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As duas principais cabeças de chave de Roland Garros tiveram destinos opostos nesta segunda-feira, no saibro de Paris. A romena Simona Halep, atual número 1 do mundo, avançou às quartas de final, enquanto a dinamarquesa Caroline Wozniacki se despediu ainda nas oitavas, no complemento de jogo interrompido no domingo. Estes resultados podem afetar a briga pela liderança do ranking da WTA.

Halep foi a primeira a entrar em quadra nesta segunda. E ela não permaneceu muito tempo sobre o saibro. Foram apenas 59 minutos para superar a belga Elise Mertens pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1. Mertens era a 16ª cabeça de chave no Grand Slam francês e vinha de dois títulos sobre o saibro na temporada.

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A tenista romena dominou a partida contra a belga ao mostrar maior precisão ao longo dos dois sets. Foram apenas 13 erros não forçados, contra 22 da rival. No total, Halep somou quase o dobro de pontos da adversária: 61 a 37.

Nas quartas de final, a atual líder do ranking vai enfrentar a vencedora do duelo entre a alemã Angelique Kerber, ex-número 1 do mundo, e a embalada francesa Caroline Garcia. As duas vão se enfrentar ainda nesta segunda.

Enquanto Halep avançava, Wozniacki se despedia de Paris. A campeã do Aberto da Austrália caiu diante da jovem russa Daria Kasatkina por 2 a 0, com parciais de 7/6 (7/5) e 6/3. O jogo teve início no domingo, mas foi paralisado por falta de luz natural. A dinamarquesa liderava o placar por 7/6 (7/5) e 3/3.

Na retomada da partida, a russa de 21 anos manteve o forte ritmo. Ela obteve uma quebra ao fazer 5/3 no segundo set e fechou o jogo. Kasatkina nunca havia passado das oitavas de final de um Grand Slam. Nas quartas, a russa vai enfrentar a norte-americana Sloane Stephens, atual campeã do US Open e décima cabeça de chave em Paris.

Apesar da eliminação, Wozniacki ainda tem chances de assumir a liderança do ranking na próxima segunda-feira. Para tanto, terá que torcer pela queda de Halep na próxima partida em Roland Garros. E também terá que torcer por um revés da espanhola Garbiñe Muguruza, que não poderia alcançar a final.

O sérvio Novak Djokovic está classificado às quartas de final de Roland Garros. Neste domingo, o hoje número 22 do mundo avançou no Grand Slam parisiense ao derrotar o espanhol Fernando Verdasco, o 35º colocado no ranking da ATP, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/2, em 2 horas e 25 minutos.

Essa foi a 11ª vitória de Djokovic em 15 duelos com Verdasco, de quem não perde desde a edição de 2010 do Masters 1000 de Roma. Nesse novo encontro, o começo foi em ritmo lento, com pontos e games muitos longos. Até que Djokovic, mesmo com desempenho irregular, aproveitou vacilo de Verdasco no quarto game para conseguir a quebra de serviço. O sérvio abriu 4/1 na sequência e fechou a parcial em 6/3 sem grandes sustos.

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Verdasco começou mal o segundo set, perdendo o seu saque logo no game inicial e passando a exibir irritação em quadra. Mas esboçou reação ao converter break point no quarto game. Só que o espanhol voltou a perder o saque no quinto game. Djokovic ainda desperdiçou a chance de fechar a parcial no nono game, mas não vacilou na sequência, fazendo 6/4 logo após longa parada para atendimento médico de Verdasco por causa de uma bolha no pé direito.

O terceiro set foi o mais fácil para Djokovic. O sérvio conseguiu duas quebras de serviço e fechou a parcial em 6/3 sem grande esforço, avançando às quartas de final de Roland Garros pela 12ª vez na carreira e a nona consecutiva - ele foi campeão em 2016.

O próximo adversário de Djokovic será o italiano Marco Cecchinato, o número 72 do mundo, que surpreendeu ao derrotar o belga David Goffin, o nono colocado no ranking, por 3 sets a 1, com parciais de 7/5, 4/6, 6/0 e 6/3, em 2 horas e 31 minutos. O duelo entre o sérvio e o italiano é inédito.

Não faltou esforço para Alexander Zverev se classificar pela primeira vez às quartas de final de um dos torneios do Grand Slam. Neste domingo, o número 3 do mundo conseguiu a sua terceira vitória consecutiva de virada e em cinco sets para alcançar esse estágio em Roland Garros, evento parisiense disputado em quadras de saibro.

Em 3 horas e 29 minutos, Zverev derrotou o russo Karen Khachanov, o 38º colocado no ranking, por 3 a 2, com parciais de 4/6, 7/6 (7/4), 2/6, 6/3 e 6/3.

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Assim, superou o seu melhor desempenho em um Grand Slam, que havia sido alcançado na edição de 2017 de Wimbledon, em que parou nas oitavas de final. E aos 21 anos, Zverev também se tornou o mais jovem tenista a alcançar as quartas de final de Roland Garros desde que o argentino Juan Martin del Potro o fez em 2009, quando tinha 20 anos.

O duelo deste domingo repetiu o roteiro dos dois confrontos anteriores de Zverev em Roland Garros, pois em ambos ele chegou a estar perdendo por 2 a 1, para o sérvio Dusan Lajovic e o bósnio Damir Dzumhur, que inclusive teve match point no jogo pela terceira rodada.

"Eu sou jovem, então posso ficar na quadra para treinar um pouco", disse Zverev, após o seu triunfo, quando questionado sobre a longa duração das suas partidas em Roland Garros.

Nas quartas de final, Zverev terá pela frente o austríaco Dominic Thiem. O número 8 do mundo se classificou para esta etapa do Grand Slam parisiense pelo terceiro ano consecutivo ao derrotar o japonês Kei Nishikori, o 21º colocado no ranking, por 3 sets a 1, com parciais de 6/2, 6/0, 5/7 e 6/4, em 2 horas e 28 minutos. "Os dois primeiros sets foram incríveis e então ele elevou seu nível", disse o austríaco.

Nishikori marcou apenas 14 pontos no primeiro set e ainda menos - nove - no segundo, mas reagiu no terceiro, quando converteu break point no 12º game, para fazer 7/5 e forçar a realização da quarta parcial, quando Thiem voltou a se impor para garantir o seu triunfo.

Agora, então, Thiem buscará mais uma vitória para repetir o desempenho que teve no ano passado e em 2016 em Roland Garros, quando parou nas semifinais. O austríaco já enfrentou Zverev seis vezes e venceu quatro.

O alemão Alexander Zverev sofreu muito para confirmar o seu favoritismo nesta sexta-feira e seguir vivo no torneio masculino de simples de Roland Garros. Atual terceiro colocado do ranking mundial e segundo cabeça de chave do Grand Slam francês, o jovem tenista de 21 anos chegou a salvar um match point no quinto set da partida que travou com o bósnio Damir Dzumhur, 29º colocado da ATP, antes de triunfar e assegurar classificação às oitavas de final da competição em Paris.

A batalha durou 3h54min e Zverev precisou buscar também uma virada no placar após estar perdendo por 2 sets a 1 no confronto que terminou com parciais de 6/2, 3/6, 4/6, 7/6 (7/3) e 7/5.

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Com o triunfo por 3 a 2, o tenista da Alemanha se credenciou para encarar na próxima fase o vencedor do confronto entre o francês Lucas Pouille e o russo Karen Khachanov, programado para fechar a programação da chave de simples nesta sexta-feira.

Zverev almeja se tornar o primeiro alemão a ganhar o título do torneio masculino de Roland Garros desde 1937, quando Henner Henkel ergueu a taça de campeão. E ele se viu muito próximo de ser eliminado nesta sexta ao apresentar um desempenho muito instável no duelo com Dzumhur. Embora tenha quebrado o saque do seu adversário por nove vezes, ele também foi superado em outras oito ocasiões com o serviço na mão.

Os dois tenistas disparam 51 bolas vencedoras cada um no duelo, sendo que o alemão cometeu um número maior de erros não forçados (73 a 68). Por esta inconstância, o atual número 3 do mundo só conseguiu liquidar o quarto set no tie-break para se manter vivo na partida e ainda precisou salvar um match point quando o bósnio liderava a última parcial em 5/4.

Antes deste duelo, Zverev também precisou jogar cinco sets para confirmar favoritismo diante do sérvio Dusan Lajovic, 60º colocado da ATP, na terceira rodada, mas sofreu bem menos do que nesta sexta ao ganhar as duas últimas parciais do confronto com facilidade.

DJOKOVIC - Outro tenista de destaque que precisou suar muito neste dia de duelos em Paris para avançar às oitavas de final foi Novak Djokovic. Campeão do Grand Slam francês em 2016, o sérvio precisou jogar quase quatro horas para superar o espanhol Roberto Bautista Agut, 13º colocado da ATP, por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/7 (6/8), 7/6 (7/4) e 6/2.

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Com o triunfo, o atual 22º tenista do ranking mundial avançou para encarar na próxima fase outro jogador da Espanha: Fernando Verdasco, 34º do ranking, responsável pela surpreendente eliminação do búlgaro Grigor Dimitrov, quinto da ATP, com uma vitória por 3 sets a 0, parciais de 7/6 (7/4), 6/2 e 6/4, em outro confronto desta sexta.

Ainda na luta para buscar o seu primeiro título no ano após lutar contra uma série de lesões desde a temporada passada, Djokovic chegou a ter o seu saque quebrado por cinco vezes na partida contra Bautista Agut, mas converteu oito break points e levou a melhor do importante tie-break do terceiro set antes de deslanchar rumo ao triunfo na quarta parcial.

Em outro duelo já encerrado nesta sexta na capital francesa, o japonês Kei Nishikori também foi às oitavas de final ao arrasar o francês Gilles Simon com parciais de 6/3, 6/1 e 6/3. O seu próximo adversário será o ganhador da partida entre o austríaco Dominic Thiem, sétimo cabeça de chave, e o italiano Matteo Berrettini, também prevista para ser encerrada neste dia de confrontos.

A norte-americana Serena Williams teve muita dificuldade, mas garantiu vaga na terceira rodada de Roland Garros nesta quinta-feira. De volta aos torneios de Grand Slam, a ex-número 1 do mundo passou na segunda fase pela australiana Ashleigh Barty por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 3/6, 6/3 e 6/4.

Dona de 23 títulos do Grand Slam, Serena não jogava em um dos quatro principais torneios do tênis desde que havia sido campeã do Aberto da Austrália de 2017, quando já estava grávida do seu primeiro filho. E hoje apenas a número 451 do mundo, ela pouco atuou nesta temporada, só tendo participado dos Torneios de Miami e de Indian Wells no circuito da WTA.

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Em Roland Garros ela disputa sua primeira competição no saibro em 2018 e busca seu quarto troféu no torneio. Contra Barty, cabeça de chave número 17, ela começou sentindo a falta de ritmo e viu a adversária fechar o primeiro set. A partir daí, porém, fez valer sua superioridade e buscou a virada.

Na terceira rodada, Serena terá tarefa teoricamente mais difícil. Ela vai encarar a cabeça de chave número 11 do torneio, a alemã Julia Görges, que venceu nesta quinta-feira a belga Alison van Uytvanck por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 7/6 (7/5).

Outra favorita que confirmou esta condição nesta quinta foi a francesa Caroline Garcia. Sétima cabeça de chave em Roland Garros, ela passou por 2 sets a 1 pela chinesa Shuai Peng, com parciais de 6/4, 3/6 e 6/3. Na próxima rodada, vai encarar a romena Irina-Camelia Begu, que bateu outra chinesa, Shuai Zhang, em dois sets: 6/3 e 6/4.

Ainda nesta quinta, a alemã Angelique Kerber avançou à terceira rodada ao bater a romena Ana Bogdan por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3. Agora, a cabeça de chave número 12 vai encarar a holandesa Kiki Bertens, 18.ª favorita em Paris.

Um dos grandes favoritos ao título de Roland Garros, o argentino Juan Martín Del Potro levou um susto logo na estreia do Grand Slam francês, mas largou com vitória nesta terça-feira. O cabeça de chave número 5 do torneio eliminou o veterano dono da casa Nicolas Mahut por 3 sets a 1, de virada, com parciais de 1/6, 6/1, 6/2 e 6/4.

Del Potro é o sexto colocado no ranking, mas teve bastante dificuldades diante do número 116 do mundo, de 36 anos. Para superar o duelo que se desenhou tão complicado no começo, o tenista argentino contou mais uma vez com seu potente saque, uma vez que disparou nove aces.

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Na próxima rodada, Del Potro pode ter pela frente um compatriota, já que encara o vencedor do duelo entre o argentino Leonardo Mayer e o francês Julien Benneteau, que foi iniciado nesta terça mas não terminou por falta de luz natural. Mayer leva a melhor por 1 set a 0, com parcial de 6/2, e vencia o segundo por 4 a 3 quando a partida foi interrompida.

Outro cabeça de chave que estreou nesta terça-feira foi o norte-americano Jack Sock. Ao contrário de Del Potro, no entanto, ele foi surpreendido. O 14.º favorito de Roland Garros não resistiu à surpresa estoniana Jürgen Zopp, apenas número 136 do mundo, que venceu por 3 sets a 2, com parciais de 6/7 (4/7), 6/2, 4/6, 7/6 (7/5) e 6/3.

Com o resultado, Zopp garantiu vaga na segunda rodada, na qual terá pela frente o belga Ruben Bemelmans. Número 110 do mundo, ele derrotou na estreia o indiano Yuki Bhambri por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/4 e 6/1.

Outro cabeça de chave a ser derrotado na estreia foi o espanhol Feliciano López. Listado como 28.º favorito, ele caiu diante do ucraniano Sergiy Stakhovsky, que levou a melhor em três sets, com parciais de 6/2, 6/4 e 6/2. Na segunda rodada, Stakhovsky pega o alemão Mischa Zverev, que eliminou seu compatriota Florian Mayer também por 3 sets a 0: 6/2, 6/1 e 7/6 (7/3).

Ainda nesta terça, o sueco Elias Ymer, número 122 do mundo, passou pelo israelense Dudi Sela por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/3), 6/3 e 6/1. Agora, encara o italiano Fabio Fognini, 18.º favorito em Roland Garros.

Grande favorito ao título de Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal não conseguiu finalizar seu primeiro jogo no saibro de Paris, nesta segunda-feira. A chuva interrompeu sua estreia, contra o italiano Simone Bolelli, no terceiro set. A partida será retomada nesta terça, novamente na Philippe Chatrier, a quadra principal do complexo.

Nadal liderava o placar, com boa vantagem, quando o mau tempo impediu a sequência do duelo. O tenista número 1 do mundo vencia o atual 129º do ranking com parciais de 6/4, 6/3 e 0/3. Apesar do favoritismo, o espanhol sofreu mais do que esperava para abrir a vantagem.

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No segundo set, Bolelli faturou a primeira quebra da parcial ao fazer 3/1. Depois disso, Nadal obteve forte virada e fez 6/3. E, no terceiro, o roteiro se repetiu. Com nova quebra, o italiano abriu 3/0. Na retomada, nesta terça, Nadal e Bolelli farão o segundo jogo da Philippe Chatrier, após o duelo entre o croata Marin Cilic, atual número quatro do mundo, e o australiano James Duckworth.

Outros quatro jogos da chave masculina foram interrompidos nesta segunda: John Isner vencia Noah Rubin por 6/3 e 7/6 (9/7), Horacio Zeballos liderava contra Yuichi Sugita por 6/4 e 6/6 (2/0), Matt Ebden empatava com Thomas Fabbiano por 4/6, 7/5, 2/6 e 6/3 e João Sousa batia Guido Pella por 6/2, 6/3 e 2/3.

Considerado um dos candidatos a encerrar a hegemonia de Nadal, dono de 10 títulos em Paris, o austríaco Dominic Thiem estreou com vitória, nesta segunda. O atual número oito o mundo bateu o bielo-russo Ilya Ivashka por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/4 e 6/1. Seu próximo adversário será o grego Stefanos Tsitsipas, um dos destaques desta temporada de saibro na Europa.

Uma das apostas da casa, o local Richard Gasquet também se garantiu na segunda rodada ao superar o italiano Andreas Seppi por 6/0, 6/2 e 6/2. Na sequência, ele vai enfrentar o tunisiano Malek Jaziri, que avançou na chave ao eliminar o russo Mikhail Youzhny por 3 sets a 2, com parciais de 2/6, 6/2, 6/2, 3/6 e 6/2.

Campeão do Rio Open, o argentino Diego Schwartzman fez uma estreia tranquila em Paris. Em sets diretos, ganhou do local Calvin Hemery por 6/1, 6/3 e 6/1. O atual número 12 do mundo vai encarar na segunda rodada o checo Adam Pavlasek, que bateu o bósnio Mirza Basic por 6/7 (4/7), 7/5, 6/2 e 6/2.

A rodada desta segunda foi marcada pela queda de três veteranos do circuito. O espanhol David Ferrer foi eliminado pelo jovem compatriota Jaume Antoni Munar Clar numa batalha de cinco sets: 3/6, 3/6, 7/6 (7/3), 7/6 (7/4) e 7/5. Com 21 anos, Munar é o atual 155º do mundo. Na sequência, ele terá pela frente o sérvio Novak Djokovic, que venceu nesta segunda o brasileiro Rogério Dutra Silva.

Outro veterano a se despedir nesta segunda foi o alemão Philipp Kohlschreiber, batido pelo croata Borna Coric por 6/3, 3/6, 6/3 e 6/4. E o cipriota Marcos Baghdatis foi eliminado ao abandonar a partida contra o colombiano Santiago Giraldo quando vencia o jogo por 6/3 e 4/3.

Ainda nesta segunda-feira, venceram na estreia os espanhóis Albert Ramos-Viñolas e Roberto Bautista-Agut, o norueguês Casper Ruud, o francês Gilles Simon e o norte-americano Sam Querrey.

Roland Garros definitivamente tem um dono. Neste domingo, Rafael Nadal mostrou por que é o melhor tenista da história no saibro e conquistou o Grand Slam francês pela décima vez ao dar uma verdadeira aula e atropelar o suíço Stan Wawrinka na decisão por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/1, em apenas 2h05 de partida.

Trata-se, também, do 15.º troféu de Grand Slam levantado pelo espanhol, ultrapassando Pete Sampras, após um "jejum" de três anos, já que o último havia sido justamente em Roland Garros, em 2014. De lá para cá, Nadal enfrentou diversos problemas físicos no joelhos e chegou a dar a impressão de que não mais voltaria a jogar em alto nível.

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Mas o espanhol sempre foi conhecido pelo estilo aguerrido e por nunca desistir, e desta vez não seria diferente. Nadal não apenas retornou ao circuito, como dá mostras de estar vivendo o melhor momento da carreira no saibro. Em 2017, por exemplo, ele perdeu somente uma partida neste tipo de quadra até o momento, em 25 duelos disputados.

Não à toa, a temporada 2017 tem sido especial para o espanhol e marcada pelo número 10. Neste ano, ele chegou não apenas ao décimo título em Roland Garros, mas também em Montecarlo e Barcelona. Com a marca, ele é o segundo atleta com maior número de títulos em um mesmo Grand Slam, ultrapassando as nove conquistas de Martina Navratilova em Wimbledon e atrás somente das 11 de Margaret Court na Austrália.

Talvez nem o próprio Nadal esperasse esta volta por cima, e provavelmente por isso, o espanhol tanto se emocionou neste domingo. Mesmo acostumado a levantar troféus em Paris, imediatamente após o último ponto, conquistado em erro de Wawrinka, o tenista desabou no chão e caiu nas lágrimas.

A superioridade de Nadal este ano em Roland Garros é traduzida nos números. Em sete partidas, o espanhol não perdeu sequer um set - igualando o que havia alcançado em 2008 e 2010 - e cedeu apenas 35 games aos adversários, segunda melhor marca da história em Grand Slams desde que passaram a ser disputados em cinco sets.

Se não encontrou qualquer dificuldade ao longo do torneio, não foi Wawrinka que se tornou um obstáculo para Nadal. O suíço só conseguiu segurar o espanhol nos primeiros games, e às duras penas. Mas depois de muito pressionar, o número 4 do mundo quebrou o serviço do adversário no sexto game, repetiu no oitavo e fechou o primeiro set.

A vantagem embalou Nadal, que voltou para a segunda parcial ainda mais confortável, aproveitando um break point no saque de Wawrinka logo de cara. O suíço até chegou a ameaçar devolver a quebra, mas não concretizou.

E com dois sets na frente, parecia questão de tempo a conquista de Roland Garros mais uma vez. O troféu ficou ainda mais próximo quando Nadal voltou a quebrar Wawrinka logo no segundo game. Desestabilizado, o suíço desmoronou e viu o espanhol repetir a quebra no quinto e no sétimo game para confirmar o histórico triunfo.

Com o resultado, Nadal tem um incrível retrospecto de 79 vitórias e somente duas derrotas em Roland Garros. Em partidas de melhor de cinco sets no saibro, o número é ainda mais impressionante: 102 triunfos e somente dois resultados negativos. E aos 31 anos, o espanhol parece cada vez mais dominante no piso.

A checa Karolina Pliskova e a romena Simona Halep honraram a condição de principais cabeças de chave vivas no torneio feminino de Roland Garros e se classificaram nesta quarta-feira às semifinais do Grand Slam parisiense, fase em que vão se enfrentar por uma vaga na decisão.

Número 4 do mundo, Halep avançou após salvar um match point da ucraniana Elina Svitolina, a sexta colocada no ranking da WTA, para superá-la, de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 7/6 (8/6) e 6/0.

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O duelo ficou marcado pela oscilação das tenistas, tanto que Halep chegou a estar perdendo o primeiro set por 5/0. A romena esboçou uma reação antes de cair por 6/3. Na segunda parcial, a recuperação, de fato, aconteceu, para evitar a sua eliminação em Roland Garros.

Afinal, Halep perdia a parcial por 5/1, mas conseguiu levá-la para o tie-break, que ela venceu após desperdiçar quatro set points e salvar um match point. Svitolina, então, pareceu ter se abalado pela oportunidade desperdiçada, tanto que levou um "pneu" da romena no terceiro set.

Assim, a ucraniana, que faz ótima temporada - soma 31 vitórias e quatro títulos -, desperdiçou a chance de se tornar a primeira ucraniana a se classificar às semifinais de um Grand Slam.

Vice-campeã de Roland Garros em 2014, Halep está a uma vitória de igualar a sua melhor campanha em Paris. Para isso, terá que superar Pliskova. A número 3 do mundo se garantiu nas semifinais ao bater a francesa Caroline Garcia, a 27ª colocada no ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/3) e 6/4.

Tendo uma final de Grand Slam no currículo - foi vice-campeã do US Open no ano passado -, Pliskova nunca havia ido além da segunda rodada em Roland Garros. Agora, porém, está a um passo da decisão e eliminou a última esperança francesa do torneio em Paris.

A outra semifinal feminina de Roland Garros será entre a suíça Timea Bacsinszky e a letã Jelena Ostapenko, sendo que as duas partidas serão disputadas nesta quinta-feira. Mas independentemente de quem avançar à decisão, a chave feminina de Roland Garros terá uma campeã inédita. Além disso, nenhuma semifinalista possui títulos dos torneios do Grand Slam.

O austríaco Dominic Thiem e o espanhol Rafael Nadal vão se enfrentar em uma das semifinais de Roland Garros. Nesta quarta-feira, o número 7 do mundo despachou o sérvio Novak Djokovic, o atual campeão do Grand Slam parisiense em três sets, incluindo um "pneu" na última parcial, enquanto Nadal ficou pouco tempo em quadra, pois o compatriota Pablo Carreño Busta abandonou o confronto ainda na segunda parcial.

Com uma grande atuação, Thiem superou Djokovic, o número 2 do mundo, por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/5), 6/3 e 6/0, em 2 horas e 15 minutos, na quadra Suzanne Lenglen do complexo de Roland Garros, nesta quarta-feira.

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Esta foi a primeira vitória de Thiem sobre Djokovic, para quem havia perdido as cinco partidas anteriores. E o resultado classificou o austríaco para as semifinais de Roland Garros pela segunda vez consecutiva - no ano passado, ele perdeu exatamente para o sérvio.

Agora, além de ter eliminado Djokovic, Thiem avança às semifinais em Paris sem ter perdido sequer um set. No primeiro do duelo desta quarta, o austríaco ficou na frente ao conseguir uma quebra de saque no terceiro game, mas permitiu que o sérvio reagisse, fazendo 4/2. Mas aí foi a vez de Thiem se recuperar, igualar o placar e forçar a realização do tie-break, quando se deu melhor.

Embalado por estar em vantagem, Thiem começou o segundo set com tudo, abrindo 3/0 com um break convertido no segundo game. Na frente do placar, o austríaco atuou com tranquilidade e confiança para sustentar a situação favorável até fechar a parcial em 6/3.

Solto em quadra, Thiem sobrou no terceiro set. O austríaco cometeu poucos erros e se aproveitou da apatia de Djokovic para definir a parcial em apenas 20 minutos, não permitindo que o atual campeão de Roland Garros confirmasse o seu saque sequer uma vez, aplicando um "pneu" para avançar em Paris.

Nadal está em busca do seu décimo título em Roland Garros e se classificou pela décima vez às semifinais do torneio. O número 4 do mundo liderava, nesta quarta-feira, o seu duelo com Carreño Busta, o 21º colocado no ranking, por 6/2 e 2/0 quando o compatriota abandonou a quadra com problemas abdominais.

Assim, Nadal ficou apenas 50 minutos em quadra nas quartas de final diante de Carreño Busta, que vinha de uma grande vitória na fase anterior em Roland Garros, sobre o canadense Milos Raonic, em duelo que durou mais de quatro horas.

Nesta quarta-feira, porém, não ofereceu qualquer resistência a Nadal, que abriu 5/1, com duas quebras de serviço. O eneacampeão de Roland Garros ainda perdeu o seu saque na sequencia, adiando a definição do primeiro set, o que aconteceu no game seguinte, quando converteu mais um break point.

Antes do início do segundo set, Carreño Busta recebeu atendimento médico. De volta à quadra, perdeu os dois primeiros games da parcial e ao errar um smash no início do terceiro e decidiu abandonar o duelo, recebendo o consolo de Nadal.

Assim, Nadal também se classificou às semifinais de Roland Garros sem perder sequer um set - no total, só foi batido em 22 games. E agora o espanhol tentará ampliar a sua vantagem no confronto direto com Thiem, contra quem soma quatro vitórias e duas derrotas. Nesta temporada, o espanhol se deu melhor nas finais do Masters 1000 de Madri e do Torneio de Barcelona, tendo sido eliminado pelo austríaco no Masters 1000 de Roma.

As semifinais de Roland Garros estão agendadas para a próxima sexta-feira. E os outros dois duelos das quartas de final - Andy Murray x Kei Nishikori e Stan Wawrinka x Marin Cilic - serão disputados ainda nesta quarta.

Depois de vários atentados terroristas que assustaram a França nestes últimos anos, a organização de Roland Garros manteve o nível de segurança elevado pelo segundo ano consecutivo. O complexo onde é disputado o Grand Slam francês é cercado por seguranças e barreiras de parada para revistas de fãs de tênis, jornalistas e até de membros da organização do torneio.

O nível de segurança foi ampliado inicialmente para a edição 2016 da competição, na esteira dos atentados que vinham causando medo em Paris e no interior do país. Para este ano, a mesma estrutura foi mantida. A organização de Roland Garros não revela medidas adicionais e nem o número de pessoas envolvidas na ação, alegando justamente questões de segurança.

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Para entrar no complexo, vindo da estação de metrô mais próxima (Porte D'Auteuil), o torcedor deve passar por ao menos três barreiras, nas quais deve abrir mochilas e bolsas e ainda passar por revista manual e com detector de metais. O mesmo vale para os jornalistas, obrigados a uma revista extra, na porta de entrada, em razão dos aparelhos eletrônicos que carregam para realizar seus trabalhos.

Grades de metal, vestidas com tecido verde escuro e o símbolo de Roland Garros, delimitam a entrada das pessoas, enquanto caixas de som espalhadas pelas ruas vizinhas explicam os procedimentos de segurança e pedem a compreensão do público, que parece não reclamar da rigidez do controle. Para efeito de comparação, a entrada nos jogos da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo tinha menos paradas para revistas e checagem de bolsas.

Dentro do complexo, os seguranças são menos visíveis e o clima é de tranquilidade, apesar de um susto ocorrido na quarta-feira passada. A organização fechou rapidamente uma passagem ao lado da quadra Philippe Chatrier, a maior e mais importante do complexo, devido a uma mala esquecida no local. O trecho por onde passam fãs e jornalistas ficou interditado por poucos minutos e não chegou a afetar a partida entre a espanhola Garbiñe Muguruza e a estoniana Anett Kontaveit, que era disputada na quadra principal.

Mesmo admitindo que não gosta de ser acompanhado por seguranças, o espanhol Rafael Nadal disse compreender a rigidez do controle em Roland Garros. "Sou o tipo de pessoa que não gosta de estar cercado por seguranças. Mas, num grande evento como esse, é importante tomar as medidas corretas de segurança para todo o público, para os jogadores, para todo mundo ficar seguro", afirmou o maior campeão da história do torneio parisiense, com nove títulos.

A rigidez no controle em Roland Garros não é por acaso. A França sofreu pelo menos dez atentados terroristas desde o início de 2015, a partir do ataque ao jornal Charlie Hebdo. Em novembro do mesmo ano, Paris voltou ao noticiário mundial por causa dos ataques à casa de shows Bataclan e à vizinhança do Stade de France. No total, 130 pessoas morreram.

O Estado Islâmico reivindicou os ataques, assim como fez em abril deste ano, quando um tiroteio na Avenida Champs-Élysées, a mais famosa rua parisiense, voltou a assustar os franceses. Um policial e o próprio atirador morreram no local.

O sérvio Novak Djokovic está nas quartas de final de Roland Garros. Neste domingo, com certa tranquilidade, o vice-líder do ranking superou o espanhol Albert Ramos-Viñolas (20.º do mundo) por 3 sets a 0 - com parciais de 7/6 (7/5), 6/1 e 6/3.

Embora tenha encontrado certa dificuldade no primeiro set, Novak Djokovic foi dominante em todo o duelo, liderou quase todos os fundamentos e venceu em 2 horas e 27 minutos. Foram 111 pontos vencidos pelo sérvio, contra apenas 87 do espanhol.

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Destaque para o bom desempenho de Novak Djokovic nos pontos importantes ao converter sete de suas 10 chances de quebra e salvar cinco de oito. O sérvio também concluiu o jogo com 34 winners - contra 28 de Albert Ramos-Viñolas - e apenas 30 erros, ante 37 do espanhol.

Com o triunfo deste domingo, Novak Djokovic retoma o seu "ritmo" em Roland Garros. Após vencer seus dois primeiros duelos com muita tranquilidade, contra o espanhol Marcel Granollers e o português João Sousa, ele precisou de cinco sets para superar o argentino Diego Schwartzman. Agora, com um jogo mais tranquilo, retoma fôlego para o torneio.

O adversário de Novak Djokovic nas quartas de final será o austríaco Dominic Thiem, sétimo do mundo, que também neste domingo massacrou o argentino Horacio Zeballos, 65.º do ranking da ATP, e ganhou por 3 sets a 0 - com parciais de 6/1, 6/3 e 6/1.

E, se mantiver o retrospecto diante do adversário, Novak Djokovic tem grandes chances de alcançar a semifinal: foram cinco vitórias contra Dominic Thiem em cinco confrontos, a última delas na semifinal do Masters 1000 de Roma, na Itália, em maio, por um inapelável 6/1 e 6/0.

DUPLAS MISTAS - Ainda neste domingo, pela chave de duplas mistas, o brasileiro Marcelo Demoliner avançou às quartas de final ao lado da espanhola Maria José Martínez. Eles tiveram um duelo complicado diante da norte-americana Abigail Spears e do colombiano Juan Sebastian Cabal, mas venceram de virada, com parciais de 4/6, 6/3 e 15 a 13 no match tie-break.

Por uma vaga na semifinal, Marcelo Demoliner e Maria José Martínez enfrentam agora a alemã Anna-Lena Groenefeld e o colombiano Robert Farah.

Rafael Nadal fez mais uma vítima em Roland Garros neste domingo. Desta vez o tenista espanhol arrasou o compatriota Roberto Bautista Agut por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/2 e 6/2, em 1h50min de confronto válido pelas oitavas de final. O dono de nove títulos no Grand Slam francês chegou a sua 76ª vitória no saibro de Paris, onde foi derrubado apenas duas vezes.

Em busca do décimo troféu, Nadal se tornou o primeiro a garantir vaga nas quartas de final. Seu próximo adversário será o vencedor do confronto entre o espanhol Pablo Carreño Busta e o canadense Milos Raonic, algoz do brasileiro Rogério Dutra Silva, na segunda rodada. Raonic e Carreño Busta se enfrentam ainda neste domingo.

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Para vencer mais uma em Paris, Nadal manteve a mesma receita das partidas anteriores, com seguidas bolas vencedoras do fundo de quadra (foram 31 em todo o jogo, contra 12 do adversário), maior agressividade e domínio quase absoluto do confronto. O máximo que Bautista Agut pôde fazer neste domingo foi faturar apenas uma quebra de saque. Nadal obteve sete, em 18 break points cedidos pelo compatriota.

Nadal celebrou seu aniversário de 31 anos no sábado. Mas, um dia depois da comemoração, não demonstrou qualquer cansaço no quadra Suzanne Lenglen. Diante de forte sol, após a chuva que atrapalhou a programação do dia anterior, o grande favorito ao título sacramentou mais um triunfo sem perder sets na competição.

Ao contrário de Nadal, o japonês Kei Nishikori avança em Paris aos trancos e barrancos. Neste domingo, ele finalizou o jogo contra o sul-coreano Chung Hyeon que teve início no sábado. E precisou de cinco sets para buscar sua terceira vitória em Roland Garros. O oitavo cabeça de chave fechou a partida com parciais de 7/5, 6/4, 6/7 (4/7), 0/6 e 6/4.

Depois de levar até um "pneu" neste domingo, Nishikori terá pela frente nas oitavas de final o espanhol Fernando Verdasco, que segue surpreendendo em Paris. Após eliminar o jovem alemão Alexander Zverev, campeão de Roma, na estreia, Verdasco despachou o uruguaio Pablo Cuevas na terceira rodada.

MURRAY E WAWRINKA CONHECEM RIVAIS - Sem entrarem em quadra neste domingo, o escocês Andy Murray e o suíço Stan Wawrinka conheceram seus adversários nas oitavas de final. Murray, atual líder do ranking, vai encarar o jovem russo Karen Khachanov, que surpreendeu ao eliminar o norte-americano John Isner por 7/6 (7/1), 6/3, 6/7 (5/7) e 7/6 (7/3). Khachanov completou 21 anos no fim do mês passado.

Wawrinka, campeã em Paris em 2015, vai enfrentar Gael Monfils. O francês fez um duelo totalmente local contra Richard Gasquet neste domingo, em continuação de jogo iniciado no sábado, e acabou avançando em razão do abandono do rival. Monfils vencia o jogo por 7/6 (7/5), 5/7 e 4/3 quando Gasquet desistiu do duelo por conta de dores musculares na coxa.

Recebido com festa surpresa nesta semana em Roland Garros, Gustavo Kuerten ganhou elogios do presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT), responsável pela organização do Grand Slam francês. Bernard Giudicelli afirmou que o ex-tenista brasileiro é uma das "lendas" da tradicional competição de Grand Slam.

"Ele é uma lenda. É, com certeza, uma das quatro lendas de Roland Garros. Guga é um cara que traz alegria", disse o dirigente, em entrevista a quatro veículos internacionais - da imprensa brasileira, somente o Estado estava presente. Bernard Giudicelli concedeu a entrevista na sede da Federação Francesa, localizada dentro da Philippe Chatrier, a quadra central de Roland Garros.

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"Quando eu o vi pela primeira vez nesta quadra, foi como um sonho. Aquele seu estilo de jogo, seu jeito de andar...", disse o presidente da FFT, tentando imitar os movimentos que Guga fazia com a cabeça em quadra. "Todo mundo lembra o que ele fez aqui nesta quadra quando ganhou o terceiro título: desenhou um coração no saibro", recordou.

Bernard Giudicelli lembrou também das homenagens que Guga recebeu no Rio Open, no ano passado. "Foi muito emocionante para mim, quando eu estava no Rio, e ele foi à quadra e foi ovacionado pelo público", afirmou o dirigente, eleito presidente da FFT em fevereiro deste ano.

Sob sua gestão, a federação produziu neste ano um curto documentário, no qual relembra o surpreendente primeiro título de Guga em Roland Garros, em 1997, a partir de entrevistas com familiares e amigos. O documentário foi filmado em março deste ano, em Florianópolis, terra natal do tricampeão do Grand Slam francês. E foi lançado no fim de semana, nas redes sociais da competição.

Foi uma das homenagens que o brasileiro está recebendo neste ano em Paris, por causa dos 20 anos de sua primeira conquista. No início da semana, ele ganhou uma festa surpresa de um dos patrocinadores no complexo de Roland Garros. Até o diretor do torneio, Guy Forget, estava presente.

"Esperamos que ele esteja aqui de novo para o fim do torneio", afirmou Bernard Giudicelli. Não será por acaso. Guga será homenageado pelo Hall da Fama do tênis na segunda semana da competição. "Essa é a mágica de Roland Garros: aqui você não precisa ser francês para se tornar um herói", disse o presidente da FFT ao Estado.

O tenista francês Maxime Hamou, número 287 no ranking da ATP, foi expulso nesta terça-feira (30) do tradicional torneio de Roland Garros por ter beijado à força a repórter Maly Thomas, do "Eurosport", durante uma entrevista nesta segunda-feira (29).

Após ter perdido a partida para o uruguaio Pablo Cuevas (6-3, 6-2, 6-4), ele foi para a entrevista e beijou Thomas no rosto. Visivelmente constrangida, ela tentou prosseguir com a conversa e Hamou deu mais dois beijos nela, que tentava se desvencilhar do atleta.

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Por meio de comunicado, a organização informou que "retirou a credencial por seu comportamento repreensivo e inapropriado". Agora, a Federação Francesa pode aplicar uma punição contra Hamou, que pode ser desclassificado de diversas competições.

Também através de uma nota, o tenista pediu desculpas pelo ocorrido, ressaltando que "não foi bonito" o que fez. 

Atual detentora do título de simples feminino de Roland Garros, Garbiñe Muguruza estreou com vitória nesta edição do Grand Slam francês ao vencer Francesca Schiavone no duelo de campeãs da primeira rodada, nesta segunda-feira, em Paris. A tenista espanhola derrotou a italiana, vencedora do mais importante torneio em quadras de saibro em 2010, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4.

Atual quinta colocada do ranking mundial, Muguruza assim avançou para a segunda fase e se credenciou para enfrentar a estoniana Anett Kontaveit, que em outro duelo já encerrado no dia superou a romena Monica Niculescu por 7/5 e 6/1.

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Muguruza precisou de 1h32min em quadra para eliminar Schiavone, atual 78ª colocada do ranking da WTA, que voltou a mostrar o seu habitual espírito de luta, mas não resistiu ao favoritismo da espanhola.

Quarta cabeça de chave, a atual campeã foi mais dominante no primeiro set, no qual aproveitou três de oito chances de quebrar o saque da italiana, que converteu o único break point cedido pela adversária na parcial e caiu por 6/2.

Já no segundo set, Schiavone voltou a conseguir uma quebra de saque, mas Muguruza foi feliz em duas de três oportunidades de ganhar games no serviço da italiana para aplicar o 6/4 que liquidou o confronto.

Essa foi a segunda vitória da espanhola em três duelos contra a adversária no circuito profissional. Ela já havia levado a melhor sobre a rival no confronto anterior entre as duas, que ocorreu durante embate entre Itália e Espanha na Fed Cup do ano passado, depois de Schiavone ter batido Muguruza no Torneio de Roma de 2014.

OUTROS JOGOS - Outras cinco partidas de simples do torneio feminino de Roland Garros já foram encerradas nesta segunda-feira, segundo dia de disputas da chave principal. Em uma delas, a dinamarquesa Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo e 11ª cabeça de chave em Paris, bateu a australiana Jaimee Fourlis por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 3/6 e 6/2, para também avançar à segunda rodada.

Com apenas 17 anos de idade, Fourlis ocupa a 337ª posição do ranking mundial e entrou na chave principal como convidada da organização. Ela surpreendeu ao vencer um set, mas Wozniacki fez valer a sua experiência para vencer e terá pela frente na próxima fase a ganhadora da partida entre a canadense Francoise Abanda e a francesa Tessah Andrianjafitrimo, também programada para ser encerrada nesta segunda-feira.

JANKOVIC CAI - Outra ex-líder do ranking mundial e hoje 63ª colocada da ATP, a sérvia Jelena Jankovic decepcionou ao ser eliminada já em sua estreia nesta edição de Roland Garros ao cair diante da holandesa Richel Hogenkamp, 105ª tenista do mundo, por 2 sets a 0, com 6/2 e 7/5.

Outras duas tenistas que estrearam com vitória nesta segunda em duelos já encerrados em Paris foram a casaque Yulia Putintseva e a chinesa Shuai Zhang, respectivas 27ª e 32ª cabeças de chave. A primeira delas arrasou a francesa Myrtille Georges por 6/3 e 6/0, enquanto a segunda eliminou a croata Donna Vekic por 7/5 e 6/4.

Também garantida na segunda rodada está a tunisiana Ons Jabeur, que eliminou a romena Ana Bogdan por 6/3 e 6/4 e se credenciou para ser a próxima adversária da eslovaca Dominika Cibulkova, sexta cabeça de chave, que estreou com vitória no Grand Slam em partida realizada no último domingo.

O coração que Gustavo Kuerten desenhou no saibro ainda pulsa em Roland Garros. Vinte anos depois da primeira conquista do brasileiro em Paris, o Grand Slam francês se rende ao carisma e às façanhas do catarinense. Somente nesta edição do torneio, que terá início neste domingo, Guga será homenageado duas vezes. Segue, assim, cultivando as suas marcas na tradicional competição.

A "herança" do surpreendente título conquistado em 1997 pode ser vista mesmo em um rápido passeio pelo complexo de Roland Garros. Seu nome está lá na parede das diversas entradas da Philippe Chatrier, o palco central do torneio, onde Guga levantou seus três troféus. Aparece na galeria dos campeões na sala presidencial da Federação Francesa de Tênis. Também está registrado no concreto no topo da quadra 1, ao lado dos demais campeões da competição.

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O famoso uniforme amarelo e azul, a marca que identificava aquele tenista ainda desconhecido do público quando da conquista do primeiro título, está lá no museu do torneio. Assim como a imagem do coração desenhado no saibro, na campanha que levou ao terceiro troféu. Foi graças ao tenista que a bandeira brasileira tremulou no topo da quadra central.

Imagens de Guga com seus troféus também surgem perto da quadra Suzanne Lenglen, a número dois do complexo. Os resultados e a identificação do brasileiro com o torneio levaram ainda Guga a aparecer em stands dos patrocinadores, principalmente agora que é garoto-propaganda de duas marcas que também patrocinam Roland Garros.

A forte ligação entre Guga e o Grand Slam está sendo reforçada neste ano, com duas homenagens no torneio. Uma delas foi elaborada pela própria Federação Francesa de Tênis. Para celebrar os 20 anos da primeira conquista, a entidade mandou uma equipe de documentaristas a Florianópolis em março para resgatar a história do rapaz de 20 anos que surpreendeu o mundo do tênis ao despachar favoritos e rivais experientes e faturar o título de Roland Garros quando era apenas o número 66 do ranking.

O curto documentário, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo ainda em março, foi lançado nesta semana como forma de destacar a história do brasileiro no campeonato. Em quase 20 minutos de produção, familiares e amigos lembram da trajetória inesperada de Guga em Paris. E admitem a surpresa com o título, como o próprio ex-tenista reconhece até hoje.

"Cheguei ali garoto e consegui me apropriar de tudo aquilo. Na comemoração, fui abraçar o Larri (Passos, técnico), a mãe, meu irmão, tinha essa sensação de estar em família, de estar em casa em Roland Garros. É muito absurdo esse pensamento, né. Mas foi o que aconteceu", disse Guga, em entrevista recente à reportagem.

Presente desde sexta-feira em Roland Garros, onde atuará principalmente como garoto-propaganda, o brasileiro ainda receberá outra homenagem na segunda semana do torneio. Desta vez, será festejado pelo Hall da Fama, do qual já faz parte, em evento ainda não revelado pela organização. Até lá, continuará deixando suas marcas no tradicional Grand Slam francês.

O que Roger Federer fez nas quadras duras, no início do ano, Rafael Nadal reproduziu no saibro europeu. E, assim como o suíço, o espanhol se reergueu no circuito profissional. Tanto que se tornou o franco favorito ao 10.º título em Roland Garros, que começa neste domingo. O sérvio Novak Djokovic, atual número 2 do mundo e atual campeão, e o escocês Andy Murray, líder do ranking, correm por fora nesta disputa, que não terá Federer, fora deste giro de saibro por opção técnica.

Rafael Nadal chega à Roland Garros embalado por três troféus importantes na terra batida. Venceu os Masters 1000 de Montecarlo e Madri e o ATP 500 de Barcelona. Caiu cedo no Masters 1000 de Roma, mas o revés inesperado é facilmente explicado pelo desgaste das partidas em série. Recuperado fisicamente, quer superar o frustrante abandono em 2016, quando deixou a competição ainda na terceira rodada. "Quase destruí o meu punho esquerdo naquele torneio", disse o espanhol.

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Parar Rafael Nadal será tarefa ingrata para Novak Djokovic e Andy Murray. O britânico esteve longe de convencer no giro de saibro que precede Roland Garros. Mas não foi ameaçado no topo do ranking porque o sérvio também decepcionou. O último revés aconteceu na final de Roma, quando era o grande favorito, mas caiu diante do alemão Alexander Zverev.

Sem treinador até aquela competição, o sérvio anunciou o norte-americano Andre Agassi para comandá-lo, a princípio somente em Paris. A contratação deve ter poucos efeitos práticos no jogo de Novak Djokovic em Roland Garros, mas pode ser uma novidade em sua motivação. "Ele é alguém que me inspira e isso é o que senti que eu precisava", afirmou. Pelo sorteio das chaves, Djokovic poderá cruzar com Nadal em uma eventual semifinal. Andy Murray seria um possível rival na final.

A marca da chave feminina em Paris é a ausência. Roland Garros não terá a norte-americana Serena Williams, grávida, a bielo-russa Victoria Azarenka, voltando aos treinos após ser mãe, e a russa Maria Sharapova, alvo de forte polêmica ao ter rejeitado pedido para ganhar convite e entrar direto na chave principal no Grand Slam. Ela não tinha ranking suficiente para competir por causa da suspensão de 15 meses por doping.

Sem as grandes favoritas, a chave se tornou quase uma loteria. "Eu poderia citar umas 15 candidatas ao título", resumiu a romena Simona Halep, ela mesma uma possível favorita em Paris.

BRASILEIROS - O País terá duas novidades em Roland Garros. Thiago Monteiro vai competir pela primeira vez na chave principal em Paris. Será o seu segundo Grand Slam porque entrou também no Aberto da Austrália. Já Beatriz Haddad Maia fará a sua estreia em uma chave de Slam, após passar pelo qualifying. Curiosamente, os dois tenistas são namorados.

"Estou ansioso, é o torneio que mais gosto e será um sonho poder disputá-lo pela primeira vez", admitiu Thiago Monteiro, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. "Fica aquele friozinho na barriga, mas quando entrar em quadra estarei preparado para dar meu melhor desempenho e as buscar vitórias", afirma o 95.º do ranking. Ele estreará contra o local Alexandre Müller, convidado da organização.

Thomaz Bellucci, o número 1 do Brasil e 59.º do mundo, quer superar a desconfiança após resultados irregulares no giro de saibro. "Tenho batido na trave em muitos jogos neste ano, poderia estar entre os 40 do mundo se tivesse conseguido aproveitar algumas chances. Mas agora é olhar adiante e saber que estou perto de alcançar um bom resultado", disse o tenista à reportagem. A estreia será contra o sérvio Dusan Lajovic, 79.º do ranking. Rogério Dutra Silva, o outro brasileiro na chave, terá o russo Mikhail Youzhny pela frente.

Atual número 1 do mundo, a tenista alemã Angelique Kerber voltou a decepcionar em Roland Garros. Como aconteceu no ano passado, a líder do ranking foi eliminada logo na rodada de abertura em Paris. Neste domingo, ela foi superada pela russa Ekaterina Makarova por 2 sets a 0, com duplo 6/2. Com a queda precoce, Kerber se tornou a primeira líder do ranking a ser eliminada logo em uma estreia na história de Roland Garros.

O resultado não surpreendeu a tenista. Antes mesmo da estreia, ela previra as dificuldades no saibro ao afirmar que estava tentando "se apaixonar" pelo piso. Kerber tem raros bons resultados na superfície. Em Roland Garros, seu melhor desempenho foi chegar às quartas de final, em 2012. Ela tem título no Aberto da Austrália e no US Open e já foi finalista em Wimbledon, no ano passado.

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Nesta temporada, suas limitações na movimentação sobre o saibro ficaram mais evidentes. Kerber venceu apenas duas partidas neste giro europeu de saibro, em quatro torneios disputados. Na rodada de abertura de Roland Garros, ela mal conseguia se deslocar na linha de base e pouco subiu à rede. Acabou se tornando presa fácil das 26 bolas vencedoras disparadas por Makarova, em dia inspirado.

A atual número 40 do mundo, ex-Top 10, dominou em todos os golpes ao longo dos dois sets. Além de exibir grande performance, a tenista russa também contou com os vacilos de Kerber. Foram 25 erros não forçados da número 1, contra 19 de Makarova.

No set inicial, Makarova começou quebrando o saque de Kerber e abriu 2/0 com facilidade. Na sequência, salvou dois break points e obteve nova quebra, encaminhando a vitória na parcial. No segundo set, a russa foi ainda melhor no começo, abrindo 3/0. Porém, oscilou mais e sofreu duas quebras na parcial. Nada que causasse ameaças, afinal Kerber perdera outros dois games de saque na sequência.

A derrota de Kerber "abre" a chave para Petra Kvitova, que voltou a competir neste domingo, com vitória, cinco meses após ser esfaqueada e quase ter sua carreira abreviada. A checa poderia cruzar com Kerber nas oitavas de final. Agora poderá ter um caminho mais tranquilo rumo à segunda semana do torneio.

Com o resultado, Makarova vai enfrentar na segunda rodada a vencedora do confronto ucraniano entre Lesia Tsurenko e Kateryna Kozlova. Ainda neste domingo, avançaram na chave feminina as norte-americanas Louisa Chirico e Madison Brengle, a suíça Timea Bacsinszky e portorriquenha Monica Puig, atual campeã olímpica.

Cinco meses após sofrer um ataque a faca em sua casa, a tenista checa Petra Kvitova fez seu retorno às quadras neste domingo, no primeiro dia de disputas da chave principal de Roland Garros, em Paris. Vibrando bastante, a ex-número 2 do mundo derrotou com facilidade a norte-americana Julia Boserup, a 86ª colocada no ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2. Kvitova e Boserup abriram a programação da quadra central, a Philippe Chatrier.

Dona de dois títulos em Wimbedon, Kvitova passou os últimos meses recuperando a forma física e técnica. Ela teve sua pré-temporada interrompida por um ataque a facas que colocou sua vida em risco e quase abreviou sua carreira esportiva. Sua casa na República Checa foi invadida por um assaltante, em dezembro. No ataque, a tenista sofreu lesões nos tendões, além de ter machucado os cinco dedos e dois nervos da mão esquerda.

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Neste domingo, Kvitova mostrou que as lesões não deixaram sequelas e nem atrapalharam seu rendimento. Disparando potentes bolas vencedoras do fundo de quadra, a checa dominou com facilidade a rival. Atual número 16 do mundo, ela fechou o set inicial com uma quebra de saque de vantagem.

No segundo, faturou outra quebra logo no primeiro game. E, no sétimo game, obteve nova quebra, que definiu a partida que não chegou a ser interrompida após breve garoa no início da tarde deste domingo, no horário local. Sob tempo nublado, e com pancadas de chuva desde a manhã em Paris, Roland Garros poderá sofrer mudanças na programação na sequência deste primeiro dia de competições.

Ao fim da partida, Kvitova não escondeu a emoção pelo retorno às quadras. "Estou feliz de ter tomado esta decisão de vir jogar aqui. Obrigado a todos pelo apoio!", disse a tenista, ao ser entrevistada dentro de quadra pela francesa Marion Bartoli, aposentada em 2013.

Na segunda rodada, Kvitova vai enfrentar a vencedora do confronto entre a russa Evgeniya Rodina e a norte-americana Bethanie Mattek-Sands. Se confirmar o favoritismo nas próximas rodadas, a checa poderá cruzar com a alemã Angelique Kerber, atual número 1 do mundo, nas oitavas de final.

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