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Deflagrada na última segunda-feira (28), a greve dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) chega hoje ao seu terceiro dia. Nessa terça-feira (29), a categoria e a classe patronal se reuniram numa audiência de conciliação, que durou cerca de seis horas, mas não houve acordo.
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Aldo Lima, um dos representantes da Oposição dos Rodoviários, contou que a proposta apresentada pelas empresas de transportes foi de 6,6%. "Eles disseram que poderia dar esse valor de aumento e pronto. Mas esse mesmo valor já é garantido pela lei. Essa Justiça não nos passa confiança. Sendo assim, a greve está mantidíssima", informou.
Nesta quarta-feira (30), é possível ver ônibus circulando nas ruas e avenidas do Grande Recife, mas em quantidade menor, se comparado aos dias normais. Vários passageiros aguardam nas paradas de ônibus, incertos se irão conseguir cumprir seus compromissos.
No Terminal Integrado (TI) Joana Bezerra, na área central do Recife, a movimentação é tranquila, mas os coletivos demoram a chegar. Arnaldo Otaviano, morador do bairro de Afogados, Zona Oeste da Cidade, reclama que já espera o veículo há mais de uma hora.
“Preciso seguir para Rio Doce [Olinda] e estou aqui desde às 6h45. São 8h05 e até agora nada. A demora continua do mesmo jeito dos outros dias. Ontem eu esperei 3h30 para conseguir sair do terminal de Xambá”, reclamou.
Do lado de fora do TI Joana Bezerra, motociclistas oferecem o serviço informal de mototáxi. Quem não quer correr o risco de perder mais um dia de trabalho, acaba recorrendo a essa alternativa.
Para hoje, está programada uma assembleia na sede do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino do Recife (Simpere), quando os profissionais irão debater sobre os rumos da paralisação. Como não houve acordo entre as duas partes, a greve deve ser julgada no Tribunal Regional do Trabalho, às 17h.
Greve - Anunciada no dia 24, a greve dos motoristas, cobradores e fiscais reivindica 10% de aumento salarial e vale-alimentação de R$ 320,00. Eles não aceitaram proposta patronal de aumento linear de 5% nos salários e no tíquete-alimentação, que é de R$ 171,00.