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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira, 9, que não houve intervenção da Corte sobre a Câmara dos Deputados na decisão de ontem do ministro Edson Fachin que suspendeu o trâmite do impeachment da presidente Dilma Rousseff até a semana que vem. "A premissa é de que não estariam respeitando o figurino legal na votação para a escolha da comissão. É tempo de observar-se o império da lei", afirmou o ministro.

Marco Aurélio disse que o Supremo é "a última trincheira" do cidadão, e que a Corte tem a palavra final "sobre a alegada violência a um direito". "Tenho que presumir a correção do ato do colegiado." Questionado se houve prejuízo para alguém com a decisão de Fachin, Mello perguntou: "Para quem? Para a titular ou para quem busca o impeachment?"

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Procedimento

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a decisão de Fachin foi correta. "É uma decisão sensata para garantir que esse processo aconteça totalmente de acordo com a Constituição, com o regimento interno da Câmara e sem qualquer tipo de abuso de poder por parte do presidente da Casa (Eduardo Cunha, PMDB-RJ)."

Costa defende que, a exemplo do que aconteceu no impeachment do ex-presidente Collor em 1992, o STF determine o procedimento do processo. "Esperamos agora que o Supremo estabeleça um rito, desde a aceitação do pedido de impeachment até sua votação definitiva, para que isso não seja feito por alguém que não tem a menor legitimidade para comandar esse processo", defendeu.

Para o petista, o presidente da Câmara já possui uma decisão prévia favorável ao afastamento de Dilma Rousseff e tenta conduzir a comissão especial para o mesmo entendimento. "Isso não é admissível, é preciso que as regras sejam estabelecidas e decididas de forma clara."

O senador também minimizou o resultado da votação da noite desta terça-feira, que elegeu chapa alternativa de oposição para complementar a comissão especial de impeachment. "A votação não foi tão ruim, tivemos quase 200 votos. Os que querem o impeachment precisarão ter 342 em votação aberta. Há muita gente que não foi votar e a dificuldade maior continua para a oposição", argumentou.

Na mesma linha, o senador defende que o governo não deve recuar da decisão de suspender o recesso parlamentar e dar seguimento rápido ao processo de impeachment.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a inclusão do nome do advogado Edson Ribeiro na difusão vermelha da Interpol. O advogado teve ordem de prisão preventiva decretada pelo STF por tentativa de obstrução das investigações Lava Jato em parceria com o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O advogado foi localizado nesta quinta-feira, 25, nos Estados Unidos e os trâmites para seu retorno são considerados como em estágio avançado. Num primeiro momento havia a informação de que ele havia sido preso, o que foi corrigido depois pela Polícia Federal. Por motivos de segurança, a cidade onde ele está não foi divulgada.

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Com base em gravações feitas pelo filho de Cerveró, a Procuradoria-Geral da República entendeu que Ribeiro passou a atua em favor de Delcídio tentando dissuadir seu cliente - o ex-diretor da Petrobras - a firmar um acordo de delação premiada.

A decisão de Zavascki de incluir o advogado na chamada lista vermelha foi comunicada à Procuradoria Geral da República (PGR) na noite desta quinta-feira - mesmo dia em que Delcídio foi preso.

Os advogados de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, tentam anular no Supremo Tribunal Federal (STF) o acordo de delação premiada do lobista Julio Camargo no âmbito da Operação Lava Jato. Na petição encaminhada à Corte, os advogados alegam que o lobista usou diferentes versões nos depoimentos - omitindo informações no curso da delação premiada - e que o acordo não poderia ter sido homologado no Paraná, em razão da menção ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Eles apontam que, em um primeiro momento, Julio Camargo disse que o contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras não tinha relação com Cunha. Posteriormente, em depoimento neste mês, Camargo declarou que o parlamentar exigiu R$ 5 milhões de propina em dois contratos da estatal.

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Ao pedir ao STF a rescisão do acordo de delação, os advogados de Fernando Baiano dizem que Camargo "firmou compromisso de dizer a verdade e não mentir ou sonegar informações" quando concordou em colaborar, o que não aconteceu. "O 'colaborador' Julio Camargo, se pretendia fazer jus aos benefícios propostos pelo Ministério Público Federal, deveria ter cumprido à risca suas obrigações, jamais omitir fatos, mentir aqui, ali ou acolá, alterando conteúdo de seus depoimentos e prejudicando o exercício da ampla defesa e do contraditório por aqueles que foram delatados", escrevem os advogados de Baiano.

A petição encaminhada ao STF usa a "discrepância" entre os depoimentos do lobista para justificar o pedido de anulação da delação. "Onde está a verdade? Aqui ou ali? Nem lá nem cá? A estória contada por Julio Camargo é inconfiável", completam os advogados de Baiano.

Fernando Baiano é réu, junto com Camargo, com o doleiro Alberto Youssef e com o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró na ação penal que corre em Curitiba na qual Cunha foi citado.

"Ora, se o delator deve dizer a verdade, inclusive com menção a agentes públicos, sem malícia ou reservas mentais, o que influenciará, inclusive, na fixação da competência para homologação do acordo de colaboração premiada, tem-se que Julio Camargo, sem qualquer dúvida, deu causa à rescisão do ajuste", escrevem os advogados de Baiano.

Como Julio Camargo não mencionou qualquer parlamentar no acordo de delação premiada inicialmente firmado, o caso foi homologado pelo juízo de primeiro grau. Caso o deputado já tivesse sido citado Cunha, o termo deveria ser chancelado pelo STF, Tribunal competente por investigações penais sobre autoridades com foro privilegiado como deputados e senadores. "Embora o acordo tenha sido homologado pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, os novos depoimentos de Julio Camargo (...) revelam que o Juízo competente para decidir a rescisão do contrato é o Supremo Tribunal Federal", escrevem ao STF os defensores de Baiano.

A eventual rescisão do acordo de delação premiada pode gerar efeitos para as duas partes: tanto para o delator como para os investigadores. Caso a Justiça entenda por anular a eficácia das declarações do lobista, os depoimentos não seriam considerados indícios de provas. Já o delator pode perder os benefícios conquistados com o acordo de delação.

Reclamações

Além do pedido para anular a delação, o STF já recebeu três pedidos para suspender a ação penal que tramita no Paraná na qual Cunha foi citado e remeter o caso para Brasília. Além do próprio peemedebista, as defesas de Baiano e de Cerveró também protocolaram nos últimos dias reclamação contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná.

Ao analisar a reclamação proposta por Cunha - a primeira a chegar ao Tribunal desde que o peemedebista foi citado por Julio Camargo -, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, determinou que Moro envie informações à Corte sobre o processo antes de julgar o caso.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que instaure dois processos para investigar o envolvimento do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) com o doleiro Alberto Youssef. Um dos principais investigados da Operação Lava Jato e já denunciado pelo MPF, Youssef é suspeito de lavar o dinheiro desviado de contratos da Petrobras.

Os dois inquéritos correm em segredo de Justiça. A PGR e o STF não comentaram o teor dos inquéritos. Protocolados quarta-feira (3), os pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki.

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Acusado de receber dinheiro de Youssef, com quem já admitiu ter feito negócios, embora tenha negado qualquer tipo de sociedade, Argôlo responde na Câmara dos Deputados a um processo por quebra de decoro parlamentar que pode lhe custar o mandato.

Em outubro, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, a ex-contadora de Youssef Meire Poza disse que emitiu mais de R$ 7 milhões em notas fiscais frias a pedido do doleiro. Desse valor, R$ 1 milhão teriam ido para a empresa Grande Moinho Cearense, a pedido de Argôlo. Posteriormente, o relator do processo contra Argôlo na Câmara, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), sustentou que as denúncias de Meire são críveis.

 

 

Com o fim da campanha presidencial, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta semana o julgamento de temas polêmicos que envolvem as finanças do Poder Executivo e casos penais com grande repercussão política, como o julgamento do inquérito que investiga a participação de parlamentares da oposição no suposto esquema de desvios nas obras do metro de São Paulo. Também está na pauta, a concessão do pedido de prisão domiciliar ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A pressão pela indicação do sucessor do ministro aposentado Joaquim Barbosa, pela presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT), também volta a ganhar força.

A primeira decisão do STF, na área criminal, após as eleições deverá ser a concessão do regime de prisão aberta ao ex-ministro Jose Dirceu. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer a favor do benefício por entender que Dirceu cumpriu um sexto da pena de sete anos e 11 meses em regime semiaberto, requisito exigido pela Lei de Execução Penal. A decisão será do ministro Luis Roberto Barroso, responsável pela execução penal dos condenados no processo do mensalão.

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Na quarta-feira (5), o plenário da Corte deve retomar o julgamento sobre a possibilidade de desaposentação. Caso a decisão seja a favor dos aposentados, o impacto das contas da Previdência Social é estimado em R$ 50 bilhões. O julgamento começou no início deste mês e contou apenas com voto do ministro Luis Roberto Barroso, relator do processo, a favor dos aposentados que voltaram a contribuir após retornarem ao trabalho.

Encerrada a disputa eleitoral, a Primeira Turma do Supremo decidirá sobre o arquivamento do inquérito que apura o suposto esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo. No processo, os deputados federais José Anibal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP), respondem na Corte por terem foro privilegiado.

Em setembro, o ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito, entendeu que a testemunha que fez o acordo de delação premiada com a Justiça não apresentou provas concretas sobre a participação deles no suposto esquema. Após o voto pelo arquivamento, Barroso pediu vista do processo para esperar o fim das eleições.

A tarefa mais urgente da presidenta Dilma Rousseff, em relação ao Judiciário, será a escolha do sucessor do ex-ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em agosto. Com a saída de Barbosa, o plenário está com dez dos 11 ministros que compõem a Corte, fato que prejudica o quórum de votações importantes. Após a escolha, o indicado passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário do Senado para ter seu nome ratificado pelos congressistas. Dilma não tem prazo para fazer a indicação.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira (15) pedido do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) para que seja obrigatória a reserva de 20% das vagas para pardos e negros em concursos públicos do Legislativo e Judiciário. Segundo a ministra, a concessão do mandado de segurança significaria interferência do STF no Legislativo.

A Lei nº 12.990/2014 foi publicada no dia 9 de junho e criou a reserva de 20% nas vagas em concursos públicos para pardos e negros em órgãos da administração federal, como autarquias, fundações, e empresas públicas. Ao recorrer ao STF, o instituto alegou que não foi feita justiça social, pelo fato de o Judiciário e o Legislativo não terem sido contemplados pela lei.

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Na decisão, a ministra entendeu que cabe ao Poder Legislativo decidir em quais setores a reserva será aplicada. "Tampouco a impetração poderia ser admitida sob o argumento de violação a direito previsto no Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010), pois, como realçado na manifestação do procurador-geral da República, a lei não reserva 20% das vagas em concurso público aos negros, mas apenas a implementação de medidas visando à promoção da igualdade nas contratações do setor público, com a transferência do juízo de sua adequação aos órgãos competentes", disse Cármen Lúcia.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF) trouxe à público, nesta quinta-feira (7), a prisão de Johan Albert Gilbert Van Gheel, belga procurado pela Interpol desde 2006. Neste mesmo ano, o europeu, de 45 anos, chegou ao Recife e em 2010 conseguiu visto permanente para ficar no Brasil, por ter se casado com uma brasileira. De acordo com a Polícia, o homem é acusado de manter um esquema de tráfico internacional de mulheres, lavagem de dinheiro e facilitação de documentos. 

Johan Van Gheel era responsável, segundo informações colhidas pela PF, por levar mulheres da Romênia para se prostituirem na Bélgica, onde eram mantidas em cárcere privado. Por meio da organização, chegou a construir um vasto patrimônio e teve mandado de prisão expedido pelas autoridades belgas. Em agosto de 2013, a Justiça determinou a inclusão dos seus dados na Difusão Vermelha da Interpol, tornando Johan procurado nos 190 países componentes da Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC). 

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Após levantamento prévio feito pela Polícia Federal, o homem foi detido enquanto saía de sua residência, em Olinda, na última terça-feira (5). O belga foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no qual permanecerá à disposição do Supremo Tribunal Federal até a conclusão do julgamento do pedido de extradição e retorno à Bélgica. 

Segundo a PF, o preso negou a participação nos crimes e disse que tudo se tratava de armação da polícia belga, em virtude dele ter sido usado como informante numa investigação sobre traficantes de mulheres. De acordo com Johan, após um tempo não quis mais prestar apoio aos agentes de seu país e, por isso, acreditava estar sofrendo um tipo de vingança.  

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decidiu adiar para 6 de agosto a data de sua aposentadoria. Barbosa havia enviado na semana passada ao Poder Executivo toda a documentação para requerer o benefício.

A expectativa era de o decreto de aposentadoria saísse até o final desta semana. Mas agora ele resolveu pedir o adiamento. Os motivos ainda não foram divulgados. Barbosa deixará o STF aos 59 anos. Se quisesse, ele poderia permanecer no tribunal por mais 11 anos.

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O  processo de aposentadoria do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deve ser concluído em 15 dias. “Há uma tramitação. Não é assim tão simples. Leva uns 15 dias”, informou nesta terça-feira (3) o próprio ministro, ao final da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Na semana passada, Barbosa comunicou ao plenário da Corte que decidiu se aposentar no fim deste mês. Após a saída de Barbosa, o atual vice-presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, assumirá o comando da Corte. Barbosa tem 59 anos e poderia continuar na Corte até 2024, quando completa 70 anos e teria de ser aposentado compulsoriamente.

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Joaquim Benedito Barbosa Gomes, nascido na cidade mineira de Paracatu, foi o primeiro negro a  presidir o STF. Ficou conhecido pela relatoria da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele ocupa a presidência do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes de sua nomeação para o Supremo, o ministro Joaquim Barbosa foi membro do Ministério Público Federal, chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde, advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados, oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores e compositor gráfico do Centro Gráfico do Senado. Ele é mestre e doutor em direito público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) e mestre em direito e Estado pela Universidade de Brasília.

Com 36 vagas disponíveis, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizará um concurso público para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário. A seleção é para profissionais de nível superior e de ensino médio ou técnico e as remunerações salariais variam de R$ 4.575,16 a R$ 7.506,55.

Entre as áreas do conhecimento exigidas estão administração, apoio especializado em análise de sistemas de informação, comunicação social, engenharia elétrica, estatística, medicina do trabalho, ortopedia, revisão de texto, suporte em tecnologia da informação e judiciária. Os interessados em participar do processo seletivo deverão se inscrever pela internet, das 10h do dia 18 deste mês até 4 de novembro. O valor da taxa de inscrição é de R$ 80 para a função de analista judiciário e de R$ 60 para técnico judiciário.

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De acordo com o edital do concurso, os concorrentes passarão por provas objetivas de conhecimentos básicos e específicos, além de prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório. Os exames serão realizados no dia 15 de dezembro, em locais e horários que ainda serão anunciados.

A validade do concurso será de um ano, podendo ocorrer prorrogação pelo mesmo período. Outros detalhes informativos sobre o processo seletivo podem ser obtidos pelo edital do concurso.

 

O decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, afirmou neste sábado, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que não se sente pressionado pela circunstância de ser o responsável pelo desempate da votação que poderá garantir o direito a um novo julgamento a 12 dos 25 condenados no processo do mensalão. "Absolutamente não. Eu leio o noticiário e, a despeito do que se fala, não sinto nenhum tipo de pressão", disse o ministro neste sábado à tarde, em entrevista por telefone. "Após 45 anos, seja como promotor ou juiz, é uma experiência que você tem e supera tranquilamente."

O fato de o presidente do STF, Joaquim Barbosa, ter encerrado a sessão na quinta-feira passada quando o placar estava empatado em 5 a 5, submetendo o decano a uma espera de quase uma semana para a revelação do voto, também não o abalou: "O adiamento da sessão, longe de significar qualquer possibilidade de pressão externa, aprofundou ainda mais minha convicção", afirmou o ministro.

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Na quinta-feira, Barbosa encerrou a sessão mesmo depois de ter recebido de Celso de Mello um aviso de que estava pronto para votar e de que sua manifestação demoraria apenas cinco minutos. Com base em declarações anteriores do ministro a respeito do tema, a expectativa no STF é de que, na quarta-feira (18), ele desempate a votação reconhecendo o direito a uma segunda chance para os condenados que conseguiram pelo menos quatro votos absolutórios. Nesse grupo está o ex-ministro José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha.

O próprio Celso de Mello disse na semana passada, em entrevista à imprensa, que no início do julgamento do mensalão, em agosto de 2012, já tinha exposto a sua posição. Na ocasião, ele afirmou que está em vigor a regra que garante a réus condenados o direito aos chamados embargos infringentes - na prática, isso significa um novo julgamento.

"Não sinto nenhum tipo de pressão e estou pronto para proferir o meu voto", afirmou Celso de Mello. "O que acho importante é que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito. Li todas as razões das diferentes posições. E cada vez mais estou convencido de que fiz a opção correta." Questionado sobre a direção em que iria sua convicção, o ministro preferiu manter sigilo do voto. (Mariângela Galucci)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que não disputará as eleições do ano que vem, avaliou que o Brasil não estaria preparado para ser governado por um negro e classificou o Itamaraty como "uma das instituições mais discriminatórias do Brasil". Ele também fez críticas à imprensa.

Desde o julgamento do processo do mensalão e a condenação de 25 dos 38 réus, o nome do ministro começou a ser lembrado em pesquisas de opinião. "Sou muito realista. Nunca pensei em me envolver em política", afirmou o ministro em entrevista publicada neste domingo pelo jornal O Globo. O presidente do STF não foi filiado a partidos políticos no passado e, reservadamente, mantém críticas a legendas que considera de direita, como o DEM, que contestou a política de cotas raciais. "Não tenho laços com qualquer partido político." Barbosa se declarou "social-democrata à europeia".

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Como ministro do Supremo, ele teria de deixar o tribunal no ano que vem caso decidisse concorrer às eleições e renunciar à presidência da Corte quase sete meses antes de terminar seu mandato. Barbosa acredita que o Brasil não está pronto para ter um presidente negro. "Acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados no Brasil", disse.

Itamaraty

Barbosa afirmou ter sido vítima de preconceito ao ser reprovado no concurso para diplomata. Foi eliminado na fase de entrevistas. "O Itamaraty é uma das instituições mais discriminatórias do Brasil", disse. E afirmou que "todos os diplomatas" do País queriam estar hoje na sua posição, na presidência da mais alta corte brasileira. O Itamaraty não comentou as declarações, mas disse que a instituição mantém um programa de ação afirmativa.

O ministro também criticou a imprensa. Sobre o fato de ter mandando um repórter do jornal O Estado de São Paulo "chafurdar no lixo" em março, Barbosa disse que o jornalista "se encontra num conflito de interesses no tribunal". Em nota, O Estado de S.Paulo afirmou que "a manifestação atual do presidente do STF parece mostrar que seu pedido de desculpas, à época do episódio, foi no mínimo insincero".

Barbosa também acusou o jornal Folha de S.Paulo de violar sua privacidade e sugeriu motivação racial. O jornal respondeu que o ministro ainda não está acostumado à exposição que o atual cargo de presidente do STF lhe confere. Internamente, as declarações do ministro foram vistas como uma estratégia de comunicação. Assessores defendiam a versão de que matérias críticas a ele eram publicadas depois que pesquisas de opinião eram divulgadas com o nome de Barbosa.

Mensalão

Com o retorno do tribunal ao trabalho nesta semana, Barbosa afirmou que submeterá ao plenário o calendário de sessões para julgar os recursos do mensalão. Pelos planos do ministro, isso começaria em 14 de agosto. Assim que forem encerrados os julgamentos dos embargos de declaração, Barbosa deve defender a prisão imediata de parte dos condenados. Os réus que eventualmente tenham direito a novo julgamento, se aceitos os embargos infringentes - recurso contra decisões não unânimes -, seriam presos posteriormente, se mantidas as condenações. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Campeonato Brasileiro da Série C começa no próximo sábado (01), antes mesmo de a bola rolar, faltando pouco menos de três dias, um novo integrante foi incluso na competição. Após uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) o Rio Branco-AC, foi incluso no Grupo A. Conseguinte, a chave agora contará com a participação de 11 integrantes. 

Em 2011, na segunda fase da Série C, o Rio Branco-AC teve seu estádio interditado e apelou à justiça comum para poder atuar normalmente na Arena da Floresta. Punido, foi rebaixado. O Treze, na ocasião na Série D, pleiteou judicialmente a vaga. 

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Em compensação, neste ano o Rio Branco-AC foi beneficiado por uma audiência de conciliação realizada em Brasília e mediada pelo ministro Luiz Fux, do STF. Além dos representantes do clube, o encontro teve a presença de membros da Confederação brasileira de Futebol (CBF), da Federação Paraibana de Futebol e também do Treze de Campina Grande. 

Alteração nos jogos

Com a inclusão do Rio Branco, no grupo A, do Campeonato Brasileiro da Série C, a tabela de jogos deverá obrigatoriamente sofrer alterações. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não comunicou as alterações. 

Por 8 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou o prazo para que os advogados de réus do mensalão recorram das condenações. Agora, a defesa terá dez dias para recorrer, o dobro do prazo inicialmente previsto - de 5 dias. Os pedidos dos advogados foram nesta quarta-feira a julgamento, depois que ministros cobraram do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que o caso fosse submetido ao plenário. Barbosa foi o único a rejeitar o pedido por mais prazo. O tribunal negou os demais pedidos feitos pelos advogados, como adiamento da publicação do acórdão e a divulgação dos votos antes da publicação do acórdão.

O acórdão do julgamento pode ser publicado nesta quinta-feira (18), conforme sinalizou Barbosa. Se isso ocorrer, o prazo para recurso começará a contar apenas na segunda-feira (22). Os advogados, na soma total, terão 15 dias para recorrer. Isso porque a contagem dos dez dias terminaria em 1.º de maio, um feriado. Além disso, o prazo começa a correr no primeiro dia útil à publicação do acórdão.

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O texto será divulgado nesta quinta-feira e publicado no "Diário de Justiça" na sexta-feira (19). Portanto, a contagem do prazo começa na segunda-feira. Os advogados pediam de 20 a 30 dias para apresentar os chamados embargos a condenação de 25 réus. Os embargos servem para contestar omissões ou contradições nos votos dos ministros e, eventualmente, podem gerar mudança no resultado do julgamento. Barbosa rejeitou o pedido, afirmando que os advogados querem manipular os prazos para recurso. "Na verdade, sejamos francos, o que se busca é a manipulação de prazo processual legalmente previsto", disse o ministro.

Partiu do ministro Teori Zavascki a proposta para que fosse aplicado o prazo que é previsto no Código de Processo Civil ao invés do estipulado pelo regimento interno do Supremo. O Código prevê que nos casos de mais de um réu o prazo para recurso é dobrado, chegando aos dez dias. Essa proposta foi seguida pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O ministro Marco Aurélio concordava com o pedido por ainda mais prazo. A ministra Cármen Lúcia não participou do julgamento.

"A proposta do ministro Teori presta reverência à prerrogativa das partes, notadamente na parte penal, que é garantia do processo. Essa garantia fundamental foi observada ao longo desse procedimento penal", afirmou Celso de Mello. Apesar do argumento dos colegas e de admitir que o prazo de dez dias era razoável, Barbosa manteve sua posição. Ele disse ser "refratário a modificações de afogadilho" na jurisprudência do tribunal.

Autor do pedido analisado pela Corte, José Luis de Oliveira Lima, advogado do ex-ministro José Dirceu, comemorou a decisão do tribunal. "Essa decisão da grande maioria dos ministros do STF reconhece que seria humanamente impossível exercer o direito pleno de defesa, garantido na Constituição Federal, no prazo de cinco dias", afirmou.

Sucessão

Todos os advogados devem embargar a decisão do tribunal de condenar 25 dos acusados. E há dúvidas sobre quem será o relator desses recursos. Alguns ministros afirmam que Barbosa, mesmo sendo o relator da ação penal, não poderia relatar os embargos. Isso porque o regimento prevê que o ministro que se torna presidente mantém a relatoria dos processos que ele liberou para pauta antes de assumir a Presidência.

Como os embargos ainda chegarão ao tribunal, Barbosa não poderia relatá-los. Entretanto, o presidente poderia alegar, conforme esses ministros, que os embargos seriam parte do mesmo processo e então mantê-los sob seus cuidados. Ao final do julgamento, Barbosa fez um apelo aos ministros para que mudem a sistemática de publicação dos acórdãos. Hoje, terminado o processo, os ministros revisam seus votos, editam ou apagam as notas taquigráficas sobre o que falaram nas sessões e depois assinam a liberação dos seus votos. De acordo com o presidente do tribunal três ministros ainda não assinaram seus votos. O que ainda impede a publicação do acórdão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) descumpriu o prazo para publicar oficialmente a decisão sobre o processo do mensalão. Essa falta de obediência ao prazo poderá causar um atraso no início do cumprimento das penas impostas aos 25 condenados por envolvimento com o esquema de compra de votos no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apenas após a publicação da decisão, o Ministério Público Federal (MPF) e os 25 réus considerados culpados poderão recorrer. Somente depois do julgamento desses eventuais recursos, os réus deverão começar a cumprir as pena. Com isso, é muito difícil que prisões de condenados ocorram até julho, como afirmou o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, em final de fevereiro.

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A publicação do resultado do julgamento só deverá ocorrer após a liberação dos votos de todos os ministros que participaram da apreciação, que durou quatro meses e meio e terminou em dezembro. No entanto, até as 19 horas desta segunda-feira, os ministros Celso de Mello e Dias Toffoli não tinham concluído a revisão dos votos. Mas, de acordo com informações do STF, Toffoli deveria terminar o trabalho na noite desta segunda-feira e a expectativa era de que Mello finalizasse ainda nesta semana.

A demora na publicação indica que dificilmente os condenados por participar do mensalão iniciarão neste ano o cumprimento das penas impostas pelo STF. Entre os réus considerados culpados, estão o ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).

O fato de o Supremo ter descumprido o prazo regimental de 60 dias para publicação do resultado do julgamento não tem implicações para o tribunal. Interrompido durante o período de recesso, em janeiro, esse prazo terminou nesta segunda-feira. Além do atraso decorrente da demora para publicar a decisão, condenados tentam dilatar os prazo para apresentação de recursos. Relator do processo do mensalão e presidente do Supremo, Barbosa rejeitou um pedido dos advogados de um dos réus, o empresário Ramon Hollerbach, para que fosse dado mais tempo para apresentação de recursos.

Nesta segunda-feira, a defesa do condenado protocolou um novo pedido para que o requerimento seja analisado pelo plenário do STF. O prazo legal para os réus recorrerem da decisão é de cinco dias após a publicação. Hollerbach quer ampliar para pelo menos 30 dias. Para tanto, alegou que o processo é excepcional.

Ao rejeitar na semana passada o primeiro pedido, Barbosa observou que as sessões do julgamento do mensalão foram públicas e transmitidas pela TV Justiça. "Disso, decorre a inegável conclusão de que, embora o acórdão (a decisão) ainda não tenha sido publicado, o seu conteúdo já é do conhecimento de todos", concluiu o ministro. "As partes que, eventualmente, pretendam opor embargos de declaração, já poderiam tê-los preparado (ou iniciado a sua preparação) desde o final do ano passado, quando o julgamento se encerrou."

 

O concurso para Delegado de Polícia Federal e outras funções da instituição está próximo de prosseguir. A Associação Nacional dos Delegados de PF (ADPF) divulgou, nesta semana, que, após suspender liminarmente o processo seletivo com a exigência de que fosse feita a reserva de vagas para deficientes físicos. O Supremo Tribunal Federal deferiu o pedido de esclarecimentos da Polícia Federal, possibilitando que o concurso tenha prosseguimento.

De acordo com a associação, no esclarecimento do Recurso Extraordinário 676.335, a ministra Carmen Lúcia afirmou que deve ser “observada a norma constitucional que exige a reserva de vagas para pessoas portadores de necessidades especiais”. A norma valem para os concursos públicos para os cargos de escrivão, perito criminal, agente e delegado da Polícia Federal. Todavia, a ministra destacou que os candidatos portadores de necessidades especiais deverão competir de forma igualitária com os demais candidatos.

A associação também frisa que, a banca examinadora responsável, respeitando critérios objetivos, “poderá declarar a inaptidão de candidatos inscritos e cujas necessidades especiais os impossibilitem do exercício das atribuições inerentes ao cargo para qual estiver concorrendo”.

“Desde 2004 não é realizado concurso para o cargo de Delegado de Polícia Federal. Estados de difícil lotação, como no Amazonas, tiveram um encolhimento de 30% de delegados. Então, é um alento muito grande ver a perspectiva de retomada deste concurso”, comentou o presidente da ADPF, Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, conforme informações da própria associação.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez uma representação à Polícia Federal solicitando uma abertura de investigação contra a Wikipédia do Brasil.

Segundo o Estado de São Paulo, Gilmar Mendes tentou corrigir o que avalia estar distorcido em seu verbete na enciclopédia virtual (artigo que considerou ideológico), ação em que não teve sucesso. Segundo Gilmar, a Wikipédia está "aparelhada".

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O trecho do verbete que incomodou o ex-presidente do STF foi o que reproduz a denúncia de corrupção da revista Carta Capital (denúncia que o ministro contesta judicialmente). Gilmar afirma que por ser uma enciclopédia, o verbete deve ser "estritamente informativo sobre o seu biografado", sem absorver avaliações de terceiros e denúncias jornalísticas. O mesmo também se queixa do espaço de sete parágrafos ocupado por esse trecho, maior do que o ocupado pela descrição da sua carreira. 

Já em outra frente o ministro está preparando uma representação ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, solicitando investigação do uso de recursos públicos para financiamento de blogs de conteúdo crítico ao governo e instituições do Estado. A quantia gasta por empresas estatais com esse tipo de publicidade também faz parte dos questionamentos do ministro. 

Gilmar Mendes utiliza o argumento de que não se pode confundir a liberdade constitucional de expressão com o emprego de dinheiro público para financiamento de ataques à instituições e seus representantes.

Não houve nenhuma confirmação oficial da Polícia Federal em relação a ação de  Gilmar Mendes contra a Wikipédia

O Supremo Tribunal Federal tem como pauta para esta quarta-feira (2) o julgamento sobre a legalidade do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os ministros devem aprovar o programa que foi criado no ano de 2005 e oferece bolsas de estudo em universidades privadas para estudantes de cotas raciais e sociais.

O ProUni também reservas vagas nas universidades para pessoas portadoras de necessidades especiais, indígenas e negros. Na semana passada, o supremo aprovou sem nenhum voto contra a política de cotas raciais para o ingresso de alunos nas universidades públicas.

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De acordo com o supremo, a ação teve o seu julgamento iniciado no mês de abril de 2008, por meio do voto do relator, o ministro Carlos Ayres Britto, cujo voto foi a favor. O ministro fez uso do discurso de que o ProUni é uma maneira que ajuda a amenizar as injustiças sociais. A expectativa é que o primeiro voto do julgamento seja de Carlos Ayres.

A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) e a Federação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Finafisp) promoveram a discussão em 2004 pelo DEM. De acordo com a ação, a medida provisória que originou o ProUni não atende aos critérioss de relevância e urgência exigidos pela Constituição. Além disso, as instituições também defendem que o programa prejudica a igualdade de oportunidades garantida ao povo brasileiro.

*Com informações da página eletrônica do Supremo Tribunal Federal

Os Índios Pataxós invadiram mais uma fazenda no sul da Bahia para reinvidicarem 50 hectares de terras. Agora, já são 67 propriedades rurais ocupadas desde janeiro nesta região e cerca de mil pessoas participaram na manhã de hoje (18) de uma marcha pela paz.

A manifestação foi organizada pela Igreja para tentar evitar novos conflitos entre os índios e os fazendeiros. O conflito ainda vai ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

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No que depender do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), não haverá qualquer prescrição do mensalão enquanto trabalhar com o processo. O ministro é o revisor da ação penal na qual são réus políticos e empresários sobre o esquema de compra de votos no Congresso Nacional, denunciado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), em 2005. Como revisor, Lewandowski é responsável por liberar o processo para julgamento, cuja data é marcada pelo presidente do Tribunal.

“Nas minhas mãos, não ocorrerá nenhuma prescrição do mensalão”, disse o ministro à Agência Brasil. Em tese, alguns crimes com penas menores podem ter prescrito durante a fase de apuração dos fatos, sob a relatoria de Joaquim Barbosa.

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A prescrição concreta é medida de acordo com a sentença definitiva dada pelo Tribunal. No caso de formação de quadrilha, por exemplo, se for aplicada a pena mínima de um ano, a prescrição ocorre quatro anos depois do recebimento da denúncia. A denúncia do mensalão foi recebida pelo STF em agosto de 2007. As alegações finais foram recebidas por Barbosa em setembro de 2011.

Lewandowski também trabalha para que o processo seja julgado ainda este ano. “Eu nunca afirmei que entregaria meu voto apenas em 2013”, declarou o ministro. Ele está dando prioridade máxima ao caso e tem trabalhado durante o recesso do Judiciário - que começou em meados de dezembro e vai até fevereiro - para analisar as mais de 50 mil páginas dos autos. O ministro prefere não fazer previsões sobre o prazo para a entrega do voto, já que é um processo complexo e de dimensões inéditas.

O mensalão começou a tramitar como inquérito no STF em 2005. Dois anos depois, o Tribunal aceitou as denúncias do Ministério Público, e o processo se transformou em uma ação penal. Desde então, o relator, ministro Joaquim Barbosa, vinha reunindo informações sobre o caso, fase que chegou ao fim em setembro passado.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em dezembro, Lewandowski manifestou preocupação com a demora na liberação do processo para o julgamento, o que poderia resultar, em tese, em prescrições em relação aos crimes com penas menores . Pouco depois, Barbosa liberou o relatório para os demais ministros e lembrou que o processo sempre esteve digitalizado integralmente, à disposição dos demais integrantes do STF.

 

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