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O presidente nacional do “Novo MDB”, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ratificou nesta quarta dia 19 de dezembro em Brasília, durante a convenção nacional extraordinária da legenda, que será realizada intervenção no diretório da sigla em Pernambuco. Jucá mandou o recado mais uma vez e desta bem mais direto e objetivo contra o PMDB daqui, leia-se Jarbas Vasconcelos e os demais . Disse Jucá: "Teremos o MDB fortalecido no estado sob o comando do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e com a presença de deputados federais que estão ingressando no partido”, afirmou Jucá. Segundo ele, o processo de intervenção deverá ser concluído até o final do próximo mês de janeiro. Romero Jucá continuou alfinetando os peemedebistas pernambucanos: “Meu objetivo é fortalecer o Novo MDB em Pernambuco, agregando forças para fazermos as mudanças que o estado precisa e a população deseja e merece”, destaca Fernando Bezerra, que acompanhou a convenção ao lado de lideranças do partido e de autoridades do Legislativo e do governo federal, com a presença do presidente Michel Temer. Agora resta a Jarbas e os aliados aceitar ou continuar brigando na justiça pelo comando da sigla em Pernambuco.

Paulo afaga Jarbas

A nota do Palácio do Campo das Princesas foi emitida logo após o ocorrido. Abaixo na íntegra:

Temos a convicção de que o bom direito está com o PMDB de Pernambuco, representado pelo vice-governador Raul Henry e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois são legítimos representantes do MDB aguerrido e ético que lutou contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia no nosso País. Diante disso, confio que o Poder Judiciário continuará a garantir a direção do PMDB de Pernambuco aos seus legítimos representantes.

Mendonça Filho no Galo da Madrugada

O Galo da Madrugada foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC) 2017, maior honraria pública da cultura brasileira. O bloco foi indicado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que, este ano, integrou o Conselho da Ordem do Mérito Cultural, grupo responsável por sugerir e avaliar nomes para o prêmio. A entrega aconteceu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer e do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. 

A fala do ministro

“O Galo da Madrugada é uma das maiores manifestações de nossa cultura. A homenagem é justa para o bloco que congrega todas as manifestações artísticas de Pernambuco. Fico muito feliz pelo reconhecimento de um dos grandes patrimônios de nossa cultura e história, ainda mais porque tive a honra de fazer sua indicação ao Ministério da Cultura”, comentou Mendonça Filho.

Armando quer pressa em projetos

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) propôs em plenário, prioridade na aprovação dos projetos de lei que aumentam a produtividade da economia listados no relatório do Grupo de Trabalho da Produtividade, que coordenou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) neste ano. São 20 projetos, dos quais 15 em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados, e cinco novos.

ISS

Um dos dois projetos aprovados na última sessão deliberativa do Senado, no dia 14, amplia a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) nas exportações de serviços. O outro, uma resolução, obriga o ministro-chefe da Casa Civil a prestar contas à CAE, semestralmente, das ações pela elevação da produtividade da economia.

Garantias do presidente do Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), comprometeu-se a votar alguns deles em plenário no início do ano legislativo, em fevereiro. “O tema da produtividade é uma agenda central e urgente para criar as condições favoráveis a um novo ciclo de crescimento econômico do país”, assinalou Armando nesta terça, elogiado no plenário pelos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Sérgio de Castro (PDT-ES).

Paulo Maluf continua enganando a todos

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, imposta pelo tribunal ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Motivos

Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também determinou a perda do mandato de deputado, o que deverá ser comunicado à Câmara. Agora se isso vai acontecer aí são outros quinhentos.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) afirmou, nesta terça-feira (19), que a intervenção no diretório do partido em Pernambuco vai acontecer no início de 2018. A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois serão substituídos pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Vamos realizar a intervenção, o processo em Pernambuco será concluído no início do ano e teremos o PMDB ou MDB fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de diversos deputados federais que estão ingressando no partido”, declarou Romero Jucá. Segundo o presidente nacional, a dissolução do diretório estadual foi aprovada há quatro anos e não inserida no estatuto “por um equívoco”.

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Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do PMDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra à reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry.

A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido. Na ocasião, ele já ganhou carta branca para participar da disputa eleitoral de 2018. Henry e Jarbas têm reagido ao processo, eles, inclusive, ganharam uma liminar judicial que impede a intervenção e recorreram na semana passada ao presidente Michel Temer (PMDB). 

O imbróglio no PMDB de Pernambuco ganhou um novo capítulo com o anúncio da pré-candidatura do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) ao comando do Palácio do Campo das Princesas. No fim de semana, o parlamentar afirmou que estava no páreo para a disputa e iria “derrotar esse governo [de Paulo Câmara] por muitos votos”. A fala gerou uma reação negativa da direção estadual da legenda, aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) que buscará a reeleição. 

Para justificar o anúncio da pré-candidatura, Fernando Bezerra Coelho disse que a atual gestão “não tem correspondido às expectativas da população” e coloca o seu nome “à disposição para o debate que se faz necessário”.

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Presidente da sigla em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry classificou a postura de Fernando Bezerra Coelho como “cínica” e ponderou que ele “não tem autoridade” para falar pelo partido. 

“O senador Fernando Bezerra Coelho já consolidou aqui em Pernambuco duas marcas da sua trajetória: a da traição e do oportunismo; que estão se somando a do cinismo. Ele não tem nenhuma autoridade para falar em nome do PMDB de Pernambuco, que tem um diretório eleito e não há nenhum motivo para intervenção ou dissolução”, disparou Raul Henry. 

O vice-governador lembrou também já ter ganho duas vezes na Justiça para a manutenção do diretório constituído em eleição estadual, antes da filiação de Bezerra ao partido. Além disso, salientou que o PMDB tem uma “aliança sólida” com o PSB para 2018. 

Desejo reprimido desde 2014

O desejo de Fernando Bezerra Coelho de disputar o governo não é de hoje, mas se arrasta de forma sutil desde a eleição de 2014, quando foi preterido pelo ex-governador Eduardo Campos que preferiu indicar Paulo Câmara para disputar o cargo. Como não teria espaço para participar da corrida em 2018, com a reeleição de Câmara, o senador deixou o PSB e se filiou ao PMDB no dia 6 de setembro.

Na ocasião, ele recebeu 'carta branca' do presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, para encerrar a aliança da legenda com os pessebsitas e participar da disputa. Na ocasião, Jucá chegou a dizer que FBC ingressava no PMDB "para cumprir uma finalidade que é a preparação para disputar o Governo de Pernambuco. O PMDB está se reestruturando e vamos ter excelentes candidatos aos governos dos estados". O que, claro, não foi bem recebido pela direção estadual

Logo depois da filiação, FBC entrou com uma ação pedindo a dissolução da Executiva da legenda e destituindo o poder político do deputado Jarbas Vasconcelos. O que ainda segue em tramitação no Conselho de Ética nacional do PMDB. 

Após a Justiça conceder, nesta segunda-feira (2), uma liminar suspendendo o processo de dissolução do diretório de Pernambuco pela direção nacional do PMDB, o presidente estadual da sigla, Raul Henry, ao lado de aliados concedeu coletiva de imprensa para falar sobre a vitória em primeira instância. O peemedebista falou que foi surpreendido com a notificação formal sobre a dissolução afirmando que houve "quebra do princípio da confiança". Em tom de desabafo, Raul falou que não se podia compactuar com "a ilegalidade".

"Até para conversar com um adversário a gente tem que manter o princípio da confiança e da lealdade. Todas as consultas que fiz em Pernambuco e fora foi no sentido de que nós não compactuássemos com aquela ilegalidade", declarou.

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Raul disse que o pedido era inepto e que não atendia às exigências para uma dissolução. "Totalmente ilegal e nós não poderíamos este legitimando uma violência daquela contra uma história de 51 anos, que não é minha, que é de muitas e muitas pessoas que construíram a história desse partido ao longo desses anos".

Henry não poupou críticas e ironias ao senador Fernando Bezerra Coelho, protagonista do enredo que parece estar longe do fim. "A opinião do senador não coincide com a da Justiça de Pernambuco, que se pronunciou sobre esse assunto e que [disse] que esse é um encaminhamento ilegal (...) eu não sei se quem entende mais sobre Justiça é ele ou a própria Justiça".

Ele ainda contou que há um questionamento sobre a filiação de Bezerra Coelho feito por um membro do diretório municipal de Petrolina. "Algum filiado entrou com pedido de impugnação da filiação dele. Certamente, esse filiado está solicitando essa impugnação com base", afirmou.

 

Por sua vez o advogado do partido em Pernambuco, Carlos Neves, reiterou que uma ilegalidade estava sendo cometida. Ele criticou também os argumentos para o pedido de dissolução, entre eles, um baixo desempenho eleitoral. "PMDB cresceu em número de prefeitos 128%. Foi o maior do Brasil em crescimento na última eleição", defendeu também falando que esse era um argumento falso e requisitos frágeis.

Diante da possibilidade de intervenção da direção nacional do PMDB no comando do partido em Pernambuco, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), manifestou-se, nesta segunda-feira (25), contrário à medida. Segundo ele, a postura “não retrata as melhores tradições” da legenda. De passagem pelo Recife, para o Fórum Nordeste 2017, o alagoano revelou ter conversado com o presidente estadual da sigla e vice-governador Raul Henry, a quem manifestou sua solidariedade. 

"Posso dizer é que o PMDB não tem tradição de intervencionismo. Aliás, o PMDB é um partido diverso. E por isso ele chegou onde ele chegou. Pela sua capacidade de compreender os momentos políticos, de aceitar o contraditório e de em meio a pensamentos diferentes buscar caminhos para o País. Um partido que exige um caminho único é sempre um partido estreito no sentido político da palavra", criticou o governador.

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"Eu conversei com Raul Henry. Fui deputado com ele. Ele me telefonou, manifestou a sua preocupação com relação ao que está ocorrendo e eu acho que o Raul é um dos grandes quadros que esse partido tem. Foi deputado federal, é uma figura muito densa intelectualmente, que tem representatividade política. Portanto, o processo, a meu ver, não deveria ser assim", acrescentou. 

Caso a tese de intervenções nacionais comecem a preponderar no PMDB, o próprio chefe do Executivo alagoano e o seu pai, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), podem, inclusive, ser alvos de retaliações por se colocarem em oposição a algumas medidas adotadas pelo presidente Michel Temer. “Não temo isso, mas acho que não é da tradição do PMDB de intervir em diretórios. Não retrata as suas melhores tradições”, cravou. 

A definição sobre o processo que deve diluir a direção estadual do PMDB pode ser apresentada até a próxima semana, segundo informações de bastidores. Caso a intervenção seja confirmada, além de perder a direção Raul Henry terá que lidar com o fim da aliança entre o PMDB e o PSB. 

A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, o cenário aponta que os partidos em Pernambuco terão o desafio de aparar as arestas abertas, realinhar as alianças e amenizar a pulverização dos nomes que aparecem como opções para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na conjuntura atual, que já começa a desenhar o perfil da disputa em 2018, rachas internos têm marcado as grandes agremiações partidárias estaduais.

O PSB, por exemplo, que tem a gerência do governo com Paulo Câmara e é o maior partido da Frente Popular de Pernambuco vem sofrendo uma baixa de aliados desde a morte do ex-governador Eduardo Campos e o início da atual gestão. A última estremecida do partido aconteceu com o desembarque o senador Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, partido que até o momento é aliado de primeira hora da legenda pessebista e também vive um racha interno. Bezerra tem a intenção de colocar o PMDB para disputar contra Câmara e com a saída dele outras lideranças, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também devem deixar as fileiras socialistas.

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A partir da desfiliação do senador, segundo o deputado federal Danilo Cabral, o PSB de Pernambuco passou a ter noção de quem dentro da legenda age como aliado ou adversário. “O que tínhamos como ponto de interrogação em Pernambuco era a permanência de Fernando Bezerra Coelho ou não no partido. No ponto de vista interno, defendíamos a decisão da saída dele e a partir disso já sabemos quem são aliados e adversários dentro do partido”, salientou em conversa com o LeiaJá

Para o parlamentar, o que ainda tem prejudicado o PSB não apenas em Pernambuco, mas também no âmbito nacional, é a “ausência de uma definição clara na linha de atuação” desde a morte de Campos. “O partido ficou fraturado, essa fratura se manifestou em vários momentos, desde a ida para o governo Temer, não apoiada internamente pela direção nacional, até o recente debate contra a privatização da Chesf. Isso tudo é fruto de uma ausência de uma posição mais clara. A expectativa é que cheguemos em 2018 com isso definido”, argumentou. 

A definição ressaltada por Cabral diz respeito ao realinhamento das ideologias partidárias junto ao campo de esquerda, o que faz a legenda se reaproximar do PT, outra discussão em voga em Pernambuco. “Tivemos um ponto fora da curva, mas nos realinhamos. A esquerda é o nosso campo histórico. O PSB é anterior ao PT e tantos outros partidos de esquerda”, disse o deputado.  

A recondução ideológica, no entanto, não quer dizer que seja reflexo de uma aliança com o campo petista, mesmo com a abertura de diálogo entre Paulo Câmara, que lidera a Frente Popular, e nomes como o do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e outras figuras petistas.  

“Paulo é mais reservado, mas ele pratica este diálogo para que mesmo em um ambiente diferente haja uma convergência. Isso vai levar a uma aliança? Não dá para dizer. A manifestação da direção do PT é contra. Tem gente que questiona também no PSB. Vocês vão ter muitas águas rolando até 2018”, disse Danilo.  

Mais uma tentativa de eleição com unidade no PT

Se o PT irá marchar junto com o PSB em 2018 ou não, depois das conversas travadas entre as lideranças das duas legendas, ainda não sabemos, porém os petistas já se articulam para  um movimento contrário com a defesa da candidatura da vereadora Marília Arraes para o governo. A participação na corrida eleitoral com a disputa majoritária, segundo o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, já é consenso.

“É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou, em crítica direta a Paulo Câmara. Para Bruno, a reaproximação com o PSB não passa de especulação.   

“Nós continuamos com a mesma posição de oposição ao governo do PSB. Há muitas distâncias tanto nas posições gerais que o PSB assumiu nos últimos anos ao se afastar de Dilma, ao votar em Aécio, ao voltar no impeachment e em questões locais, que a gente tem discordâncias. Há vários aspectos da gestão, segurança, educação, saúde, enfim, as distâncias são grandes”, garantiu em entrevista recente.

Para o senador Humberto Costa (PT), entretanto, não há como dizer que as portas para o PSB estão fechadas, entretanto, no momento ele não vê “como se construir” uma reaproximação com os socialistas. “Agora, obviamente que nós não fechamos nenhuma porta. Politicamente, sempre tivemos nos últimos anos muito mais aproximação com Armando Monteiro [senador do PTB], mas também no momento em que estamos vivendo hoje, essa aproximação deixou de existir nos termos que existia anteriormente. Então, tudo é incerteza. Mas, eu acho difícil. Se as eleições fossem hoje, o PT necessariamente teria um candidato”, declarou.

A reação do PT diante de Armando diz respeito a aproximação dele com o campo ligado a Fernando Bezerra Coelho, que luta para comandar o PMDB em Pernambuco e montar um campo de oposição que barre a reeleição de Paulo Câmara. Além de Armando, os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), também alicerçam o debate liderado por Coelho. 

PMDB: da manutenção da aliança com Paulo ao desejo de FBC de disputar o governo

Caso a investida de Fernando Bezerra vingue, a direção estadual do PMDB, comandada pelo vice-governador Raul Henry, e o poder de condução política do deputado Jarbas Vasconcelos serão diluídos. Se por um lado, a cúpula pernambucana peemedebista é contrária às articulações do senador, por outro ele já conseguiu o apoio do presidente nacional, senador Romero Jucá (RR) e vem, no estado, angariando lideranças de outros campos de oposição para montar uma frente contra Paulo Câmara

Acusado de traição por Jarbas, Fernando Bezerra nutre o desejo de disputar o governo desde 2014, quando ainda era do PSB e foi preterido na disputa por Eduardo Campos. Para o senador, a “ficha” dos novos correligionários “vai cair”. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, declarou recentemente o político petrolinense. 

Nos bastidores do PMDB, há quem já pregue a vitória de Fernando Bezerra e diante disso, Jarbas Vasconcelos já pontuou que não pretende deixar a legenda. No entanto, também tem lideranças, como o deputado federal Kaio Maniçoba que descarta o cenário. “A entrada de Fernando Bezerra está gerando este incômodo. Se ele quiser se manter filiado, que fique, mas estamos trabalhando para manter a aliança com o governador e a Frente Popular de Pernambuco. Se a tese dele vier a acontecer vai gerar um mal estar grande, mas não trabalhamos com esta hipótese. Em momento algum imaginamos ter que sair do partido ou que o comando do partido", frisou. O processo que pode impulsionar a atuação do senador no campo peemedebista está sob análise do Conselho de Ética do partido e ainda não tem data para ser finalizado.

PSDB: disputar ou firmar aliança?

Não distante dos rachas partidários, o PSDB também está na berlinda com a indefinição se vai concorrer majoritariamente ou firmando alianças. O ministro Bruno Araújo já vinha sendo cogitado para o governo, mas com as investidas de Fernando Bezerra ele vem sendo ventilado como opção para o senado, a partir de um acordo político com o PMDB. Recentemente, Araújo disse ao LeiaJá que estava à disposição do partido, mas a discussão em torno do nome dele perdeu fôlego. A postura do ministro e da direção estadual tucana, instigou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a oficializar a pré-candidatura ao governo pelo partido em forma de protesto, expondo a divisão de teses. 

Nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo.

O LeiaJá não conseguiu contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, até o fechamento desta matéria. Em novembro, o PSDB tem um Congresso Estadual onde deve definir a postura política para 2018. 

O eventual desembarque do PMDB da Frente Popular de Pernambuco para uma disputa em 2018 foi amenizado pelo governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. A possibilidade será concretizada caso a tese do ex-pessebista e recém filiado ao PMDB, senador Fernando Bezerra Coelho, de criar uma frente de oposição a Paulo tendo a legenda como "protagonista" na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, ganhe fôlego e seja imposta pela direção nacional. Nos bastidores, conta-se que o candidato seria o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB).

"Não trabalho com outra hipótese a não ser a de ter o PMDB de Jarbas e Raul conosco em 2018", salientou. "O PMDB tem ajudado a governar Pernambuco uma de maneira desafiadora", acrescentou ponderando que acredita na manutenção da direção local do partido e da liderança de Jarbas. O governador foi um dos que participou do evento em desagravo ao deputado na noite desta segunda-feira (18).

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Geraldo Julio corroborou dos argumentos do correligionário. "Sou confiante que este processo vai fundar com a garantia deles no comando do PMDB", cravou. Ao ser questionado se temia disputar uma eleição  contra ex-aliados, o prefeito disse que não. " Eleição tem que ter adversário. Estamos acostumados a disputar eleição contra forças políticas e a gente carrega como patrimônio mais importante da Frente Popular, em todas essas disputas, uma liga direta com o povo. O povo quer uma política séria e coerente", complementou.

O PMDB é o segundo maior partido que compõe a Frente Popular e ocupa hoje a vice-governadoria com Raul Henry.

O ato em desagravo ao deputado Jarbas Vasconcelos, que pode perder o poder político dentro do PMDB, na noite desta segunda-feira (18) foi marcado por discursos em apoio ao peemedista e com a tese de que as tratativas lideradas pelo senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado a legenda, foram "desleais". Bezerra ingressou no PMDB com o desejo de mudar a linha política estadual da sigla e disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas à revelia da cúpula local que é aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) e tem nas mãos a vice-governadoria.

O vice-governador de Pernambuco e presidente estadual do PMDB, Raul Henry foi o primeiro a discursar no evento e classificou como "deslealdade e oportunismo" a atuação do senador. "Nela é fácil dizer onde está a lealdade e a traição", salientou Segundo Henry, dois dias antes de se filiar ao partido, Bezerra Coelho teria endossado um processo pedindo da dissolução da atual direção. 

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"Aqueles que querem entrar no nosso partido, temos que falar com clareza e sinceridade, sabem que Pernambuco tem uma linha política. Temos uma aliança com o governador Paulo Câmara. Um homem que fez de tudo para manter Pernambuco de pé. Quem entra no nosso partido tem que saber que vai seguir isto", frisou Henry, dizendo que vai se manter na luta pela manutenção dos direitos atuais que ele e Jarbas tem na legenda.

Entre os deputados federais e estaduais no ato, André de Paula (PSD) disse que “quem faz política com P maiúsculo recebeu de forma desagradável a surpresa de que um homem [como Jarbas] poderia estar sendo desautorizado dentro de um partido que ele fundou”. Sob a ótica do parlamentar, “é uma piada o que estão fazendo”. 

“Jarbas não é um homem admirado apenas pelas suas capacidades, mas sobretudo pelas suas incapacidades. Ele é incapaz de uma deslealdade e de um gesto de desonestidade. É isso que nos faz estar hoje aqui. O pernambucano não vai aceitar e ficar calado, baixar a cabeça… Este foi um gesto vil, imoral e indecente. Vir dizer que o partido precisa crescer é uma piada”, salientou, lembrando da tese da presidência nacional do PMDB de que a legenda não cresceu em Pernambuco na última eleição e, por isso, a mudança no alinhamento. 

Na lista dos ex-governadores presentes, Gustavo Krause (DEM) foi categórico ao dizer que quem muda de lado não consegue vencer e governar Pernambuco. “Em Pernambuco, se mudar de lado não chega ao governo. Estou aqui falando porque tenho lado. Fui chamado não pela afetividade que nos une, que é maior do que vocês imaginam, pois combatemos, mas tivemos a coragem da reconciliação, quando houve oportunidade. Uma mentira não envelhece no tempo, a mentira cuida dela mesmo”, destacou. 

Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) foi um dos que disparou sutilmente contra o ex-correligionário. "Ato triste daquilo que não é política. De desrespeito e violência. Contra quem entregou a vida pela democracia e ajudou a fundar o PMDB", frisou, alfinetando que Bezerra "usa a política como projetos pessoais". "Tenho a plena confiança que a justiça será feita. O principal desfecho vai ter a justiça feita nas urnas em 2018. O povo vai fazer justiça, Jarbas", complementou. 

O governador Paulo Câmara, que deve ser um dos mais prejudicados caso a aliança com o PMDB seja rompida, chamou de "mal feito" e "coisa errada" as articulações de Bezerra. “No momento em que estamos vivendo da maior crise econômica, política e ética, estamos vendo querer calar a voz de uma pessoa que representa valores da ética, moral, boa política, espírito público. Como cidadãos não podemos aceitar que o certo seja feito por coisa errada. Temos que reagir”, declarou. “O que vemos hoje é uma reação à valores fundamentais. Estes valores que ele cultiva são os que vão prevalecer e Pernambuco vai mostrar que se combate fazendo política e não malfeitos”, acrescentou. Caso a tese de Bezerra se concretize, o PMDB será o maior desfalque na Frente POpular de Pernambuco para a reeleição de Paulo Câmara.  

Durante um discurso e outro, Jarbas era ovacionado pelos aliados. Além dos que discursaram, figuras como o ex-governador Roberto Magalhães (DEM); o ex-presidente estadual do PMDB, Dorani Sampaio; o advogado João Humberto Martorelli; os deputados estaduais Tony Gel e Ricardo Costa, do PMDB, Vinicius Labanca e Waldemar Borges, do PSB; além de deputados federais, prefeitos e outras lideranças participaram do evento. 

O senador Fernando Bezerra Coelho afirmou que as articulações dele para ingressar no PMDB não foram “às escondidas”. Ao rebater as críticas feitas a ele por líderes do partido em Pernambuco, como o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry, o neo-peemedebista disse que antes de decidir pela filiação apresentou sua proposta e buscou o diálogo. “Não fiz nada às escondidas. Não me convidei, fui convidado. Apresentei uma proposta e um plano de ação política. Busquei o diálogo, avisei sobre as minhas decisões, não surpreendi ninguém”, cravou.

Os argumentos foram expostos nessa quarta-feira (13), durante um discurso no Senado. Na ocasião, Bezerra também disse que a ficha dos agora correligionários vai cair. “O alarido provocado pelas vozes dos que hoje me criticam vai passar muito rapidamente. Este estilo de fazer política já foi derrotado muitas vezes pelos pernambucanos. Sei que alguns têm direito e legitimidade para expressar suas opiniões; mas também sei que outros fazem o jogo dos detentores do poder, alimentados por cargos e posições, por promessas que sistematicamente vêm sendo quebradas e não honradas. A ficha vai cair”, ressaltou.

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Ao mencionar os cargos, ele ainda disparou contra Jarbas Vasconcelos. “Fácil falar de barganhas políticas a nível federal com o objetivo de atingir as pessoas. Mas não reconhecer as mesmas barganhas a nível estadual é uma tremenda incoerência ou cinismo. Será que são as secretarias e órgãos estaduais que explicam a flexibilidade do deputado Jarbas Vasconcelos em aceitar alianças políticas que até as eleições passadas condenava? Não quero julgar, o deputado tem direito de rever suas posições, mas a boa educação política exige que se respeite o posicionamento dos outros”, salientou. 

Mesmo sem citar, as alianças referidas por Fernando Bezerra diz respeito a possibilidade o PT se reaproximar do PSB no estado. Jarbas chegou a dizer que não era intolerante ao PT quando foi questionado sobre o eventual alinhamento. Com o ingresso no PMDB, o senador recebeu uma espécie de carta branca para conduzir o partido para uma nova linha política sem ter o PSB como aliado, formando uma frente com nomes como o do senador Armando Monteiro (PTB) e do ministro Bruno Araújo (PSDB). 

Pontuando que nunca traiu seus compromissos, Bezerra ainda disse estar sofrendo agressões de pessoas famosas pela “verborragia”.  “Agressões dos que, não tendo argumentos, buscam macular nossas atitudes com o objetivo de distorcer e criar uma narrativa que justifique seus próprios erros e equívocos políticos”, rechaçou. “Nunca traí os meus compromissos com a minha terra, nunca fiz política agredindo ou denegrindo quem quer que seja. Diferentemente dos que me atacam, famosos pela verborragia”, completou. Segundo Bezerra todo o processo de filiação foi comunicado a Jarbas Vasconcelos, que um dia antes chegou a chamar o senador de “traidor”

Processo de dissolução da direção do PMDB-PE

O processo de dissolução do comando do PMDB em Pernambuco teve início nesta quarta-feira durante a reunião da Executiva Nacional da sigla. A solicitação foi protocolada por Orlando Tolentino, assessor especial do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), filho de Fernando Bezerra Coelho. 

Tolentino justificou a ação com o argumento de insuficiência de desempenho eleitoral do PMDB para justificar a dissolução. O que foi rebatido por Raul Henry, presidente estadual da legenda. Segundo ele, em  2016, conseguiram eleger 17 prefeitos, 15 vices e 160 vereadores. O processo será relatado pelo deputado federal Baleia Rossi (SP), líder do PMDB na Câmara. 

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ingresso do senador Fernando Bezerra Coelho no PMDB estremeceu a política interna do partido gerando um imbróglio entre a direção estadual e a nacional. Presidente do PMDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry afirmou que não se imaginava que o parlamentar fosse entrar na legenda sob a condição de atuar como comandante das ações políticas e realinhar a sigla. Em conversa com o LeiaJá, Henry classificou a postura como "arrogância" e reforçou que não aceitará a intervenção do ex-pessebista.

"Nunca colocamos objeção a entrada dele, muito pelo contrário. Agora ninguém imaginava que ele fosse entrar no partido e fazer um discurso de que veio com a condição de vir para mandar, destituir a direção regional para ele assumir o comando e dar uma nova linha política ao partido", salientou. "Isso é inaceitável. Não vamos aceitar, vamos resistir. Isso é uma violência, uma falta de respeito, absoluta arrogância e insensibilidade com pessoas que sempre respeitaram ele. Não vamos admitir isso", acrescentou.

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O poder de decisão para Bezerra Coelho, entretanto, foi diretamente expressado pelo presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR), durante a cerimônia de filiação na última quarta-feira (6). Jucá disse que Bezerra entrava no partido com "uma missão: a disputa pelo governo de Pernambuco". Raul Henry disse que apenas a Executiva pode deliberar sobre o assunto. "Ele não tem [poder de decisão]. É a executiva nacional que define isso. Conversei com alguns componentes e notei o oposto, um sentimento de solidariedade conosco. Quem tem liderança se coloca no lugar de quem está sendo violentado", argumentou.

Outro questionamento que surgiu dentro do PMDB de Pernambuco sobre a presença de Bezerra no partido diz respeito às acusações que pesam contra o senador na Lava Jato. Ele é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Um dos que apontou as denúncias foi o vereador do Recife, Jayme Asfora. Ele chegou a dizer que a entrada de FBC "empobrecia" o partido.

O presidente estadual não quis alimentar as ponderações, mas frisou que os peemedebistas pernambucanos "sempre andaram de cabeça erguida". "Em Pernambuco o PMDB tem uma cara, uma identidade política, um conjunto de lideranças que pode andar nas ruas de cabeça erguida. Nunca fiz política fazendo acusações a quem quer que seja. Na vida democrática há os órgãos que investigam. Denúncias têm que ser apuradas, denunciados têm direto inviolado à sua defesa e ninguém deve ser pré-julgado ou execrado antes de um julgamento justo", amenizou.

Caso Bezerra Coelho conquiste a titularidade da condução do PMDB, Raul Henry além de perder a presidência também ficará sem a aliança com o governador Paulo Câmara (PSB). Isto porque, o plano do senador é de desbancar a reeleição do pessebista. Em 2014, Bezerra Coelho foi preterido pelo ex-governador Eduardo Campos ao deixá-lo para a vaga de senador e indicar Câmara para a disputa do Palácio do Campo das Princesas.

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O presidente do PMDB em Pernambuco e vice-governador Raul Henry se negou, nesta terça-feira (12), a avaliar as articulações do senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado ao partido, para conquistar apoios e aliados diante da eventual possibilidade da legenda disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas. Indagado sobre o assunto, Henry foi categórico: “não avalio não”. 

“Quem fala pelo senador é ele, eu falo por mim e pelo diretório estadual”, salientou, após participar de um encontro com o diretório estadual do PMDB para deliberar sobre os desconfortos internos gerados pelo ingresso do parlamentar. No dia da filiação, o presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá (RR), deu uma espécie de carta branca para Bezerra conduzir o processo eleitoral de 2018. 

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Nos últimos dias, Fernando Bezerra intensificou as articulações com DEM, PSDB e PTB para montar uma frente com o PMDB contra o governador Paulo Câmara (PSB), que tentará a reeleição. Atualmente, Paulo é aliado do PMDB que ocupa a vice-governadoria com o próprio Henry. Na movimentação protagonizada, o senador já previu que até outubro deve fechar as alianças e em fevereiro anunciará quem será o candidato.       

Presidente do PMDB de Pernambuco, o vice-governador Raul Henry reuniu o diretório estadual da legenda, nesta terça-feira (12), para deliberar sobre como vão se portar diante da possibilidade do senador Fernando Bezerra Coelho, neo-peemedebista, assumir o comando local da legenda, inclusive para defender a candidatura do partido ao Governo de Pernambuco, com o qual a legenda é aliada de primeira hora.

Depois de uma reunião acalorada e com discursos dotados de críticas a Bezerra Coelho, Henry afirmou que o grupo “está unido” e foram firmadas duas deliberações. Uma delas, delegando a ele a responsabilidade de tomar decisões diante da nacional sobre o assunto sem precisar de consulta prévia aos demais membros do diretório. Além disso, também foi divulgado um manifesto onde a direção pede respeito às forças do partido. 

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“Uma luta política como esta temos que travar com a unidade do partido. No domingo, quando eu cheguei, tive que reunir as pessoas para conversar. Estive com Jarbas e reuni a executiva para ver qual era o sentimento, a opinião deles, redigimos a nota em conjunto e foi aprovada pelo diretório que é o órgão máximo”, salientou, em conversa com a imprensa.  

Nos bastidores, conta-se que um filiado ao PMDB estadual teria encaminhado uma solicitação à nacional para que o diretório fosse diluído e isso seria um precedente para que Fernando Bezerra assumisse as rédeas da sigla. Segundo Raul, ainda não houve nenhuma comunicação sobre o assunto. "Se isso for deliberado, se é que entrará na pauta [da reunião da Executiva Nacional], vamos ser notificados. Preferimos primeiramente travar a luta política, se não for assim estamos dispostos a ir para a judicialização”, declarou. 

A reunião da executiva é nesta quarta-feira (13), em Brasília. Raul Henry viaja para a capital federal ainda hoje e adiantou que já vai procurar membros da direção para conversar. Segundo ele, até o momento, nunca houve uma intervenção nacional nos diretórios regionais ou estaduais. 

Apesar disso, já houve uma intervenção do PMDB de Pernambuco no diretório de Olinda e foi usado como ponto de questionamento para a postura de Henry. “É completamente diferente”, retrucou. “Em Olinda não houve intervenção, mas uma fraude na convenção. O deputado Ricardo Costa, líder do partido na Assembleia, quis inscrever uma chapa para participar da convenção ou ingressar na que já estava na disputa e foi negado a ele ambos os direitos. Ele elencou um conjunto farto de provas materiais, mostrando que a convenção estava viciada, tanto que a o assunto foi judicializada e nós vencemos”, acrescentou.  

Manifesto

A nota política aprovada pela direção diz que não será admitida a "destituição" da liderança do deputado Jarbas Vasconcelos. Além disso, volta a disparar contra a atitude de Bezerra. "Indigna, traiçoeira, torpe e repulsiva", classifica o texto.

Veja o texto na íntegra:

EXIGIMOS RESPEITO!

A história do PMDB de Pernambuco começou em 1966, quando foi fundado como MDB. Nesses mais de 50 anos de trajetória, nosso partido caracterizou-se pela combatividade, pela resistência ao autoritarismo, pela postura republicana na relação com o patrimônio público e pela defesa dos interesses do povo.

A síntese dessa história e desses valores materializa-se em um nome: o do ex-governador Jarbas Vasconcelos. Jarbas foi fundador do MDB e do PMDB. Foi também seu presidente estadual e nacional, companheiro leal do inesquecível Ulysses Guimarães. Sua vida é exemplo de coragem cívica, retidão de caráter, honestidade e espírito público. Por isso, para nós do PMDB de Pernambuco, Jarbas é mais que uma liderança, é um símbolo da nossa identidade política.

Nosso partido, seguindo sua índole democrática, sempre procurou cultivar, ao longo do seu caminho, um tratamento respeitoso com as lideranças políticas do estado e manteve-se aberto a todos que o quisessem integrar e defender suas bandeiras.

Não aceitamos, no entanto, a atitude indigna, traiçoeira, torpe e repulsiva daqueles que querem entrar no partido para promoverem uma intervenção em sua direção estadual e em sua orientação política.

Não admitiremos, jamais, a destituição de Jarbas Vasconcelos da direção política do PMDB de Pernambuco. A biografia e a liderança de Jarbas, reserva moral da vida pública do país, será defendida por nós incondicionalmente.

Não permitiremos que usurpem a nossa história de mais de 50 anos de luta e de resistência.

Este diretório estadual foi eleito de maneira legítima e democrática. Dele, participam, sem distinção, todas as lideranças políticas que fazem o PMDB de Pernambuco, em todas as regiões do estado.

O senador Fernando Bezerra Coelho ainda tem tempo para aprender a lidar com gestos de grandeza, elegância e generosidade, como foi o de Jarbas ao admitir seu acolhimento no partido. Aprender também que a nossa história é de lealdade, não de traição. De coerência, não de oportunismo. De decência, não de incorreção.

Por todas essas razões, exigimos respeito! Declaramos nosso irrestrito apoio a Jarbas Vasconcelos. E manifestamos à opinião pública do estado nossa indignação e a disposição de lutar em todas as frentes para preservar a identidade, a história e o patrimônio político do PMDB de Pernambuco.

DIRETÓRIO REGIONAL DO PMDB-PE

 

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) tem ignorado a reação negativa do PMDB de Pernambuco - diante da sua entrada para o partido - e intensificado as articulações com atores políticos pernambucanos. Enquanto a executiva estadual do PMDB se articula para entrar na Justiça contra uma intervenção nacional para destituir a direção da legenda e dar poderes ao senador, ele encontrou com prefeitos como o de Olinda, Professor Lupércio (SD) e o de Orobó, Cleber Chaparral (PSD), nessa segunda-feira (11). 

Com Lupércio, o encontro foi oficialmente administrativo para tratar de ações do mandato do parlamentar para Olinda, mas nos bastidores a investida dos Coelhos com os prefeitos tem se intensificado depois do início dos planos para a disputa pelo Governo de Pernambuco. O Solidariedade é atualmente aliado do governador Paulo Câmara (PSB) que pretende disputar à reeleição. O partido vem sendo sondado para ingressar da frente de oposição ao pessebista. Um novo encontro entre Bezerra Coelho e Lupércio está marcado para a próxima semana em Brasília. 

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Desde que iniciou os trâmites para a disputa, o clã familiar comandado pelo senador vem se articulando com outros gestores municipais, inclusive do PSB, como o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR).

Nesta terça-feira (12), o diretório peemedebista comandado pelo presidente e vice-governador Raul Henry vai definir quais as estratégias serão utilizadas para tentar barrar a possibilidade do partido passar a ser conduzido pelo senador. No ato da filiação dele ao PMDB, o presidente nacional e senador Romero Jucá (RR) deu uma espécie de "carta branca" para o ex-socialista.   

Presidente do PMDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry se reuniu na noite desse domingo (10) com a executiva estadual da legenda para tratar sobre a filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao partido. Apesar de o parlamentar ter ingressado na legenda peemedebista desde a quarta (6), o encontro da cúpula local aconteceu apenas ontem porque Henry estava na Ásia desde o último dia 29 de agosto, em missão oficial do Governo do Estado. 

O vice-governador não escondeu a insatisfação diante do novo quadro peemedebista. “Nosso sentimento é de completa indignação. A atitude do senador Fernando Bezerra Coelho de querer entrar no PMDB de Pernambuco, destituindo sua direção regional e mudando a orientação política do partido, é inaceitável”, declarou.

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Henry também saiu em defesa do deputado federal Jarbas Vasconcelos, com quem conversou antes da reunião. “Não permitiremos a usurpação da nossa história. Não aceitaremos a tentativa de desmoralização da liderança de Jarbas Vasconcelos. Reagiremos a essa violência, de todas as maneiras possíveis, para preservar a identidade do PMDB de Pernambuco”, acrescentou o presidente. 

A entrada do parlamentar estremeceu o PMDB de Pernambuco porque o presidente nacional, senador Romero Jucá (RR), já anunciou na hora da filiação que o partido terá candidato próprio ao governo, quebrando assim a aliança com o PSB que disputará a reeleição com o governador Paulo Câmara.  

Para debater o que será feito diante da novo alinhamento imposto pela direção nacional, a executiva vai reunir o diretório estadual peemedebista nesta terça (12), às 11h, na sede da legenda no Recife. 

Estiveram presentes no encontro da executiva na noite desse domingo, o secretário estadUal de Habitação Kaio Maniçoba, os deputados estaduais Tony Gel, Ricardo Costa e Gustavo Negromonte, o vereador Jayme Asfora, além de Marta Guerra, Murilo Cavalcanti, Bruno Lisboa, Flávio Gadelha e Jarbas Filho.

Com a filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB, a direção estadual da legenda emitiu uma nota, nesta quarta-feira (6), contestando o ingresso do parlamentar e afirmou que a posição política da sigla em Pernambuco é de apoio ao governo de Paulo Câmara (PSB). Bezerra Coelho chega a legenda com “carta branca” para disputar o governo em 2018.  

No texto, a direção estadual afirma que não foi procurada para tratar do ingresso do senador e classificou o gesto como “falta de consideração e de respeito com as lideranças partidárias no Estado”. 

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Durante o discurso no evento de filiação, o senador disse chega no PMDB para somar e espera a aceitação dos membros locais da legenda. Mesmo sem citar nomes, ele se referia ao deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry, que é o presidente estadual do partido.  

“Espero que os companheiros que fazem o PMDB de Pernambuco possam aceitar a nossa proposta de unirmos em torno da causa e da coesão interna do partido para que o PMDB unido possa atravessar este momento”, declarou. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, acrescentou na ocasião, citando a presença do senador Armando Monteiro (PTB) e do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). 

Veja a íntegra da nota do PMDB de Pernambuco:

A história do PMDB de Pernambuco é conhecida de todos. Desde os anos 1960, quando foi fundado como MDB, sua marca sempre foi a da resistência democrática contra o autoritarismo, a da decência e a do compromisso com os interesses do povo de Pernambuco e do Brasil. Vale enfatizar, uma história de mais de 50 anos de coerência na defesa desses valores.

Foi com surpresa que a direção estadual do PMDB tomou conhecimento da filiação do senador Fernando Bezerra Coelho sem sequer uma conversa preliminar com essa instância partidária. Pelo elevado cargo que ocupa, o gesto do senador demonstra, no mínimo, falta de consideração e de respeito com as lideranças partidárias no Estado.

Em Pernambuco, nossa posição política é de apoio ao governo Paulo Câmara, que com transparência vem mantendo o Estado de pé mesmo diante da maior recessão da história e da insolvência do setor público no País.

Integrar o PMDB de Pernambuco significa respeitar sua história, sua linha política e suas instâncias partidárias.

O senador Fernando Bezerra Coelho filiou-se ao PMDB na manhã desta quarta-feira (6). Durante o evento, que aconteceu na sede do partido em Brasília, o parlamentar afirmou que chega ao partido para reencontrar as “bandeiras” que defende e trazer para Pernambuco um “projeto de governo” que, segundo ele, será apresentado juntamente com um grupo que deve ser composto pelo PTB e o PSDB. Para isso, entretanto, ele deve encontrar o enfrentamento de nomes como o do deputado Jarbas Vasconcelos e do vice-governador Raul Henry que gerem o partido no estado e são aliados do governador Paulo Câmara (PSB), que buscará a reeleição. 

“Chego no PMDB para somar. Espero que os companheiros que fazem o PMDB de Pernambuco possam aceitar a nossa proposta de unirmos em torno da causa e da coesão interna do partido para que o PMDB unido possa atravessar este momento”, declarou sem citar nomes. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, acrescentou, citando a presença do senador Armando Monteiro (PTB) e do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), no ato de filiação. 

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Com a postura de quem recebeu carta branca para conduzir o processo, Fernando Bezerra disse ainda que vai estar aberto “para um diálogo franco, aberto e transparente com as forças políticas do nosso estado” e pontuou que o movimento é para “poder ajudar o PMDB a conquistar governos estaduais, ampliar as vagas na Câmara e disputar vagas no Senado”. 

Até o momento, a intenção exposta pela direção local do partido era de manter a aliança com Paulo Câmara e concorrer ao Senado com Jarbas Vasconcelos. Nos bastidores também havia a especulação de que Fernando Bezerra deveria ocupar a direção do PMDB no estado, hoje gerido por Raul Henry. A reorganização não foi ainda oficializada, mas a postura do senador e do presidente nacional, senador Romero Jucá, tendem a isso. 

Pouco antes de Bezerra, Jucá chegou a dizer que o senador se filia no PMDB para organizar a disputa pelo Governo de Pernambuco. “Ele conversou com diversos partidos, mas fez a opção de vir ao PMDB para cumprir uma finalidade que é a preparação para disputar o Governo de Pernambuco. O PMDB está se reestruturando e vamos ter excelentes candidatos aos governos dos estados”, declarou. 

Reencontro de identidade

O embarque de Fernando Bezerra na legenda peemedebista acontece depois de uma série de desconfortos expostos com lideranças do PSB. Os imbróglios chegaram ao ápice com a postura do parlamentar a favor das ações do governo do presidente Michel Temer (PMDB) - no qual a legenda socialista se coloca como oposição. O movimento de ingresso ao PMDB se deu, de acordo com Bezerra, com o objetivo de “procurar me aproximar dos partidos com os quais nos identificamos com suas bandeiras programáticas, ideais e desejos para o futuro do Brasil”.  

“Apesar de todas as dificuldades, o PMDB teve a iniciativa de se apresentar com um projeto de ponte para o futuro, a defesa de reformas tão essenciais para que o Brasil possa se encontrar. Os primeiros resultados começam a aparecer, fizeram avançar aqui matérias importante para que o Brasil possa voltar a se reencontrar com o crescimento e a geração de empregos”, declarou o senador. 

Novo fôlego para um desejo de 2014 de disputar o governo

Como primícia de justificativa para a desfiliação, o senador disse que não havia mais “clima na legenda” por conta de processos internos que tramitavam contra parlamentares que, assim como ele, estariam apoiando Michel Temer. Diante disso, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que a “desfiliação é um ato pessoal e intransferível” e, ao contrário da insatisfação exposta por FBC com as contestações do partido, o dirigente também afirmou que não havia nenhum processo interno para punir o pernambucano. 

“A decisão foi política. Ele nunca foi notificado de processo algum. Os outros podem até falar disso, mas ele não. Sempre estive de portas abertas para o diálogo com todos. Também nunca falei em expulsão, são eles que falam, mas sempre deixei claro que o partido tem uma identidade e que não podemos mudar isso”, cravou.

Apesar do afastamento nítido com o alinhamento do PSB diante da gestão federal, o desconforto não é de hoje e se arrasta de forma sutil desde a eleição de 2014, quando o desejo de Bezerra de ser candidato a governador foi sufocado pela escolha de Eduardo Campos, que preferiu indicar o governador Paulo Câmara (PSB) ao cargo. 

Nos bastidores, de lá para cá episódios de racha interno entre os grupos liderados por Bezerra e pelo governador vez ou outra apareciam, enquanto isso também surgiam as especulações de que o senador estaria articulando para ocupar a liderança da majoritária em 2018, caso Câmara fracassasse na administração estadual. Em fevereiro deste ano, inclusive, o assunto tomou corpo, mas foi considerado “intriga” pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). 

PSB perde uma força no Sertão

Com o desembarque de Bezerra Coelho, que é um político com raízes eleitorais do Sertão de Pernambuco, o PSB também deve perder o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e outros parlamentares ligados ao grupo. Estes, no entanto, devem aguardar a janela partidária para o desembarque, já que o partido não pode contestar o mandato do senador por ser um cargo majoritário. 

O impacto do desembarque, de acordo com o deputado Isaltino Nascimento (PSB), não pode ser mensurado numericamente agora, mas a legenda vai buscar outras forças para preencher as lacunas. 

“Sempre que a gente tem pessoas com participação política no partido [que se desfiliam] essa ausência é sentida. Tem contribuição, história, experiência… De fato não é algo bom. Mas muitas vezes a convivência no espaço político é dado pela identificação das ideias, chega um momento em que elas não estão mantidas em convergência”, observou. 

Indagado sobre o que o PSB perde eleitoralmente, o deputado disse que “não tem como aferir porque o voto muitas vezes não é apenas no grupo, mas também no arranjo político”. “Não tem como fazer uma mensuração agora. Sabemos que tem espaço, tem voto, mas não dá para se fazer uma medida na questão de percentuais”, frisou.

Em 2014, Fernando Bezerra Coelho foi eleito senador com 2.655.912 milhões de votos, quase o dobro do segundo lugar, o ex-prefeito do Recife, João Paulo.

Negando que esteja sendo alijado do PMDB para abrir espaço para o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado Jarbas Vasconcelos afirmou, nesta quinta-feira (31), que tem espaço na legenda peemedebista para o ainda socialista e os filhos, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. O grupo comandado pelo senador vem ensaiando um desembarque do PSB, onde, segundo eles, “não tem mais clima”.

“Há espaço sim. Fernando é uma figura de estatura, que engrandece o Estado, e o filho, ministro de Minas e Energia, é uma grata surpresa. Articulado, competente, sabe falar, sabe dizer as coisas. Fiquei impressionado com o poder de articulação dele. Se chegam vão fortalecer o partido. Fernando Bezerra Coelho vai fazer crescer o partido e não fazer inchar”, declarou o deputado, em entrevista à Rádio Jornal. 

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Indagado se a chegada de Bezerra tiraria seu espaço no partido, Jarbas foi categórico e disse que “desgraçadamente estamos vivendo um momento de muita fofoca e confusão, isso não é bom para a vida pessoal e política”. “Existe um clima de harmonia”, sentenciou, sobre as conversas dele com Fernando Bezerra e o presidente do partido, senador Romero Jucá.

Já sobre o impacto do ingresso do clã dos Coelhos no PMDB com o governador Paulo Câmara (PSB), já que nos bastidores também é visto um clima de insatisfação de Bezerra com o governador, Jarbas observou que “política é conversa e entendimento. “Raul [Henry] vai ajudar nisso [na conversa], com certeza. Política é a arte de fazer as coisas. Não podemos é perder quadros expressivos e que possam enriquecer o nosso partido”, argumentou. 

Durante a entrevista, o deputado federal também comentou sobre uma possível reaproximação do PSB com o PT. Ele minimizou as tratativas pontuando ser uma pessoa tolerante. “O PT chegando tudo bem, o ruim era a gente chegar para o PT. Não sou uma pessoa intolerante. O PT chegando, chegou. Acho essa hipótese absurda, mas política é política. Pode acontecer. Chegando, não vou me incomodar não. O ruim era eu fazer este caminho, mas ele chegando não tenho esta intolerância não”, destacou.

Quanto a dividir um palanque com, por exemplo, o senador Humberto Costa (PT), ele disse que “não há possibilidade de eu ir me abraçar com o PT”. 

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), presidida pelo deputado Aluisio Lessa (PSB), visitará o Complexo Industrial Portuário de Suape, nesta quinta-feira (20). A passagem dos parlamentares pelo local antecede a possível vinda do presidente Michel Temer (PMDB) prevista para o próximo dia 27. Ele vai assinar o decreto que devolve a autonomia sobre as licitações do Porto ao Estado.

Segundo Aluisio Lessa, o secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador do Estado, Raul Henry (PMDB), e a diretoria da companhia vão apresentar um balanço das atividades desenvolvidas pelo empreendimento em 2016 e o planejamento para este ano durante a agenda com a comissão.

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Ao anunciar a visita ao plenário da Alepe nessa terça-feira (18), o deputado pessebista estendeu o convite para participar da agenda a todos os parlamentares. “Convido todos os deputados, governistas e de oposição, para essa visita, pois Suape é um dos grandes patrimônios de Pernambuco. Construído ao longo de sete governos, o complexo gera emprego e renda, e o ICMS que recolhe é distribuído para todo o Estado”, assinalou Lessa.

 

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB), desembarca em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, nesta segunda-feira (13), para anunciar investimentos para obras de saneamento básico. O montante destinado as intervenções é de R$ 5 milhões. O anúncio será às 10h, na Estação de Tratamento de Esgoto da Compesa, no bairro do Jatobá.

Participam da cerimônia o vice-governador Raul Henry (PMDB); o ministro de Minas e Energias, Fernando Filho (PSB); o senador Fernando Bezerra (PSB); a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino; e o prefeito da cidade, Miguel Coelho (PSB). 

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Além das obras de saneamento, o ministro também vai assinar a regulamentação da lei de renegociação dos débitos dos produtores dos perímetros irrigados referentes à titulação dos lotes e ao k1 (taxas de uso de água e de infraestrutura). O ato será a partir das 11h.

O governador Paulo Câmara (PSB) conclui, nesta quinta-feira (19), as mudanças no secretariado estadual. Após as alterações, ele dará posse, às 16h, ao vice-governador Raul Henry (PMDB), para o comando da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social; Bruno Lisboa para a pasta de Habitação; e Roberta Franca para Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. A cerimônia vai acontecer no Palácio do Campo das Princesas. 

O vice-governador vai acumular as funções em substituição ao ex-secretário Thiago Norões, que deixou o cargo em dezembro por razões pessoais. Com a mudança, o PMDB passa a ter mais espaço na gestão estadual já que também partiu da indicação de Henry a presidência e vice-presidência do Complexo Industrial de Suape, em Ipojuca. As vagas serão ocupadas, respectivamente, por Marcos Baptista e Marcelo Bruto. 

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Paulo Câmara também já definiu quem vai ocupar o comando da Fundação de Atendimento Socieoducativo (Funase) no lugar de Roberta Franca. O posto passará a ser respondido pela servidora de carreira da Funase, Nadja Maria Alencar Vidal Pires.

No segundo escalão, ainda está indefinido o novo presidente da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), hoje acumulada pelo secretário de Turismo, Felipe Carreras (PSB). Também há a expectativa, de acordo com informações de bastidores, sobre a acomodação de ex-prefeitos da base aliada ao socialista, como o de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), e o de Moreno, Adilson Filho (PSB). 

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