O aumento de 10% exigido pelos rodoviários de Pernambuco está sendo pago por algumas empresas, informou o sindicato da categoria na manhã desta sexta-feira (6). No entanto, a instituição garante que, até às 12h de hoje, será realizado um balanço para apurar se, de fato, todos os patrões estão cumprindo o prometido.
Até o momento, a informação é que as empresas de ônibus Metropolitana, Caxangá e Vera Cruz realizam o pagamento com o reajuste salarial. Por esse motivo, nenhuma mobilização deve ser realizada ao longo do dia.
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Desde julho deste ano, a categoria luta pelo aumento dos salários e pelo reajuste no tíquete-alimentação. O segundo item, no entanto, ainda não foi obtido pelos trabalhadores. Porém, uma reunião da categoria com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) está marcada para próxima segunda-feira (8), em Brasília, para discutir a reivindidacação.
No Estado, uma assembleia deve ser realizada neste sábado (6) pela oposição do sindicato, para definir os próximos passos dos trabalhadores. O local da reunião não foi informado.
Entenda o caso – No último dia 21 de agosto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu, provisoriamente, a decisão tomada pelo Tribunal Regional da 6ª Região (TRT-PE), em 30 de julho, sobre o dissídio coletivo dos trabalhadores rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR).
O aumento salarial da categoria, que foi aprovado em 10%, desceu para 6%. Dessa forma, o salário de motorista passaria a ser de R$ 1.700,30; o de fiscal de 1.100,17; e o de cobrador no valor de R$ 830,29.
Ainda na decisão, o reajuste no tíquete de alimentação, que havia sido corrigido pelo TRT-PE em 75%, também será reajustado a 6%, passando a ser R$ 181,26. O mesmo reajuste foi aplicado às diárias para motoristas em viagens especiais, ao auxílio funeral e à indenização por morte ou invalidez.
O próprio Tribunal voltou atrás, após uma paralisação da categoria. O órgão decidiu por manter os 10% de aumento salarial, porém, os outros reajustes continuaram os mesmos, o que deixou os trabalhadores insatisfeitos.
Em oito dias, os rodoviários da RMR realizaram três paralisações. Os atos deixaram cerca de dois milhões de usuários do transporte público sem ônibus.