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A defesa do presidente Michel Temer desistiu hoje (22) do recurso no qual solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das investigações relacionadas ao presidente. A medida foi tomada após o anúncio de que a Corte autorizou a Polícia Federal a realizar uma perícia no áudio entregue pelo empresário Joesley Batista em seu depoimento de delação premiada.

De acordo com um dos representantes de Temer, o advogado Gustavo Guedes, após o deferimento de perícia, a defesa está satisfeita e não quer mais o julgamento do recurso. Guedes também anunciou que a defesa contratou uma perícia particular para analisar o áudio. Segundo o advogado, foram encontrados "70 pontos de obscuridade no material".

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“A defesa do presidente apresentou petição dizendo agora: nos sentimos atendidos com o deferimento da perícia [oficial] e a partir desse laudo que nós juntamos agora, que nos dá segurança, nós queremos agora que isso se resolva o mais rapidamente possível”, disse.

A abertura do inquérito sobre Temer por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça foi autorizada pelo ministro Edson Fachin na quinta-feira (18), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o Ministério Público Federal, em encontro com o empresário Joesley Batista, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. O áudio da conversa, gravada por Joesley, foi disponibilizado na última quinta-feira (18).

No fim de semana, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley, dono do grupo JBS, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba. Temer classificou a gravação de clandestina, manipulada e adulterada, "com objetivos nitidamente subterrâneos".

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador Aécio Neves do mandato. A informação foi publicada na manhã desta quinta-feira (18) pelo jornal Estadão. Além dele, segundo a publicação, o deputado Rocha Lourdes também sofreu a mesma sanção do STF. 

Caso o afastamento afirmado pela publicação seja confirmado, a medida acontece um dia após uma reportagem do jornal O Globo divulgar uma gravação que o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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Nela Aécio Neves aparece pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, o presidente nacional do PSDB se justifica e diz que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. Em nota encaminhada à imprensa, o senador negou tudo. 

Na manhã de hoje uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada com base na delação da JBS e cumpre mandados judiciais envolvendo o senador.

Na última quinta-feira (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41, que tem por objeto a Lei 12.990/2014, a chamada Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos da administração federal. Além do relator, ministro Luís Roberto Barroso, votaram os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber e Luiz Fux, todos pela procedência da ação. O julgamento foi suspenso e será retomado posteriormente.

Para o relator, ministro Luís Roberto Barroso, não há violação à regra constitucional do concurso público, pois para serem investidos nos cargos públicos é necessário que os candidatos sejam aprovados, ou seja, que tenham um desempenho mínimo exigido.

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Como tese de julgamento, o ministro propôs a formulação: “É constitucional a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública direta e indireta. É legítima a utilização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e garantidos o contraditório e a ampla defesa”.

O ministro Alexandre de Moraes defendeu que a questão deve ser abordada com base no princípio da igualdade, no seu aspecto material, sendo aceitáveis tratamentos diferenciados, “desde que o elemento discriminador tenha uma finalidade específica, compatível com a Constituição Federal, de aproximar as diferenças”. Ele entendeu que o tratamento normativo diferenciado dado aos cotistas é constitucional apenas para o provimento inicial no serviço público, e não para a progressão durante a carreira.

O ministro Edson Fachin também se pronunciou pela procedência da ação. No entanto, segundo Fachin, o artigo 4º da Lei 12.990, que trata dos critérios de nomeação dos candidatos cotistas aprovados, deve se projetar não apenas na nomeação, “mas em todos os momentos da vida funcional dos servidores públicos cotistas”. A ministra Rosa Weber seguiu integralmente o voto do relator.

O ministro Luiz Fux também entendeu que a ADC 41 deve ser julgada procedente. O ministro Fux dá maior extensão à decisão para que a regra alcance todos os Poderes da República, bem como a todas as unidades federadas.

ADC 41

A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 41 foi interposta em defesa da Lei Federal 12.990/2014, a chamada Lei de Cotas, que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal direta e indireta. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é autor da ação.

A ação foi protocolada uma semana após um juiz da Paraíba garantir a um candidato aprovado em um concurso público para o Banco do Brasil direito a ser nomeado na frente de candidatos que se autodeclararam negros e que obtiveram notas menores. Na decisão, o juiz considerou a lei inconstitucional.

Para a OAB, a implementação das cotas nas seleções para o serviço público é um instrumento necessário para combater a discriminação racial. Além disso, a entidade entende que o sistema cotas em concursos e nas universidades públicas não configura tratamento privilegiado à população negra. A ação declaratória de constitucionalidade foi distribuída para o ministro Roberto Barroso no início de 2016.

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Numa sessão do Supremo Tribunal Federal em 2012, o então ministro Joaquim Barbosa, num duelo verbal com Gilmar Mendes, vaticinou: “Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste País”. Adiante chegou a afirmar que Gilmar não tinha condições de ir às ruas. Este bate-boca se deu por causa do julgamento dos donos de cartórios. Joaquim afirmou, ainda, que Gilmar só saia às ruas de Mato Grosso, Estado dele, protegido por capangas.

Imagine o que dirá, agora, o aposentado ministro Joaquim Barbosa em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal de revogar, por três votos a dois, o decreto de prisão preventiva que pesava contra o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu. Os portões da prisão da Lava Jato foram abertos para o emblemático personagem petista, que já havia cumprido pena por causa do escândalo do mensalão, protagonizado por ele, a pedido do chefe, o ex-presidente Lula. 

Votaram pela liberdade de José Dirceu, os ministros Gilmar Mendes, voto decisivo, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Contra a revogação da prisão, os ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. “Este é um caso complexo e triste da nossa própria história. Não podemos nos ater à aparente vilania dos envolvidos para decidir acerca da prisão processual. E isso remete à própria função da jurisdição em geral, da Suprema Corte em particular”, disse Gilmar.

Para acrescentar: “A missão de um tribunal como o Supremo é aplicar a Constituição, ainda que contra a opinião majoritária”. Foi dele o voto decisivo, o chamado voto de minerva, para soltar Dirceu. O ex-ministro estava preso desde 3 de agosto de 2015, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato. Em menos de dois anos, Moro aplicou ao ex-ministro duas pesadas condenações que somam 32 anos e um mês de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A favor da manutenção da prisão preventiva, o relator, ministro Edson Fachin, alegou que medida “encontra-se plenamente justificada pela lei e pela jurisprudência desta Corte, inclusive desta Segunda Turma”. “Estamos, aqui, a tratar da criminalidade do colarinho branco”, disse Fachin. Fachin destacou que, embora diversas prisões tenham sido alvo de críticas em razão de seu alcance no tempo, “o tema merece ser compreendido de modo cuidadoso”.

PREVIDÊNCIA – Mesmo sob pressão de servidores federais, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse, ontem, que não fará mais nenhuma modificação no seu parecer sobre as novas regras para a aposentadoria. A expectativa é que a votação comece na manhã de hoje. “Fica tudo como está. Não vai mudar nada”, disse. Assim como em outras reuniões da comissão, um grupo de servidores fez um ato contra o parecer do relator. Na entrada do plenário onde o colegiado debatia o relatório, eles gritavam palavras de ordem como “Quem votar, não volta”, querendo dizer que os parlamentares que votarem a favor não conseguirão se eleger novamente.

Nadando em dinheiro – Enquanto a maioria dos municípios corta pessoal e todo tipo de despesas para se adequar às exigências do ajuste fiscal e com isso tentar fazer a travessia da grave crise econômica, em Jaboatão o prefeito Anderson Ferreira (PR) anunciou, ontem, a contratação de 944 concursados dos setores da Educação, Saúde, Segurança, Assistência Social, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ciência e Tecnologia, Fazenda e Controladoria. Entre os novos servidores que irão reforçar os quadros da prefeitura, estão 685 professores, 80 guardas municipais, 50 agentes de trânsito e 63 profissionais de diversas áreas da Saúde. Anderson deve estar nadando em dinheiro!

Aumento no Cabo – Os servidores públicos municipais do Cabo de Santo Agostinho terão um aumento de 7% a partir deste mês. O prefeito Lula Cabral (PSB) está encaminhando para a aprovação da Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei que estabelece a concessão do reajuste. O pedido será feito em caráter de urgência para que permita a inclusão do aumento na folha de pagamento de maio. O percentual está acima da correção da inflação - 5,5% no ano - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como base para reajustes salariais. Provavelmente seja um dos únicos gestores a conceder aumento em tempos tão bicudos. 

Convocação – O deputado Joel da Harpa (PTN) encaminhou, ontem, requerimento ao presidente da Comissão de Legislação e Justiça, Waldemar Borges (PSB), para que convoque os secretários Marcelo Barros (Fazenda), Ângelo Gioia (Defesa Social) e Milton Coelho (Administração) sejam convidados para discutir o Projeto de Lei 1330. A proposta cria o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e institui gratificações especiais, como a Gratificação de Atividade Tática (GAT) e a Gratificação de Operações Especiais da Polícia Militar (GOEPM). “Criar uma gratificação de mais de R$ 2.500, que é quase a remuneração de um praça, para uma pequena parte da corporação só contribui para dividir a tropa e aumentar ainda mais o clima de insatisfação. A grande maioria da corporação não é atendida por esse projeto”, disse Harpa. 

Perdeu a esperança – O deputado Daniel Coelho (PSDB) jogou a toalha. Não acredita na aprovação da reforma da Previdência. “Eu sou contra esse texto da reforma da Previdência. Diferentemente do que ocorreu com a trabalhista, que teve quase 20 audiências públicas, todos os sindicatos ouvidos, e foi construído para modernizar a economia sem tirar direito de ninguém, a reforma da Previdência não ouviu ninguém, foi muito mal conduzida. É um projeto em que a sociedade toda não está convencida da sua necessidade e eu não acredito que o Congresso tenha direito de fazer uma modificação, que é permanente na vida das pessoas, sem que haja um debate consistente, convencimento e de que a gente tenha pelo menos uma parcela razoável da população compreendendo o que está sendo proposto”, afirmou. 

CURTAS 

INDÍGENAS – As recentes ações violentas contra índios gamelas, em Viana (MA), e contra indígenas que participaram de protesto no Congresso, em Brasília, levaram o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa, a criticar o papel do ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), nas ações. Para o senador, Serraglio vem agindo como “líder de torcida” da bancada ruralista e é um dos responsáveis pelo desmonte da política de proteção aos índios no Governo de Michel Temer (PMDB).

RECURSOS – Já estão nas contas das 15 prefeituras municipais do Estado os recursos liberados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para investimento em obras de unidades de educação infantil e de ensino fundamental. “Estamos garantindo que as obras sejam concluídas e destinando recursos também para aquisição de equipamentos, mobiliário e transporte escolar”, disse o ministro.  Ao todo, foram R$1.675.526,06 para Pernambuco.

Perguntar não ofende: Do jeito que Gilmar está se comportando algum criminoso do colarinho branco permanecerá na cadeia? 

Desde que decidiu indicar o nome de Alexandre de Moraes para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal, o presidente Michel Temer começou a consultar lideranças políticas de partidos aliados sobre a receptividade ao nome do advogado Antonio Cláudio Mariz para o Ministério da Justiça.

Nessas conversas, Temer tem dito que não tomou a decisão sobre o novo ministro e que só deve fazer a escolha na semana que vem. Paralelamente a isso, a bancada do PMDB na Câmara está reivindicando a vaga, sob a alegação de que o partido não ocupa nenhum dos três cargos de importância articulação política – presidência da Câmara, com Rodrigo Maia (DEM), e Secretaria de Governo, com Antonio Imbassahy (PSDB).

O partido tem dois nomes sugeridos: Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que ontem foi pedir o apoio do presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). O PMDB do Senado garante que não vai se movimentar e sim apoiar o nome que for escolhido por Temer. Aécio Neves tem dito que os tucanos não estão disputando essa vaga.

A crise na segurança pública, hoje mais visível no Espírito Santo – não só na capital Vitória, mas também em outras cidades do interior – pode levar o presidente a precipitar a escolha. Segundo aliados consultados por Temer, o presidente tem dado sinais de que a escolha será por uma indicação pessoal, um jurista, e não um parlamentar governista.

EFEITO CASCATA– Dois auxiliares do presidente Michel Temer avaliam que as decisões da Justiça contra a nomeação de Moreira Franco como ministro devem ter impacto no perfil do novo titular da Justiça. Na avaliação de um ministro de Temer, nomear o advogado Antonio Mariz, crítico da Operação Lava Jato, já renderia repercussão negativa ao Governo. Mas, com a decisão barrando a concessão de foro privilegiado a Moreira, serão dois desgastes criados pelo próprio presidente. "A ideia de Mariz volta à estaca zero", diz um interlocutor do presidente.

A miopia do prefeito de Floresta – Independente de o seu grupo político ter perdido a eleição em Floresta, o deputado federal Kaio Maniçoba (PMDB) trata o prefeito e adversário Ricardo Ferraz (PRP) com pão de ló em Brasília. Suas emendas já garantiram investimentos da ordem de R$ 10 milhões no município. Mas diferentemente do prefeito do Cabo, Lula Cabral, que procurou o deputado Betinho Gomes, adversário, para agradecer seu empenho por emendas ao município, Ferraz faz beicinho como se estivesse insatisfeito com a postura correta de Kaio em alocar recursos federais em Floresta.

A defesa de Creuza– A deputada Creuza Pereira teve que fazer esclarecimentos, ontem, em nota, sobre a sua posição frente ao projeto de lei que anistia partidos políticos. Pelas redes sociais se difundiu que ela havia votado a favor. Na verdade, seu voto, como o de todos os deputados, foi no sentido de permitir a tramitação da matéria e sua consequente discussão, já que não houve ainda a sua votação em plenário. “Sobre o voto favorável ao requerimento de urgência, acreditamos que seja da importância de todos, para permitir sua discussão em um momento que o Brasil se esforça para encontrar um modelo político sem corrupção”, afirmou.

Briga feita em Ipojuca– Ex-secretário de Meio Ambiente na gestão de Carlos Santana em Ipojuca, o vereador Deoclécio Lira (PSB) está sendo interpelado na justiça pelo empresário Francisco Dourado, que se sentiu injuriado com a campanha difamatória que o parlamentar, que também é radialista, vem fazendo. Na última postagem em suas redes sociais, afirmou que Chico Lapada, como é conhecido o usineiro, estaria contaminando água da Compesa, já teria feito algumas ações de vandalismo e estaria vendo combustível adulterado. “A interpelação se dá pelas inverdades e as injúrias”, diz o usineiro. Na realidade, a briga tudo tem a ver com a eleição suplementar. Enquanto Deoclécio apoia Santana, Chico Lapada está fechado com Célia Sales.

Argentinos compram mais – Em discurso no plenário, o senador Armando Monteiro (PTB), aproveitando a passagem do presidente da Argentina pelo Brasil, lembrou que, em 2016, o mercado argentino passou a ser o principal destino das exportações de Pernambuco. O senador assinalou que as vendas não apenas cresceram 35%, como foram lideradas por bens de maior valor agregado, como combustíveis e veículos produzidos na Refinaria Abreu e Lima, em Suape, e na fábrica da Fiat Chrysler, em Goiana. Os dois itens foram responsáveis por 46% do total das vendas externas do Estado.

CURTAS

ATENTADO– A OAB de Caruaru lamentou, ontem, por meio de nota, o atentado sofrido pelo advogado Elton Tabosa e informou que o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Sampaio, designará uma comissão especial para acompanhar o inquérito policial, a fim de que o crime seja esclarecido e os culpados punidos o mais breve possível.

RATEIO DO ICMS– O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que muda a forma de cálculo do coeficiente de participação do município no rateio de ICMS quando, em seu território, houver usina hidrelétrica. O deputado Fernando Monteiro (PP) foi relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação. “Esse projeto é de suma importância para os municípios sede de usinas hidroelétricas”, disse o parlamentar.

Perguntar não ofende: Senadores investigados pela Lava Jato podem sabatinar um candidato a ministro do Supremo?

O ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniram nessa quinta-feira (12), em Brasília, para discutir a doação de livros para bibliotecas de ao menos 40 presídios brasileiros. A proposta é doar cerca de 20 mil livros de literatura brasileira e estrangeira por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os estabelecimentos prisionais beneficiados serão definidos por Cármen Lúcia junto com os Tribunais de Justiça dos estados. 

"O apenado deve ter, através da educação, um caminho de libertação da mente. À medida que humanizamos as penitenciárias, estamos trabalhando para que eles possam ser devolvidos à sociedade num patamar de recuperação adequado", disse o ministro, acrescentando que, em certos casos, é facultado ao preso reduzir sua pena privativa de liberdade por meio de projetos de estímulo à leitura nos presídios. "É um componente importante de remissão da pena que ajuda a desafogar o sistema carcerário”, afirmou.  o ministro da Educação. 

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Ampliação da educação

A iniciativa, segundo o ministro da Educação, faz parte de um plano mais amplo de ampliação da educação à distância nas instituições prisionais. O MEC também estuda formas de facilitar a certificação do ensino médio aos privados de liberdade, a partir da separação das atribuições do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

O ministro e a presidente do STF agendaram uma nova reunião para a próxima terça-feira (17), em Brasília, a fim de definir o cronograma de entrega das bibliotecas. Segundo o ministro, a presidente do STF discutiria ainda hoje o assunto com os presidentes dos tribunais de justiça estaduais, com quem ela se reunirá para analisar a situação do sistema prisional. 

* Com informações das assessorias do STF e do MEC

O Supremo Tribunal Federal tem 225 pedidos de vista distribuídos entre seus 11 ministros, segundo dados oficiais atualizados nessa sexta-feira (4). O último a entrar na conta foi o do ministro Dias Toffoli, que na sessão plenária de anteontem pediu mais tempo para analisar ação em que se discute se réus em ação penal podem ocupar cargos que estão na linha sucessória da Presidência da República.

Se não tivesse pedido, já estaria valendo a maioria estabelecida de seis votos contra a posse de réus, o que colocaria em risco o cargo do presidente do Senado, Renan Calheiros, que responde a 11 inquéritos na Corte e uma denúncia está pendente de análise. Com mais esse, Dias Toffoli tem 18 pedidos de vista, segundo informou seu gabinete.

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São os "perdidos de vista", para usar a expressão cruelmente jocosa do ministro Marco Aurélio Mello. Ou os pedidos de "vista grossa", como já brincou o ex-ministro Ilmar Galvão. As piadas metem o dedo na ferida: os ministros do Supremo, ontem como hoje, com pontualíssimas exceções, desrespeitam todos os prazos legais para a devolução dos pedidos de vista.

Começando pelo princípio constitucional que assegura a celeridade do processo, avançando pelo Código de Processo Civil - máximo de 20 dias, artigo 940 - e pelo seu próprio regimento interno. Este, no artigo 134, estabelece, para a devolução, o prazo de duas sessões ordinárias. Ainda há a resolução 202, de 2015, do Conselho Nacional de Justiça, com o prazo máximo de 20 dias.

"O pedido de vista tem sido usado pelos ministros do Supremo como um poder absoluto, incompatível com a democracia. Eles desrespeitam os prazos do próprio regimento do Supremo, como se desrespeitassem a si próprios", disse ao Estado o jurista Joaquim Falcão, da Fundação Getúlio Vargas do Rio, que coordena o projeto Supremo em Números. Pelos dados do projeto, apenas 20% dos pedidos respeitam o prazo regimental máximo, informou Falcão. Os que ultrapassam o prazo duram, em média, 443 dias.

Na Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental - como a que Toffoli pediu vista - a média de demora para a devolução é de 1,9 ano, segundo a FGV. "Como o regimento não estabelece punição, usa-se e abusa-se do pedido de vista", diz Falcão.

Motivos

Exemplos de abusos são fáceis de encontrar. Na relação de pedidos de vista já devolvidos, disponível no site do STF, há casos em que os pedidos foram feitos em 2007, e só devolvidos, pela ministra Cármen Lúcia, atual presidente, em 11 de fevereiro deste ano, quase dez anos depois. No caso, são duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade movidas pela Ordem dos Advogados do Brasil contra a Presidência. Na mesma relação, vê-se que a ministra devolveu pedidos de vista que retinha desde 2010 e 2011. Um outro, que ela herdou do ex-ministro Nelson Jobim, que pediu vista em 2002, só foi devolvido em março deste ano.

Um caso recente, que fez barulho, tratava de financiamento de campanhas eleitorais. Gilmar Mendes passou mais de um ano para devolver o processo. No dia 15 de setembro, o ministro Luis Roberto Barroso pediu vistas em dois recursos extraordinários que tratavam do fornecimento de remédios de alto custo não disponíveis da lista do SUS, e de medicamentos não registrados na Anvisa. Devolveu no dia 28 - quase um recorde. Mas aí foi a vez do ministro Teori Zavascki - que ainda não devolveu.

"Pedir vista faz parte do julgamento, para maiores esclarecimentos, mas é importante que o pedido seja devolvido dentro dos prazos", diz o advogado Carlos Veloso, ex-ministro do STF. "O enorme volume de processos pode até explicar esses atrasos, mas não os justifica". Ele lembrou que a Constituição impõe celeridade, mas sopesou com uma frase latina - Ad impossibilia nemo tenetur (Ninguém está obrigado ao impossível) - frisando "a carga imensa de processos".

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, é outro a defender o cumprimento da lei. "A partir do novo Código de Processo Civil foram estabelecidas regras que valem para todos os magistrados quanto ao prazo de vista processual. Essas regras precisam ser cumpridas", afirmou.

"O ministro que não respeita prazo deve ser julgado administrativamente, mesmo que seja pelo próprio Supremo", defende Falcão. Ele sugere que o STF acrescente ao regimento interno que, ultrapassado o pedido de vista, o processo entre em pauta ex-officio, como em vigor no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os ministros têm 90 dias para devolver o processo.

Na análise de Falcão, o controle do abuso de pedido de vista tem desafiado a autoridade de todos os presidentes anteriores, e até do próprio plenário, que fica silente diante da violação regimental. "Resta saber se o ministro Dias Toffoli respeitará o prazo e, caso não respeite, o que fará a ministra Cármen Lúcia", concluiu. Cármen não deu retorno à solicitação da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pacientes com doenças raras e suas famílias fazem, desde a noite de ontem (27), uma vigília em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a realidade desses pacientes.

Segundo o coordenador de Atendimento da Associação dos Familiares e Amigos dos Portadores de Doenças Graves (Afag), Fábio Marques, a ideia do grupo é fazer um abaixo-assinado com até 500 mil assinaturas que serão entregues ao Supremo, onde tramitam ações que tratam do fornecimento de remédios de alto custo que não estão disponíveis na lista do Sistema Único de Saúde (SUS) e também de medicamentos não registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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De acordo com Marques, ontem um grupo de cerca de 30 pessoas deu início à vigília. A ideia é que hoje o movimento continue ao longo de todo o dia. Para a sessão do STF desta tarde, está prevista a retomada do julgamento de dois recursos sobre o tema dos medicamentos. O julgamento teve início no último dia 15, mas foi suspenso por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso. A sessão do plenário está prevista para começar às 14h.

Em um dos casos, o estado do Rio Grande do Norte levou um recurso à Corte para não ser obrigado a fornecer um medicamento de alto custo a uma paciente. No segundo caso, o recurso é de uma paciente que teve negado o fornecimento de um remédio pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, porque o medicamento não tinha registro na Anvisa.

Voto do relator

O ministro Marco Aurélio, relator das duas ações que estão sendo analisadas, chegou a ler seu voto. Segundo o STF, o relator entendeu que o estado pode ser obrigado a fornecer o medicamento que não está disponível no SUS quando o paciente comprovar que o remédio é imprescindível e que a pessoa não tem condições financeiras de comprá-lo. Mas, para o ministro, o estado não pode ser obrigado a fornecer os remédios que não estão registrados na Anvisa.

Segundo Fábio Marques, a estimativa é que em todo o país cerca de 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara. A filha dele tem mucopolissacaridose, uma doença degenerativa. “Como pai, eu creio, tenho que acreditar que o Supremo dê um parecer favorável a esses pacientes. São 13 milhões de pacientes. Não são todos que vão ter a indicação de tratamento, mas que ele [STF] respeite a Constituição”, disse o coordenador. Segundo ele, existem medicamentos que aguardam o registro da Anvisa há cinco anos. Muitos desses remédios, de acordo com Marques, já tiveram uso aprovado em outros países, mas ainda não estão registrados no Brasil.

Margareth Mendes foi diagnosticada em 2012 com uma doença raríssima e precisa de um medicamento não registrado e de alto custo. “Cada frasco é R$ 26 mil e uso seis ao mês, fora os outros medicamentos que uso pelas sequelas da doença.” Por causa da doença, Margareth não trabalha. A paciente conta que, devido à falta de registro do medicamento, ela só consegue o remédio na Justiça. “Só via judicial, porque ele não é aprovado pela Anvisa e não é fornecido pelo SUS”, disse.

Deise Zanin é portadora de mucopolissacaridose e preside uma associação gaúcha que reúne pacientes com a doença. Ela conta que o medicamento usado para o tratamento já é registrado, mas é de alto custo e não está na lista do SUS. “É um medicamento de alto custo produzido fora do Brasil. Para cada tipo específico [da doença], [o remédio] é produzido em um país e só se consegue por via judicial. São medicamentos já registrados na Anvisa, mas que ainda não fazem parte da lista do SUS, nem para medicamento excepcionais. Só conseguimos o tratamento por via judicial.”

No caso de Deise, o tratamento varia de R$ 100 a R$ 150 mil por mês. “Não tenho condições. Mesmo se eu fosse uma pessoa com uma renda alta, R$ 150 mil no mês é muito difícil de você ter. Se fosse um mês e depois não precisasse mais tomar, venderia a casa, alguma coisa, para curar, mas não tem cura. Nossa única esperança de qualidade de vida é o medicamento. Tem que tomar o resto da vida.”

Expectativas

Deise disse que, se ficar sem o remédio, a sua qualidade de vida vai piorar, já que a doença é degenerativa. Para ela, a expectativa é que no julgamento os ministros levem em conta não o valor do medicamento, mas os pacientes. “Não importa o valor, o preço de um medicamento. Que eles pensem no valor da pessoa, o valor como ser humano, de alguém que precisa viver e que a única expectativa de uma qualidade de vida são esses medicamentos, embora o custo seja alto."

Para Fábio Marques, a situação das pessoas que dependem de remédio não registrado é delicada. “Esses pacientes que hoje [dependem de remédios que] não têm o registro na Anvisa, dependendo da posição do Supremo, eles vão ser negligenciados. Eles não vão ter atendimento pelo SUS se o Supremo entender dessa forma. O Marco Aurélio se posicionou a favor, porém, [apenas] se o medicamento tiver o registro na Anvisa. Isso está nos preocupando muito.”

Judicialização da saúde

Mais cedo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou, em entrevista coletiva, que ajudicialização da saúde desestrutura o planejamento feito por estados, municípios e pela União para o setor. A estimativa da pasta é que as decisões judiciais em saúde custem aos cofres públicos cerca de R$ 7 bilhões.

Para o ministro, o desafio do Supremo é encontrar harmonia entre direitos constitucionais como a universalidade e integralidade do acesso à saúde; o acesso à Justiça; e a capacidade contributiva do cidadão brasileiro. “Temos, de um lado, o cidadão que precisa de assistência e, de outro, o cidadão que paga imposto.”

Registro

Segundo informações disponíveis no site da Anvisa, para o registro de um medicamento com uma substância ativa ainda não registrada, a empresa fabricante precisa realizar um processo de pesquisa com várias fases. Os estudos devem seguir normas estabelecidas pela agência e também regras internacionais. Os resultados são entregues à Anvisa e, depois, analisados. A agência leva em conta aspectos como qualidade, segurança e eficácia do medicamento para decidir se concede o registro.

De acordo com a Anvisa, entre os novos medicamentos que aguardam análise estão nove produtos sintéticos e 15 biológicos.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, discute neste momento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários o rito da próxima fase do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a primeira a ser presidida por ele, marcada para terça-feira (9).

Nessa sessão, serão necessários os votos de metade mais um (maioria simples) dos 81 senadores presentes para confirmar ou não a decisão da Comissão Especial do Impeachment, que aprovou hoje (4), por 14 votos a cinco, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao prosseguimento da ação e do julgamento da presidenta afastada por crime de responsabilidade.

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Contando com resultado desfavorável à Dilma na próxima votação, senadores que apoiam o impeachment pressionam para que a conclusão do processo ocorra ainda este mês. Lewandowski só marcará a data após o encerramento da fase de pronúncia, na semana que vem.

A expectativa é que o julgamento dure até uma semana. Caso chegue à fase final, o ministro adiantou que não pretende realizar sessões no fm de semana.

Defesa

Ao deixar a Comissão do Impeachment nesta quinta-feira, o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, informou que espera que a próxima votação, na terça-feira, não seja realizada de maneira apressada e que a análise leve mais de um dia.

“Espero que o amor à pressa não faça ceder o amor à Justiça”, disse. Cardozo defendeu que, a partir de terça-feira, assim como em um juri, acusação e defesa tenham, cada uma, uma hora e meia para se manifestar, além de mais uma hora para réplica das partes.

Pelas contas de Cardozo, só para essa etapa seriam necessárias cinco horas, sem contar os pronunciamentos dos senadores. O advogado acrescentou que Dilma Rousseff não deverá comparecer ao Senado semana que vem e que ainda não sabe se ela participará do julgamento final.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 3, o aumento do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32 - um ganho mensal de R$ 5.530 -, em janeiro de 2017.

O projeto de lei ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de seguir ao plenário da Casa. Como já passou pela Câmara, caso seja aprovado o projeto seguirá para sanção presidencial.

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Há uma preocupação com o aumento para os ministros, pois ele poderia gerar um efeito cascata em outros segmentos. O ajuste elevaria o teto para membros da magistratura federal e estadual, ministros e conselheiros de tribunais de contas e salários de parlamentares, chegando até aos vereadores.

Há cerca de duas semanas, o presidente em exercício, Michel Temer, sancionou o projeto de lei que prevê reajustes salariais aos servidores do Judiciário. No texto aprovado sem vetos por Temer, em julho, o aumento foi dividido em oito parcelas, que estipulam reajuste de até 41,47%. O impacto previsto sobre o Orçamento das sanções dos dois projetos será de R$ 13,5 bilhões até 2018, segundo o Ministério do Planejamento.

Após a aprovação do reajuste do Judiciário, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, fez ressalvas à sanção presidencial. Segundo o ministro, o aumento no salário ainda não é suficiente para contemplar "as perdas" da categoria ao longo dos anos. Lewandowski afirmou que o aumento de mais de 40% no salário dos servidores "recompensa ao menos parcialmente o denodo com que têm se dedicado à instituição".

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, fez uma avaliação crítica sobre o excesso de competências da Corte, em palestra na noite desta terça-feira, 2. Um dos pontos levantados pelo ministro é a quantidade de decisões tomadas de forma monocrática - e não pelo colegiado. Segundo ele, o STF produziu mais de 52 mil decisões individuais no primeiro semestre do ano.

"O Supremo está virando um tribunal do cada um por si. Criamos tribunal de decisões monocráticas porque nesse quantitativo (de processos) não se dá conta", disse o ministro.

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Barroso tem sido um defensor de uma "redução drástica" nas competências do STF. Entre as alterações, o ministro sugere, por exemplo, o fim do foro privilegiado da forma como é hoje. Para Barroso, o julgamento das autoridades pelo STF "desgasta" e "politiza indevidamente" o tribunal, além de atrasar o julgamento de questões constitucionais relevantes. "Dedicar tempo às ações penais significa não resolver as grandes questões", afirmou.

O ministro voltou a defender a criação de uma vara especializada no Distrito Federal para julgar as autoridades que possuem foro atualmente, mantendo no Supremo apenas processos penais contra presidente da República, presidentes dos Poderes e contra os próprios ministros do tribunal.

"O Supremo precisa julgar menos para julgar com mais qualidade", disse Barroso. O ministro preside o Instituto de Diálogos Constitucionais, que realizou nesta terça-feira o evento no Uniceub, em Brasília. Outros dois ministros do Supremo participaram do evento: Teori Zavascki e Luiz Edson Fachin, além do ex-ministro da Corte Carlos Ayres Britto.

Com o objetivo de impedir a manipulação do arquivo por terceiros, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os documentos da CPI dos Correios de 2005 sejam lacrados. A ordem atende a um requerimento da Procuradoria-Geral da República decorrente do inquérito aberto para investigar a atuação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante a comissão para tentar maquiar dados do Banco Rural.

Logo que se tornou público o pedido de abertura de inquérito, Aécio pediu para que fosse feita uma pesquisa nos documentos, segundo ele, para recolher elementos para a sua defesa. Em nota, o Senado afirmou que, em razão do ofício enviado pelo senador tucano no dia 3 de maio, foi feito o transporte de 46 caixas da CPI da Coordenação de Comissões Especiais para a Coordenação de Arquivo. O texto informa que somente funcionários do setor tiveram acesso aos documentos e que em nenhum momento "pessoas estranhas" puderam manusear o arquivo. As informações foram prestadas após o jornal O Globo publicar uma foto da movimentação da caixa.

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O pedido de abertura de inquérito contra Aécio tem como base a delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), que foi presidente da CPI dos Correios. Em seu depoimento, o ex-senador acusou Aécio de tentar maquiar informações do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios.

Em nota, a assessoria de imprensa de Aécio disse que o senador "considera a decisão do ministro Gilmar Mendes adequada". O texto também defende que o pedido de Aécio para ter acesso aos documentos da CPI segue "estritamente a legislação vigente".

Sobre o pedido de abertura de inquérito, Aécio afirma que as informações da delação de Delcídio em relação a sua atuação na CPI são "caluniosas". O senador tucano aponta incongruências nos depoimentos de Delcídio, como a data em os dois tiveram uma reunião para falar sobre a CPI dos Correios. Aécio também nega que tenha apresentado requerimento para aumentar o prazo para apresentação de informações pelo Banco Rural. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasília, 17/05/2016 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, alertou a senadores, em reunião nesta terça-feira, 17, que será difícil definir prazo final para o processo do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com o ministro, brechas no rito que permitem recursos e judicialização podem atrasar o trâmite da denúncia contra a petista.

Lewandowski recebeu o presidente da comissão do impeachment no Senado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), e o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), para discutir o caso. Segundo os parlamentares, a previsão de datas para a segunda etapa de trabalhos da comissão do impeachment será submetida na próxima terça-feira, 24, à votação dos senadores que compõem o colegiado especial.

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"(O prazo) não pode ser tão curto que prejudique a defesa da presidente, nem tão longo a ponto de criar dois problemas para o País. (Se o processo se alongar), primeiro coincidirá com as eleições municipais e segundo criaria uma ansiedade por parte da a sociedade brasileira porque um prazo muito longo iria exatamente coincidir com o prazo final de 180 dias", disse Lira.

Lira já havia defendido que 120 dias seria o tempo ideal para o Senado concluir o processo. Agora, no entanto, sem poder definir um dia D para o julgamento do caso, os senadores adotaram um tom mais cauteloso. Anastasia foi evasivo e evitou fixar uma data para divulgar o parecer desta segunda fase dos trabalhos da comissão. Ele informou que a palavra final do Senado sobre a situação de Dilma poderia ser em meados de setembro.

Dilma foi afastada na última quinta-feira, 12, pelo Senado por 55 votos a 22. A medida a suspende do cargo de presidente por 180 dias, prazo final para que ela seja julgada. A partir de agora, a comissão do impeachment deverá reunir provas e ouvir tanto testemunhas de defesa quanto de acusação sob a supervisão do ministro Lewandowski.

Segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai revisar a defesa de Dilma que será enviada ao Senado. O prazo da petista termina dia 1º de junho.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), do mandato de deputado federal.

O pedido de perda de mandato de Cunha foi feito em dezembro pelo procurador geral da República Rodrigo Janot. Com a decisão, o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), assume a presidência.

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O procurador chega a citar 11 motivos que justificariam o afastamento do parlamentar. São eles:

Primeiro ato: denúncia do Ministério Público Federal aponta que Eduardo Cunha recebeu propina relacionada à aquisição de navios-sonda pela Petrobrás.

Segundo ato: o presidente da Câmara estaria por trás de requerimentos e convocações feitas para pressionar donos do grupo Schahin com apoio do doleiro Lúcio Funaro.

Terceiro ato: Janot diz que Eduardo Cunha usou seus aliados para aprovar a convocação da advogada Beatriz Catta Preta. 

A aprovação ocorreu após o cliente de Catta preta, Julio Camargo, prestar depoimento à Procuradoria-Geral da República, revelando que Cunha recebeu parte da propina relacionada aos navios-sondas.

Quarto ato: contratação da empresa Kroll, classificada como "empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil", para tentar descobrir algo que pudesse comprometer os acordos de colaboração premiada da Operação Lava Jato.

Quinto ato: utilização da CPI da Petrobras para fins ilícitos.

Sexto ato: abuso de poder com a finalidade de afastar a aplicação da Lei Penal.

Sétimo ato: retaliação contra aqueles que contrariam os interesses do presidente da Câmara. 

Oitavo ato: utilização de suas atividades como parlamentar para fins ilícitos, por exemplo, o recebimento de vantagens indevidas para aprovar medida provisória de interesse do Banco BTG.

Nono ato: manobras para obstruir a continuidade das investigações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, com o intuito de defender seus interesses particulares.

Décimo ato: ameaçãs ao ex-relator do Processo de Cassação, Fausto Pinato (PP-SP).

Décimo-primeiro ato: novas ameaças e oferta de propina ao ex-retator Fauto Pinato. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki disse nesta quinta-feira (7) que cumprirá a lei sobre acordos de colaboração premiada. “Em matéria de colaboração premiada, a lei estabelece que tudo tem que ser mantido em sigilo. Enquanto as partes não abrirem mão do sigilo, eu vou cumprir a lei”, disse o ministro ao ser questionado por jornalistas a respeito da suposta delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.

Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem em que diz que a Andrade Gutierrez fez doações legais às campanhas de 2010 e 2014 da presidenta Dilma Rousseff e aliados “utilizando propina oriunda de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico”. A informação estaria na delação premiada de Azevedo. Segundo a reportagem, a delação aguarda a homologação por parte do ministro Zavascki. A Procuradoria-Geral da República (PGR) não se pronunciou a respeito do tema.

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De acordo com a reportagem da Folha, o ex-presidente da empreiteira entregou uma planilha à PGR com a informação sobre as doações. A planilha foi detalhada tanto por Marques como pelo ex-executivo da construtora Flávio Barra em depoimentos colhidos em fevereiro durante a negociação da delação com a procuradoria. Azevedo disse aos procuradores que a propina tinha origem em contratos da empreiteira para a execução das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Usina Angra 3 e a hidrelétrica de Belo Monte. Ainda segundo a reportagem, os delatores afirmaram que até 2008 os valores doados de maneira legal tanto para o PT como para outros partidos eram equivalentes.

Segundo as informações publicadas pelo jornal, em 2014, a empreiteira doou R$ 20 milhões para o comitê de campanha da presidenta. Cerca de R$ 10 milhões doados seriam provenientes de participação da empreiteira em contratos de obras públicas. 

Em nota à imprensa, o coordenador jurídico da campanha presidencial de Dilma, Flávio Caetano, disse que "toda a arrecadação da campanha da presidenta de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor. Jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores. Aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário."

"Em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal. É lamentável que o instrumento da delação premiada seja, mais uma vez, utilizado politicamente por meio de vazamentos seletivos. A afirmação em tela é inverídica e serve apenas, na atual conjuntura, para alimentar argumentos daqueles que querem instaurar um golpe contra um mandato legitimamente eleito pelo povo brasileiro", acrescentou a nota. 

Leia abaixo a íntegra da nota do coordenador jurídico:

Toda a arrecadação da campanha da Presidenta de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor. Jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores. Aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário.

Em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal.

É lamentável que o instrumento da delação premiada seja, mais uma vez, utilizado politicamente por meio de vazamentos seletivos. A afirmação em tela é inverídica e serve apenas, na atual conjuntura, para alimentar argumentos daqueles que querem instaurar um golpe contra um mandato legitimamente eleito pelo povo brasileiro.

O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na quarta-feira, 6, pedido do deputado Cabo Daciolo (PTdoB-RJ) que solicitava a abertura de mais um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer, e o apensamento da denúncia contra o peemedebista ao processo que tem como alvo a presidente Dilma Rousseff.

A decisão vem um dia depois de despacho do ministro Marco Aurélio Mello que determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve dar prosseguimento a um pedido de impeachment contra Temer.

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A decisão de um ministro não anula a outra, pois os dois casos foram analisados em pedidos distintos. Com isso, Cunha segue com o dever de cumprir a decisão do ministro Marco Aurélio de dar continuidade ao impeachment de Temer e abrir uma comissão especial até que o caso seja levado ao plenário da Corte.

O ministro se comprometeu a dar celeridade ao caso e levar a discussão para julgamento pelo Colegiado. Até o momento, no entanto, a Câmara não apresentou recurso contra a decisão.

No despacho da noite de ontem, o ministro Celso de Mello destaca que não cabe interferência do Judiciário no ato do Legislativo, em respeito ao princípio da separação de Poderes.

Para o decano, a deliberação sobre a abertura do processo de impeachment não pode ser revisada pela Justiça sob pena de "inaceitável nulificação do próprio Poder Legislativo". O ministro entendeu ainda que não se verifica qualquer evidência de que Cunha tenha "vulnerado" o texto constitucional ao arquivar pedido de impeachment contra Temer.

Ao fundamentar a decisão, o decano da Corte cita precedentes em que o Tribunal apontou que é atribuição do presidente da Câmara analisar denúncias de impeachment de presidente da República e questão interna da Casa Legislativa.

"As questões 'interna corporis' excluem-se, por isso mesmo, em atenção ao princípio da divisão funcional do poder - que constitui expressão de uma das decisões políticas fundamentais consagradas pela Carta da República -, da possibilidade de controle jurisdicional, devendo resolver-se, exclusivamente, na esfera de atuação da própria instituição legislativa", escreveu o decano.

Já Marco Aurélio, em seu despacho, entendeu que Cunha extrapolou suas atribuições ao arquivar a denúncia contra Temer, por entrar no mérito do pedido. O caso chegou ao gabinete do ministro Marco Aurélio após recurso apresentado pelo advogado Mariel Márley Marra, que pedia o prosseguimento da denúncia apresentada por ele contra Temer.

O caso analisado por Celso é referente a outro pedido de impeachment contra o peemedebista, proposto pelo deputado Cabo Daciolo. A denúncia oferecida pelo parlamentar alega que Temer cometeu crime de responsabilidade ao se omitir com relação às pedaladas fiscais - atrasos em repasses do Tesouro a bancos públicos - e também ao assinar decretos que autorizavam a abertura de crédito suplementar sem aval do Congresso e em desacordo com a meta fiscal vigente.

O caso dos decretos foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro e é um dos crimes apontados na denúncia em discussão contra Dilma. O deputado argumentou ao STF que há "conexão de matérias" e acervo de provas comum entre os casos de Dilma e Temer.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou o arquivamento do pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio, apresentado nesta quarta-feira (6) pelo Movimento Brasil Livre (MBL).

Para Renan, não está configurada a justa causa do crime de responsabilidade que teria sido cometido pelo ministro e alegado no pedido. Além disso, o advogado Rubens Nunes, coordenador do MBL, que assina o pedido, não anexou documentos necessários, como seu comprovante de quitação eleitoral.

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“No mérito, rejeito a denúncia por inexistência de justa causa quanto ao cometimento de crime de responsabilidade previsto no Artigo 40 da Lei 1.070/1950, uma vez que os atos descritos na denúncia foram praticados no regular exercício da jurisdição e da competência atribuída a ministros do Supremo Tribunal Federal, os quais podem ser objeto de revisão e recurso, bem como passíveis de outras formas de revisão e controle no âmbito do próprio Poder Judiciário, mas que, de forma alguma, configuram crime de responsabilidade”, explicou Renan Calheiros

Ao anunciar em plenário a decisão de arquivamento do pedido, Renan ressaltou a importância de que os poderes não interfiram no funcionamento uns dos outros e que “o Executivo seja mais Executivo, o Legislativo, mais Legislativo e o Judiciário, mais Judiciário”. “Não podemos ser levianos com a democracia. Não podemos subestimar a importância da separação dos Poderes da República”, disse Renan.

Mais cedo, o autor do pedido disse que, caso Renan determinasse o arquivamento dele, eles iriam apresentar recurso no próprio Senado. “A gente poderia até, de forma jocosa, apresentar um mandado de segurança, porque foi um mandado de segurança que motivou o pedido apresentado hoje. Mas não é a medida cabível, é o recurso ao Senado”, afirmou Nunes.

O juiz federal Sérgio Moro deve enviar hoje (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de pagamentos que teriam sido feitos a cerca de 200 políticos, apreendida em uma busca da Polícia Federal na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos executivos da Odebrecht, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Acarajé, deflagrada no mês passado.

Em despacho na última sexta-feira (25), no qual libertou nove presos temporários na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, o juiz disse que ainda não é possível avaliar a legalidade dos pagamentos, sendo que a Odebrecht é uma das maiores doadoras para campanhas políticas.De acordo com análise premiliminar feita por Moro, a lista envolve pagamentos a pessoas com foro por prerrogativa de função, como deputados e senadores, e, portanto, deve ser remetida ao Supremo, instância responsável por esses processos.

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"Os pagamentos retratados nas planilhas encontradas na residência do executivo Benedi­cto Barbosa podem ser doações eleitorais lícitas ou mesmo pagamentos que não tenham se efetivado". diz Moro. "A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Supremo Tribunal Federal".

Na quarta-feira (23), Moro colocou em segredo de Justiça a lista de pagamentos. A medida foi tomada pelo juiz após a relação ter sido anexada ao processo sobre as investigações da  Lava Jato e  divulgada pela imprensa.

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, arquivou ontem trecho de delação premiada que mencionava o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como suposto destinatário de repasses no âmbito do esquema de corrupção na Petrobrás. Zavascki acolheu na decisão solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em delação premiada, um dos responsáveis por repasses de valores a mando do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, disse ter entregue R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro que teriam como destino final o senador tucano.

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Na manifestação ao Supremo, a Procuradoria destaca que o primeiro depoimento de Ceará, no qual ele cita o nome de Aécio, foi colhido em julho de 2015, mas que novos depoimentos posteriores do doleiro Alberto Youssef e do dono da UTC, Ricardo Pessoa, desmentiram a versão. Em setembro, Youssef prestou depoimento no qual negou ter falado sobre entrega de valores a Aécio.

Pessoa negou que a empresa tenha repassado valores em espécie para Aécio. Segundo o empreiteiro, o diretor para quem Ceará fez entrega de valores no Rio "não sabia quem eram os destinatários finais dos valores que lhe eram entregues".

"Como se vê, os elementos indicativos iniciais não se confirmaram com a oitiva especialmente do colaborador Ricardo Ribeiro Pessoa, na medida em que ele foi peremptório que não entregou valores espúrios, direta ou indiretamente, para o Senador Aécio Neves. Esta circunstância impõe que se arquive o presente expediente, diante da não confirmação de dados mínimos que autorizem o prosseguimento da apuração em sede própria de inquérito", escreveu o procurador-geral da República na manifestação ao STF.

Em delação premiada, Youssef afirmou que o ex-deputado José Janene (PP-PR) - mentor do esquema de propinas na Petrobrás e morto em 2010 - lhe contou que "dividia diretoria de Furnas (subsidiária da Eletrobrás vinculada ao Ministério de Minas e Energia) com o então deputado na época Aécio Neves".

Ao analisar o caso, o ministro Teori Zavascki apontou que é "irrecusável" pela jurisprudência do Supremo o arquivamento de peças de informações criminais quando fundada na "ausência de elementos" que permitam ao procurador-geral da República formar sua opinião.

Em nota, Aécio destacou que a decisão "desmascara mais uma torpe tentativa de envolver nomes da oposição no mar de lama que envolve o PT e o governo e que a Lava Jato tem mostrado ao País".

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou que o governo do Rio pague ao Tribunal de Justiça do Estado o duodécimo referente ao mês de dezembro. O repasse mensal do recurso é previsto em lei e serve para o custeio da Corte.

O pagamento deveria ter sido feito até o último dia 20. A decisão de Lewandowski tem caráter liminar (imediato) e estabelece que o governador Luiz Fernando Pezão preste informações sobre o ocorrido num prazo de 10 dias. O pedido foi feito pelo próprio Tribunal ao STF.

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"Ao que tudo indica, há plausibilidade nas alegações do impetrante quanto a uma omissão do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro de modo a comprometer a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário daquele Estado-membro", argumentou o ministro.

O TJ entrou com um mandado de segurança no Supremo nesta terça. O pedido destaca que a lei impõe claramente o repasse até o dia 20 de cada mês. "É sempre essencial lembrar que em tal obrigação estão incluídos os créditos orçamentários suplementares ou especiais", defende.

Em crise fiscal, o governo do Estado ficou sem dinheiro para pagar o décimo terceiro de funcionários públicos e para manter o pleno atendimento nas unidades de saúde. Segundo a Secretaria de Fazenda, o Estado arrecadou R$ 12 bilhões a menos do que o projetado por causa da crise econômica e da indústria petroleira, principal fonte de renda da região.

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