ela não confirmar a denúncia. O pior de tudo isso é que contou com a anuência da Magistrada, a qual permitiu que ele fosse arrogante, grosseiro e ofensivo com uma adolescente. Um verdadeiro absurdo que necessita providências!", afirmou taxativamente a desembargadora.

O desembargador José Antônio Daltoé Cezar registrou que o promotor, "além de não ter lido atentamente o processo, embora se disponha a participar de feito em que se investiga a prática de violência sexual contra crianças e adolescentes, não tem conhecimento algum da dinâmica do abuso sexual, bem como confunde os institutos de direito penal, além de desconsiderar toda normativa internacional e nacional, que disciplina a proteção de crianças e adolescentes".

"Quem conhece o mínimo necessário sobre a dinâmica do abuso sexual, sabe que situações como aquelas apresentadas neste processo, quando a vítima, por razões das mais diversas, muda versão para inocentar o abusador, são comuns e até mesmo previsíveis, não tendo nada a ver com seu caráter, coragem ou mesmo sinceridade", anotou.

"Equivocou-se também o Dr. Promotor de Justiça, gravemente, quando referiu à vítima que ela seria uma criminosa, teria matado uma pessoa, como se ela tivesse praticado um homicídio. O feto humano, embora seja protegido, por institutos de direito civil e penal, ainda não é uma pessoa, o que somente ocorrerá quando vier a nascer, com vida."

Defesa

A reportagem ligou para o Ministério Público do Rio Grande do Sul, que, por meio da assessoria de imprensa, informou que o promotor não iria se manifestar. O espaço está aberto para a manifestação.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, ofereceu denúncia à Justiça contra o promotor Roberto Senise Lisboa por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber R$ 428 mil para tomar decisões favoráveis às Casas Bahia durante investigações sobre supostos crimes contra o consumidor. O então diretor-jurídico da empresa Alexandre Machado Guarita e o advogado Vladmir Oliveira da Silveira também foram denunciados.

Na peça, Elias Rosa diz que a quebra de sigilo bancário mostra que o dinheiro saiu das contas da empresa, passou pelo advogado e chegou até as mãos do promotor. Segundo as investigações, em 2009, Senise - então promotor do Consumidor - recebeu inquérito civil do Conselho Superior do Ministério Público contra as Casas Bahia com proposta de arquivamento, porque a empresa havia se comprometido a pagar R$ 511.116,00 por danos causados aos consumidores por práticas abusivas realizadas na loja do Shopping Interlagos, na zona sul da capital. Entre as irregularidades estava a cobrança de um seguro obrigatório.

##RECOMENDA##

O chefe do Ministério Público Estadual (MPE) afirma que Senise passou a pedir que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fosse estendido às demais lojas da rede, pois acreditava que a prática era comum. A investigação ficou com Senise durante um ano e meio sem que nada efetivamente fosse feito. Mas, em julho de 2011, ele juntou outra investigação contra as Casas Bahia que tramitava em outra promotoria e marcou uma audiência com a empresa para propor novo TAC.

Foi nessa época, segundo Elias Rosa, que o então diretor do Departamento Jurídico das Casas Bahia contratou Silveira, que é seu amigo e do promotor. De acordo com a denúncia, os dois ofereceram propina para Senise, que a aceitou.

O promotor elaborou um novo TAC que atendia apenas aos interesses da empresa em prejuízo dos consumidores lesados. Nesse acordo, chamou a atenção da investigação o fato de Senise propor uma multa única de R$ 1 milhão, caso a empresa descumprisse algumas das cláusulas, não importando o número de vezes. E, com relação a indenização de R$ 511 mil referente a uma loja, não houve a multiplicação do valor em proporção ao número de lojas da rede.

Senise ainda atrasou o prazo para encaminhamento do novo TAC, juntamente com o pedido de arquivamento, para análise do Conselho Superior do Ministério Público. Isso, segundo Elias Rosa, permitiu que o promotor garantisse o recebimento da propina.

Parcelado

Em janeiro de 2012, Senise recebeu R$ 428 mil em dinheiro, divididos em três parcelas. Foram dois pagamentos de R$ 150 mil, nos dias 13 e 19, e o último de R$ 128 mil ocorreu no dia 30. As investigações descobriram que Silveira fazia os saques na agência do Bradesco, que fica na Rua Riachuelo, no centro, perto do prédio do MPE, acompanhado pelo promotor que, após receber o pagamento, ia até a agência do Banco Brasil, no edifício da promotoria, e o depositava na sua conta. Ele não declarou esses valores no Imposto de Renda.

Segundo a denúncia, o advogado Silveira emprestou sua conta bancária para receber o dinheiro das Casas Bahia como pagamentos de honorários advocatícios, a fim de esconder o verdadeiro motivo da ação. A partir daí, segundo Elias Rosa, o promotor tentou mudar o último TAC feito por ele e buscou mostrar uma postura mais dura contra a empresa. Ele propôs uma ação civil pública contra as Casas Bahia e pagamento de multa de mais de R$ 170 milhões, mas não adotou medidas que garantissem o pagamento. Por meio de nota, as Casas Bahia informou que não vai comentar o caso porque não está envolvida nas investigações e Guarita não trabalha mais na empresa. O ex-diretor da empresa informou que vai esperar ser notificado para se pronunciar sobre a denúncia. Silveira não retornou os recados deixados com a secretária de seu escritório de advocacia. A assessoria de imprensa do MPE informou que Senise não foi localizado para falar sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) confirmou na última terça-feira (15) o julgamento de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. Os quatro são acusados pela morte do promotor público Thiago Faria Soares, da tentativa de morte de sua noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e o tio dela, Adautivo Elias Martins, ocorridos em 2013, no município de Águas Belas, Agreste de Pernambuco.

A data do julgamento ainda não foi divulgada. Segundo o relator do processo, o desembargador Manuel Maia de Vasconcelos Neto, “no que diz respeito ao presente caso, a gravíssima repercussão dos crimes perpetrados, o modo de execução utilizado, o abalo sofrido no meio social, tudo está a exigir a manutenção das prisões cautelares”.

##RECOMENDA##

Em razão das divergências na investigação por parte do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Polícia Civil de Pernambuco, o caso foi federalizado.

CASO 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), por volta das 9h do dia 14 de outubro de 2013, no km 19 da Rodovia PE-300, os denunciados José Maria Pedro Rosendo Barbosa, que teria sido o mandante, José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva, os possíveis executores, mataram Thiago Faria Soares, promotor público da Comarca de Itaíba (PE), e tentaram matar Mysheva Freire Ferrão Martins e Adautivo Elias Martins.

Com a decisão de pronúncia do Juízo da 37ª Vara (PE), a Justiça Federal decidiu levar o caso a julgamento. A motivação do crime teria sido desavenças entre José Maria Rosendo e o casal de noivos, que disputavam, na justiça comum, o direito de propriedade da Fazenda Nova, localizada no Município de Águas Belas.

LeiaJá também

--> Ministério afasta equipe que investiga morte de promotor

--> Polícia investiga assassinato de promotor Thiago Godoy

--> Caso promotor: há quatro meses nem sinal do inquérito

A decisão de proibir a abertura das portas do meio dos ônibus foi derrubada e os passageiros voltam a contar com esse serviço. A recomendação foi anunciada pelo Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco nesta quinta-feira (19) e já deve ser colocada em prática.

A mudança havia sido anunciada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, em outubro deste ano. O promotor de Transportes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Humberto Graça, que estava de férias no período, revelou ter se surpreendido com a decisão.

##RECOMENDA##

“Foi alegado questão de segurança, mas o MPPE não enxerga assim. Se fosse o caso, eles teriam que fechar as outras portas também. Foi mais uma medida para conter a evasão de renda, uma vez que muitas pessoas aproveitam a abertura para embarcar no coletivo sem pagar”, explicou.

LeiaJá também

>> Estado adota medidas de segurança em ônibus da RMR

>> Aluna da UFPE cai de ônibus em movimento e morre no Recife

>> Estudante é arremessado de ônibus no Recife

O promotor lembrou que a medida de fechar a porta do meio surgiu após o acidente que vitimou a estudante Camila Mirele. Mas, segundo ele, os usuários não podem ser penalizados por isso. “Com o fechamento criou-se um tumulto, principalmente nos horários de pico. Coube ao MPPE pedir a reabertura”.

A secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco também havia estipulado um prazo de 180 dias, a partir do dia 5 de novembro, para que 100% da frota de ônibus do Estado tivesse o anjo da guarda [dispositivo que impede o tráfego de coletivos com as portas abertas].

Na avaliação do promotor, o ajuste foi inadequado e não havia justificativa para prorrogação de prazo, que já estava expirado no entender no MPPE desde 2009. “Há quem entenda que a resolução 445/2013 do Contran [Conselho Nacional de Trânsito] prorrogou esse prazo. Mesmo que isso acontecesse, ainda assim ele estaria vencido”.

Por fim, Graça fez uma comparação das duas medidas. “Não entendemos como decidiram fechar as portas alegando segurança, e na mesma medida prorrogam um prazo que deixa o usuário inseguro. A fiscalização será mantida”, concluiu o promotor.

Através de nota, o Consórcio de Transporte Grande Recife confirmou que recebeu a recomendação do Ministério Público de Pernambuco para que as portas do meio sejam abertas para desembarque de passageiros. “O Consórcio acatou a recomendação e enviou nesta quinta-feira um ofício às empresas operadoras para que seja cumprida a orientação”.

Pela segunda vez a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região negou o habeas corpus a José Maria Domingos Cavalcante, um dos acusados de participação no homicídio do promotor Thiago Faria Soares e na tentativa de assassinato da noiva da vítima. Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela, Adautivo Elias Martins, no dia 14 de outubro de 2013, no município de Itaíba.  A decisão acolheu o parecer do Ministério Público Federal (MPF), emitido pela Procuradoria Regional da República  da 5ª Região.

José Maria Domingos Cavalcante está preso preventivamente desde o dia 19 de dezembro de 2014, por determinação da 36ª Vara Federal de Pernambuco. De acordo com o MPF, a revogação da prisão preventiva já havia sido requerida em março deste ano, mas naquela ocasião também houve negação ao pedido.

##RECOMENDA##

Ainda segundo o MPF, as alegações feitas na última solicitação de habeas corpus foram praticamente as mesmas apresentadas no anterior, ainda não havendo fatos novos que justifiquem a soltura do acusado. A prisão preventiva seria necessária para garantir a ordem pública, visto que o crime foi classificado como brutal por motivo torpe – disputa de terra – e contra uma autoridade pública. Além disso, José Maria Domingos Cavalcante possui antecedentes criminais e o MPF entendeu que não há garantes de que, em liberdade, o acusado não voltaria a praticar outros crimes.

Um outro aspecto apontado na decisão é a conveniência da instrução criminal, ou seja, a garantia de que a ação penal contra José Maria Domingos Cavalcante e demais acusados possa tramitar sem interferências. A soltura dele agora poderia ocasionar nas testemunhas o medo de sofrer retaliações.

O agricultor José Maria Domingos Cavalcante é suspeito de estar dentro de um dos veículos utilizados no dia da execução do promotor. Ele também teria dado abrigo ao fazendeiro José Maria Pedro Rosendo, apontado como mandante do crime.

* Com informações da assessoria

 

 

Os quatro acusados de envolvimento na morte do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, vão a júri popular, ainda sem data prevista. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (20) pela Justiça Federal de Pernambuco (JFPE).

A partir desta segunda (20), começa o prazo para oferecimento de recurso. Tanto a acusação quanto a defesa podem recorrer ou não da decisão junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). 

##RECOMENDA##

Os acusados são José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O crime foi cometido no dia 14 de outubro de 2014, no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco.

O promotor Thiago Faria foi assassinado enquanto se deslocava em seu veículo, acompanhado da noiva, Misheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela, Adauto Martins.

HISTÓRICO - A pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, o caso foi federalizado em 13 de agosto de 2014. Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a investigação da morte do promotor Thiago Faria passou a ser de responsabilidade da Polícia Federal, sendo o inquérito distribuído à 36ª Vara Federal de Pernambuco.

Em 15 de janeiro deste ano, o Juízo da 36ª Vara Federal em Pernambuco recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) relacionada ao assassinato do promotor de justiça Thiago Faria Soares, em Itaíba, Agreste do Estado, e o inquérito policial virou ação penal.

De 24 a 27 de março deste ano, audiência de instrução foi realizada na 36ª Vara, tendo sido ouvidas 34 testemunhas – sendo 16 arroladas pela acusação e 18 pela defesa – e as duas vítimas (a advogada Mysheva e o tia dela). No mesmo  período, também foi realizado o interrogatório dos quatro réus.

"O Promotor", um thriller escrito em velocidade recorde que já preenche as prateleiras das livrarias de Buenos Aires, conta história da misteriosa morte de promotor argentino Alberto Nisman, baleado na cabeça em 18 de janeiro. "'O Promotor' é um eletrizante thriller de ficção política, que homenageia romances de espionagem de John le Carré e os filmes clássicos do cinema noir", diz a editora Emecé em seu site, onde promove o novo livro.

O aparecimento do cadáver de Nisman há três meses no banheiro de seu apartamento em Puerto Madero, um bairro chique de Buenos Aires, e as circunstâncias de sua morte deixam os argentinos divididos entre aqueles que acreditam que foi suicídio e aqueles que pensam ele foi assassinado. O caso é rotulado como "morte suspeita" na justiça, que investiga se foi homicídio, suicídio ou suicídio induzido.

##RECOMENDA##

O promotor que investigou por dez anos o atentado contra a sede da AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos, foi encontrado morto após denunciar a presidente Cristina Kirchner, entre outros, por tentar encobrir o iraniano acusado pela justiça argentina pelo ataque. O livro, "escrito em ritmo frenético, narra as últimas horas de Lerman e os antecedentes de sua morte com uma verossimilhança de que prende a sua respiração", explica a resenha do editor.

Lerman é o nome fictício de Nisman, assim como a presidente, que responde pelo nome de Hernández de Larcher. O curioso é que o livro é assinado com o pseudônimo R.S.Pratt e não se sabe de quem se trata.

"'O Promotor'. Uma ficção muito semelhante à realidade" é o título do romance escrito sobre um fundo vermelho, que cobre parcialmente o rosto do falecido promotor . "A ideia começou a conversar com o autor no dia da morte de Nisman. Ele me ligou para comentar o tema. Nessa noite esta pessoa leu a denúncia completa de Nisman e voltou a me ligar, me dizendo, diretamente que tratava-se (a morte) de um romance do Le Carré", contou Ignacio Iraola, diretor do grupo editorial que publicou o livro, ao jornal Clarín. John le Carré, pseudônimo de David John Moore Cornwell, é um popular romancista britânico especializado em thrillers de espionagem ambientados na Guerra Fria.

Nessa quarta (25), a justição ouviu mais 11 testemunhas vinculadas à ação penal que julga o assassinato do promotor de justiça Thiago Faria Soares, na cidade de Itaíba em 2013. Duas testemunhas foram ouvidas presencialmente, na sede da Justiça Federal em Pernambuco, no Jiquiá: Claudia Tenório Freire Melo e o delegado da Polícia Federal, responsável pela produção do inquérito policial que resultou na ação penal, Alexandre Luiz Rollo Alves.

Os demais deram seus depoimentos por meio de vídeo conferência: Lourival Freire Ferrão Filho e Alberto Guilherme Barbosa na subseção de Garanhuns; Marlos Henrique Camilo na Justiça Federal em Alagoas (JFAL); e Claudiano Ferreira Martins, Otaviano Ferreira Martins, Ana Lúcia Pereira, Alexandre Leite Silva, Salviano dos Santos Paes e Reginaldo de Araújo Feitosa Júnior na subseção de Arcoverde.

##RECOMENDA##

Nesta quinta (26), começam os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa, a partir das 9h, na sala de audiências da 36º Vara, situado no prédio sede da JFPE.

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013 no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Após desentendimentos entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre o andamento do caso, no dia 10 de outubro de 2014, as investigações do caso ficaram sob responsabilidade da Polícia Federal.

No dia 24 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal anunciou que as investigações haviam sido encerradas e indiciou por homicídio e tentativa de homicídio os seguintes suspeitos: José Marisvaldo Vitor da Silva, José Maria Domingos Cavalcanti, José Ivanilson Dias Gomes, Adeildo Ferreira dos Santos, e o mandante do crime José Maria Pedro Rosendo Barbosa. Segundo a Polícia Federal, a motivação do crime seria a disputa de terras. 

A audiência de instrução do caso do assassinato do promotor de justiça Thiago Faria Soares continua nesta quarta-feira (24), no edifício-sede da Justiça Federal (JFPE), no bairro do Jiquiá, zona oeste do Recife. Desta vez serão ouvidos as testemunhas de acusação Lourival Freire Ferrão Filho e Alberto Guilherme Barbosa, além de outras testemunhas que estão em Arcoverde e no Recife.

No primeiro dia de audiência, realizado na terça-feira (24), foram ouvidas as vítimas Mysheva Martins Ferrão, esposa de Thiago Faria, e Adautivo Elias Martins, tio dela e mais cinco testemunhas de acusação, são elas: Nomeriano Ferreira, Joana D’arc de Menezes, Cícero Lira da Silva, José Alonso Julião da Silva e José Erivaldo de Lima. Todas as ouvidas foram realizadas através de videoconferência entre o juízo da 36ª Vara, situado na sede da JFPE e a subseção de Garanhuns.

##RECOMENDA##

Segundo a JFPE, participaram do primeiro dia de audiência o Ministério Público Federal (MPF), assistente da acusação, advogados dos réus e os  acusados. A audiência de instrução segue até a próxima sexta-feira (27), quando serão feitos os interrogatórios dos réus. Amanhã serão realizadas as ouvidas das testemunhas de defesa. 

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013 no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Após desentendimentos entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre o andamento do caso, no dia 10 de outubro de 2014, as investigações do caso ficaram sob responsabilidade da Polícia Federal. 

No dia 24 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal anunciou que as investigações haviam sido encerradas e indiciou por homicídio e tentativa de homicídio os seguintes suspeitos: José Marisvaldo Vitor da Silva, José Maria Domingos Cavalcanti, José Ivanilson Dias Gomes, Adeildo Ferreira dos Santos, e o mandante do crime José Maria Pedro Rosendo Barbosa. Segundo a Polícia Federal, a motivação do crime seria a disputa de terras. 

Com informações da assessoria

Em meio à investigação envolvendo políticos da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, participa nesta sexta-feira, 26, de ato público em Uberlândia (MG) em repúdio ao atentado sofrido pelo promotor de Justiça em Monte Carmelo, Marcus Vinícius Ribeiro. O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro.

O promotor, que trabalha no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), sofreu o atentado durante exercício de suas funções no plantão da Promotoria de Justiça de Monte Carmelo. De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ataque ao membro do Ministério Público é uma afronta ao regime democrático. "Não se pode transigir em nenhum momento com a corrupção e o crime organizado. A reação que se pretende é a reação institucional."

##RECOMENDA##

Ribeiro foi baleado na cidade de Alto Paranaíba, no Triângulo Mineiro, na noite de sábado. Ele foi socorrido e permanecia internado em hospital de Uberlândia, a cerca de 100 quilômetros.

O filho de um ex-vereador da cidade de Monte Carmelo (MG) confessou ter cometido o crime. O ex-vereador, que perdeu o cargo em razão de uma ação movida pela vítima, é suspeito de ser o mentor do crime. Os dois estão presos por tentativa de homicídio.

Marcos Vinícius Ribeiro Cunha saía do plantão no Ministério Público local quando foi baleado por um motociclista. O atirador efetuou 12 disparos de arma de calibre 38 contra o veículo do promotor. Três tiros o atingiram nas costas.

O promotor Gerardo Pollicita que herdou o caso contra a presidente da Argentina, Cristina Fernandez Kirchner, reafirmou as acusações, renovando formalmente a investigação sobre como a dirigente teria ajudado oficiais iranianos a encobrir uma suposta participação em um ataque ocorrido em um centro comunitário judeu em 1994.

A decisão do promotor de ir adianta com o caso é significativo porque abre espaço para uma análise detalhadas da investigação em que o promotor Alberto Nisman estava trabalhando antes de ser encontrado morto em 18 de janeiro.

##RECOMENDA##

Nisman acusara Kirchner, o ministro de relações exteriores Hector Timerman e outros em sua administração em participar do encobrimento, em troca de acordos favoráveis de petróleo e outros bens do Irã. A presidente negou veementemente as acusações e o Irã tem repetidamente negado envolvimento no atentado, que matou 85 pessoas.

Pollicita apresentará o que descobrir ao juiz Daniel Rafecas, o magistrado federal, designado para o caso que acabará por decidir se vai rejeitá-lo ou enviá-lo a julgamento.

Mesmo antes da decisão da Pollicita, em meio a rumores de que estava a ocorrer, a administração se movimentava para tentar rejeitá-lo e minimizá-lo.

Falando a repórteres mais cedo nesta sexta-feira, o porta-voz presidencial, Aníbal Fernandez, disse que o avanço do inquérito era uma "manobra clara para desestabilizar a democracia", mas que, em última instância, "não tem valor legal. Não importa". Fonte: Associated Press.

O promotor argentino Alberto Nisman, cuja morte abalou o governo de Cristina Kirchner, confidenciou a uma congressista de oposição que acreditava que seria demitido pelo caso judicial em que acusava a presidente. A informação foi revelada pela parlamentar na sexta-feira.

Nisman teria conversado com Laura Alonso em privado em 14 de janeiro, quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro no banheiro de sua casa. Na conversa, o promotor disse que temia pela sua segurança e pela de suas filhas. O relato de Alonso confirma o que diversos outros amigos e colegas de Nisman afirmaram após a sua morte.

##RECOMENDA##

Três dias antes da morte, Nisman enviou uma mensagem de celular à Alonso, em que disse que "iria com tudo", referindo-se ao caso judicial para o qual se dedicava. "O governo sabe que estou levando essa investigação adiante", disse o promotor. Nisman iria comparecer ao Congresso argentino para acusar a presidente Kirchner de ter ajudado a proteger autoridades do Irã ligadas a um atentado à um centro comunitário judeu em 1994. O ataque deixou 85 pessoas mortas.

Alonso defendeu que Nisman não cometeu suicídio, já que estava absolutamente comprometido com a investigação. Em outra mensagem de texto, enviada em 6 de janeiro, Nisman confidenciou à parlamentar que planejava retornar das férias em Londres antes do previsto. Dias depois, Nisman acusou publicamente a presidente de ter agido para proteger os iranianos no caso.

Os investigadores, contudo, rejeitam a ideia de que Nisman mudou seus planos de viagem e afirmam que ele voltou à Argentina no dia 12 de janeiro, de acordo com a data de sua passagem original. Fonte: Associated Press.

O promotor federal argentino Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (19), no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires, no bairro de Puerto Madero, segundo informaram as agências EFE, AFP e Reuters. De acordo com a Reuters, o corpo fora baleado.

Na última quarta-feira (14), Nisman denunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994.

##RECOMENDA##

O promotor, encarregado do caso Amia, solicitou abertura de inquérito contra a presidente e o chanceler. Ele iria apresentar os detalhes da denúncia ao Congresso argentino nesta segunda-feira. Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade dos acusados por motivos econômicos. Em troca da obtenção de acordos comerciais com o Irã, especialmente para as exportações de carne e oleaginosas, a Argentina - que desde 2004 enfrenta crise energética - receberia petróleo iraniano.

"A presidente e seu chanceler tomaram a criminosa decisão de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses da República da Argentina", escreveu Nisman em documento enviado à Associated Press. O promotor argumenta que a cúpula do governo Kirchner negociou e organizou com Teerã "um sofisticado plano" para acobertar participantes do atentado.

A Justiça Federal recebeu, na última quinta-feira (15), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) do assassinato do promotor de justiça Thiago Farias, ocorrido em Itaíba, no Agreste de Pernambuco, no dia 14 de outubro de 2014. A ação penal julgará o acusado de ser o mandante do crime, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, além de José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva pelos crimes de homicídio doloso e pela tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva da vítima, e Adauto Martins, tio de Mysheva.

Na informação divulgada pela Justiça Federal, aparece um sexto envolvido, Genessy Carneiro de Andrade, que será julgado pelo crime de favorecimento pessoal. A assessoria da instituição responsável pelas investigações do caso, a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), não soube informar quem seria Genessy e, portanto, qual seria sua participação no crime.

##RECOMENDA##

Com a ação penal, os acusados serão citados e deverão participar de uma audiência de instrução, ainda sem data marcada. Após a instrução é realizada a fase de pronúncia e, caso os acusados sejam pronunciados, o Tribunal do Júri será estabelecido para decidir pela condenação ou absolvição dos réus.

Caso – O promotor Thiago Faria foi morto enquanto seguia de carro pela rodovia PE-300, em Itaíba. Ele estava acompanhado da noiva Mysheva e do tio dela, que saíram ilesos do local.

O caso estava sendo investigado pela Polícia Civil, mas após desentendimentos entre a corporação e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o caso foi federalizado no dia 13 de agosto de 2014. Sendo assim, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a investigação da morte do promotor passou a ser responsabilidade da Polícia Federal.

 

A conclusão das investigações foi apresentada no dia 24 de dezembro. De acordo com a PF-PE, a motivação do crime seria a disputa de terras.

Uma disputa acirrada marcou a escolha da lista tríplice para Procuradoria-Geral de Pernambuco. Ao longo desta segunda-feira (5), promotores e procuradores de Justiça de Pernambuco elegeram três nomes para sucessor do promotor Agnaldo Fenelon, que está à frente da Procuradoria-Geral do Estado desde 2010. A eleição foi realizada no auditório do Centro Cultural Rossini Couto, em Santo Amaro.

De acordo com o promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico-Cultural, Geraldo Magela, que também compôs a mesa de votação, a legislação habilita todos os promotores e procuradores a votar e ser votado. No entanto, apenas nove se declararam candidatos: Dirceu Barros, Carlos Guerra, Clóvis Sodré, Charles Hamilton, Maviael Sousa, José Paulo Xavier, Rosimery Souto Maior, André Silvani e Herbert Ramalho. Apesar da obrigatoriedade do voto, dos 386 promotores aptos a votarem, 362 cumpriram a exigência da legislação. 

##RECOMENDA##

Segundo o promotor Magela, o Ministério Público tem até três dias para encaminhar o nome dos candidatos mais votados ao governador, mas adiantou que a mesa eleitoral poderá enviar os nomes ainda esta segunda (5). 

O voto trinominal, o qual se elege três nomes por ordem de preferência, contemplou Carlos Guerra, Dirceu Barros e Charles Hamilton e um deles será escolhido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para ocupar o cargo durante o biênio 2015/2017. 

O candidato mais votado foi o atual secretário-geral, Carlos Augusto Guerra Holanda, com 199 votos. Ele era tido como candidato da situação, pois contou com o apoio de Agnaldo Fenelon. O segundo colocado foi promotor de Justiça Criminal e Eleitoral, Dirceu Barros (157 votos), seguido pelo promotor de Patrimônio Público, Charles Hamilton (146 votos).

[@#galeria#@]

“A minha inocência está mais do que provada. Águas Belas, Itaíba, Cuíca, o povo dessa região todinha sabe que sou inocente e muita gente sabe quem são os culpados”. A afirmação foi feita pelo fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado pela Polícia Federal como o principal suspeito da morte do promotor Thiago Faria Soares. Questionado sobre quem "seriam os culpados", José Maria afirmou: "não posso falar nomes".

##RECOMENDA##

Após novos depoimentos prestados na sede da Polícia Federal, no Centro do Recife, o suspeito acusou Mysheva Martins, viúva do promotor, de querer incriminá-lo por desavenças passadas. Sobre a possibilidade de um ex-noivo de Mysheva estar envolvido com o assassinato, José Maria disse que ele pode ser indiciado. “Ele está sendo investigado, então pode haver alguma coisa. É claro que ele levou gaia de Mysheva com o Promotor. Mas existe uma blindagem em relação a Mysheva e ninguém chegou a ela”, apontou. 

Além de José Maria Barbosa, outros dois suspeitos – Jose Marisvaldo Vitor da Silva e José Maria Domingos Cavalcante – foram escutados pela Polícia. Havia a expectativa de uma acareação, mas foram ouvidos todos separadamente, pois, segundo a Polícia, não houve necessidade de escutar todos juntos. Correndo em segredo de justiça, a investigação segue e não há confirmação se o delegado Alexandre Alves – responsável pelo caso – pedirá a prorrogação da prisão preventiva dos acusados. 

Acusados

José Maria Pedro Rosendo é apontado pela Polícia Civil de Pernambuco como o mandante da morte do promotor. Ele estava foragido desde o início das investigações, mas se entregou à Polícia Federal no dia 28 de outubro. 

José Marisvaldo Vitor da Silva, conhecido como Passarinho, teria ligação com o fazendeiro José Maria Pedro. A participação dele no crime não foi divulgada. O suspeito também se entregou no dia 28 de outubro.

José Maria Domingos Cavalcante foi o último detido pela PF, no dia 3 de dezembro. O agricultor é suspeito de estar dentro de um dos veículos utilizados no dia da execução do promotor. Ele também teria dado abrigo ao fazendeiro, apontado como mandante do crime.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando