Chega ao fim, nesta quinta-feira (27), o julgamento de três dos cinco acusados de participação na morte do promotor Thiago Faria, assassinado no dia 14 de julho de 2013. A previsão é de que a sessão tenha início por volta das 10h30 desta quinta, podendo se estender até o início da madrugada da sexta-feira (28). Os réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva são julgados no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE).
Caso os réus sejam condenados, a juíza titular da 4° Vara da Justiça Federal, Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, deve definir o veredito e proferir a sentença. Durante o último dia do julgamento, advogados e assistentes de acusação terão três horas para expor seus argumentos. A defesa dos réus também poderá fazer suas considerações finais por três horas. As partes terão o direito de réplica e tréplica.
##RECOMENDA##No terceiro dia de julgamento, na quarta-feira (26), todos os três réus foram ouvidos pelo júri separadamente. Os outros dois homens envolvidos no crime não estão sendo julgados. O indiciado Antônio Cavalcante Filho está foragido, enquanto o preso José Maria Domingos Cavalcante teve o julgamento adiado para o dia 12 de dezembro.
Acusado de ser o mandante do assassinato do promotor Thiago, José Maria Pedro Rosendo Barbosa foi o primeiro a ser ouvido. Em um depoimento longo, que durou cerca de cinco horas, ele afirmou ser inocente e disse suspeitar de uma armação de Mysheva Martins, noiva da vítima.
José Marisvaldo foi o segundo a prestar depoimento. Ele negou participação no crime e não respondeu alguns questionamentos feitos pela acusação. Marisvaldo alega que estava em Alagoas no dia em que Thiago foi assassinado.
O terceiro e último a ser ouvido foi Adeildo Ferreira dos Santos, que preferiu não responder muitas perguntas, alegando não se lembrar de muita coisa. Ele deveria ser o segundo a ser ouvido, mas passou mal, chegou a ser socorrido e voltou ao tribunal para ser interrogado por último. Adeildo também afirmou ser inocente das acusações de participação no crime.
O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, na altura do quilômetro 19, sentido município de Itaíba, Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).
A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo da execução. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como mandante do crime. Na época, a PF informou que Rosendo Barbosa era temido na região e que os executores fizeram o serviço de graça.
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