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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alterou os planos e comparecerá na reunião de emergência convocada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, junto com governadores na capital federal. Mais cedo, a assessoria havia confirmado que o chefe do Executivo estadual não estaria presente no encontro e manteria as agendas no Estado.

A mudança de posicionamento de Tarcísio ocorreu após diversos chefes dos Executivos estaduais confirmarem presença na reunião, inclusive o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que também é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Depois dos ataques extremistas realizados no domingo nas sedes dos três poderes em Brasília, Lula convocou uma reunião com os governadores para discutir medidas adicionais de segurança. O encontro está previsto para ocorrer às 18 horas.

Prestes a completar dois anos no cargo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tenta se equilibrar na defesa de pautas de direita e de esquerda de olho em 2024. Mas as eleições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) empurram Nunes, que já é conservador, a caminhar para a centro-direita para tentar se reeleger.

Até aqui, o vice que virou prefeito atira para todos os lados, como afirmam aliados. Sem alcançar nenhuma marca de gestão, o emedebista passou a cogitar a implementação da tarifa zero no transporte público, uma das bandeiras do PSOL, e vetou câmeras nos uniformes da Guarda Civil Municipal, como defendem bolsonaristas.

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Mas, para se viabilizar como candidato da situação, interlocutores mais próximos já propõem uma guinada na atual estratégia, utilizada sem sucesso pelo ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que, ao se posicionar no centro, não conseguiu romper a polarização. A percepção é que, com a eleição de Lula, apresentar-se como "moderado" em 2024 pode tirar Nunes do segundo turno, exatamente como ocorreu com o tucano.

Por enquanto, o prefeito resiste ou ao menos posterga a mudança de perfil. Ao Estadão, reafirmou ser de centro. "Não creio que extremos sejam positivos. As eleições municipais têm suas especificidades. As pessoas querem saber sobre seu dia a dia e sobre a capacidade do gestor (no contexto do Tarcísio e Lula) de diálogo na defesa dos interesses da cidade e de governar para todos", disse.

Mas, para que o atual discurso seja viável do ponto de vista eleitoral, Nunes precisa conseguir reunir tucanos e bolsonaristas em torno de sua candidatura - diferentemente de Garcia e Tarcísio, que disputaram o mesmo eleitor no Estado. Nomes do bolsonarismo, porém, já se apresentam para a disputa, como o ex-ministro Ricardo Salles (PL).

Já o PSDB, após a morte de Bruno Covas, não formou nenhum outro quadro competitivo e pode caminhar com Nunes pela manutenção de espaço na máquina municipal com ou sem participação na chapa. Para atrair os bolsonaristas, já se cogita oferecer a eles a vaga de vice - no cenário nacional, o MDB é base do governo Lula e comanda três ministérios.

Além de consolidar a polarização nacional, a eleição de outubro marcou uma virada da esquerda na capital. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que havia perdido a reeleição em primeiro turno, em 2016, voltou a sair vencedor nas urnas paulistas. Lula também venceu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cumpriu sua primeira agenda pública em Santos para se despedir do Rei Pelé. O chefe do Executivo paulista chegou por volta de 11h (horário de Brasília) à Vila Belmiro, onde o velório está sendo realizado, e se dirigiu para a tenda em que está o corpo do Rei do Futebol. Em contato com a imprensa, disse que vai estudar possíveis homenagens ao Atleta do Século e citou como exemplo a mudança do nome do Porto de Santos planejada pelo governo Lula.

"A gente já viu o governo federal anunciando um acréscimo ao nome do Porto, a estrutura mais importante de Santos, com o nome do Rei Pelé. Vamos pensar, toda homenagem que a gente fizer vai ser singela e insuficiente pelo o que o Pelé fez por nós", disse. "O Brasil deve muito ao Pelé por tudo que ele fez. A forma que ele se posicionou durante a vida inteira. A gente tem o maior jogador de todos os tempos, três das estrelas da camisa da nossa seleção foram colocadas por ele", disse o governador", concluiu.

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Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, também esteve na cerimônia e revelou a criação do Bolsa Atleta Pelé para 5 mil crianças da capital paulista."Hoje a gente tem um Bolsa Atleta, que começamos agora, e vamos expandir para o Bolsa Atleta Pelé. A gente tem um auxílio de aproximadamente R$750 reais, evidentemente com alguns critérios, com as crianças precisando estar na escola. Vou fazer uma ampliação grande, para pelo menos cinco mil crianças poderem usar o Bolsa Atleta Pelé. A gente vai usar a inspiração do Pelé para essa garotada. Quando você põe um sonho, vindo da periferia, você pode correr atrás do seu sonho, e aqueles que têm habilidade possam desenvolver essa habilidade no esporte", disse ao Estadão.

Claudio Cosme Pereira de Souza, prefeito de Três Corações, cidade onde nasceu o Rei Pelé, afirmou que o município mineiro vai homenagear o Rei mais um monumento. Ele não quis dar detalhes, mas avisou que a obra foi projetada pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer. Na cidade, já existem o Museu Pelé, a Casa Pelé e uma estátua. "Pelé não é de Três Corações, é do mundo", ressaltou o prefeito.

Os portões da Vila Belmiro foram abertos às 10h05 (horário de Brasília) para a entrada dos fãs. A maioria dos súditos do Rei do Futebol estão com camisas do Santos, da seleção brasileira ou carregando bandeiras e cartazes com dizeres, como forma de homenagear o ídolo.

Os torcedores percorrem um corredor que leva do portão ao centro do gramado do estádio santista onde está o corpo de Pelé. Os fãs param por cerca de 30 segundos no local mais próximo ao caixão. Muitos usam as câmeras dos celulares para registrar o momento. Seguranças instruem as pessoas a prosseguirem com a fila rapidamente, podando parar poucos segundos para fazer registros fotográficos

Autoridades, como os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, e da Conmebol, Alejandro Domínguez, além do Ministro do STF Gilmar Mendes, entraram por um portão alternativo e foram acomodaados sob a tenda em que está o caixão, ao lado de familiares e ídolos santistas. No local, há algumas dezenas de cadeiras e muitas coroas de flores.

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou nessa segunda-feira (5) que nunca foi "bolsonarista raiz". Após a campanha pela disputa do maior colégio eleitoral do país baseada no apoio a Jair Bolsonaro, em entrevista à CNN, o ex-ministro da Infraestrutura se afastou do presidente e destacou que não vai travar uma guerra ideológica em sua gestão. 

Tarcísio explicou que não compactua com as pautas ideológicas de Bolsonaro, mas compartilha das mesmas ideias econômicas, como a privatização de órgãos públicos, defendida pelo ex-companheiro de Esplanada, o ministro Paulo Guedes. Durante a corrida eleitoral, o então candidato cumpriu agenda com o seu ex-chefe e chegou a repetir seu chavão: "Deus, pátria e família" para se fortalecer junto à base conservadora. 

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"Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural", afirmou. 

Ele admitiu que o governo federal errou ao "tensionar" a relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) e garantiu que não vai repetir a postura que Bolsonaro teve com os outros Poderes. Como gesto de um governo mais 'harmônico', Tarcísio fez elogios ao ministro Luís Roberto Barroso. 

"Não vou fazer o que erramos no governo federal de tensionar com Poderes. Vamos conversar com ministros do STF. E Barroso é um ministro preparadíssimo, razoável. Sempre que eu, na condição de ministro (da Infraestrutura), precisei dele, ele ajudou o ministério. Sempre votou a favor das nossas demandas. Mas "os caras" me esculhambaram [...] sou governador eleito de São Paulo. Vou conversar com ministros do STF", garantiu o futuro governador.

   O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) visitou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em seu apartamento no bairro do Jardins, nessa sexta-feira (2).

Entre extremos políticos, o ex-ministro da infraestrutura quebrou a hegemonia do PSDB no estado e mostrou a força do apoio de Jair Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país.

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Na outra ponta, o magistrado é o principal alvo de ataques de bolsonaristas contra o Judiciário, realidade que se intensificou desde que passou a presidir a Justiça Eleitoral.

Apesar do gesto que demonstrou a disposição dos dois em aparar arestas e viabilizar um ambiente mais tranquilo, a ala bolsonarista mais conservadora se opõe a qualquer tipo de proximidade com o ministro do STF.

Nesta semana, o governador eleito anunciou que o capitão Derrite (PL) será seu secretário de Segurança. Ex-comandante da Rota teria sido indicado por Eduardo Bolsonaro (PL).

Em seu primeiro pronunciamento oficial após a vitória, o governador eleito do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que buscará um alinhamento entre o governo estadual e federal, sob a liderança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ele, o resultado das urnas é "soberano".

Com 99,98% das urnas apuradas, Tarcísio venceu o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) por 55,27% contra 44,73%. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a disputa presidencial para Lula, o governador eleito deve acomodar aliados bolsonaristas que ficarão desalojados no Estado. Dessa forma, Tarcísio torna-se a maior expressão do bolsonarismo após vencer em São Paulo. Apesar disso, o governador eleito promete um governo "técnico".

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Tarcísio ressaltou a importância de São Paulo para o Brasil e, portanto, é preciso que o Estado esteja alinhado com o governo federal. Questionado se ele fará uma ligação para o presidente eleito, o agora governador evitou responder, mas disse que buscará alinhamento assim que houver uma convocação. Ele, contudo, enfatizou que falou com Haddad e que o candidato petista se mostrou disposto a ajudar em Brasília.

O novo governador anunciou que irá tirar uma semana de recesso para descansar, mas que dará início à transição estadual logo após. Segundo ele, os 100 primeiros dias de governo serão focados na questão social, em especial moradores de rua e dependentes químicos, educação e saúde. "Somos governador de todos; vamos tirar projetos do papel, investir no social", declarou.

Dentre as primeiras ações do governo, Tarcísio também elenca a retomada de algumas obras, geração de emprego e políticas de transferência de renda. "A gente vai planejar bem a questão dos 100 primeiros dias", garantiu. Segundo ele, sua equipe de transição deve permanecer igual a que foi sua equipe de campanha, citando a liderança de Guilherme Afif Domingos (PSD). O secretário de Governo, Marcos Penido, vai representar o governador Rodrigo Garcia (PSDB) na transição. O governador eleito deixou em aberta a oportunidade de ter seu vice, Felício Ramuth (PSD) também como secretário.

Tarcísio reafirmou que pretende acabar com a obrigatoriedade das vacinas aos servidores públicos, dizendo acreditar na conscientização das pessoas. Segundo ele, se houver conscientização, os servidores devem se vacinar. Ele também citou que irá avaliar a permanência das câmeras dos uniformes dos policiais militares e a privatização da Sabesp.

Para os primeiros dias, ele disse que irá se mudar para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas reafirmou sua vontade de mudar a sede para Campos Elíseos.

Tarcísio chegou a um hotel na zona sul de São Paulo por volta das 18h30 para acompanhar o restante da apuração, mas esperou o resultado presidencial para fazer o pronunciamento oficial. Acompanhado do governador eleito estavam, dentre a equipe de apoio, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, presidente do Republicanos, Marcos Pereira, prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e Vinícius Poit (Novo). Tarcísio também assistiu à votação ao lado de familiares e amigos em uma suíte.

A partir de segunda-feira (31), inicia-se a transição do governo estadual. Durante a transição, a gestão Garcia estima deixar em caixa cerca de R$ 30 bilhões ao ex-ministro, o que equivaleria a seis folhas de pagamento. Um recorde, segundo os tucanos, que destacam a austeridade fiscal como um legado do partido em São Paulo. Habituado a números, Tarcísio ainda pode ter a sorte de administrar o Estado com um orçamento superior a R$ 317 bilhões no próximo ano, de acordo com projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) em debate na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Mais cedo, Garcia parabenizou Tarcísio pela vitória e desejou sucesso em seu governo. "Faremos a transição que o povo de São Paulo espera, com transparência e diálogo. Entregarei um Estado pronto, para um inédito salto de desenvolvimento, contas em dia e mais de R$ 30 bilhões para investimentos", declarou o tucano, em publicação no Twitter.

Com a vitória do candidato do Republicanos, quebra-se a hegemonia do PSDB no Estado, que dura quase 30 anos. Garcia ficou em terceiro lugar na corrida estadual. Tarcísio tem dito que não vai "destucanizar" o governo, mas promete colocar nomes estratégicos em pastas de grande relevância, como Transporte, Saúde e Educação.

Com cerca cerca de 93% das urnas apuradas, o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) está matematicamente eleito para o governo de São Paulo, com 55,3% dos votos válidos. Fernando Haddad (PT) tem 44,6% dos votos válidos. Os votos nulos somam 6,75% e os brancos, 4,01%.

Tarcísio (Republicanos) é servidor público de carreira, 47 anos, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduado em engenharia no Instituto Militar de Engenharia. Fez parte da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Trabalhou nas áreas de infraestrutura e investimento, foi presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e ministro da Infraestrutura. Saiu na frente no primeiro turno, com mais de 9,1 milhões de votos (42,32%) do total dos votos válidos. O vice na chapa é o administrador Felicio Ramuth.

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Em comício em Campinas, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, argumentou há pouco que "não está difícil de escolher" em quem votar na eleição presidencial marcada para o próximo dia 2 de outubro. "Nós temos dois nomes para o dia 2 de outubro. Ou melhor, um nome e um ladrão do outro lado", afirmou arrancando aplausos e reação de euforia dos manifestantes presentes. O presidente se refere ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, que também já foi presidente do Brasil por dois mandatos (2003-2010).

Bolsonaro disse aos apoiadores que eles têm facilidade de escolher e elencou uma lista de diferença entre os dois candidatos, sempre usando as expressões "do lado de cá" e "do lado de lá tem um ladrão". Segundo o chefe do Executivo, de um lado, está uma pessoa que defende a família e de outro um candidato que diz que os valores familiares estão em retrocesso. Também citou o aborto, dizendo que de um lado há um defensor da vida desde a sua concepção, mas que de outro alguém que quer aprovar o aborto.

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O chefe do executivo continuou as comparações dizendo que de um lado há um presidente que respeita a dor de uma mãe que tem o filho no mundo das drogas e, de outro, um ladrão que quer legalizar as drogas. "Do lado de cá, alguém que respeita a propriedade privada. So lado de lá, um cara que diz que quer valorizar o MST", citou, mencionado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Bolsonaro prosseguiu: "do lado de cá, alguém que diz que há o sagrado direito de legítima defesa, por isso defende o armamento para o cidadão de bem", voltando a arrancar aplausos dos presentes. "Do outro lado, um ladrão que quer desarmar o cidadão de bem", disse repetindo que povo armado jamais será escravizado. Neste momento, os apoiadores começaram a gritar "mito, mito".

Ovacionado em comício em Campinas, interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro disse que completou três anos e oito meses de governo sem corrupção no Brasil. "Isso é obrigação", disse o candidato à reeleição pelo PL. "Acusam-me de tudo, mas não me chamam de corrupto", disse. Na verdade, uma série de reportagens com denúncias de corrupção no Ministério da Educação e envolvendo a compra de 51 imóveis por Bolsonaro e parentes com dinheiro vivo têm sido publicada nos últimos meses. O senador Flavio Bolsonaro, que é filho do presidente, tentou censurar a publicação por meio da Justiça, mas não obteve êxito.

"Dizem que eu digo palavrão. Sim, digo palavrão, mas não sou ladrão", afirmou, usando a palavra para mais uma vez se remeter ao seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Sou um cidadão, sou caipira, sou um capiau do interior de São Paulo, mas não sou ignorante como é esse ladrão", arrancando mais uma vez gritos de "mito, mito" entre os presentes. Na quinta-feira, no Programa do Ratinho (SBT) o petista disse que o atual chefe do Executivo é "ignorantão", "xucro" e parece um "capiau do interior de São Paulo".

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Bolsonaro afirmou que sabe das potencialidades de seu País e que é um presidente que quer ordem, paz e progresso. "Mas se precisar lutar contra essa quadrilha do Lula, nós lutaremos", afirmou dizendo pela terceira vez neste comício que "povo armado jamais será escravizado". Neste momento, seus apoiadores começam a bradar: "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

Depois de dizer que tem recebido o apoio de motociclistas por todas as partes do País que tem visitado, o chefe do Executivo mencionou que foi recebido em Garanhuns (PE), com honra de chefe de Estado pelo povo da região - Lula nasceu no local. "Todo o Brasil está conosco A vitória será no primeiro turno", previu.

Ao final do comício, ele comparou as chapas com mais chance de vitória: "Do lado de cá, dois militares, dois soldados que serviram ao Brasil. Do lado de lá, dois ladrões", citou, em referência também ao vice de Lula, Geraldo Alckmin. Um, conforme Bolsonaro, roubou o Brasil por 14 anos e outro, teria roubado a merenda de escolas de São Paulo por oito anos.

O candidato do PL pediu para que seus seguidores ajudassem a convencer conhecidos que ainda estão em dúvida sobre quem votar, dizendo que basta apresentar o rumo que países tomaram ao seguirem "essa ideologia comunista". "É só mostrar o quanto o Brasil foi saqueado de 2003 a 2015", disse, citando mais uma vez o endividamento da Petrobras durante as gestões do PT, e cifras que teriam sido "saqueadas" também do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa.

"Esse é o governo do PT, Esse é Luiz Inácio Lula da Silva, o maior ladrão que passou pela história da humanidade. O nosso povo não merece que esse bandido volte para a cena do crime."

Em comício em Campinas, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, voltou a dizer que o Brasil é um exemplo para o mundo na economia. O chefe do executivo repetiu que criou o PIX, idealizado no governo Michel Temer e colocado em prática pelo atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. "Criamos coisas fantásticas, mesmo durante a pandemia", enfatizou, salientando que o instrumento de pagamento ajudou a milhões de pessoas deixaram a informalidade.

Bolsonaro também repetiu que o Brasil é o sexto país mais digitalizado do mundo e apresentou números de crescimento do emprego formal. "(Este é um) Brasil que está dando certo, um País que é uma potência na área de alimentos e brevemente também o será na produção de energia via as nossas eólicas off shores na costa do Nordeste brasileiro."

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O candidato continuou dizendo que se trata de um País que está "condenado a dar certo", pois é um país do livre mercado e da livre concorrência. "É um País onde o chefe do Executivo sempre lutou por liberdade para todos vocês."

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, já está em cima do carro de som para fazer um comício no Largo do Rosário, região central de Campinas, interior de São Paulo. Algumas imagens do evento estão sendo transmitidas pela página de Bolsonaro em suas redes sociais.

No local, o locutor rebateu uma fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também candidato ao Planalto (PT) feita na quinta-feira no Programa do Ratinho (SBT). De acordo com o petista, o chefe do Executivo atual é "ignorantão", "xucro" e parece um "capiau do interior de São Paulo". "Somos ignorantes do interior de São Paulo, mas não somos jumentos, não somos burros de errar no dia da eleição: é Bolsonaro presidente", afirmou o locutor.

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Na sequência, o candidato ao Senado por São Paulo Marcos Pontes (PL) também pegou carona no tema, dizendo ser capiau porque nasceu em Bauru, cidade também do interior de São Paulo. Conhecido como "astronauta", ele é ex-ministro do governo de Bolsonaro. O vereador Tenente Santini, de Campinas, também usou a expressão em sua fala.

Antes disso, o chefe do Executivo participou de uma motociata pela cidade, levando o candidato a governador de São Paulo que foi seu ministro, Tarcísio de Freitas (Republicanos ), na garupa. Nenhum dos dois usava capacete. Dário Saadi, prefeito de Campinas também pelo Republicanos, não foi citado entre os que participam do evento.

O presidente Jair Bolsonaro, que veste uma camisa amarela, foi cumprimentado por apoiadores que o aguardavam ao som de "mito, mito" e "primeiro turno, primeiro turno" antes de comício para reeleição realizado no Largo do Rosário, região central de Campinas, interior de São Paulo. As imagens do evento estão sendo transmitidas pela página de Bolsonaro em suas redes sociais.

Depois, participou de uma motociata pela cidade, levando o candidato a governador de São Paulo que foi seu ministro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na garupa. Tarcísio veste uma camisa da seleção de futebol, em que nas costas se lê: "Tarcísio é 10". Nenhum dos dois usava capacete.

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Enquanto aguardavam a chegada do presidente, apoiadores que estavam no Largo do Rosário faziam ataques ao adversário e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. No carro de som, o locutor dizia aos manifestantes que, na Argentina, a população está comendo gatos e cachorros por causa da crise econômica do país. O vizinho é liderado por um presidente de esquerda, claro desafeto de Bolsonaro.

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O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quarta-feira (24) que a política habitacional será prioridade "absoluta" se ele chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. De acordo com ele, o tema seria importante até para lidar com a questão da Cracolândia, que se relaciona com uma série de políticas.

Segundo o ex-ministro, os problemas da Cracolândia do centro da capital paulista só serão resolvidos com a aliança de várias áreas, entre elas saúde, habitação, segurança pública, revitalização dos centros das cidades, além da política de assistência social: "para a gente dar a porta de saída, que é o emprego".

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Tarcísio de Freitas afirmou que as propostas para moradia estão em três bases: a construção direta, a realização de parcerias público-privadas (PPPs) e o aluguel social. O candidato participa de sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Mesmo com o empenho do ex-governador Márcio França (PSB) e após a costura de alianças em dois Estados, o PT ficou sem o apoio do PSD em São Paulo. O fracasso nas investidas sobre o partido de Gilberto Kassab, que hoje deve anunciar chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), se dá no momento em que petistas e líderes do PSB externam conflitos nas articulações no Rio e em mais cinco Estados.

A decisão de Kassab pelo apoio a Tarcísio foi informada a diretórios e pré-candidatos do PSD ontem. A composição envolve a indicação do ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) a vice de Tarcísio, candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado.

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Petistas e aliados que queriam o PSD com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ficaram frustrados. França, que desistiu de disputar o Palácio dos Bandeirantes para concorrer ao Senado, chegou a abrir mão de indicar um vice em favor de um nome ligado a Kassab.

Petistas minimizaram a adesão a Tarcísio. "Não perdemos o PSD porque nunca o tivemos. Estamos muito animados com a frente que está se formando em torno do Haddad", disse o deputado estadual Emídio de Souza (PT) e coordenador da campanha do petista ao governo.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou que até agora o correligionário já conseguiu uma "ampla coalizão", com apoios de Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), ambos candidatos à Câmara. Segundo Padilha, Haddad precisa buscar "uma mulher ou uma grande liderança do interior" para vice.

Já a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse "lamentar" a posição de Kassab por entender que ele está reforçando o "palanque de Bolsonaro em São Paulo". No entanto, segundo ela, a decisão não afeta alianças com o PSD em Minas Gerais, onde o PT apoia o ex-prefeito Alexandre Kalil e na Bahia, onde o PT recebeu o apoio do PSD.

Argumento

As alianças do PT com candidatos do partido de Kassab são usadas como argumento pelo PSB para criticar a tentativa de tirar o deputado federal Alessandro Molon (RJ) da disputa pelo Senado no Estado. Petistas defendem a candidatura do deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) na chapa encabeçada por Marcelo Freixo (PSB) ao Palácio da Guanabara.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), seu candidato a vice, estiveram ontem no Rio e fizeram uma série de afagos em Ceciliano, que também é próximo de bolsonaristas. O impasse local levou preocupação a aliados do PT no Nordeste, como mostrou ontem a Coluna do Estadão. Nessas disputas, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, criticou uma suposta quebra de acordos.

"Estamos reivindicando o que o PT fez em Minas Gerais. O PT tinha candidato e abriu mão para apoiar o candidato do PSD, que não apoia o partido em nível nacional. No Rio Grande do Norte, reivindicamos a candidatura ao Senado, e eles preferiram apoiar um nome do PDT alinhado ao Bolsonaro. Por que não podem fazer essa concessão no Rio? Apenas o PT pode resolver essa questão. Queremos que os dois (Molon e Ceciliano) sejam candidatos", afirmou Siqueira.

Já Gleisi afirmou que a cobrança do PSB é "injusta". Segundo ela, são o PSB e Molon que estão descumprindo acertos. "No Rio de Janeiro, eu fiz um acordo com o Siqueira lá atrás. Ele disse: 'Olha, tem a candidatura do Freixo, e o Molon está querendo ser candidato'. Eu disse: 'Mas nós queremos participar da chapa'. Ele disse: 'Se o PT quer indicar o nome para participar da chapa, o Molon retira, sem problema'. O acordo é que a vaga seria do PT", disse Gleisi.

Durante um encontro de sambistas com Lula no centro do Rio ontem, Molon afirmou que não participou de nenhum acordo. E disse estar "perplexo" com a cobrança pública feita por Freixo para que abra da disputa. "Nossos adversários são outros. Fogo amigo não ajuda", afirmou.

O deputado federal tem se apegado a pesquisas eleitorais para se manter na disputa. Levantamento divulgado pelo RealTime Big Data na quinta-feira passada mostra o senador Romário (PL) e Molon empatados na margem de erro, com 19% e 14%. Daniel Silveira (PTB) tem 8%, e Ceciliano, 4%.

Pelo País

Além do Rio, as desavenças entre PSB e petistas se dão em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas e Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT), por exemplo, fará um evento no próximo dia 23 para homologar a candidatura em aliança com Carlos Eduardo (PDT), com quem rivalizou em 2018. Naquela eleição, ele chegou a apoiar Bolsonaro.

O candidato do PSB é o ex-deputado federal Rafael Motta, presidente do diretório estadual. As bases petistas têm compartilhado nas redes sociais falas dos últimos anos em que Carlos Eduardo criticou duramente a petista.

Outro ponto de conflito é a Paraíba, em que o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) é o candidato de Lula ao Senado. O PT vai apoiar Veneziano Vital do Rêgo (MDB) ao governo. Coutinho está cassado pelo TSE e busca reverter a decisão da corte. Bancado por Lula, é um crítico feroz do governador João Azevêdo (PSB), que busca a reeleição. Ambos, um dia já foram do PSB.

Nessa briga, Siqueira tem cobrado "equilíbrio". Gleisi, por sua vez, disse que decisões tardias tanto na Paraíba quanto no Rio Grande do Norte levaram ao desalinhamento. Já no Rio Grande do Sul, as siglas encerraram as tratativas na semana passada, sem acordo, e ambas vão disputar o governo.

Expulsão

Em Pernambuco, o PT abriu mão de uma candidatura ao governo e está com o deputado federal Danilo Cabral (PSB). No entanto, Marília Arraes (Solidariedade), que se desfiliou do PT, se lançou colada à imagem de Lula e com apoio de ex-correligionários. Quadros petistas lançaram a campanha "oPTeiMarília".

A iniciativa é liderada pela vereadora Fany Bernal, de Garanhuns, terra natal de Lula, que acabou expulsa do PT. "Hoje, o manifesto conta com 500 lideranças petistas. Para a surpresa nossa, não filiados estão participando do manifesto", afirmou. Além dela, outros nove petistas foram expulsos do partido por manifestar apoio a Marília. A decisão foi tomada nesta terça, 5, pelo diretório estadual da legenda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) respondeu, nessa segunda-feira (27), que "colocaria a cara no fogo" pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Infraestrutura, ao ser questionado se faria o mesmo pelo ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que está sendo investigado por corrupção e outros crimes. A afirmação foi feita em meio às suspeitas de interferência do chefe do Executivo no inquérito que apura o esquema de liberação de verbas da Educação para prefeituras mediante o pagamento de propinas.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Freitas disse que "pelo presidente" coloca a "cara no fogo" e que não acredita no envolvimento de Bolsonaro em suposta interferência na investigação. A expressão foi usada pelo chefe do executivo em março deste ano em alusão a Ribeiro, que passou um dia preso na semana passada, no âmbito da Operação Acesso Pago, da Polícia Federal.

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Após a prisão de Ribeiro, o presidente disse que "exagerou" quando declarou que colocaria a "cara no fogo" por Ribeiro e que a investigação não é sobre corrupção, mas sobre "tráfico de influência", o que, segundo ele, seria comum.

Freitas disse acreditar que o Bolsonaro não tem envolvimento direto no caso. "A gente tem que ver o que de fato o presidente falou para o (então) ministro Milton (Ribeiro) e o que ele (Milton) falou para esses pastores, de que forma ele falou", afirmou. "Eu não acredito que o presidente tenha dado um comando dessa natureza, porque ele nunca disse para mim."

Sobre Ribeiro, o ex-ministro disse que sempre teve a melhor impressão possível, mas que aguarda a apuração dos fatos. "Entendo que havendo culpa, dolo, desvio, descaminho, tem que ser punido de forma exemplar. A gente não pode mais tolerar corrupção no Brasil."

Segundo Freitas, a exoneração de Ribeiro do ministério, por exemplo, não apontaria um indício de que Bolsonaro tivesse acesso privilegiado às investigações. A exoneração "a pedido", caso de Milton, seria "uma deferência", de acordo com o ex-ministro. "Isso é muito comum, normalmente pessoas que são exoneradas são a pedido."

O ex-ministro também minimizou outras investigações contra a família do presidente e disse que os casos não terão impacto na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. "Tem muitas questões que não chegaram a lugar nenhum, as investigações não foram conclusivas. Não acredito em um impacto na minha candidatura", disse. "O meu alinhamento ao presidente Bolsonaro, a minha lealdade, é total."

Apesar de considerar o presidente uma figura importante em sua campanha pelo potencial de "transferência de votos", Freitas não aposta em uma participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em seu governo.

"Eduardo Bolsonaro não deverá ser (meu secretário) de jeito nenhum, para preservar o próprio Eduardo. Ele é filho do presidente, que eu espero que seja reeleito", disse. Também defendeu que levará em conta a ficha criminal dos indicados para a distribuição de cargos. "Perfil de risco certamente será vetado."

Urna eletrônica

Tarcísio de Freitas também disse, na entrevista, que acredita na urna eletrônica. Ele afirmou, ainda, que está em negociação com o PSD, de Gilberto Kassab, para a composição de uma aliança no Estado. Segundo Freitas, há a possibilidade de Felicio Ramuth, ex-prefeito de São José dos Campos e atual pré-candidato do PSD, ocupar a vice em sua chapa.

"Eu acredito nas urnas, só que vejo o seguinte: existe hoje um sentimento de desconfiança com o processo", afirmou Freitas. "Cabe ao Congresso disciplinar o rito eleitoral, e fez isso", disse. De acordo com ele, há uma parcela da população brasileira que tem dúvidas em relação ao processo eleitoral.

Bolsonaro tem feito críticas reiteradas às urnas. Uma das principais bandeiras do presidente - o voto impresso - foi enterrada no ano passado, em votação no Congresso Nacional. O presidente levanta dúvidas sobre os resultados das urnas, disse que as eleições de 2014 e 2018, da qual saiu vitorioso, foram fraudadas, sem apresentar provas, e não afirma se vai reconhecer o resultado deste ano, caso sofra uma derrota.

"Acho que cabe diálogo, acatamento ou não de sugestões. Entendo que a Justiça Eleitoral vem fazendo isso e fez esse chamamento ao Exército", afirmou Freitas. As Forças Armadas, por meio de representante do Ministério da Defesa, participam de comissão que acompanha e discute o processo eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o pré-candidato ao governo paulista, as Forças Armadas, quando chamadas a colaborar, não recusam convites. Ele citou como exemplo a atuação em caso de calamidade pública, Garantias da Lei e da Ordem (GLOs) e eleições. "Quantas vezes vimos (as Forças Armadas) transportando urnas para lugares inóspitos e garantindo a segurança? Já trabalham nas eleições há muito tempo", afirmou.

Freitas, apesar de dizer que há quem duvide do processo, reiterou crer nas eleições. "Eu confio no processo, porque, se não, não tinha razão de eu disputar. Eu acredito que está se buscando determinadas salvaguardas e no final das contas vamos ter um processo que vai transcorrer de forma normal."

Endereço

Questionado se teme sofrer algum impedimento em razão de mudança de domicílio eleitoral, como ocorreu com o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, Tarcísio de Freitas disse que os casos são diferentes. "A gente fez tudo com muito planejamento e estritamente dentro da lei. Foi analisado duas vezes (pela Justiça Eleitoral)."

O Ministério Público pediu para a polícia investigar a transferência de Brasília para São José dos Campos. Uma denúncia apresentada pelo PSOL já foi rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "Há relação de afinidade, trabalho, afetiva, não é simplesmente o domicílio físico", disse. "Eu comecei minha trajetória profissional nas Forças Armadas em Campinas. É um pouco 'forçação' de barra dizer que não tenho vínculo com o Estado. Eu tenho família em São José dos Campos."

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) deve julgar, nesta terça-feira (21), a legitimidade do domicílio eleitoral do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo com apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

O tribunal vai analisar uma ação movida pelo PSOL, que questiona se Tarcísio pode concorrer no Estado dentro das normas eleitorais.

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O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos.

No PSOL, a expectativa é que a representação gere desgaste para o ex-ministro, mas a legenda não espera que de fato a pré-candidatura seja anulada.

O entendimento é que a presença de Tarcísio na eleição aumenta as chances de Fernando Haddad (PT), reeditando a nível estadual a polarização Lula-Bolsonaro.

O partido, contudo, já conseguiu vetar a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) após protocolar representação semelhante no TRE-SP.

Moro, que é paranaense, pretendia disputar uma cadeira no Congresso por São Paulo, mas, segundo o entendimento do tribunal, não conseguiu demonstrar "vínculo" com a capital paulista.

A Justiça Eleitoral exige a comprovação de "vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares" pelo menos três meses antes da mudança.

Após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo anular a mudança de domicílio eleitoral do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) do Paraná para São Paulo, a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo vai avaliar um questionamento enviado ao Ministério Público Eleitoral sobre a mudança do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o Estado. Segundo a PRE-SP, o caso "está para homologação ou arquivamento". A decisão será tomada até o final do dia.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) no maior colégio eleitoral do Brasil, Tarcísio é carioca e morava em Brasília antes de decidir disputar o Palácio dos Bandeirantes.

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O pedido de investigação sobre Tarcísio foi feito pelo presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e enviado para 127° Promotoria Eleitoral em São José dos Campos, onde o ex-ministro alugou um apartamento em setembro do ano passado.

"O caso de Moro se aplica também a Tarcísio Freitas. O ministro de Bolsonaro não mora em São Paulo e pretende ser candidato representando a máquina do governo federal. Isso é um desrespeito com os eleitores de São Paulo", disse o Medeiros ao Estadão.

A assessoria do ex-ministro afirmou que Tarcísio tem contrato de aluguel em seu nome, em São José dos Campos, e que apresentou os documentos previstos em lei para a mudança de domicílio. "Vale lembrar que o domicilio eleitoral é analisado caso a caso pelo Tribunal Superior Eleitoral, e que o pré-candidato já comprovou vínculos familiares, afetivos, e profissionais, com o Estado, legitimando o reconhecimento do domicilio, conforme jurisprudência farta do TSE", disse em nota.

Ao Estadão, Juliano Medeiros minimizou, porém, o caso da ex-ministra Marina Silva (Rede), que também mudou o domicílio eleitoral para São Paulo para disputar uma vaga de deputada federal e é cotada até para vice na chapa de Fernando Haddad (PT). A Rede e o PSOL se uniram em uma federação para disputar as eleições 2022. Segundo Medeiros, Marina mora em São Paulo.

Em nota, Marina diz que "intensificou a sua atuação política nos grandes centros, com destaque no Estado de São Paulo" e que "todos os requisitos legais foram observados" ao transferir seu domicílio para São Paulo.

"Nos termos da legislação eleitoral e do posicionamento consolidado do TSE, o domicílio eleitoral pode ser demonstrado não só pela residência com ânimo definitivo, mas também pela constituição de vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares", diz a ex-ministra. De acordo com a nota, Marina possui família e residência no Estado.

O que diz a legislação

A legislação eleitoral exige que o candidato tenha mudado de endereço no mínimo três meses antes da transferência do título eleitoral. No caso de Moro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo concluiu que o ex-juiz não conseguiu provar "vínculo" com a capital paulista.

Moro trocou de endereço em março deste ano e havia apresentado como provas comprovantes de aluguel em um hotel e em um flat na cidade. Com a decisão, ele não poderá sair candidato pelo Estado, mas ainda pode entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O questionamento contra Moro foi feito pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e pelo diretório municipal do PT.

Eduardo Cunha

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB), que é carioca, também trocou domicílio eleitoral para São Paulo. A mudança foi aprovada pelo TRE-SP. Mesmo estando inelegível até 2027 devido à Lei da Ficha Limpa, Cunha, que está filiado ao PTB, alegou que mantém articulação política na cidade e diz que pretende disputar uma vaga na Câmara por São Paulo.

Pré-candidato do Republicanos ao governo paulista, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, de 46 anos, representa o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa, mas rejeita a narrativa radical, uma marca da militância bolsonarista.

Engenheiro civil, Tarcísio chegou ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) em 2011 como diretor executivo. Em 2014, assumiu a direção-geral da autarquia no governo Dilma Rousseff. Foi só em setembro do ano passado que o carioca alugou um apartamento em São José do Campos, no interior paulista, e se mudou para o Estado que pretende governar. A seguir, trechos da entrevista, concedida ao Estadão no recém-inaugurado comitê, na Vila Mariana, zona sul da capital.

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Até que ponto o bolsonarismo sustenta ou limita seu crescimento nas pesquisas?

O presidente (Jair) Bolsonaro ajuda. É um governo que teve muita entrega, mas que pecou na narrativa em algumas questões. A narrativa muitas vezes se dissocia do que aconteceu na realidade. Tenho um estoque de realizações para mostrar. Vou mostrar os avanços do ponto de vista fiscal, de reformas pró-mercado e de entrega de políticas públicas. Por outro lado, vou também estabelecer as diferenças que existem entre o presidente e eu.

E quais são?

Somos pessoas diferentes, com perfis diferentes. Eu tenho uma cultura muito voltada para o resultado. Não mantive uma postura ideológica na condução do Ministério da Infraestrutura. Sempre tive uma postura muito pragmática. Convivia com o mercado o tempo todo.

À frente do Dnit, o senhor foi um quadro importante do governo Dilma Rousseff. Como foi trabalhar em um governo do PT?

Fui para lá em uma situação muito sui generis, como interventor. Eu era funcionário de carreira da Controladoria-Geral da União (CGU) e estava coordenando as auditorias na área de transporte. Houve o afastamento de toda cúpula do Ministério dos Transportes e da diretoria do Dnit por questões relacionadas a sobrepreço. Naquela época, o Dnit vinha de seis operações de Polícia Federal na sequência. Naquela situação de crise me chamaram para ser uma espécie de interventor para restabelecer a governança e afastar o Dnit das páginas policiais.

Onde o senhor se coloca no espectro político?

Sou de centro-direita, conservador nos costumes e liberal no pensamento econômico.

O que significa ser conservador nos costumes?

Defendo a família, sou contra o aborto, contra descriminalização das drogas. Sou bastante conservador, principalmente na defesa da infância, dos costumes e na defesa dos valores da família.

Como um liberal na economia, como enxerga a avaliação de que o atual governo está gastando demais e adotou uma linha populista com as finanças?

Vamos aos dados. Todo mundo previa que o Brasil teria R$ 250 bilhões de déficit no ano passado, mas teve R$ 65 bilhões de superávit. Tivemos o melhor resultado de Estados e municípios desde 1991 por ajuda e apoio do governo federal. Tivemos a primeira redução de despesas administrativas desde a Constituição de 1988. Não é correto afirmar que houve descompromisso com a situação fiscal.

Na sua opinião, o PSDB deixou legado positivo para São Paulo?

Deixou, claro. Sem dúvida. São Paulo é um Estado que está estruturado e que tem uma burocracia bastante arrumada. Fizeram ajustes importantes no passado. Eu cito o ajuste feito pelo Mário Covas, que foi um grande governador (1995-2001). Mas a partir daí o Estado andou pela inércia. Mário Covas foi um grande governador porque fez reformas estruturais.

O senhor é contra ao uso de câmeras no uniforme dos policiais?

O monitoramento do bandido é muito mais eficaz e mais barato que o do policial. Uma tornozeleira eletrônica custa quase um terço do valor de uma câmera. O questionamento que eu faço logo na largada é porque não monitorar mais bandidos do que policiais. Além disso, vejo uma inibição da atividade policial com a câmera. Isso tem sido relatado pelo policial que está na ponta da linha.

O que acha da proposta de cobrança de mensalidade nas universidades públicas?

Sou contra. É possível aumentar a oferta de vagas gerando recursos dentro da própria universidade a partir das parcerias.

Na sua avaliação, São Paulo é hoje um Estado mais antipetista ou antibolsonarista?

Pela sua natureza empreendedora e o foco liberal, São Paulo por essência tem que ser antipetista e antiesquerda. O pensamento de esquerda não cabe em São Paulo.

Por quê?

Porque é um Estado empreendedor e do capital.

Como explica então o fato de Fernando Haddad (PT) se manter na liderança das pesquisas de intenção de voto em um Estado considerado conservador?

Ele tem muito recall. A última eleição que ele disputou foi de presidente da República. Mas observe que ele não tem muito para onde crescer agora. Já tem um nível de conhecimento alto do eleitorado, uma rejeição alta e um voto consolidado. Haddad não tem muito mais mobilidade.

Sua campanha será casada com a do presidente, com materiais e programas eleitorais conjuntos?

Vou defender o legado desse governo, que combateu a corrupção e entregou obras importantes.

O orçamento secreto e a relação com o Centrão serão legados do atual governo federal?

Observe, você precisa de governabilidade. O orçamento secreto é uma questão do Congresso. Foi o Parlamento que definiu as emendas de relator, e não o governo. O Parlamento tem governança sobre o Orçamento e decidiu a natureza das emendas.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) é o seu principal adversário no 1.° turno?

Vejo muita dificuldade para ele chegar ao 2.° turno devido ao desgaste do PSDB em São Paulo. Há um cansaço do eleitor paulista com o PSDB. A gestão dos últimos quatro anos deixou muito a desejar. E falta (ao Rodrigo Garcia) estar colado em um candidato presidencial forte.

Representantes do PSDB dizem que São Paulo sofreu retaliação da sua pasta na gestão Bolsonaro. Citam um dado: queda de 36,5% dos investimentos em relação ao governo Michel Temer.

Eles mesmo sabem que isso não é correto. É uma narrativa eleitoral. É preciso avaliar a ajuda que o governo federal deu no combate à pandemia. O governo postergou o pagamento dos serviços da dívida, que representou um estoque de caixa estrondoso para São Paulo.

Mas no caso das obras da Rodovia Rio-Santos, por exemplo, o trecho paulista não foi contemplado...

Isso é dor de cotovelo porque a gente fez um leilão muito bem sucedido da Nova Dutra. Isso dá uma certa inveja e eu até entendo. A gente conseguiu trazer R$ 15 bilhões de investimento reduzindo tarifa. O governo de São Paulo tinha que se preocupar com o trecho paulista da Rio-Santos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) ironizou a proposta de Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Palácio dos Bandeirantes, de transferir a sede do Executivo estadual do Morumbi, na zona sul, para o centro da cidade. Em resposta, o ex-ministro da Infraestrutura disse que considera a sua ideia "genial".

Na quarta-feira (1º), Tarcísio afirmou que estuda a possibilidade, se eleito, de levar o palácio ao centro como parte de uma estratégia para revitalizar a região. A proposta, segundo ele, poderia reduzir os índices de violência e contribuir para dar uma solução à Cracolândia.

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"Se o centro de Poder estiver no centro de São Paulo, é uma coisa muito boa", argumentou o ex-ministro da Infraestrutura. "Imagina se isso fosse feito onde hoje é a Cracolândia. Se o poder estiver lá, as pessoas vão voltar a circular e a segurança pública será reforçada."

Nesta quinta-feira (2), Haddad foi às redes sociais criticar a proposta. O petista lembrou que Tarcísio não nasceu em São Paulo, mas no Rio de Janeiro, algo que tem sido usado pela oposição para desqualificar sua pré-candidatura.

Haddad afirmou: "o candidato do Bolsonaro falou que quer mudar a sede do governo do Estado para o centro da cidade. Vai ver que é para não se perder. Não é daqui, não deve saber onde fica".

Tarcísio, então, respondeu: "Haddad, companheiro, não me leve a mal. Ocupar o centro é uma ideia genial. Você, que foi prefeito, devia achar legal. Resolver problema ao invés de falar mal".

Com diversas ações da Prefeitura nas últimas semanas, a questão da Cracolândia tem ganhado destaque na agenda eleitoral. Após intervenção da Polícia Militar e da Guarda Municipal, a aglomeração de dependentes químicos migrou dos arredores da Estação Júlio Prestes para a Praça Princesa Isabel e, em seguida, se dispersou pelo centro da capital.

Na madrugada da quinta-feira (2), moradores da região registraram um tumulto promovido pelos usuários de drogas, que atiraram pedras em carros, depredaram fachadas de lojas e atearam fogo a sacos de lixo nas calçadas.

Pré-candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira (5), que o argentino Pablo Nobel será o responsável pelo marketing de sua campanha. A confirmação foi dada durante sabatina realizada pelo Uol/Folha.

O publicitário havia sido contratado pelo Podemos para coordenar a campanha do ex-juiz Sergio Moro, que desistiu da sua pré-candidatura pelo Podemos para se filiar ao União Brasil.

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