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O avanço das criptomoedas no mundo é inegável e parece irreversível. O ativo chegou a movimentar US$ 3 trilhões (por volta de R$ 15,3 trilhões) em novembro do ano passado, segundo a plataforma CoinGecko, valor que recuou nas últimas semanas. O fluxo provoca uma grande discussão em todos os países: como regular esse mercado, prevenindo riscos que as moedas digitais trazem - como a facilidade maior para a lavagem de dinheiro -, mas sem perder as oportunidades que elas oferecem?

Atualmente, poucas nações contam com legislações abrangentes sobre o tema, mas o debate é intenso tanto entre autoridades nacionais quanto nos organismos internacionais. Cada país adota uma estratégia para manter esse mercado sob controle e as regras variam bastante, apesar dos apelos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para uma atuação coordenada.

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Na maioria dos casos, as autoridades financeiras nacionais estão à frente do processo, mas, como o universo de criptoativos é abrangente - podendo funcionar como investimento, meio de pagamento ou ainda para acessar algum benefício específico (utility tokens) -, é comum que algumas atividades sejam reguladas e outras, não, dentro de um mesmo país.

Dentre os locais com legislações mais avançadas, destacam-se Japão, Cingapura e outros países menores, que tentam se firmar como pioneiros na moedas digitais. El Salvador, por exemplo, é a única nação que reconhece uma criptomoeda, o bitcoin, como divisa nacional, desde o ano passado. Na outra ponta, a China proibiu, também no ano passado, atividades ligadas ao ativo, caminho que o Banco Central da Rússia gostaria de seguir, mas parece não ter o aval do presidente do país, Vladimir Putin.

VOLATILIDADE

Conhecido por sua alta volatilidade, o mercado de criptoativos entrou em trajetória de baixa acentuada desde o pico atingido em novembro, especialmente por conta da perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos, segundo a gestora de criptomoedas Hashdex. Ainda assim, o NCI (Índice de Criptoativos da Nasdaq), a bolsa americana de tecnologia, fechou 2021 com valorização de 102%.

O FMI atesta o forte crescimento nos últimos anos e também a expansão das conexões com o sistema financeiro regulado, o que coloca desafios à estabilidade financeira. Há também receio do impacto da adoção dos ativos como moeda oficial, especialmente em mercados emergentes e em desenvolvimento.

Por ser um ativo de natureza global, o FMI argumenta que as regras nacionais são limitadas e que medidas regulatórias descoordenadas podem facilitar fluxos de capital "potencialmente desestabilizadores". Por isso, defende que o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) desenvolva uma estrutura global com padrões para regulamentação.

Para o fundo, seria adequado exigir autorização para prestação de serviços com ativos digitais e conformidade de regras entre criptoativos e produtos correlatos já regulados. Por exemplo, se usados para pagamentos, deveriam ser regulados por bancos centrais.

"Os países estão adotando estratégias muito diferentes, e as leis e regulamentações existentes podem não permitir abordagens nacionais que incluam de forma abrangente todos os elementos desses ativos", diz o FMI, em relatório de dezembro de 2021.

O Resumo de Regulação de Criptoativos de 2022 da bolsa de valores americana Nasdaq aponta avanços recentes em 28 economias-chave. Segundo o documento, o Japão foi o primeiro país a ter um sistema legal para regular a negociação de criptoativos, em 2016. Cingapura, Abu Dhabi e Bermudas também têm legislações amplas sobre o tema.

REGULAÇÃO

Dentre as propostas mais recentes, destacam-se Estados Unidos e Índia. Na maior economia do mundo, a SEC, xerife do mercado de capitais, divulgou, em janeiro, proposta que pode colocar as plataformas de negociação sob sua regulação, no caso de compra e venda de ativos virtuais considerados valores mobiliários.

A proposta é que essas plataformas sejam caracterizadas como uma corretora ou sistema alternativo de negociação, segundo a chefe de regulação e design de produto da plataforma Mercado Bitcoin, Juliana Facklmann."É uma proposta muito interessante, porque o credenciamento para praticar a atividade seria feito por um autorregulador, a autorização seria descentralizada e mais simples, dando segurança ao mercado sem impedir a concorrência." O mercado futuro de criptoativos nos EUA já é regulado pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities.

Na Índia, o governo informou no início do mês que vai taxar em 30% os lucros com moedas virtuais e que deve lançar sua CBDC, a rúpia digital, até o ano que vem, movimento que foi visto no setor como um passo para regulação. As CBDCs são um esforço de autoridades monetárias mundiais para manter a soberania da moeda em um ambiente de crescimento de criptomoedas em geral, mas, em especial, de stablecoins, criptoativo de emissão privada com lastro em um ativo real, por isso mais estável. "Hoje, o regulador já entendeu que é um caminho sem volta. Fazer uma CBDC é uma forma de estar dentro da competição", diz Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining, mineradora de ativos digitais que opera nos Estados Unidos e autor do livro O Futuro do Dinheiro.

Dentre as propostas em estudo, Facklmann, do Mercado Bitcoin, destaca a União Europeia, que tem projeto bastante abrangente em tramitação no Parlamento, mas se destina a "utility tokens" e meios de pagamento, sem abarcar investimentos. Dentro do bloco, a França quer se firmar como um país aberto ao mundo cripto e o governo também trabalha em uma legislação específica.

No Brasil, há projetos em discussão no Congresso e a tendência é a criação de regras básicas para o mercado, que devem ser mais bem detalhadas em regulamentação posterior, provavelmente a cargo do Banco Central. "Cada país está vivendo sua experiência, fazendo o melhor", sintetiza Facklmann, que, apesar disso, vê um "espírito confluente" até porque nenhum país quer ficar para trás e perder oportunidades desse mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a regulação da imprensa e dos meios de comunicação nesta quinta-feira, 9. O petista afirmou que é preciso "regular a internet e o sistema de televisão", em entrevista à Rádio Clube, de Pernambuco.

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, rebateu a fala de Lula. "Liberdade de imprensa é um princípio básico da democracia. Regular imprensa significa censurar a imprensa", escreveu o tucano no Twitter.

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Desde o segundo semestre do ano passado, Lula cita a regulação dos meios de comunicação em entrevistas, relembrando do projeto elaborado pela secretaria de Comunicação Social durante o segundo mandato do petista, que propunha a criação de um marco regulatório da comunicação eletrônica no Brasil.

Um dos pontos polêmicos era a criação de uma agência reguladora única para a comunicação social no País. O anteprojeto não chegou a ser encaminhado para o Congresso e foi engavetado na gestão Dilma Rousseff.

Lula falou que nem jornais e revistas seriam submetidas a alguma regulação, mas deu destaque à internet. "Não pode deixar a internet do jeito que está, uma fábrica de mentiras, fake news e provocações", disse o petista.

O Governo de Pernambuco lançou nesta quinta-feira (15), o programa Opera Mais, que visa ampliar as cirurgias eletivas que foram adiadas ou atrasadas em virtude da Covid-19. O investimento estimado para o programa é de R$ 81,5 milhões e a expectativa é ampliar, até dezembro de 2022, o número de procedimentos eletivos da rede estadual de saúde.

Cerca de 50 mil cirurgias eletivas ficaram represadas desde o início da pandemia em Pernambuco. O Opera Mais deve diminuir o tempo de espera para a realização dos procedimentos e, consequentemente, evitar complicações causadas pela evolução dos procedimentos que foram adiados. 

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“Na pandemia muita coisa precisou ser colocada em segundo plano, a prioridade era salvar vidas de quem estava com a Covid. Mas agora vamos tirar o atraso dessas cirurgias que precisam ser feitas. São diversos tipos de procedimentos e toda a rede estadual estará envolvida nisso. Além disso, vamos fazer convênios para ter condições de realmente dar celeridade nessa questão”, garantiu o governador Paulo Câmara.

O secretário de Saúde André Longo reforça que o público não deve se dirigir às unidades de saúde sem antes receber o contato da Central de Regulação, que fará a convocação para a realização do procedimento cirúrgico, assim como o acompanhamento pós-operatório.

O governo estadual garantiu que já a partir desta sexta (15) e sábado (16), algumas unidades já têm programação cirúrgica. Além das cirurgias nos serviços próprios e já conveniados ao Estado, também será lançado um edital de credenciamento para a rede conveniada que deseja se juntar a esse esforço. 

Todos os estabelecimentos deverão adotar protocolos clínico e assistencial compatíveis com a especialidade ofertada, tomar as medidas sanitárias para evitar casos de Covid-19, além da testagem de seus pacientes.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato do PT à Presidência da República em 2022, repetiu, nesta quinta-feira, 26, que, se eleito, pretende regular os meios de comunicação no País. Durante entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, o petista ressaltou que sua proposta não é censurar a imprensa.

"Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e tem setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato porque se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação nesse País", disse Lula na entrevista. "A gente não pode ficar com a regulamentação de 1962, não é possível. Eu penso que a gente vai fazer uma coisa muito nova", disse Lula na entrevista.

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"A regulamentação dos meios de comunicação é do tempo que a gente conversava por carta. É de 1962. Olha a revolução que houve. Você acha que a internet não tem que ter regulamentação? Uma regulamentação que não seja censura", afirmou.

Segundo o ex-presidente, a proposta é uma "regulamentação que a gente conduza a internet mais para o bem do que para o mal", e que promova uma regionalização da programação das TVs, que são concessões federais. "É importante que se tenha mais programas regionais", disse. "É importante que tenha mais regionalização, para que se tenha mais notícias do Estado, mais cultura, mais arte do Estado na televisão. É tentar fazer isso mais plural".

Foi a segunda vez na mesma semana que o ex-presidente citou a regulação dos meios de comunicação. No sábado passado, o ex-presidente afirmou, em mensagem no twitter que "é preciso atualizar a regulamentação da comunicação do País". A publicação provocou reação do ministro das Comunicações, Fábio Faria. O PT tem falado reiteradamente sobre a regulação da mídia, e ontem mesmo voltou a repetir. Estamos em 2021 e temos que lutar pela liberdade de expressão e da imprensa, como defende o governo @jairbolsonaro. Não queremos RETROCESSO!", afirmou o ministro no Twitter.

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"A mídia sob o império da lei: as políticas de regulação dos meios de comunicação no Brasil e na Argentina no século XXI" é o título do livro do cientista político e professor Rodolfo Silva Marques, que terá pré-lançamento virtual nesta terça-feira (20), no evento VII Confluências, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia. O Confluências será às 18 horas, na plataforma Blackboard.

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O livro traz um conjunto de reflexões sobre políticas de regulação da mídia aplicadas nas décadas recentes, em especial nos dois países sul-americanos escolhidos para análise (Brasil e Argentina). O eixo causal estabelecido é buscar a interferência dos processos de regulação da mídia no funcionamento dos processos democráticos nos dos países. 

Os atuais modelos verificados no Brasil e na Argentina, entende o pesquisador,  tendem a trazer prejuízos democráticos em ambas as nações. A ideia, portanto, é que o livro possa contribuir com o debate da regulação da mídia e na discussão para os avanços democráticos em todos os níveis. 

Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em Ciências Políticas (Área de Concentração: Instituições Políticas e Políticas Públicas) pela Universidade Federal do Pará/UFPA), Rodolfo Marques tem graduação em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda e integra o corpo docente do curso de Comunicação Social da UNAMA.

Ouça, abaixo, entrevista com o professor Rodolfo Marques. 

Da Redação do LeiaJá Pará.

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O presidente Jair Bolsonaro disse beste domingo (5) em sua conta no Twitter, que não pretende promover qualquer tipo de regulamentação da mídia, inclusive as mídias sociais. "Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluídas as sociais. Quem achar o contrário, recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba", escreveu o presidente.

A manifestação ocorreu após uma série de ataques de bolsonaristas e do escritor Olavo de Carvalho ao ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, a quem a Secretaria de Comunicação (Secom) está subordinada. No fim da tarde de domingo, o ministro se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em Brasília. Ele ficou cerca de uma hora e meia com o presidente e saiu sem dar declarações.

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Em postagem no sábado, Olavo disse que Santos Cruz "fofoca e difama pelas costas". No domingo, o escritor disparou mensagens ofensivas dirigidas ao ministro. O general respondeu em entrevista ao site Poder 360. Ele acusou Olavo de ser "um desocupado esquizofrênico".

A hashtag #ForaSantosCruz chegou aos assuntos mais comentados no domingo após o apresentador e humorista Danilo Gentili retuitar trecho de uma entrevista dada pelo ministro ao jornal O Estado de S. Paulo e à Rádio Jovem Pan, no mês passado.

"(O uso das redes sociais)Tem de ser disciplinado, até a legislação tem de ser aprimorada, e as pessoas de bom senso têm de atuar mais para chamar as pessoas à consciência de que a gente precisa dialogar mais, e não brigar", disse o ministro na ocasião.

"Depois de anos de um governo que tentou leis de Controle de Mídia com Franklin Martins e Marco Civil Internet com os baba ovo, ouvir isso é de f... Cúpula estranha se forma no governo. Fiquem de olho", publicou Gentili.

Na sequência, os filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), trataram sobre o tema em seus perfis. Carlos afirmou pelo Twitter que "a internet livre foi o que trouxe Bolsonaro até à Presidência". "Numa democracia, respeitar as liberdades não significa ficar de quatro para a imprensa, mas sempre permitir que exista a liberdade das mídias!", escreveu.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, citou uma postagem do perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Operação Lava Jato - sobre a proposta petista de regulamentação da mídia e fez uma associação da ideia com os governos do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e do atual mandatário, Nicolás Maduro. "Toda ditadura controla os meios de comunicação sob o pretexto de 'melhorá-los', 'democratizá-los' ou de barrar fake news e crimes de ódio", afirmou.

Em entrevista aos jornais Folha de S.Paulo e El País, Lula disse que cometeu um "erro grave" ao não fazer a regulamentação da mídia durante seus dois mandatos no Palácio do Planalto.

Moro

Além de Bolsonaro e os filhos, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também foi ao Twitter para se manifestar sobre o "controle social" da mídia.

"No ponto, bom lembrar que não fosse a vitória eleitoral do Pr Jair Bolsonaro, estaríamos hoje sob 'controle social' da mídia e do Judiciário e que estava expresso no programa da oposição 'democrática'. Aliás, @jairbolsonaro reafirmou hoje o compromisso com a liberdade da palavra", disse, em referência ao tuíte de Bolsonaro.

Em uma série de mensagens, Moro afirmou ainda ser favorável à liberdade de imprensa e de expressão. Justificou a defesa dos princípios por ter sido cobrado a tomar providências por declarações ofensivas feitas contra ele por um "suposto comediante" em evento a favor de Lula. No mês passado, o humorista Gregório Duvivier fez ataques a Moro em ato que lembrou um ano da prisão do ex-presidente, condenado pelo ex-juiz federal na Lava Jato.

"Bem, penso que as declarações de baixo nível falam mais sobre o ofensor do que sobre mim", escreveu Moro no Twitter. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro disse há pouco em sua conta no Twitter que vai manter um governo sem qualquer tipo de regulamentação da mídia, inclusive as mídias sociais. "Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluídas as sociais. Quem achar o contrário, recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba", escreveu o presidente.

A regulamentação da mídia era uma bandeira dos governos petistas. Em entrevista aos veículos Folha de S. Paulo e El País, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso, disse que cometeu um "erro grave" ao não fazer a regulamentação da mídia.

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Ontem, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), escreveu em seu Twitter que "tradicionais veículos de comunicação que a todo momento espalham fake news não são banidos das redes". No entanto, segundo ele, perfis de pessoas comuns, conservadoras ou de direita, a todo momento "sofrem perseguição".

O deputado chegou a fazer uma enquete e questionou seguidores: "você apoiaria uma lei que impedisse Facebook, Twitter, Instagram e YouTube de banir perfis?". Até o momento, 65% das respostas indicavam "não" à pergunta de Eduardo Bolsonaro.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu neste sábado um "papel mais ativo" dos governos na regulação da Internet e instou a que mais países adotem regras para proteger a segurança como as da União Europeia (UE).

O Facebook e outros gigantes da internet resistiram durante muito tempo à intervenção governamental, mas a rede social mudou sua postura em meio aos crescentes pedidos de regulação.

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"Acredito que necessitamos um papel mais ativo dos governos e dos reguladores", escreveu Zuckerberg em uma coluna de opinião publicada no The Washington Post.

"Ao atualizar as regras para a Internet podemos preservar o melhor da rede - a liberdade das pessoas para se expressar e dos empreendedores para criar coisas novas - enquanto ao mesmo tempo protegemos a sociedade de um dano maior", apontou.

Zuckerberg considera que são necessárias novas regulações em quatro áreas: conteúdo prejudicial, proteção de eleições, privacidade e portabilidade de dados.

Zuckerberg disse que apoia que mais países adotem regras como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia, que dá aos reguladores poder para sancionar organizações que não cumprem os padrões de segurança estabelecidos ao processar informação pessoal.

"As regras que governam a Internet permitiram a uma geração de empreendedores construir serviços que mudaram o mundo e geraram um grande valor na vida das pessoas", disse.

"É hora de atualizar estas regras para definir responsabilidades claras para as pessoas, as companhias e os governos no futuro".

Deputados britânicos defenderam o reforço da regulamentação aplicada às redes sociais, em particular ao Facebook, para impedir a divulgação de notícias falsas, em um relatório publicado nesta segunda-feira.

"Precisamos de uma modificação radical da relação de forças entre estas plataformas e o público. A era de uma autorregulamentação inadequada deve chegar ao fim", afirmou Damian Collins, presidente da Comissão de Cultura, Digital, Mídia e Esporte na Câmara dos Comuns.

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"Os direitos dos cidadãos devem ser estabelecidos legalmente, exigindo a adesão das empresas de tecnologia a um código de conduta inscrito na lei pelo Parlamento e supervisionado por um regulador independente", completou.

Esta comissão parlamentar interrogou o Facebook por vários meses, no âmbito de uma investigação sobre o fenômeno das "fake news" e seu impacto em votações recentes no Reino Unido, em particular o referendo sobre o Brexit em junho de 2016.

"Empresas como o Facebook não deveriam estar autorizadas a comportar-se como 'gângsteres digitais' no mundo online", afirma o relatório.

Em mais de 100 páginas, o documento também pede ao governo britânico uma "investigação independente" sobre a "influência estrangeira", incluindo a russa, e a desinformação no referendo do Brexit, assim como nas eleições legislativas de 2017 e no referendo sobre a independência da Escócia em 2014.

O Facebook está envolvido em vários escândalos, como as acusações de interferência russa em sua plataforma na eleição presidencial americana de 2016, assim como o fato da empresa Cambridge Analytica ter explorado com fins políticos dados dos usuários da rede social sem que eles tivessem conhecimento.

Uma proposta para legalizar a maconha no México foi apresentada nesta terça-feira pelo partido Morena, do presidente eleito Andrés Manuel López Obrador, que defende a descriminação das drogas como uma alternativa para pacificar um país mergulhado na violência do narcotráfico.

A autora do projeto de lei é a senadora e futura ministra do Interior, Olga Sánchez Cordero, que "propõe um modelo de regulação responsável e adequado à realidade mexicana (...) reconhecendo o momento histórico que nos instiga a fazê-lo", destaca o documento publicado no site do Senado.

A medida prevê regularizar todas as fases de produção, distribuição, comercialização, porte e consumo da maconha "para fins pessoais, científicos e comerciais".

O modelo proposto é o de "regularização legal estrita", descrito como um meio termo entre a proibição absoluta e o livre mercado, e que se caracteriza por um mercado comercial "regulado e monitorado em toda a cadeia de valor".

Para tal, está previsto a criação de um instituto de regulação e controle da maconha, que deverá gerar uma regulamentação, assim como autorizar e fiscalizar atividades, da produção até o consumo final.

Para os casos de consumo pessoal, se propõe o cultivo doméstico de até 20 plantas de maconha e uma produção anual limitada a 480 gramas, detalha o documento.

A legislação proposta também permite aos adultos produzir, consumir e vender maconha para consumo recreativo, desde que devidamente autorizados, assim como fumar a erva em espaços públicos, exceto em áreas proibidas ao tabaco.

Entre as proibições previstas estão a venda de maconha para menores e sua utilização em tarefas de comercialização do produto.

Também está proibida a promoção e publicidade da maconha e seus derivados.

A proposta de Sánchez sobre o consumo recreativo da maconha deve ser apresentada ao plenário do Senado nesta quinta-feira, informou Ricardo Monreal, coordenador legislativo do partido Morena, que junto a seus aliados tem uma cômoda maioria no Congresso.

A Suprema Corte já havia aberto o caminho descriminando o uso recreativo da maconha, em uma quinta decisão - adotada na semana passada - sobre a questão, formando jurisprudência para os tribunais inferiores.

A Comissão Federal para a Proteção Contra Riscos à Saude (Cofepris), encarregada de regulamentar as permissões para a comercialização de medicamentos, incluindo os derivados da maconha, já recebeu 615 pedidos para o consumo recreativo da droga, apesar da questão extrapolar sua competência.

Se a iniciativa for aprovada, o México se tornará o terceiro país do mundo, após Uruguai e Canadá, a legalizar o uso recreativo de maconha.

O diretor-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou nesta quinta-feira (17) que o órgão regulador prevê publicar em outubro uma nova resolução com vistas a liberalizar o mercado de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP, o gás de cozinha). O objetivo é retirar restrições ao uso do GLP.

A resolução atual, de 2005, permite o uso do GLP apenas na alimentação, restringindo seu uso no aquecimento de piscinas, saunas, caldeiras ou para o funcionamento da maioria dos motores a combustão.

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Oddone defendeu a liberalização em discurso na abertura do Glotec LAM, evento sobre novas tecnologias para o setor de GLP, no Rio. Segundo o diretor-geral, a retirada das restrições faz "bem para o Mercado porque traz mais competitividade". "O que a gente não quer é criar problemas", disse.

Segundo Oddone, a abertura do mercado seria feita de forma "responsável, séria e organizada", para não haver falta de produtos. Hoje, o Brasil importa cerca de 26% do consumo anual de GLP, segundo o Sindigás, entidade que representa os distribuidores - quase toda a importação fica a cargo da Petrobras. A ideia, disse Oddone, é ir liberando os usos aos poucos, conforme ocorram os investimentos em infraestrutura de importação e distribuição.

O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, afirmou que a mudança nas restrições de uso seria positiva, mas cobrou que acabem também o controle de preços. Atualmente, uma determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelece preços diferenciados para o GLP vendido em bujões de até 13 quilos, com foco na proteção dos consumidores de baixa renda. "A diferença de preço agarra tudo", disse Bandeira de Mello.

De acordo com Oddone, a nova resolução da ANP deixará de replicar essa restrição de preços - a norma atual repete a determinação do CNPE. O diretor-geral da ANP evitou fazer críticas ou comentar a questão da regulação de preços, mas ressaltou que a agência não faz esse papel. Para Oddone, a nova política de preços da Petrobras para o GLP favorece o desenvolvimento do mercado quando as restrições de uso forem retiradas.

O governo estuda mudanças na regulação do comércio eletrônico no Brasil. De acordo com o secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Marcelo Maia, a ideia é igualar regras das empresas que atuam nesse tipo de varejo, que muitas vezes não respondem às mesmas exigências de atendimento ao consumidor, trabalhistas e tributárias.

A preocupação principal é com a atuação de empresas que não têm presença física no Brasil, que acabam tendo custos menores por não terem que seguir normas como as previstas no Código de Defesa do Consumidor, por exemplo. "Há uma preocupação recorrente porque é um mercado que cresce a dois dígitos", completou.

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Deverão ser estabelecidas regras mínimas como direitos do consumidor, prazo de entrega e meios de pagamento utilizados. A necessidade de regulamentar o comércio eletrônico surgiu em um fórum do varejo criado com representantes do governo e 20 entidades do setor no ano passado.

O estudo está sendo feito em parceria com a União Europeia. O parecer deve ser concluído até abril e então serão discutidas as mudanças no fórum.

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, disse nesta segunda-feira (31) que as teles não querem bloquear os serviços de aplicativos como o WhatsApp, mas sim uma igualdade de tratamento por parte dos órgãos de regulação do setor. "A questão dos aplicativos não é uma questão apenas brasileira. Ocorre no mundo todo. É uma bobagem dizer que queremos bloquear esses serviços. Até porque não faz sentido barrar a inovação. Agora, é preciso haver equilíbrio regulatório para que todo o setor cresça", afirmou.

Sobre a revisão da desoneração do PIS/Cofins de smartphones, anunciada nesta segunda-feira (31) pelo governo, Abreu disse não saber detalhes ainda sobre a medida, mas afirmou que haverá sim impacto para as empresas do setor. Esse impacto não seria tão expressivo porque, segundo ele, hoje em dia os aparelhos são mais vendidos pelas lojas de varejo do que pelas próprias operadoras.

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Apesar da notícia ruim para o setor, Abreu diz confiar que a desoneração para a construção de redes de telecomunicações deve ser mantida. "Acreditamos que o benefício da desoneração para a economia é maior do que um eventual ganho de arrecadação que o governo possa ter. Essa foi a mesma discussão que tivemos quando se debateu sobre o aumento da cobrança do Fistel", disse.

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O governo chinês publicou orientações neste sábado para regular serviços financeiros online com o objetivo de abordar riscos expostos pela turbulência recente no mercado acionário. As diretrizes foram publicadas no site do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) e tornam clara a divisão das responsabilidades entre diferentes agências regulatórias do país.

"Nos últimos anos, as finanças via internet na China se desenvolveram rapidamente, mas também expuseram problemas e riscos que estavam escondidos", afirmam autoridades do PBoC no comunicado. Dentre os problemas, o banco cita a falta de "limites, regras e supervisão" que culminaram em muitas instâncias em casos de operadores que fugiram com o dinheiro de seus clientes.

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As orientações definem que o PBoC será responsável por gerenciar pagamentos online, enquanto o regulador de valores mobiliários atuará no que diz respeito a iniciativas de crowdfunding (financiamento colaborativo) e vendas online de fundos. O regulador bancário, por sua vez, supervisionará plataformas P2P. Estes mecanismos se tornaram um modo de investidores tomarem empréstimos para operarem ações, o que acrescentou volatilidade ao mercado financeiro. Para preservar a estabilidade, o governo tem combatido os financiamentos de margem, levando diversas plataformas P2P a reduzirem tais serviços para investidores que atuam no mercado acionário.

No entanto, os sistemas P2P têm ajudado a solucionar um antigo problema chinês: a dificuldade que pequenos negócios têm de conseguir crédito. Para preservar essa função, o governo chinês limitou a regulação deste serviço, banindo plataformas de levantarem fundos de maneira ilegal e obrigando-as a confiar recursos captados com investidores a bancos para evitar fraudes.

No documento, o governo chinês também lista medidas para promover a inovação nas finanças online, que incluem o aumento na cooperação entre instituições financeiras e companhias de internet, o maior acesso a capital, menor burocracia e incentivos fiscais. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou, na manhã desta terça-feira, 28, durante abertura da sessão solene em homenagem ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado no dia 3 de maio, sua oposição a qualquer forma de regulação da mídia. "Nesta casa não admitiremos nenhuma forma de regulação da mídia, seja de conteúdo, seja econômica. Somos frontalmente contrários", disse.

O deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), autor de requerimento que resultou na sessão solene, avalia que a liberdade de jornalistas no País atinge um dos níveis mais baixos registrados na história recente. Citou como exemplo o fato de o Brasil ocupar a 99ª posição na lista feita pela organização Repórteres sem Fronteiras. "Seria de esperar que o governo tomasse medidas firmes, mas o que se vê é o contrário", afirmou. "Controlar a mídia é censura. É preciso permanecer atento a qualquer ameaça à liberdade, incluindo propostas de mudança na legislação", completou.

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O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), candidato à Presidência da Câmara, disse neste sábado (3) que o PSB também é contra o debate sobre a regulação da mídia defendida pelo governo federal e que a proposta dificilmente terá espaço para avançar no Congresso. Ao tomar posse na sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmou que teria como uma de suas prioridades discutir a regulamentação econômica dos veículos de comunicação.

Segundo Delgado, o PSB é contra aprovar esse tipo de medida "por princípio", e esse foi um dos pontos colocados pelo PSDB para apoiar a sua candidatura à Presidência. Neste sábado, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), usou o Facebook para classificar a proposta como uma forma de "controle da imprensa" e criticar o ministro de Dilma.

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O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), favorito a assumir a Presidência da Câmara, também usou as redes sociais para dizer que o seu partido não endossará qualquer projeto de regulação da mídia. "Quero reafirmar que seremos radicalmente contrários a qualquer projeto que tente a regular de qualquer forma a mídia. Não aceitamos nem discutir o assunto", escreveu.

O debate sobre a regulação da mídia não foi incluído no programa de governo de reeleição da presidente Dilma Rousseff por pressão de aliados. O tema chegou a ser discutido durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não avançou.

O presidente Barack Obama pediu nesta segunda-feira (10) à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) para definir "as regras mais duras possíveis para proteger a neutralidade da rede". Com a declaração, o governo sinaliza que provedores de banda larga não devem ter permissão para distinguir a velocidade do tráfego de dados a depender do site acessado.

"Não podemos permitir que os provedores de internet restrinjam o melhor acesso ou escolham vencedores e perdedores no mercado online de serviços e ideias", defende Obama no documento divulgado.

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O presidente também apoia a reclassificação proposta pelo FCC para considerar os provedores como serviços de utilidade pública. A ideia é intensificar a regulação sobre os provedores no seu contato com os sites que distribuem conteúdo, enquanto a venda dos pacotes de internet aos usuários, considerada uma outra ponta do modelo de negócios, manterá maior autonomia.

"A hora chegou para o FCC reconhecer que o serviço de banda larga é de igual importância e deve ter as mesmas obrigações que muitos dos outros serviços vitais têm", afirma Obama.

A reclassificação tem sido pedida por defensores da neutralidade da rede, conceito segundo o qual o tráfego de internet deve ser tratado de modo igualitário. Muitos deles acreditam que as regras propostas pelo governo em maio não teriam especificado essa classificação.

Obama pediu à FCC, que é uma agência independente, que crie "um novo conjunto de regras protegendo a neutralidade da rede" e garantindo que as companhias de telecomunicações não possam ditar "o que você pode fazer ou ver online".

Caso a proposta seja aceita, a nova legislação deverá impedir que provedores façam acordos com produtoras de conteúdo como o YouTube ou o Netflix para que seus serviços sejam acessados com maior velocidade em comparação a outros sites. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo está preparando a regulamentação do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, sancionado em julho pela presidenta Dilma Rousseff. As regras para implementação da lei, que regula as parcerias e o repasse de dinheiro da União para organizações não governamentais (ONGs), serão apresentadas em novembro.

“Todas as parcerias em que são usados recursos públicos vão seguir novas regras, muito mais rigorosas do ponto de vista da aplicação dos recursos públicos e que, de outro lado, valorizam a atuação da sociedade”, explicou o secretárioexecutivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Sant’Ana, em debate sobre o tema, nesta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto.

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Entre outras regras, a lei prevê a substituição dos convênios por dois novos instrumentos: os termos de colaboração e fomento. A lei também estabelece que o governo terá que realizar chamamento público, uma espécie de edital de concorrência, para selecionar organizações parceiras.

Para a regulamentação, o governo abriu consulta pública na internet, que pode ser acessada na página da Secretaria-Geral da Presidência, e quer ouvir os gestores dos ministérios responsáveis pelas políticas públicas que demandam parcerias para identificar necessidades específicas para implementação da nova lei.

“As áreas finalísticas [os ministérios] têm de nos dizer quais são suas necessidades. De nada adianta ter uma lei muito boa se a regulamentação não vier contribuir para que possamos dar um passo à frente”, disse o secretário executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

Um dos desafios da regulamentação, segundo a assessora especial da Secretaria Geral, Laís de Figueirêdo Lopes, é definir processos de prestação de contas simplificados para parcerias que envolvam menores volumes de recursos públicos. “Já parcerias com maior volume de recursos têm que ser olhadas de maneira mais rígida”, avaliou.

De acordo com Laís, os contratos com valores abaixo de R$ 600 mil representam 80% das parcerias, mas apenas 20% do dinheiro disponível para parcerias com organizações da sociedade civil.

Com as novas regras, o governo pretende reduzir casos de desvios de recursos públicos na relação entre o governo e organizações da sociedade civil. Segundo Alencar, da CGU, cerca de 3% dos contratos apresentam problemas, percentual considerado “normal”, mas as exceções acabam generalizando a má impressão sobre as parcerias e repasses.

“Vivemos uma tentativa muito forte de criminalizar essa relação com organizações da sociedade civil, de que, a princípio, não seriam sérias, profícuas, quando é justamente o contrário. Algumas políticas públicas têm muito mais efetividade se feitas em parceria com a sociedade civil”, defendeu. “Há milhares de organizações que lidam com situações em que o Poder Público dificilmente poderia fazer tão bem-feito”, acrescentou.

No próximo dia 29, o Sindicato das Instituições Particulares de Ensino Superior do Estado de Pernambuco (Siespe) realizará um seminário sobre “Regulação, Supervisão e Avaliação do contexto da SERES/MEC”. A ideia da ação é discutir as normas de regulação e supervisão de Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, e dos cursos superiores de graduação do tipo bacharelado, licenciatura e tecnológico, além de pós-graduação lato sensu, todos na modalidade presencial ou à distância.

O evento contará com a palestra do secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), Dr. Jorge Rodrigo Araújo Messias e sua equipe. O presidente do Siespe, Jânyo Diniz, abrirá o encontro, juntamente com o fundador do Grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz.

Para associados ao Siespe as inscrições são gratuitas e, para o restante do público, a taxa custa R$ 500. O seminário será no Mar Hotel Recife, localizado na Rua Barão de Souza Leão, 451, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. O horário de realização é das 8h às 12h. Outros detalhes informativos sobre o encontro e inscrições devem ser obtidos pelo e-mail siespe@siespe.com.br ou pelos telefones (81) 3221-1326 ou 3423-9268.

O relator especial para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, afirmou nesta quinta-feira (13), em São Paulo, que a imprensa não deve sofrer regulações, especialmente de conteúdo. Ele defende, no entanto, que o governo regule a distribuição das concessões de rádio e TV, com o objetivo de evitar a formação de monopólios.

"Em termos gerais, eu não gosto de falar em regulação de conteúdo. Particularmente, me assusta dar excessivos poderes de intervenção ao Estado, porque isso sempre pode levar à censura."

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La Rue defendeu ainda que não cabe ao governo definir "o que é verdade e o que não é verdade", pois, segundo ele, esse papel deve ser exercido pela sociedade civil. A sugestão do relator da ONU é que a própria população crie uma espécie de "observatório" para monitorar a imprensa.

"As críticas aos meios de comunicação devem partir de quem consome informação. Esse observatório, sim, seria livre para dizer se um veículo é bom, se é mal, ou se tergiversa."

La Rue, que recentemente se posicionou a favor da Lei de Mídia da Argentina, voltou a elogiar a norma. Para os críticos, a medida tem como objetivo atingir o Grupo Clarín, considerado inimigo da presidente Cristina Kirchner. "Eu não defendo as atitudes da presidente, eu defendo a lei, que é muito boa."

O relator da ONU chegou ao País na terça-feira, a convite do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que reivindica um novo marco regulatório para a mídia. Em sua passagem por Brasília, encontrou-se com os ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).

O relator, no entanto, evitou fazer comentários sobre questões relativas ao Brasil, pois, segundo ele, está aqui para participar de eventos acadêmicos e não em missão oficial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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