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Pernambuco foi um dos alvos da Operação Terra Arrasada, deflagrada na terça-feira (10) pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga esquema de desvios na aplicação de verbas públicas federais que deveriam servir para dar apoio a assentamentos e capacitar os assentados para que pudessem produzir dentro de suas terras. A ação abrangeu os estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

No bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de um engenheiro agrônomo. Foram confiscados um notebook, dois pen drives, um aparelho celular e dois processos de assentamentos. Todo o material deverá passar por perícias técnicas na Polícia Federal da Paraíba.

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Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois de afastamento de cargo. Foram suspensos os serviços de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) na Paraíba, geridos pela Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do mesmo estado. 

Segundo a polícia, foram encontradas irregularidades nos contratos com a Ates, que funciona em parceria com instituições públicas, privadas, entidades de representações dos trabalhadores rurais e organizações não governamentais (ONGs) ligadas à reforma agrária. 

Nas investigações, foram encontradas irregularidades nos processos de chamadas públicas, participação de servidores e de seus parentes na execução dos projetos, pagamentos por serviços não prestados e manipulação de documentos. As possíveis fraudes já movimentaram mais de R$ 80 milhões. 

Os investigadores também verificaram que os recursos financeiros eram direcionados a um grupo específico que envolvia algumas cooperativas e não executava parte do que estava no contrato. De acordo com a Polícia Federal, há fortes indícios de que os recursos abasteciam campanhas políticas na Paraíba. Os envolvidos no esquema deverão responder pelos crimes de fraude licitatória, peculato, estelionato e associação criminosa.  

Fraudes na reforma agrária em três estados do Nordeste podem chegar a R$ 80 milhões. A estimativa é da Controladoria-Geral da União, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que iniciaram hoje (10) uma operação para desarticular o esquema criminoso.

Cerca de 50 policiais federais e nove auditores da controladoria fazem parte da Operação Terra Arrasada, que inclui, além da Paraíba, os estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco.

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Iniciadas em 2014, as investigações chegaram a irregularidades e desvios na aplicação de dinheiro público em contratos de Assistência Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária, sob a responsabilidade da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba.

Os contratos foram feitos pelo Incra com instituições públicas e privadas, entidades representativas dos trabalhadores rurais e organizações não-governamentais ligadas à reforma agrária.

Os órgãos de controle envolvidos na operação verificaram que houve montagem em processos de chamadas públicas, participação de servidores e seus parentes na execução dos projetos, pagamento de serviços não prestados e manipulação de documentos para burlar a fiscalização da controladoria-geral.

A 16ª Vara da Justiça Federal da Paraíba expediu 11 mandados de busca e apreensão e dois de afastamento de cargo público. As pessoas envolvidas no esquema devem responder pelos crimes de fraude licitatória, peculato, estelionato e associação criminosa. 

Passadas duas décadas do massacre em que 19 trabalhadores sem-terra foram mortos pela Polícia Militar, a região de Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará, volta a ser o centro das atenções da comunidade internacional dedicada à luta no campo e permanece uma das áreas de maior tensão no meio rural brasileiro.

Como em todos os anos, as 690 famílias sobreviventes que hoje vivem no assentamento 17 de abril participam de um ato ecumênico na curva do “S”, na BR-155, onde ocorreu o massacre. Lá, 19 castanheiras foram plantadas em homenagem às vítimas da chacina.

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Este ano, juntam-se a eles dezenas de representantes de movimentos em defesa da reforma agrária que vieram de países da África, Ásia, América Latina e Europa. “Eldorado dos Carajás é um evento emblemático para a comunidade internacional que luta pela reforma agrária, que abriu nossos olhos para a necessidade de globalizar a luta”, disse Faustino Torrez, da Asociación de Trabajadores del Campo (ATC), da Nicarágua.

A grande comoção mundial gerada pela dramaticidade do massacre - no qual os legistas apontaram a ocorrência de execuções à queima roupa de camponeses, além de trabalhadores mutilados após serem perseguidos pelos policiais até as barracas nas quais acampavam à beira da estrada – levou o dia 17 de abril a se tornar o Dia Internacional de Luta no Campo.

O ato realizado neste domingo pede também pelo fim da impunidade no campo. Até hoje, dos 154 policiais militares denunciados pelo Ministério Público, apenas dois foram condenados por homicídio doloso e encontram-se presos, o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira, que comandaram a ação no dia do massacre.

A falta de punição dos envolvidos é apontada como uma das principais razões pelas quais a região de Eldorado dos Carajás continua entre as mais tensas do campo brasileiro. De acordo com um levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), dos 846 assassinatos registrados na região entre 1980 a 2014, apenas 293 tiveram inquérito policial instaurando. Desses, 62 pessoas foram levadas a julgamento.

“O massacre acabou estimulando ainda mais a luta dos camponeses na região pela disputa da terra. Por outro lado, também resultou numa continuidade da situação de violência. Apenas após o massacre, de 1996 para cá, a CPT registrou 271 assassinatos de trabalhadores rurais no estado do Pará, sendo a maioria absoluta nessa região do sul e sudeste do estado”, disse João Batista Afonso, coordenador da área jurídica da Pastoral em Marabá, maior cidade da região.

Segundo a CPT, existem no momento 130 fazendas ocupadas por acampamentos do MST no sul do Pará. Enquanto algumas dessas ocupações foram montadas nos primeiros meses deste ano, outras já completam duas décadas sem que se tenha sido resolvido o impasse pela disputa de terras. Estima-se que proximadamente 14 mil famílias estejam acampadas ou aguardando por assentamento na região.

Para o procurador do Ministério Público Federal Felício Pontes, que há mais de uma década atua na conciliação de conflitos no Pará, a tensão na região é resultado do modelo de desenvolvimento implantando nos arredores de Eldorado dos Carajás, baseado na extração mineral.

“Com essa crise econômica, agravada pela queda do preço das commodities minerais, diminuiu muito a produção e houve uma retração na economia dessa região”, disse Pontes. Com isso, as pessoas que chegam em busca de emprego e não conseguem voltar buscam sobrevivência em terras públicas, muitas vezes reivindicadas por posseiros. “Enquanto persistir esse modelo, a violência vai continuar”, avaliou.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a paralisação imediata do programa de reforma agrária do Incra em todo o País. A medida cautelar emitida pelo tribunal decorre de uma auditoria que identificou mais de 578 mil beneficiários irregulares do programa do governo federal.

São dezenas de problemas de extrema gravidade identificados pela corte de contas, entre eles a relação de 1.017 políticos que, criminosamente, receberam lotes do programa. O TCU não divulgou a lista desses políticos beneficiados.

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A auditoria revela centenas de casos bizarros, como a concessão de lotes para pessoas de alto poder aquisitivo, donas de veículos de luxo como Porsche, Land Rover ou Volvo. Há 37 mil pessoas falecidas cadastradas como beneficiárias do programa.

As irregularidades atingem praticamente 30% de toda a base de beneficiários do programa, que é da ordem de 1,5 milhão de famílias. Em 11 mil casos, o cônjuge de uma pessoa que já foi contemplada com um imóvel pelo programa é novamente atendido com uma segunda moradia. A precariedade do programa é tanta que há pessoas com idade de um ou dois anos de idade que também receberam imóveis.

Milhares de beneficiários pelo programa possuem diversos cargos públicos, o que é proibido por lei. Foram encontrados ainda 61 mil empresários beneficiados pelo Incra. Outros 213 processos aprovados beneficiam estrangeiros.

Para medir a quantidade de concessão de lotes para pessoas de alto poder aquisitivo, o TCU adotou como critério a oferta de lotes para pessoas que tenham carros com valor superior a R$ 70 mil. Foram identificados 4.293 proprietários nessa condição, todos eles donos de carros de luxo.

Os achados de auditoria já levam em conta explicações dadas pelo próprio órgão federal aos auditores da corte de contas. O ministro relator do processo Augusto Shermann criticou duramente o programa e relembrou que o Incra tem descumprido há anos determinações já feitas pelo TCU em relação à concessão dos benefícios. "É um processo que está sendo feito totalmente à margem da lei", disse o ministro.

O colegiado do TCU foi unânime nas críticas ao programa e na necessidade de completa reestruturação do Incra e de seu trabalho. Em janeiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) já havia demonstrado problemas graves do programa.

O tribunal determinou ao Incra que apresente medidas para resolver cada um dos problemas identificados e que submeta essas ações para, após análise do TCU, seguir com as ações de assentamento de famílias e desapropriação de áreas.

A presidente Dilma Rousseff gravou uma mensagem para os participantes da 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), neste fim de semana, em São Paulo. A presidenta afirma que a iniciativa "é mais uma prova do admirável poder de organização da força produtiva e da competência dos trabalhadores rurais".

Segundo ela, "a reforma agrária é, e continuará a ser, uma luta fundamental para a construção do Brasil desenvolvido". Dilma ressalta também que a reforma agrária conduzida pelo governo assegura acesso à terra, apoia à produção sustentável, cria canais de comercialização justos e garante qualidade de vida das famílias assentadas.

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A presidente observa que, nos últimos 12 anos, o governo construiu as bases para que o Brasil deixasse o mapa da fome. "Superamos essa chaga histórica; criamos uma rede de proteção social capaz de atender os que mais necessitam, com política bem estruturadas de apoio aos pequenos agricultores".

A presidente diz, ainda, que o governo está pronto para uma nova tarefa: garantir comida para as populações do campo e das cidades. "Vamos superar mais esse desafio, mantendo e ampliando direitos de nossa população, com mais estímulo à produção sustentável de alimentos, investindo na agroecologia", diz ela. Na mensagem, Dilma afirma que a feira da reforma agrária é prova de "passos consistentes nesse direção". A presidente conclui dizendo que o MST e os produtores rurais estão prontos, "para continuar protagonizando o processo de construção de uma nação mais justa, que garanta alimentos saudáveis aos cidadãos e a devida valorização a quem os produz".

Ao visitar a Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, nesta manhã, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esquivou das perguntas de jornalistas afirmando que não comentava sobre política no sábado porque é muçulmano. "Sou muçulmano e não falo sobre política no sábado", brincou.

Lula chegou de Salvador na manhã deste sábado e seguiu direto para o parque da Água Branca, onde está sendo realizada a feira. O ex-presidente cumprimentou pessoas, tirou foto com crianças e comeu bode ao lado da mulher, dona Marisa, em um dos estandes.

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Em seguida, Lula se reuniu com as lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Gilmar Mauro e João Paulo Rodrigues. Ao sair da reunião, usando um boné do MST, Lula se encontrou com o escritor Fernando Morais, um dos palestrantes do evento. Os dois conversaram brevemente no trajeto até o carro. Na saída, Lula voltou a dizer que não daria entrevista.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, reúne-se, nesta sexta-feira (22), com a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda, e com integrantes do Movimento Sem-Terra (MST), no assentamento Normandia, em Caruaru. O encontro será às 11h. Eles vão tratar de investimentos para assentados da reforma agrária.  

Segundo o senador, ações como esta são importantes para melhorar a qualidade de vida no campo. “É importante ouvir, conversar com todos, buscar novas alternativas para o desenvolvimento das comunidades rurais. Atividades como essas são essenciais para manter e aprofundar o diálogo com os movimentos sociais“, afirmou Humberto Costa.

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O encontro acontece dois dias após a manifestação do MST e de trabalhadores rurais no Recife. Intitulada o Grito da Terra, a mobilização, que aconteceu em todo o país, teve como objetivo chamar a atenção dos governos federais e estaduais para a importância da reforma política, para a garantia da continuidade da reforma agrária e pela não redução da maioridade penal. Além do MST, também participaram do ato entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). No Recife, o ato foi organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape). 

Membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se reuniram na tarde desta quinta-feira, 12, com a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Nilza Fiuza, para solicitar reunião com ministros de governo com o objetivo de discutir políticas agrárias.

O encontro ocorreu enquanto cerca de 1.500 pessoas, segundo o MST, realizavam protesto pacífico no vão do Masp, na capital paulista, como parte das ações da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, organizada pelo MST em todo o País. Os militantes pretendem se reunir com os ministros Aloysio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), além dos presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. "Não estamos contentes com a política de governo em relação aos trabalhadores do campo. Rompemos com uma forma perversa de séculos atrás de governar e não queremos perder o que conquistamos", disse Delwek Matheus, membro do diretório nacional do MST.

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Na lista de demanda dos trabalhadores rurais estão melhor distribuição de terras, cancelamento do aumento da energia elétrica, melhor acesso ao crédito bancário para trabalhadores rurais, além de reintrodução da reforma agrária como tema de debate com o governo. "Estamos sim, pressionando o governo, mas não estamos pedindo o impeachment da presidente Dilma. Queremos negociar", afirmou Ubiratan Dias, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Nesse domingo, 15, vários coletivos contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff convocam para uma manifestação nacional em todo o País. Já na sexta-feira, 13, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza atos a favor da PetrobrAs, dos direitos civis e da democracia nas 27 capitais brasileiras. Segundo o coordenador nacional da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, Elvio Motta, são aguardadas cerca de 4.000 trabalhadores rurais para o movimento de domingo.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) corrigiu na tarde desta segunda-feira informação divulgada mais cedo sobre a liberação de terras para a reforma agrária nos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Serão liberados cerca de 2,5 milhões de hectares para essa finalidade e não 3 milhões, conforme informado anteriormente.

A liberação ocorrerá por meio do programa Terra Legal Amazônia, criado em 2009 para evitar o desmatamento e aumentar a produção da agricultura familiar. O destino das terras será formalizado amanhã pelo ministro Miguel Rossetto.

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Segundo o MDA, 1 milhão de hectares serão para unidades de conservação ambiental e criação e ampliação de assentamentos da reforma agrária em Rondônia. Outros 6 mil hectares serão repassados ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a reforma no Pará. Outros 1,48 milhão de hectares serão destinados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a conservação ambiental no Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins.

O Ministério da Agricultura sustenta que o ministro Neri Geller (PMDB-MT) não está envolvido no esquema de aquisição ilegal de terras da União, destinadas à reforma agrária. Em nota, a pasta disse que ele "lamenta a presença de familiares entre os investigados e diz não acreditar na participação dos mesmos em qualquer irregularidade." Referindo-se aos irmãos, o ministro negou, ainda, ter "associação jurídica ou outro tipo de sociedade com os envolvidos no processo". O advogado Edy Piccini, que representa Milton e Odair Geller, disse nesta quinta-feira à reportagem que estava viajando a Cuiabá para se inteirar das acusações. Só depois poderia falar a respeito.

Ex-deputado federal, o ministro era secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Ele ascendeu ao cargo de ministro em março, com a saída de Antônio Andrade (PMDB-MG), que deixou a pasta para concorrer a vice-governador de Minas nas eleições deste ano. Ele não deve ser mantido após a reforma ministerial para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que já está em curso. Geller soube da prisão dos dois irmãos ao retornar de uma viagem aos Emirados Árabes, onde representou o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), na inauguração de uma fábrica da BR Foods e teve reunião com autoridades locais.

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A família do ministro é assentada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município de Nova Mutum, no oeste do Mato Grosso. Os Geller produzem soja na região. O Incra informou que vai afastar os servidores envolvidos. Em nota, disse que apoia e colabora com a investigação da PF sobre fraudes no Mato Grosso. Segundo o órgão, para identificar os verdadeiros ocupantes das áreas destinadas a reforma agrária, está sendo feita "a atualização cadastral de todos os assentamentos, com ênfase naqueles com mais de 10 anos".

Na região em que ocorreram as fraudes, o Incra afirma que ajuizou ação judicial para retomar lotes, obtendo liminares favoráveis em 14 casos. "A fim de garantir a efetividade das medidas administrativas, necessárias ao trabalho policial e à punição dos ilícitos, o Incra Nacional designará equipe para acompanhar os trabalhos na Superintendência Regional de Mato Grosso, com o objetivo de que as iniciativas sejam plenamente aplicadas", adiantou.

A presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff formalizará nesta sexta-feira (26) a liberação de terras para reforma agrária. A ação será autorizada no Diário Oficial da União, em portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e ocorrerá a exatos dez dias do primeiro turno eleitoral.

A nova leva de assentamentos será autorizada para 12 Estados. Serão repassados 44 mil hectares para a criação de cerca de 20 novos assentamentos para 1.500 mil famílias. O lançamento será anunciado na abertura do módulo Recanto da Esperança, em Buritis (MG), pelo ministro interino do MDA, Laudemir Müller.

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A liberação de terras para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atenderá à reivindicação de movimentos sociais que criticam a lentidão da instalação de assentamentos pelo governo. Será o terceiro gesto de Dilma para a reforma agrária em menos de um mês.

No final de agosto, a presidente liberou 93,7 mil hectares em nove Estados - área equivalente a 30% do total liberado pelo governo em todo o ano de 2013. Já no início de setembro, foi aumentado em 200% o limite do crédito para jovens do campo, que se tornaram aptos a tomar empréstimos até R$ 45 mil.

Crédito

Os assentados terão acesso a linhas de financiamento previstas no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) 2014/2015. Nos programas Apoio Inicial, Fomento Produtivo e Fomento Mulher, o crédito é de até R$ 11,4 mil, com carência de três anos e taxa de juros de 0,5% ao ano. O desconto do Apoio Inicial é de 90% do valor contratado, o que permite o pagamento final de apenas 10% do valor contratado. Para o fomento Produtivo e fomento Mulher, os descontos são de 80%.

Os assentados também terão direito a microcrédito em até três operações de R$ 4 mil, com desconto de 50%. Já pelo Programa Mais Alimentos Reforma Agrária são até três operações para compra de máquinas e implementos no valor de R$ 7,5 mil e crédito de R$ 25 mil para investimento, com 40% de desconto.

Cerca de mil integrantes da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) iniciaram na manhã desta sexta-feira (29) uma marcha em direção a Presidente Prudente, no Pontal do Paranapanema, oeste paulista, para protestar contra a paralisação da reforma agrária. Os sem-terra seguem em duas colunas pela Rodovia Raposo Tavares, escoltados por viaturas da Polícia Militar Rodoviária.

Um grupo saiu de Presidente Venceslau e, às 9h, caminhava na altura do km 626 da rodovia. Outra coluna marchava na altura do km 514, em Rancharia. A marcha ocupa o acostamento e uma das pistas da rodovia, deixando o trânsito lento.

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As colunas se encontram no dia 1 de setembro em Presidente Prudente. Haverá manifestação na cidade para cobrar ações dos governos estadual e federal.

O governo prepara para amanhã (27) uma cerimônia para repassar cerca de 86 mil hectares à 1.005 famílias sem terra nos Estados do Amazonas e Pará. A transferência será formalizada amanhã pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio do programa Terra Legal.

Serão 62,5 mil hectares para 806 famílias amazonenses, a partir da ampliação da reserva legal do Projeto de Assentamento Acari, nas cidades de Borba, Novo Aripuanã e Apuí. Outros 23,5 mil hectares serão para 209 famílias do Pará, com a criação do Projeto de Assentamento Agroextrativista Montanha Mangabal, em Itaituba, e o Projeto de Desenvolvimento Sustentável Castanheira II, em Senador José Porfírio (PA).

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O MDA e o Ministério do Meio Ambiente também formalizarão o repasse de 3 milhões de hectares para a criação de áreas de preservação ambiental. Serão 2,6 milhões de hectares no Amazonas, 411 mil hectares no Pará e 12 mil hectares em Rondônia. Outros 155 mil hectares serão repassados ao Governo do Acre para a criação de uma floresta estadual.

A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, defendeu, nessa segunda-feira (28), a desapropriação de terras pelo governo para a reforma agrária. Ela visitou o acampamento Dom Tomás Balduíno, organizado pelo Movimento dos Sem Terra, na cidade de João Câmara (RN). Cerca de 400 famílias vivem na região.

Na ocasião, ela criticou o atual governo. “Dilma foi a presidente que menos desapropriou terras para a reforma agrária, desde a ditadura. Independentemente de quem governe é necessário seguir ocupando terras para enfrentar o latifúndio”, frisou. Luciana também defendeu o modelo de reforma agrária aprovado no último Congresso Nacional do MST. “A reforma agrária é uma medida fundamental para combater a inflação dos alimentos. Ao invés de aumentar a taxa de juros, o governo deve fortalecer a agricultura familiar que põe comida na mesa da cidade”, explicou.

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Meio ambiente

A presidenciável do PSOL visitou a sede do Greenpeace, a convite da entidade, para receber propostas relacionadas a energias renováveis, transportes, Plano Nacional de Mudança Climática, madeira, proteção das florestas brasileiras e agronegócio. “Gostei muito das propostas apresentadas, que serão analisadas minuciosamente por mim e pela coordenação de campanha. Por ser uma entidade sem financiamento de empresas e governos, o Greenpeace possui a independência necessária para fazer apontamentos e mobilizações acerca de temas essenciais”, afirmou.

Os municípios de Aliança, Condado, Distrito de Tupaoca e Buenos Aires, recebem, até o próximo sábado (31), um mutirão de documentação. O projeto, destinado a trabalhadoras rurais, oferece emissão de documentos civis e jurídicos, gratuitamente.

Mesmo que o público-alvo do programa sejam mulheres de assentamentos da reforma agrária e agricultoras familiares, homens e crianças também podem participar da iniciativa. O mutirão acontece em Pernambuco e em outros cinco estados. No total, 25 municípios serão beneficiados.

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A Região Nordeste, que recebe mutirões em quatro estados, é o local com maior demanda por documentação básica e trabalhista e maior número de execução, segundo a coordenadora. Só em 2014, 9.655 mulheres foram atendidas pelo programa, na região. Desde 2004, início do programa, o nordeste recebeu 2.613 mutirões. 

Documentação - Em todos os estados serão emitidos Certidão de Nascimento, CPF, RG e Carteira de Trabalho. A inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que permite às famílias acessarem os programas sociais do governo a partir da coleta de dados e identificação de famílias de baixa renda existentes no País, também será disponibilizada em todos os estados. Além disso, serão realizados serviços de fotografia para emissão dos documentos e palestras educativas sobre políticas públicas. O atendimento nos mutirões ocorre de 8h às 17h.

Confira os locais de atendimento em Pernambuco:

Buenos Aires - 26 e 27/05 - Clube Municipal (Centro)

Aliança - 28/05 - Clube Municipal (Centro)

29/05/14 - Distrito de Tupaoca 

Condado – 30 e 31/05 – Escola Francisco Cabral (Centro)

Como parte do Grito da Terra Brasil (GTB), mais de 150 agricultores familiares realizaram uma passeata, nesta terça (20), com intuito de chamar atenção governamental quanto à pauta de reivindicações da categoria. Nesta quarta (21), o diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Adelson Freitas Araújo, confirmou o saldo positivo da reunião com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

“Uma série de ações foi programada para vistoriar áreas na Zona da Mata pernambucana. Há a intencionalidade de desapropriar sete mil hectares e também trabalhar em prol de inovações para facilitar o crédito aos assentamentos”, afirmou Freitas ao LeiaJá. Editais serão abertos para empresas com experiência em agricultura familiar, no intuito de concretizar serviços em prol da produção, orientação e acesso ao crédito destes profissionais. 

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No ato desta terça (20), a categoria cobrou também a fiscalização das condições de trabalho de assalariados, além da implementação das Diretrizes para a Reestruturação Socioprodutiva da Zona da Mata. De acordo com Adelson Araújo, não há novas manifestações previstas na Região Metropolitana do Recife, enquanto o diálogo estiver aberto com as gestões municipal e estadual de Pernambuco. Nos próximos dias, questões de agenda permanente da Fetape continuarão sendo debatidas pelos profissionais.

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Mais de 150 trabalhadores rurais estão reunidos em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Avenida Agamenon Magalhães, nesta terça-feira (20). Eles irão seguir em caminhada até o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizado na Avenida Rosa e Silva.

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No local, os trabalhadores irão se encontrar com um grupo que seguiu de ônibus do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), no Cordeiro. O ato faz parte da 20ª Edição do Grito da Terra Brasil (GTB), organizado pela Contag e suas Federações, simultaneamente nos 26 estados e Distrito Federal.

O grupo vai cobrar de órgãos dos governos Estadual e Federal o retorno a uma série de reivindicações relacionadas à reforma agrária, assistência técnica, fiscalização das condições de trabalho dos assalariados rurais e implementação das Diretrizes para a Reestruturação Socioprodutivas da Zona da Mata (entregues ao poder público em agosto do ano passado).

O diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Adelson Freitas Araújo, cita as quatro principais reivindicações de uma pauta composta por 20 pontos. “Queremos uma fiscalização mais efetiva do Ministério do Trabalho no campo com os assalariados e salariados, na reforma agrária queremos orçamento para melhorar as condições de trabalho, além da habitação rural e, por fim, uma resposta mais imediata do Governo Federal”. 

Com faixas, cartazes e acompanhados por um carro de som, os trabalhadores farão uma panfletagem, mostrando para a população suas principais reivindicações. 

Com informações de Bruno Andrade e da assessoria

Trabalhadores rurais de Pernambuco realizam, nesta terça-feira (20), às 9h, um ato para cobrar aos governos Estadual e Federal questões de reforma agrária, assistência técnica, fiscalização das condições de trabalho dos assalariados rurais e implementação das Diretrizes para a Reestruturação Socioprodutivas da Zona da Mata (entregues ao poder público em agosto de 2013).

A manifestação faz parte da 20ª edição do Grito Brasil, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e suas federações (FETAGS), entre elas a Fetape (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco), em todos os estados do país.

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Cerca de 1.500 participantes, a princípio, se dividirão em mobilizações em frente ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no bairro do Espinheiro, na Zona Norte. Desses pontos, os trabalhadores seguirão até o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro dos Aflitos, também na Zona Norte, onde realizam o ato principal.

Os manifestantes seguirão do SRTE até o Incra realizando panfletagem e acompanhados de carro de som. A pauta entregue ao poder público possui 23 pontos centrais que abordam o fortalecimento da agricultura familiar, juventude e sucessão rural, assalariamento rural, Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), políticas sociais, e organização e enquadramento sindical.

Com informações da assessoria

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira, 8, em Salvador, que os movimentos sociais que lutam por direito a terra "têm razão" nas críticas que fazem ao governo federal. "Não posso negar que houve uma redução no ritmo na reforma agrária", admitiu.

"Seguimos com as políticas de titulação de terras, mas em um ritmo muito mais lento do que o desejável - e menor do que foi no período anterior (no governo Luiz Inácio Lula da Silva)", disse. "Em compensação, é preciso lembrar que nunca foi feito tanto pela agricultura familiar, como nos financiamentos aos pequenos produtores e nos assentamentos. O fomento aos agricultores e às cooperativas, para qualificação, também nunca foi tão grande", afirmou;

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Carvalho participou de dois eventos na capital baiana no mesmo dia em que chegou à cidade uma marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que teve a participação de cerca de 3 mil agricultores e passou por cidades da região metropolitana nos últimos três dias. Os integrantes do movimento estão acampados na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Eles esperam discutir uma pauta de reivindicações com o governo estadual. Na pauta, além da "retomada da reforma agrária", há itens como construção de 13 escolas e reestruturação de assentamentos existentes e abertura de poços para abastecimento de água aos assentados. "Acho que os movimentos têm razão na crítica, mas a gente continua tendo um excelente padrão de discussão com os movimentos sociais relacionados à questão da terra", argumentou o ministro.

Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) estão reunidos em frente ao Atacado dos Presentes, na BR-232, no bairro do Curado, de onde sairão em caminhada nesta terça-feira (15). A data foi escolhida para lembrar o Massacre de Eldorado, episódio acontecido no estado do Pará, quando policiais mataram 21 trabalhadores.

Em abril, o movimento realiza a Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária Popular, que acontece em todo o país, cobrando dos governantes um acesso mínimo a crédito, para que possam produzir alimentos. Segundo os integrantes, os governos priorizam o modelo do agronegócio, com foco no latifúndio, e cobram mais agilidade na reforma popular.

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Outro problema enfatizado pelo MST é a educação no campo em Pernambuco, já que é grande o número de escolas rurais fechadas, impedindo o acesso dos integrantes ao estudo. O grupo deve seguir até a Praça do Derby, no centro da cidade.

Trânsito - Apesar da saída do grupo estar marcada para às 9h, na BR-232 já é registrado trânsito lento. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), a Avenida Abdias de Carvalho está sendo monitorada.

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